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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA
LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS

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Prática experimental 02:

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE BOMBA DOSADORA E


APLICAÇÃO DO B.E.M

Relatório apresentado como parte da


nota da disciplina de Laboratório de
operações Unitárias orientada pela
Professora Cilene Mendes Reges.

PALMAS – TO 2019
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Jéssyca Cipriano Barbosa

Prática experimental 02:


DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE BOMBA DOSADORA E
APLICAÇÃO DO B.E.M
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Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4

2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 9

3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 9


3.1 Materiais .................................................................................................................... 9
3.2 Metodologia ........................................................................................................... 10

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 10

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 14


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1. INTRODUÇÃO

As bombas são, por definição, máquinas operatrizes hidráulicas que conferem


energia a uma corrente líquida com a finalidade de transportá-la de um ponto a outro.
As bombas recebem energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte dessa energia
ao fluido na forma de energia de pressão (aumentam a pressão do líquido), cinética
(aumentam a velocidade do líquido) ou ambos. Sendo assim, bombear é o ato de
adicionar energia a um líquido para movê-lo de um ponto a outro.

Existem muitos tipos, a classificação das bombas depende de vários aspectos como
o tipo de acionamento, o tipo de fluido, dentre outros. Dentre eles temos as bombas
dosadoras. Um equipamento para ser considerado como bomba dosadora deve
transferir, medir e controlar o fluido a ser dosado. As bombas dosadoras aspiram um
determinado volume de líquido e pressionam-no para a linha de dosagem através de
pulsos. A capacidade de dosagem poderá ser regulada através do ajuste do volume do
pulso e do número de pulsos por unidade de tempo. Deste modo, é encontrada uma
dosagem constante e exata mesmo com variações na contrapressão. São utilizadas
sempre que líquidos tem que ser dosados com o maior grau possível de precisão, com
um volume definido e dentro de um período de tempo também definido.

Gustavo classifica as bombas dosadoras basicamente em dois tipos, as acionadas por


solenoide (eletrônicas ou eletromagnéticas) e por motor (mecânica ou motorizadas).

Um engenheiro de projeto de processos tem como uma das suas principais tarefas
contabilizar cuidadosamente a quantidade de energia que flui para dentro e para fora de
cada unidade de processo e de terminar a necessidade energética global do processo.
Pode-se fazer isto escrevendo balanços de energia em torno do processo (FELDER,
2008).

Quando se deseja escolher um tipo de bomba a ser utilizada devem-se levar em


conta diversos fatores que são cruciais para o bom funcionamento do sistema
operacional, como as perdas de carga e as cotas existentes. É necessário utilizar valores
de altura manométrica e de vazão em catálogos fornecidos pelos fabricantes, nos quais
cada bomba é especificada para cada faixa de trabalho desejada.
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Vazão é uma grandeza que pode ser representada em duas formas: Chamamos de
vazão volumétrica a razão entre o volume de um fluido, que escoa por uma determinada
secção, por um intervalo de tempo.

𝑉
𝑄= Eq.(1)
𝑡

Chamamos de vazão mássica a razão entre a massa de um fluido, que escoa por uma
determinada secção, por um intervalo de tempo.

𝑄𝑚 = 𝑄𝑣 . 𝜌 Eq.(2)

Também podemos reescrever a equação 4.1 de outra forma, utilizando a velocidade


de escoamento do fluido e a área da secção transversal da tubulação onde ocorre o
escoamento.

𝑄=𝑣∙𝐴 Eq.(3)

Sendo A, a área da secção circular:

𝜋∙𝐷 2
𝐴= Eq.(4)
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A capacidade de uma bomba é quantidade de fluido que esta consegue descarregar


por unidade de tempo, ou seja, a vazão do fluido que a bomba fornece a tubulação.
Alguns elementos podem influenciar nesse fator, tais como: natureza do fluido, rotação
do impelidor da bomba e seu diâmetro. Fabricantes de bombas fornecem gráficos que
mostram a faixa de vazão em que se pode operar a bomba.

Considerando o seguinte sistema abaixo:


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Figura 1: Sistema de recalque

Onde:

S: Sucção

D: Descarga

Z1: Altura do nível do tanque 1 até o centro da bomba

Z2: Altura do centro da bomba até o nível do tanque 2

Para selecionar uma bomba aplica-se o balanço de energia mecânica entre dois
pontos do sistema de escoamento. Geralmente se escolhem os pontos de entrada e a
saída. Considerando-se o sistema como sendo a bomba e realizando um balanço em
torno do mesmo, tem-se:

Trabalho Agregado = Energia final do fluido – Energia inicial do fluido + Energia de


atrito

Onde a energia cinética, a energia potencial e a entalpia correspondem à energia do


fluido e a energia de atrito é o somatório da energia interna e da quantidade de calor no
sistema. Substituindo os valores na equação, obtém-se que:

∆𝑈 + ∆𝐸𝑘 + ∆𝐸𝑝 + ∆(𝑃𝑉) + ∑ 𝐹 = 𝑄 − 𝑊𝑒 Eq.(5)

Onde:
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∆U: variação de energia interna

∆Ek: Variação de energia cinética

∆Ep: Variação de energia cinética

∆(PV): Variação de pressão

∑ F: Somatória de perdas por atrito

Q: Calor cedido ou recebido.

We: Trabalho de eixo

Ao escoar pela tubulação o fluido entra em atrito com a parede do tubo, com isso
termos perda de carga (hf), que se refere à energia perdida por unidade de peso pelo
fluido. Acessórios utilizados como conexões, válvulas, reduções e outros, também
influenciam na perda de carga. Dessa forma podemos dividi-la em duas partes: perda de
carga distribuída (hfr), que é a perda nos trechos retos; e perda de carga localizada (hfl),
que é a perda ocorrida nos acessórios. Assim:

ℎ𝑓 = ℎ𝑓𝑟 + ℎ𝑓𝑙 Eq.(6)

Como a perda de carga distribuída irá depender do tipo de escoamento (laminar ou


turbulento), é preciso entender a definição deles e como se determina o tipo de
escoamento em que o fluido se encontra. (DE MATTOS, DE FALCO,1998)

Escoamento Laminar ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo


de trajetórias bem definidas, tendendo a percorrer trajetórias paralelas, apresentando
lâminas ou camadas e tendo cada uma delas a sua característica preservada no meio. No
escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de
surgimento da turbulência. Este tipo de escoamento tem maior incidência a baixas
velocidades e em fluidos que apresentem grande viscosidade.

Escoamento Turbulento ocorre quando as partículas de um fluido não se movem ao


longo de trajetórias bem definidas, ou seja, as partículas descrevem trajetórias
irregulares, formando minúsculos redemoinhos ou vórtex. Este escoamento é comum na
água, cuja viscosidade é relativamente baixa.
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O número de Reynolds é um número adimensional, usado em mecânica dos fluidos,


que caracteriza o comportamento global de um fluido. A partir dele, podemos
determinar a natureza do escoamento (laminar ou turbulento) dentro de um tubo ou
sobre uma superfície. (FOX, MCDONALD, PRITCHARD, 2006).

Para o escoamento em tubos, o número de Reynolds é calculado da seguinte forma:

𝜌𝑣𝐷
𝑅𝑒 = Eq.(7)
𝜇

Sendo,

ρ: Massa específica do fluido

V: Velocidade de escoamento do fluido

D: Diâmetro interno do tubo

μ: Viscosidade absoluta

Assim para determinarmos o tipo de escoamento, os seguintes critérios são


seguidos:

Re < 2000 – Escoamento Laminar

2000 < Re < 4000 - Escoamento Transitório

Re > 4000 – Escoamento Turbulento

O fator de atrito f é função do número de Reynolds e da rugosidade relativa ↋/D da


tubulação, onde ↋ é a rugosidade e D é o diâmetro do tubo. Isso é válido exceto quando
o escoamento é laminar, onde f depende apenas de Re; e no escoamento completamente
turbulento, para o qual os valores de Reynolds são bastante altos e f passa a depender
somente da rugosidade relativa.

Para escoamento laminar (Re < 2000), é obtida através da equação de Hagen-
Poiseuille, Equação (8), dependendo apenas do Re, tendo:

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𝑓= Eq.(8)
𝑅𝑒
9

Para escoamento turbulento (Re > 4000), é obtido através do diagrama Universal de
Moody, dependendo do número de Reynolds e da rugosidade relativa (↋/D). Podendo
ainda ser determinada pela Equação 9, expressão desenvolvida por Swamee e Jain,
tendo:

2. OBJETIVO

O experimento teve como objetivo determinar a vazão de uma bomba dosadora e


aplicar o balanço de energia mecânica (B.E.M).

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais:

Um sistema de escoamento impulsionado por uma bomba dosadora. Marca:


Black Stone, Model: BL20, OUTPUT: 18.3 L/h, 0,5 bar.
Um cronômetro digital
Proveta Graduada
Trena
Termômetro
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Fonte: do Autor

3.2 Metodologia

Montou-se um sistema de bombeamento de líquido, como demonstrado na figura


anterior.

Primeiramente foi medida a temperatura do liquido bombeado (agua) com um


termômetro de mercúrio. Posteriormente mediu-se a distância do primeiro reservatório
(sucção) até o segundo reservatório (descarga) ao nível de saída, medida com uma trena.
Então, estabeleceu-se para a bomba uma rotação de 30% e estipulou-se um tempo de 30
segundos, medindo-se o volume obtido com o auxilio de uma proveta de 100 ml, dentro
desses parâmetros. O mesmo procedimento foi repetido para as rotações 50% e 80%,
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com tempos de 20 e 15 segundos, respectivamente. (Esse procedimento foi realizado


três vezes em cada rotação e contados o numero de stroke) para assim retirar a media
posteriormente. Em seguida mediu-se o diâmetro de saída da tubulação. E realizou-se
uma nova medida de temperatura do liquido.
Todos os valores foram anotados em uma tabela, para que fossem efetuados os
cálculos de vazão mássicas e volumétricas, além de estimar o valor da somatória de
perdas por atrito, aplicando o balanço de energia mecânica.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com os dados obtidos experimentalmente foi possível construir a Tabela 1.

Tabela 1: Dados obtidos experimentalmente.

Altura Diâmetro
Tempo(s)/volume(mL)/ Temperatura
Posição (Sucção e do
Stroke (°C)
descarga) Tubo(m)
30% 30 /73 /22
30/80/24 33
30/73/22
Média 30/75,3/22
50% 20/82/25
20/83/24 33
0,28 m 0,00538
20/77/24
Média 20/80,6/25
80% 15/90/28
15/93/28 31
15/95/28
Média 15/92,6/28
Fonte: Autor, 2019
Com os valores do tempo e com o volume coletados, calculou-se as respectivas
vazões volumétricas e mássicas pelas equações 1 e 2 respectivamente. Os valores de
𝜌 𝑒 𝜇 obtidos para as temperaturas de 33 e 31 °C foram de 994,6 kg/ m³, 995,3 kg/m³,
7,54E-04 e 7,83E-04, respectivamente (dados obtidos na Tabela B.1, propriedades
físicas da água, Apêndice B, BRUCE R. MUNSON). Assim, sendo possível calcular
velocidades aplicando a equação 3 e o número de Reynolds (com esses dados,
construímos a Tabela 2).O número de Reynolds foi calculado através da Equação 10.
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4𝜌𝑄𝑣
𝑅𝑒 = Eq.(10)
𝜋𝜇𝐷

Sabendo que 𝑄𝑚̇ = 𝑄𝑣 . 𝜌, e D = 0,00538 m.

Tabela 2: Dados obtidos para vazões, velocidades e número de Reynolds.


Vazão Vazão Velocidade
Posição Volumétrica Mássica Descarga Reynolds Coeficiente
( m³/s) ( Kg/s) (m/s) de Atrito
30% 2,51E-06 2,49E-03 0,11 784,251 0,0816
50% 4,03E-06 4,01E-03 0,177 1262,992 0,0506
80% 6,17-06 6,14E-03 0,271 1860,606 0,0343
Fonte: Autor, 2019
Como todos os valores de para Reynolds < 2000, utilizou-se a equação 8 para o
calculo de coeficiente de atrito.

Assim aplicando na equação de balanço de energia mecânica obtiveram-se as


seguintes considerações: Para o experimento desconsiderou-se variação de entalpia e
transferência de calor, desta forma, considerando somente:

∆𝐸𝑘 + ∆𝐸𝑝 + ∑ 𝐹 = −𝑊𝑒 Eq.(11)

Os valores obtidos para variação de energia cinética e potencial foram obtidos


através das equações:

∆𝐸𝐾 = (𝑣22 − 𝑣12 )/2

∆𝐸𝑝 = 𝑔 (𝑍2 − 𝑍1 )

O cálculo do trabalho de eixo foi realizando utilizando a seguinte equação:

Potencia= W. 𝑄𝑚̇

O valor da potencia considerado foi de 200 W(valor obtido no site do fabricante


da bomba dosadora Black Stone, Model: BL20, OUTPUT: 18.3 L/h, 0,5 bar).
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Assim construiu-se a Tabela 3.

Variação de Variação de
Trabalho
Posição energia cinética energia Potencial
Realizado (J/Kg)
(m²/s²) (m²/s²)
30% 6,05E-03 80321,28
50% 0,015 2,7 49875,31
80% 0,036 32573,28
Fonte: Autor, 2019

Assim, aplicando os valores encontrados na equação 11, foi possível estimar o valor
da somatória de perdas de carga, conforme a Tabela 4:

Posição
Perdas de carga por atrito (J/Kg)

30% 80323,98

50% 49878,02

80% 32576,01
Fonte: Autor, 2019

5. CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que ao aumentar a velocidade de rotação das bombas houve um


aumento da vazão tanto a volumétrica quanto a mássica. Observamos também a
necessidade dos balanços energéticos para determinação do trabalho realizado pela
bomba sobre o fluido, no escoamento. Assim, observou-se que a rotação da bomba
influencia na quantidade de trabalho realizado pela bomba, onde quanto maior a rotação
menor será o trabalho.

Por fim, percebeu-se que quanto menor for o trabalho realizado pela bomba. Menor
serão as perdas de carga por atrito.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE MATTOS, EDSON E., DE FALCO, REINALDO, Bombas Industriais, 2ª Ed, Rio


de Janeiro, Interciência 1998
FOUST, A. S.; CLUMP, C. W.; WENZEL, L. A. Princípio das operações unitárias .
2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois,1980.
FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B.
Princípios das operações unitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982.
FOX, ROBERT W., MCDONALD, ALAN T., PRITCHARD, PHILIP J., Introdução à
Mecânica dos Fluidos, 6ª Ed. LTC 2006
ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos: Fundamentos e aplicações.
São Paulo: McGraw-Hill, 2007.
MACINTYRE, A. J. Bombas e instalações de bombeamento. Rio de Janeiro: LTC,
1997 a. Equipamentos industriais e de processos. Rio de Janeiro: LTC, 1997b.
P ERRY, R.H & GREEN, D. Chemical Engineers Handbook.6ª edição. New York:
McGraw Hill, 1984;

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