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ORIGEM DA UMBANDA E TUDO QUE A ENVOLVEU NOS PRIMEIROS ANOS E

DESENVOLVIMENTO1
A chamada Umbanda é uma manifestação religiosa tão complexa e cheias de
mistérios quanto qualquer outra religião iniciática. Até mesmo o seu surgimento apesar de ser
facilmente encontrado uma explicação de uma vertente a chamada Umbanda de Lei, muitos
autores, como o famoso mestre umbandista, Rubens Saraceni, no livro Doutrina e Teologia
de Umbanda Sagrada, expõe que a manifestação do Caboclo das sete encruzilhadas através
do médium Zélio de Moraes, apesar de ser a mais conhecida, não tratava-se de ser a única
manifestação de outros mentores espirituais da Umbanda e outros médios dentro do território
brasileiro (2017).
Contudo, como mito-fundador da religião segundo expõe Teixeira (2012) a narrativa
do episódio da vida de Zélio de Moraes é que a ficou no imaginário popular décadas depois
do acontecido, e cujo qual o próprio senhor Zélio, não teria tomado partido devido a idade
avançada, e apesar de ser contestado pelos diferentes praticantes das inúmeras
manifestações da Umbanda. Nela conta-se,
Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de
doença misteriosa, teria sido levado a Federação
Espírita de Niterói e, em determinado momento dos
trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio
espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente
da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que
não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina).
Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam
como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio.
Devido a hostilidade e a forma como foram tratados
(como espíritos atrasados por se manifestarem como
índio e um negro escravo). Essas entidades
resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que
qualquer espírito pudesse trabalhar. No dia seguinte,
dia 16 de novembro, as entidades começaram a
atender na residência de Zélio todos àqueles que
necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda
espírita Nossa Senhora da Piedade. Essa nova forma
de religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas
acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião
sem preconceitos que acolheria a todos que a
procurassem: encarnados e desencarnados, em todas
bandas. 2

O mesmo sítio enumera os diferentes tipos de umbandas:

 Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como


Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte
sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixás Africanos;
 Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
 Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte,
não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e
Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e
bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como

1
Texto Edilson Borges Vulcão JR.
2 Site https://sites.google.com/site/colegiodeumbandapenavermelha/origens/tipos-de-umbanda. Acessado em 03/04/2019
caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização
de livros espíritas como fonte doutrinária;
 Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto.
Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado
dos Guias;
 Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre
Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda,
ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao
mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
 Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de
Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em
que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
 Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada
pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha
Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e
o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma
grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e
utilização do sanscrito;
 Umbanda de Caboclo - influência da cultura indígena brasileira com seu foco
principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
 Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos
encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito
pelos pretos-velhos;
 Umbanda Sagrada: segmento que foi decodificado pelo Sacerdote Umbandista e
criador do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, Rubens Saraceni,

Vamos dar destaque aqui para o desenvolvimento do trabalho a partir da manifestação


da Umbanda a partir do trabalho da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, comandada
por Zélio. Segundo o site o oficial da Tenda fundada por Zélio em 1908. Contudo

Quem foram os guias que primeiro baixaram


A umbanda é uma religião de prática mediúnica, ou como classifica alguns estudiosos
acadêmicos, Estados Alterados da consciência, ou ainda, alguns praticantes: Estados
Superiores de Consciência, esse tipo de prática, classifica-se como uma experiência religiosa
de Êxtase Religioso. Em toda a história da humanidade esse tipo de fenômeno em algum
momento é possível ser identificado. Contudo, as práticas manifestadas tem sua na
religiosidade africana, também, práticas essas que foram deixados pelos africanos
escravizados, de diversas origens, essas práticas, geral são vistas, a partir da ótica euro-
ocidental como atraso, primitivismo, típico de negros africanos ( aqui uma visão racista-
etnocêntrica) histeria, até algum tipo de perturbação mental. Embora, o conhecido médico
Allan Kardec, tenha codificado e europeizado muitos conceitos e práticas, influenciado,
principalmente pelo racionalismo cientifico de sua época.
É inegável que preconceitos e discriminações presentes na sociedade não se
enraízem dentro das suas instituições, que muitas vezes legitimam determinadas ações
discriminatórias. E no caso da manifestação do Senhor Caboclo das Setes Encruzilhadas em
Zélio não foi diferente, sendo essa a primeira Entidade/Guia Espiritual, e fundador espiritual
da Umbanda iniciada com Zélio, seguido do Preto-Velho Pai Antonio Ancião, e sua
receptividade dentro da casa espírita, surge a partir de uma necessidade, segundo conta-se,
dos espíritos trabalharem acolhendo a todos, sem qualquer discriminação, tal fato acabou por
ser um discursos basilares da Umbanda: caridade e igualdade para e entre os povos, sem
quaisquer tipos de distinção social.
"Botarei no cume de cada montanha que circula
Neves, uma trombeta tocando, anunciando a presença
de uma Tenda Espírita onde o Preto e o Caboclo
possam trabalhar" 3

instrumentos de percussão: a partir de quando foi usado, quem pediu, quais as tendas
que surgiram a partir da primeira e como era o trabalho nelas
Segundo arquivo de um trecho de entrevista do esposo de Zélia de Moraes, filha de Zélio, o
uso dos elementos percussivos dentro da própria Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade,
o uso da ataques dentro dessa, que é a primeira tenda aonde Zélio iniciou o seu trabalho
dentro do Espiritismo de umbanda, não usava elementos percussivos devido o trabalho ser
realizado através da concentração dos médiuns, porém, a utilização de elementos como
Agogô e Curimba (atabaque) de acordo com a necessidade das outras casas eram utilizados
como forma de elevar a conexão energética do trabalho.
A partir de 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebeu ordens e assumiu o comando
para a fundação de mais Sete Tendas, que seriam uma espécie de Núcleos Centrais, de onde
se propagaria a Umbanda para todos os lados. Oportunamente, numa Sessão de
desenvolvimento e estudos, o Caboclo das Sete Encruzilhadas escolheu sete médiuns para
fundarem os novos Templos, que assim ficaram constituídos:
Tenda Espírita São Pedro, (segundo Zélio de Moraes, a primeira Tenda fundada), primeiramente
designada a Sra. Gabriela Dionysio Soares, médium do Caboclo Sapoéba; Tenda Espírita Nossa
Senhora da Conceição, a Leal de Souza, médium do Caboclo Corta Vento; Tenda Espírita Nossa
Senhora da Guia, com Durval Vaz de Souza, médium do Caboclo Jaguaribe; Tenda Espírita São
Jerônimo, com José Álvares Pessoa (Capitão Pessoa) médium do Caboclo da Lua; Tenda Espírita
São Jorge, com João Severino Ramos (Suboficial Enfermeiro), médium de Ogum Timbiri, do Caboclo
Teimoso de Aruanda, de Seu Baiano e Pai Felipe; Tenda Espírita Oxalá, com Dr. Paulo Lavois
(médico), médium de Pai Serafim, que veio a se fixar; Tenda Espírita Santa Bárbara, com João Aguiar
Salgado, que se estabeleceu aonde era antes da Tenda Nossa Senhora da Piedade, a primeira iniciada
por Zélio.

3 Fala atribuída ao Caboclo das Sete Encruzilhadas. Disponível em https://www.tensp.org/historia . Acesso em 03/04/2019
Sete linhas de Umbanda e os Orixás Regentes de cada uma e falangeiro principal
Durante as últimas décadas, o avanço dos estudos teológicos da Umbanda ganhou bastante
força, mesmo com a diferenciação nos princípios doutrinários, teológicos e ritualísticos, hoje
temos até uma universidade teológica umbandista com cursos e estudos aprofundados da
Umbanda, como filosofia, religião e ciência espiritual.
A espiritualidade africana é complexa, cheia de nuances, semelhanças, peculiaridades,
apesar de ter muitos pontos comuns, entre elas a grande influência da espiritualidade do
antigo Egito, ou Kemet, que significa, terra do povo preto. Os orixás, estão para além da
definição de deuses, ou meras deidades, manifestações das forças da natureza, uma coisa
precisa ser dita é que deuses são deuses, Orixás são Orixás, até mesmo a concepção de
força criadora do universo varia e muita vezes está além da figura do Deus pai e que interveem
na nossa vida cotidiana ao seu bel-prazer, segundo a tradição judaico-cristã.
Na umbanda Orixás manifestam-se energeticamente e irradiam sensitivamente pelos guias,
entidades que trabalham como falangeiro dentro do que alguns teólogos umbandistas
colocam como reinos, tronos, etc. Os Orixás cultuados na Umbanda podem ser divididos entre
as principais linhas descritas abaixo, com alguma variação a depender de fundamento.
1ª Linha de Oxalá – O orixá mais velho, aquele que foi sincretizado a figura de Jesus Cristo,
católico, mas com a sua representação viva e não o crucificado. A linha em que os pretos-
velhos se manifestam principalmente. Oxalá tem também sua face do jovem, conhecido pelo
nome de Oxaguiã. Representada pela cor branca. Carrega como instrumento o Opaxorô
2ª Linha Oxum – Orixá do Amor, mas o amor fraterno, do cuidado de si, representado pelas
forças das águas doces, cachoeiras, lagos e fontes. Aponta-se alguns falangeiro (as), que
trabalham em sua Frequência: Oxum Ijimum: Trabalha em vibração com Iemanjá; Oxum
Iápondá: Trabalha em vibração com Oxaguiã (Oxalá Jovem); Oxum Ifé: Trabalha em vibração
com Xangô;Oxum Abalu: Trabalha em Vibração com Omulú, Iansã, Ogum e Oxossi. Etc.
(lembrando que isso varia conforme o fundamento que as casa e tendas e templos trabalham).
Oxum carrega como instrumentos: Abebé: Leque metálico circular, que contém guizos, que é
utilizado por, Oxum como instrumento musical e ao mesmo tempo como insígnia; alfanje:
sabre curvo, um tanto curto e de lâmina larga; Ofá: Arco e flecha utilizada por Oxóssi como
ferramenta e, com o qual ela caça; Erukerê: calda de uma animal. Cor: tons de amarelo
3ª Linha Oxossi: Orixá da Matas. Representado pelo verde. Seus trabalhadores são caboclos
e caboclas, indígenas principalmente. Ligados a Terra, as caças e a alimentação. Sua cor é
o verde e instrumentos são o arco e a flecha.
4ª Linha Xangô: Orixá das Pedreiras, do raio, relâmpagos e trovões e principalmente da
justiça, senhor da verdade. Alguns Falangeiros: Dadá, Afonjá, Lubé, Agodô/Agogo, Koso,
Jakuta. Como instrumento utiliza o Oxé, machado de dois gumes. Cor: marron
5ª Linha Ogum: Orixa Ogum, orixá da guerra, das batalhas do dia a dia, aquele que vai a
frente na batalha. Alguns falangeiros de Ogum: Ogum de lei, Ogum Mege, Ogum beira-mar,
Ogum Rompe-Mato etc. Seus instrumentos são o alfanje e/ou uma lança
6ª Linha Obaluaiê: Orixá da Cura. Senhor da passagem dos vivos, ao mundo do além-vida.
A linha das almas ou corrente dos preto-velhos trabalham sob sua regência. Usa como
instrumento o Xarará. Cor: violeta. Ao contrário do Brasil, na África esse orixá é extremamente
temido, como causado de pragas, por isso, é sempre lhe entregue as devidas oferendas e
homenagens a fim de lhe mandar saciado.
7ª Linha Yemanjá: Orixá das águas salgadas e profundas. Muito popular, tida como mãe dos
orixás, apesar de Olokum, ter vindo antes, e acabou reinando nas águas profundas/abissais,
iemanjá. O seu aspecto gerador da vida e Grande-mãe. Azul do mar é sua cor. Sereias e
Encantados, são seus trabalhadores (as).
Aqui estão descritos somente alguns orixás pois outros, apesar do domínio próprio, algumas
vezes aparecem associados a outros por exemplo: Nanã, Iansã e a Ibejada, sendo esses
últimos, espíritos de crianças que estão associados aos Ibejís, os gemêos, que ora aparecem
como filhos de Iansã, nos mitos.

Referencias
SARACENI, R. Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada: A religião dos mistérios um hino
de amor e vida. São Paulo. Madras, 2017.
_________. As sete linhas de Umbanda: A religião dos mistérios. São Paulo. Madras, 2017.
Umbanda: Origem, Elementos e rituais sagrados. Orixás e seus desdobramentos. Discovery
Publicações.
Sites: http://umbandayorima.blogspot.com/2015/09/falangeiros-de-pai-xango.html
https://www.tensp.org/

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