Características temáticas:
Características formais:
Formação clássica
Maior influência de poetas latinos
Cultura greco-latina
Poesia pensada, onde estão presentes os órgãos dos sentidos
Através da influência greco-latina, Reis defende o “Carpe Diem”, o
carácter da predestinação do ser humano -» tentativa de viver cada
momento como se fosse o último, sem pensar no futuro (evitar o
sofrimento)
Aparente ausência de emoção
Vida como adiamento da morte; consciência de que não somos nada
-» resignação perante isso
Não chegamos a conhecer a verdadeira realidade das coisas
Encontra a harmonia e a felicidade na aceitação de tudo o que o
rodeia
1:
pedido associado à expressão de um desejo
existe cumplicidade e intimidade
“fitemos” – atenção presa
o rio simboliza a passagem da vida/transoritoriedade/tudo passa, é
impossível ver o que ficou para trás e antecipar o futuro
2:
§ tendo consciência que são ambos adultos, ele queria conservar o
pensamento de criança
§ cada acontecimento é único
§ o destino é, na poesia de Reis, assumido como uma entidade mítica
acima dos próprios deuses
§ a vida passa para cumprir o destino
3:
conflito entre a vontade e aquilo que o s. p. considera certo
a proximidade é desgastante
façamos o que fizermos, caminhamos sempre para o fim
passar sem preocupações nem aborrecimentos
4:
tenta viver a vida sem perturbar aquilo que o destino tinha reservado
para ele
sentido de inevitabilidade ® como é inevitável, não vale a pena
preocuparmo-nos com isso
5:
amarmo-nos sem excessos, com tranquilidade
a paixão impede-nos de ver a passagem da vida e de a aproveitar
6:
aproveitar as coisas simples da vida
colher da vida aquilo que ela nos dá
tentativas de suavizar o momento
não acreditam em nada a não ser naquele momento
assistimos ao passar da vida, sem acreditar em mais nada que não
seja o presente e sem querer saber nada do futuro
7:
se um dia ele morrer, ela vai lembrá-lo suavemente, pois nucna
viveram o amor com muita loucura, sem intensidade -» vivência do
amor
8:
se for ela a primeira a morrer, ele também não vai sofrer porque
aquilo que ele tem para se lembrar dela é algo suave
ela será, na memória dele, alguém que acreditava apenas no
momento e com as flores que animavam aquele momento
Pessoa Ortónimo
Texto 1:
Texto 2:
Fernando Pessoa:
Simboliza a saudade;
Conceito de “aldeia” – muito ligada à sua infância e ao mundo onde
foi criado, o seu mundo onde se sentia perfeitamente integrado;
Pessoa nunca se sentiu integrado no mundo nem no tempo como se
sentiu na sua “aldeia”;
Pessoa tinha uma grande dificuldade em lidar com as relações
amorosas e isso aconteceu de forma abrupta quando perdeu o pai e
viu a sua mãe voltar a casar – a rotura da sua relação com a mãe
manifesta-se num certo descrédito nas relações amorosas.
“Autopsicografia” (p.31)
1º momento – sente
2º momento – pensa e intelectualiza o sentimento
3º momento - passa para a escrita o que sentiu, depois de
intelectualizar
=
Teoria do fingimento
® introspecção
® viagem do s. p. ao interior de si próprio
® a diminuição do tamanho da imagem significa a aproximação do
interior e o desconhecimento de si próprio
® dificuldade do poeta em auto-definir-se
Renascimento:
4 planos:
Plano da Viagem (plano central) – relato da viagem de Vasco da
Gama;
Plano da Intriga dos Deuses ou da Mitologia (plano paralelo) –
Deuses contra ou a favor dos Portugueses;
Plano da História de Portugal (plano encaixado) – episódios da
história (p.ex., episódia de Inês de Castro);
Plano do Poeta (plano ocasional) – reflexões em relação às várias
histórias e episódios que vai contando.
Estrutura externa:
Forma narrativa;
Versos decassílabos;
Rimas com esquema rimático abababcc (rima cruzada e
emparelhada);
Estâncias – oitavas;
Poema dividido em dez cantos.
Proposição – p. 146
1ª estância:
2ª estância:
3ª estância:
Invocação – p. 149
4ª estância
5ª estância
Dedicatória – p.150-151
6ª estância:
7ª estância:
8ª estância:
O Império português ia desde o sítio onde o Sol nasce até onde ele se
põe – era quase infinito;
Esperam que D. Sebastião vença todos aqueles que não partilham a
religião cristã.
10ª estância:
11ª estância:
Tudo o que o poeta vai cantar corresponde a factos grandiosos e
verdadeiros;
As façanhas dos portugueses excedem aquelas que foram sonhadas;
O poeta recorre ao exemplo de outras personagens da História para
engrandecer os feitos dos portugueses.
15ª estância:
O rei está numa posição tão elevada que o poeta não pode cantar-
lhe;
Se o rei souber governar, os portugueses vão continuar os feitos
grandiosos do passado – os portugueses vão tomar as terras de
África e do Oriente;
18ª estância:
Canto I – p.159:
Referência aos Mouros que aparentemente são amigos, mas que não
estão a ser verdadeiros – os portugueses descobriram isso;
O objectivo dos portugueses afigura-se muito difícil porque têm que
passar por muitos perigos, nunca sabem com o que hão-de contar –
há momentos em que sabem que podem não chegar à India com vida
→ quanto maiores forem os perigos que passarem, maior será a sua
glória;
No mar há imensos perigos, tantas vezes os portugueses estão perto
da morte;
Por terra também há dificuldades (guerras, traições, inveja);
Haverá algum lugar no mundo onde a vida é segura e onde os
Deuses não se indignem contra os portugueses? Não há nenhum
lugar onde estejam totalmente seguros.
Canto V – p. 160
Canto VI – p. 161-162
estância 78:
estância 79:
estância 80:
estância 81:
estância 82:
estância 83:
estância 84:
Ele não vai dar fama àqueles que puserem em primeiro lugar os seus
interesses; vai dar fama a quem puser primeiro os interesses do Rei,
da nação e da humanidade;
Ele não vai cantar ninguém só por ambição de ter grandes cargos.
estância 85:
Não vai cantar ninguém que use o seu poder para servir os seus
desejos;
Não vai cantar ninguém que não seja verdadeiro, que seja hipócrita.
estância 86:
Também não vai cantar aqueles que servem o bem o Rei mas não
servem os direitos da humanidade;
Também não vai cantar aqueles que por serem insensíveis só
percebem as suas preocupações e não as dos outros.
3ª invocação – invocação às Ninfas do Tejo e do Mondego em que o
poeta aproveita para se lançar em considerações autobiográficas:
estância 96:
estância 98:
estância 99:
estância 90:
estância 91:
estância 93:
estância 94:
estância 95:
“Velho do Restelo”
estância 94:
estância 95:
estância 96:
estância 97:
estância 98:
Aos homens é prometida uma coisa mas ele acha que acontecerá
outra;
Dirige-se ao ser humano, ao Homem;
Adão condenou-nos para sempre à condição de comuns mortais – o
Homem no paraíso estava protegido e quando foi expulso de lá,
começou a usar a armas (castigo pelo seu pecado) → aumentou a
violência;
O Homem em vez de expandir o seu território por terra, expande-se
pl mar.
estância 99:
estância 101:
estância 102:
estância 103:
estância 104:
Brasão
I. Os Campos
Primeiro / Ulisses
Sexto / D. Dinis
III. As Quinas
O Encoberto
I. Os Símbolos
Primeiro / D. Sebastião
Presença de Deus – entidade mítica que está num plano acima dos
homens;
Sonhar – mito; apesar de Deus estar acima dos homens, deixa-nos
sonhar; o Homem quer ter o papel de Deus (transcende-se);
“Que importa o areal e a morte e a desventura / Se com Deus me
guardei?” – interrogação retórica – põe em causa o passado histórico;
o que importa a morte se o sonho permaneceu?;
“eu” – identificado com o sonho, que é eterno;
“É Esse que regressarei.” – crença no regresso de D. Sebastião
(sebastianismo) – é o mito que regressa.
II. Os Avisos
Terceiro
III. Os Tempos
Quinto / Nevoeiro
Clima de aborrecimento;
Neste momento, Portugal não é nada que se distinga do resto da
terra; passa-nos despercebido;
Portugal cada vez mais triste;
“Brilho sem luz” → paradoxo – a ideia de brilho remete para a luz;
Indefinição das pessoas que constituem o país;
O Homem não está completo;
Ânsia de recuperar o que foram no passado; desejo que D. Sebastião
regresse;
Não há nada definido, como se tudo acabasse; perda de identidade
que tem a ver com a alma;
Hoje Portugal é indefinição; reticências → esperança;
Está na hora de começar a construir um Portugal novo.
Mar Português
I. Possessio Maris
Primeiro / O Infante
Sebastianismo e o mito
O Quinto Império
1. As personagens
2. O Destino Humano
3. Elementos simbólicos
4. Estatuto do narrador
5. Acção
5.1. Construção do Convento:
Constrangimentos da relação entre o rei e a rainha que estão na
origem da sua construção;
Trabalho forçado dos trabalhadores que o construíram;
Denúncia da vaidade do rei e prepotência da Igreja; a exploração dos
humildes e a instauração de um clima de medo à custa da ignorância
do povo e da injustiça da história que serve o jogo de poder.
5.2. A passarola:
6. O Espaço
7. Referências temporais:
Idades das personagens que funcionam como protagonistas;
A história de amor;
A batalha de Jerez de Los Caballeros;
A chegada da nau de Macau;
O nascimento e baptizado de D. Maria Bárbara e D. Pedro.
Decorre entre 1711 e 1739 (28 anos), não é um tempo contínuo uma
vez que o discurso do narrador cria espaços dentro desse período
cronológico para o integrar num tempo uno em que passado,
presente e futuro se misturam.
Publicada por Sílvia M em 23:50 23 comentários
Etiquetas: Português 12º ano
O tempo da história
Objectivos da rebelião:
O tempo da escrita
Didascálias
As personagens
Elementos simbólicos
Saia verde – Matilde ao utilizar a saia verde faz com que o luto dê
lugar à esperança. O verde simboliza a renovação da natureza, a
longevidade e a imortalidade; eventualmente o reencontro entre
Matilde e Gomes Freire numa outra vida.
A noite – sofrimento e morte; símbolo do poder maldito e das
injustiças dos governadores; “tempo das germinações e
conspirações”.
O luar – prefigura a morte da Terra mas pelas suas diferentes fases
associa-se a rituais de renovação e de mudança da natureza.
A ambiguidade do título
Lusíadas e Mensagem
Tanto Camões como Pessoa têm como objectivo cantar a pátria onde
vivem;
Camões n’ Os Lusíadas evocava o passado, que apesar de recente, já
lhe provocava nostalgia;
Camões incita o rei a continuar os feitos gloriosos do passado, para
ter sempre feitos para cantar;
Quatrocentos anos depois, Pessoa assiste também à decadência e faz
o esforço de retomar esse império glorioso (império espiritual, feito
de sonhos);
“Os Lusíadas” -» presentes deuses pagãos e um Deus cristão;
“Mensagem” -» não há uma religião, ocultismo;
“Mensagem” e “Os Lusíadas” a par;
“Mensagem” de Pessoa dirige-se aos jovens, capazes de amar a
cultura do seu país – será através da reinvenção da cultura que
surgirá o Quinto império.
Álvaro de Campos
1ª fase: Decadentismo
“Ode Marítima”
Texto – p. 106
Características temáticas:
1ª fase:
expressão do tédio e do desencanto;
saturação da civilização moderna – revolta contra a ordem
estabelecida;
estilo confessional;
busca de novas sensações – “queria outro ópio mais forte”.
2ª fase:
sensacionismo – “sentir tudo de todas as maneiras”;
futurismo – exacerbamento da força, da energia, da civilização
mecânica, aniquilamento do passado, exaltação do presente e do
futuro;
atitudes sadomasoquistas;
erotismo doentio e febril.
3ª fase:
regresso ao abatimento, ao cansaço da vida;
tom introspectivo e reflexivo;
dor de ser lúcido;
a infância como paraíso perdido;
a fragmentação do “eu”.
Características formais:
versos e estrofes longas;
estilo torrencial e excessivo;
linguagem marcada por um tom excessivo e intenso: exclamações,
apóstrofes, enumerações, adjectivação abundante, anáforas,
interjeições, onomatopeias, aliterações, etc.
Publicada por Sílvia M em 23:45 0 comentários
Etiquetas: Português 12º ano