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Definição de termos

A OMS propõe a seguinte nomenclatura:

• Aleitamento materno exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno,


diretamente da mama, ou leite humano ordenhado, e nenhum outro líquido ou

sólido, com possível exceção de medicamentos, ou seja, toda a energia e todos os


nutrientes são fornecidos pelo leite humano.

• Aleitamento materno predominante: quando o lactente recebe, além do leite

materno, água ou bebidas à base de água, como sucos de frutas ou chás, mas não
recebe outro leite.

• Aleitamento materno: quando a criança recebe leite materno, diretamente do


seio ou dele extraído, independentemente de estar recebendo qualquer alimento,

inclusive leite não humano.

Cada espécie de mamífero produz o leite adequado ao seu filhote. O leite humano

é, portanto, muito diferente do leite de outros animais. Único e insubstituível. O leite


materno é o alimento ideal para a criança, pois é totalmente adaptado às

necessidades de seu organismo nos primeiros anos de vida. Não existe outro leite
semelhante, nem mesmo aqueles muito caros, à venda nas farmácias e

supermercados. Produzido naturalmente pelo corpo da mulher, o leite materno é


rico em anticorpos e outras substâncias que protegem a criança de infecções
comuns nos 2 primeiros anos de vida. São esses 2 anos os mais decisivos para o

crescimento e desenvolvimento da criança, com repercussões ao longo de toda a


vida do indivíduo.

O desenvolvimento infantil é um processo contínuo e muito intenso nesse período.


O corpo da criança modifica-se rapidamente e o cérebro aperfeiçoa habilidades

fundamentais, como visão, inteligência e capacidade de interação. Essas


transformações estão interligadas; uma influencia a outra. Todo esse
desenvolvimento depende não somente das características da criança quando
nasce, mas também da interação com o meio em que vive. Tanto as necessidades

físicas – como alimentação e higiene – como as emocionais – 3como sentir-se


segura, amada e protegida – precisam e devem ser atendidas.

O aleitamento materno supre todas as necessidades da criança. Quando ela se


alimenta diretamente no peito recebe vários estímulos que a ajudam a se

desenvolver, como a troca de calor, cheiros, sons, olho no olho e toques, num
contato íntimo entre mãe e criança. Logo, a amamentação é fundamental para o

desenvolvimento infantil e o estabelecimento de laços afetivos.

Amamentar é um direito da mãe e ser amamentada é um direito da criança. Mas o


exercício desse direito e por quanto tempo não depende apenas da vontade e da

decisão da mulher. Muitas vezes, apesar de querer, a mãe não consegue


amamentar como gostaria. É muito importante a participação de todos durante a

amamentação: do pai da criança, do companheiro ou companheira da mãe, dos


familiares, de mulheres que já passaram por essa experiência, da comunidade.

A recomendação atual é que a criança seja amamentada por 2 anos ou mais, e que

nos primeiros 6 meses ela receba somente leite materno. Essa prática é chamada de
amamentação exclusiva. Nenhum outro tipo de alimento necessita ser dado ao bebê

enquanto estiver em amamentação exclusiva: nem líquidos, como água, chá, suco
ou outros leites; nem sólidos, como papinha e mingau. Mesmo em regiões secas e

quentes, não é necessário oferecer água às crianças alimentadas somente com leite
materno, pois ele possui toda a água necessária para a hidratação nesse período.

A oferta de outros alimentos antes dos 6 meses, além de desnecessária, pode ser
prejudicial porque aumenta o risco de a criança ficar doente e pode prejudicar a

absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o


zinco.

Entretanto, não há limite de tempo máximo estabelecido para a amamentação. Ela

pode durar enquanto for desejada pela mulher e pela criança, desde que não haja
prejuízo de nenhuma ordem para ambas.
Por que amamentar é tão importante?

● Porque faz bem à saúde da criança: O leite materno protege de infecções, como
diarreia, pneumonia e otite e, caso a criança adoeça, a gravidade da doença tende a

ser menor; previne algumas doenças no futuro, como Asma, diabetes e obesidade;
e favorece o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. O esforço que a criança

faz para retirar o leite do peito é um exercício importante para a boca e para os
músculos 8do rosto e irá repercutir positivamente na respiração, na mastigação, na

deglutição, na articulação da fala e no alinhamento dos dentes.

● Porque promove o vínculo afetivo: A amamentação é um ato de interação

profunda entre a mulher e a criança, com muitas trocas, sendo geralmente


prazeroso para ambas. Assim, a amamentação aproxima mãe e criança, facilitando o

vínculo afetivo entre elas.

● Porque faz bem à saúde da mulher: Amamentar auxilia a aumentar o intervalo

entre os partos e na prevenção de algumas doenças da mulher, reduzindo as


chances de desenvolver, no futuro, câncer de mama, de ovário e de endométrio e

também diabetes tipo 2. Quanto mais tempo a mulher amamentar, maiores serão
os benefícios da amamentação à sua saúde.

● Porque é econômico: O leite materno é gratuito, produzido pela própria mulher

para ser oferecido para o seu filho. Já as fórmulas infantis industrializadas podem
comprometer boa parte do orçamento familiar. Além disso, não amamentar pode

gerar gastos extras, já que a criança não amamentada adoece mais.

● Por faz bem à sociedade: crianças amamentadas adoecem menos, com isso

geram menos impactos financeiros no sistema de saúde e para suas famílias.


Quando as crianças adoecem as mães e cuidadores também perdem dias de

trabalho, o que pode dificultar o acesso das mães ao mercado de trabalho ou na


manutenção da renda familiar. Crianças amamentadas também têm maiores

chances de alcançar o seu potencial máximo de desenvolvimento cognitivo,


emocional e afetivo, resultando em adultos com maior capacidade laboral, que

contribuem para o desenvolvimento do país.

● Porque faz bem ao planeta: A amamentação contribui efetivamente para a


sustentabilidade ambiental e segurança alimentar e nutricional. O leite materno é

um alimento natural, produzido e fornecido sem poluição e sem prejuízos diretos


aos recursos naturais. Reduz a produção leiteira e seu impacto, evitando resíduos

que contribuem para a emissão de gás metano, com resultado direto no efeito

estufa. Reduz a produção industrial de fórmulas lácteas e toda uma cadeia de


produtos geradores de detritos, como toneladas de latas, plásticos e rótulos.

Durante a gestação, as mamas passam por transformações para produzir leite após
o nascimento do bebê. Nos primeiros dias, a produção de leite pode parecer pouca,

mas é suficiente para as necessidades da criança recém- nascida. Em geral, no


terceiro ou quarto dia após o parto costuma ocorrer a “descida do leite”, ou

apojadura, como chamam os especialistas. É quando as mamas ficam maiores e a


mulher passa a produzir mais leite. O leite dos primeiros dias da amamentação é

chamado colostro. Ele é um leite especialmente produzido para os bebês dessa


idade. Tem mais proteínas e é rico em anticorpos e outras substâncias que ajudam a

criança na proteção contra doenças.


É importante saber que durante uma mamada apenas parte do leite estava

armazenada no peito. A maior parte é produzida enquanto a criança está sugando


o peito. A quantidade de leite que a mulher produz depende principalmente de

quanto de leite está sendo consumido pela criança ou retirado da mama. Logo,
quanto mais leite a criança mamar e mais vezes for ao peito, mais leite a mulher vai
produzir.
É comum as mulheres se preocuparem com o aspecto do leite e, muitas vezes, o

achamos fraco por causa da cor. Todo o leite é de boa qualidade,


independentemente do aspecto. Em uma 1mamada, o leite que sai primeiro pode

parecer “ralo” ou “fraco” por ser mais transparente, mas esse leite é muito rico em
água, importante para sua hidratação, e anticorpos para proteger a criança de

infecções. Depois de a criança mamar por algum tempo, o leite pode ficar mais
esbranquiçado ou amarelado por conter mais gorduras. Por isso, é importante

deixar a criança mamar bastante em uma mama antes de oferecer a outra, para o

bebê se beneficiar de todas as qualidades do leite.

Todo o leite materno é adequado, possuindo calorias, gorduras, proteínas,


vitaminas e água na dose certa para o crescimento adequado das crianças. O leite

materno nunca é fraco.

Como amamentar

Cuidar para que a posição e a pega sejam adequadas

Existem diversas posições para a mulher amamentar: pode ser sentada, recostada,
deitada ou em qualquer outra posição que lhe seja agradável Mãe e bebê devem se

sentir confortáveis, com o corpo da criança virado para o corpo da mãe, com a
cabeça e corpo da criança alinhados, e nunca com o pescoço torcido. É importante

apoiar bem o bebê, colocando o rosto da criança perto da mama e de frente para a
mãe.

PEGA é o nome dado ao encaixe da boca da criança ao peito para poder mamar.
Uma boa pega favorece a retirada adequada do leite pela criança e não machuca a

mulher. Para que isso ocorra, em primeiro lugar, não pode haver obstáculos entre a
boca da criança e o bico do peito (ou mamilo), como roupas, panos, a mão da mãe

ou o braço da criança. O nariz do bebê deve estar na altura do mamilo.

Dor ao amamentar é sinal que a pega não está boa


Se a mulher sente dor ao amamentar, deve observar se a criança está fazendo a

pega correta. A dor ao amamentar é um sinal de que a pega pode não estar
correta. Tire o bebê do peito com cuidado e coloque de novo para que ele abra

mais a boca. Se continuar doendo, procure a ajuda de profissionais de saúde.

Recomenda-se que a criança seja amamentada desde a primeira hora de vida e


sempre que quiser mamar. A quantidade de leite produzida pela mulher depende
principalmente do quanto a criança mama. Mais mamadas, mais leite, mais saúde.

A mulher também deve ser encorajada a beber água sempre que sentir sede;
consumir com moderação alimentos e bebidas estimulantes, como café, chá,

chimarrão e tererê; e evitar refrigerantes, sucos, néctares e demais bebidas


açucaradas ou “energéticas”. Não existe comprovação de que alguma comida ou

bebida aumente ou reduza a produção de leite materno.

Práticas que podem prejudicar a amamentação

Dar outros leites para “complementar” o leite materno – Isso faz com que a criança
mame menos no peito, reduzindo o efeito protetor do leite materno contra

doenças e causando diminuição na quantidade de leite produzido, além dos


malefícios que esses leites podem provocar à saúde da criança.

Oferecer líquidos pela mamadeira – Isso confunde a criança, pois a maneira de


sugar o peito e a mamadeira são diferentes. A criança pode acabar preferindo a
mamadeira e recusar o peito. Além disso, a falta dos movimentos que a criança faz

para sugar o peito favorece o aparecimento de problemas como deformações no


céu da boca e mau alinhamento dos dentes.

Fumar durante a amamentação – As substâncias nocivas do cigarro, além de serem

prejudiciais à mulher, passam para o leite materno. Por isso, deve-se evitar o fumo
durante a amamentação. Se, apesar de todos os esforços, a mulher não conseguir

parar de fumar, alguns cuidados podem ser tomados para minimizar eventuais

danos à criança: fumar o menor número de cigarros que conseguir; fumar logo após
as mamadas para dar um intervalo entre o fumo e a mamada seguinte; não expor a

criança à fumaça do cigarro. Apesar de a mulher ser fortemente desencorajada a


fumar durante a amamentação, acredita-se que o risco de fumar e amamentar seja

menor que o risco de desmamar a criança por causa do cigarro. As mulheres


fumantes podem procurar uma unidade de saúde e participar do Programa

Nacional de Combate ao Tabagismo oferecido pelo SUS para tratar a dependência


ao cigarro.

Usar medicamentos por conta própria – A maioria dos remédios pode ser

consumida pela mulher que amamenta. No entanto, alguns não são recomendados,
pois podem passar para o leite e afetar a criança. É importante que a mulher

consulte profissionais de saúde antes de consumir qualquer tipo de medicamento


durante a amamentação. 368

Ingerir qualquer bebida alcoólica – O uso de álcool pela mulher é desaconselhado

durante a amamentação, pois ele passa para o leite materno. Se a mãe for ingerir
bebida alcoólica, recomenda-se que ela fique um tempo sem amamentar até o

álcool ser metabolizado pelo organismo.

É importante evitar práticas que atrapalhem a amamentação, como oferecer


chupeta e mamadeira, fumar, ingerir álcool e usar medicamentos por conta própria.
Dificuldades na Hora de dar de mamar

Demora na descida do leite – A descida do leite ou “apojadura” pode demorar um


pouco mais para acontecer para algumas mulheres. As cesarianas têm sido

apontadas como um fator associado à demora na descida do leite, por fatores


hormonais e por dificultar a amamentação na primeira hora de vida.

O que pode ser feito: Nesses casos, é fundamental que a mulher se 4sinta confiante
e conte com suporte da família e de sua rede de apoio. Algumas medidas podem

ajudar, em especial a estimulação da mama com sucção frequente do bebê e a


retirada do leite materno.

Criança com dificuldade inicial para sugar – Alguns bebês apresentam dificuldade

para iniciar a amamentação nos primeiros dias de vida. Às vezes não sugam,
resistem ao peito, choram, viram o rosto ou se jogam 4para trás quando colocados

para mamar. Há aqueles que tentam sugar, mas não conseguem abocanhar a
aréola; alguns seguram a mama, mas não conseguem manter a pega; outros

recusam um dos peitos. Algumas 4vezes a causa pode estar associada ao uso de
chupetas ou mamadeiras, ou ainda, à dor provocada por mau posicionamento. Isso

atrapalha a criança, que não consegue sugar a aréola adequadamente ou não abre
a boca suficientemente, impedindo a pega. O bebê pode não conseguir 4abocanhar

a mama por ela estar tensa, ingurgitada, ou ter mamilo invertido ou muito plano.
Outra causa pode ser a “língua presa” da criança, que, dependendo do grau, pode

dificultar a pega e a sucção.

O que pode ser feito: É importante que a mulher fique tranquila e receba todo o
suporte da família e da rede de apoio. Suspender o uso de bicos de mamadeiras e
chupetas; melhorar a pega e variar a posição do bebê no momento de amamentar
podem ser medidas úteis. Enquanto a criança estiver com dificuldade para sugar,

recomenda-se fazer a retirada do leite de forma manual, de 6 a 8 vezes ao longo do


dia. Isso poderá ajudar na produção do leite materno e melhorar a pega da criança.

Quando essas medidas não forem suficientes, a ajuda de profissionais de saúde


facilita a identificação de outras causas possíveis.

Mamilo plano ou invertido – Mamilo plano é quando o bico do peito é achatado ou


não possui tamanho que facilite a pega e sucção. Mamilo invertido é quando o bico

do peito tende a ir para dentro da mama. Um mamilo plano ou invertido pode


dificultar a amamentação, mas não necessariamente a impedir, pois a criança

abocanha a aréola, e não apenas o mamilo. O próprio bebê pode fazer o “bico”
com a sucção e, com o tempo, ir esticando o mamilo. Existem situações em que o

mamilo parece ser invertido. Para confirmar, basta pressionar a aréola entre o
polegar e o dedo indicador: se ele retrair, é um mamilo invertido. Do contrário, não

é.

O que pode ser feito: Para uma mãe com mamilo plano ou invertido amamentar
com sucesso é fundamental que ela receba ajuda de todos, especialmente da
família. No pré-natal, não é recomendado fazer exercícios para os mamilos nem
usar qualquer acessório para amamentação. Após o nascimento, pode-se ajudar o

bebê a abocanhar o mamilo e parte da aréola e tentar diferentes posições para


facilitar a pega.

Pouco leite - A sensação de ter pouco leite é a razão mais comum para a oferta de
outros leites, alimentos e/ou produtos à criança. É importante saber que, salvo raras

exceções, a mulher produz a quantidade suficiente de leite, desde que a criança


sugue com frequência e em boa posição, estimulando a produção do leite e o
esvaziamento da mama. Choro ou outras reações negativas, assim como alguns dias
sem fazer cocô, não significam necessariamente que a mãe esteja com pouco leite.

Se o bebê demonstra estar satisfeito após as mamadas; é ativo e responde aos


estímulos; urina várias vezes ao dia e, principalmente, está crescendo e se

desenvolvendo adequadamente (o que pode ser acompanhado na Caderneta da


Criança), não há problemas com a amamentação e, logo, o leite oferecido é

suficiente.
O que pode ser feito: Algumas medidas ajudam a aumentar a produção do leite,

como melhorar o posicionamento e a pega; aumentar a frequência das mamadas;

oferecer as duas mamas em cada mamada; massagear a mama durante as


mamadas; retirar o leite manualmente; dar tempo para o bebê mamar em um dos

peitos antes de trocar para o outro; trocar de mama várias vezes numa mesma
mamada se a criança estiver sonolenta ou se não sugar vigorosamente; retirar o

leite residual após a mamada; evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores


(intermediários) de mamilos; consumir dieta balanceada; ingerir água em

quantidade suficiente; repousar, sempre que possível.

A oferta precoce de outros leites - Uma situação bastante comum é a criança

mamar no peito, mas também receber outros leites. Na maioria das vezes, por
insegurança, a família decide começar a dar outro leite por associar o choro da
criança à fome, por achar o leite materno fraco ou em quantidade insuficiente. O
choro da criança normalmente causa preocupação, mas é importante lembrar que a

criança também chora por frio, calor, necessidade de colo e vários outros motivos.
Com o tempo, a família aprenderá a reconhecer essas situações. Mamar no peito

acalma, acolhe e aconchega a criança. Oferecer outro leite, outros líquidos ou

alimentos para a criança amamentada, 645 não é recomendado antes dos 6 meses.
Isso pode diminuir a produção do leite materno e fazer com que a criança não

aceite mais o peito. A oferta de alimentos inadequados à faixa de idade aumenta as


chances de cólicas e do desenvolvimento de alergias e/ou infecções. É possível, e

até mesmo recomendável, que a mãe suspenda qualquer outro leite que esteja
oferecendo à criança e volte a amamentar exclusivamente.
Perguntas e respostas sobre aleitamento materno

Existe leite fraco?

Todo leite materno é adequado, não é fraco. A natureza garante que as mulheres,
sejam elas magras, gordas, negras, pardas, brancas, indígenas, caboclas, pobres ou

ricas, mesmo não possuindo uma alimentação adequada, produzam leite com
calorias e nutrientes em quantidades adequadas, ou seja, proteínas, gorduras,

vitaminas e tudo que a criança necessita.

O leite produzido é suficiente para a criança?


A maioria das mulheres tem capacidade de produzir leite suficiente para alimentar

seu bebê. Por diversas razões, no entanto, a produção deleite pode diminuir. Na
maioria das vezes, essa situação pode ser revertida se manejada adequadamente.

Por isso, sempre que a mulher achar que está com pouco leite, ela deve procurar
profissionais de saúde para confirmar a suspeita e receber orientação. Muitas vezes,

constata-se que o leite materno é suficiente para atender as necessidades da


criança, tranquilizando a família.

É possível saber se o bebê está recebendo leite materno em quantidade suficiente?

Para saber isso, deve-se ter atenção a alguns sinais. Se o bebê é ativo e responde

aos estímulos; se urina várias vezes ao dia; e, principalmente, se está crescendo e se

desenvolvendo adequadamente, tudo leva a crer que a criança está bem e


mamando em quantidade suficiente. Para isso é fundamental o acompanhamento

do ganho de peso da criança. O número de vezes que a criança faz cocô em um dia
podevariar muito, logo não é uma boa medida de observação. É considerado

normal a criança em amamentação exclusiva fazer cocô várias vezes ao dia ou ficar
até 15 dias sem fazê-lo. Comumente as fezes desse período são mais líquidas e

amareladas.

Como saber se o choro do bebê é de fome?

O bebê chora por diversas razões: sono, frio, calor, dor, cólicas, fraldas sujas, reação
a certos alimentos, bebidas e substâncias consumidas pela mãe, necessidade de

carinho e de atenção, aconchego, necessidade de sugar e, também, por estar com


fome. Com o tempo, mãe e cuidadores aprendem a interpretar o comportamento

da criança, identificando necessidades e percebendo como são expressas.

Há problema em dar mamadeira à noite para a criança?

Oferecer mamadeira com fórmula industrializada ou outro leite à noite para que a
criança durma melhor é muito comum, porém, não recomendado. De fato, a criança

pode fazer um intervalo maior entre as mamadas se receber esse leite, de digestão
mais demorada. Mas os riscos à saúde da criança e à própria amamentação não

justificam essa prática. Reduzir a oferta do peito pode diminuir a quantidade de leite
produzida pela mulher. Por outro lado, dar o peito à noite pode estimular a
produção do leite.

Mamas pequenas produzem pouco leite?

A quantidade de leite produzida por uma mulher não depende do tamanho das

mamas. O leite é produzido pelas glândulas mamárias e não pela gordura


acumulada nas mamas, o que determina o tamanho das mamas.

A alimentação da mulher que amamenta pode causar cólicas na criança?


A cólica infantil se caracteriza pelo choro intenso e usualmente ocorre a partir de 6

semanas de vida e é resolvida espontaneamente entre 3 e 6 meses. Não se


recomenda, como prática geral, excluir alimentos consumidos pela mãe durante o

período de amamentação. Entretanto, ela deve ficar atenta para perceber se a cólica
aparece ou piora nos dias em que ela consome um determinado alimento. Neste

caso, ela poderá manter o aleitamento materno e excluir temporariamente o


alimento e procurar profissionais de saúde para ajudarem a lidar com a situação.
Aos 6 meses

Por volta dos 6 meses, a maioria das crianças está pronta para começar a comer
novos alimentos. Este é um momento em que tudo é novidade: os sabores, a

consistência sólida, a colher, o prato. A família deve buscar fazer com que esta
experiência seja a mais agradável possível.

Pode acontecer de, ao oferecer a comida, a criança cuspir, parecendo não gostar.

Mas isso ocorre porque, desde que nasce, para poder mamar no peito, a criança faz
o movimento de colocar a língua para fora. Esse movimento diminui a partir de 4 ou

5 meses, mas ainda pode estar presente aos 6 meses, causando a impressão de
recusa do alimento. Nesta idade, os dentes estão surgindo, mas mesmo que a

criança ainda não tenha dentes, ela conseguirá aceitar a comida espessa.

Durante a refeição, a atenção da criança deve estar voltada para aquele momento.
Não é recomendado que a criança seja alimentada enquanto anda e brinca pela

casa. Outros atrativos como televisão, celular, computador ou tablet, podem distraí-
la, gerando desinteresse pela comida. Isso faz com que o processo de

aprendizagem não aconteça da forma desejável. Mesmo quando a criança aceita


comer distraída, por mais que pareça estar se alimentando melhor, ela come de
forma automática, sem perceber o alimento e, muitas vezes, comendo em excesso.

Isso pode causar danos futuros, como perda do controle do mecanismo de fome e
saciedade, além de ganho de peso excessivo.

Ao alimentar a criança, evite dizer frases do tipo...

● “Se raspar o prato todo, vai ganhar sobremesa!”


● “Vou ficar tão triste se você não comer!”

● “Se você não comer, vou te bater!”

● “Por favor, só mais uma colherinha!”

Comendo em família

● A alimentação deve ser oferecida, sempre que possível, em ambiente prazeroso e


sem distração

●Ofereça alimentos in natura ou minimamente processados e apropriados para a


idade da criança
●Um prato bonito, colorido, cheiroso e saboroso motiva a criança a comer

O óleo vegetal (preferencialmente de soja ou canola) deve ser usado na proporção


de 3 a 3,5 mL por 100 mL ou 100 g da preparação pronta. Não refogar a papa com

óleo. Não é permitido o uso de caldos ou tabletes de carne industrializados,


legumes ou quaisquer condimentos industrializados nas preparações. A papa deve

ser amassada, sem peneirar ou liquidificar, para que sejam aproveitadas as fibras

dos alimentos e fique na consistência de purê. A carne, na quantidade de 50 a 70


g/dia (para duas papas), não deve ser retirada após o cozimento, mas sim picada,

tamisada (cozida e amassada com as mãos) ou desfiada, e é fundamental que seja


oferecida à criança (procedimento fundamental para garantir a oferta adequada de

ferro e zinco). Aos 6 meses, os dentes estão próximos às gengivas, o que as torna
endurecidas, de tal forma que auxiliam a triturar os alimentos.

Dos 6 aos 11 meses, a criança amamentada estará recebendo três refeições com
alimentos complementares ao dia (duas papas principais e uma de frutas). A criança

que não estiver em aleitamento materno corre maior risco nutricional, portanto é
recomendado que receba com maior frequência alimentos complementares, com

cinco refeições (duas papas principais e três de leite, além das frutas.
O leite materno deve continuar a ser oferecido;

O leite materno pode ser ofertado sempre que a criança quiser. Logo no início, os
novos alimentos podem ser fornecidos antes das mamadas no peito. Se a criança

estiver agitada ou chorosa, amamentar pode ser uma forma de acalmá-la antes de
oferecer outros alimentos. Pode ser que o bebê durma após a mamada.

A consistência da alimentação deve ser espessa desde o início;


Por conterem mais água, alimentos líquidos como sopas, sucos e caldos fornecem

menos energia e nutrientes do que a criança precisa. A alimentação mais espessa


ajuda no desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça, colaborando para
mastigação e respiração adequadas. Sem isso, mais tarde, quando alimentos forem
ofertados em pedaços maiores, a criança não saberá mastigar direito e poderá ter

dificuldade em aceitá-los ou engasgar e ter ânsia de vômito.


Por esses motivos, a criança deverá receber a comida amassada com garfo. À

medida que for crescendo, deve consumir alimentos picados em pedaços pequenos
e, depois, maiores. Também podem ser oferecidos alimentos macios em pedaços

grandes, para que a criança pegue com a mão e leve à boca. Evite dar preparações
líquidas e não use liquidificador ou mixer.

A quantidade de alimentos oferecidos aumenta com o tempo;

Quando a criança começa a comer, costuma aceitar pouca quantidade de


alimentos. À medida que cresce e se desenvolve, essa quantidade aumenta

gradativamente. Algumas crianças aceitam pouca quantidade nas primeiras vezes


em que os alimentos são oferecidos, podendo gerar ansiedade na família. No

entanto, é preciso respeitar o tempo e a individualidade da criança.


A introdução de certos alimentos potencialmente alergênicos, como ovo e peixe,

pode ser realizada a partir do sexto mês de vida mesmo em crianças com história
familiar de atopia. Os estudos que avaliaram os benefícios dessa introdução a partir

dos 6 meses, e não tardia, observaram menor risco de desenvolvimento futuro de


desfechos alérgicos.

Por que oferecer frutas invés de sucos?


Há inúmeras razões que justificam a importância de dar às crianças a fruta em

pedaços, e não na forma líquida.


− Ao comer uma fruta, a criança tem que mastigá-la, exercitando a musculatura da

boca e do rosto.
− As fibras da fruta previnem a prisão de ventre e, ao coar o suco, essas 401 fibras

contidas na fruta costumam ser descartadas.


− Beber suco aumenta a chance de a criança ter cárie dentária.

− O consumo frequente de suco faz a criança se alimentar sem prestar atenção e


comer mais do que precisa, aumentando a chance de apresentar excesso de peso.
− Quando a criança se habitua com suco, ela pode ter dificuldade de beber água

pura. Isso ocorre principalmente com crianças acostumadas a andar com o copo de
suco para todo lado.

Portanto, recomenda-se que não seja oferecido suco de fruta à criança menor de 1
ano, mesmo aquele feito somente com fruta. A partir dessa idade, pode-se dar um

pouco de suco, desde que seja suco natural da fruta, sem açúcar e fazendo parte de
uma refeição.

Para matar a sede, ofereça água

Com frequência, mães, pais, familiares e demais cuidadoras e cuidadores oferecem


suco naturais de fruta ou bebidas industrializadas, como refrescos, chás gelados ou

refrigerantes, no lugar da água. Isso não é recomendável, pois acaba habituando a


criança a matar a sede apenas com bebidas açucaradas e aumenta a chance de a

criança apresentar excesso de peso e cárie dentária. É importante oferecer água


potável a partir da introdução da alimentação complementar porque os alimentos

dados ao lactente apresentam maior quantidade de proteínas por grama e maior


quantidade de sais, o que causa sobrecarga de solutos para os rins, que deve ser

compensada pela maior oferta de água. De acordo com a DRI, dos 0 a 6 meses a
quantidade de água recomendada deve ser de 700mL e dos 7 a 12 meses de 800

mL (incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar). Os sucos


naturais devem ser evitados, mas se forem administrados que sejam dados no copo,

de preferência após as refeições principais, e não em substituição a estas, em dose


máxima de 100 mL/dia, com a fi nalidade de melhorar a absorção do ferro não

heme presente nos alimentos como feijão e folhas verde-escuras.

Não se deve acrescentar açúcar ou leite às papas (na tentativa de melhorar a


aceitação), pois isso pode prejudicar a adaptação da criança às modificações de
sabor e consistência das refeições.
O que oferecer?
O leite materno deve continuar a ser oferecido até 2 anos ou mais, não sendo
necessário dar leite de vaca ou fórmula infantil à base de leite de vaca. Os novos

alimentos devem complementar o leite materno e não substituí-lo.


● Nesta idade, a criança deve receber 3 refeições, que podem ser almoço (ou

jantar) e 2 lanches/merendas; ou almoço, jantar e 1 lanche/merenda. Não há regra


sobre qual refeição iniciar primeiro. O importante é que, ao completar 7 meses, a

criança esteja recebendo as 3 refeições.

Comida da família com temperos naturais e quantidade mínima de sal

Açúcar não deve ser oferecido à criança menor de 2 anos;

Nos dois primeiros anos de vida, não se deve adoçar frutas e bebidas com nenhum
tipo de açúcar: branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco e nem melado,

mel ou rapadura. Também não devem ser oferecidas preparações que tenham
açúcar como ingrediente, como bolos, doces, geleias e biscoitos doces.

Pode oferecer mel?

Apesar de o mel ser um produto natural, não é recomendado oferecer o alimento à


criança menor de 2 anos. São dois os motivos: o mel contém os mesmos

componentes do açúcar, o que já justifica evitá-lo. Além disso, há risco de


contaminação por uma bactéria associada ao botulismo.

Mãos limpas na hora da comida

Quem vai oferecer a comida e a criança devem lavar as mãos antes de iniciar a
refeição porque a sujeira pode transmitir doenças infectocontagiosas, como
verminoses.
Temperatura da comida

Verifique se a comida não está muito quente provando-a no prato com outra
colher. Caso precise esfriá-la, mexa também com a colher. Evite soprar, pois os

microrganismos que estão na boca podem passar para a comida.


A posição da criança ajuda a aceitação da comida

A criança deve estar sentada em um local confortável. A melhor forma de


darcomida é sentar de frente para ela, na mesma altura, para que não precise ficar

com a cabeça de lado, nem levantar o queixo enquanto come.

A criança consegue comer mesmo sem dentes


A partir de 6 meses, os dentes começam a aparecer, mas, se isso ainda não tiver

acontecido, não se preocupe. Como a gengiva fica endurecida, pois os dentes estão
próximos de surgir, a criança consegue amassar os alimentos. Além disso, o atrito

com o alimento ajuda a romper a gengiva para a saída dos dentes. Nem sempre a
criança gosta do alimento na primeira vez. A criança pode gostar na primeira vez ou

precisar provar o alimento várias vezes até se familiarizar com ele. Se ela continuar
sem aceitar, não desista. Deixe passar alguns dias e ofereça o alimento preparado

de outras formas. Algumas crianças precisam provar mais de 8 vezes um alimento


para gostar dele.

Ter rotina contribui para desenvolver bons hábitos alimentares


Uma rotina de alimentação para a criança e a família é importante. Além dos tipos

de refeições, a criança deve ser habituada com intervalos regulares entre elas, mas
sem rigidez de horários.

Evite oferecer alimentos entre as refeições 3 para que ela tenha apetite na hora de
comer.

Quando novos alimentos começam a fazer parte da alimentação, as fezes da


criança, que antes eram amolecidas e amareladas, ficam mais parecidas com as do

adulto. Como ela está aprendendo a mastigar, é comum encontrar pedaços de


feijões, legumes, verduras e frutas nas fezes, devido à grande quantidade de fibras
nesses alimentos. Essas mudanças são normais e não devem ser motivo de

preocupação.
Expor a criança ao sol complementa a alimentação

A exposição da criança ao sol é o principal estímulo para a produção de vitamina D


no organismo, uma vitamina muito importante para a formação dos ossos. Além

disso, o ambiente em que a criança toma sol permite ela brincar e interagir com
familiares e ter contato com outras crianças, aspectos importantes para o

desenvolvimento.

Saúde da boca
A cárie nos dentes de leite, chamada de “cárie precoce da infância”, pode causar

dor, prejudicar a mastigação e até a fala. O controle da placa bacteriana é


fundamental na manutenção da saúde bucal e na prevenção de cárie e doenças na

gengiva. Para isso, o ideal é iniciar a prática de escovar os dentes assim que eles
aparecerem, pelo menos 2 vezes ao dia.

Evitando a cárie nos dentes de leite


Para evitar a cárie, são importantes os seguintes cuidados com alimentação e

higiene da boca:
●Alimentar o bebê somente com leite do peito até 6 meses e continuar a

amamentar até a criança completar 2 anos ou mais;


●Incentivar o consumo adequado de frutas, verduras e legumes;

●Não oferecer alimentos com açúcar e bebidas açucaradas;


●Evitar oferecer líquidos em mamadeiras ou copos com tampa e canudo,

principalmente na hora de dormir;


● Evitar que a criança coma fora de hora;

● Escovar os dentes da criança, pelo menos 2 vezes ao dia.

De 7 a 8 meses
À medida que a criança cresce, desenvolve outras habilidades, como sentar sem
apoio, pegar a comida e levá-la à boca e aceitar alimentos com consistência mais
firme ou em pequenos pedaços. Ela repara cada vez mais no prato e nos alimentos

que está recebendo e aceita maior variedade e quantidade de comida.

O que oferecer?
● O leite materno deve continuar a ser oferecido segundo a vontade da criança,

sem substituir almoço e jantar. Se a criança ainda mama no peito, não é necessário
substituir ou complementar o leite materno por leite de vaca ou fórmula infantil à

base de leite de vaca.

● Passe a ofertar 4 refeições: almoço, jantar e 2 lanches/merendas contendo fruta.

Como oferecer?
● Ofereça alimentos menos amassados do que antes ou bem picados, de acordo

com a aceitação da criança. Coloque quantidades um pouco maiores do que as


oferecidas quando a criança tinha 6 meses, sempre respeitando seus sinais de fome

e saciedade. Arrume os alimentos lado a lado, para o prato ficar mais bonito e a
criança aprender os diversos sabores dos alimentos. 5

● Ofereça alguns alimentos em pedaços que a criança possa pegar com 5as
próprias mãos e tentar comer sozinha.

● Dê uma colher pequena para criança para estimular o movimento de levar até a
boca. Se ela preferir pegar com as mãos, não há problema

Por volta dos 8 a 9 meses a criança pode começar a receber a alimentação da

família, na dependência do desenvolvimento neuropsicomotor. Nos primeiros dias, é

normal a criança derramar ou cuspir o alimento, portanto tal fato não deve ser
interpretado como rejeição ao alimento.
De 9 a 12 meses
A criança continua ganhando mais habilidades e desenvoltura. As novidades não

param: ela provavelmente está engatinhando e talvez até andando com pouco ou
nenhum apoio; começa a fazer movimentos de pinça com a mão, o que permite

que ela segure pequenos objetos e alimentos; é capaz de levar a colher à boca; dá
dentadas e mastiga melhor os alimentos mais duros. Apesar de poder comer de

forma independente, ainda precisa de ajuda. A comida oferecida deve acompanhar


essas mudanças.

Embora o leite de peito continue a ser importante para a criança, a comida começa
a ter uma maior contribuição para atender as necessidades de nutrientes e energia

que a criança precisa para o seu crescimento. Então, neste momento, deve-se ter
muita atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e à quantidade de comida

que ela está comendo.


O que oferecer?

● Os tipos de refeições continuam os mesmos após os 9 meses: almoço, jantar e 2


lanches/merendas com frutas

● A criança deve continuar a receber o leite materno quando desejar.

● Continue variando os alimentos e experimentando novas formas de preparo.


● A criança já pode receber alimentos picados na mesma consistência dos alimentos

da família. As carnes ainda podem precisar ser desfiadas


● Coloque quantidades um pouco maiores do que as oferecidas quando acriança

tinha 7 a 8 meses.

o ovo deve sempre ser consumido com a clara e a gema cozidas.


Para as crianças que usam fórmulas infantis, a introdução de alimentos não
lácteos deverá seguir o mesmo padrão preconizado para aquelas que estão em

aleitamento materno exclusivo (a partir dos 6 meses).

Características gerais do leite de vaca


O leite de vaca (in natura, integral, em pó ou fluido), por não contemplar as

características descritas acima da fórmula infantil, não é considerado alimento

apropriado
para crianças menores de 1 ano.
Suplementação
Vitaminas

A maioria das vitaminas não é sintetizada pelo organismo e necessita ser ingerida
por meio da alimentação. Nos casos de alimentação deficiente com risco de

carência, a vitamina deve ser utilizada sob a forma medicamentosa, principalmente


nos primeiros anos de vida.

A vitamina K é dada ao nascimento, na dose de 1 mg por via intramuscular, para


prevenir a doença hemorrágica.
Em relação à vitamina D, o leite materno contém cerca de 25 UI por litro,

dependendo do status materno desta vitamina. A necessidade diária da criança no


primeiro ano de vida é de 400 UI de vitamina D. O Departamento de Nutrologia da

SBP preconiza que não há necessidade de suplementação de vitamina D nas


seguintes condições:

• Lactentes em aleitamento materno com exposição regular ao sol.


• Lactentes que recebem ao menos 500 mL/dia de fórmula infantil.

Nas demais situações, recomenda-se a suplementação de 400 UI/dia de vitamina

D até os 18 meses.
Recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar a partir da segunda semana de

vida, sendo sufi ciente a cota semanal de 30 minutos se a criança estiver usando
apenas fraldas (6 a 8 minutos por dia, três vezes por semana) ou de 2 horas (17

minutos por dia) se só a face e as mãos estiverem expostas ao sol.

EXEMPLO DE PAPA
PAPA DE MANDIOQUINHA, CENOURA E FRANGO

2 colheres de sopa de frango, sem pele, picado


1 colher de sobremesa de óleo de soja
1/2 “dente” de alho

1 colher de chá de cebola


2 mandioquinhas médias, picadas

2 colheres de sopa de cenoura, ralada


2 colheres de sopa de acelga, picada

2 copos médios de água


Numa panela colocar o frango, alho, cebola e um pouco da água. Deixe cozinhar

até que o frango fique quase cozido. Acrescente a mandioquinha, cenoura e o


restante da água. Deixe cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase

sem água.
Acrescente a acelga picada fina, quando estiver cozida, acrescente o óleo. Amassar

com o garfo e oferecer à criança.

O uso de bicos artificiais pode levar à confusão de bicos

A confusão de bicos é uma causa comum de desmame precoce. Apesar de assim

ser chamada, não me parece muito adequada, pois na verdade o que ocorre é que
o bebê sabe exatamente sua preferência, e não está exatamente confuso sobre

isso…

Isso ocorre em grande parte devido à forma como o bebê mama no peito e como o

bebê mama na mamadeira. Na mamadeira, por menor furo que seja, o leite pinga
na boca do bebê com um esforço mínimo e fluxo constante. Não há necessidade de

esperar por um fluxo maior, nem fazer o movimento de ordenha e pressão negativa
que ocorre quando o bebê mama no peito. O bebê que mama na mamadeira ainda

utiliza os músculos ao redor da boca, e pouco a língua em si. O movimento usado é


em “pistão”.

Os bebês de fato são muito inteligentes e muitos irão preferir esse fluxo contínuo

que a mamadeira oferece em detrimento do peito, e aí está o perigo, pois a


mamadeira é mais fácil. Algumas vezes basta uma mamadeira para o bebê perceber

isso. Às vezes é preciso maior exposição, mas quando nos damos conta, estamos
oferecendo mais mamadeira ao bebê do que peito.

Ainda assim, mesmo que o bebê aparentemente não apresente confusão de bico, e

continue mamando no peito, a longo prazo a produção de leite da mãe cai, pois
não há o estímulo suficiente de sucção.

Quando devo dar água para o bebê?

 Para bebês amamentados exclusivamente e em livre demanda:


Iniciar a oferta de água com 6 meses de vida, junto com a introdução
alimentar. Antes disso somente leite materno ok? Ah! E mamães, tomem

bastante água! Lembre-se que a produção de leite depende da quantidade


de água que vc toma! Claro que tomar além do necessário não faz produzir

mais leite, mas pelo menos 2 litros de água é mandatório!


 Para bebês que mamam no peito e complementam com fórmula: oferecer

entre as mamadas, uma pequena quantidade. A quantidade é proporcional


a quantidade de complemento. Quanto mais complemento o bebê tomar,

em relação ao leite materno, maior a necessidade de água. Com a

introdução alimentar, a oferta de água aumenta um pouco e depende de


cada bebê.

 Para bebês que mamam somente fórmula: oferecer água entre cada
mamada. A quantidade de água varia de acordo com o clima, o peso do

bebê, e a necessidade de cada bebê.

Lembrando que a água deve ser filtrada e fervida sempre, principalmente para
recém nascidos.

Com relação às proteínas o que mais diferencia o leite de vaca do leite humano (LH)
é o tipo e quantidade deste nutriente. O leite de vaca possui três vezes mais

proteína que o LH, sobrecarregando os rins quando consumido em alta quantidade,


aumentando a excreção de cálcio pela urina. O leite de vaca possui ainda uma

proteína potencialmente alergênica, a betalactoglobulina. As fórmulas infantis foram


criadas com o intuito de se assemelhar ao leite materno, no entanto sua

composição não se iguala as propriedades fisiológicas do LH, que são específicas da


mãe para o próprio filho. As fontes de carboidratos, proteínas e outros

componentes presentes nas fórmulas infantis diferem em identidade e qualidade


dos componentes do LH.

Na impossibilidade total da criança receber leite materno, jamais deve ser oferecido
o leite de vaca, que pode prejudicar o desenvolvimento da criança – leia mais no
final da reportagem. “O mais indicado é usar um substituto que não interfira de

modo negativo em seu desenvolvimento. O leite materno não pode ser copiado e o
de vaca pode acarretar em problemas e alergias para o bebê”, explica Ary Lopes

Cardoso, pediatra e nutrólogo, responsável pela Unidade de Nutrologia do Instituto


da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Existem

fórmulas infantis no mercado, que não possuem as vantagens do leite materno,


mas, apesar de serem feitos a partir do leite de vaca, são modificados para facilitar a

digestão do bebê e enriquecidos para oferecer os nutrientes que ele precisa a cada

fase.

Qual o perigo de “engrossar” o leite, como muitos adultos ainda fazem?


Essa é uma medida desnecessária já que as fórmulas lácteas são feitas para oferecer

as necessidades nutricionais para o bom desenvolvimento do bebê. O perigo de


engrossar o leite é contribuir para a obesidade futura. “Engrossando a fórmula

modificamos a estrutura da dieta da criança, que acaba consumindo mais


carboidrato do que deveria. Acontece um desequilíbrio”, diz Karine. A nutricionista

também alerta para um outro perigo: depois dos 6 meses, com a mamadeira mais
calórica, sobra pouco apetite para as papinhas e comidas e isso dificulta o

desenvolvimento alimentar da criança que passa a não comer.


O motivo mais comum para as famílias adotarem a complementação do leite

materno com fórmula de leite artificial é quando o pediatra avalia que o bebê não
está ganhando peso suficiente apenas com a amamentação.

A complementação com fórmula deve ser sempre orientada pelo pediatra do bebê.

Em muitos casos o uso de complemento pode ser apenas temporário, sendo


possível retomar o aleitamento exclusivo.

Quais são os sinais de que o bebê precisa de complemento para crescer?

 Perda de peso maior que o de costume no recém-nascido. É normal que os bebês

percam até 10 por cento do peso com que nasceram nos primeiros dias de vida. A
partir daí, eles começam a ganhar peso, e com cerca de 10 a 15 dias já recuperaram

o peso do nascimento.

 Troca de menos que seis fraldas molhadas em um período de 24 horas (a partir do

quarto/quinto dia de vida).

 Comportamento agitado ou letárgico demais na maior parte do tempo.

A decisão de introduzir fórmula deve ser tomada sempre de comum acordo entre a
família e o pediatra.

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