América do Sul
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A América do Sul é um subcontinente que
América do Sul
compreende a porção meridional da América. A
sua extensão é de 17 819 100 km², abrangendo
12% da superfície terrestre e 6% da população
mundial. Une-se à América Central a norte pelo
istmo do Panamá e se separa da Antártida ao sul
pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de
7 500 km desde o mar do Caribe até ao cabo Horn,
ponto extremo sul do continente. Os outros pontos
extremos da América do Sul são: ao norte a Punta
Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas,
no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus
limites naturais são: ao norte com o mar do
Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano
Atlântico; e a oeste com o oceano Pacífico.[2] O
Brasil representa atualmente a metade da
população e produto econômico desta região.[3]
Localização da América do Sul no globo terrestre.
No século XIX, o continente recebeu cerca de 15
Gentílico {{{gentílico}}}
milhões de imigrantes provenientes da Europa,[4]
e sofreu influências culturais e ideológicas tanto Vizinhos América Central, Caribe,
dos Estados Unidos quanto da Europa. No Antártida e África
século XX, como esforço para estimular o
Divisões
comércio, a produção e a integração sul-americana
- Países 12
como um todo, firmaram-se acordos e
- Dependências 3
organizações econômicos como o Pacto do ABC em
Área
1915, a Comunidade Andina de Nações (CAN) em
- Total 17 850 568 km²
1969, a Associação Latino-Americana de Livre
- Maior país Brasil
Comércio (ALALC) em 1960, que foi substituída
- Menor país Suriname
pela Associação Latino-Americana de
Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI) em Extremos de elevação
1981,[5][6] o Mercado Comum do Sul (Mercosul) Aconcágua, Argentina,
- Ponto mais alto
em 1991.[7] Por fim, em 23 de maio de 2008, foi
6 962 m
Laguna del Carbón,
assinado o Tratado Constitutivo da União de
- Ponto mais baixo Argentina, 105 m abaixo
Nações Sul-Americanas (UNASUL) na cidade de
do nível do mar
Brasília, onde foi estruturada e oficializada a união
sul-americana estabelecendo oficialmente a População
integração econômica entre os Estados soberanos - Total 388 000 000[1] habitantes
do subcontinente em meio à III Cúpula de Chefes - Densidade 20 hab./km²
de Estado e de Governo da América do Sul. Idiomas Português, espanhol,
guarani, inglês,
holandês, francês,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 1/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Índice
História
Era pré-colombiana
Colonização europeia
Independência e conflitos internos
Período contemporâneo
Geografia
Geologia e relevo
Ilhas
Clima
Biodiversidade
Demografia
Idiomas
Composição étnica
Políticas de integração regional
Países e territórios
Economia
Setor primário
Setores secundário e terciário
Infraestrutura
Energia
Transportes
Cultura
Esportes
Ver também
Referências
Bibliografia
História
Era pré-colombiana
As primeiras evidências de ocupação humana datam de quatorze mil anos, por vestígios de agricultura. Por volta do
ano 1000, mais de dez milhões de pessoas habitavam o local, concentrados principalmente na Cordilheira dos Andes e
no litoral norte, banhado pelo Mar do Caribe. As demais regiões eram de povoamento mais esparso e nômade.[9]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 2/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Além destes e antes dos incas, houve outras civilizações (povos organizados
em cidades, não em tribos e aldeias) sul-americanas e também outros
povos que não chegaram a ser civilizações.[carece de fontes?] As pinturas rupestres de Cueva de
las Manos, na Argentina
Originalmente, os incas eram um clã específico entre o povo quíchua (ou
quéchua), que habitava os Andes. Embora sem conhecerem a escrita nem a
roda, os incas e os povos subjugados construíram um Estado altamente
avançado. Em 1530, o Império Inca estava em seu auge, com o imperador
Huayna Capac. Este, no entanto, ao morrer deixou como herança um
império partilhado entre seus filhos, o que ocasionou uma guerra civil
entre os dois irmãos. Foi nesse contexto que os conquistadores espanhóis
chegaram.[14]
Colonização europeia
De acordo com registros não-oficiais, o primeiro registro visual do
subcontinente por europeus aconteceu em 1498, pelo navegador português
Duarte Pacheco Pereira.[15] Nos anos seguintes, outros navegadores
fizeram explorações no litoral sul-americano. Em 1494, face ao achamento
do Novo Mundo por Colombo, Portugal e Castela se apressaram em
negociar a partilha das novas terras. A divisão do planeta em dois
hemisférios foi oficializada no Tratado de Tordesilhas.[16]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 3/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
A América do Sul ficou dividida praticamente entre os dois reinos ibéricos, com áreas de colonização litorânea
ocidental-pacífica para Castela e a oriental-atlântica para Portugal. Espanhóis se instalaram no Prata, no Caribe e nos
Andes. Já os portugueses investiram principalmente no extrativismo de pau-brasil e, mais tarde, na plantação de cana-
de-açúcar. A colonização ibérica também trouxe o proselitismo religioso, com a fundação de missões católicas para
conversão dos nativos, sendo o trabalho conduzido especialmente pelos jesuítas.[carece de fontes?]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 4/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Durante as lutas pela independência, a intenção dos libertadores era unificar toda a América Hispânica sob uma
mesma república (pan-americanismo). O plano de Bolívar para a unificação da América fracassa logo em seguida ao
Congresso do Panamá, para desgosto do Libertador.[27] A América Portuguesa, por outro lado, se mantém íntegra —
exceto pelo extremo sul. O Império Brasileiro se firma como potência regional. Internamente, o país sofre com as
revoltas do período regencial e com a Guerra dos Farrapos.[carece de fontes?]
Entre 1899 e 1903 eclodiu um contencioso entre a Bolívia e brasileiros que, em sucessivas ondas migratórias,
ocuparam a região amazônica do Acre em busca do látex extraído dos seringais para fabricação da borracha. Pelo
Tratado de Ayacucho, o governo brasileiro reconhecia a posse da região pela Bolívia. O conflito entre a Bolívia e os
brasileiros do Acre ficou conhecido como Revolução Acriana. Após esforços diplomáticos, os países chegaram a um
acordo onde a Bolívia cederia uma área de 142 800 km² e o Brasil pagaria em troca dois milhões de libras esterlinas e
construiria a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.[30]
A partir da década de 1870, o local viveu uma onda de governos autoritários e nacionalistas, liderados por figuras
típicas da política latino-americana chamados de "caudilhos". Houve caudilhos tanto de caráter reformista quanto
conservador. De forma geral, a onda autoritária durou até a ascensão da burguesia industrial, na década de 1930.[31]
Período contemporâneo
Nos anos 1930 na América do Sul começaram sob o forte impacto da
Grande Depressão ou crise de 1929 que se seguiu nos Estados Unidos.[32]
A suspeita de aproximação e o receio de alinhamento de alguns ditadores
com as potências do Eixo, levam o governo dos EUA (sob Franklin
Roosevelt e Harry Truman) a criarem e implementarem a Política da Boa
Vizinhança para o lugar, destinada a aumentar a influência econômica e
cultural norte-americana sobre a América do Sul.[33]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 5/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
A partir do final dos anos 1990, com as crises econômicas e sociais resultantes das experiências neoliberais, os
governos de direita vão perdendo popularidade e começa uma sequência de eleições de governos populistas ou de
centro-esquerda.
Porém, a partir de 2015 esta tendência começou a ser modificada com a eleição de um governo de centro-direita na
Argentina[37] e a derrota do partido situacionista de esquerda na Venezuela nas eleições legislativas do país.[38] Em
2016 ocorreu a derrota do presidente boliviano de esquerda, Evo Morales, em referendo que permitiria que
concorresse a um quarto mandato.[39] Ainda em 2016 foi eleito no Peru Pedro Pablo Kuczynski, de centro-direita e
ocorreu o impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff, terminando 13 anos de dominância da esquerda no
Brasil.[40]
Geografia
A América do Sul ocupa uma área de 17 819 100 quilômetros quadrados,
localiza-se a 60º 00' 00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a
20º 00' 00" de latitude sul da Linha do Equador e com fusos horários -6,
-5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do
continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o
continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do
Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico.[carece de fontes?]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 6/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do
Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto,
drenam uma área de cerca de 9 583 000 km². A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao
longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante formação lacustre do
norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.[43]
Geologia e relevo
Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o continente da Gonduana, a América do Sul era representada,
basicamente, por três massas cristalinas: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo Patagônico. Os escudos
Brasileiro e Guiano apresentam traços de dobramentos antigos, pré-cambrianos e pré-devonianos, o mesmo se
verificando no Cretáceo com o escudo Patagônico. No Cretáceo, quando parece ter-se iniciado o desligamento do bloco
africano do brasileiro, dobraram-se as camadas sedimentares acumuladas, dando origem à cordilheira dos Andes, já
no Terciário. Uma vez formada, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos mares que cobriam as partes mais
baixas dos escudos ou entre estes e os Andes.[44][45]
Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o
aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não
teve sequência muito diferente da bacia Amazônica.[44][45]
Diferente é o aspecto morfológico geral da região situada a leste das referidas planícies, formando a segunda
importante faixa de relevo da América do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e seu prolongamento para o norte, o
planalto das Guianas. Este último, estende-se pela fronteira brasileira com as Guianas e com a Venezuela. A escarpa
do planalto, do lado sul, desce abruptamente. Para o norte, em direção à planície do Orinoco, suas vertentes são mais
suaves. Depois da interrupção produzida pela planície a área planaltina prossegue para o sul, constituindo-se no
planalto Brasileiro, com cerca de 5 000 000 km².[44][45]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 7/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
As grandes altitudes das costas do Pacífico se opõem imensas profundidades submarinas, quase não existindo
plataforma continental. A única área mais acidentada é a situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como o
de Chonos, Madre de Díos, Reina Adelaide, além da ilha da Terra do Fogo, separada do continente pelo estreito de
Magalhães.[44][45]
Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, de origem eólica e aluvial, ocorrem nos pampas da Argentina e
Uruguai, onde se encontram algumas das melhores terras do mundo. Pequenas áreas de bons solos aparecem também
nos vales andinos e da costa ocidental, especialmente no vale longitudinal do Chile, na planície equatoriana de Guayas,
e no vale colombiano do Cauca. Excelentes também são as terras roxas da bacia do Paraná no Brasil, originadas da
desagregação dos afloramentos basálticos e atualmente propícias à cultura cafeeira, somente encontrando rival nos
solos vulcânicos dos Andes colombianos. As terras da bacia Amazônica em geral são pobres; existem solos férteis em
pequenas áreas de terras aluviais, porém sujeitas a inundações. A infertilidade e a elevada acidez fazem com que a
maior parte das terras da planície tropical sejam ruins para a agricultura.[44][45]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 8/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ilhas
Tradicionalmente, a América do Sul também inclui algumas das ilhas vizinhas. Aruba, Bonaire, Curaçao, Trinidad e
Tobago e as Dependências Federais da Venezuela ficam na plataforma continental da América do Sul e são
frequentemente consideradas parte do continente. Geo-politicamente, os estados insulares e territórios ultramarinos
do Caribe são geralmente agrupados como uma parte ou sub-região da América do Norte, uma vez que estão mais
distantes na placa do Caribe, embora San Andres e Providencia sejam politicamente parte da Colômbia e a Ilha das
Aves é controlada pela Venezuela.[46][47]
Outras ilhas que estão incluídas na América do Sul são as ilhas Galápagos que pertencem ao Equador e a Ilha de
Páscoa (na Oceania mas pertencente ao Chile), à ilha Robinson Crusoe, a Chiloé (Chile) e à Terra do Fogo. No
Atlântico, o Brasil é dono de Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz e do Arquipélago de São Pedro e São
Paulo, enquanto as ilhas Falkland são governadas pelo Reino Unido, cuja soberania sobre as ilhas é contestada pela
Argentina. As ilhas Geórgia do Sul e as Sandwich do Sul podem estar associadas à América do Sul ou à Antártica.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 9/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Clima
A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma
regularidade constante a partir dos 30 de latitude sul, quando as isotermas
tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude.[48]
A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a
leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando
abundante precipitação pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 10/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto
de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional
do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai
e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente
secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido do Nordeste
brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.[48]
Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das
Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a
corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas., onde lá muda-se para rumo
nordeste formando assim a mais importante e famosa corrente oceânica do mundo, a Corrente do Golfo.[48][49]
Glaciar Perito Moreno, Parque Nacional Los Glaciares, Santa Cruz, Argentina; declarado Patrimônio Mundial pela
UNESCO em 1981.
Biodiversidade
A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas
em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas
tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica.[50]
Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte
do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre
os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas
compreendem a região do Chaco.[50] Existem vastas áreas de campos e
savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semiárido, aparece a
A Floresta Amazônica, a mais rica e
biodiversa floresta tropical do caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do
mundo Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas
porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional,
enquanto os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação
desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e
nordeste da Argentina.[50]
Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia.
Quando as Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, a fauna terrestre e de água doce migrou do Norte para o Sul e
vice-versa. Este foi o denominado Grande Intercâmbio Americano, que atingiu seu ápice por volta de três milhões de
anos atrás. A fauna das florestas tropicais carateriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais
característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha. A região
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 11/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do
ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha. A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem
uma fauna caracteristicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das
regiões mais frias.[50]
Demografia
A população da América do Sul não se distribui uniformemente, havendo
áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada.[51]
Alguns fatores de ordem física e humana contribuem para isso. Entre as
causas de rarefação demográfica, salientam-se: a existência de regiões
desérticas, como a Patagônia, o pampa seco, o Atacama e a Sechura; as
zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia; as áreas de campos, onde
a criação extensiva de gado contribui para a escassez demográfica.[52]
A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no mundo entre 1920 e 1960. O declínio da
mortalidade, determinado em grande parte pela elevação dos padrões de higiene pública, foi a causa fundamental
dessa expansão demográfica. Outro fator que contribuiu para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de 12
milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4 milhões vieram da Espanha, 4 milhões da Itália, 2
milhões de Portugal e o restante da Alemanha, Polônia, Síria, Japão, China e outros países.[52]
Idiomas
O português e o espanhol são as línguas mais faladas na América do
Sul,[54] região geográfica que é parte da grande região cultural, chamada
América Latina.[carece de fontes?]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 12/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Outras línguas encontradas na América do Sul incluem hindi e indonésio no Suriname; italiano na Argentina, Brasil,
Uruguai, Venezuela e Chile; e alemão em algumas regiões de Argentina, Chile, Venezuela e Paraguai. O alemão
também é falado em algumas regiões do sul brasileiro, Hunsrückisch é o dialeto alemão mais falado no país. Entre
outros dialetos alemães, uma forma brasileira do pomerano também é representada.[carece de fontes?]
Na maior parte dos países do continente, as classes superiores são constituídas por pessoas instruídas; regularmente
estudam inglês, francês, alemão ou italiano. Nestas áreas onde o turismo é significante, o inglês e outras línguas
europeias são faladas. Há pequenas áreas localizadas no extremo sul do Brasil que falam espanhol, devido a
proximidade com o Uruguai.[carece de fontes?]
Composição étnica
As populações primitivas da América do Sul, os ameríndios, de caracteres
antropológicos mongoloides, distribuíam-se, no período colonial, em
grupos. Os métodos de redução e conquista variaram, de acordo com o
estágio de civilização dos nativos. Na região dominada pelos portugueses,
os colonizadores escravizaram os índios espalhados pelo interior, levando
às terras propícias para fazer a colonização. Com esse objetivo, foram
organizadas expedições de busca aos escravos índios, como bandeiras. Essa
obra de conquista foi acompanhada pelas missões religiosas, que também
Meninas afro-brasileiras
procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas através de outros
métodos e com o objetivo de cristianização. Com essa obra de conquista
veio juntar-se ao indígena um outro contingente, o branco, ibérico
principalmente. Na primeira fase, o conquistador interessou pelo
ameríndio, sobretudo como mão de obra. Não tardou, porém, que os
europeus, especialmente os portugueses, se desiludissem quanto à
eficiência do ameríndio escravizado. Como o indígena não se adaptasse
bem a agricultura, os colonizadores começaram a importação, como os
escravos, de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro elemento
O então Presidente do Brasil Lula e importante na formação étnica das populações sul-americanas. É a partir
membros da comunidade ítalo- do final do século XIX, todavia, que se assiste a entrada em massa de
brasileira durante a Festa da Uva imigrantes europeus em diversos países latino-americanos. Essa imigração
se concentrou sobretudo na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil.
São os italianos que chegam em maior número, superando inclusive
espanhóis e portugueses.[63]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 13/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Chile recebeu uma grande onda de imigrantes europeus, principalmente no norte, sul e costa. Ao longo do
século XVIII e início do século XX. Os imigrantes europeus que chegaram no Chile são maioritariamente espanhóis,
alemães, ingleses (incluindo o escocês e irlandês), italianos, franceses, austríacos, neerlandeses, suíços, escandinavos,
portugueses, gregos e croatas. O maior grupo étnico que compõe a população chilena veio da Espanha e do País Basco,
ao sul da França. As estimativas de descendentes de bascos no Chile variam de 10% (1 600 000) até 27%
(4 500 000).[69][70][71][72][73] 1848 foi um ano de grande imigração de alemães e franceses, a imigração de alemães foi
patrocinada pelo governo chileno para fins de colonização para as regiões meridionais do país. Esses alemães (também
suíços e austríacos), significativamente atraídos pela composição natural das províncias do Valdivia, Osorno e
Llanquihue foram colocados em terras dadas pelo governo chileno para povoar a região. Porque o sul do Chile era
praticamente desabitado, a influência desta imigração alemã foi muito forte, comparável à América Latina apenas com
a imigração alemã do sul do Brasil. Há também um grande número de alemães que chegaram ao Chile, após a
Primeira e Segunda Guerra Mundial, especialmente no sul (Punta Arenas, Puerto Varas, Frutillar, Puerto Montt,
Temuco, etc.) A embaixada alemã no Chile estima que entre 500 000 a 600 000 chilenos são de origem alemã.[74]
Além disso, estima-se que cerca de 5% da população chilena é descendente de imigrantes de origem asiática,
principalmente do Oriente Médio (ou seja, palestinos, sírios, libaneses e armênios), são cerca de 800 000 pessoas.[75]
É importante ressaltar que os israelitas, tanto judeus como não-cidadãos judeus da nação de Israel podem ser
incluídos. Chile abriga uma grande população de imigrantes, principalmente cristã, do Oriente Médio.[76] Acredita-se
que cerca de 500 000 descendentes de palestinos residem no Chile.[77][78] Outros grupos de imigrantes
historicamente significativos são: os croatas, cujo número de descendentes é estimado em 380 000 pessoas, o
equivalente a 2,4% da população.[79][80] No entanto, outras fontes dizem que 4,6% da população do Chile podem ter
alguma ascendência croata.[81] Além disso, mais de 700 000 chilenos de origem britânica (Inglaterra, País de Gales e
Escócia), o que corresponde a 4,5% da população.[82] Os chilenos de ascendência grega são estimados entre 90 000 e
120 000 pessoas,[83] a maioria deles vive no Santiago ou Antofagasta, Chile é um dos cinco países com mais
descendentes de gregos no mundo.[84] Os descendentes de suíços somam o número 90 000,[85] também se estima que
cerca de 5% da população chilena tem alguma ascendência francesa.[86] Os descendentes de italianos estão entre
600 000 e 800 000 pessoas. [carece de fontes?]
ver abaixo). “Pelos critérios de cor e raça até hoje usados no censo, tínhamos a visão do Brasil como um mosaico
heterogêneo, como se o Sul e o Norte abrigassem dois povos diferentes”, comenta o geneticista. “O estudo vem mostrar
que o Brasil é um país muito mais integrado do que pensávamos.” A homogeneidade brasileira é, portanto, muito
maior entre as regiões do que dentro delas, o que valoriza a heterogeneidade individual. Essa conclusão do trabalho
indica que características como cor da pele são, na verdade, arbitrárias para categorizar a população.[90] Já de acordo
com um estudo genético autossômico feito em 2010 pela Universidade Católica de Brasília, publicado no American
Journal of Human Biology, a herança genética europeia é a predominante no Brasil, respondendo por entre 75% e
80% total, "brancos", "pardos" e "negros" incluídos.[91] Os resultados também mostravam que, no Brasil, indicadores
de aparência física, como cor da pele, dos olhos e dos cabelos, têm relativamente pouca relação com a ascendência de
cada pessoa (ou seja, o fenótipo de uma pessoa não indica claramente o seu genótipo).[91][92][93] Esse estudo foi
realizado com base em amostras de testes de paternidade gratuitos, conforme exposto pelos pesquisadores: "os teste
de paternidade foram gratuitos, as amostras da população envolvem pessoas de variável perfil socioeconômico,
embora provavelmente com um viés em direção ao grupo dos 'pardos'".[93] De acordo com outro estudo, de 2009, os
brasileiros, como um todo, e de todas as regiões, e independentemente de aparência ou classificação pelo censo, estão
bem mais perto dos europeus do que dos mestiços do México, e dos africanos, do ponto de vista genético.[94]
Na Colômbia, a composição da população encontrado de acordo com um estudo foi de 50,0% contribuição europeia,
42,0% contribuição indígena e 8,0% contribuição africana. Na Equador foi encontrado 53,9% contribuição europeu,
38,8% contribuição indígena e 7,3% contribuição africana. Na Venezuela foi encontrado 58,2% contribuição europeu,
21,8% contribuição indígena e 20% contribuição africana. Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas
com significativa herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo genético autossômico
realizado em 2009, revelou que a composição da Argentina é 78,50% europeia, 17,30% indígena, e 4,20% africana. Os
estudos de genética de população chilena de uso "de DNA mitocondrial" e os resultados do teste do cromossomo Y
mostram o seguinte: O componente europeia é predominante na classe superior chilena,[95] da classe média, de
76,8%-72 3% de componentes europeus[95][96] e 27.7%-23.2% de povos indígenas[95][96] e as classes mais baixas a
65,1%-62,9% componente europeu[95][96] e 37,1%-35% mistura de povos indígenas.[95][96] Um estudo genético de
2009, publicado no American Journal of Human Biology, revelou que a composição genética do Uruguai é
principalmente europeia, mas com contribuição indígena (que varia de 1% a 20% em diferentes partes do país) e
significativa contribuição africana (7% a 15% em diferentes partes do país). A contribuição indígena no Uruguai foi
estimada em 10%, em média, para a população inteira. Esse número sobe a 20% no departamento de Tacuarembó, e
desce a 2% em Montevidéu. O DNA mitoncondrial indígena chega a 62% em Tacuarembó.[97] Um estudo genético de
2006 encontrou os seguintes resultados para a população de Cerro Largo: contribuição europeia de 82%, contribuição
indígena de 8% e contribuição africana de 10%. Esse foi o resultado para o DNA autossômico, o que se herda tanto do
pai quanto da mãe e permite inferir toda a ancestralidade de um indivíduo. Na linhagem materna, DNA mitocondrial,
os resultados encontrados para Cerro Largo foram: contribuição europeia de 49%, contribuição indígena de 30%, e
contribuição africana de 21%.[98]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 15/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), criada em 2011, herdeira das Cúpulas de Chefes
de Estado e de Governo da América Latina e Caribe (CALC), inclui trinta e três países e objetiva a cooperação para o
desenvolvimento e a concertação política.[104]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 16/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Aliança do Pacífico, que incluí países da América Central e do Norte, foi criada em 2012 pelos países fundadores
Chile, Colômbia, México e Peru, tendo a Costa Rica sido incorporada ao grupo em 2013. Objetiva a formalização dos
Tratados de Livre Comércio de bens e serviços, a livre circulação de pessoas, a integração financeira e de capitais e a
integração física. Em números, esses países representam, juntos, cerca de 35% do PIB e 55% do total das exportações
da América Latina.[105]
A Organização dos Estados Americanos (OEA) foi criada em 1948, possui trinta e cinco Estados membros e tem por
finalidade a construção da paz e da justiça no continente americano, além da promoção da solidariedade e da
cooperação mútua entre os Estados da região, defendendo a soberania, a integridade do território e a independência
de seus associados.[106]
A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), criada em 2008, inclui todos os países da América do Sul e tem como
objetivo construir um espaço de integração dos povos sul-americanos, além de estar comprometida com o
fortalecimento da democracia e o desestímulo a aventuras antidemocráticas na região.[107]
Países e territórios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 17/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Notas
* Territórios dependentes ou autônomos
** Territórios totalmente integrados nos respectivos países, e que não se constituem como dependências
Economia
A América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável crescimento
e diversificação na maioria dos setores econômicos. Grande parte dos
produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado
interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental
para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países.[108]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 18/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Apenas Brasil e Argentina fazem parte do G20 (países industriais), Lançamento no Centro Espacial de
enquanto que somente o Brasil integra o G8+5 (as nações mais poderosas e Kourou, na Guiana Francesa
com maior influência do planeta). No setor de turismo, se iniciaram em
2005 uma série de negociações com objetivo de promover o turismo e aumentar as conexões aéreas dentro da
região.[109] Punta del Este, Florianópolis e Mar del Plata se encontram entre os principais balneários da América do
Sul.[108]
Setor primário
A maioria dos sul-americanos vive nas proximidades do litoral e por isso
grande parte das áreas em que se faz uso intensivo da terra localiza-se
nessa faixa periférica. Menos de 5% das terras da região são cultivadas,
19% destinam-se a pastagens e 47% são ocupadas por florestas. A
proporção de terra cultivada varia desde 12% no Uruguai até 1% no
Paraguai e a 0,03% na Guiana Francesa.[108]
A fibras comerciais, como o sisal e a juta, encontram-se na América do Sul alguns grandes produtores, como a
Colômbia, o Equador e o Brasil, com suas plantações na Amazônia e no Nordeste. O Brasil é também o principal
produtor de algodão, graças às suas vastas plantações do Nordeste e do estado de São Paulo, bem como de mamona,
amendoim e mandioca. Cabe ainda ao Brasil a primazia no cultivo da cana-de-açúcar, com suas imensas plantações no
Nordeste, estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, embora outros países, como o Peru, possuam grandes canaviais. Se
bem que alguns países do norte do continente cultivem fumo em grande escala, é no Brasil que se encontram as
maiores áreas fumageiras, notadamente nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. Os
babaçuais e carnaubais são também plantas industrializáveis, bem aproveitadas pelo Brasil, que tem como principais
áreas produtoras os estados do Nordeste. Por fim, as frutas têm seu lugar na economia agrícola dos países sul-
americanos; a Argentina é grande produtora de peras, uvas e maçãs, e o Brasil possui extensos laranjais.[108]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 19/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ao contrário do que ocorre na América do Norte, são escassos os recursos carboníferos sul-americanos. Embora
existam depósitos em diversas áreas dos Andes, bem como no Sul do Brasil, somente três países — Colômbia, Chile e
Brasil — apresentam produção razoável. O carvão brasileiro contém elevado teor de cinza, necessitando, pois, de
adição de carvão importado a fim de ser convenientemente utilizado na indústria.[108]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 20/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
do litoral. Outro recurso mineral importante da América do Sul é o cobre, que se encontra principalmente nas terras
geologicamente recentes dos Andes centrais, no Chile e no Peru. Somente as minas de cobre da América do Norte e da
África Central rivalizam com as do Chile.[108]
A maior parte das reservas de estanho do hemisfério ocidental encontra-se no território boliviano. As minas localizam-
se a grandes altitudes, nos Andes, e algumas delas são antigas jazidas de prata exauridas nos tempos coloniais. Estima-
se que os depósitos dos Andes bolivianos contém um terço de todo o estanho existente no mundo. O Brasil possui
imensas reservas de manganês, e uma das maiores jazidas do mundo localiza-se a sudoeste do estado de Mato Grosso.
Um depósito menor, porém mais acessível, é explorado no estado do Amapá. Entre outros minérios abundantes na
América do Sul, destacam-se a bauxita (sul da Guiana Francesa, Suriname e extremo norte do Brasil), platina
(Colômbia), prata (Peru e Bolívia), nitrato (Chile), chumbo, zinco, bismuto e antimônio (Bolívia), vanádio e chumbo
(Peru), iodo e enxofre (Chile), sal marinho, amianto, tungstênio, titânio e nióbio no (Brasil).[108]
A atividade extrativa vegetal compreende o aproveitamento das áreas florestais do Sul do Brasil, onde as plantações de
eucalipto e de araucária nativa produzem grande quantidade de madeiras, bem como a exploração do mogno e outras
árvores em regiões dispersas desse país. A extração de madeiras apresenta-se também como atividade econômica
importante em certas regiões do Paraguai, Chile e Bolívia. Nesse setor há ainda que salientar o aproveitamento de
plantas medicinais e oleaginosas pelo processo da coleta.[108]
O turismo na América do Sul é uma das áreas que mais cresce na economia sul-americana. Com a maior floresta
tropical do mundo (Amazônia), o maior rio do mundo (Amazonas), a segunda maior cadeia de montanhas (Andes),
ilhas oceânicas isoladas (Galápagos, Ilha de Páscoa e Fernando de Noronha), praias paradisíacas (litoral do Nordeste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 21/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Brasileiro), desertos (Atacama), paisagens glaciais (Patagônia e Terra do Fogo), a mais alta cachoeira do mundo (Salto
Angel, com 979 metros de queda, na Venezuela) e as quedas com o maior volume de água (Cataratas do Iguaçu),
dentre muitos outros monumentos naturais e criados pelo homem que atraem turistas de todo o mundo.[108]
Infraestrutura
Energia
Em virtude da diversidade da topografia e das condições de precipitação
pluviométrica, os recursos hidráulicas da região variam enormemente nas
diferentes áreas. Nos Andes, as possibilidades de navegação são limitadas,
exceto no rio Magdalena, no lago Titicaca e nos lagos das regiões
meridionais do Chile e da Argentina. A irrigação é fator importante para a
agricultura desde o noroeste do Peru até a Patagônia. Menos de 10% do
potencial elétrico conhecido dos Andes haviam sido aproveitados até
meados da década de 1960.[carece de fontes?]
Usina hidrelétrica de Itaipu, a maior
O escudo Brasileiro tem um potencial hidrelétrico muito superior ao da
do mundo em produção de energia
região andina e suas possibilidades de aproveitamento são maiores devido
à existência de diversos grandes rios com margens elevadas e à ocorrência
de grandes desníveis, formando imensas cataratas, como as de Paulo Afonso, Iguaçu e outras menores. O sistema do
rio Amazonas tem cerca de 13 000 km de vias navegáveis, mas as suas possibilidades de aproveitamento hidrelétrico
ainda são desconhecidas.[carece de fontes?]
Transportes
Os sistemas de transportes da América do Sul ainda são deficientes, apresentando baixas densidades quilométricas. A
região dispõe de cerca de 1 700 000 km de rodovias e 100 000 km de ferrovias, que se acham concentradas na faixa
litorânea, continuando o interior desprovido de comunicação.[carece de fontes?]
Apenas duas ferrovias são continentais: a Transandina, que liga Buenos Aires, na Argentina a Valparaíso, no Chile, e a
Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, que a faz a conexão entre o porto de Santos, no Brasil e a cidade de Santa Cruz de la
Sierra, na Bolívia. Além disso, existe a rodovia Panamericana, que atravessa os países andinos de norte a sul, embora
alguns trechos estejam inacabados.[carece de fontes?]
Duas áreas de maior densidade ocorrem no setor ferroviário: a rede platina, que se desenvolve em torno do estuário do
Prata, em grande parte pertencente à Argentina, com mais de 45 000 km de extensão; e a rede do Sudeste do Brasil,
que serve principalmente ao estado de São Paulo (ver:Sistema rodoviário do estado de São Paulo), estado do Rio de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 22/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Janeiro e Minas Gerais. São ainda o Brasil e a Argentina que se destacam no setor
rodoviário. Além das modernas estradas que estendem pelo norte da Argentina e
pelo sudeste e sul do Brasil, um vasto complexo rodoviário visa a articular Brasília,
a capital federal, às regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.[carece de
fontes?]
A aviação comercial encontrou na América do Sul um magnífico campo de expansão, que possui uma das maiores
linhas em densidade de tráfego do mundo, a do Rio de Janeiro-São Paulo, e grandes aeroportos, como Congonhas,
Internacional de São Paulo/Guarulhos e Viracopos (São Paulo), Internacional do Rio de Janeiro e Santos Dumont (Rio
de Janeiro), Ezeiza (Buenos Aires), Aeroporto Internacional de Confins (Belo Horizonte), Aeroporto Internacional de
Curitiba (Curitiba), Brasília, Caracas, Montevidéu, Lima, Bogotá, Recife, Salvador, Aeroporto Internacional Salgado
Filho (Porto Alegre), Fortaleza, Manaus e Belém.[carece de fontes?]
Cultura
Os sul-americanos são culturalmente ricos,[111] devido a histórica conexão
com a Europa, especialmente Espanha e Portugal, e o impacto da cultura
popular dos Estados Unidos.[carece de fontes?]
A cultura sul-americana está presente de diversas maneiras a nível mundial. Assim, por exemplo, o artesanato andino
desfruta de considerável demanda em diferentes mercados, como o europeu.[112]
As nações sul-americanas tem uma grande variedade na música. Alguns dos géneros mais famosos incluem a cumbia
da Colômbia,[113] samba e bossa nova do Brasil, e o tango, de Argentina e Uruguai. Na primeira metade do século XX,
o tango teve grande exito na Europa e na Colômbia. Esta música era interpretada em castelhano, porém não foi um
obstáculo para sua difusão no exterior. Na América do Sul se desenvolveram estilos musicais não exclusivos do
subcontinente, como a salsa, que tem sua "capital" em Santiago de Cali, Colômbia.[carece de fontes?]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 23/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Esportes
Na América do Sul, se pratica uma considerável quantidade de modalidades esportivas. O esporte mais popular é o
futebol, representado pela CONMEBOL. O torneio mais importante a nível de seleções é a Copa América,[119]
enquanto que a nível de clubes é a Copa Libertadores da América.[120] Em relação a Copa do Mundo de Futebol, sua
primeira edição foi realizada no Uruguai em 1930, e os países da região venceram 9 das 19 edições disputadas até
2010: Brasil (5), Uruguai (2) e Argentina (2).[121] Em 2014, a Copa do Mundo da FIFA foi realizada no continente pela
quarta vez, sendo organizada pelo Brasil na segunda ocasião.[carece de fontes?]
Outros esportes como o basquetebol, natação e voleibol também são populares. Independentemente do nível de
popularidade, alguns países definiram uma modalidade como esporte nacional por lei. É o caso de Argentina
(pato),[122] Colômbia (tejo)[123] e Chile (rodeio do Chile).[124]
No futebol, a América do Sul de destaca de modo geral. Já em outros esportes, alguns países sul-americanos se
destacam a nível mundial, mas de maneira individual. Por exemplo, Argentina é uma potência no rugby,[125] pólo,
hóquei em campo, hóquei em patins, basquetebol e boxe ;[126] Brasil no automobilismo,[127] voleibol, Artes Marciais
Mistas, natação, judô, handebol e vela, e Colômbia no ciclismo. A prática do ténis é estendida a Argentina, Chile e
Brasil; que tiveram campeões de torneios de Grand Slam.[128]
Em 2016, a América do Sul organizou os Jogos Olímpicos de Verão pela primeira vez, evento realizado no Rio de
Janeiro, no Brasil.[carece de fontes?]
Ver também
Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana
Integração latino-americana
Lista de países da América do Sul por população
Lista das aglomerações urbanas da América do Sul com mais de 1 milhão de habitantes
Bandeiras da América do Sul
Referências
1. «Population and Vital Statistics Report» (http://web.archive.org/web/20090710013859/http://unstats.un.org/unsd/s
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 24/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
eriesa/introduction.asp) (em inglês). Nações Unidas. 2003. Consultado em 2 de julho de 2008. Arquivado do
original (http://unstats.un.org/unsd/seriesa/introduction.asp) em 10 de julho de 2009
2. Atlas Mundial. São Paulo: Melhoramentos. 1999. ISBN 85-06-02889-2
3. Schenoni, Luis Leandro (15 de março de 2015). «The Brazilian Rise and the Elusive South American Balance» (ht
tp://papers.ssrn.com/abstract=2613328). Rochester, NY: Social Science Research Network
4. «Imigrantes na América do Sul» (http://www.suapesquisa.com/geografia/america_do_sul.htm). Sua Pesquisa.
Consultado em 4 de novembro de 2018
5. «Grupos econômicos da América do Sul» (http://www.pmf.sc.gov.br/ebmbrigadeiro/planejamentos/geografia/7seri
e.htm). PMF. Consultado em 4 de novembro de 2018
6. «Grupos econômicos da América do Sul» (http://www.fag.edu.br/professores/coc/conteudo/anosfinais/EF-8oAno
(7aSerie)-Azul-Tematico.doc). FAG. Consultado em 4 de novembro de 2018
7. «Mercosul» (http://www.mundosites.net/geografia/mercosul.htm). Mundo Sites. Consultado em 4 de novembro de
2018
8. «Problemas sociais e econômicos» (http://www.klickeducacao.com.br/2006/materia/16/display/0,5912,POR-16-40
-651-5841,00.html). Klick Educação. Consultado em 4 de novembro de 2018
9. «Avós dos índios chegaram à América do Sul há 14 mil anos» (http://educacao.uol.com.br/atualidades/ult1685u8
0.jhtm)
10. «A Cultura Chibcha» (http://www.emdiv.com.br/pt/mundo/povosetradicoes/808-a-cultura-chibcha.html)
11. «Cultura muísca» (http://www.galeon.com/culturasamerica/Muiscas.htm) (em espanhol)
12. «Quíchuas e aimarás» (http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/08/09/ult1766u17152.jhtm)
13. «Cultura Chavín» (http://www.emdiv.com.br/mundo/povosetradicoes/805-cultura-chavin-a-primeira-civilizacao-andi
na.html?tmpl=component&print=1&page=)
14. «História dos Incas» (http://www.suapesquisa.com/pesquisa/incas.htm)
15. «Viagem de Duarte Pacheco Pereira pelo Atlântico» (http://purl.pt/162/1/brasil/12_pacheco_esmeraldo.html)
16. «Tratado de Tordesilhas» (http://www.infoescola.com/historia/tratado-de-tordesilhas/)
17. «Invasão do Império Inca» (http://www.fontedosaber.com/historia/a-america-de-colonizacao-espanhola.html)
18. «União Ibérica» (http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/uniao_iberica.htm)
19. «Revoltas coloniais» (http://www.anovademocracia.com.br/28/18.htm)
20. «Tratados que definiram fronteiras» (http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20020715/sup_dej_150702_25.
htm)
21. «Guerras Napoleônicas» (http://www.colegioweb.com.br/historia/guerras-napoleonicas)
22. «Independência da América do Sul espanhola» (http://www.10emtudo.com.br/imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=4
0&tipo=artigo)
23. «Independência do Brasil» (http://www.suapesquisa.com/independencia/)
24. «História da Guiana» (http://www.brasilescola.com/historiag/historia-guiana.htm)
25. «História do Suriname» (http://www.brasilescola.com/historia-da-america/historia-suriname.htm)
26. «Guiana Francesa, departamento ultramarino francês» (http://www.brasilescola.com/geografia/guiana-francesa.ht
m)
27. «Bolivarismo e conceito de pan-americanismo» (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=39)
28. «Guerra do Paraguai» (http://www.historiadobrasil.net/guerraparaguai/)
29. «Guerra do Pacífico» (http://pt.shvoong.com/humanities/h_history/1628182-am%C3%A9rica-latina-guerra-pac%C
3%ADfico/)
30. Rodrigo Gurgel (6 de agosto de 2013). «Revolução Acriana: Bolívia e Brasil disputam o Acre» (http://educacao.uo
l.com.br/disciplinas/historia-brasil/revolucao-acreana-bolivia-e-brasil-disputam-o-acre.htm). UOL educação.
Consultado em 8 de março de 2018
31. «Caudilhismo» (http://www.brasilescola.com/historia-da-america/caudilhismo.htm)
32. «Crise de 1929» (http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/)
33. «Política da Boa Vizinhança» (http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/eua_vizinhanca.htm)
34. Mariana Martins Villaça. «A redemocratização na América Latina - Apresentação» (http://anphlac.fflch.usp.br/rede
mocratizacao-apresentacao). Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História da América.
Consultado em 19 de janeiro de 2017
35. Ana Beatriz Araújo e Marrielle Maia Alves Ferreira. «Mobilização Católica e a Proteção Direitos Humanos na
América do Sul» (http://www.revistaflorestan.ufscar.br/index.php/Florestan/article/download/96/pdf_29). Revista
Florestan, Ano 2. Edição Especial 1 – Maio de 2015. Consultado em 19 de janeiro de 2017
36. Mariana Martins Villaça. «A redemocratização na América Latina - Cronologia» (http://anphlac.fflch.usp.br/redemo
cratizacao-cronologia). Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História da América. Consultado
em 19 de janeiro de 2017
37. «Macri é eleito presidente da Argentina e põe fim a 12 anos de kirchnerismo» (http://g1.globo.com/mundo/noticia/
2015/11/macri-e-eleito-presidente-da-argentina-e-poe-fim-12-anos-de-kirchnerismo.html). G1. 22 de novembro de
2015. Consultado em 3 de março de 2018
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 25/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 26/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 27/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 28/29
27/02/2019 América do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bibliografia
«América do Sul». Nova enciclopédia ilustrada Folha. São Paulo: Folha de S. Paulo. 1996. pp. 42–43
CIVITA, Victor (2007). Almanaque Abril: Geografia: Mundo: Continentes: América do Sul 33ª ed. São Paulo: Abril.
362 páginas
TIRICO, José Domingos (1994). «América do Sul». Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopædia Britannica do
Brasil Publicações. pp. 358–370
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=América_do_Sul&oldid=53508281"
Esta página foi editada pela última vez às 01h36min de 4 de novembro de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul 29/29