Na prática o que você tem que fazer é entrar na sala e se sentar no lugar certo.
2) QUALIFICAÇÃO:
Aqui já muda um detalhe: se a parte contrária não foi localizada, não é possível pedir a citação
por edital.
Na prática o que você tem que fazer é entregar seu documento junto com o do seu cliente,
além dos documentos de representação, se já não estiverem juntados, e aguardar. Se faltou
algum documento de representação, peça prazo para a juntada. Isso é muito importante. Não
esqueça.
Para o reclamante precisa da procuração e algumas vezes do substabelecimento (se você não
for o titular e não estiver na procuração).
Nesse momento o juiz pergunta se tem acordo, conversa um pouco com as partes, faz alguns
cálculos e tenta chegar em um meio termo.
Mais uma mudança: como o pedido deve ser certo e determinado, os cálculos já estarão nos
autos, facilitando a composição.
Se tiver acordo, todos os dados são registrados em ata (valor, data e forma de pagamento,
eventuais parcelas, multa em caso de descumprimento, etc). Se não tiver acordo, aí acontece o
próximo passo.
Na prática o que você tem que fazer é verificar com o seu cliente se ele pretender fazer um
acordo. Em caso positivo, veja o valor máximo que ele pode pagar e tente a melhor negociação
(até porque sobre o valor do acordo seu cliente ainda recolherá IR e INSS, de acordo com a
matéria).
4) ENTREGA DA DEFESA:
Uma diferença em relação ao Rito Ordinário é que no Sumaríssimo se a inicial não cumprir os
requisitos obrigatórios, o processo é arquivado e o reclamante paga as custas (se não for
beneficiário da Justiça Gratuita).
Se estiver tudo certo, a reclamada entrega a defesa. Se o processo for eletrônico, o juiz tira o
sigilo (se estiver com sigilo) e também dá vista à parte contrária.
Outra diferença é que qualquer incidente levantado (seja uma Exceção ou Preliminar) deve ser
decidido na própria audiência.
Na prática o que você tem que fazer é entregar a defesa e aguardar. Se estiver pelo
reclamante, esteja pronto para rebater o que está escrito.
Se não souber o que falar, diga: “O reclamante se reporta integralmente aos termos da
inicial”.
5) OITIVA DO RECLAMANTE:
Normalmente os juízes querem ouvir o reclamante, mas em alguns casos eles perguntam para
o advogado da empresa se ele pretende ouvir o autor. Nesse momento o juiz pedirá para o
preposto sair da sala e para o reclamante se sentar em uma cadeira diferenciada, que será
indicada na hora.
Na prática o que você tem que fazer é: advogado do reclamante tem que aguardar. Advogado
da reclamada tem que fazer as perguntas que achar necessárias. Lembrando que o foco é fazer
o reclamante confessar alguma coisa. Se ele confessar, peça a aplicação da pena de confissão
ao final do depoimento dele.
6) OITIVA DA RECLAMADA:
Normalmente os juízes também querem ouvir a reclamada, mas em alguns casos eles
perguntam para o advogado do autor se ele pretende ouvir o preposto. Se você for o
advogado do reclamante e não quiser ouvir o depoimento da empresa, diga que não
pretende. Se quiser, confirme que quer a oitiva da reclamada. Nesse momento o juiz pedirá
para o preposto se sentar em uma cadeira diferenciada, que será indicada na hora. Atenção,
pois só o juiz e o advogado do reclamante podem fazer perguntas para o preposto. Preposto e
seu advogado não podem se comunicar.
Na prática o que você tem que fazer é: advogado da reclamada tem que aguardar. Advogado
do reclamante tem que fazer as perguntas que achar necessárias. Lembrando que o foco é
fazer a reclamada confessar alguma coisa. Se ela confessar, peça a aplicação da pena de
confissão ao final do depoimento dela.
7) OITIVA DAS TESTEMUNHAS:
No Rito Sumaríssimo só é possível a oitiva de 2 testemunhas para cada parte e para pedir o
adiamento é obrigatória a prova do convite da testemunha ausente.
A testemunha será chamada pelo nome e, após entrar na sala, se sentará em uma cadeira
diferenciada que será indicada (a mesma que as partes sentaram quando deram seu
depoimento).
A testemunha será qualificada (perguntarão nome, endereço, etc.) e se você tiver alguma
contradita, aponte imediatamente quando acabar a qualificação e antes do juiz
compromissar a testemunha.
Advogados, partes e testemunhas não podem se comunicar, sendo que todas as perguntas
são feitas através do juiz. Funciona assim:
TESTEMUNHA DO RECLAMANTE: entra ↣ senta ↣ juiz faz perguntas que achar necessárias ↣
advogado do reclamante faz suas perguntas ao juiz que avaliará e, se concordar, repassará
para a testemunha (fazer uma pergunta de cada vez) ↣ advogado da reclamada faz suas
perguntas ao juiz que avaliará e, se concordar, repassará para a testemunha (também fazer
uma pergunta de cada vez).
TESTEMUNHA DA RECLAMADA: entra ↣ senta ↣ juiz faz perguntas que achar necessárias ↣
advogado da reclamada faz suas perguntas ao juiz que avaliará e, se concordar, repassará para
a testemunha (fazer uma pergunta de cada vez) ↣ advogado do reclamante faz suas perguntas
ao juiz que avaliará e, se concordar, repassará para a testemunha (também fazer uma
pergunta de cada vez).
Na prática o que você tem que fazer é aguardar a sua vez e perguntar coisas que possam te
ajudar a ganhar o processo. Ao final da prova testemunhal, aproveite para renovar os
protestos feitos em audiência.
O simples fato de uma pessoa ter acionado o mesmo empregador não a impede de ser
testemunha (Súmula nº 357, do TST)
Art. 829 – A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de
qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples
informação.
Na prática o que você tem que fazer é aguardar os atos do juiz e anotar todo o determinado e
suas datas, etc.
9) ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO, ÚLTIMA TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO,
***JULGAMENTO***, ASSINATURA E DISPENSA:
Nesse momento fica encerrada a instrução, não podendo ser produzidas mais provas. Os juízes
confirmam se realmente não tem acordo.
***A regra é que o juiz deve sentenciar na hora, mas pouquíssimos fazem isso. Normalmente,
marcam data para a sentença.***
Após, finalizam a ata. Caso o processo seja eletrônico, após os atos anteriores você já estará
dispensado da audiência.
Na prática o que você tem que fazer é tentar novamente o acordo (se o seu cliente quiser) ou
confirmar que não existe possibilidade de conciliação e aguardar.
↣ Já entre na sala de audiência com o RG das testemunhas. Recomendo que você peça para
elas levarem a CTPS também.
↣ Converse com as testemunhas fora da sala de audiência para saber os fatos que ela conhece
e desconhece, mas nunca peça ↣ Se a prova oral foi muito desfavorável a você, talvez seja a
hora de recomendar ao cliente um acordo antes do término da audiência.
↣ SEMPRE pergunte ao seu cliente se ele entendeu o que aconteceu na audiência e esteja
disposto a explicar em detalhes o que ficou determinado, quais serão os próximos passos,
datas dos eventos futuros, etc.