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A ASCENSÃO DO INDIVÍDUO E A IDENTIDADE EM TEMPOS LÍQUIDOS

Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele


próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento
sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade
se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e
coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.
Immanuel Kant

Em 1784 o filósofo alemão Immanuel Kant publica um pequeno texto intitulado:


Resposta à questão: o que esclarecimento [Aufklärung]? Um texto que resume muito bem a
atitude proposta pelo iluminismo: um convite à autonomia no uso do entendimento. Fazendo
uso da razão, agora cabe ao indivíduo o livre exame de todas as coisas. A própria religião
deveria submeter-se ao crivo da razão, conformando-se aos seus limites. O direcionamento
das potencialidades da vida não mais seriam balizadas pela tradição, mas pelo livre exame da
razão.
Fazendo uso da razão o ser humano era intimado a romper os grilhões sob os quais a
humanidade encontrava-se aprisionada. A razão possibilitaria a construção de uma nova
ordem social e econômica - um projeto estrutural. A história era vista como possuindo um
telos [fim], algum tipo de sociedade boa, justa e sem conflitos [apropriação secular da utopia
religiosa]. Guiar-se pela razão não se restringia a um projeto pessoal, pois a razão, uma
propriedade de todos os seres humanos, vinculava o indivíduo a um projeto coletivo.
Segundo Bauman, hoje somos modernos de um modo diferente, uma época
caracterizada por uma “compulsiva e obsessiva, contínua, irrefreável e sempre incompleta
modernização” (2001, p. 40). Neste processo sempre contínuo não há mais a crença em um
fim do caminho e as tarefas e deveres de caráter coletivo foram individualizados - instaura-se
uma separação entre escolhas individuais e projetos coletivos. Agora os padrões e
configurações não são mais dados, são liquefeitos e transformaram-se em tarefas do
indivíduo: “eles são agora maleáveis a um ponto que as gerações passadas não
experimentaram e nem poderiam imaginar” (p. 15). Figura do consumidor...
Dialética do local e do global, Giddens - Bauman, comparação universal…

HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o Convertido. Petrópolis, RJ.: Vozes, 2008.


GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida.

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