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1) Kant defendeu no século 18 que os indivíduos deveriam usar sua própria razão para pensar por si mesmos, em vez de seguir cegamente a tradição ou autoridade.
2) Na modernidade líquida descrita por Bauman, não há mais um projeto coletivo guiado pela razão, mas escolhas individuais desconectadas.
3) Isso levou a uma sociedade na qual os padrões e identidades são fluidos e devem ser constantemente reinventados pelos indivíduos.
Deskripsi Asli:
Questões sobre a identidade em tempos contemporâneos
1) Kant defendeu no século 18 que os indivíduos deveriam usar sua própria razão para pensar por si mesmos, em vez de seguir cegamente a tradição ou autoridade.
2) Na modernidade líquida descrita por Bauman, não há mais um projeto coletivo guiado pela razão, mas escolhas individuais desconectadas.
3) Isso levou a uma sociedade na qual os padrões e identidades são fluidos e devem ser constantemente reinventados pelos indivíduos.
1) Kant defendeu no século 18 que os indivíduos deveriam usar sua própria razão para pensar por si mesmos, em vez de seguir cegamente a tradição ou autoridade.
2) Na modernidade líquida descrita por Bauman, não há mais um projeto coletivo guiado pela razão, mas escolhas individuais desconectadas.
3) Isso levou a uma sociedade na qual os padrões e identidades são fluidos e devem ser constantemente reinventados pelos indivíduos.
A ASCENSÃO DO INDIVÍDUO E A IDENTIDADE EM TEMPOS LÍQUIDOS
Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele
próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. Immanuel Kant
Em 1784 o filósofo alemão Immanuel Kant publica um pequeno texto intitulado:
Resposta à questão: o que esclarecimento [Aufklärung]? Um texto que resume muito bem a atitude proposta pelo iluminismo: um convite à autonomia no uso do entendimento. Fazendo uso da razão, agora cabe ao indivíduo o livre exame de todas as coisas. A própria religião deveria submeter-se ao crivo da razão, conformando-se aos seus limites. O direcionamento das potencialidades da vida não mais seriam balizadas pela tradição, mas pelo livre exame da razão. Fazendo uso da razão o ser humano era intimado a romper os grilhões sob os quais a humanidade encontrava-se aprisionada. A razão possibilitaria a construção de uma nova ordem social e econômica - um projeto estrutural. A história era vista como possuindo um telos [fim], algum tipo de sociedade boa, justa e sem conflitos [apropriação secular da utopia religiosa]. Guiar-se pela razão não se restringia a um projeto pessoal, pois a razão, uma propriedade de todos os seres humanos, vinculava o indivíduo a um projeto coletivo. Segundo Bauman, hoje somos modernos de um modo diferente, uma época caracterizada por uma “compulsiva e obsessiva, contínua, irrefreável e sempre incompleta modernização” (2001, p. 40). Neste processo sempre contínuo não há mais a crença em um fim do caminho e as tarefas e deveres de caráter coletivo foram individualizados - instaura-se uma separação entre escolhas individuais e projetos coletivos. Agora os padrões e configurações não são mais dados, são liquefeitos e transformaram-se em tarefas do indivíduo: “eles são agora maleáveis a um ponto que as gerações passadas não experimentaram e nem poderiam imaginar” (p. 15). Figura do consumidor... Dialética do local e do global, Giddens - Bauman, comparação universal…
HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o Convertido. Petrópolis, RJ.: Vozes, 2008.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida.