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Estrutura e Dinâmica Social

Profa. Dra. Vanessa Elias de Oliveira


žO livro trata do dilema, talvez o central,
da antropologia:
ž Unidade biológica x diversidade
cultural da espécie humana
ž Buscademonstrar que tanto o
determinismo biológico quanto o
geográfico foram incapazes de resolver
este dilema.
ž São muitas, antigas e persistentes as teorias que
atribuem capacidades inatas a raças (negros,
japoneses, indígenas etc.) à nórdicos mais
inteligentes que os negros, que os norte-americanos
são empreendedores e interesseiros, que os
portugueses são pouco inteligentes;
ž Os antropólogos, no entanto, estão convencidos de
que as diferenças genéticas NÃO SÃO determinantes
das diferenças culturais;
ž Se trouxermos ao Brasil, logo após o seu nascimento,
uma criança sueca, colocando-a sob os cuidados de
uma família sertaneja, certamente ela não se
diferenciará mentalmente de seus irmãos de criação;
ž Em 1950, após o terror do racismo nazista, que afirmava a
superioridade da raça ariana, antropólogos, biólogos e outros
especialistas redigiram uma declaração da Unesco que afirmava:
10. Os dados científicos de que dispomos atualmente não confirmam a
teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias
constituiriam um fator de importância primordial entre as causas
das diferenças que se manifestam entre as culturas (...). Eles nos
informam, pelo contrário, que essas diferenças se explicam, antes de
tudo, pela história cultural de cada grupo.
...
15. No estágio atual de nossos conhecimentos, não foi ainda provada a
validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem uns
dos outros pelos traços psicologicamente inatos, quer se trate de
inteligência ou temperamento. As pesquisas científicas revelam que
o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os grupos
étnicos.
ž Assim, oque o autor afirma é que “é falso
que as diferenças de comportamento
existentes sejam determinadas
biologicamente” (p.19). Essas diferenças são
determinadas, pois, culturalmente.
ž Resumindo, o comportamento dos
indivíduos depende de um aprendizado,
um processo chamado de endoculturação.
O comportamento de meninos e meninas é
diferente não em função de hormônios, mas
de uma educação diferenciada.
ž O determinismo geográfico considera que as
diferenças do ambiente físico condicionam a
diversidade cultural.
ž Essas teorias (final do século XIX e início do XX)
ganharam grande popularidade. Alguns
trabalhos consideram o clima um fator
importante na dinâmica do progresso – o clima
quente estaria relacionado com sociedades
menos desenvolvidas (povos mais preguiçosos),
ao passo que o clima frio apresentaria
sociedades mais desenvolvidas.
žA partir de 1920, alguns antropólogos
refutaram essas teorias, afirmando que é
comum existir uma grande diversidade
cultural em um mesmo ambiente físico.
Ex: Brasil.
ž Enfim, conclui, as
diferenças existentes
entre os homens não podem ser
explicadas em termos que lhe são impostas
pela sua biologia ou pelo meio ambiente
em que vivem.
ž Século 18: o termo kultur (alemão) era utilizado
para simbolizar todos os aspectos espirituais de
uma comunidade, enquanto que a palavra
civilization (francês) referia-se principalmente às
realizações materiais de um povo.
ž O antropólogo Edward Tylor (1832-1917)
sintetizou ambas na palavra culture (inglês), que
significa “todo o complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes
ou qualquer outra capacidade ou hábitos
adquiridos pelo homem como membro de uma
sociedade” (p.25).
ž Grande amplitude do conceito à Geertz (1973) vai dizer
que o tema mais importante da teoria antropológica
moderna é “diminuir a amplitude do conceito e transformá-lo
num instrumento mais especializado e mais poderoso
teoricamente” (p.27).
ž O passo mais importante, nesse processo de definição do
conceito = separação do cultural e do biológico, levada a
cabo por Kroeber, que postulou a supremacia do primeiro
em detrimento do segundo.
ž Os homens se diferenciaram, definitivamente, dos outros
animais, por disporem de duas propriedades: a
possibilidade de comunicação oral e a capacidade de
fabricação de instrumentos. E isso porque o homem é o
único ser possuidor de cultura.
ž Tylor apresentou a primeira definição de cultura, do
ponto de vista antropológico.
ž Além disso, ele procurou demonstrar que este pode
ser um objeto de estudo sistemático, que apresenta
causas e regularidades, permitindo a formulação
de leis sobre o processo cultural.
ž Tylor se preocupava, mais do que com a diversidade
cultural, com a igualdade existente na sociedade.
ž Escrevendo sob o impacto da Origem das Espécies,
de Darwin, assumia uma perspectiva evolucionista: a
tarefa da antropologia seria, para os evolucionistas, a
de “estabelecer, grosso modo, uma escala de
civilização”.
ž Abordagem unilinear (selvageria, barbárie
e civilização) x multilinear
ž Unilinear: aidéia era de que a cultura
desenvolve-se de maneira uniforme, de tal
forma que “era de se esperar que cada
sociedade percorresse as etapas que já
tinham sido percorridas pelas sociedades
mais avançadas” (p.34).
žA classificação hierárquica, no entanto, dava
claras vantagens às nações européias,
naquele momento as mais desenvolvidas.
ž A principal reação ao evolucionismo (chamado de método
comparativo) inicia-se com Franz-Boas (1858-1949),
antropólogo alemão, que insistiu na necessidade de
comprovar a possibilidade de comparar dados de
sociedades distintas.
ž Franz-Boas propõe, então, uma abordagem que levasse em
consideração os fatores históricos de um povo
(particularismo histórico) à “cada cultura segue os seus
próprios caminhos em função dos diferentes eventos
históricos que enfrentou” (p.26).
ž Essa abordagem passou a ser considerada multilinear à
segundo esta, as sociedades têm um desenvolvimento
único, composto de múltiplos estágios, que não podem
ser simplificados e generalizados.
ž Outro antropólogo, o americano Alfred Kroeber
(1876-1960) segue esta mesma linha, reforçando a
idéia de que todos os atos humanos dependem
inteiramente de um processo de aprendizado. (Ex:
baleia criou nadadeiras; homem desenvolveu o
barco – p.40).
ž O homem adapta-se ao meio ambiente não através
de transformações biológicas, mas através da
criação de instrumentos que lhe são exteriores.
ž Com isso, o homem tem sobrevivido, adaptando-se
às mais diversas condições do meio-ambiente à
superando o orgânico, ele de certa forma libertou-se
da natureza (p.41).
žÉ comum a crença nas qualidades (positivas
ou negativas) adquiridas graças à transmissão
genética. “Tenho a física no sangue”. “Meu
filho tem muito jeito para a música, pois
herdou essa qualidade do avô”.
ž “Ohomem é o resultado do meio cultural em
que foi socializado. Ele é um herdeiro de um
longo processo acumulativo, que reflete o
conhecimento e a experiência adquiridas pelas
numerosas gerações que o antecederam.”
(p.45).
ž Assim, nãobasta a natureza criar indivíduos
altamente inteligentes, mas é necessário
colocar ao alcance desses indivíduos o
material que lhes permita exercer a sua
criatividade.
ž Ex: SantosDumond (1873-1932) não teria sido
o inventor do avião se não tivesse
abandonado a cidade de Palmira e se
transferido para Paris, onde teve acesso a
todo o conhecimento acumulado pelas nações
desenvolvidas do ocidente.
ž A contribuição de Kroeber para a ampliação do
conceito de cultura pode ser resumida nos
seguintes pontos:
1. A cultura, mais do que a herança genética,
determina o comportamento do homem;
2. A cultura é o meio de adaptação aos diferentes
ambientes ecológicos;
3. Adquirindo cultura, o homem passou a depender
muito mais do aprendizado do que a agir através
de atitudes geneticamente determinadas;
4. A cultura é um processo acumulativo, resultante
de toda a experiência histórica das gerações
anteriores. Este processo limita ou estimula a
ação criativa do indivíduo;
5. Os gênios são indivíduos altamente inteligentes,
que se utilizam do conhecimento existente ao seu
dispor.
ž Dois pontos são destacados pelo autor:
ž O senso comum: onde fica o instinto de
conservação? O instinto materno?
ž O autor enfatiza que tais comportamentos são
determinados culturalmente, e não
biologicamente. Dois exemplos:
ž Infanticídio praticado pelas mulheres Tapirapé,
tribo Tupi do Norte do Mato Grosso (P. 50);
ž Instinto filial? Exemplo os esquimós, que
conduziam os idosos para as planícies geladas
para serem devorados pelos ursos (P.51).
ž A cultura como um processo acumulativo
ž Uma criança humana e uma criança chimpanzé não
apresentam comportamento muito distinto em seu
primeiro ano de vida. Mas quando a criança
humana começa aprender a falar, a distância torna-
se imensa.
ž Cada observação realizada pelo chimpanzé não
beneficia a sua espécie, pois acaba com ele. No
humano, ao contrário, toda a experiência de um
indivíduo é transmitida aos demais, criando um
interminável processo de acumulação.
ž Como o homem adquiriu cultura,
diferenciando-o dos demais animais e
dando-lhe um lugar privilegiado na Terra?
ž Culturaapareceu “de repente”, num dado
“ponto crítico” (Kroeber), a partir de uma
alteração orgânica.
ž Hojeessa teoria é considerada uma
impossibilidade científica: a natureza não
age por saltos.
ž Outras explicações:
ž Kenneth Oakley: cultura como resultado de um
cérebro mais volumoso e complexo.
ž Claude Lévi-Strauss: cultura surgiu no momento
em que o homem convencionou a primeira
regra, a primeira norma – para ele, esta seria a
proibição do incesto, comum a todas as
sociedades humanas.
ž Leslie White: cultura surgiu quando o cérebro do
homem foi capaz de gerar símbolos.

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