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Métodos de Avaliação de Investimentos: Valor Presente Líquido

Dinísio Kipando
Helmer Chiundi
Indira Fernandes
Jennifer Dias dos Santos
Tito Pilartes da Silva

RESUMO

No atual ambiente de globalização dos negócios, investir os recursos financeiros ou


humanos de forma a ter um retorno satisfatório e no tempo pretendido de forma eficaz e
sustentável é a ambição de qualquer empresário. Por isso, conhecer o valor do dinheiro ao
longo do tempo, o valor da taxa de juros que torna nulo o fluxo de caixa líquido de um projeto
de investimento, conhecer o tempo de retorno do capital investido auxilia o empreendedor na
gestão do negócio, especialmente os microempreendedores que geralmente possuem recursos
limitados e mais ainda quando atuam num ramo de negócios sazonal. Assim sendo, o presente
trabalho visa abordar os vários métodos de análise de investimento, bem como estabelecer
uma comparação entre os mesmo.

Palavras-chave: Investimento, Avaliação, Fluxo de caixa, Valor Presente Líquido

ABSTRACT

Key words:.

1 INTRODUÇÃO

Em um dado momento do desenvolvimento do projecto, é fundamental que os gestores


da organização tenham a adequada percepção dos benefícios que o projecto deve trazer à
entidade. Esses benefícios podem ser de complexa percepção, tanto no que diz respeito ao
impacto sobre várias áreas da entidade, como também no que se refere ao horizonte temporal.
Nesse momento, as metodologias de avaliação de investimento surgem como uma forma de,
traduzido para uma mesma base monetária, poder analisar o potencial de agregação de valor
do projecto. Nesse momento, a análise pode ter duas diferentes, mas complementares,
vertentes: (i) quais projectos agregam e quais não agregam valor? (ii) dado um certo nível de
restrição orçamentária, quais os projectos que mais agregam valor? Como consequência das
duas questões: quais projectos deveriam ser escolhidos pela entidade para serem
implementados?
Diversas técnicas podem ser usadas para determinar a viabilidade ou a classificação de
projectos. Em um primeiro momento, consideremos que os projectos comparados têm o
mesmo nível de risco e tempo de vida igual, e que a empresa não possua recursos limitados
para o financiamento dos projectos. Posteriormente, estas hipóteses, devidamente tratadas,
podem ser eliminadas.
Dentro da visão metodológica, existem duas vertentes para a identificação de métodos
de avaliação de investimentos: baseado no fluxo de caixa e baseados em resultados
econômico/contábil. As abordagens que consideram o primeiro tipo têm como característica a
identificação dos fluxos de caixa do projecto, ou seja, as entradas e saídas de caixa
decorrentes do facto de o projecto ser implementado, ignorando apropriações, provisões,
diferimentos e amortizações. A maioria dos métodos utilizados decorre dessa abordagem, para
que sejam evitados alguns tipos de distorções por questões de apropriações contábeis. São
eles: o período de payback simples, o período de payback ajustado, a taxa interna de retorno, a
taxa interna de retorno ajustada, o valor presente líquido e o índice de lucratividade.
Segundo Assaf (2005) “os métodos de Análise de Investimento são processos
quantitativos capazes de determinar as alternativas factíveis ou ótimas para a aplicação de
capital e ordená-las hierarquicamente de acordo com sua atratividade econômica”
Ainda segundo o autor, quando um ou mais projetos alternativos de investimento são
analisados é preciso levar em consideração os fatores básicos, como:
 O valor monetário dos fluxos de caixa (desembolsos e recebimentos) associados a
cada projeto de investimento.
 As datas que os fluxos de caixa ocorrerão.
 O retorno mínimo esperado por quem pretende investir. Esta medida é denominada,
Taxa de Mínima Atratividade e representa o retorno que o investidor pode obter
aplicando seus recursos em projetos diferentes aos que estão sendo analisados.

Os métodos de avaliação de investimento se caracterizam pelo tipo de indicador


financeiro utilizado e têm peculiaridades, vantagens e desvantagens inerentes a cada caso em
particular.
Os métodos que se baseiam na abordagem econômica-contábil são aqueles que
consideram os impactos econômicos de um projecto, apurados por meio das demonstrações
(balanço patrimonial e demonstração de resultados). Diferimentos, amortizações e provisões,
consistentemente, fazem parte das projeções desenvolvidas e, neste caso, a taxa média de
retorno e EVA ( economic value added) são as metodologias mais frequentemente
encontradas (FÁBIO,2008).
O que é importante considerar é que um dado projecto, desde que se considerem as mesmas
dimensões de tempo e taxa de custo de oportunidade, proporcionará o mesmo valor, tanto
sendo considerado o método a partir do fluxo de caixa (o valor presente líquido) como o
método econômico-contábil (EVA).

Fluxo de caixa

Ao analisarmos um investimento precisamos identificar a quantidade de valores


investidos e o retorno que tivemos deste investimento. Tudo isso ocorre em diferentes datas.
A essas entradas e saídas de valores damos o nome de fluxo de caixa.
Podemos fazer a representação do fluxo de caixa de duas maneiras
Gráfico: permite uma rápida visualização.

A linha horizontal representa o tempo. As setas para baixo são os valores investidos,
ou seja, as saídas. E as setas para cima são os retornos do investimento ou as entradas.

Tabela
MÊS OPERAÇÃO VALOR
0 Aplicação -2.000,00 AOA
1 Aplicação -2.000,00 AOA
2 Resgate 650,00 AOA
3 Resgate 650,00 AOA
4 Resgate 650,00 AOA
5 Resgate 650,00 AOA
6 Resgate 650,00 AOA

Os valores negativos são as saídas e os valores positivos são as entradas.


INVESTIMENTO
Investimento é toda ação da qual se espera obter benefícios futuros.
Podemos classificar os investimentos em:
Investimento mutuamente exclusivo: investimento que ao fazer uma análise de
rentabilidade, o escolhido será o mais rentável, excluindo os demais.
Investimento independentes: ao fazer a análise de rentabilidade, os projectos serão
executados em ordem decrescente de maior rentabilidade.
O objetivo de um investimento é gerar um rendimento para o investidor. Para isso
precisamos saber se um investimento é viável ou não, e ainda, frente a dois investimentos
precisamos saber qual é mais vantajoso, ou seja, qual trará melhor rentabilidade.

Taxa Mínima de Atratividade (TMA):


É uma taxa de juros, que ao se fazer um investimento o investidor espera um retorno
pelo menos igual a essa taxa. A TMA é única para cada investidor e não existe fórmula
matemática para calculá-la, pois ela pode variar com o tempo.

2.1 Valor presente Líquido (VPL)

Esta é considerada uma sofisticada técnica de análise de orçamento de capital,


exatamente por considerar o valor do dinheiro no tempo. Utilizando-se esta técnica, tanto as
entradas como as saídas de caixa são traduzidas para valores monetários atuais. Dessa forma,
podem ser comparadas ao investimento inicial, que está automaticamente expresso em termos
monetários atuais.

Este tipo de técnica desconta os fluxos de caixa da empresa a uma taxa especificada.
Esta taxa é freqüentemente chamada de taxa de desconto, custo de oportunidade ou custo de
capital, e refere-se ao retorno mínimo que deve ser obtido por um projeto, de forma a manter
inalterado o valor de mercado da empresa.

O critério usado para a aceitação ou não de determinado projeto é a seguinte: se o VPL


for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for menor que zero, rejeita-se o projeto. Se o
VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior do que seu custo de capital. Com
isto, estaria aumentando o valor de mercado da empresa e, conseqüentemente, a riqueza dos
seus proprietários.

Entretanto, o método VPL também possui algumas desvantagens. A principal é por ele
trabalhar com termos absolutos (unidades), ao invés de termos relativos (taxas),
impossibilitando que ele seja usado para comparar situações em escalas diferentes. Da mesma
forma investimentos que envolvam grandes quantias podem apresentar um VPL superior a
investimentos menores, mesmo que eles não sejam melhores em termos relativos.
2.1.1. Formula Algebrica

O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor atual líquido (VAL)
ou método do valor atual, é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor
presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo
do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a
um custo inicial estariam valendo atualmente.

Para cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a TMA (Taxa
Mínima de Atratividade) como taxa de desconto. Se a TMA for igual à taxa de retorno
esperada pelo acionista, e o VPL > 0, significa que a decisão favorável à sua realização.
Sendo o VAL superior a 0, o projeto cobrirá tanto o investimento inicial, bem como a
remuneração mínima exigida pelo investidor, gerando ainda um excedente financeiro. É,
portanto, gerador de mais recursos do que a melhor alternativa ao investimento, para um nível
risco equivalente, uma vez que a taxa de atualização reflete o custo de oportunidade de
capital. Estamos perante um projeto economicamente viável. Desta maneira, o objetivo da
corporação é maximizar a riqueza dos acionistas, os gerentes devem empreender todos os
projetos que tenham um VPL > 0, ou no caso se dois projetos forem mutualmente exclusivos,
deve escolher-se o com o VPL positivo mais elevado.

O valor presente líquido para fluxos de caixa uniformes, pode ser calculado por meio
da seguinte fórmula:

Onde:
 FC é o fluxo de caixa no período ;
 t é o enésimo período no tempo em que o dinheiro será investido no projeto (começa
no período 1, quando há efetivamente o primeiro fluxo de dinheiro);
 n é o número de períodos ;
 i é o custo do capital.

Resumidamente, a analise de alternativa de investimento considerando o VP é:

-Significa que o valor presente dos recebimentos é maior que os correspondentes


desembolsos.
VP>0 - É um projecto economicamente interessante à taxa considerada (TMA)
-Quando se compara mais de uma alternativa de investimento aquela que obtiver o maior VP
deve ser a preferida sob o ponto de vista econômico.
- O projecto produz um retorno de capital de valor apenas igual ao custo de capital à taxa
VP=0 considerada (TMA).
- Não compensa sua implementação.
-Os beneficios não são suficientes para assegurar a recuperação do capital investido à taxa
VP<0 considerada (TMA).
- O projecto deve ser rejeitado.
3. Payback

Em projetos, recursos financeiros são cruciais para sua concretização por este
motivo recorre-se a meios que possibilitem antever as contribuições do investimento
para o desempenho do negócio através de métodos e técnicas que proporcionem
estimativas alcançáveis e confiáveis visando mitigar riscos.
Antes de todas as etapas operacionais de um projeto serem de fato iniciadas
no que concerne ao produto/serviço a ser entregue, é fundamental verificar a sua
viabilidade, ou seja, dentro de distintos aspectos se o projeto é realizável
considerando tanto as expectativas do cliente quanto da organização.

As ferramentas mais usadas para uma análise de viabilidade de um projeto


são: a Taxa Interna de Retorno (TIR); o Valor Presente Líquido (VPL); o Período
de Retorno do Investimento (Pay Back); e índices de retorno.

Quantos aos mecanismos existentes, o Payback é um dos métodos mais


conhecidos por sua característica simplista e consiste em um cálculo baseado no
fluxo de caixa, ou seja, nas entradas e saídas de caixa decorrentes do fato de o projeto
ser implementado visando estimar o período de tempo necessário para retorno do
investimento realizado. Podemos defini-lo ainda como “um indicador que apresenta o
espaço de tempo necessário para que um investimento se pague, ou seja, para que um
valor investido seja integralmente recuperado”. (FREZZATI, 2008, p. 63).
Ao nos defrontarmos com decisões gerenciais é imprescindível identificar
dentre as alternativas existentes aquelas passíveis de proporcionar melhores
resultados segundo os interesses organizacionais.
“É preciso fazer as devidas ponderações, considerando além dos aspectos
técnicos de cada empresa, referentes à sua atividade econômica, ao seu setor e à sua
estratégia – os aspectos financeiros, de custo de oportunidade, de payback, de taxas
de retorno, de viabilidade econômica, entre outros tantos elementos”. (FERREIRA,
2017, p. 17).
Qualquer projecto de investimento possui de inicio um período de despesas
(em
investimento) a que se segue um período de receitas liquidas(liquidas dos custos do
exercício). As receitas recuperam o capital investido. O período de tempo necessário
para as receitas recuperam a despesa em investimento é o período de recuperação. O
período de recuperação pode ser considerado com o cash-flow actualizado ou sem o
cash-flow actualizado.
Trata-se de uma das técnicas de análise de investimento alternativas ao método
do Valor presente líquido (VPL). Sua principal vantagem em relação ao VPL é que o
payback leva em conta o prazo de retorno do investimento e, conseqüentemente, é
mais
apropriado em ambientes de risco elevado.
Investimento implica saída imediata de dinheiro; em contrapartida, espera-se
receber fluxos de caixa que compensem essa saída ao longo do tempo. O payback
consiste no cálculo desse tempo (em número de períodos, sejam meses ou anos)
necessário à recuperação do investimento realizado.
Algebricamente tem-se:
Onde:
· PR= Período de Recuperação
· CFt= Cash-Flow total no ano t
· Io= Cash-Flow do investimento Inicial
Nota: Admite-se que em cada ano os fluxos se distribuem regularmente ao
longo do mesmo.No caso dos fluxos de caixa anuais serem iguais, pode-se
determinar o PR pelo quociente entre o I e um CF anual.
Exemplo: Dinisio deseja comprar um computador para desenvolver sites, um
computador com todos os recursos e softwares devidamente licenciados sairá no
valor de 300.000,00AKZ. João já tem 10 contratos de sites confirmados todos no
valor de 60.000,00AKZ cada. Se joão leva 1 mês para fazer um site e recebe o
pagamento na entrega do mesmo, ele terá reembolsado o valor investido no
computador na entrega do 5º site que seria ao final do 5º mês.

Payback= 300.000,00AKZ = 5 meses

3.1. Cálculo do Payback

O cálculo do Payback encolve uma fórmula relativamente simples , mas é preciso


alguns cuidados na hora a de calcular as variáveis. É muito importante o planeamento
adequado do fluxo de caixa.

Kuhner e Bauer (1996) afirmam que a melhor alternativa de investimento é aquela que
apresenta o menor período de retorno do investimento.
Na análise de investimentos existem dois tipos de Payback, o simples e o descontado.

3.1.1.Payback Simples

O Payback simples se resume em identificar o número de períodos em que retorna os


investimentos, subtraindo do capital inicial o caixa de “n” períodos, até a liquidação do capital
investido. Para Bruni e Famá (2003), como não se considera o custo de capital, a soma do
saldo do investimento pode ser feito com base nos valores nominais (nas datas futuras).

Como critério de aceitação de novos projetos com base no payback simples, basta ele
ser igual ou menor que o prazo máximo de recuperação do capital investido aceito. Bruni e
Famá (2003) destacam as vantagens e desvantagens do payback simples.

Vantagens:

 Aplicação fácil e simples;


 Fácil interpretação;
 Serve como medida de risco: já que sua estimativa reduz o grau de incerteza,
quanto menor seu valor, menor o risco associado ao projeto;
 Serve como medida de liquidez: já que representa o tempo de recuperação do
capital, assim, quando menor seu valor, maior a liquidez.

Desvantagens:

 Não leva em conta o dinheiro no tempo;


 Não considera todos os capitais do fluxo de caixa, com isso existe a tendência de
excluir projetos mais longos e rentáveis;
 Não é uma medida de rentabilidade, mede apenas o prazo de recuperação do
investimento.

3.1.2.Payback Descontado

O Payback descontado calcula o período de tempo necessário para recuperar os


investimentos, aplicando a taxa mínima de atratividade para descontar o fluxo de caixa gerado
pelo projeto.
De forma similar ao payback simples, como critério de aceitação de novos projetos,
basta ele ser igual ou menor que o prazo máximo aceito de recuperação do capital investido.
Bruni e Famá (2003) levantam as principais vantagens e desvantagens do payback
descontado:

Vntagens:

 Considera o custo do dinheiro no tempo;


 Seu valor pode ser interpretado como o prazo de recuperação do investimento
remunerado de acordo com o custo de oportunidade, valores situados além da
data do payback descontado contribuirão com lucros extras;
 Também pode ser interpretado como um ponto de equilíbrio.

Desvantagens:

 Não considera todos os capitais do fluxo de caixa, com isso existe a tendência
de recusa de projetos mais longos e rentáveis;
 Não é uma medida de rentabilidade, mede apenas o prazo de retorno.

O payback descontado é uma análise um pouco mais elaborada que o payback


original,
pois ele leva em consideração o fator tempo na análise, mas os outros problemas persistem.
Portanto, para uma análise mais completa, se faz necessária a utilização de outros
métodos.
Índice de Lucratividade e Taxa Interna de Retorno
O VPL é a soma de todos os fluxos de caixas futuros em seus valores presentes,
descontados a uma taxa (taxa de desconto).
Os indicadores TIR e IL são complementares ao VPL na análise de investimentos e
ajudam a ter uma visão mais clara do projecto sendo analisado.
Taxa Interna de Retorno (TIR):
É a taxa que relaciona o valor investido com o valor resgatado ao fim do investimento.
Ou seja, a taxa necessária para trazermos o valor final do investimento para o valor presente e
este seja igual ao valor investido.

Exemplo: Considere o seguinte fluxo de caixa de um investimento


Anos Operação Valor
0 Aplicação -10.000,00
1 Resgate 1.500,00
2 Resgate 2.000,00
3 Resgate 3.000,00
4 Resgate 3.500,00
5 Resgate 4.500,00
6 Resgate 5.000,00
7 Resgate 6.000,00
Tabela – Fluxo de caixa
Calculando os VPL(s) para diferentes taxas de juros temos a seguinte tabela:
i% VPL
0 -15.500,00
5 10.235,00
10 6.356,00
15 3.445,00
20 1.220,00
25 -507,00
30 -1.868,00
35 -2.955,00
Podemos ver que na medida em que a taxa de juros aumenta o VPL diminui.
Fazendo o gráfico podemos ver quando a TIR é igual a zero.

Importante: para aplicar o Método da TIR temos que ter um fluxo de caixa
convencional, ou seja, apresenta uma única mudança de sinal e os capitais ocorrem com
periodicidade uniforme.
O fluxo de caixa poderá ter mais de uma aplicação, mas sempre a partir da data zero e
não havendo mais de uma troca de sinal.
O período da TIR é o mesmo período dos capitais do fluxo de caixa.
Analisando o Método da TIR com o método do VPL: Se TMA ˂ TIR, então o VPL do
investimento será maior que zero.
Calculando a TIR
Temos que procurar a taxa que zera o VPL:
𝑡
𝐶𝑖
𝑉𝑃𝐿 = 0 = 𝐶𝑜 + ∑
(1 + 𝑟)𝑖
𝑖=1

Porém o cálculo da TIR não pode ser calculado tão facilmente, pois não conseguimos
isolar i da equação acima e colocar em evidência.
Para isso devemos aplicar o método de aproximações sucessivas ou método numérico
de tentativas e erros. Devemos atribuir um valor para i e calcular o VPL, se VPL for um valor
alto atribuímos um valor maior para i. Fazemos isso até que VPL seja zero.
Vantagens e desvantagens do método da TIR:
Vantagem
a) O método retorna uma taxa de juros. Fácil de ser comunicado e compreendido por
muitos.

Desvantagens
a) Teremos problemas quando o fluxo de caixa não for convencional, ou seja, quando
houver mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa, o que acarretará dois pontos
onde o VPL é igual a zero
b) Investimento com valores diferentes não poderão ser comparados. Para isso
precisamos fazer o projecto mutuamente excludente.

Índice de lucratividade
Trata-se também de um método auxiliar e surge como demanda para ranqueamento de
projectos. Corresponde à divisão do valor presente líquido do fluxo de caixa pelo
investimento inicial. Quanto maior o percentual obtido, maior a eficiência do projecto;
consequentemente, maior sua chance de ser escolhido. Contudo, são decorrentes de fluxos de
caixa distintos e implicam em diferentes graus de risco e de eficiência do investimento.
O índice de lucratividade (IL) é medido pela relação entre o valor actualizado dos
fluxos operacionais líquidos de entrada de caixa e os de saída de caixa (investimento), ou seja:

∑ 𝑉𝑃𝐿
𝐼𝐿 =
𝐶𝑜
Onde:
IL – Índice de Lucratividade
VPL – Valor Presente Liquido
Co – Capital investido ou investimento inicial
Indica para cada unidade (1) aplicada em determinado investimento, quanto a empresa
apurou de retorno, expressos todos os resultados em valores actualizados pela taxa mínima de
atratividade.
Quando o índice de lucratividade for superior a unidade (1), indica um valor presente
líquido maior que zero, revelando ser o projecto economicamente atraente. Em caso contrário,
IL menor que 1, tem-se um indicativo de desinteresse pela alternativa, a qual produz um valor
actualizado de entrada de caixa menor que o de saída (VPL negativo).
Os dois métodos (TIR e IL) são representativamente bastante próximos, sendo
conhecidos também por relação Custo/Benefício.

5.Comparação dos métodos de avaliação dos investimentos

Em uma survey (Investigação quantitativa) realizada em empresas brasileiras, em


1996, foram analisados os seguintes métodos: VPL, TIR, payback (PB) e outras. Dentre os
métodos de avaliação de investimentos, a teoria financeira mostra que o VPL é o mais citado.
As empresas utilizam primordialmente a TIR, seguida pelo payback e pelo VPL. Deve-se
ressaltar que praticamente todas as empresas utilizam mais de um método e o fluxo de caixa
descontado é a condição necessária mais importante nas decisões. Uma conclusão da survey é
a de que existe desconhecimento, por parte das empresas, dos métodos disponíveis (JUNIOR
E.W, 1996,PP.52-59).
Uma survey exploratória foi realizada em grandes empresas no Reino Unido, para
avaliar como, na ausência de um modelo facilmente implementável, as empresas pensam em
opções reais durante a avaliação de investimentos. Levantaram que as opções reais muitas
vezes ocorreram e foram significativas na determinação de como os tomadores de decisão
consideram uma proposta de investimento, mas que houve uma grande variação da atitude dos
gestores na sua utilização e elevada variação na frequência de ocorrência dos diferentes tipos
de opção (BUSBY; PITTS, 1997, p.2).
Uma survey realizada em empresas de manufactura no Reino Unido, em 2001,
analisou o grau das aplicações dos métodos de avaliação de investimento. O estudo revelou
que o VPL é o método mais utilizado em projectos estratégicos e não- estratégicos. O payback
ocupou segundo lugar para investimentos não- estratégicos, com a classificação da taxa
interna de retorno (TIR) em terceiro. Sendo que esta ordem é invertida para projectos
estratégicos, o que sugere que o VPL e a TIR, são favorecidas quando se trata de projectos
estratégicos mais complexos (ALKARAAN; NORTHCOTT, 2006).
Alkaraan e Northcott (2006, pp.2-20) constataram que, apesar da importância dos
investimentos estratégicos, pouca atenção tem sido atribuída à evolução na forma como os
projectos complexos e incertos são avaliados. Ressaltam ainda, que muitas vezes as limitações
dos métodos tradicionais de avaliação financeira para apoiar as decisões de investimentos
estratégicos têm sido ignoradas. As abordagens de avaliação de riscos continuam a ser
relativamente simples, mesmo para projectos estratégicos complexos.
Com relação a opções reais, pouca utilização e compreensão da abordagem foram
percebidas na prática, apesar do apelo acadêmico por sua utilização. Os entrevistados relatam:
“A abordagem de Opções Reais é um exercício acadêmico, em vez de algo que é real para as
empresas.” (Diretor do Grupo Financeira); “A análise de opções reais uca foi realmente
aplicada porque há duas razões. Uma é obter dados confiáveis o suficiente para colocar no
modelo. O segundo é: será que as pessoas realmente entendem o que significa o modelo, ou é
apenas uma abordagem caixa preta para chegar a uma reposta?” (Gerente de
Desenvolvimento Corporativo) (ALKARAAN; NORTHCOTT, 2006).
Segundo Damodaran (2009, pp.258-260), uma das advertências para o uso das opções
reais é que elas não são facilmente avaliadas, pois as informações necessárias são difíceis de
obter e podem conter viesses.
As dificuldades apresentadas reforçam a importância do assunto tratado na próxima,
sobre a escolha e aplicação de métodos de avaliação de investimentos adequados aos
conhecimentos disponíveis.

2.2.3 Considerações finais

Conforme observado ao decorrer do trabalho, a utilização de metodologias de análise de investimento


é uma atividade extremamente dependente de variáveis muito incertas e na maioria das vezes,
imprevisíveis. Com isso, a dificuldade encontrada para se obter uma opção ideal de investimento é
muito grande. Porém, se utilizada de forma correta, a metodologia tratada neste estudo norteia o
investidor para se obter uma opção mais próxima do ideal, dentro da medida do previsível.

A utilização da metodologia e das teorias, em si, é trivial. Entretanto, a obtenção dos parâmetros a
serem utilizados nas mesmas não possui o mesmo caráter, pois tais informações são extraídas de
análises macro econômico e políticas para o período a se investir e isso não é, de longe, tarefa trivial.
A utilização de informações de terceiros é de suma importância para a conclusão final a respeito dos
investimentos a serem realizados, uma vez que quanto maior a gama de informações na qual a
conclusão será embasada melhor confiabilidade ela terá.

Dado ao grau de dificuldade e ao alto nível de incerteza do mercado, os iniciantes da área devem
passar por uma capacitação ou formação das áreas econômicas e administrativas, a fim de se gerir com
mais consciência e consistência sua carteira de investimentos, caso contrário, a probabilidade do
investidor perder dinheiro é grande. Por outro lado, investir somente em poupança significa, na grande
parte das vezes “perder dinheiro”, já que o dinheiro parado na poupança poderia estar rendendo mais,
em outro tipo de investimento. Em outras palavras, o custo de oportunidade da poupança é bem alto.
.

2.3.1 Referências
De acordo com a NBR 6023:2002 as referências são um conjunto padronizado de
elementos de um documento que permitem sua identificação individual (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Cabe ressaltar que apenas devem constar
na lista de referências aqueles documentos que foram efetivamente citados no texto.
Cada tipo de documento possui elementos específicos que o caracterizam, por
exemplo, referência de livros será diferente das referências de artigos científicos. Conforme a
NBR 14724, as referências são alinhadas a esquerda e separadas entre si por um espaço em
branco.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e


documentação - artigo em publicação periódica técnica e/ou científica - apresentação. Rio de
Janeiro, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Informação e


documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação e


documentação - resumos. Rio de Janeiro, 2003a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e


documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira Cavalcanti.


Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008.

FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações tecnico-


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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia


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MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos e resenhas.


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SARACEVIC, Tefko. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em


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<http://www.journals.ufrpe.br/index.php/apca/article/view/93>. Acesso em 04 jul. 2018.

2.3.2 Glossário

De acordo com a NBR 6022:2018 o glossário é uma lista de termos ou expressões


técnicas dispostos em ordem alfabética e utilizadas no texto, cujo objetivo é descrever suas
definições (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

2.3.3 Apêndices

Para a NBR 6022:2018 os apêndices são “texto ou documento elaborado pelo autor, a
fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018, p. 1).
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos, segue abaixo um exemplo.
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
(ou)
Apêndice B – Questionário

2.3.4 Anexos

Para a NBR 6022:2018 os anexos são “texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e/ou ilustração.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2018, p. 1).
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos, conforme exemplo a seguir.

ANEXO A – ORGANOGRAMA DA UFSC


(ou)
Anexo B – Organograma da UFSC

2.3.5 Agradecimentos

É o último elemento pós-textual. Caracteriza-se por ser um texto no qual o autor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do
artigo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

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