Anestesia Local
Bloqueio reversível
da condução nervosa,
determinando perda
de sensações sem
alteração do nível de
consciência.
FERREIRA (1998)
Anestesia Local
• Fibras autossômicas;
• Sensação de dor;
• Sensação térmica;
• Sensação tátil;
• Fibras proprioceptivas;
• Fibras motoras.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Anestésicos Locais
Qualidades de um anestésico local
• Ação reversível;
• Não deve ser irritante para os tecidos;
• Grau reduzido de toxicidade sistêmica;
• Início de ação rápido e duração suficiente;
• Ser incapaz de desencadear reações alérgicas;
• Ser estável em solução e sofrer rápida biotransformação no
organismo;
• Potência e eficácia em baixas concentrações.
TERRA e EUGÊNIO (1989); BENNET (1989)
Anestésicos Locais
Classificação
Quanto à cadeia intermediária
• Tipo éster: procaína, tetracaína, benzocaína,
clorprocaína.
• Tipo amida: lidocaína, prilocaína, mepivacaína,
bupivacaína.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Classificação
Quanto à duração de efeito
• Curta duração: procaína e clorprocaína;
• Duração intermediária: lidocaína, prilocaína e
mepivacaína.
• Longa duração: tetracaína, bupivacaína,
etidocaína.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Composição da solução anestésica
• Agente anestésico local;
• Vasoconstritor;
• Agente redutor;
• Agente preservativo;
• Fungicida;
• Veículo. ROBINSON et al.(2004)
Anestésicos Locais
Composição da solução anestésica
Vasoconstritor
• Aumento da duração anestésica;
• Redução de sangramento;
• Efeitos tóxicos sistêmicos podem ser reduzidos.
ROBINSON et al.(2004)
Anestésicos Locais
Composição da solução anestésica
Agente redutor
• Metabissulfito de sódio;
• Previne a oxidação do vasoconstritor e atua
competindo com a adrenalina pelo oxigênio
dissolvido disponível na solução.
ROBINSON et al.(2004)
Anestésicos Locais
Composição da solução anestésica
Agente preservativo
• Metilparabeno e caprilhidrocuprienotoxina;
• Aumenta a vida útil dos AL (18 meses a 2 anos),
mas podem provocar reações alérgicas;
• Menos utilizados atualmente.
ROBINSON et al.(2004)
Anestésicos Locais
Composição da solução anestésica
Fungicida
• Timol: usado, ocasionalmente, em algumas
soluções.
Veículo
• É uma forma modificada da solução de Ringer
Lactato, ajustada a um pH biocompatível.
ROBINSON et al.(2004)
Anestésicos Locais
Composição molecular
• Grupo lipofílico (anel benzeno);
• Grupo hidrofílico (amina
terciária);
• Cadeia intermediária (éster ou
amida).
Bainha de mielina
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Mecanismo de ação
• Sob a forma não-ionizada, o AL atravessa a
bainha neuronal, chegando no interior do axônio;
• O AL assume sua forma ionizada e liga-se ao
sítio receptor junto ao canal de sódio, inativando o
mecanismo de portão que regula o influxo de
sódio responsável pela despolarização axonal;
• Pode ocorrer bloqueio dos canais de potássio.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Mecanismo de ação
Fibra nervosa mielínica Na+
Interrupção da condução
nervosa 1. Despolarização
ME
Anestésicos Locais
Mecanismo de ação e pH do meio
• Apesar dos AL serem bases fracas, os
preparados farmacêuticos são levemente ácidos;
•Nos tecidos com pH alcalino, há tamponamento
do ácido e liberação da base não-ionizada, passível
de ser absorvida;
• A mudança da forma não-ionizada para a
ionizada também depende do pH do meio.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Mecanismo de ação e pH do meio
• Quando o pH do meio não favorece essa
transformação, a ação anestésica não se processa
(tecidos inflamados);
•Suplementação excessiva de doses no mesmo
local determina menor resposta, pois esgota a
capacidade de tamponamento do meio, não
liberando a base.
FERREIRA (1998)
Anestésicos Locais
Eficiência de um anestésico local
• Concentração: maior rapidez de ação em
maiores concentrações;
• Solubilidade: menor efeito posterior nos tecidos
e mais rápido início da analgesia, se mais solúvel
em material aquoso e lipóide;
• Taxa de ligação de proteína: início e
recuperação mais rápidos;
•pH da solução. ROBERTS e SOWRAY (1995)
Farmacocinética
dos Anestésicos
Locais
Absorção
Contato com o meio interno
Difusão
Microcirculação sangüínea
SÁ LIMA (1996)
Absorção
• Os AL são amplamente absorvidos pela pele e
mucosas;
SÁ LIMA (1996)
Absorção
Fatores que influenciam na absorção dos AL
• Vascularização da região;
• Lipossolubilidade do agente anestésico;
• Velocidade da biotransformação anestésica;
• Concentração da solução empregada;
• Capacidade de fixação da fibra nervosa.
SÁ LIMA (1996)
Distribuição
•Distribuem-se por todos os compartimentos
orgânicos;
SÁ LIMA (1996)
Biotransformação
Grupo éster: metabolizados, em grande parte,
no sangue por estearases e em parte no fígado.
SÁ LIMA (1996)
Excreção
Os AL são eliminados pelos rins após
biotransformados.
SÁ LIMA (1996)
Ações farmacológicas
dos Anestésicos Locais
Sistema Cardiovascular
•Vasodilatadores em doses terapêuticas;
•Diminuem a excitabilidade e força de contração do
coração, diminuindo o débito cardíaco;
• Nos vasos, produzem relaxamento da musculatura
lisa com conseqüente dilatação arteriolar;
• Quando empregados corretamente, os níveis
sangüíneos raramente são suficientes para gerar
manifestações clínicas importantes.
Convulsões generalizadas
Respiração desordenada
SNC superestimulado
SNC deprimido
FERREIRA (1998)
Efeitos
adversos
Efeitos adversos
Efeitos Locais: neurite, necrose, infecção, hiperalgia,
anestesia prolongada, reações alérgicas (dermatite, eczema
agudo, urticária, etc).
Atualidade
Anestésicos locais - Atualidade
ROBINSON et al.(2004)
Referências Bibliográficas
ARANOVICH, S.; PAGNONCELLI, R.M.; SALVI, R.M.; TARASCONI, J.C. Anestésicos
Locais. Material didático – FO PUCRS, 2004.
BENNET, C.R. Anestesia Local e controle da dor na prática dentária. 7.ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1989.
FERREIRA, M.B.C. Anestésicos Locais. In: FUCHS, F.D.; WANNMACHER, L.
Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 2.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998.
ROBINSON, P.D. et al. Anestesia Local em Odontologia. São Paulo: Santos, 2004.
ROBERTS, D.H; SOWRAY, J.H. Anestesia Local em Odontologia. 3.ed. São Paulo:
Santos, 1995.
SÁ LIMA, J.R. Atlas colorido de Anestesia Local em Odontologia: Fundamentos e
técnicas. São Paulo: Santos, 1996.
TERRA, E.S.H.; EUGÊNIO, A.G.B. Princípios da anestesiologia clínica. Campinas:
Editora da UNICAMP, 1989.