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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ENERGIA, RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO


DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA

ANÁLISE DO EVENTO
HIDROMETEOROLÓGICO OCORRIDO
NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ EM
JANEIRO DE 2005

JUNHO/2005
SECRETARIA DE ENERGIA, RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA
Rua Boa Vista, 170 - 11º andar - Centro - Telefone 3293-8200 - CEP 01014-000 - São Paulo – SP

SUPERINTENDENTE DO DAEE

RICARDO DARUIZ BORSARI

ELABORAÇÃO

GRUPO DE ESTUDO – PORTARIA DAEE Nº 174, 02/02/05

Leila de Carvalho Gomes (Coordenadora)


Luiz Roberto Moretti

APOIO

DPO / GTTP

Mario K. Nakashima (Coordenador)


Francisco Gusso
Flavio Y. Nakanishi
Roque W. N. dos Santos

BMT

Marcelo Oliveira Santos Bacchi

CONSULTORES

Prof. Dr. Luís Antonio Villaça de Garcia


Prof. Dr. Kikuo Tamada

Junho / 2005
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. SÍNTESE DOS ESTUDOS REALIZADOS PELA CONSULTORIA


2.1. Análise estatística das chuvas de janeiro de 2005 na bacia do rio
Corumbataí
2.2. Análise estatística das vazões de janeiro de 2005 na bacia do rio
Corumbataí
2.3. Análise da influência do rompimento da barragem do rio Corumbataí
nas inundações de jusante

3. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS D’ÁGUA NO BAIRRO SANTA TEREZINHA

4. PRINCIPAIS RESULTADOS DOS ESTUDOS


4.1. Evento hidrometeorológico do final de janeiro de 2005 – bacia
hidrográfica do Rio Corumbataí
4.2. Informações hidrológicas e hidráulicas sobre as seções e os vertedores
das barragens
4.3. Influência do rompimento da barragem do rio Corumbataí nas seções a
jusante

5. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÕES DO GRUPO DE ESTUDO DO


DAEE
5.1. Precipitações intensas no final de janeiro de 2005
5.2. Barragens da PCH Corumbataí
5.3. Influências e conseqüências, para jusante, do rompimento do maciço
de terra da barragem do rio Corumbataí

6. ANEXOS
Anexo 1 - Fotografias das barragens dos rios Corumbataí e Claro
Anexo 2 - Barragem do rio Corumbataí - vista frontal e corte transversal do
vertedor
Anexo 3 – Planta da Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí
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1. INTRODUÇÃO

As precipitações intensas ocorridas de 28 a 30 de janeiro de 2005 na bacia do rio


Corumbataí resultaram em cheias de magnitude extraordinária, com graves
conseqüências para a região, entre as quais se ressalta:
- O rompimento do maciço de terra da barragem da PCH Corumbataí, situada no rio
de mesmo nome, de propriedade da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de
São Paulo (FPHESP);
- A erosão dos encontros dos taludes dos aterros de uma das pontes sobre o rio
Corumbataí, da rodovia SP-304 que liga Piracicaba a São Pedro;
- As inundações na captação do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba
(SEMAE) e no bairro Santa Terezinha, no Município de Piracicaba, situado próximo
à foz do rio Corumbataí;

Em vista das dimensões e da gravidade dos problemas ocorridos na bacia do rio


Corumbataí, o Senhor Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica
- DAEE, por meio da Portaria nº 174, de 02/02/05, criou um grupo de estudo para
avaliar o evento hidrológico ocorrido no período de 28 a 30 de janeiro de 2005, sob a
coordenação da engenheira Leila de Carvalho Gomes, Diretora de Procedimentos de
Outorga e Fiscalização, com a participação do engenheiro Luiz Roberto Moretti,
Diretor da Bacia do Médio Tietê.

No dia 03/02/05, foi realizada vistoria técnica na PCH Corumbataí para avaliar as
condições da usina após o rompimento do maciço de terra da barragem no rio
Corumbataí. O empreendimento foi outorgado pelo DAEE - quanto ao direito de uso
de recursos hídricos – por meio da Portaria nº 1032, de 30/06/04, a qual estabelece
em seu artigo 2º a necessidade de “adequação hidráulica do vertedor de superfície da
barragem do rio Corumbataí, conforme dimensionamento apresentado nos Autos
9804586, num prazo de 365 dias, a partir da data desta publicação”. A Fundação
Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (FPHESP) foi autorizada pelo Governo
Federal a utilizar o potencial hidráulico local, de acordo com a Resolução ANEEL nº
698 de 24/12/03.

Durante a vistoria de 3 de fevereiro constatou-se o rompimento do maciço de terra


junto à estrutura do vertedor de concreto da barragem do rio Corumbataí, numa
extensão de aproximadamente 25 m e altura de cerca de 7 m. Verificou-se que, dos
dez vãos do vertedor de superfície, seis estavam fechados por comportas planas de
madeira e quatro estavam parcialmente abertos.

Participaram da vistoria as seguintes empresas e entidades:


- DAEE – órgão responsável pela outorga no Estado de São Paulo
- FPHESP – Proprietário da Usina
- UNION Engenharia – empresa projetista responsável pela regularização da obra
junto ao DAEE

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- CSPE – Comissão de Serviços Públicos de Energia, responsável pela fiscalização


de usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo
- Consultores externos: consultoria especializada em hidrologia e hidráulica

Para subsidiar a avaliação do evento hidrológico, o grupo de estudo criado pela


Portaria nº 174, de 02/02/05, contou com o apoio do consultor autônomo Prof. Dr.
Luís Antonio Villaça de Garcia, que elaborou estudos com o seguinte conteúdo:
- Análise de freqüência das chuvas intensas e das vazões máximas
- Período de retorno associado à capacidade hidráulica do vertedor
- Avaliação da influência do rompimento da barragem nas inundações a jusante.

Para as avaliações hidráulicas contou-se com a colaboração do Prof. Dr. Kikuo


Tamada que estimou as vazões de pico ocorridas nas barragens da PCH Corumbataí.

Os estudos hidráulicos para determinação da curva-chave teórica no rio Corumbataí


na seção do bairro de Santa Terezinha foi elaborada pelo engenheiro José Rodolfo S.
Martins, do Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH) do DAEE.

Para elaboração dos estudos hidrológicos e hidráulicos foram fornecidos aos


consultores os seguintes elementos:
- documentos técnicos referentes à outorga da PCH Corumbataí, elaborados pela
UNION Engenharia;
- dados dos postos pluviométricos e fluviométricos da bacia do rio Corumbataí e
circunvizinhanças;
- levantamentos topográficos da PCH Corumbataí, da captação de água do SEMAE,
da ponte da rodovia SP-304 e do bairro Santa Terezinha, elaborados pela empresa
SHIBUYA Serviços Técnicos de Agrimensura Ltda., contratada pela FPHESP.

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2. SÍNTESE DOS ESTUDOS REALIZADOS PELA CONSULTORIA

2.1. – Análise estatística das chuvas de janeiro de 2005 na Bacia do rio Corumbataí

Para avaliação das precipitações intensas de janeiro de 2005, de 43 postos


pluviométricos da região, foram utilizados nos estudos dados de 13 postos, que
dispunham de dados do mês de janeiro de 2005, operados pelo DAEE/CTH e ANA –
Agência Nacional das Águas. A análise de freqüência das precipitações máximas de 1
dia, 2 dias e 7 dias, relativas aos 13 postos fluviométricos citados, permitiu inferir
distribuições probabilísticas que, em síntese, indicam as precipitações máximas
associadas aos períodos de retorno. A Tabela 1 apresenta a síntese dos dados
pluviométricos do período de 25 a 31 de janeiro de 2005, com as precipitações
máximas acumuladas registradas (em mm) e as respectivas estimativas dos períodos
de retorno (em anos).

Tabela 1: Dados pluviométricos de postos da região da bacia do rio Corumbataí utilizados nas
análises

1 dia 2 dias 7 dias


Nome da Código
Código Município
Estação Pluviométrica DAEE-SP P máx TR P máx TR P máx TR
ANA
2247206 Faz. Santa Bárbara D4-106 São Carlos 103,7 7,2 103,7 1,6 194,3 2,4
2247094 Piracicaba (SEMAE) D4-104R Piracicaba 31,1 1,0 37,6 1,0 54,9 1,0
2247184 Itaqueri da Serra Itirapina 68,2 1,5 103,8 1,9 176,2 2,2
2247021 Ipeúna D4-074 Ipeúna 52,6 1,0 68,8 1,0 169,2 1,8
2247027 Limeira D4-064 Limeira 36,0 1,0 43,0 1,0 88,6 1,0
2247018 Faz. São José D4-016 Rio Claro 68,0 1,4 103,0 2,2 169,0 2,1
2247022 Santa Gertrudes D4-059 Santa Gertrudes 72,4 2,0 72,4 1,2 148,1 1,6
2247010 Corumbataí D4-043 Corumbataí 116,3 14 145,7 12 235,1 6,0
2247006 Visconde de Rio Claro D4-037R Itirapina 65,0 1,4 109,3 3,1 219,9 5,0
2247015 Graúna D4-036R Itirapina 127,1 42 157,6 17 214,2 4,1
2247004 Analândia D4-035 Analândia 47,5 1,1 51,2 1,0 88,6 1,0
2247011 Faz. Santana (Faz.S.Bento) D4-029 Araras 51,2 1,1 79,5 1,2 122,6 1,1
2247020 Rio Claro D4-012 Rio Claro 134,0 618 154,1 29 228,9 8,3
P max = precipitação máxima, em mm TR = período de retorno, em anos

Conclui-se que, das precipitações estudadas, só pode ser considerado excepcional o


acumulado de 1 dia, de 134,0 mm, referente ao posto pluviométrico de Rio Claro,
uma vez que esse valor corresponde a um período de retorno de 618 anos. Nos
demais postos da bacia do rio Corumbataí as precipitações máximas estão
associadas a períodos de retorno entre 1 e 42 anos, que não podem ser considerados
excepcionais.

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2.2. – Análise estatística das vazões de janeiro de 2005 na bacia do rio Corumbataí

As características fisiográficas da bacia do rio Corumbataí e a localização dos postos


fluviométricos estão representadas no desenho “Bacia Hidrográfica do rio
Corumbataí”, anexo.
A Tabela 2 apresenta valores de área de drenagem e dados de extensão e cota do
talvegue para diversas seções de interesse.

Tabela 2: Características fisiográficas da bacia do rio Corumbataí – seções de interesse

Distânci Cota do Área de


a da Talvegue Drenage
Seção de Interesse
Nascent (m) * m (km2)
e (km)
Nascente 0,0 785,0 0,0
4D-023, 62706000, Posto Analândia (flu) 13,2 630,0 93,6
4D-018, 62708000, Posto Batovi (flu) 54,7 530,0 452,8
PCH, 62708300, 62708400: rio Corumbataí 71,4 520,0 523,9
Barragem do Ribeirão Claro (PCH) x x 281,4
Imediatamente a jusante da usina, na confluência com o 71,5 510,0 805,3
rib. Claro
Imediatamente a montante da confluência com o Passa 85,9 490,0 888,7
Cinco
Imediatamente a jusante da confluência com o Passa 86,0 489,0 1.415,1
Cinco
4D-021, 62709000, Posto Recreio (flu) 98,6 182,0 1.576,6
Foz do rio Corumbataí 123,3 455,0 1.703,4
* cotas obtidas com base nas cartas do IBGE na escala 1:50.000

A pesquisa realizada na região identificou 6 (seis) postos fluviométricos na bacia do


rio Corumbataí, 1 (um) posto na bacia do rio Claro e 3 (três) na bacia do rio
Piracicaba - no trecho próximo à foz do rio Corumbataí -, todos com mais de 15 anos
de observações (ver desenho “Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí”).

Dos 10 locais pesquisados somente os postos fluviométricos Batovi - 4D-018 e


Recreio - 4D-021, situados no rio Corumbataí, foram utilizados para análise
estatística do evento hidrometeorológico em estudo. Os demais não foram utilizados
por possuírem séries de dados curtas, por estarem desativados, por não serem
operados por DAEE ou ANA ou por situarem-se fora da bacia do rio Corumbataí.

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Tabela 3: Relação dos 10 postos fluviométricos analisados

Período
Código Início
Código Curso AD Fim da de
ANA Nome d’água
do Operador Latitude Longitude
(km2)
de
Oper. Observ.
Operador Oper.
(anos)
62708000 Analândia 4D-023R Corumbataí 4D-023R DAEE-SP -22,127 -47,667 59 07/1989 16
62708300 Faz. Bandeirantes-FBN Corumbataí CESP -22,483 -47,600 530 11/1978 26
62708400 Corumbataí-Barragem- Corumbataí CESP -22,483 -47,600 790 11/1978 26
COS
62710000 Bairro Sta.Terezinha Corumbataí 4D-003 DAEE-SP -22,667 -47,667 1.705 03/1943 08/72 29
4D-003
62709000 Recreio - 4D-021 Corumbataí 4D-021 DAEE-SP -22,581 -47,684 1.581 10/1972 32
62708000 Batovi - 4D-018 Corumbataí 4D-018 DAEE-SP -22,393 -47,602 489 08/1970 34
62708500 Faz. Santana-FAZ Claro CESP -22,483 -47,583 257 11/1978 26
62705000 Piracicaba (FB)-PIR (R) Piracicaba PC-001F CESP -22,717 -47,667 8.500 03/1964 41
62707000 Piracicaba Piracicaba ANA -22,717 -47,650 8.851 08/1931 01/80 48
62715000 Artemis 4D-007 Piracicaba 4D-007 DAEE-SP -22,679 -47,775 11.040 05/1943 62

A Tabela 4 contém uma síntese dos dados fluviométricos do evento de 25 a 31 de


janeiro de 2005.

Tabela 4: Dados fluviométricos referentes ao período 25 a 31/01/05

Código da Área de Data da Cota Vazão


Código Nome Curso d’Água Observador
Operadora Drenagem Ocorrência Máxima
(m) (m3/s)
ANA
(km2)

30 ou
62708000 Batovi - 4D-018 4D-018 Corumbataí 453 DAEE-CTH 8,70 172
31/01/05

30 ou
62708000 Batovi - 4D-018 4D-018 Corumbataí 453 INSPEÇÃO 8,21 159
31/jan/05

30 ou 8,5 a 530 a
62709000 Recreio - 4D-021 4D-021 Corumbataí 1.577 DAEE-CTH
31/01/05 9,0 580

30 ou
62709000 Recreio - 4D-021 4D-021 Corumbataí 1.577 INSPEÇÃO 8,98 577
31/01/05

Os estudos hidráulicos realizados pelo Prof. Dr. Tamada para avaliação das vazões
máximas ocorridas no rio Corumbataí e no ribeirão Claro, nas duas barragens que
constituem a PCH Corumbataí, bem como a verificação da capacidade hidráulica dos
vertedores, encontram-se no relatório “Cálculo da capacidade de vazão dos
descarregadores dos barramentos da PCH Corumbataí e Ribeirão Claro”, do qual um
resumo é apresentado a seguir:

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a) Estimativa da vazão máxima na barragem do rio Corumbataí, para o evento de


jan/2005, considerando o nível d’água de enchente na cota 500,61 m (condição
antes do rompimento da barragem) para a situação com as 4 comportas
parcialmente abertas, resultando no valor de 234 m3/s, conforme condição da
Figura a

Figura a

4 comportas parcialmente abertas 6 comportas fechadas cota 499,81 cota 499,95


(l1 = 13,92 m) (l2 = 31,18 m) (l3 = 25,00 m) (l4 = 35,00 m)

3,48 0,97 3,48 NA (jan/05)


500,61 m
(M.E) 500,63 m cota inferior do trilho
0,14 m

pilar 499,11 m trilho


comporta
2,60

1 2 3 4 comporta cota da soleira


496,53 m
1,50

5 6 7 8 9 10

VERTEDOR
3,48 3,48
0,97
45,10 m

495,43
1,85

1,85
DESCARREGADOR
DE FUNDO

b) Capacidade hidráulica máxima do vertedor da barragem do rio Corumbataí

b1) Para a situação da Figura 1b, considerando todos os 10 (dez) vãos


totalmente livres e o nível d’água máximo na cota 499,00 m, estimou-se a
vazão de 251 m3/s.

Figura 1b

NAMÁX.MAX
499,00 m

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b2) Para a situação da Figura 2b, considerando os 4 (quatro) vãos com abertura
de 1,5 m e o nível d’água máximo na cota 499,00 m, estimou-se a vazão de
80 m3/s.

Figura 2b

4 comportas parcialmente abertas 6 comportas fechadas

3,48 0,97 3,48

(M.E) 500,63 m NAMÁX.MAX

0,14 m
499,00 m cota inferior do trilho
pilar 499,11 m trilho
comporta
2,60

1 2 3 4 comporta cota da soleira


496,53 m
1,50

5 6 7 8 9 10

VERTEDOR
3,48 3,48
0,97
43,53 m

c) Capacidade hidráulica máxima do vertedor da barragem do ribeirão Claro.

c1) Para a situação da Figura 1c, considerando o nível d’água de enchente do


evento de janeiro de 2005, na cota 501,09 m, e obstrução parcial do
descarregador de fundo em 50%, estimou-se a vazão de 133 m3/s.

Figura 1c
Crista da barragem
NA máx.max. 501,50 m
501,09 m
Soleira do vertedor
499,20 m

23,64 m

495,85
1,85

0,90 0,90 descarregador


de fundo

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c2) Para a situação da Figura 2c, considerando o nível d’água máximo na cota
501,50 m, estimou-se a vazão de 165 m3/s.

Figura 2c
Crista da barragem
NA máx.max. 501,50 m
501,50 m
Soleira do vertedor
499,20 m

23,64 m

As análises de freqüência de vazões máximas do rio Corumbataí nos postos


fluviométricos Batovi (4D-018) e Recreio (4D-021), localizados respectivamente a
montante e a jusante da PCH Corumbataí, permitiram determinar os respectivos
períodos de retorno a elas associados.

A partir dessas análises, utilizando-se a distribuição probabilística normalizada do rio


Corumbataí no trecho definido pelos postos de Batovi e Recreio, determinou-se essa
distribuição para as seções da PCH. Assim, foi possível estimar valores de vazões
máximas instantâneas do rio Corumbataí e do ribeirão Claro nas seções das
barragens da PCH, em função dos períodos de retorno, conforme dados da Tabela 5.

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Tabela 5: Vazões máximas anuais dos rios Corumbataí e Claro nas seções das barragens da
PCH Corumbataí

Vazão Máxima Vazão Máxima


Período
Instantânea na Instantânea na
de Retorno barragem do barragem do
rio Corumbataí ribeirão Claro
(anos)
(m3/s) (m3/s)

1.000 261 140


200 215 116
100 195 105
50 176 94
20 149 80
10 130 70
5 109 59
3,3 97 52
2,0 81 43
1,43 67 36
1,25 60 32

Com base nas distribuições probabilísticas das vazões máximas instantâneas


referentes aos postos de Batovi e Recreio e às seções das barragens dos rios
Corumbataí e Claro na PCH, foram determinados os períodos de retorno associados
às vazões máximas observadas e às capacidades hidráulicas dos vertedores das
barragens, conforme mostra a Tabela 6.

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Tabela 6: Períodos de retorno associados às vazões máximas observadas e às capacidades


hidráulicas dos vertedores das barragens da PCH Corumbataí

Período de
Parâmetro Hidrológico ou Hidráulico Condição Hidrológica ou Hidráulica Vazão Retorno
(m3/s) (anos)

Estimativa inferior
159 59
Vazão máxima ocorrida no rio Corumbataí no com base na marca da enchente *
posto fluviométrico Batovi (4D-018) Estimativa superior
172 102
com base na marca da enchente *
Vazão máxima ocorrida Estimativa resultante dos estudos
234 414
na barragem do rio Corumbataí hidráulicos

A vazão máxima ocorrida Estimativa resultante dos estudos


133 648
na barragem do ribeirão Claro hidráulicos

Estimativa inferior
530 56
A vazão máxima ocorrida no rio Corumbataí com base na marca da enchente *
no posto fluviométrico Recreio (4D-021) Estimativa superior
580 101
com base na marca da enchente *
Capacidade hidráulica do vertedor da Abertura de 1,5 m
barragem do rio Corumbataí na situação com 80 2
apenas 4 vãos parcialmente abertos NA máx max = 499,0 m

Capacidade hidráulica máxima do vertedor da


barragem do rio Corumbataí na situação com NA max max = 499,00 m 251 767
todos os vãos abertos
Capacidade hidráulica máxima do vertedor da
barragem do ribeirão Claro (Creager – soleira NA máx max = 501,50 m 165 5.559
livre)

* marcas deixadas pela enchente, identificadas no local

2.3. Análise da influência do rompimento da barragem do rio Corumbataí nas


inundações de jusante

Análise do rompimento da barragem.


A celeridade da frente de onda positiva formada pelo rompimento da barragem do rio
Corumbataí, segundo cálculos realizados, foi estimada entre 5,5 e 8,0 m/s. Esse
valor representa o incremento de velocidade, logo a jusante da barragem, em relação
ao escoamento antes do rompimento.

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O rompimento da barragem gerou um escoamento com alto poder erosivo, devido às


velocidades de escoamento de grande magnitude, e provocou, também, o incremento
da vazão de pico. Esse incremento de vazão foi estimado em 165 m3/s, valor
acrescido ao hidrograma de cheia do rio Corumbataí na seção a jusante da
barragem *.

* Como a vazão máxima ocorrida na barragem foi estimada em 234 m3/s


(Tabela 6), com o incremento de 165 m3/s, o pico de cheia logo a jusante da
barragem do rio Corumbataí teria atingido 399 m3/s após o rompimento total do
maciço de terra.

Comparando-se os hidrogramas do rio Corumbataí no posto fluviométrico Recreio


(4D-021), em janeiro de 2005 e nas duas maiores cheias observadas na bacia,
verifica-se que o de janeiro de 2005 distingue-se dos demais pela característica de
formação de vazão de pico (Figura 1).

Para verificação do efeito do acréscimo de vazão na seção do posto de Recreio,


considerou-se um abatimento de 22% do incremento, de 165 m3/s, nos 28 km de
talvegue entre a PCH e o posto. Como resultado, o incremento em Recreio foi
estimado em 130 m3/s, aproximadamente. Portanto, do pico de 580 m3/s do
hidrograma de janeiro de 2005 (Figura 1), descontando-se o incremento de 130 m3/s
gerado pelo rompimento, resulta um valor de vazão máxima de 450 m3/s.

Influência nas inundações

O rompimento da barragem de terra da PCH Corumbataí gerou, a jusante,


escoamentos com altas velocidades e forças hidrodinâmicas de alta magnitude,
resultando, por exemplo, no arraste do enrocamento nos encontros da ponte da SP-
304. Da mesma forma, devido ao acréscimo de vazão, houve um incremento da linha
d’água de enchente, estimado como inferior a 1 (um) metro para a seção do posto
fluviométrico de Recreio.

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Figura 1: Comparação de hidrogramas do Rio Corumbataí no posto fluviométrico de Recreio

3. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS D’ÁGUA NO BAIRRO SANTA TEREZINHA

Com base nos levantamentos topobatimétricos do rio Corumbataí na seção do Bairro


Santa Terezinha, o CTH (Centro Tecnológico de Hidráulica do DAEE) procedeu a
verificações hidráulicas, determinando curvas-chaves teóricas, parametrizadas em
função da rugosidade do canal, e analisando duas situações para o nível do rio
Piracicaba na ocasião.
Foi considerado um incremento de vazão no local de 130 m3/s, provocado pelo
rompimento da barragem da PCH.
Para o nível no Piracicaba mais baixo e para o maior valor de rugosidade do canal,
condição que resultou no maior acréscimo de altura de linha d’água, a influência do
rompimento foi estimada em 25 centímetros de sobrelevação.
Observa-se que para as análises dos níveis de cheia do Bairro Santa Terezinha foram
utilizados os valores de vazão do posto de Recreio, situado 20 km rio acima,
conforme dados referidos no item 2.3: vazão de pico de 580 m3/s, em 30/01/05 e
incremento de vazão provocado pelo rompimento da barragem estimado em
130 m3/s, resultando numa vazão de pico corrigida de 450 m3/s. Dessa forma, o
nível da linha d’água relativo à vazão de 580 m3/s resultou, na pior condição
analisada, 25 centímetros mais alto do que o nível relativo aos 450 m3/s.

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4. PRINCIPAIS RESULTADOS DOS ESTUDOS

4.1. Evento hidrometeorológico do final de janeiro de 2005 – bacia hidrográfica do


Rio Corumbataí
a) Precipitação:
- Ocorreu evento extremo, identificado no registro do posto pluviométrico de Rio
Claro (D4-012), com o valor de 134 mm acumulados em 24 horas (28 a 29/01),
ao qual corresponde um período de retorno de 618 anos;
- O fenômeno foi concentrado no sentido sudeste - noroeste (Rio Claro – São
Carlos) da bacia do rio Corumbataí;

b) Vazões máximas descarregadas pelas estruturas hidráulicas das barragens da PCH


Corumbataí em 29/01/05:
- Ocorreu evento extremo na barragem do ribeirão Claro, com vazão máxima de
133 m3/s, à qual corresponde um período de retorno de 648 anos;
- Ocorreu evento extremo na barragem do rio Corumbataí, com vazão máxima de
234 m3/s, à qual corresponde um período de retorno de 414 anos;

4.2. Informações hidrológicas e hidráulicas sobre as seções e os vertedores das


barragens
Vazões de projeto para período de retorno de 1.000 anos (Tabela 5)
- Seção da barragem do ribeirão Claro (281,4 km2): 140 m3/s
- Seção da barragem do rio Corumbataí (523,9 km2): 261 m3/s

Capacidade máxima de descarga dos vertedores de superfície das barragens da PCH


Corumbataí, e períodos de retorno a elas associados (Tabela 6)
- Barragem do ribeirão Claro (NA = 501,50 m): 165 m3/s* ⇔ 5.559 anos
- Barragem do rio Corumbataí (NA = 499,00 m): 251 m3/s* ⇔ 767 anos
- Barragem do rio Corumbataí (NA = 499,00 m) – vazão pelas 4 comportas com
aberturas inferiores de 1,5 m de altura: 80 m3/s* ⇔ 2 anos

* Não considerando as vazões pelos descarregadores de fundo

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4.3. Influência do rompimento da barragem do rio Corumbataí nas seções a jusante

- Ocorreu incremento de velocidade, estimado entre 5,5 e 8,0 m/s, provocado pela
frente de onda resultante do rompimento, gerando escoamento com alto poder
erosivo
- Ocorreu incremento da vazão de pico do hidrograma de cheia, estimado em 165
m3/s no local da barragem e em 130 m3/s no posto de Recreio;
- A influência desse incremento de vazão na linha d’água, na seção do posto de
Recreio, foi estimada em um acréscimo de até 1 metro;
- A influência do incremento de vazão na linha d’água de enchente, na seção do
Bairro Santa Terezinha, foi estimada em um acréscimo de até 25 centímetros;

5. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÕES DO GRUPO DE ESTUDO DO DAEE

5.1. Precipitações intensas do final de janeiro de 2005

As chuvas que caíram na região da cidade de Rio Claro entre os dias 28 e 29 de


janeiro de 2005 foram excepcionais, como mostra o registro de 134 mm em 24
horas do posto pluviométrico de Rio Claro, operado pelo DAEE.
A raridade desse evento é comprovada pela verificação de seu período de retorno,
superior a 600 anos.
As conseqüências desse fenômeno natural foram enchentes de forte poder
destrutivo, fato demonstrado e confirmado não só pelos estudos realizados mas,
pelos danos causados pelas torrentes do rio Corumbataí. Vistorias realizadas pelo
DAEE nos dias que se seguiram à passagem do pico da cheia registraram, por
exemplo, que houve galgamento da travessia da rodovia Washington Luiz e que três
pontes de estradas vicinais sobre o rio Corumbataí tiveram seus tabuleiros de
madeira arrancados e destruídos pelas cheias. Essas quatro travessias situam-se
próximas à cidade de Rio Claro e a montante da PCH Corumbataí.

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5.2. Barragens da PCH Corumbataí

A documentação técnica apresentada ao DAEE pela FPHESP, elaborada pela empresa


Union Engenharia, com o objetivo de obter a outorga de direito de uso e interferência
nos recursos hídricos superficiais, constantes dos autos DAEE nº 9804586,
apresenta as seguintes informações sobre as barragens da PCH Corumbataí:
ƒ Vazão de projeto, para período de retorno de 1.000 anos (conforme exigência
do DAEE):
- na seção da barragem do rio Corumbataí: 277 m3/s
[valor que corresponde à descarga total, simultânea, pelos 10 vãos do
vertedor de superfície (sem comportas) e pelo descarregador de fundo, para
um NA a montante igual a 498,90 m].

- na seção da barragem do ribeirão Claro: 150 m3/s


[valor que corresponde à descarga total, simultânea, pela soleira livre do perfil
Creager e pelo descarregador de fundo, para um NA a montante igual a
501,09 m].

Tabela 7: Vazões máximas (m3/s) nas seções das barragens da PCH Corumbataí
Barragens
Definição do Parâmetro Rio
Rib. Claro
Corumbataí
Vazão de projeto (outorgada), para TR = 1000 anos,
dos estudos da Union Engenharia [a]
277 150
Corumbataí: NA = 498,90 m
Ribeirão Claro: NA = 501,09 m

Capacidades máximas de descarga só dos vertedores,


determinadas pela consultoria [b] 251 165
Corumbataí: NA = 499,00 m (TR ≅ 750 anos) (TR ≅ 5000 anos)
Ribeirão Claro: NA = 501,50 m

Vazões máximas, correspondentes a TR = 1000 anos 261 140

234 133
Vazões de cheia ocorridas no dia 29/01/05
(TR ≅ 400 anos) (TR ≅ 650 anos)

[a] vertedor mais descarregador de fundo; [b] sem descargas de fundo

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Observa-se, na Tabela 7, que a vazão máxima estimada em 234 m3/s, ocorrida em


29 de janeiro na barragem do rio Corumbataí, que provocou o galgamento e posterior
rompimento do maciço de terra, poderia ter sido descarregada por suas estruturas
hidráulicas, já que sua capacidade máxima de descarga naquela situação, mesmo
considerando-se obstruído o descarregador de fundo, foi estimada em 251 m3/s.

Devido à operação das comportas no período de cheias, com o fechamento completo


de 6 vãos do vertedor e abertura parcial (de 1,5 m) dos outros 4 vãos, as vazões
afluentes da cheia de 29 de janeiro não encontraram capacidade de descarga
suficiente para sua veiculação, galgando a barragem e provocando seu rompimento.

Segundo os estudos hidráulicos da consultoria, a vazão máxima que foi descarregada


pelas aberturas das 4 comportas junto à ombreira esquerda, que funcionaram como
adufas, foi de 103 m3/s, para o NA máximo atingido durante o galgamento. A
estimativa da capacidade máxima dessas 4 aberturas (item 2.2), sem galgamento
(NA = 499,00 m) é de apenas 80 m3/s. A esse valor corresponde um TR de 2 anos,
o que demonstra a insegurança inerente a tal operação de comportas durante
períodos de cheia.

Com relação ao barramento do Ribeirão Claro, a vazão da cheia de 29 de janeiro,


estimada em 133 m3/s (TR ≅ 650 anos), foi descarregada pela soleira livre (perfil
Creager), sem danos para a estrutura, tendo sobrado uma borda livre de 0,40 cm,
aproximadamente.

5.3. Influências e conseqüências, para jusante, do rompimento do maciço de terra da


barragem do rio Corumbataí

Os estudos elaborados concluem que o rompimento da barragem do rio Corumbataí


teve duas conseqüências básicas:
- formação de frente de onda, com velocidade adicional de 5,5 a 8 m/s
- incremento na vazão de pico:165 m3/s na barragem e 130 m3/s no Posto de
Recreio
Concluem, também, que os acidentes relacionados às altas velocidades de
escoamento, como o arrasto do enrocamento dos encontros da ponte da SP-304
foram influenciados pelo rompimento da barragem de terra.

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Com relação às inundações das várzeas do rio Corumbataí em seu trecho de jusante,
no Bairro Santa Terezinha ocorreu uma sobrelevação da linha d’água da enchente
estimada em até 25 centímetros, resultante do incremento de vazão provocado pelo
rompimento da barragem. Como o levantamento topográfico realizado no Bairro
Santa Terezinha indica que na Rua Pedro Proétt a enchente atingiu 1,5 m acima do
nível do terreno, temos que o maior valor estimado para a sobrelevação - 0,25 m –
representou no local um acréscimo de, no máximo, 20% na linha d’água de
enchente, a qual, sem o rompimento da barragem, teria então atingido 1,25 m.

Com a finalidade de estabilizar, proteger e dar segurança às estruturas


remanescentes – maciço e vertedor - recomenda-se que a FPHESP, proprietária da
usina, encaminhe ao DAEE, com urgência, propostas para implantação de
intervenções emergenciais na barragem do rio Corumbataí.

São Paulo, 30 de junho de 2005

LUIZ ROBERTO MORETTI


Diretor da Bacia do Médio Tietê
Eng. VI, pr. 7.705

LEILA DE CARVALHO GOMES


Diretora de Procedimentos de Outorga e Fiscalização
Eng. VI, pr. 9047

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6. ANEXOS
FOTO 1 - Vista da passagem das cheias sobre a comporta do canal de adução, em 29/01/05.

FOTO 2 - Vista de jusante da soleira de concreto na ocorrência do galgamento da barragem, em 29/01/05.

Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
FOTO 3 - Vista da margem esquerda para direita da soleira de concreto na ocorrência do galgamento
da barragem, em 29/01/05.

FOTO 4 - Vista de montante para jusante da soleira de concreto na ocorrência do galgamento da


barragem, em 29/01/05.
Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
FOTO 5 - Vista da margem direita para esquerda da soleira de concreto na ocorrência do galgamento
da barragem, em 29/01/05.

FOTO 6 - Vista de montante para jusante da soleira de concreto, após o rompimento da barragem, em 30/01/05.

Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
FOTO 7 - Vista de montante da barragem, após o rompimento, em 31/01/05.

FOTO 8 - Vista de jusante da barragem, após o rompimento, em 31/01/05.

Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
FOTO 9 - Vista de jusante da soleira de concreto, observa-se os 4 vãos parcialmente abertos,
após o rompimento da barragem de terra, em 31/01/05.

FOTO 10 - Vista aérea da barragem no rio Corumbataí, após o rompimento.

Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
FOTO 11 - Detalhe da erosão do maciço de terra da barragem na margem direita, em 03/02/05.

FOTO 12 - Vista da margem direita para esquerda da soleira de concreto, após o rompimento, em 03/02/05
Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no rio Corumbataí

Fonte: DAEE

ANEXO 1
FOTO 13 - Vista de jusante do vertedor da barragem no ribeirão claro, na enchente do dia 30/01/05.

Título
PCH CORUMBATAÍ
Barragem no ribeirão Claro

Fonte: UNION ENGENHARIA

ANEXO 1
VISTA FRONTAL
s/esc.
3,48 0,97 3,48

NA maciço de terra

0,14 m
(M.E) cota inferior do trilho 499,81 m
pilar 499,11 m trilho (M.D)

cota da soleira
496,53 m

VERTEDOR

43,53 m

CORTE TRANSVERSAL
s/esc. TRILHOS
1,15 0,80
EL.499,11

MÍSULA
1,45
2,70

1,00

EL.496,53

EL.496,00
TERRENO NATURAL

EL.495,05
EL.494,75

TERRENO NATURAL
Título
PEDRA ARGAMASSADA EL.493,31
PCH CORUMBATAÍ
EL.492,31
Vertedor de Superfície
- Vista Frontal
- Corte Transversal
Referência
Projeto básico da PCH Corumbataí
Elaborado pela UNION
engenharia ltda - set/02

ANEXO 2

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