DO PONTÍFICE ROMANO
Disciplina: Liderança
Sumário
Introdução 3
1 O Papa Francisco 4
2.1 Resumo Biográfico 4
2.2 A Eleição Papal 4
2 Enquadramento Teórico 4
1.1 Conceptuação de Liderança 5
1.2 Novas Abordagens de Liderança 5
3. A Nova Liderança do Papa Francisco 6
3.1 Uma Liderança Carismática? 6
3.2 Uma Liderança Transformacional? 7
3.3 Uma Liderança Autêntica? 8
Conclusão 9
Bibliografia 10
2
Introdução
3
1. O Papa Francisco
2. Enquadramento Teórico
6
cardeal eleitor se lê, a respeito de Jorge Maria Bergoglio: “Eu o vejo enquanto vai depor o seu voto na
urna, sobre o altar da Sistina: tem o olhar fixo na imagem de Jesus que julga as almas no final dos
tempos. O rosto sofrido, como se implorasse: Deus, não me faça isso” (Gaeta, 2013).
Teria um caráter autoconfiante um papa que compartilha de decisões com os seus subordinados?
Em entrevista a revista Civiltà Cattolica em 2013 disse: “Como arcebispo de Buenos Aires, convocava
uma reunião com os seis bispos auxiliares a cada 15 dias e várias vezes ao ano com o Conselho de
Presbíteros. Formulavam-se perguntas e abria-se espaço para a discussão. Isto ajudou-me muito a optar
pelas melhores decisões. Acredito que a consulta é muito importante.”
E seria um papa dominante, aquele que aceita diferentes pontos de vista conforme pronunciou
em 2014 “Amemos os que nos são hostis, abençoemos os que dizem mal de nós, saudemos com um
sorriso os que provavelmente não o merecem, não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a
doçura à tirania, esqueçamos as humilhações sofridas”?
Algumas características individuais do papa Francisco colidem com as observadas de modo
geral nos líderes carismáticos, e por mais que o mesmo possua um “carisma” elevado, considero
inadequado, pelas razões descritas, classificá-lo radicalmente nesse estilo de liderança.
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aquecer-se, preparando o próprio jantar. E, em lugar do carro oficial com motorista, os ônibus de
transporte público e o metrô, onde qualquer um podia dirigir-lhe a palavra.
Em entrevista a Revista Jesuíta La Civiltà Cattolica, ao ser perguntado “Quem é Jorge Mario
Bergoglio?” o papa afirmou: “Não sei qual possa ser a definição mais correcta… Eu sou um pecador.
Esta é a melhor definição. E não é um modo de dizer, um género literário. Sou um pecador” e
prosseguiu “Sim, posso talvez dizer que sou um pouco astuto, sei mover-me, mas é verdade que sou
também um pouco ingénuo. Sim, mas a síntese melhor, aquela que me vem mais de dentro e que sinto
mais verdadeira, é exactamente esta: Sou um pecador para quem o Senhor olhou”.
As palavras do Papa Francisco nessa entrevista indicam mais uma das características
averiguadas nos líderes autênticos que é o de assumir sua humanidade. Ao se autodenominar “pecador”
e “meio astuto” Francisco assumiu que pode cometer erros, que é um ser humano normal como outro
qualquer e que possui também um lado negativo, ele de fato reconhece as suas fraquezas e fragilidades.
Outra característica da liderança autêntica é a transparência. Ao propor reformar a cúria romana,
o papa Francisco, por exemplo, criou um novo departamento que chamou de Secretariado para a
Economia, com o objetivo de tornar transparentes as finanças da Igreja que foi envolvida em
escândalos de corrupção nos últimos anos, sobretudo no Banco do Vaticano.
Conclusão
Bibliografia
House, R. J. (1977). “A 1976 theory of charismatic leadership”, in J. G. Hunt & L. L. Larson (editors.),
Leadership: The cutting edge. Carbondale: Southern Illinois University Press.
Klein, K. e House, R. (1995), “On fire charismatic leadership and levels of analysis” In Leadership
Quarterly, 6: pp. 361-377.
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Outhwaite, W e Bottomore, T. (1996); Dicionário do pensamento social do século XX, Rio de Janeiro:
Zahar.
Pedro, P. P. (2015), “Papa Francisco: o poder carismático de um líder global”, Unitas Revista de
Teologia e Ciências das Religiões, Vol. 3, Nº 1, pp. 108-127.
Sparrowe, R. T. (2005), “Authentic leadership and the narrative self”, The leadership quarterly, Vol.
16, Nº 3, pp. 419-439.
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