TRIFÁSICO DE 6 PULSOS
ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I
Resumo: Neste relatório, relata-se os ex- versas que o seu concorrente trifásico de ponto
perimentos realizados em laboratórios com médio.
retificador trifásico em ponte recebendo
dois tipos de carga, RL e RC, com cinco
Circuito retificador trifásico
combinações diferentes para resistores, in-
dutores e capacitores. A Figura 1 apresenta o circuito estudado.
Tal retificador é também chamado de ponte de
Graetz e é composto por 6 diodos, alimentando
Introdução em geral cargas RLC.
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ção dos circuitos, foi utilizada uma fonte trifá-
sica de 30V de pico e 60Hz, o que pela equa-
ção (3), deve fornecer uma saída com tensão
média de 49,64V. À seguir lista-se as configu-
rações adotadas para os circuitos.
A equação (1) fornece a representação ma- A Figura 4 apresenta o mesmo ensaio, po-
temática da tensão na carga em um intervalo rém foi variada a resistência da carga para
de 60◦ , a equação (2) fornece o cálculo da ten-1200Ω, a indutância permaneceu em 0,8H.
são média na carga que por sua vez resulta na Como se pode observar, houve uma pequena
equação (3), em que Vo representa a tensão efi- mudança na tensão de pico, passando para
caz da entrada. 48,8V, um pouco mais próximo do valor ideal
de 49,64V mencionado anteriormente. Tal dis-
crepância não deveria ocorrer na teoria, isto é,
Metodologia variando-se a resistência da carga, a tensão de
saída deveria permanecer constante. Esta afir-
O experimento foi divido em cinco partes, mação porém seria válida para casos de fontes
cada uma com combinações distintas de capa- de alimentação ideal. Todavia, na prática as
citores, indutores e resistores. Para alimenta- fontes costumam fornecer variações de tensão
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com uma carga resistiva para filtrar ripples de
tensão. No primeiro teste, foi utilizado um re-
sistor no valor de 100Ω e três capacitores em
paralelo cada um com valor de 100µF. A Fi-
gura 5 apresenta a forma de onda da tensão
de saída. Como se pode ver, não é possível
observar oscilações para a escala de medição
utilizada. A tensão máxima registrada foi de
52,4V e a RMS foi de 51,8V.
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Na última etapa realizada, a resistência da A Figura 9 mostra as correntes de saída
carga foi mantida, porém a capacitância foi tri- (verde) e no diodo 1 (em vermelho). Como é
plicada, adicionando-se mais dois capacitores possível observar, o ripple da corrente foi pra-
de 100µF cada. O resultado pode ser visto na ticamente nulo.
Figura 7, onde observa-se uma diminuição do
fator de ripple.
Simulações
Para analisar e entender melhor os experi-
mentos realizados, foram feitas simulações no
ORCAD para efeito de comparação e confron-
tamento. A Figura 8 mostra a tensão de saída
do circuito (em verde), a tensão da fonte 1 (em
azul) e sobre o diodo 1 (em vermelho). A ten-
são de pico na saída foi de 50,2V, contra 46,8V
Figura 10: Formas de onda de tensão da etapa
no experimento, entretanto, bem mais próximo
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do valor teórico esperado. A possível fonte de
tal discrepância já foi discutida, que leva em
conta o fato da fonte de tensão não ser ideal.
A tensão de pico reversa sobre o diodo 1 foi A Figura 11 apresenta o resultado de simu-
medida em -51,1V. lação para as tensões do circuito da parte 3 do
experimento. Como se pode observar, a tensão
apresenta um ripple reduzido em comparações
com as formas de onda anterior. Tal oscila-
ção possui valor de 2,72V. Observa-se também
uma forma mais "arredondada"na tensão sobre
o diodo.
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Figura 11: Formas de onda de tensão da etapa Figura 14: Formas de onda de corrente da
3. etapa 4.
Referências
[1] Ivo Barbi; ELETRÔNICA DE POTÊN-
Figura 13: Formas de onda de tensão da etapa CIA 3ed. Florianópolis 2000, edição do Au-
4. tor.