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© 2013, Diana Taylor © 2013, Editora UFMG Exe livo ou parte dele ndo pode ser eprodurido por qualquer meio sem autoriagio cerita do Editor 1239.0 Taylor, Diana, 1950- 0 arquivo eo repertério : performance e meméria cultura nas Américas / Diana Taylor; tradugio de Eliana Lourengo de Lima Reis, ~ Belo Horizonte: Editora UEMG, 2013, 430 pi. — (Artes Cénicas) ‘Tradugio de: The archive and che repertoire: Performing cultural ‘memory in the Americas. Incluibibliografia, ISBN: 978.85.7041.962.0 1. Performance (arte) ~ Aspectos politicos - América, 2, América = Civilzagio. 3. Memeria ~ Aspectos sociais 4. Artes cénicas ~ Aspectos politicos ~ América, 5. América ~ Relagées étnicas. 6, América ~ Pés-colonilismo, 7. América ~ Minorias. I. Reis Eliana Lourengo de Lima. Il, Titulo, II. Série. Dp: 306.47 DU: 316.72 Elaborada pela DITTI-Setor de Teatamento da Informagio Biblioteca Univrstiia da UPMG. DIRETORA DA COLECAO Rita de Cassia Santos Buarque de Gasmio COORDENAGAO EDITORIAL Maria Eliss Moreira ASSISTENCIA EDITORIAL Euclidia Macedo e Eliane Souea COORDENAGAO DE TEXTOS Maria do Carmo Leite Ribeiro PREPARAGAO DE TEXTOS Maria do Rosirio A. Pereira REVISAO DE PROVAS Cliudia Campos e Barbara Dantas COORDENAGAO GRAFICA E PROJETO DE MIOLO Cissio Ribeiro FORMATAGAO Heleno RF CAPA Paulo Schmide PRODUGAO GRAFICA Warren Marilac EDITORA UPMG ‘Av. AntOnio Carlos, 6.627 ~CAD I / Bloco Il Campus Pampulha ~ 31270.901 ~ Belo Horizonte MG “Tels $5.31 3409-4650 | Fax: 55 31 3409-4768 worwceditoraufmg.be | editora@ufmg.br ATOS DE TRANSFERENCIA De 14 a 23 de junho de 2003, o Instituto Hemistérico de Performance ¢ Politica reuniu artistas, ativistas ¢ pesquisadores das Américas para seu segundo encontro anual, a fim de compar- tilhar as maneiras como nosso trabalho usa a performance para intervir nos cendrios politicos que nos interessam.! Todos centendiam “politica”, mas a compreensio de “performance” era mais dificil. Para alguns artistas, performance se referia a arte performatica. Outros brincavam com o termo. Jesusa Rodriguez, a artista de cabaré/performance mais aguerrida e influente do México, se referia 20s 300 participantes como performenzos (menzos significa i Performalucos (performnuts) pode- ria ser uma tradugao aproximada, ¢ muitos dos espectadores concordariam que & preciso ser louco para fazer o que ela faz, confrontando abertamente o Estado mexicano ea igreja catélica. Tito Vasconcelos, um dos primeiros performers abertamente gays do inicio dos anos de 1980 no México, apareceu em cena como Marta Sahagtin, na época, amante, e agora, esposa do entdo presidente do México, Vicente Fox. Em seu traje branco, com sapatos de salto combinando, ela deu as boas-vindas ao pliblico do congresso de “perfumance”. Sorrindo, ela admitiu que niio entendia bem sobre o que era 0 congresso; reconheceu que ‘ninguém dava a minima para o que faziamos, mas, mesmo assim, ela nos dava as boas-vindas. PerPARAqué? (PerFORwhat?), pergunta a mulher, confusa, no cartum de Diana Raznovich. As piadas e trocadilhos, apesar de bem-humorados, revelavam tanto a ansiedade pela definigao quanto a promessa de uma nova arena para mais intervengdes. 1, *PetEORwhae Studies?” Cartum de Diana Raznovieh, 2000, ESTUDOS DE PERparaQUE? Este livro, como o Instituto Hemisférico, propde que os estudos da performance podem contribuir para nossa compre- ensio das tradigdes de performance da América Latina - e do hemisfério ~ ao repensar as fronteiras disciplinares e nacionais do século XIX ¢ focalizar comportamentos incorporados. De modo inverso, os debates que acontecem, desde o século XVI, acerca da natureza ¢ fungao das praticas de performance nas Américas podem ampliar 0 ambito de uma recém-pés-disciplina que, devido a seu contexto, tem focalizado mais o futuro € os fins da performance do que sua pratica hist6rica. Finalmente, é urgente focalizar as caracteristicas especificas da performance num meio cultural em que as corporagdes promovem a world ‘music, enquanto organizagdes internacionais (como a Unesco), bem como as agéncias de fomento, tomam decisdes sobre os direitos culturais “mundiais” ¢ os “patriménios imateriais”. As performances funcionam como atos de transferéncia vitais, transmitindo o conhecimento, a meméria ¢ um sentido de identidade social por meio do que Richard Schechner denomina “comportamento reiterado”.’ Em um primeiro nivel, a perfor- mance constitui 0 objeto/processo de anélise nos estudos da performance, isto é, as muitas praticas ¢ eventos - danga, teatro, 0s, funerais — que envolvem comporta- ritual, comicios politi ‘mentos teatrais, ensaiados ou convencionais/apropriados para a casio, Essas praticas so geralmente separadas de outras & sua volta para constituir focos de andlise distintos. Algumas vezes, esse enquadramento faz parte do proprio evento — determinada danga ou comicio tém comego e fim; nao afluem, de modo conti- rnuo ou sem divisdes, para dentro de outras formas de expresso cultural, Dizer que algo é uma performance significa fazer uma afirmagao ontolégica, embora localizada. O que uma sociedade considera uma performance poderia ser considerado um nao evento em outra, Em um segundo nivel, a performance também constitui a lente metodolégica que permite que pesquisadores analisem eventos como performances.’ Obediéncia civica, resisténcia, cidadania, género, etnicidade ¢ identidade sexual, por exemplo, sdo ensaiados e performatizados diariamente na esfera piiblica. Entender esses itens como performances sugere que a perfor- mance também funciona como uma epistemologia. A pratica incorporada, juntamente com outras praticas culturais associadas a elas, oferece um modo de conhecer. A qualidade parentética dessas performances é externa, vindo da lente metodolégica que as organiza como uma “oralidade” analisavel. A performance e aa estética da vida cotidiana variam de comunidade para comu- nidade, refletindo a especificidade cultural ¢ histérica existente quanto a recepgio tanto na encei jo quanto na recepgao. ( |

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