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Fernando

Rândyna
FernandoPaula
Lima
Lima Rodrigues
Coêlho
Rodrigues
dada
da
Cunha
Cunha
Cunha
Fundamentos Linguísticos e
presas
Psicolinguísticos
Abertura
Há 12 anos, Alice exerce função de coordenadora pedagógica em uma escola muito reconhecida
em seu bairro e está em constante atualização profissional, sendo considerada uma funcionária
muito eficiente e competente. Uma de suas características marcantes é atender os pais com muita
atenção e cuidado, concentrando-se, principalmente, nas dificuldades que eles notam nos filhos.

Na última reunião de pais e mestres, a mãe da aluna Beatriz, que foi matriculada no 2 ano do
Ensino Fundamental, tendo sido alfabetizada em escola diversa, reclamou do desempenho de
sua filha e afirmou não estar notando progresso no processo de aquisição de linguagem e per-
cebendo muitas dificuldades com leitura e escrita. Por esta razão, Alice convocou a professora
titular da turma, Roberta, para uma reunião, em conjunto com a psicopedagoga Lúcia, que pres-
ta serviço à escola, visando identificar as dificuldades da aluna.

A mãe alega que a filha, após três meses de aula, ainda não demonstra aptidão linguística.
Afirmação que foi prontamente corrigida por Alice, uma vez que a criança fala e se comunica,
portanto, possui habilidades linguísticas. A coordenadora solicitou que a mãe da criança espe-
cificasse estas dificuldades e ficou claro que a aluna está com dificuldades para sistematizar a
língua na escrita e decodificar as mensagens através da leitura. Neste momento, Alice tranquiliza
a mãe, demonstrando que o fato de sua filha falar articuladamente indica a presença de sua
habilidade linguística e se compromete a investigar o caso, juntamente com a equipe adequada.

Descrição do Case
Após ouvir as queixas da mãe da aluna, Alice, Roberta e Lúcia reúnem-se para buscar a compre-
ensão do problema relatado. Inicialmente, Alice deixa claro que compreende que a professora
tem feito o seu melhor e que sempre demonstrou ótimo desempenho em sala de aula, mas que
existem casos específicos que demandam mais atenção. A professora, por sua vez, confiando na
vasta experiência e no conhecimento das colegas, demonstra-se totalmente disposta a ajudar a
aluna. Ela relata que a criança fala com desenvoltura e compreende bem a fala de outras pes-
soas, conseguindo comentar trechos de filmes e desenhos. Tal relato confirma o que Alice disse
à mãe da menina: a habilidade linguística está mais que presente.

A professora afirma, no entanto,


que Beatriz apresenta desenvolvi-
mento lento da escrita em sinais,
com letras e códigos, ou seja, o
letramento, e que já vinha ava-
liando que técnica poderia desen-
volver para ajudá-la. No entanto,
há uma grande dificuldade em
focar-se no problema específico
da aluna, visto que em sua sala
há mais vinte alunos, todos em es-
tágio avançado de alfabetização.

Enquanto Lúcia ouve atentamen-


te e reflete sobre uma afirmação
que lera meses atrás, no livro
“Psicolinguístico em foco”: a ati-
vidade verbal “[...] é tão natural
Figura 1 – Oque você pensa?
que não temos consciência de
Fonte: Shutterstock, 2016. como são e como funcionam

03
Fundamentos Linguísticos e Psicolinguísticos

as línguas, como as aprendemos, como e por que compreendemos os outros (ou não), como
fazemos para sermos compreendidos”. Reflita sobre essa afirmação. Você concorda com o que
dizem as autoras?

Alice, intrigada com a dificuldade da aluna, pergunta à Lúcia


se a aquisição de linguagem ocorre de maneira instintiva ou
se seria uma invenção cultural. E você? Em que acredita?

Roberta começa a refletir sobre as limitações sociais de


uma pessoa que não tem acesso à linguagem escrita e
compartilha tal preocupação com as colegas. Beatriz,
mesmo sendo criança ainda, já enfrenta essas limitações,
uma vez que não lê nem escreve coisas que os outros co-
legas de classe já dominam. Lúcia fala sobre os diversos
sistemas de transmissão de capacidade escrita, ou seja,
como é adquirida a escrita, e desafia Roberta a identi-
ficar as dificuldades de sua aluna para usá-las em seu
processo de letramento. Neste momento, Alice intervém
e expõe sua preocupação sobre como a professora pode
realizar tal tarefa, uma vez que a aluna deveria ter vivido o
processo de letramento durante a alfabetização e não ter
chegado ao 2o ano do Ensino Fundamental sem domínio
Figura 2 – Língua Estrangeira
algum da leitura e escrita.
Fonte: Shutterstock, 2016.

Lúcia explica que, segundo as teorias de aquisição de lin-


guagem mais aceitas atualmente, no ambiente escolar e instituições em geral, espera-se que o
processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem ocorra da forma mais natural possível. E
Alice infere que nem sempre é o cenário que encontramos certo? De qualquer forma, indepen-
dentemente do problema de Beatriz ser relacionado ao ambiente em que supostamente ocorrera
o letramento, agora é o momento de auxiliá-la, pois este é o papel da escola: ensinar.

Então, após muita reflexão sobre os relatos feitos por Ro-


berta e sobre as observações apresentadas pela mãe de Be-
atriz à Alice, a psicopedagoga entende que pode ter havido
falha não exatamente no método de ensino utilizado pela
escola anterior, mas Beatriz pode, sim, ser portadora de
alguma síndrome que dificulte o processo de letramento e
talvez não tenha havido diagnóstico, cabendo agora a elas
investigar para poder encontrar a solução mais adequada.

Com o intuito de auxiliar a psicopedagoga a identificar a


existência de alguma síndrome, Roberta pergunta que difi-
culdades podem ter surgido no cotidiano da aluna, ao lon-
go do período de alfabetização, que poderiam justificar tal
problema. Ou seja, que limitações são essas que podem
ter surgido e atrapalhado completamente o letramento da
criança? Que síndromes seriam essas e como ocorrem?
Com essas informações, a professora pode identificar se
há algo no histórico da aluna de que tenha conhecimento
e que possa ter relação com os motivadores destes qua-
dros. Inicialmente, as três começam a desconfiar que Be-
atriz é disléxica.
Fonte: Shutterstock, 2016.

04 Laureate- International Universities


Impactos do Problema
A aluna está com sérias dificuldades em acompanhar os demais colegas, não devendo ser bali-
zada sua competência pela dos colegas, mas devendo-se compreender que ela não assimila os
conteúdos, não consegue realizar as tarefas e não acompanha o processo de desenvolvimento
da turma, porque não lê e não escreve. A professora da turma percebeu que a aluna apenas sabe
copiar, mas ainda não conseguiu encontrar um método de ajudá-la sem prejudicar o andamento
das atividades normais da turma.

É necessário, neste primeiro momento, identificar se há ou não uma deficiência de linguagem.


Caso haja, deve-se encontrar a forma de proceder corretamente, uma vez que a Lei Brasileira de
Inclusão de Pessoa com Deficiência determina a inserção de pessoas com deficiência física em
instituições privadas, sem cobrança adicional em mensalidades ou matrículas, tendo, inclusive,
a obrigação de contratar profissionais habilitados para tal. Essa lei pode trazer benefícios ou
problemas para o ambiente escolar?

Levando-se em consideração as abordagens construtivistas e interacionistas, seria possível au-


xiliar a aluna no ambiente da sala de aula comum e juntamente dos demais colegas? Ou até
valendo-se da presença de crianças letradas para auxiliar o letramento de Beatriz? De que forma
os colegas podem ser inseridos e se tornarem atuantes neste processo? E se a professora adotas-
se o método de aluno tutor/monitor em sua sala de aula? Que benefício poderia obter?

Qual a possibilidade de criar um ambiente inclusivo para facilitar o letramento de Beatriz, sem
atrasar os conteúdos a serem ministrados aos demais alunos? Uma criança disléxica, por exem-
plo, pode receber estímulos (ou ser incentivada a criar soluções próprias) a ponto de alcançar
níveis satisfatórios de alfabetização, letramento e aprendizado de forma geral?

Desafio
De acordo com Alessandra Del Ré, no livro “Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolin-
guística”, o interacionismo supõe que a criança construa seu conhecimento através das relações
com o outro. Ou seja, a interação social juntamente com as relações de comunicação estabe-
lecidas entre a criança e seu meio é que possibilitarão seu desenvolvimento linguístico. Em suas
palavras: “Não há construção unilateral, separadamente, da criança e do outro” (RÉ, 2006, p.
25), o que, imediatamente, inter-relaciona a criança aos demais falantes, como uma exigência
ao seu desenvolvimento. Da mesma forma, após a leitura da história do jovem Kaspar Hauser,
na Unidade 2, fica evidente que o seu isolamento impediu que desenvolvesse a fala, desenvol-
vimento que ocorreu rapidamente após ser inserido no ambiente social. Assim, um adolescente
autista sem comprometimento grave das relações sociais e afetivas pode ser apto a desenvolver
seu potencial intelectual em uma instituição de ensino tradicional?

Pegando como exemplo os indivíduos acometidos de Alzheimer, o que dizer de pacientes que,
após alguma lesão cerebral, perdem faculdades importantes relacionadas ao processamento da
linguagem?

Conforme Godoy (2012, p. 17), a psicolinguística é uma ciência encarregada de estudar como
as pessoas compreendem, produzem, adquirem e perdem a linguagem. O estudo e a compreen-
são dos fatores psicolinguísticos é cada vez mais importante. Você concorda com esta afirmação?
Em que a psicolinguística pode cooperar nos processos de aquisição de linguagem?

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