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O Fogo e a Brasa

Letras
Por: Alexandre Fais, alehpaes@yahoo.com.br
1992
Último Álbum de Carreira Com a Estréia de
Praiano
Tião Carreiro & Praiano

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Baianinho
Pagode - (Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Júlio Guidini)

Conheci um baianinho, desses da fala macia


Dava nó em pingo d’água e laçava melancia
Pegava raio na mão, segurava ventania
O seu corpo foi fechado num terreiro da Bahia

Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa


O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa

Chegou na cidade grande, baianinho se expandia


Foi comprando um carro zero pra pagar em noventa dias
Conseguiu vender à vista mostrando sabedoria
Virou grande negociante, baianinho enriquecia

Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa


O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa

Baianinho na tourada só toureia vaca mocha


No natal compra castanha, come a boa e vende a chocha
No banquete que tem frango baianinho come a coxa
Deixa o pé, deixa e o pescoço pra aqueles que nasceu trouxa

Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa


O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa

Foi contra um campeão de ‘snooke’ baianinho fez surpresa


Deu duzentos de lambuja, só seis e sete na mesa
Deu trinta ‘snooke’ de bico jogando só na defesa
Perdeu sete trinta vezes ganhou o jogo na moleza

Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa


O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa
Princesa
Guarânia - (Romeu Wandscheer)

Estou ficando doente de tanto sofrer por uma mulher


Que ri na cara da gente e fala que a gente sofre por que quer

Não dá mais pra suportar o desprezo dela


Os seus carinhos ela só dedica a peso de ouro
Não tenho ouro para oferecer a essa princesa
O que eu tenho são gotas brilhantes de pingos de choro

Mulher que tem prazer em me ver sofrendo querendo ser seu dono
Eu sei que pra ser dono de uma princesa precisa riqueza pra sentar no trono

Mulher que tem prazer em me ver sofrendo querendo ser seu dono
Eu sei que pra ser dono de uma princesa precisa riqueza pra sentar no trono
Balanço da Cama
Cururu - (Paraíso e Wally Bianchi)

Na parede do meu quarto pendurei o teu retrato


Cada noite que eu não durmo posso olhar teu rosto amado
Teu bilhete na gaveta e um lenço colorido
São pedaços da saudade de um grande amor perdido

No relógio a madrugada, meu desejo pra depois


Nossa cama está pedindo o balanço de nós dois

Vem a lua na janela me cobrar tua presença


O silêncio é a resposta, só ficou a sua ausência
Toda noite a gente amava, eram horas de loucuras
Para mim foi caso sério, pra você só aventura

No relógio a madrugada, meu desejo pra depois


Nossa cama está pedindo o balanço de nós dois
Minha Grande Amiga
Cururu - (Lourival dos Santos, Milton José e Fauzi Kanso)

Minha amiga, grande amiga, morrendo estou te amando


Da nossa grande amizade grande amor está brotando
Aos seus pés eu canto e choro, aos seus pés canto chorando
Tenho fome e tenho sede, não quero pão e nem vinho
Tenho fome de um abraço, tenho sede de um carinho

Ela nos braços de outro me destrói devagarinho


Meus versos não são bonitos, bonito não sei fazer
Bonitos são os seus olhos que não querem mais me ver

Os meus pés estão no chão e a cabeça no infinito


No tribunal do meu peito corre um processo esquisito
O amor e amizade estão em grande conflito
No dia do julgamento duelo vai ser bonito
Coração vai ser juiz que vai dar o veredicto

Quando a amizade é forte o amor ganha no grito


Meus versos não são bonitos, bonito não sei fazer
Bonitos são os seus olhos que não querem mais me ver
Eu, a Viola e Ela
Cateretê - (Praense, Peão do Vale e Chicão Pereira)

Por causa de você viola quem diz que me adora quer me abandonar
Por ciúme vive a me dizer pra eu escolher com quem vou ficar
Gosto dela e vou sofrer muito, mas este absurdo jamais eu aceito
E prefiro chorar o adeus de quem me conheceu com a viola no peito

Viola, eu me lembro ainda ela estava tão linda naquela janela


E você com o seu ponteado tão apaixonado foi quem me deu ela
Por isso não vou abrir mão deste meu coração que ela quer lhe roubar
Mas se ela for mesmo embora é com você viola que eu vou ficar

Viola, estou muito triste, mas a dor que existe você me consola
Em seu braço eu faço queixume do amor que o ciúme vai levar embora
E prevejo a qualquer momento este amor ciumento nos deixar pra sempre
Mas que Deus lá do céu lhe acompanhe e deixe que eu ame a viola somente
Circuito do Amor
Guarânia - (Léo Canhoto)

Te amar mais do que te amo não tem jeito


Nunca ouvi dizer que alguém no mundo amou tanto assim
Não sei como cabe tanto amor, meu Deus, dentro do meu peito
Tu és minha vida, tu és tudo para mim

Entre as lindas flores não achei beleza maior que a tua


Nem mesmo a pérola transmite tanto encanto e magia
Meu amor por ti já não é mais amor, é uma obsessão
Que me faz vibrar no fogo da paixão causado no circuito da tua energia

Te amo e te adoro e te quero meu querido bem


Sem tua presença eu não sou ninguém
Meu mundo sem ti não tem nenhum valor
Sem o teu carinho não serei capaz de enfrentar a vida
Para mim tu és a jóia mais querida meus anjo adorado meu imenso amor

Te amo e te adoro e te quero meu querido bem


Sem tua presença eu não sou ninguém
Meu mundo sem ti não tem nenhum valor
Sem o teu carinho não serei capaz de enfrentar a vida
Para mim tu és a jóia mais querida meu anjo adorado meu imenso amor
Paixão Mineira
Balanço - (Tião Carreiro e Jesus Belmiro)

Por uma paixão mineira estou sofrendo demais


Eu quero rever o norte da minha Minas Gerais

Vou passar em Montes Claros, Porteirinha e Catuti


Vou rever meu Pajéu, o berço aonde nasci
Espinosa e Mato Verde, Monte Azul e Rebentão
Vou chegar em Janaúba carregado de Paixão

Por uma paixão Mineira estou sofrendo demais


Eu quero rever o norte da minha Minas Gerais

Eu quero abraçar a gente dessa terra tão querida


E quero cair nos braços da mulher da minha vida
Vou jogar minha tristeza no belo rio Gorutuba
Feliz com a minha amada vou viver em Janaúba

Por uma paixão mineira estou sofrendo demais


Eu quero rever o norte da minha Minas Gerais
Final dos Tempos
Pagode - (Tião Carreiro e Lourival dos Santos)

Já está na beira do abismo o nosso mundo sem escora


Já foi tudo pro vinagre, não tem sinal de melhora
A sogra foge com o genro o sogro foge com a nora
Velório já virou festa, no enterro ninguém chora

O que é ruim está aumentando o que é bom do mundo some


Honestidade e trabalho não traz vitória pro homem
Se ficar o bicho pega se correr o bicho come
O escravo do trabalho ganha o salário da fome

O homem vive explorando a lua, a terra e o mar


Quantas crianças na rua sem escola e sem um lar
Gastaram tanto dinheiro fazendo armas de guerra
Daria pra fazer casa pra todos pobres da Terra

Falência e concordata, filhas da maracutaia


Duas bruxas sem vassoura estão levantando a saia
Velho chicote arrebenta no lombo do nosso povo
Descamisados ganhando no natal chicote novo

Quanta miséria na terra a fortuna explode no espaço


É esse o final dos tempos, o mundo virou um bagaço
Nosso Pai que está no céu deu a vida pelo povo
Se voltar aqui na Terra vai morrer na cruz de novo
Carreador
Toada - (Paraíso e José Fortuna)

Carreador já corroído pelo tempo


As erosões de enxurradas que passaram
Foram apagando rastros fundos de boiada
E o velho risco do meu carro que ficaram

Cruza em meu sonho sempre este carreador


Onde a saudade vai buscar aquele amor

Grita o carreiro bem cedinho com a boiada


E o velho carro a cantar no carreador
Traz a colheita das sementes que um dia
Ele levou para o espigão se encher de flor

Cruza em meu sonho sempre este carreador


Onde a saudade vai buscar aquele amor

A minha vida hoje é carro triste


Que vai passando carregado de paixão
Rodando vai no carreador do meu destino
Pra despejar na folha do meu coração

Cruza em meu sonho sempre este carreador


Onde a saudade vai buscar aquele amor
O Fogo e a Brasa
Guarânia - (Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Praense)

A mulher do meu sonho é com prometida


Também tenho outra, meu Deus que loucura
Amor proibido é o merengue da vida
Doce dos amantes até quando dura

A minha riqueza nos braços do outro


Num céu estrelado só vê noite escura
Não está do meu lado no mundo do amor
Vê tudo brilhante se sente segura

Fecho a porta do mundo com chave de ouro


Para ninguém ver nossa grande aventura
Ela é pro marido o remédio que mata
Mas é para mim o veneno que cura

Da janela eu vejo seu apartamento


E seus movimentos a cada ensejo
Da sua janela ela também me vê
Com o corpo a ferver de tanto desejo

Os beijos da outra já não me aquece


O mesmo acontece com ela também
Lá fora nós somos o fogo e a brasa
Que dentro de casa a gente não tem

Da janela eu vejo seu apartamento


E seus movimentos a cada ensejo
Da sua janela ela também me vê
Com o corpo a ferver de tanto desejo

Os beijos da outra já não me aquece


O mesmo acontece com ela também
Lá fora nós somos o fogo e a brasa
Que dentro de casa a gente não tem
Uma Noite Não é Nada
Vanerão - (Lourival dos Santos, Luiz de Castro e Praense)

Solte o corpo nos meus braços meu bem


Pra sentir meu coração
Encoste o rosto no meu rosto e vem
Aumentar minha paixão

Tudo que você procura eu posso lhe oferecer


Amor, carinho e ternura tenho pra dar e vender
Amor, carinho e ternura tenho pra dar e vender
Tudo que você procura eu posso lhe oferecer

Solte o corpo nos meus braços meu bem


Pra sentir meu coração
Encoste o rosto no meu rosto e vem
Aumentar minha paixão

Uma noite não é nada, vai embora com a lua


O baile logo se a caba, mas a paixão continua
O baile logo se a caba, mas a paixão continua
Uma noite não é nada, vai embora com a lua

Solte o corpo nos meus braços meu bem


Pra sentir meu coração
Encoste o rosto no meu rosto e vem
Aumentar minha paixão
O Mesmo Castigo
Rasqueado - (Ronaldo Adriano e Benedito Seviero)

O destino fez de nós duas vítimas do amor


Eu não sei onde ela está, ela não sabe onde estou
O destino fez comigo o mesmo que fez com ela
Nos deu o mesmo castigo pos outra mulher comigo e outro homem com ela

Oi! Destino ingrato, foi cruel de fato, não foi meu amigo
Porque a luz dos meus passos dorme em outros braços sonhando comigo

Sei que ela também sofre, porque me ama demais


Vivendo ao lado de outro não pode viver em paz
O mesmo se dá comigo, da mesma sorte reclamo
Eu sofro a mesma saudade, distante de quem eu amo não tenho felicidade

Oi! Destino ingrato, foi cruel de fato, não foi meu amigo
Porque a luz dos meus passos dorme em outros braços sonhando comigo
Guerreiro do Asfalto
Vanerão -(Tião Carreiro e Donizetti)

Ela se cansou de viver nos braços do caminhoneiro


Caminhoneiro e sua vida têm dupla paixão
Ele precisa dividir o amor da mulher amada
Com a cabine bem desconfortável do seu caminhão

Caminhoneiro segue estrada afora


Vai transportando saudade e dor
No longo asfalto da desilusão
Vai distanciando do seu amor

Então prossegue ouvindo na cabine


No toca fitas do seu caminhão
Caminhoneiro chora no volante
Quando ele ouve tocar esta canção:

“Amor meu velho amor, amor que sofre e não reclama” *

O caminhoneiro guerreiro forte no longo asfalto


Mas na lombada do amor sincero ele já trombou
Na grande curva da paixão errada em que está derrapante
Seu caminhão cheio de saudade também derrapou

No fim da tarde ao pôr do sol


Vem a lembrança da mulher amada
Pra quem viaja no mundão de Deus
Esta saudade é a carga mais pesada

Então prossegue ouvindo na cabine


No toca fitas do seu caminhão
Caminhoneiro chora no volante
Quando ele ouve tocar esta canção:

“Amor meu velho amor, amor que sofre e não reclama”

*
Trecho da Música “Velho Amor” do Álbum “No Som da Viola” - 1983 - composta por Tião Carreiro e Donizetti
País Maravilha†
Pagode - (Tião Carreiro e Jesus Belmiro)

O Brasil que tanto amo não existe outro igual


Aqui a chuva do bem apagou o pó do mal
Na rua não tem mendigo, trombadinha e marginal
E ninguém teve dinheiro preso no banco central
No quartel soldado come na mesa com general

Não tem viciado em droga, traficante e assassino


Não existe contrabando, nem garimpo clandestino
Não existe lar desfeito ninguém vive em desatino
Não existe falsidade nem baixo nível de ensino
Filho de pobre é criado igual filho de granfino

Não existe desemprego, nem greve, nem inflação


Nunca existiu seqüestro, suborno e corrupção
Não tem jogo de azar não tem pobre na prisão
Cada lavrador é dono do seu pedaço de chão
E jamais teve renuncia de um chefe de nação

É uma fonte de saúde o ar que a gente respira


O Brasil não deve nada o mundo inteiro admira
Quem tem o poder nas mãos muitos fazem e nada tira
Tudo que o governo faz o povo aplaude e delira
Só depois que acordei vi que tudo era mentira


O último Pagode do “Rei do Pagode de Viola” encerrando com chave de ouro uma carreira honesta e brilhante. Tião
Carreiro e Pardinho viverão para sempre em nossos corações.

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