TUTORES:
RELATÓRIO PARCIAL
SOROCABA - SP
OUTUBRO / 2017
SOROCABA – SP
OUTUBRO / 2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................ 4
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 5
2.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO-FINANCEIRO ................................... 5
3. TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO DE CAPITAL ............................................ 7
3.1. VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL ........................................................... 7
3.2. TAXA INTERNA DE RETORNO ................................................................. 10
4. A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO .................................................... 12
5. ÍNDICES DE ANÁLISE FINANCEIRA ........................................................... 14
5.1. INDICADORES DE LIQUIDEZ .................................................................... 14
5.2. ÍNDICES DE GESTÃO DE ATIVOS ........................................................... 15
5.3. ÍNDICES DE GESTÃO DE DÍVIDAS .......................................................... 17
5.4. ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE ............................ 18
5.5. ÍNDICES DE VALOR DE MERCADO ........................................................ 20
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 22
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 23
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1. INTRODUÇÃO
Sun Tzu, em “A Arte da Guerra”, dizia que “existem cinco coisas que devemos
conhecer para prever o desfecho da guerra: o caminho, o tempo, o terreno, a
liderança e as regras”.
E para auxiliar a empresa para esse norte que ela deve tomar, a análise
teórica a respeito das ferramentas mais utilizadas para tomada de decisão é o
primeiro passo para, logo após, entrarmos mais a fundo a respeito – ou seja, praticar
– da utilização dessas ferramentas.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO-FINANCEIRO
“Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, gastaria 6 afiando meu
machado”. Se relacionarmos a frase de Abraham Lincoln ao conceito de
planejamento estratégico-financeiro podemos concluir que ela faz muito sentido, pois
para que uma empresa possa “cortar machados”, ou seja, buscar lucrar e crescer,
deve se preparar, se organizar, ou seja, “afiar o machado”, pois muitas empresas
começam com a intenção de cortar machados, mas chega uma hora que o machado
perde o corte, e isso pode trazer sérias consequências para a empresa.
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liquidez para saldar compromissos e os gastos fundamentais para o andamento do
negócio, tais como:
Folha de pagamento;
Impostos;
Giro de estoque;
Despesas operacionais;
Manutenção e aquisição de máquinas e equipamentos, entre outros.
Iremos aqui enfatizar alguns dos principais passos que uma organização deve
tomar para que um planejamento estratégico-financeiro possa ser não apenas
objetivo, mas funcional:
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Figura 1 – Equação para determinar o VPL
Sendo assim, se o VPL for maior que $0, o retorno obtido da empresa será
maior que o seu custo de capital. Isto fará com que o valor de mercado da empresa
possa aumentar e, como consequencia, a riqueza dos proprietários.
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ANO RECEITAS LÍQUIDAS ($)
2017 15500
2018 18800
2019 17200
2020 17200
2021 17200
2022 13500
Sabendo que o valor para revenda dos equipamentos no ano 2022 será estimado
em $9000 e com uma taxa de retorno estimada de 21% a.a., deve ser feita a análise
para descobrir se o investimento é viável.
Solução:
Temos:
Assim sendo:
VPL para uma taxa de juros i = 21% a.a. = 21 / 100 = 0,21 a.a. / 1 + i = 1 +
0,21 = 1,21
Como o VPL é positivo, podemos determinar que o investimento irá render e que
pode ser feito, pois a taxa efetiva de retorno certamente será superior aos 21% a.a.,
assim como a companhia espera.
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Com a HP12C, a sequência de comandos será:
f > CLEAR > reg > 55000 > CHS > g > CF0 > 15500 > g > CFj > 18800 > g > CFj >
17200 > g > CFj > 17200 > g > CFj > 17200 > g > CFj > 22500 > g > CFj > RCL > n
(aqui vai aparecer no visor o número 6, pois são 6 valores no fluxo de caixa) > 21 > i
(a taxa de 21%) > f > NPV
Fonte: comocalcular.com.br
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Esses critérios acima dão a garantia que a empresa necessita para obter, ao
menos, o retorno exigido, pois isto deve fazer com que o valor de mercado aumente
e, portanto, a riqueza de seus proprietários.
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Neste caso, pela natureza da equação, não é possível calcular para
encontrarmos a TIR de forma direta, sendo necessário realizarmos iterações (ou
“chutes”). Para que possamos encontrar a resposta correta neste caso, é necessário
utilizarmos uma calculadora financeira – como a HP12C. Utilizando, então, a
HP12C, teremos então:
10000 > CHS > g > CF0 > 2000 > g > CFj > 3000 > g >CFj > 4000 > g > CFj > 5000
> g > CFj > f > IRR
Interpretando essa situação, podemos então concluir que o projeto deve ser
aceito pois, como já havíamos dito, o custo do capital definido de 10% é menor que
a TIR.
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parcela de recursos de longo prazo que financiam as atividades de curto prazo da
organização”.
CGL = AC – PC
Onde:
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Prazo de Recebimento Médio de Vendas (PRMV = (Duplicatas a
receber média / Vendas anuais a prazo) * 360): é usado para
verificar as contas a receber, demonstrando a média de tempo em que
a empresa pode aguardar depois de efetuar uma venda, antes de ser
paga por ela, o que podemos chamar de prazo médio de cobrança.
Este índice mostra quantos dias, em média, a empresa irá levar para
receber suas vendas a prazo. Se o resultado do índice for 30 irá
mostrar que, obviamente, a empresa irá levar 30 dias, em média, para
receber as contas a prazo, mas quanto menor o prazo para recebê-las,
melhor, dando à empresa uma melhor posição perante sua
concorrência;
Giro de Ativos Fixos ou Imobilizados (GAF = Receitas / Ativos
Imobilizados): tem o objetivo de medir a eficiência da organização,
relacionando-se ao uso de seu imobilizado, indicando como ela utiliza
esses ativos fixos, ou seja, seus equipamentos e máquinas. O índice
mostra quanto a empresa vendeu por cada $1 do seu investimento, e
quanto mais o seu valor, mais ela torna-se eficiente para usar esses
ativos para gerar receita;
Giro Total de Ativos (GTA = Receita / Total do Ativo): tem o objetivo
de mostrar o quão eficiente a empresa pode utilizar os ativos para
gerar receita, indicando seu faturamento comparando-se com o
crescimento dos ativos, e quanto maior esse índice for, melhor, pois
indicará que ela faz um bom uso desses ativos, acarretando num maior
retorno perante o capital investido, gerando um suficiente volume dos
negócios, através de seu investimento nos mesmos ativos;
Giro de Contas a Receber (GCR = Vendas Líquidas / Contas a
Receber Média): mostra a quantidade de vezes que as contas a
receber se movimentou no caixa ao decorrer do ano, ou seja, quantas
vezes a empresa a movimenta através das vendas, e maior sendo este
giro, melhor. Todavia, movimentações maiores podem mostrar uma
política de crédito suficiente;
Prazo Médio de Estoque (PME = (Estoque médio / Custo das
vendas) * 360): mostra, em média, quantos dias um determinado
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produto fica armazenado no estoque antes de sua venda,
determinando em quantos dias ela se renovar no estoque, e como ele
aplica recursos, um estoque onde seus materiais giram significa que
elas estão sendo vendidas, gerando receita, e para verificar se a
empresa tem resultados satisfatórios de giro, seu resultado deve
comparar-se aos de seus concorrentes;
Prazo Médio de Pagamento (PMP = (Fornecedores / Compras) *
360): resulta-se na razão entre contas a pagar e a média das vendas,
indicando, em média, quantos dias os recursos da empresa a curto
prazo usa dos fornecedores para financiá-los, e na medida em que for
maior este prazo de pagamento, melhor, pois indica qual a média de
dias que os fornecedores podem ser pagos pela empresa
5.3. ÍNDICES DE GESTÃO DE DÍVIDAS
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do outro, que é em percentual – e sendo maior o resultado do índice,
maior será a participação na empresa por parte de terceiros (o que é
pior) e, por consequência, maior será sua dívida, e para medir se a
empresa está com uma dívida alavancada, deve-se comparar este
índice com a média do setor;
Cobertura de Juros (CJ = EBIT / Despesas com juros): tem o intuito
de medir o quão a receita operacional poderá diminuir antes da
incapacidade da empresa ao cobrir seus custos anuais, mostrando o
tamanho de sua dívida, e se a mesma gera lucro de modo suficiente
para cumprir com suas despesas para seus pagamentos com juros, e
na medida em que este índice for maior, melhor. Se a empresa, por
exemplo, tiver índice de 3,6x e a média do setor for 6x, os juros da
empresa serão cobertos com uma margem baixa de segurança,
acarretando em dificuldades para ter recursos emprestados de
terceiros;
5.4. ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE
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companhia tem uma margem de lucro considerável, basta a empresa
comparar a sua com a de seus concorrentes;
Margem de Lucro Bruto (LB = Lucro Bruto / Receita Operacional
Líquida): tem o objetivo de identificar quanto rende as vendas, como
devoluções, impostos sobre as vendas, custo dos produtos vendidos,
abatimentos, entre outros. Quanto maior a margem, a rentabilidade das
vendas será maior. Se a margem for de 62%, por exemplo, quer dizer
que a cada $ 1 de suas vendas, $ 0,62 serão lucro, e para descobrir se
a margem é boa o suficiente, basta a empresa comparar este índice
com seus concorrentes;
Índice de Receita Operacional / Total de Ativos (ROA = Lucro
Operacional (EBIT) / Total de Ativos): expõe o quanto a empresa é
capaz para gerar receita operacional dos ativos antes dos impostos e a
sua alavancagem;
Retorno sobre o Ativo Total (RAT = Lucro Líquido / Ativo Total):
tem o objetivo de medir o retorno sobre o ativo total após os juros e os
impostos, pois indica o quanto a empresa irá lucrar relacionando-se
aos investimentos totais, representados pela média dos ativos totais, e
à medida que o rendimento dos ativos for maior, melhor, e quanto
mais a empresa for capitalizada, o RAT será menor, e para que ele
seja melhor interpretado, é necessário comparar o índice atual com os
índices anteriores. Contudo, comparar o RAT com seus concorrentes é
importantíssimo, pois a empresa pode verificar se possui vantagem
competitiva sobre eles;
Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL = Lucro Líquido /
Patrimônio Líquido): indica qual a premiação que os proprietários e
dos acionistas estão obtendo em relação aos investimentos na
empresa, ou seja, o patrimônio líquido. Ele é considerado também de
extrema importância, pois mede o quão a empresa é capaz de agregar
valor ao utilizar seus próprios recursos, fazendo com que ela cresça
utilizando o que possui. Da mesma maneira que o RAT, uma
comparação com seus concorrentes é primordial, com a finalidade de
verificar sua vantagem competitiva;
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Grau de Alavancagem Financeira (GAV = RPL / RAT): é um
indicador do grau de risco muito importante pelo qual a companhia está
se submetendo, ou seja, se há presença de capital de terceiros de
longo prazo na estrutura de capital, com a finalidade de verificar se a
empresa está ou não alavancada. Se o índice for maior que 1
significará que a empresa tem uma boa alavancagem, pois o retorno
do ativo total será maior do que o valor remunerado ao capital de
terceiros, porém se o índice for menor que 1, sua situação será
considerada ruim, o que irá acarretar em riscos financeiros, além de
uma maior participação do capital de terceiros.
5.5. ÍNDICES DE VALOR DE MERCADO
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fazendo com que o preço da ação cresça, aumente e assim agregue
valor ao acionista;
Valor Patrimonial por Ação (VPA = PL / Ações em circulação):
objetiva indicar o valor através do ponto de vista dos acionistas, ou
seja, o quão os acionistas se dispõe a pagar pelo patrimônio líquido da
companhia. Após a determinação do índice, ele deve ser comparado
com o preço da ação que está sendo negociada no mercado. Se os
preços forem menores, a indicação para comprar ações é considerada
boa, porém se os preços forem acima do valor de patrimônio significa
que, futuramente, a empresa será bem vista, e que os futuros lucros
serão promissores indicando, também, uma precificação errada do
mercado;
Índice de Valor de Mercado / Valor Contábil (VM / VC = Preço de
mercado por ação / Valor patrimonial por ação): visa expressar o
quão a empresa valoriza, relacionando-se aos dados contábeis da
mesma. Quando a razão for maior que a unidade quer dizer que a
companhia, na visão do mercado, vale mais que seu valor contábil, e
quando a razão for menor quer dizer que o mercado não reconhece os
valores que são registrado em livros pela contabilidade da empresa.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluimos, também, que estas ferramentas são úteis para evitar problemas
onde o devedor tem prestações a cumprir superiores aos rendimentos que recebe,
assim como propiciar o equiíbrio entre os prazos de pagamento do cliente,
fornecedor, além da idade dos estoques.
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7. REFERÊNCIAS
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