17/09/2018
Número: 8001442-59.2017.8.05.0063
Classe: PROCEDIMENTO COMUM
Órgão julgador: VARA DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO
COITÉ
Última distribuição : 30/11/2017
Valor da causa: R$ 3.792,80
Assuntos: Defeito, nulidade ou anulação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JOSE PINTO DE OLIVEIRA FILHO (AUTOR) WAGNER FRANCESCO DE MIRANDA MARTINS
(ADVOGADO)
AGENCIA EST. DE REG. DE SERVIÇOS PUBLICOS DE
ENERGIA, TRANSP. E COMUNICAÇÕES DA BAHIA -
AGERBA (RÉU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
93330 30/11/2017 16:30 Petição Inicial Petição Inicial
66
93332 30/11/2017 16:30 Procuração Procuração
45
93332 30/11/2017 16:30 Documento pessoal Documento de Identificação
59
93332 30/11/2017 16:30 Comprovante de Residência Documento de Comprovação
78
93332 30/11/2017 16:30 Auto de Infração Documento de Comprovação
92
93333 30/11/2017 16:30 Decisão Agerba Documento de Comprovação
07
93333 30/11/2017 16:30 Declaração Andeza Documento de Comprovação
15
93333 30/11/2017 16:30 declaração Gilsa Documento de Comprovação
28
93333 30/11/2017 16:30 declaração Guilherme Documento de Comprovação
42
93333 30/11/2017 16:30 Proprietária atual do veículo Documento de Comprovação
54
13437 05/07/2018 10:37 Substabelecimento Substabelecimento
543
13438 05/07/2018 10:37 SUBSTABELECIMENTO Substabelecimento
126
13443 05/07/2018 12:02 Decisão Decisão
956
13957 26/07/2018 11:53 Certidão Certidão
340
13957 26/07/2018 11:53 Guia de postagem Outros documentos
396
14417 14/08/2018 10:04 Petição Petição
618
15119 10/09/2018 12:53 Contestação Contestação
814
15119 10/09/2018 12:53 Contestação Contestação
837
15119 10/09/2018 12:53 Resposta a Ofício Outros documentos
854
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE CONCEIÇÃO
DO COITÉ/BA
JOSÉ PINTO DE OLIVEIRA FILHO, brasileiro, casado, motorista, CPF nº 962.401.305-59, residente
e domiciliado à rua Antônio Nunes Gordiano, 242, Centro, no município de Conceição do Coité/BA, por
meio de seu advogado constituído conforme procuração em anexo, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência ajuizar a presente
I - DA JUSTIÇA GRATUITA
Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o autor declara para os devidos fins e sob as penas da
lei, ser pobre, não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem
prejuízo do próprio sustento e de sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
II - DOS FATOS
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Número do documento: 17113016270882200000008884490
pessoas ligadas por vínculos parentesco e afinidade. Ignorando tais informações prestadas, foi lavrado o
Auto de Infração de número 22031 sendo o motorista considerado infrator do artigo 40 da Lei 11.378/09.
Irresignado, o autor apresentou recurso administrativo, ao qual foi negado provimento, sendo-lhe
aplicadas as sanções de recolhimento do valor da multa pecuniária na quantia de valor de R$ 3.792,80
(três mil setecentos e noventa e dois reais e oitenta centavos), bem como a de imediata apresentação do
veículo identificado, para o cumprimento da penalidade de apreensão pelo prazo de 40 (quarenta) dias,
conforme o art. 40, II, “b" da lei 11.378/09 e critérios descritos no art. 84 do decreto 11.832/09.
Uma vez transitada em julgado na Instância Administrativa, e se valendo da Constituição Federal, art. 5º,
XXXV, segundo o qual o Poder Judiciário não será excluído quando houver lesão ou ameaça a direito,
resolveu o autor ingressar com a presente demanda com o intuito de comprovar suas alegações e alcançar
a anulação do requerido auto de infração.
III - DA FUNDAMENTAÇÃO
Na situação apresentada, verifica-se não ter havido qualquer irregularidade que justificasse a lavratura do
Auto de Infração de número 22031 (cópia em anexo), vez que o autor não prestou serviço de transporte
rodoviário de passageiros, como demonstraremos adiante, bem como na instrução do processo.
II - Penalidades cumulativas:
a) multa no valor equivalente, em reais, a 20.000 (vinte mil) vezes o valor absoluto do coeficiente
tarifário quilométrico (R$/km) vigente para o veículo tipo ônibus rodoviário convencional, ou majoração
em 100% (cem por cento) da penalidade imediatamente anterior, se reincidente num prazo de 12 (doze)
meses;
Para melhor compreensão do que venha a ser Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, o
artigo 4º da Lei 11.378/2009 esclarece que:
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Do acima exposto, não resta dúvida quanto à diferenciação de Sistema de Transporte Rodoviário
Intermunicipal, sendo este uma prestação de serviço, meio de sustento, seja transportando passageiros
(clientes), suas bagagens ou encomendas.
Observe-se que “caronas”, ou, por exemplo, “ajuda de custo dividindo o gasto com a gasolina” não se
configura, sob qualquer hipótese, em Transporte Rodoviário Intermunicipal.
De fato, o autor não transportava passageiros (clientes) de um destino a outro, mas, gratuitamente,
conduzia em seu veículo pessoas ligadas por vínculo familiar e afetivo, vez que no automóvel de placa
JQM 4355 estavam presentes o senhor Guilherme Araújo Matos, afilhado do motorista, Andressa Araújo
Matos, irmã do Guilherme Araújo Matos e, por fim, Gilsa Telma Brito Araújo, mãe de Andressa e
Guilherme.
Ao transportar, gratuitamente, em seu próprio veículo de passeio, pessoas ligadas ao autor, não há que se
falar em transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, mas sim do transporte previsto na lei
10.406/2002 – Código Civil – em seu art. 736, conhecido como Transporte feito gratuitamente por
amizade ou cortesia. Segundo este artigo,
Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia.
Superada a questão do equívoco na imputação da infração do artigo 40 da lei estadual 11.378/2009, se faz
necessário atentar para o peso da penalidade aplicada.
A requerida, sem amparo legal, com base em suposta irregularidade, imputou ao autor penalidade
gravíssima, quando, ainda que verdadeiros fossem os fatos, o que se nega, poderia fazer uso de quaisquer
outras penalidades previstas no artigo 32 da lei estadual acima citada, como a advertência por escrito,
entretanto aplicou uma multa no valor de R$ 3.792,80 (três mil setecentos e noventa e dois reais e oitenta
centavos) e, cumulativamente, a penalidade de apreensão do veículo de placa JQM 4355, por 40 (quarenta
dias), o que representa verdadeiro excesso.
Caso tivesse havido infração, o que ficou negado, sendo necessária a aplicação da penalidade multa, esta
deveria ocorrer nos termos do artigo 231, VIII, do Código de Trânsito, assim transcrito:
Transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado
para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente:
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Infração: média;
Penalidade: multa;
Assim, o artigo 231, VIII, do Código de Trânsito Brasileiro deve ser interpretado à luz do artigo 267, da
lei 9.503/97, que afirma expressamente que
Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média,
passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze
meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais
educativa.
Desde modo, se mostra irrazoável a aplicação de uma penalidade gravíssima quando, se a infração tivesse
ocorrido, o que se nega, caberia a penalidade de advertência em razão de ser infração média.
Fora imposta ao autor a penalidade de apreensão do veículo de placa JQM 4355, por 40 (quarenta) dias.
Ocorre que tal apreensão causaria prejuízo a terceiros, vez que o veículo em questão não é mais de
propriedade do autor, e sua apreensão causaria grande transtorno para o atual proprietário, que não tem
qualquer relação com o fato ocorrido em 2012, portanto, há 05 (cinco) anos.
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Para a concessão de Tutela de Urgência se faz necessária de um desses dois requisitos: a probabilidade do
direito e o perigo de dano o risco ao resultado útil do processo.
DA PROBABILIDADE DO DIREITO
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A situação descrita, onde se demonstrou que não houve transporte rodoviário de passageiros, evidencia
que o autor praticou uma modalidade de transporte prevista no ordenamento jurídico, diferenciando-se da
infração imposta. Portanto, os elementos indicativos de legalidade do transporte, atacado por uma
autuação irregular, traz à tona circunstâncias de que o direito aqui buscado muito provavelmente existe.
DO PERIGO DE DANO
Haverá grande dano a terceiro, atual proprietário do automóvel usado na ocasião da lavratura de suposta
infração, se a autuação irregular aqui combatida não cessar sua validade, pois este terceiro será privado de
seu bem móvel sem que tenha dito qualquer relação com o fato, ocasionando grandes e irreparáveis
danos. Com a apreensão do veículo, um terceiro será privado do seu direito real de gozar e fruir de sua
propriedade.
Inclusive, o autor da presente ação correrá sérios riscos de ser alvo de ação judicial, pleiteada pelo terceiro
prejudicado, caso haja esta apreensão, em razão de dano material.
Não bastasse isso, há o perigo de dano econômico ao autor, caso o mesmo, assalariado como a maioria
dos trabalhadores do país, tenha que pagar a quantia de R$ 3.792,80 a título da infração de trânsito que
ora protestamos, pois irregular. Este valor, ao ser pago pelo autor, poderá causar prejuízos para o sustento
seu e de sua família.
3. Anulação do Auto de Infração, vez que, conforme demonstrado, não houve transporte irregular de
passageiros, mas tão somente transporte feito por amizade.
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Dá-se à causa o valor de R$ 3.792,80 (três mil setecentos e noventa e dois reais e oitenta centavos).
Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, principalmente, prova documental, pericial e
depoimento do representante da Ré, sob pena de confissão.
Termos em que
pede deferimento,
OAB/BA n° 23.912
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Número do documento: 17113016245396300000008884674
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Número do documento: 17113016251890600000008884693
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Número do documento: 17113016253632300000008884707
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Número do documento: 17113016255036300000008884722
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Número do documento: 17113016260290900000008884730
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Número do documento: 17113016260290900000008884730
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Número do documento: 17113016261670700000008884743
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Número do documento: 17113016261670700000008884743
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https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17113016262582000000008884757
Número do documento: 17113016262582000000008884757
Assinado eletronicamente por: HELDER ARAUJO MOTA - 30/11/2017 16:27:44 Num. 9333342 - Pág. 2
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Número do documento: 17113016262582000000008884757
Assinado eletronicamente por: HELDER ARAUJO MOTA - 30/11/2017 16:27:45 Num. 9333354 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17113016263582700000008884767
Número do documento: 17113016263582700000008884767
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO COITÉ/BA
JOSÉ PINTO DE OLIVEIRA FILHO, devidamente qualificado nos autos do processo acima
mencionado, vem, através de seu patrono, perante V. Exa., na AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE
INFRAÇÃO DE TRÂNSITO C/C PEDIDO LIMINAR, movida contra AGERBA - Agência Estadual
de Regulação de Serviços Públicos, Transportes e Comunicações da Bahia., também qualificada,
requerer juntada de substabelecimento, e a habilitação nos autos.
Termos em que,
Pede deferimento.
OAB/BA 58.110
Assinado eletronicamente por: WAGNER FRANCESCO DE MIRANDA MARTINS - 05/07/2018 10:37:35 Num. 13437543 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18070510373533400000012760009
Número do documento: 18070510373533400000012760009
Assinado eletronicamente por: WAGNER FRANCESCO DE MIRANDA MARTINS - 05/07/2018 10:37:37 Num. 13438126 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18070510373575300000012760560
Número do documento: 18070510373575300000012760560
Assinado eletronicamente por: WAGNER FRANCESCO DE MIRANDA MARTINS - 05/07/2018 10:37:37 Num. 13438126 - Pág. 2
https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18070510373575300000012760560
Número do documento: 18070510373575300000012760560
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
Vara dos Feitos de Relações de Consumo Cíveis e Comerciais
Fórum Durval Silva Pinto / Praça Porcina de Araújo, sn, Carijé - CEP 48730-000 - Telefax: 3262-1557 -
Conceição do Coité - BA.
DECISÃO
8001442-59.2017.8.05.0063
Processo:
[Defeito, nulidade ou anulação] / PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (7)
Em síntese, alega o autor que em data 08 de Outubro de 2012, acompanhado de familiares (documentos
em anexo), se dirigia à cidade de Salvador quando foi abordado por agentes da AGERBA - Agência
Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia, sendo
acusado de transportar passageiros de modo irregular, sendo lavrado o Auto de Infração de número
22031 por infração do artigo 40 da Lei 11.378/09; que apresentou recurso administrativo, ao qual foi
negado provimento, sendo-lhe aplicadas as sanções de recolhimento do valor da multa pecuniária na
quantia de valor de R$ 3.792,80 (três mil setecentos e noventa e dois reais e oitenta centavos), bem como
a de imediata apresentação do veículo identificado, para o cumprimento da penalidade de apreensão pelo
prazo de 40 (quarenta) dias, conforme o art. 40, II, “b" da lei 11.378/09 e critérios descritos no art. 84 do
decreto 11.832/09.
Juntou documentos comprovando a ocorrência da multa por motivo de “prestar servico de transporte
rodoviário intermunicipal de passageiros”, constando do auto de infração que o veículo teria sido retido e
autuado por esta razão.
Por fim, segundo consta do documento do Id 9333354, de 01.08.2017, trata-se de veículo VW GOL,
pertencente atualmente a pessoa diversa, sem características ou estilo de veículo destinado a transporte de
passageiros.
Tem-se comprovado, portanto, a ocorrência da multa e apreensão do veículo, que não mais pertence ao
autor, bem como o julgamento improcedente do recurso administrativo.
De outro lado, os documentos apresentados pelo autor indicam, em análise preliminar, que não se
tratavam de passageiros em veículo destinado a transporte intermunicipal, conforme declarações
apresentadas. Além disso, do auto de infração consta apenas um singelo “x”, anotado por preposto da
acionada, destacando que a situação era de transporte de passageiros sem a apreciação e consideração dos
argumentos do autor, violando qualquer possibilidade de contraditório e devido processo legal.
Isto posto, por tudo o mais que dos autos consta, havendo fundada dúvida sobre a validade do auto de
infração, DEFIRO o pedido de antecipação de tutela para determinar a suspensão das penalidades
impostas ao autor e ao veículo que conduzia até o julgamento final da ação.
Por motivo de celeridade e economia processual, serve a presente decisão como Mandado, Ofício ou
Notificação.
Intime-se.
CERTIDÃO
8001442-59.2017.8.05.0063
Processo: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (7)
[Defeito, nulidade ou anulação]
CERTIFICO para os devidos fins de direito que se fizerem necessários que fiz a JUNTADA dos
documentos escaneados abaixo relacionados:
=>
Diretor de Secretaria
Proc. nº 0001442-59.2017.8.05.0063
HELDER ARAÚJO MOTA, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB n° 23.912, vem, perante V.
Exa., nos autos do processo acima mencionado, informar que já fora protocolado substabelecimento para
o advogado Wagner Francesco de Miranda Martins (id 13437543), pelo que requer a sua desabilitação
como advogado do autor no sistema PJe.
Termos em que,
Pede deferimento.
OAB – 23.912
Autos nº 8001442-59.2017.8.05.0063
Inicialmente, nos termos do art. 334, § 4º, inciso II, e § 5º, do Código
de Processo Civil, informa o Estado da Bahia que a controvérsia posta à
apreciação judicial envolve direitos indisponíveis e não pode ser transacionada,
razão pela qual NÃO possui interesse na realização de audiência de conciliação
ou de mediação.
I - DA TEMPESTIVIDADE
assim como não operam os efeitos da revelia quanto à presunção de terem sido
admitidos como verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, nem se admite
confissão ou reconhecimento do pedido. (Cf. STJ: AgRg no Resp 1187684/SP, Rel.
Min. Humberto Martins, Segunda Turma, Julgado em 22/05/2012, DJe
29/05/2012, e AgRg nos Edcl no Resp 1288560/MT, Rel. Min. Castro Meira,
Segunda Turma, Julgado em 19/06/2012, DJe 03/08/2012).
II - DA SÍNTESE DA INICIAL
Isto posto, por tudo o mais que dos autos consta, havendo
fundada dúvida sobre a validade do auto de infração, DEFIRO
o pedido de antecipação de tutela para determinar a
suspensão das penalidades impostas ao autor e ao veículo
que conduzia até o julgamento final da ação.”
III DO MÉRITO
data afirmados pelos fiscais”, contudo tal alegação é absurda. Fosse correta tal
ilação, poder-se-ia concluir que os fiscais da AGERBA teriam o dom da
mediunidade para preencher os dados da infração, tais como nome completo do
Autor, seu RG, CPF e número de CNH, além de placa e renavam do seu veículo.
Estados).
I - medidas administrativas:
II - penalidades cumulativas:
Nesse sentido:
IV - DOS REQUERIMENTOS
OAB/BA Nº 33.363
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