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Análise do Livro: "O Outro Gume da Faca"

O Outro Gume da Faca


Aldo Tolentino era um famoso advogado, sempre teve uma vida calma, tinha
três filhos, dois com Maria Lucia com a qual era casado e outro chamado Paulo Sérgio
da ex-mulher que falecera. Era sócio com Marco Túlio de um escritório de advocacia,
e grande amigo deste.
Rapaz mais novo que Tolentino, Marco Túlio era casado com Sonia, mas não
tinha filhos. Tolentino amava muito sua esposa, e vivia uma relação feliz, até que em
um jantar oferecido ao casal de amigos, começou a desconfiar de sua mulher, pois
Maria Lucia o ofendera em pleno jantar na frente de seus amigos. Esse incidente
somado as saídas de casa sem dizer aonde ia passando a tarde toda fora, certos
telefonemas curtos em sua presença ou logo desligados com sua chegada
começaram a despertar-lhe a desconfiança.
Marco Túlio era amante de Maria Lucia, com a qual sempre saia às escondidas,
para seu sócio e sua esposa não desconfiarem desse relacionamento entre os dois.
Marco Túlio precisava ir a São Paulo para uma entrevista com uma financeira,
mas usa-se desse fato para afastar Tolentino da cidade para com isso poder passar
a noite em sua casa, por isso mandou Tolentino representar a advocacia nesta
reunião, dizendo que este estava bem a par do assunto, e que possuía experiência
que impunha respeito.
Levando em conta os motivos de sua desconfiança, Aldo resolve descobrir o
que se passa com a esposa, escondendo-se em seu escritório na sua casa, decidira
escutar os telefonemas de Maria Lucia pela extensão, passado algumas horas o
telefone tocou, era Marco Túlio, por este telefonema descobre o caso de sua mulher
com seu sócio e que a viagem a São Paulo era pretexto para que os se encontrassem
na sua própria casa.
Bolou um plano e o repassou durante o voo, chegando a São Paulo fez uma
reserva para o voo das vinte horas, apresentando o nome de Manoel dos Santos, um
continuo da advocacia de quem pegara a identidade escondido.
Chegou a São Paulo à noite, dormiria em um hotel para a reunião no dia
seguinte. Nessa noite havia um jogo de futebol na TV, Santos e Botafogo, combinara
com a telefonista que não queria ser incomodado, porque ia descansar pedindo que
ligasse as nove meias, horário, do jogo para acordá-lo.
Logo após deixou o hotel sem que ninguém o percebesse, retornando ao Rio
de Janeiro, já em sua casa entrou na surdina para não ser descoberto, ouviu os dois
conversando no banheiro, lembrou que Marco Túlio carregava uma pistola na bolsa,
e precipitou-se a pega-la, logo deu com os dois na porta do banheiro, em desespero
sem pensar deu dois tiros, matando-os, esposa e amante.
Após o assassinato limpou a arma no lençol, mais uma vez tomando grande
cuidado saiu da casa, voltando ao hotel em São Paulo sem ser percebido novamente.
No dia seguinte é avisado que a esposa foi assassinada, com isso volta para o
Rio, na qual é recebido pelo Delegado Amarante, que através de investigações,
descobre que ele não saiu do hotel na noite anterior, pois deixara a secretaria
eletrônica ligada para dar impressão à telefonista que estava mesmo no hotel.
A caminho da delegacia o delegado fazia perguntas, mas Tolentino advogado
experiente que era contornava-as sem precipitações, na delegacia, o delegado lhe
esclareceu a situação, fazendo logo em seguida algumas perguntas para averiguação,
mas como já mencionado Tolentino mais uma vez ele se saiu mito bem.
O delegado o pegou de surpresa ao revela-lhe que seu filho Paulo Sérgio
chegara de viagem, ao saber disso quase põe tudo a perder, mas logo se recompôs.
Amarante o leva ao cemitério, mas não consegue acompanhar o enterro,
devido ao aglomerado de repórteres. Por isso leva-o para casa, a pedido de Tolentino,
pois este desejava guardar a maleta que carregava contendo a secretaria eletrônica,
a grande prova do crime.
Volta com o delegado para delegacia, onde responde a um interrogatório, em
que mais uma vez o delegado tentava pegá-lo em contradição, mas não conseguiu,
descreveu como fora sua noite anterior, mas conforme o plano tão bem traçado o
delegado nada conseguiu com as indagações.
Na noite anterior, Paulo Sérgio ao chegar a casa tinha se deparado com os dois
corpos estendidos no chão, havia muito sangue em todo o quarto. Pegou a arma para
se proteger, pensando que o assassino estivesse nas dependências da casa, mas
não encontro ninguém.
Na delegacia Tolentino perguntou por seu filho Paulo Sérgio, e descobriu que
este estava detido, mas por enquanto apenas para averiguação. O delegado se
convence que Tolentino é inocente, e o dispensa, revelando que apesar de achar a
princípio algumas coisas estranhas com ele, logo verificou que não passava de
indagações errôneas.
No caminho de volta para casa foi pensando em seu filho, se perguntando como
ele poderia ter voltado de viagem justamente nesse dia, mas logo pensou que não
poderiam acusá-lo, porque faltariam provas.
Chegando a casa se pôs a destruir a secretaria, transformando- a em um
emaranhado de peças retorcidas e fragmentos de fitas magnéticas no chão,
destruindo assim a grande prova do seu crime.
Na manhã seguinte ao ler os jornais, viu que a mídia dizia que seu filho era o
culpado pelos assassinatos, e o delegado Amarante em entrevista concedida ao
jornal, dizia que fora afastado a hipótese de suicídio ou assalto, que realmente a
polícia tinha concluído o crime onde o culpado seria Paulo Sergio.
Após ler essa notícia se apressa a trocar de roupa para comparecer a
delegacia, mas quando abre a porta se depara com Amarantes acompanhado de três
policiais, logo uma algema Tolentino que pego de surpresa pergunta o que aconteceu,
o delgado nada responde e se apressa a levá-lo para a viatura.
Na delegacia ficou sabendo que Armênia, empregada da família há sete anos,
presenciou o crime e revelou tudo ao delgado, que agradeceu pela confiança de Dona
Armênia, pois esta estava com medo de testemunhar contra o expatrio, pois o
estimava muito, dizendo que era o melhor patrão, que tivera na vida.
Paulo Sérgio foi libertado, minutos antes de cometer um suicídio, pois acharam
com esta sua camiseta amarrada na forma de laço.

Argumentos contra Dante Delmanto


Como o próprio Dante cita em seu livro Defesas que eu fiz no júri, no caso do
Passional russo, a sogra de TM, revela que este era muito ciumento, vale dizer que o
ciúme é um sentimento que revela um desejo de posse da pessoa amada, que se
assemelha à inveja, lembrando que posse temos de coisas que não possuem
sentimentos, oi seja coisas que não amam, e não seres humanos.
Interessante mencionar que TM, sempre soube que a esposa o traia e
indiretamente sempre consentiu, como é revelado no Livro de Dante, onde expressa
que no seu diário, ele mencionou que desde quando trabalhava em Casa Grande, nas
obras de condução de água para São Paulo, já tinha ciência que Tâmara era infiel,
pois está se encontrava com o filho do administrador, sobre essa traição TM, dizia em
seu diário que esse caso de sua esposa era um simples passa tempo para ela.
Mais a diante em seu diário cita que quando passou a morar em Moji estranhara
intimidades de dela com o tal M, indo com este até no cinema, TM ao tomar ciência
disso escrevera que ela era fascinada pó riqueza, pois M era herdeiro de uma grande
propriedade na Polônia, enfim entre outros casos de infidelidade que o próprio TM
citou em seu diário, ele sempre tinha conhecimento e desculpas para nunca terminar
o relacionamento, isto mostra que o esposo nunca se mostrara insatisfeito com
relacionamento.
Quando Tâmara engravidou teve dúvidas de quem era o pai, por isso provocou
um aborto, não deixando uma vida que não era responsável por atos que nem mesmo
conhecia, perpetuar-se, e quem tira uma vida tão injustamente assim, lembrando que
nosso pais proíbe tal ato de injustiça, não pode ser uma pessoa tão benévola.
Ainda cita em seu diário que ameaçou sua esposa devido a suas traições:
“Ou vive comigo, tem que abandonar tudo, esquecendo o passado, ou tem que
morrer”.
Como se pode notar na obra de Dante Delmanto, esse caso de homicídio duplo
ocorreu em uma época que a sociedade era extremamente machista, visava apenas
direitos dos homens, onde a mulher não tinha importância para o corpo social, registre-
se ainda, que o caso de homicídio provocado por mulher se considerava está culpada
pelo ordenamento da época.
Neste sentido, deve-se afastar da sociedade, a ideia de que o crime cometido
por um apaixonado, é defensável perante o direito. Esta paixão nada tem a ver com o
amor, e sim com a inveja, com a possessividade, devendo ser punível, pois como
pode um amante dar fim a seu objeto de desejo.
Paixão no banco dos réus
Por traz de todo crime existe uma grande paixão, no entanto, a paixão que
move a conduta criminosa não resulta do amor, mas sim do ódio, do ciúme doentio
que apenas se assemelha ao amor, pois como pode um amante matar seu objeto de
desejo?
Posta assim a questão, é de se lembrar de um crime onde a paixão sentou-se
no banco dos réus. Foi um delito cometido por um cego da paixão chamado Antônio
Marcos Pimenta Neves, que se achava responsável por tudo que a ex-namorada
possuía, até o dia em que a cegueira do ciúme o invadiu completamente fazendo-o
disparar dois tiros contra Sandra Gomide, matando-a e dando fim ao seu objeto de
desejo.
No dizer sempre expressivo da Procurado Geral de Justiça do Ministério
Público do estado de São Paulo, Luiza Nagib Eluf “ninguém mata por amor. Os
sentimentos que dominam o espírito do criminoso passional são o ódio, a vingança, o
rancor, a egolatria entre outros”.
Inadequado seria esquecer, também a opinião do ilustre e saudoso penalista o
Dr. Nelson Hungria, que expressa que o passionalíssimo que vai até o assassínio,
muito pouco tem a haver com o amor, efetivamente não é amor, não é honra ferida.
Em virtude dessas considerações, concluímos que i ciúme advindo da paixão
faz nascer um desejo de posse que mais se parece com a inveja do que com o amor,
pois amar é apreciar, é desejar, é dedicar-se enfim é um sentimento mutuo de querer
e não de não querer.
Bibliografia

Sabino, Fernando. O outro gume da faca. 5º ed. Rio de Janeiro: Editora Ática,
1995.
Delmanto, Dante. Defesas que eu fiz no júri. 6º ed. Rio de Janeiro: Renovar,
1996.
Lispector, Clarice. Amor.25º edito de janeiro: Francisco Alves, 1993.

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