Enfermagem
Módulo I
Ética Profissional
Produzido por:
Depto. Pedagógico - Escola Info Jardins
Rua Campos Sales, 303 - 8º andar
Centro de Barueri - SP
www.escolainfojardins.com.br
SUMÁRIO
4 – BIOÉTICA ..................................................................................................................................... 8
5 – LEGISLAÇÃO............................................................................................................................... 8
7 – SUICÍDIO .................................................................................................................................... 26
8 – EUTANÁSIA ............................................................................................................................... 28
1 – HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
A Enfermagem é uma profissão desenvolvida através dos séculos e que sempre teve como base três
elementos principais:
1) O Espírito de serviço, também compreendido como ideal profissional, condição essencial para
se atingir elevado grau na proposta de cuidar de doentes e preservação da saúde.
2) A Arte, definida pela habilidade em desenvolver as técnicas de enfermagem e em promover
conforto físico e moral do doente.
3) A Ciência, aperfeiçoamento dos conhecimentos através das ações empíricas, sempre buscando o
crescimento da categoria e o aumento da qualidade dos serviços prestados.
A História da Enfermagem pode ser dividida em quatro períodos que vão desde a era antes de
Cristo até a atualidade.
1) A direção da escola deveria ser exercida por uma Enfermeira, e não mais por um médico o que
era muito comum nos poucos cursos ministrados em hospitais.
2) O ensino deveria ser metódico e não ocasional através da prática.
3) A seleção das candidatas deveria ser feita do ponto de vista físico, moral, intelectual e por
aptidão profissional.
Estes critérios fizeram com que as moças educadas de família cultas, começassem a procurar e a se
dedicar a essa profissão, tornando-a uma profissão bem honrada e bem vista pela sociedade.
A Enfermagem foi evoluindo ao longo dos tempos, quebrando conceitos e preconceitos, rompendo
tabus, foi cada vez mais se aperfeiçoando até tornar-se hoje uma profissão de nível médio ao
superior, mas ainda esbarramos nestes preconceitos e tabus da nossa sociedade, cabe a cada
profissional desta área impor-se de maneira a demonstrar que detém o conhecimento e formação
teórico-prática para que todos sejam respeitados como profissionais dignos e de extrema
importância dentro da sociedade.
- Sindicato
Como em todas as áreas, na Enfermagem também tem-se disputa por interesses. Por isso, antes de
se filiar a algum sindicato, o profissional deve obter informações a respeito do mesmo, conversar
com seus colegas e então escolher aquele que mais represente as suas reivindicações.
criação das mesmas (Lei 5.905 que pode ser consultada, na íntegra, no Diário Oficial da União de
13/07/73, seção I, Parte I, pg. 6.825):
Referente ao COFEN:
são criados o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Conselhos Regionais de
Enfermagem (CORENs)
o COFEN e os CORENs são órgãos disciplinadores do exercício da profissão da Enfermagem
o COFEN terá nove membros efetivos e igual número de suplentes, todos enfermeiros
os membros do COFEN serão eleitos por maioria de votos, em escrutínio secreto, na
Assembléia dos Delegados
o mandato será de três anos, admitida uma reeleição
a receita será constituída de : um quarto da taxa de expedição das carteiras profissionais, um
quarto de multas, um quarto de anuidades, doações, rendas eventuais.
Compete ao COFEN:
instalar os CORENs
elaborar o código de ética e alterá-lo, quando necessário
dirimir as dúvidas
julgar recursos provenientes dos CORENs
homologar, suprir ou anular atos dos CORENs
promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento
publicar relatórios anuais
convocar e realizar assembléias.
Referente ao COREN:
sede localizada na capital do estado
terá, no máximo, 21 membros e igual número de suplentes, na proporção de 3/5 de enfermeiros
e 2/5 dos demais profissionais
o número de membros sempre será ímpar, e a sua fixação será feita pelo Conselho Federal, em
proporção ao número de profissionais inscritos
eleição por voto secreto e obrigatório
ao eleitor que, sem justa causa, deixar de votar nas eleições, será aplicada multa correspondente
ao valor da anuidade
mandato de 3 anos, admitida uma reeleição
a receita será de: ¾ da taxa de expedição das carteiras profissionais, ¾ das multas, ¾ das
anuidades, doações.
Compete ao COREN:
deliberar inscrição e cancelamento de profissionais
disciplinar e fiscalizar o exercício profissional
fazer executar as instruções do COFEN
conhecer e decidir os assuntos referentes a ética
aplicar penalidades
expedir a carteira profissional
zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçem
propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício profissional
3.2 - Ética: Segundo o dicionário Aurélio, ética é o conjunto de normas e princípios que norteiam
a boa conduta do ser humano. O profissional de enfermagem deve orientar o seu comportamento
pelo código de ética que rege sua profissão. A ética aplicada ao exercício da profissão , abrange
os deveres em relação;
3.3- Dever: obrigação moral determinada , expressa / O dever é ativado pela consciência moral.
- consciência moral: é a capacidade que possui o homem de distinguir o bem moral do mal. É o
juiz das nossas ações e das alheias.
3.3.1) Características do dever:
O dever é obrigatório: A consciência nos atesta que somos obrigados a observar a lei moral, embora
conservemos, em virtude de nossa liberdade, o poder físico de não cumpri-la.
O dever é absoluto: A consciência revela que o cumprimento do dever é incondicional - gera
obrigação absoluta.
O dever é universal: A obrigação imposta pelo dever se estende a todos os homens, no tempo e no
espaço.
- Conseqüências do dever ;
- Responsabilidade: Responder pelos atos e sofrer as conseqüências acarretadas pelos
mesmos.
- O Mérito e o Demérito: É o aumento ou diminuição do valor moral.
- Virtude: O hábito do bem - agir conforme o dever
- Vício: O hábito do mal - agir em desacordo com o dever.
- A Sanção: É o conjunto de recompensas e castigos conseqüentes à inobservância ou
violação da lei natural.
Revelação do Segredo
1) Direta - revelar conteúdo e dono.
2) Indireta - quando se oferece possibilidades de descobrir o segredo.
de saúde;
4 – BIOÉTICA
5 – LEGISLAÇÃO
5.1 - Decreto 94.406, de 08 de junho de 1987
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem,
e dá outras providências
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
Decreta:
Art. 1º - O exercício da atividade de Enfermagem, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25
de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro, Técnico de
Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no
Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Art. 2º - As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu
planejamento e programação.
Art. 3º - A prescrição da assistência de Enfermagem é parte integrante do programa de
Enfermagem.
Art. 4º - São Enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos
termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as
l) execução e assistência
obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde,
particularmente nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra-referência do
paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos
para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de
Enfermagem.
Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira
Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V - integrar a equipe de saúde;
VI - participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para
a saúde;
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes:
VIII - participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 12 - Ao Parteiro incumbe:
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente;
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único - As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro
Obstetra, quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, sob controle e
supervisão de unidade de saúde, quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias.
Art. 13 - As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão,
orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 14 - Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de Enfermagem,
para fins estatísticos;
Art. 15 - Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal
e dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e
contratação de pessoal de Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho
Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único - Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação
com o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já
existentes com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a
vencimentos e salários.
Art. 16 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 17 - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 08 de junho de 1987;
José Sarney
Eros Antonio de Almeida
Art. 2º - O profissional de Enfermagem participa, como integrante da sociedade, das ações que
visem satisfazer às necessidades de saúde da população.
CAPÍTULO II
Dos Direitos
Art. 7º - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.
Art. 8º - Ser informado sobre o diagnóstico provisório ou definitivo de todos os clientes que
estejam sob sua assistência.
Parágrafo único - Ao cliente sob sua responsabilidade, deve ser garantida a continuidade da
assistência de Enfermagem.
Art. 12 - Receber salários ou honorários pelo seu trabalho que deverá corresponder, no mínimo, ao
fixado por legislação específica.
Art. 15 - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional, cultural e a defesa dos
legítimos interesses de classe.
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades
Art. 17 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou
atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para a clientela.
Art. 19 - Promover e/ou facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural do pessoal sob sua
orientação e supervisão.
CAPÍTULO IV
Dos Deveres
Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de
imperícia, negligência e imprudência.
Art. 27 - Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e
seu bem-estar.
Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade
profissional, exceto nos casos previstos em Lei.
Art. 30 - Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento do cliente e família sobre o seu estado
de saúde e tratamento, possíveis benefícios, riscos e conseqüências que possam ocorrer.
Art. 31 - Colaborar com a equipe de saúde na orientação do cliente ou responsável, sobre os riscos
dos exames ou de outros procedimentos aos quais se submeterá.
Art. 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por
parte de qualquer membro da equipe de saúde.
Art. 39 - Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, imprudência e
negligência.
CAPÍTULO V
Das Proibições
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua
consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.
Art. 47 - Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que o compõem e da
existência de risco para o cliente.
Art. 51 - Prestar ao cliente serviços que por sua natureza incumbem a outro profissional, exceto em
caso de emergência.
Art. 54 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o cliente, sem sua autorização.
Art. 55 - Publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participação ou omitir em
publicações, nomes de colaboradores e/ou orientadores.
Art. 56 - Utilizar-se, sem referência ao autor ou sem autorização expressa, de dados, informações
ou opiniões ainda não publicados.
Art. 58 - Determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e demais legislações que
regulamentam o exercício profissional da Enfermagem.
Art. 59 - Trabalhar e/ou colaborar com pessoas físicas e/ou jurídicas que desrespeitem princípios
éticos de Enfermagem.
Art. 61 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência
desleal.
Art. 62 - Aceitar, sem anuência do Conselho Regional de Enfermagem, cargo, função ou emprego
vago em decorrência do previsto no Art. 41.
Escola Info Jardins 16
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ética Profissional
Art. 63 - Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, unidade
sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere sem nele
exercer as funções de Enfermagem pressupostas.
Art. 64 - Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que outro
profissional assine as que executou.
Art. 65 - Receber vantagens de instituição, empresa ou de cliente, além do que lhe é devido, como
forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para
si ou para outrem.
Art. 67 - Usar de qualquer mecanismos de pressão e/ou suborno com pessoas físicas e/ou jurídicas
para conseguir qualquer tipo de vantagem.
Art. 68 - Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ordens,
opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional.
Art. 69 - Ser conivente com crime, contravenção penal ou ato praticado por membro da equipe de
trabalho que infrinja postulado ético profissional.
Art. 70 - Denegrir a imagem do colega e/ou de outro membro da equipe de saúde, de entidade de
classe e/ou de instituição onde trabalha.
CAPÍTULO VI
Dos Deveres Disciplinares
Art. 74 - Manter-se regularizado com suas obrigações financeiras com o Conselho Regional de
Enfermagem.
Art. 78 - Não apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer bem imóvel, público ou particular de que
tenha posse, em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
Capítulo VII
Escola Info Jardins 17
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ética Profissional
Art. 80 - Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência
e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
Art. 81 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e
Regionais de Enfermagem.
Art. 82 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver
benefício, quando cometida por outrem.
Art. 83 - A gravidade da infração é caracterizada através da análise dos fatos e causas do dano, suas
conseqüências e dos antecedentes do infrator.
Art. 84 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos deste Código.
I - Advertência verbal.
II - Multa.
III - Censura.
Parágrafo terceiro - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais
dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem,
terá como instância superior a Assembléia dos Delegados Regionais.
IV - Os antecedentes do infrator.
Art. 88 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, conforme a natureza do ato
e a circunstância de cada caso.
Parágrafo primeiro - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental
ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade.
Parágrafo segundo - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida,
debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa.
Parágrafo terceiro - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade
permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável
em qualquer pessoa.
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência,
evitar ou minorar as conseqüências do seu ato.
I - Ser reincidente.
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou
função.
Capítulo VIII
Da Aplicação das Penalidades
Art. 91 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente,
quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 92 - A pena de Advertência Verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos: 16 a 26; 28 a 35; 37 a 44; 47 a 50; 52; 54; 56; 58 a 62 e 64 a 78 deste Código.
Art. 93 - A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
16 a 75 e 77 a 79, deste Código.
Art. 94 - A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
16; 17; 21 a 29; 32; 35 a 37; 42; 43; 45 a 53; 55 a 75 e 77 a 79, deste Código.
Art. 95 - A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que
está estabelecido nos artigos: 16; 17; 21 a 25; 29; 32; 36; 42; 43; 45 a 48; 50 a 53; 57 a 60; 63; 66;
67; 70 a 72; 75 e 79, deste Código.
CAPÍTULO IX
Das Disposições Gerais
Art. 98 - Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciativa
própria e/ou mediante proposta de Conselhos Regionais.
Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria.
Art. 99 - O presente Código entrará em vigor na data de sua publicação, revogando os demais
disposições em contrário.
Resolução COFEN-240/2000
CONSIDERANDO o resultado dos estudos originários de seminários realizados pelo COFEN com
participação dos diversos segmentos da profissão;
CONSIDERANDO o que consta dos PADs COFEN nºs 83/91, 179/91, 45/92 e 119/92;
RESOLVE:
Art. 1º - Fica aprovado o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, para aplicação na
jurisdição de todos os Conselhos de Enfermagem.
Art. 4º - Este ato resolucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário, em especial, as Resoluções COFEN-160/93, 161/93 e 201/97.
6.1) Aborto
O elevado número de abortos provocados anualmente, calculados em torno de 50
milhões,
pode dar impressão de uma reflexão inútil ,e essa conclusão parece se reforçar quando atentamos
para outros aspectos: muitos abortos apresentam a aparência de uma fatalidade irremediável devido
aos gravíssimos problemas que os originaram; nessa questão, abundam as posições unilaterais e
redutivas, a manipulação de dados, os interesses camuflados, as intransigências e os ataques
pessoais. Se a isso acrescentarmos a carga efetiva , o caráter angustioso e a dimensão inconsciente
em que, como resultado, o aborto se vê envolvido, pode se compreender melhor ainda a dificuldade
de dar uma opinião que, levando em conta as múltiplas implicações do tema, sirva a um diálogo
construtivo e a uma melhor defesa da vida. No entanto, vamos dar alguns tópicos.
6.1.1) Definição:
O aborto é a expulsão de um produto de concepção antes que ele seja viável.
O aborto á embrionário antes de 3 meses, fetal até o sétimo mês.
6.1.2) Classificação:
– aquele que acontece por causas naturais;
– aquele que acontece pela intervenção especial do homem.
As causas que estão na origem da provocação do aborto costumam ser chamadas de “indicações”:
a) indicação eugenica (= aborto eugenico) se o aborto é provocado para livrar-se de um feto com
taras (mal formações);
6.2 ) Legislação:
O artigo 158 do código penal admite o aborto:
e esta em perigo;
Apresentamos 3 tópicos:
I – Definição de morte
II – Direitos do paciente terminal
III – Atitudes de fronte a morte e o morrer (relação e ajuda)
II. Os programas de transplantes exigem órgãos íntegros e hígidos para o seu sucesso e
funcionantes por ocasião da morte encefálica. Cabe ao médico em geral e ao neurologista em
particular, a difícil tarefa de decidir se determinado paciente, a despeito dos recursos
disponíveis, apresenta ou não cessação irreversível da atividade encefálica. É interessante
assinalar que alguns autores consideram a morte como um processo e não como um evento, e
portanto, não pode ser determinada como ocorrendo em um momento específico. Por isso talvez
seja mais correto estabelecer os critérios em que a morte ocorreu.
O cérebro pode ser deprimido por drogas até de níveis afuncionais, não perdendo entretanto
a capacidade de recuperação como por exemplo em anestesia. Em muitos centros
neurotraumatológicos se usa rotineiramente, em caso de contusão grave, o coma barbitúrico
iatrogênico, e o paciente nestas condições apresenta-se arreativo e com traçado
eletroncefalográfico isoelétrico. Acredita-se que hipotermia possa reproduzir este mesmo
quadro. Na grande maioria dos centros que utilizam órgãos de cadáver para finalidade
terapêutica se teve o cuidado de estabelecer as regras para definir morte encefálica. Estas regras
são variáveis de centro para centro, desde conceito puramente único, até critérios mais
sofisticados utilizando além de dados de ordem clínica, dados de exames subsidiários. Por estes
motivos, sentiu-se a necessidade de definir oficialmente o critério de morte encefálica. Em todo
paciente com traumatismo cranioencefálico ou com graves problemas neurológicos clínicos, o
diagnóstico de morte encefálica deverá basear-se nos seguintes critérios:
a) Paciente em coma arreatico e aperceptivo por mais de 6 horas de observação, tendo sido
excluídas condições de hipotermia e de uso de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central.
b) O Conceito clínico de morte encefálica deve ser respaldado por um exame complementar que
demonstre inequivocamente ausência de atividade cerebral ou ausência de perfusão sanguínea
cerebral. Em nossas condições atuais pode-se utilizar para isso o eletroencefalograma ou a
arteriografia cerebral, ou ainda medidas de fluxo sanguíneo cerebral mediante o emprego de
radioisotopos. Preenchidas as condições acima, a declaração de morte encefálica deverá
necessariamente ser assinada por um médico representante da Diretoria Clínica além do
neurologista clínico ou do neuro cirurgião responsável pela avaliação.
Tenho o direito de conservar minha individualidade e não ser julgado por minhas decisões que
podem ser contrarias aos valores dos outros.
Tenho o direito de discutir e aprofundar minha religião e/ou experiências religiosas, não importando
o que isso signifique para os outros.
Tenho o direito de ser cuidado por pessoas sensíveis, humanas e competentes que procurarão
compreender e responder as minhas necessidades e sentir-se-ão gratificadas em me ajudar face a
minha morte.
(Este texto foi resultado de um seminário sobre: O Paciente Terminal: como ajuda-lo, em Lansing,
Michigan, USA.)
a) Considerações gerais:
Desde os primórdios da história, o homem se preocupa com a morte. Esta preocupação se
caracterizou principalmente pelo sentimento de medo. A morte é o mais antigo e temido inimigo da
humanidade.
O conceito de imortalidade presente desde o homem primitivo, hoje ajuda o ser humano no
esforço de enfrentar a morte. Aproximadamente 80% das pessoas atualmente morrem em hospitais
(U.T.I) ou outras instituições como oposição de morrer em casa. A morte é inevitável, é somente
uma questão de tempo.
Doenças ameaçadoras da vida como o câncer, são freqüentemente vistas pelo paciente como
catastróficas, e podem levá-lo a passar por estágios semelhantes aqueles da pessoa que está
morrendo.
Se a morte é uma companheira constante na vida do homem, ele tem a chance de viver sua
vida e não simplesmente passar por ela.
Aqueles que têm mais medo de morrer são os que não viveram. Muitas pessoas morrem sem
terem a oportunidade de resolver assuntos pendentes.
Recentemente, descobertas clínicas apóiam e encoraja a revelação sincera, desde os estágios
iniciais da doença terminal a pessoa que esteja morrendo (dying person).
Religião não é a única necessidade da pessoa que esta morrendo.
Negação, isolamento e rejeição são o que o paciente terminal mais teme. O cuidado
adequado ao paciente terminal pode resultar numa morte com paz e dignidade.
Negação:
“Não, não é verdade”. Não pode ser.
Reação típica quando o paciente descobre que ele(a) está morrendo:
“Devem ter trocado o raio X”.
Ódio e Raiva:
Por que eu? Por que isso aconteceu comigo?
Ressentimento porque os outros podem viver e ele (a) não. Deus geralmente é alvo da raiva como
sendo a origem da sentença de morte.
Barganha: “Sim, eu, mas...”. Trégua temporária caracteriza-se por um período de oração. Segue o
instinto humano de que o bom comportamento será recompensado. Isto é uma tentativa para adiar
os acontecimentos. Freqüentemente o paciente , se auto impõe um prazo final.
Depressão: Aceitação do fato seguido de dor pelas perdas passadas, erros cometidos, coisas
materiais deixadas incompletas. Um estágio de sofrimento caracterizado pelo desejo de ficar
sozinho, diminui o interesse por pessoas e fatos.
Aceitação: Um estágio que sempre tem sentimentos fortes caracterizado pela relutância da parte do
paciente terminal de ver pessoas. Esta é a ocasião em que a família precisa de paz, ajuda e atenção.
Escola Info Jardins 25
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ética Profissional
7 – SUICÍDIO
7.1 ) A realidade do suicídio
Contrariamente a antiga visão simplificada que considerava o suicídio como um fato
isolado, hoje ele aparece comumente como o fim de um processo, que aparece ao longo de toda
uma vida; e isso por outro lado, permite que ele possa ter de certa modo, ações preventivas.
A análise das tentativas de suicídio e o histórico das pessoas que se suicidaram permitiram a
descoberta de mecanismos psicológicos e sociais que podem favorecer a tomada de uma decisão tão
radical.
Em 1983, no Pronto Socorro de um hospital em São Paulo, foram atendidos 816 casos de
tentativas de suicídio:
ão
7.2 ) Os sobreviventes
apoio.
Bíblia, não apresenta qualquer referência em relação ao suicídio, muito embora posteriormente a
tradição cristã tenha recorrido a essa proibição querendo incluir também o suicídio.
Santo Tomas e, com ele, os autores católicos basearam a imortalidade do suicídio em uma
tripla razão:
8 – EUTANÁSIA
8.1) Preliminar
A eutanásia (juntamente com suicídio e o aborto) está entre aqueles problemas que retornam
sempre a tona nas discussões teológicas da atualidade. Em matéria legislativa ela faz infalivelmente
parte de uma trilogia indissociável: divórcio, aborto e eutanásia. Isto nada tem de surpreendente
uma vez que, por trás destes e de outros problemas semelhantes, encontra-se sempre uma visão do
mundo e do homem. Isto é tão verdadeiro que normalmente as posições assumidas diante dos vários
problemas aparentemente diferentes, é sempre a mesma.
Quem aceita irrestritamente o aborto, aceita irrestritamente a eutanásia.
É, sobretudo uma tentação constante na vida do médico.Entretanto, o problema não
atormenta apenas os médicos. Sempre com maior insistência, ele é colocado em termos de
consciência, mesmo para as pessoas que em linha de princípio adotam a concepção cristã da vida e
da morte. Elas as colocam mesmo em nome da moral e da caridade.
Por que uma morte inevitável não poderia ser apressada, quando o sofrimento é demasiado?
Por que em certos casos a morte não poderia ser encarada como libertação de um peso de uma vida
ao menos aparentemente inútil? Por que não atender ao menos aqueles que pedem a morte?
Antigamente a morte só poderia ser obtida por métodos chocantes. Mas hoje...
No decorrer dos séculos a palavra serviu para traduzir toda a solicitude médica diante dos
sofrimentos e angustias de um moribundo. Neste século, o termo eutanásia passou pouco a pouco a
representar um mero eufemismo para significar a supressão indolor da vida, voluntariamente
provocado, de quem sofre ou poderia sofrer de modo insuportável. Poderíamos defini-la como
pratica destinada a abreviar uma vida para evitar dores e incômodos ao paciente. Ela tanto pode ser
provocada diretamente por substâncias letais, como indiretamente pela supressão de meios
adequados e necessários para possibilitar a continuação do processo vital.
Ela pode ser provocada com ou sem a participação do paciente.
Eutanásia ativa ( positiva ) é a organização planificada de “ terapias “ que provocam a morte antes
de quando normalmente deveria acontecer. E a chamada morte piedosa.
Eutanásia passiva ( negativa ) é a omissão planificada de cuidados que prolongariam provavelmente
a vida do paciente.
Distanásia é a tentativa de prolongar a vida a todo custo e por todos os meios, mesmo quando estes
se revelam inúteis para possibilitar uma vida meramente vegetativa
-
e da morte. Contudo, já a partir de Pio XII se percebem matizes significativas no tocante a uma
espécie de eutanásia passiva, no sentido de se deixar a natureza seguir seu curso. Num celebre
discurso de 09 de setembro de 1958, Pio XII acentua que “é permitido com o consentimento do
paciente, o uso moderado de analgésicos ministrados para diminuir os sofrimentos, ainda que se
preveja que apressem o momento da morte”.
-
tempo e lugares). O mesmo, não se diz, contudo, dos meios extraordinários. Há circunstâncias
em que a atitude cristã diante da vida e da morte manda deixar a natureza seguir o seu curso. Se
der esta conotação a eutanásia passiva, podermos dizer que ela está de acordo com os
pressupostos cristãos. Mas, se por eutanásia passiva se entende a supressão também dos meios
ordinários, então deveríamos dizer que a eutanásia passiva, bem como a ativa, é inconciliável
com a perspectiva cristã, pois o homem se arroga aqui o direito do decidir sobre a vida e a morte.
Os transplantes dos mais diversos órgãos já não constituem novidade. Todos os anos realiza-
se a Conferência Internacional de Transplantes para serem apresentados e discutidos os últimos
resultados. Desde 1963 existe a revista Transplatation, para comunicar ao mundo científico os
sucessos e as dificuldades neste campo. A maioria dos países já tem uma legislação que visa
regularizar os transplantes.
Art. 3º - A permissão para o aproveitamento referido no artigo 1º, efetiva-se-a mediante a satisfação
de uma das seguintes condições:
I – Por manifestação expressa da vontade do disponente.
II – Pela manifestação da vontade, através de instrumento público, quando se tratar de disponentes
relativamente incapazes ou analfabetos.
III – Pela autorização escrita do cônjuge, não separado, e, sucessivamente, de descendentes,
ascendentes e colaterais, ou das corporações religiosas ou civis responsáveis pelo destino dos
despojos.
IV – Na falta de responsáveis pelo cadáver, a retirada somente poderá ser feita com autorização do
Diretor da Instituição, onde ocorre o óbito, sendo ainda necessária esta autorização nas condições
dos itens anteriores.
Art. 4º - A retirada e o transplante de tecidos, órgãos e parte do cadáver, somente poderão ser
realizados por médico de capacidade técnica comprovada, em instituições públicas e competentes.
Parágrafo Único – O transplante somente será realizado se o paciente não tiver possibilidade
alguma de melhorar através do tratamento médico ou ação cirúrgica.
1. Dada a possibilidade de os órgãos poderem ser obtidos de um doador morto, as doações por
parte de pessoas vivas só se justificam quando seja o único meio para salvar a vida de outrem.
2. Um critério importante para os transplantes é a conseqüência que ele possa ter sobre a
identidade da pessoa, como seria o caso do transplante de glândulas ou de cérebro.
3. Se deve, na medida do possível, consultar o doador, ou ao menos, depois da morte, seus
familiares.
4. Do ponto de vista moral não se pode a mínima objeção de fazermos a generosa doação dos
nossos órgãos para que, após a nossa morte, sejam utilizados em benefício de outra pessoa.
Entretanto, subsiste um problema relacionado com o momento em que os órgãos de uma pessoa
possam ser considerados disponíveis.
Nos transplantes de coração pode-se agir de duplo modo:
a) intervir sempre num doador “descerebrado” e só depois da parada cardíaca;
b) intervir antes da parada cardíaca, mas sempre após a morte cerebral.
A primeira eventualidade parece atender melhor as condições éticas, mas acarreta todas as
dificuldades de uma reanimação para transplantar um órgão tão sensível, de alguma forma lesado.
Ademais, o que sucederia com o “receptor”, se o coração do doador, por qualquer razão,
imprevistamente, não pudesse ser reanimado? Daí a preferência pela segunda hipótese, transplante
antes da parada cardíaca, mas sempre depois da morte cerebral.
Entretanto, como conciliar isto com o princípio ético de respeito a vida até o último
momento? A vida que deve ser preservada a todo custo é a vida humana e não uma vida meramente
vegetativa (após a morte cerebral). Essa breve antecipação do momento da morte total não é mais
do que uma aceleração de um processo irreversível, em benefício de alguém que pode recuperar a
saúde.
Avaliação moral:
Atualmente, há três posições claramente definidas sobre esse ponto dentro da Igreja
Católica. A primeira, mais tradicional e apresentada como ensinamento oficial, rejeita como imoral
toda a inseminação, homóloga e heteróloga: maldade da masturbação e a desvinculação em relação
ao ato conjugal ou artificialmente da intervenção contrária a conformidade da natureza.
A segunda posição, intermediária, considera que a inseminação homóloga pode merecer
uma avaliação positiva, mas não a heteróloga. A homóloga preservaria a comunhão de pessoas
dentro do casamento. A terceira posição, é a que acabaria por se impor inclusive dentro da própria
Igreja, enfoca essa questão a partir de um horizonte personalista, não a partir da simples fidelidade a
uma natureza: ver o bem global das pessoas implicadas (amor).
A Inseminação e a Lei:
Geralmente, as leis defendem um conceito de paternidade biológica que representa problemas no
caso da inseminação heteróloga. Nesse caso, quem é o pai legal? A quem corresponde legalmente a
herança, a custódia, o dever da manutenção e ajuda? Nesse campo, a vida está muito na frente das
leis.
10.2.1) O que é?
(em caso de esterelidade tubária mais ou menos 2% das mulheres).
A realização da fecundação em laboratório se dá através de vários passos. A obtenção do óvulo
pode ser feita depois de esperar que a maturação se produzida de modo espontâneo ou então depois
de provocá-la artificialmente, administrando em doses adequadas um hormônio que desencadeia a
ovulação em um período de trinta e seis horas.
Com uma pequena incisão se extrai o óvulo poucas horas antes da ocorrência da ruptura do folículo;
depois de extraído o óvulo, ele é mantido em cultivo em um meio especial: mantida algumas horas
em incubação a temperatura conveniente, depois ele é colocado em contato com os
espermatozóides.
A obtenção do esperma, diretamente do doador ou de um banco, é uma tarefa muito mais simples.
Se a fecundação se realiza, o óvulo fecundado é mantido no laboratório até a fase da morula e
inclusive de blastócito, para depois ser transferido para o útero, quando se deseja a continuação do
processo. A transferência para o útero constitui uma operação delicada, na medida em que, por ter
êxito, exige uma harmonização entre a fase de desenvolvimento em que se encontra o óvulo
fecundado e a disposição do útero para recebê-lo de modo que possa se verificar a implantação.
A fecundação em laboratório pode se realizar por dois tipos hipotéticos de objetivos: obter o
desenvolvimento de seres humanos diante da impossibilidade de consegui-lo naturalmente ou com
fins de estudo e pesquisa.
mundo pelo preço de uma única criança concebida por fecundação in vitro;
pouco tempo parece aceitável, mas não a estocagem prolongada que os expõem a ser tratadas
em material de laboratório ou produtos comercializáveis. O importante é ver o significa
profundo do amor humano e sua expressão na vinda de uma criança.
10.2.2.3) O papel das manipulações em matéria de procriação: a criança a qualquer preço não
seria a abolição da família?
Devemos somente prestar atenção ao único desejo dos pais, sem inquietar-se com o futuro
reservado a crianças que teriam dois pais, duas mães ou um só parente? A experiência forneceu
mais de uma razão para se alarmar.
O balanço da equipe de “Saint Louis” ( Estados Unidos ) após três anos, indica sobre 200 casos, um
terço das mães portadoras da criança mudaram de opinião e recusaram dar a criança. Ao contrario,
nasceu em Michigan, um bebê perfeitamente normal mas que ninguém mais queria. E que dizer das
relações psicológicas que se cimentam, nas primeiras horas após o parto, entre mãe e sua criança.
servem;
des específicas das condições bio psíquico sociais do enfermo;
12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
edição, 2001.
2. BARCHIFONTAINE, Christian de Paul de, PESSINI, L. Bioética e Saúde, Centro São Camilo
honográfico.
4. CUYAS, Manuel. “El Transplante e recambios de organos humanos: aspectos éticos”, in Labor
7. PESSINI, Leocir, “Atitudes defronte a morte e o morrer” in Pastoral da Saúde, Ministério junto