TERESINA
2019
1
TERESINA
2019
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
NM Norma Mercosul
RN Rating numbers
2D Duas dimensões
3D Três dimensões
AC Abertura central
AL Abertura lateral
EV Eixo vertical
15
LISTA DE SÍMBOLOS
m2 Metros quadrados
𝐶𝑇 Capacidade de tráfego
IT Intervalo de tráfego
𝑛𝑑 Fator de segurança
𝑀 Momento fletor
𝐼 Momento de inpercia
𝑥̅ tensão aproximada
𝑞 Fator de balanceamento
𝐶𝑊 Massa do contrapeso
𝑀𝑚 Massa movida
𝑇 Torque
𝑚 Massa
𝑎 Aceleração
𝑑 Diâmetro
17
𝑇𝑅 Torque requerido
𝑛 Número de guias
𝜎𝑥 Tensão no eixo x
𝜎𝑦 Tensão no eixo y
𝐷𝑥 largura do carframe
𝐷𝑦 profundidade da cabina
𝐹𝑘 Força de flambagem
𝜎𝑘 Tensão de flabmagem
𝑤 coeficiente de flambagem
𝜎𝐹 tensão de boleto
𝐸 Módulo de elasticidade
𝛿𝑥 Deflexão no eixo x
𝛿𝑦 Deflexão no eixo x
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 24
2.1.3.2 Contrapeso...................................................................................... 31
4 RESULTADOS ................................................................................................... 78
22
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.3.1 Cabina
laterais das cabinas panorâmicas. A Figura 4 apresenta uma cabina com fechamento
lateral em vidro.
2.1.3.2 Contrapeso
2.1.3.3 Cabos
2.1.3.5 Guias
34
ℎ𝑟 ∙ 100
𝑖𝑟 = (1)
𝑐𝑟
3 MATERIAIS E MÉTODOS
necessário subir uma rampa em cada pavimento, pois o elevador não atingiria o nível
dos pavimentos, Figura 20.
Uma vantagem dessa localização é que o elevador ficaria bem visível e a sua
porta ficaria no mesmo nível do pavimento de entrada, o que facilitaria o acesso dos
passageiros. Outra vantagem é que não seria necessária a criação de um corredor de
acesso, pois esse já existe. O local apresentaria uma pequena desvantagem pois
ocuparia parte do espaço dos bancos, porém os mesmos poderiam ser realocados
em outra área, Figura 22. Essa alternativa de local se mostrou a melhor pois é a que
mais se adequou ao espaço, portanto a escolhida para o projeto.
Rampa auxiliar
Rampa auxiliar
Como existe espaço suficiente para construir uma nova rampa esta
intervenção se tornou viável. Outro ponto a considerar é que esse tipo de rampa não
exige um elevado custo pra ser construída e a estrutura do corrimão seria reutilizada
na nova rampa.
A norma NBR 5665 estabelece que em qualquer tipo de edifício podem ser
descontados 50% da população do pavimento superior (pavimento 1) ao pavimento
de acesso (térreo), desde que a distância entre eles não exceda 5 m. Outra
consideração estabelecida pela norma é que podem ser descontados nos edifícios
escolares 30% da população dos pavimentos que estejam contidos dentro de uma
distância máxima de 12 m em relação ao pavimento de acesso, neste caso o
pavimento 2. Para edifícios de utilizados para fins escolares, a população deve ser
calculada para as salas de aula utilizando a relação de 1 pessoa para cada 2 m2. Para
os laboratórios e salas administrativas, deve ser utilizada a relação de 1 pessoa para
cada 7m2.
A norma exige que para edifícios com fins escolares os elevadores instalados
devem promover uma capacidade de tráfego (C𝑇 ) capaz de transportar em 5 minutos
a porcentagem mínima de 20% da população total. Para determinar esta capacidade,
primeiro deve-se calcular o número de paradas prováveis do elevador (N). Aplica-se,
de acordo com a norma então a equação:
𝑃−2 𝐶
𝑁 = 𝑃 − (𝑃 − 1) ∙ ( ) (2)
𝑃−1
onde:
a) C representa a lotação máxima de passageiros na cabina;
b) P representa o número de paradas do elevador.
O número de paradas prováveis é importante pois é necessário para
determinar o tempo total de viagem do elevador (t), dado pela fórmula:
𝐿 ∙ 300
𝐶𝑇 = (4)
𝑡
onde:
a) 𝐿 representa a quantidade máxima de passageiros da cabina;
b) 𝑡 representa o tempo total de viagem, dado em segundos.
A NBR 5665 também define atribui que outro fator deve ser observado na
escolha de um elevador, o intervalo de tráfego (𝐼𝑇 ), calculado a partir da Equação 5.
50
Conceitualmente, esse fator é o tempo máximo que um passageiro pode esperar pelo
carro do elevador, ou seja, é o máximo tempo de espera que ocorre entre a saída e a
chegada do elevador (Atlas, 2012).
t
IT = (5)
número de elevadores
De acordo com a norma NBR 56665, para edifícios onde será instalado
apenas um elevador, o intervalo de tráfego máximo admissível deve ser de 80
segundos.
carro principal. Além disso, os custos associados a esse sistema são pequenos pois
ele utiliza um número reduzido de polias. Essa redução também é importante pois
melhora a longevidade e eficiência dos cabos de suspensão.
a estrutura do carro principal a força de içamento máxima (𝐹𝑖 ) pode ser expressa pela
equação abaixo:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜
(6)
𝐹𝑖 = ⏞
(1,25 ∙ 𝑄 + 𝑊) ∙ ⏞
(𝑔 + 𝑎𝑐 )
𝑣 − 𝑣0
𝑎𝑐 = | | (7)
𝑡𝑟
onde:
a) 𝑡𝑟 representa o tempo de aceleração ou retardamento fornecido a partir da
Tabela 2;
b) 𝑣 representa a velocidade final do elevador. Para a condição de subida seu valor
corresponde a velocidade nominal do elevador e para a condição de descida seu
valor corresponde a 0 m/s;
c) 𝑣0 representa a velocidade inicial do elevador. Para a condição de subida seu
valor corresponde a 0 m/s e para a condição de descida seu valor corresponde
a velocidade nominal do elevador.
NÍVEL DE ACESSIBILIDADE
(1) Dentro da cabina cabe um usuário em cadeira de rodas e outro usuário
(2) Dentro da cabina cabe um usuário em cadeira de rodas e vários usuários
(3) Dentro da cabina cabem várias cadeiras de rodas ou uma maca e vários usuários
NOTA MERCOSUL
I Dimensões válidas somente na Argentina
II Dimensões válidas somente no Brasil e Uruguai
III Dimensões válidas somente no Uruguai
IV Dimensões válidas somente no Brasil
Fonte: ANBT NBR NM 313:2007.
A norma NBR 16042 estabelece que o elevador deve ter resistência mecânica
suficiente para suportar as forças aplicadas durante o funcionamento normal ao qual
foi projetado. Além da carga nominal, essas forças são provenientes também do peso
associado de componentes acessórios instalados dentro, acima e abaixo da cabina.
O conjunto formado pela cabina e esses componentes também é conhecido como
“carro principal do elevador”, Figura 27. A NBR 16042 ainda estabelece que os
componentes estruturais da cabina (incluindo o car frame) devem possuir resistência
mecânica para resistir aos esforços solicitantes sem deslocamento maior ou igual à
15 mm.
55
8 2
Estabeleceu-se que a estrutura do car frame seria composta por quatro vigas,
duas colunas e um suporte para o acoplamento dos tirantes. A escolha dos perfis
baseou-se em geometrias que pudessem encaixar facilmente entre si. Desta forma
optou-se por trabalhar com perfis em U para as vigas e colunas e para o suporte, perfil
em barra chata. A figura abaixo apresenta um croqui do projeto inicial da estrutura
metálica:
𝑀∙𝑐
𝜎𝑚á𝑥 = (10)
𝐼
onde:
a) 𝜎𝑚á𝑥 representa a tensão máxima de flexão que ocorre no elemento;
b) 𝑀 representa o momento fletor interno calculado em torno do eixo neutro da
seção transversal;
c) 𝐼 representa o momento de inércia da área da seção transversal do perfil;
d) 𝑐 representa a distância perpendicular do eixo neutro ao ponto mais afastado do
perfil onde a tensão máxima age.
Como (𝜎𝑚á𝑥 ) pode ser determinado pela Equação 9 e 𝑀 pode ser determinado
analiticamente, as variáveis 𝑐 e 𝐼 podem ser estimadas de forma a atender o valor 𝑛𝑑
estipulado inicialmente. Isolando o momento de inércia da Equação 10, calcula-se 𝐼
necessário para o perfil pela equação:
𝑀∙𝑐
𝐼= (11)
𝜎𝑎𝑑𝑚.
𝑥 − 𝑥̅
𝐸𝑅𝑥 = | | (12)
𝑥
3.6.4 Contrapeso
𝐶𝑊 = 𝑞 ∙ 𝑄 + 𝑊 (13)
Optou-se por adicionar uma viga central na altura média do contrapeso, desta
forma a carga poderia ser dividida pela metade, evitando assim grandes
concentrações de tensões na última viga inferior.
Para verificar a resistência primeiramente foi necessário obter a força máxima
aplicada nas vigas de suporte das barras (𝐹𝐶𝑊1 ). Essa força é obtida a partir das
mesmas condições cinemáticas de 𝐹𝑖 e pode ser obtida a partir da Equação 14. A força
de içamento máxima do contrapeso (𝐹𝐶𝑊2 ) também ocorre nas mesmas condições e
é determinada pela Equação 15.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜
⏞ (14)
𝐹𝐶𝑊1 = 𝐶⏞
𝑊1 ∙ (𝑔 + 𝑎𝑐 )
onde:
a) 𝐶𝑊1 representa o valor total das massas das barras de preenchimento do
contrapeso;
b) 𝐶𝑊2 representa o valor da massa da armação metálica do contrapeso.
De acordo com a norma NBR 16042 o contrapeso deve ser capaz de suportar
os esforços mecânicos durante o funcionamento e o deslocamento máximo
permissível para a estrutura metálica do contrapeso é de 15 mm.
61
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜
(16)
𝐹𝑝 = ⏞
(1,25 ∙ 𝑄) ∙ ⏞
(𝑔 + 𝑎𝑐 )
62
Observa-se pela figura acima que o sistema VVVF apresenta uma maior
suavidade da aceleração em relação ao sistema AC-2. Esta suavidade é importante
pois reduz o “tranco” sentido pelos passageiros durante a partida e a parada do carro
principal além de preservar os componentes mecânicos do elevador proporcionando
durabilidade e uma menor necessidade de manutenção corretiva.
64
𝑀𝑚 = (𝑄 + 𝑊) − 𝐶𝑊 (17)
A NBR 16042 define que o diâmetro das polias motrizes (polia do motor) e de
desvio (𝐷𝑡 ) devem obedecer a relação (𝐷𝑡 ⁄𝑑𝑟 ≥40). Onde (𝑑𝑟 ) é o diâmetro dos cabos
utilizados para o içamento do carro principal e contrapeso. De acordo Hibbler (2010)
o torque pode ser definido como:
𝑇 =𝑚∙𝑎∙𝑑 (18)
𝑇𝑅 = 𝑀𝑚 ∙ (𝑔 + 𝑎𝑐 ) ∙ 𝐷𝑡 (19)
A norma NBR 16042 faz algumas exigências em relação aos cabos e polias,
tanto motriz como de desvio.
65
onde:
a) 𝑇1 representa a tração exercida nos cabos pelo carro principal (𝑇1 = 𝐹𝑖 );
b) 𝑇2 representa a tração exercida pelo contrapeso (𝑇2 = 𝐹𝐶𝑊2);
c) 𝛼 representa o ângulo de abraçamento em radianos entre as polias ilustrado
na Figura 33;
d) 𝑓 representa o fator de atrito entre os cabos e as polias.
66
𝜇
𝑓= (21)
𝑠𝑒𝑛(𝛾⁄2)
onde 𝑁𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣 representa o número equivalente de polias calculado pela Equação 23.
𝐷𝑡 4
𝑁𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣(𝑝) = (𝑁𝑝𝑠 + 4𝑁𝑝𝑟 ) (24)
𝐷𝑚
𝑛𝑐 ∙ 𝐹𝑀𝐼𝑁_𝑅
𝑆𝑐 = (25)
𝑇1
69
onde:
a) 𝑛𝑐 representa o número total de cabos a serem utilizados para içar o elevador;
b) 𝐹𝑀𝐼𝑁_𝑅 representa a força mínima de rompimento de um cabo (valor dado pelo
fabricante do cabo).
3.9 TIRANTES
De acordo com a norma NBR 16042, a tensão máxima admissível para guias
deve ser calculada com os coeficientes de segurança relacionados ao coeficiente de
ruptura do material. Os coeficientes são determinados a partir da “tabela 4” da norma
com base no alongamento e tensão de ruptura dos aços utilizados nas guias. Os
dados podem ser observados na Tabela 12.
𝑘1 ∙ 𝑔(𝑄 ∙ 𝑥𝑄 + 𝑊 ∙ 𝑥𝑃 )
𝐹𝑥 = (26)
𝑛∙ℎ
𝑘1 ∙ 𝑔(𝑄 ∙ 𝑦𝑄 + 𝑊 ∙ 𝑦𝑃 )
𝐹𝑦 = (27)
(𝑛/2) ∙ ℎ
3 ∙ 𝐹𝑦 ∙ 𝑙
𝑀𝑥 = (28)
16
3 ∙ 𝐹𝑥 ∙ 𝑙
𝑀𝑦 = (29)
16
𝑀𝑥
𝜎𝑥 = (30)
𝑊𝑥
𝑀𝑦
𝜎𝑦 = (31)
𝑊𝑦
Válvula de queda k2 2
Em viagem k3 1,2
a O valor deve ser determinado pelo fabricante diretamente na
(...)a
instalação real.
Fonte: ABNT NBR 16042:2012.
𝑙
= (32)
𝑖
𝑘1 ∙ 𝑔(𝑊 + 𝑄)
𝐹𝑘 = (33)
2
(𝐹𝑘 + 𝑘3 ∙ 𝑀𝑎𝑢𝑥 ) ∙ 𝑤
𝜎𝑘 = (34)
𝐴
𝜎𝑚 = 𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 (35)
75
𝐹𝑘 + 𝑘3 ∙ 𝑀𝑎𝑢𝑥
𝜎𝑓𝑓 = 𝜎𝑚 + ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 (36)
𝐴
𝜎𝑐 = 𝜎𝑘 + 0,9 ∙ 𝜎𝑚 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 (37)
1,85 ∙ 𝐹𝑥
𝜎𝐹 = ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 (38)
𝑐2
𝐹𝑦 ∙ 𝑙 3
𝛿𝑥 = 0,7 ≤ 5 𝑚𝑚 (39)
48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼𝑦
𝐹𝑥 ∙ 𝑙 3
𝛿𝑦 = 0,7 ≤ 5 𝑚𝑚 (40)
48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼𝑥
onde 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦 correspondem aos momentos de inércia dos eixos “x” e “y” da guia dados
na Tabela 11.
𝑔(𝐹𝑠 ∙ 𝑥1 + 𝑊 ∙ 𝑥𝑃 )
𝐹𝑥 = (41)
2∙ℎ
𝑔(𝐹𝑠 ∙ 𝑦1 + 𝑊 ∙ 𝑦𝑃 )
𝐹𝑦 = (42)
ℎ
3.12 PARA-CHOQUE
3.13 CAIXA
Por exigência da norma NBR 16042 a folga permitida entre as partes do carro
principal e as paredes da caixa é deve ser no mínimo 0,03 m. A distância horizontal
acessível entre a porta da cabina e as portas de pavimento fechadas ou as distâncias
acessíveis entre as portas durante toda a operação normal delas não pode exceder
0,06 m. A norma também exige que a altura interna mínima (ℎ𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 ) entre o carro e o
topo da caixa é calculada seja calculada em função da velocidade nominal do carro
principal. A altura é dada por:
4 RESULTADOS
As áreas úteis das salas foram calculadas a partir das plantas arquitetônicas
do prédio-C fornecidas pela Coordenação de Engenharia da Instituição. A Tabela 14
apresenta os valores da área de cada compartimento.
Como a norma NBR 5665 define que para edifícios com fins escolares os
elevadores instalados devem promover uma capacidade (C𝑇 ) capaz de transportar
em 5 minutos a porcentagem mínima de 20% da população total. Para a população
total calculada (223 pessoas) o C𝑇 mínimo admitido pela norma deve ser pelo menos
45 pessoas em 5 minutos e IT deve ser no máximo 80 segundos.
Para este projeto, foi selecionada a configuração de porta do tipo AC (abertura
central) por possuir o menor tempo de abertura e fechamento de acordo com a Tabela
3. As Equações 2 a 5 foram resolvidas para várias configurações de velocidade
nominal e quantidade máxima de passageiros da cabina visando avaliar melhor
configuração possível.
As Figuras 39 e 40 apresentam respectivamente os resultados de 𝐶𝑇 e 𝐼𝑇
calculados levando-se em consideração a abertura porta menor que 1,10 m.
80
Nota-se na Figura 39, que a capacidade de tráfego mínima exigida pela norma
NBR 5665 é atendida apenas por elevadores que possuem uma lotação máxima de
na cabina igual ou superior a 7 passageiros. Como a norma NBR NM 313 utiliza a
relação de uma pessoa para cada 75 kg da carga nominal do elevador, logo a carga
nominal mínima deve ser 525 kg. Observa-se na Tabela 5 que a norma NBR NM 313
não contempla elevadores com essa carga nominal para o Brasil. De acordo com a
norma a carga nominal mais próxima de 525 kg permitida para o Brasil é a referente
a um elevador de 8 passageiros (600 kg), portanto foi a adotada para o projeto.
Observa-se pelas Figuras 39 e 40, que para uma quantidade de 8 passageiros na
cabina, a velocidade nominal mínima capaz de atender (𝐶𝑇 ≥ 45) e (IT ≤ 80)
simultaneamente é 1 m/s, portanto adotou-se essa velocidade para o projeto.
A Tabela 16 apresenta um resumo das principais características do elevador
após a realização do cálculo de tráfego.
𝑣 − 𝑣0 0−1
𝑎𝑐 = | |= | | = 0,33 𝑚/𝑠 2 (44)
𝑡𝑟 3
82
Condições de funcionamento 1
Figura 41 - Diagrama de esforço cortante e momento fletor para a viga superior do car frame
A partir da análise da figura acima, foi possível observar que a tensão máxima
atuante na estrutura do car frame se encontra nas vigas superiores e seu valor é de
98,6642 MPa. Após a substituição das tensões encontradas na Equação 12,
encontrou-se um erro máximo de 0,5942% entre os dois resultados (analítico e
numérico), sendo assim erro pequeno e os dois resultados muito próximos. Com a
simulação validada, o deslocamento máximo da estrutura foi calculado também com
87
4.4.2 Contrapeso
Figura 45 - Contrapeso
Barra chata 987,46 x 85,6 x 25,4 mm Barras de preenchimento Aço ASTM A-36
Como existe uma viga central que divide a armação metálica do contrapeso
pela metade, a força (𝐹𝐶𝑊1 /2) é distribuída em cada viga de suporte das barras de
preenchimento da Figura 4.7. A Figura 46 apresenta o resultado de tensão e
deformação para a estrutura do contrapeso para a condição mais crítica onde
encontrou-se a tensão máxima e o deslocamento máximo atuante no contrapeso de
respectivamente 52,4067 MPa e 1,0547 mm.
Painel do teto
Painel frontal
Painel do piso
É possível observar pela figura acima que a estrutura sofreu uma tensão
máxima de 90,8143 MPa e um deslocamento máximo de 4,2269 mm após a aplicação
da força distribuída em uma área quadrada de 5 cm2. Como a norma NBR 16042
define um deslocamento máximo de 15 mm, verifica-se que os painéis estão em
acordo com a norma.
Para avaliar a resistência do teto, foram obedecidos os critérios definidos no
Item 3.6.5.1 deste trabalho. A Figura 50 apresenta os resultados da simulação para
aplicação simultânea de duas forças verticais de 1000 N sobre uma área quadrada de
0,20 m × 0,20 m localizada nas regiões centrais do painel do teto entre as barras da
estrutura metálica teto.
93
dimensionadas com perfis de barra chata soldados entre si. Foram escolhidos os
perfis em barra chata 31,75 x 3,18 mm e 25,40 x 3,18 m em aço AISI 1020. O modelo
3D da soleira pode ser visto na Figura 54. Os detalhes geométricos e a folga máxima
entre a porta e as soleiras podem ser observados na Figura 55.
As portas do elevador são feitas por chapas de aço AISI 357, com 2 mm de
espessura dobradas e soldadas entre si. Os detalhes da estrutura da porta podem ser
observados na Figura 58 e cada porta possui uma massa de 38,48 kg.
Para projeto foi escolhido o operador de porta do modelo Piuma PLUS 300 da
série 3201 e do tipo 02/C de abertura central do fabricante Wittur. Este modelo opera
com abertura de porta de 600 até 900 mm e é capaz de movimentar portas com
massas de até 130 kg. O equipamento possui uma massa de 21,60 kg e pode ser
observado na Figura 59.
Portas 76,96 kg
Nível de ruído 50 dB
Como a relação entre o diâmetro dos cabos (𝑑𝑟 ) e o diâmetro das polias (𝐷𝑡 )
deve ser (𝐷𝑡 ⁄𝑑𝑟 = 40) as mesmas devem ser dimensionadas com 400 mm de
diâmetro. Vale ressaltar que o motor selecionado já possui uma polia acoplada de 400
mm de diâmetro. Desta forma, foi selecionado apenas a polia de desvio do modelo
PELT4003 da fabricante Mademil. Tal modelo conta com 4 ranhuras em V de 40° e
com o mesmo diâmetro da polia motriz. A polia selecionada pode ser vista na Figura
63 e a disposição de polias pode ser observada na Figura 64.
Por análise gráfica da Figura 34, para a velocidade nominal de 1,0 m/s, 𝜇 é
aproximadamente 0,09. Para a configuração de polias adotada para o projeto, Figura
64, 𝛾 = 129° = 2,2515 rad e 𝑓 = 0,26. Substituindo os valores na Equação 20:
𝑇1 /𝑇2 ≤ 𝑒 𝑓∙𝛼
(51)
1,55 ≤ 1,80
4.7 TIRANTES
Foi realizada uma simulação para verificar a resistência do suporte onde foi
considerada a situação qual a força 𝐹𝑖 estivesse atuando. As regiões de aplicação da
força e de fixação podem ser observadas nas Figuras 4.28 e 4.29.
Como a velocidade nominal do carro principal foi definida como 1 m/s para
este projeto, logo de acordo com a Tabela 10 o limitador de velocidade deve ter
velocidade nominal compreendida na faixa entre 1,15 e 1,5 m/s. Foi selecionado para
o projeto o limitador de velocidade Moment MRL 250120 com velocidade nominal de
1,20 m/s do fabricante Metroplast Elevator. O limitador possui uma polia de 240 mm,
é compatível com cabos de 6 mm e é indicado pelo fabricante para instalações de
elevadores sem casa de máquinas (a fixação do limitador é feita nas guias laterais).
Foi escolhido o cabo do modelo 8x19S-FC de 6mm da fabricante Pfeifer Drako
desenvolvido especialmente para uso em conjunto com limitadores de velocidade. A
Figura 71 apresenta o limitador de velocidade selecionado.
109
A carga máxima que o freio é capaz de suportar varia com a velocidade e com
o tipo de guia em “T” escolhido. A Figura 74 apresenta os valores fornecidos pelo
fabricante para o par de freio escolhido.
Perfil T 75/B 75 62 61 10 30 8 7 9
Tabela 29 - Resultados dos esforços nos eixos “x” e “y” da guia (condição 1)
Tabela 31 - Resultados dos esforços nos eixos “x” e “y” da guia (condição 2)
4.10 PARA-CHOQUE
3,5 (𝑊 + 𝑄)
𝑀𝑃𝑅 ≥ (52)
2
onde 𝑀𝑃𝑅 é a massa que o para-choque deve suportar para uma configuração de dois
para-choques abaixo do carro principal e dois para-choques abaixo do contrapeso.
115
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ASM Aeroespace Specification Metals. AISI Type 347 Stainless Steel. 2018.
Disponível em:
<http://asm.matweb.com/search/SpecificMaterial.asp?bassnum=MQ347AM> Acesso
em Acesso em 29 out. 2018.
HIBBELER, R.C., Resistência dos Materiais, 7ª Ed. Prentice Hall Brasil, 2010.
MATWEB Material Property Data. AISI 1020 Steel. 2018. Disponível em:
<http://www.matweb.com/search/datasheet.aspx?matguid=10b74ebc27344380ab16
b1b69f1cffbb> Acesso em 29 out. 2018.
MOURADI, H. et. al. Steel wire ropes failure analysis: Experimental study.
Engineering Failure Analysis, [S.l.], 15 set. 2018. 91, p. 4. Disponível em:
<https://doi.org/10.1016/j.engfailanal.2018.04.019>. Acesso em: 19 nov. 2018.