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lUZ GABRIELA ARANGO

MAGDALENA LEÓN
MARÁ VIVEROS
Compiladoras

GÉNERO
E
IDENTIDAD

Ensayos sobre
lo femenino
y lo masculino
GÉNERO E IDENTIDAD
Ensayos sobre lo femenino
y lo masculino

Luz G A B R I E L A A R A N G O
MAGDALENA LEÓN
M A R Á VIVEROS

(compiladoras)

por
Luz G A B R I E L A A R A N G O • G A B R I E L A C A S T E L L A N O S
NORMA FULLER • MICHAEL KAUFMAN • MARTA LAMAS
MAGDALENA L E Ó N • SONIA MONTECINO
S O N I A M U Ñ O Z • JAVIER S Á E N Z • Luís SANTOS
N O R A SEGURA • M A R Á VIVEROS
E D I T O R E S

• T E R C E R M U N D O S . A . BOGOTÁ
T R A N S V . 2a A N o . 67-77. TFI.S: 2550737 - 2 5 5 1 6 9 5 . A . A . 4817. F A X 2125976
• TM LIBROS I N T E R N A C I O N A L , C . A . CARACAS
A V D A . LAS E S T A N C I A S CON TALLE LOS M A N G O S . O U I N T A L I L A M . L A C A M P I Ñ A . F A X 744001
• TM LIBROS INTERNACIONAL, C.A. QUITO
G A S P A R DE C A R V A J A L 730 Y GARClA L E Ó N T E I S . 905932 - 226497

ediciones

Uniondcs

CARRERA I N« ISA-70

T E L S . : 2 8 2 4 0 6 6 - 2 8 4 9 9 1 1 - 2 8 6 9 2 1 1 - EXTS. 2 1 3 3 F A X 2 8 4 1 8 9 0

S A N T A F É D E B O G O T Á D . C . , COLOMBIA

Género,
Mujer y
Desarrollo
PROGRAMA DE ESTUDIOS

TEL.: 3681321 FAX 2225737

SANTAFÉ DE BOGOTÁ D.C., COLOMBIA

cubierta: diseño de felipe valencia


ilustración de cubierta: serpientes acuáticas I, gustav klimt

primera edición: octubre de 1 9 9 5

© luz gabriela arango, magdalena león, m a r á viveros


© tercer mundo editores en coedición con ediciones uniandes
y programa de estudios de género, mujer y desarrollo,
facultad de ciencias humanas, universidad nacional de Colombia

ISBN 9 5 8 - 6 0 1 - 6 3 2 - 3

edición, a r m a d a electrónica,
impresión y encuademación:
tercer mundo editores

impreso y hecho en Colombia


printed and made in Colombia
3009-95-259
O FEMENINO Y LO MASCULINO EN LA PSICOLOGÍA
DECARLGUSTAVjUNG

Javier Sáenz Obregón

Rindo homenaje al Dios y a la Diosa, los padres primordiales del universo sin límites.
En el lugar ameno el Amado mismo, por su amor desbordante, se convierte en la
Amada, que está hecha de la misma sustancia y comparte el mismo alimento.
Por su deseo intenso se devoran uno al otro y luego otra vez se producen,
porque ¡es gusta ser dos.
No son completamente idénticos ni completamente diferentes.
No podemos decir lo que realmente son.
(...) Shiva y Shakti forman un todo, tal como el aire y su movimiento, el oro y su brillo.
(...) Los dos son como un río cuyas aguas de conocimiento no pueden ser bebidas por
aquel que conoce sin que se pierda a sí mismo
Jñaneshwar Maharaj, siglo XIII: 52-57.

a trascendencia de lo dual, la reconciliación de los opuestos, los contra-


rios que se juntan: ésta es u n a de las preocupaciones centrales de la psicolo-
gía analítica de Cari G u s t a v J u n g (1875-1961). Para la psicología junguiana
la vivencia de lo dual y, dentro de ella, la percepción de lo femenino y lo
masculino c o m o esferas psicológicas separables e irreconciliables, no repre-
senta u n a ley psicológica inmutable. El a b i s m o psicológico que parece sepa-
rar los géneros no es m á s q u e el producto de la dominación de la función
racional en la psiquis, así c o m o de la profunda escisión entre lo consciente y
lo inconsciente. Pero la energía de la psiquis tiene una tendencia y u n a fina-
lidad: la integración y síntesis de elementos psíquicos escindidos, lo cual in-
cluye los e l e m e n t o s femeninos y masculinos relegados al inconsciente.
En este sentido, el aporte de J u n g a las actuales discusiones sobre la iden-
tidad de g é n e r o no reside tanto en el análisis de los determinantes biológi-
cos, p s i c o l ó g i c o s o c u l t u r a l e s d e l a c o n f o r m a c i ó n d e u n a i d e n t i d a d
femenina o masculina, sino m á s bien en su c o n c e p c i ó n de desarrollo psíqui-
102 G É N E R O E IDENTIDAD

co c o m o un proceso de "individuación", a través del cual el individuo va


diferenciando el " s e r " —el c e n t r o de la totalidad de la psiquis— de los fac-
tores b i o l ó g i c o s y culturales q u e inciden en la c o n f o r m a c i ó n del " y o " como
centro de la personalidad consciente. La pregunta fundamental q u e se plan-
tea la psicología j u n g u i a n a no es acerca de los e l e m e n t o s q u e n o s llevan a
pensar, sentir y actuar en " f e m e n i n o " o " m a s c u l i n o " , sino sobre los procesos
que, a partir de la integración de e l e m e n t o s psíquicos tanto "femeninos"
c o m o " m a s c u l i n o s " , nos hacen p l e n a m e n t e h u m a n o s .
J u n g c o n s i d e r a b a q u e las sociedades occidentales de su t i e m p o se encon-
traban m u y desequilibradas al exagerar la importancia del pensamiento y
la s e n s a c i ó n —funciones p s í q u i c a s a s o c i a d a s c u l t u r a l m e n t e c o n el hom-
bre— y d e s c o n o c e r las funciones no racionales c o n s i d e r a d a s femeninas: la
intuición y el sentimiento. Este desequilibrio se manifiesta en u n a fe ciega
en la ciencia para resolver los p r o b l e m a s fundamentales de la humanidad,
un m a t e r i a l i s m o d e s b o r d a d o , un profundo eurocentrismo, y u n a subesti-
m a c i ó n y subordinación de los e l e m e n t o s c o n s i d e r a d o s femeninos de la psi-
quis individual y colectiva. En este aspecto, J u n g se adelantó a las críticas
de la c o n d i c i ó n m o d e r n a , tan de m o d a en la actualidad.
A pesar de un relativo a u g e en el interés por la psicología j u n g u i a n a en
los a ñ o s sesenta en E u r o p a y Norteamérica, principalmente en el movimien-
to de la "contracultura", a J u n g es difícil encontrarlo en los p r o g r a m a s de
psicología de las universidades. Las escasas referencias a su obra se limitan
a n o m b r a r l o c o m o discípulo descarriado de Freud, q u e a b a n d o n ó la ciencia
por el m i s t i c i s m o . Pero el p e n s a m i e n t o de Jung, c o m o o c u r r e c o n los temas
de su escritura en espiral —reiterativa, q u e m i r a los m i s m o s p r o b l e m a s des-
de diferentes niveles y puntos de vista—, regresa cíclicamente, y h o y en día
p u e d e hablarse de u n a tendencia j u n g u i a n a en los estudios sobre la psico-
1
logía d e g é n e r o .
El d e s c o n o c i m i e n t o generalizado que existe acerca de la psicología jun-
guiana h a c e necesaria u n a breve presentación del a l g u n o s aspectos genera-
les de su p e n s a m i e n t o para situar el papel de los e l e m e n t o s femeninos y
m a s c u l i n o s en los procesos psíquicos: su relación c o n las culturas no occi-

1 E s t a t e n d e n c i a se ha d e s a r r o l l a d o p a r t i c u l a r m e n t e en los E s t a d o s U n i d o s , a u n q u e también
tiene r e p r e s e n t a n t e s e n E u r o p a y Brasil. U n o d e los a p o r t e s m á s interesantes d e n t r o d e
esta t e n d e n c i a es el del p o e t a e s t a d o u n i d e n s e R o b e r t Bly s o b r e la i d e n t i d a d y el desarrollo
psíquico m a s c u l i n o , en trabajos c o m o "Iron John: A B o o k A b o u t M e n " (Bly, 1 9 9 2 ) . Otros
escritos recientes, d e c a r á c t e r m á s d i v u l g a t i v o q u e a c a d é m i c o , sobre l a identidad d e gé-
n e r o d e s d e u n a p e r s p e c t i v a j u n g u i a n a , son los d e N a n c y Q u a l l s - C o r b e t t ( 1 9 8 8 ) y Marión
W o o d m a n ( 1 9 8 5 ) . Por o t r a p a r t e , l a o b r a del analista j u n g u i a n o J a m e s Hillman, m á s espe-
cializada, ha d e s a r r o l l a d o las c o n c e p c i o n e s j u n g u i a n a s s o b r e la psicología de g é n e r o .
LA PSICOLOGÍA DE JUNG 103

dentales y c o n las tradiciones espirituales occidentales distintas de la cris-


tiana, el paralelo q u e establece entre psicología profunda y religión, y sus
diferencias fundamentales c o n la teoría freudiana.

O R I E N T E Y O C C I D E N T E : MITOS, R E L I G I Ó N E I N C O N S C I E N T E

Jung fue un pionero de los estudios psicológicos acerca del cristianismo, la


mitología e u r o p e a y la alquimia, así c o m o sobre la filosofía y religión de
Oriente, d o n d e encuentra una fuente de inspiración, al igual q u e profundos
paralelos entre la experiencia religiosa y los mitos con los procesos psíqui-
cos q u e va d e s c u b r i e n d o en sí m i s m o y en sus pacientes.
A partir del estudio c o m p a r a t i v o de los sueños de sus pacientes y de los
mitos, J u n g llega a la conclusión de q u e el p e n s a m i e n t o mitológico en gene-
ral d e b e describirse en función de las m i s m a s características de las del in-
consciente, y q u e las manifestaciones simbólicas de lo inconsciente —desde
el mito hasta el sueño— p u e d e n ser estudiadas c o n un m a r c o de referencia
común. Para J u n g las c o n c e p c i o n e s c o s m o l ó g i c a s de la mitología de los pue-
blos orientales, indígenas y e u r o p e o s no cristianos describen, no el universo
2
externo, sino el c o s m o s interno de la p s i q u e .
Al igual q u e los mitos, Jung analiza la c o s m o g o n í a y la simbología reli-
giosa c o m o una psicología profunda, c o m o formas de relatar la experiencia
individual de conflicto y desarrollo psíquico; el m u n d o de lo religioso, no
c o m o p r o d u c t o de fuerzas sobrenaturales externas a la psique h u m a n a , sino
c o m o u n a de las formas de describir la experiencia individual del autoco-
nocimiento. Para J u n g el conflicto y la unión de la diosa Shakti y el dios
Shiva en la c o s m o g o n í a hindú, por ejemplo, representan una m a n e r a de
señalar la oposición inicial y la posibilidad de unión de los contrarios dentro
del ser h u m a n o . U n i ó n análoga al m a t r i m o n i o del caballero y su d a m a , lue-
go de la superación de los obstáculos en los relatos de la gesta heroica de la
mitología europea. S o n formas de describir —personificando e l e m e n t o s de

2 E n t r e sus principales estudios c o m p a r a t i v o s sobre la tradición oriental, la alquimia y la


mitología occidental se e n c u e n t r a n : Symbols o/Transforination ( 1 9 5 2 ) , Tlie Phenomenology of
the Spirit in Fairy tales ( 1 9 4 8 ) , On the Psychology of the Trickslcr-Figurv ( 1 9 5 4 ) , Concerning
Mándala Symbolism ( 1 9 5 0 ) , Aion ( 1 9 5 1 ) , Wotan ( 1 9 3 6 ) , Psydwhgical Connnentaries on the 77-
betan Book of the Great Liberation ( 1 9 5 4 ) , Psychological Commcntaries on the Tibetan Book of the
Dcad ( 1 9 5 3 ) , Yoga and thc West ( 1 9 3 6 ) , Foreivord to the I Ching ( 1 9 5 0 ) , 77ic Visions o/Zosimos
( 1 9 5 4 ) , Pnracelsus as a Spiritual Phenomenon ( 1 9 4 2 ) , Mysterium Conjunctionis ( 1 9 5 5 ) , Psycho-
logy and Religión ( 1 9 4 0 ) , A Psychological Approach to the Dogma ofthe Trinity ( 1 9 4 8 ) , Transfor-
mación Symbolism in the Mass ( 1 9 5 4 ) .
104 G É N E R O E IDENTIDAD

la psique q u e h o y en día serían n o m b r a d o s por c o n c e p t o s — el proceso de


c o n o c i m i e n t o s del ser.
Esta es u n a c o n c e p c i ó n de lo religioso m u y diferente de la q u e posible-
m e n t e n o s h e m o s f o r m a d o c o m o c i u d a d a n o s c o l o m b i a n o s socializados en
u n a cultura católica; lo religioso c o m o experiencia individual m á s q u e como
ritual y tradición institucionalizada; un f e n ó m e n o de experiencia m á s que
de fe, el cual tiene c o m o centro las potencialidades del ser h u m a n o tanto
femeninas c o m o masculinas, y no la familiar figura patriarcal, vengativa y
externa de J e h o v á , el Dios-Padre del Viejo Testamento de la tradición judeo-
cristiana; personaje al q u e el poeta inglés William B l a k e d e n o m i n a b a con
ironía " N o b o d a d d y " o " E l Padre de Nadie".
U n a religión, fiel a su significado etimológico de volver a unir: unir lo
finito y lo trascendente, lo afectivo y lo racional, lo intuitivo y lo sensorial,
lo f e m e n i n o y lo masculino, lo consciente y lo inconsciente. Y no una reli-
gión delimitada por la fútil taxonomía de lo dual: del p e c a d o r y el santo, el
infierno y el cielo, lo b u e n o y lo malo, lo puro y lo i m p u r o , el creyente y el
ateo. A l d o u s H u x l e y se refiere a u n a vertiente de lo religioso en su libro
Filosofía perenne c o m o la religión universal o profunda presente en todas las
tradiciones religiosas.
Al establecer un paralelo entre psicología y religión, J u n g no estaba pro-
m o v i e n d o b ú s q u e d a s religiosas m o t i v a d a s por visiones sentimentales ni
propósitos moralistas, pues su interés por lo religioso distaba m u c h o de ser
moralista. Fiel tanto a las filosofías monistas de Oriente c o m o a Nietzsche,
u n o de sus m a e s t r o s de juventud, para J u n g el d i l e m a fundamental de la
vida h u m a n a no era la elección entre el " b i e n " y el " m a l " , sino el conoci-
m i e n t o de la totalidad de la psique c o n todas sus posibilidades. Aunque
Jung va m á s allá al plantear una función trascendente de la psique que su-
pera la a p a r e n t e realidad de los opuestos irreconciliables, es importante
subrayar que su punto de partida es aquella imagen nietzscheana del árbol
que, c u a n d o sus r a m a s alcanzan hasta el cielo, sus raíces se h u n d e n hasta el
infierno.
Para la psicología junguiana, los mitos y c o s m o g o n í a s religiosas no son
producto de la fantasía de los pueblos, sino que, en cuanto producciones
simbólicas del inconsciente, representan una m o d a l i d a d histórica del saber
psicológico.

J U N G VERSUS F R E U D

Si bien en u n a etapa temprana de su ejercicio c o m o psicólogo J u n g estuvo


bajo la influencia directa de Freud, sería erróneo seguir c o n s i d e r á n d o l o un
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 105

discípulo de éste, que modificó sus teorías pero manteniendo sus principios
fundamentales. Jung representa una línea de pensamiento totalmente sepa-
rada e independiente de la de Freud, que abarca una serie de datos intelec-
tuales m u c h o m á s diversos.
Entre Freud y Jung existen diferencias de fondo en sus ideas sobre la
naturaleza del hombre y del m u n d o , así c o m o divergencias básicas en sus
actitudes frente a la vida.
Diferenciándose claramente de la teoría psicoanalítica, para Jung:

(...) no siempre es posible aplicar a los fenómenos mentales un punto de


vista determinista de la causalidad (...) el enfoque reductivo y analítico debe
ser remplazado por una concepción que sintetice los contenidos psíquicos y
tenga en cuenta la naturaleza finalista del hombre (Progoff, 1967: 73).

La teoría junguiana cuestiona el postulado según el cual la razón puede


conquistarlo todo, inclusive el inconsciente. Considera que la razón analíti-
ca no es suficiente para c u r a r la psique y, m á s aún, que es precisamente esa
actitud, basada en el lado racional de la conciencia, la que explica la m a y o r
parte de los problemas mentales de los tiempos m o d e r n o s . C o m o señala Ira
Progoff:

El tratamiento curativo propuesto bajo la forma de psicoanálisis encierra en


sí mismo un aspecto del propio estado mental del que deriva la enfermedad
que se quiere remediar (Progoff, 1967: 73).

En lugar de la simple comprensión analítica, Jung a c u d e a la reorienta-


ción de la conciencia a partir de la producción simbólica del inconsciente,
para desarrollar las facultades intuitivas y generar una experiencia espiri-
tualmente sintetizante de los elementos de la psique. Si el lenguaje racional,
el de la lógica analítica, de los conceptos, es la forma por excelencia para
conocer el m u n d o material, la imaginación simbólica lo es para el conoci-
miento de sí mismo. Tal c o m o lo expresa L e o n a r d o Boff:

Todo el universo profundo de la vida humana, como la dimensión del amor,


de la amistad, de la relación, del sentido último de la vida y de la muerte,
todas estas dimensiones que nos afectan existencialmente se expresan pre-
ferentemente en el registro simbólico y mítico, mejor que en el registro de
la racionalidad analítica y seca (Boff, 1988: 251).

La psicología junguiana plantea que a nivel colectivo, la excesiva impor-


tancia asignada al aspecto racional de la psique p r o d u c e un movimiento
compensatorio: el surgimiento en su época —tendencia m u c h o m á s m a r c a -
106 G É N E R O E IDENTIDAD

da en las s o c i e d a d e s occidentales c o n t e m p o r á n e a s — de filosofías espiritua-


listas y un creciente interés por las religiones antiguas y orientales.
A u n q u e u n a c o m p a r a c i ó n entre las dos teorías rebasa las posibilidades
3
de esta p r e s e n t a c i ó n , es necesario señalar q u e las diferencias entre Jung y
Freud abarcan, entre otros temas, sus c o n c e p c i o n e s de la energía psíquica
—la libido para Freud—, del s í m b o l o y del inconsciente, así c o m o su méto-
do de análisis de los sueños y, de especial importancia para nosotros, el
lugar q u e le otorgan a lo femenino y lo masculino:

(...) Mientras el de Freud es un modelo dinámico y conflictual, donde la


cultura, a través del padre, toma parte activa y es factor esencial en la cons-
trucción del sujeto, el de Jung es un modelo energético de inmanente reali-
zación vital, centrado esencialmente en la figura materna, según el cual el
sujeto se autoindividúa partiendo de su ser creador e incluso, en contrapo-
sición (...) al universo cultural (Vázquez, 1981: 374).

En Jung, la libido c a m b i a de sentido, no es reducible a lo sexual, pasa a


ser e n e r g í a psíquica en general. Esta diferencia es r e c o n o c i d a por el mismo
Freud, quien afirmó:

(...) En cuanto a la distinción entre los instintos sexuales y los instintos del
ego, para mí, "libido" significa sólo la energía de los primeros, de los ins-
tintos sexuales. Es Jung, y no yo, quien convierte a la libido en el equiva-
lente de la fuerza instintiva de todas las facultades psíquicas, y quien com-
bate la naturaleza sexual del libido (Freud, 1909).

No obstante, en sus c o n c e p c i o n e s de lo simbólico es d o n d e m á s se evi-


dencian las diferencias entre Freud y Jung. De a c u e r d o c o n D u r a n d (Du-
rand, 1 9 6 4 ) , en la psicología profunda pueden distinguirse dos formas de
análisis e interpretación del s í m b o l o : la reductiva de Freud y la instaurativa
de Jung.
El psicoanálisis freudiano redescubre la importancia de la i m a g e n y del
s í m b o l o , pero r e d u c i e n d o el s í m b o l o a un s i m p l e signo o s í n t o m a . Para
Freud existe u n a causalidad específicamente psíquica pero g o b e r n a d a por
un estricto d e t e r m i n i s m o , siendo la libido o tendencia sexual la causa gene-
ral de la vida psíquica. L a s i m á g e n e s de los sueños c o m o efecto psíquico
siempre van u n i d a s a la causa s u p r e m a del psiquismo: la libido; por tanto,
el s í m b o l o remite en última instancia a la sexualidad. Freud utiliza la pala-

3 P a r a un análisis e x h a u s t i v o de las diferencias e n t r e Jung y F r e u d , d e s d e una perspectiva


junguiana, véase From Freud to Jung (Frey-Rohn, 1 9 7 4 ) .
LA PSICOLOGÍA DE JUNG 107

bra s í m b o l o en el sentido del efecto-signo, c o n lo cual r e d u c e el c a m p o infi-


nitamente abierto al s i m b o l i s m o . El simbolizante se une c o n el simbolizado.
Para J u n g , el s í m b o l o es m u l t í v o c o y polisémico; remite a algo pero no
se r e d u c e a una sola cosa. En la psicología j u n g u i a n a el significado del sím-
bolo es i m p o s i b l e de representar, sólo p u e d e hacerse referencia a su sentido.
En palabras de A n i e l a Jaffé, discípula de Jung, "el s í m b o l o es un objeto (o
figura) del m u n d o c o n o c i d o , q u e sugiere algo d e s c o n o c i d o ; es lo conocido
expresando la vida y sentido de lo inexpresable". En el s í m b o l o , el signifi-
cado y el significante están abiertos. La i m a g e n significante —reconocida
concretamente— remite por extensión a todo tipo de " c u a l i d a d e s " no re-
presentables. Es así c o m o la i m a g e n onírica de u n a mujer o un h o m b r e , en
cuanto símbolo, aglutina u n a serie de sentidos divergentes y hasta opues-
tos: virgen, prostituta, madre, amante, sabio, pecador, padre, hijo, etc., figu-
ra a m e n a z a n t e o p r o t e c t o r a , c a r g a d a de s e n s u a l i d a d o r a c i o n a l i d a d ,
sentimiento o intuición.
En la teoría j u n g u i a n a el lenguaje simbólico de la psique tiene un papel
fundamental: los s í m b o l o s son los m e d i a d o r e s entre el consciente y el in-
consciente, son una forma de unir los contrarios. El s í m b o l o es la mediación
que esclarece la energía inconsciente por m e d i o del sentido consciente que
le da, p e r o q u e a la vez revitaliza la conciencia c o n la energía psíquica que
transporta la imagen: es portador de un n u e v o equilibrio entre lo consciente
y lo inconsciente.

ESTRUCTURA DE LA PSIQUE

Antes que todo, es necesario resaltar el carácter pionero de la obra de J u n g .


Desde el m o m e n t o en q u e se separa de Freud y rechaza definitivamente la
centralidad de lo sexual en los procesos inconscientes, Jung se adentra en
territorios totalmente inexplorados por el p e n s a m i e n t o moderno. A u n q u e
tendió puentes entre O c c i d e n t e y Oriente, en ningún m o m e n t o a b a n d o n ó
su c o n d i c i ó n de h o m b r e occidental y de ciencia en su obra pública. H a b r í a
sido d e m a s i a d o fácil para Jung dar un "salto de fe" entre la teoría q u e iba
configurando y los sistemas orientales c o m o el y o g a o el taoísmo; h a y que
darle crédito por su integridad al no buscar una coherencia ajena a los de-
sarrollos de su trabajo c o m o psicólogo.
Cualquier síntesis apretada del p e n s a m i e n t o junguiano tendrá q u e ser
inadecuada y arbitraria. C o m o la de Freud, su obra es un desarrollo c o n s -
tante, d o n d e si bien es clara una continuidad desde su libro Transformaciones
y símbolos de la libido (1912) —que m a r c ó su ruptura con Freud— hasta sus
108 G É N E R O E IDENTIDAD

últimos escritos, también s o n evidentes las redefiniciones en sus conceptos


4
fundamentales .

La psique y los estratos de la conciencia


El principio de los opuestos

Para J u n g el principio de los opuestos constituye un principio psicológico


fundamental. Es u n a forma de pensar los f e n ó m e n o s del m u n d o , tal como
éstos se presentan desde el punto de vista de la psique. D e s d e la perspectiva
de la psique es posible c o m p r e n d e r todas las formas de vida c o m o una lu-
c h a entre fuerzas antagónicas. La principal oposición en la psique indivi-
dual y colectiva es la q u e se presenta entre la conciencia y el inconsciente;
esferas q u e en los sueños y mitos tienden a tener, la primera, un valor "mas-
c u l i n o " y la segunda, u n o " f e m e n i n o " .
Esta identificación de la conciencia c o n el h o m b r e y el inconsciente con
la mujer está relacionada con la m a y o r apertura de la mujer hacia el incons-
ciente y con la orientación excesivamente racionalista del h o m b r e , q u e tien-
de a rechazar todo lo que no se c o n f o r m e a la razón, aislándose de esta
m a n e r a con frecuencia del inconsciente ( E m m a Jung, 1957: 5 5 ) .
La presencia de opuestos en la psique individual representa una tensión;
las energías h u m a n a s surgen c o m o resultado de las tensiones creadas por
los opuestos en conflicto:

Todo lo humano es condición de antítesis interna; en efecto, todo subsiste


como fenómeno de la energía. La energía depende necesariamente de una
antítesis existente, sin la cual no podría existir. Siempre debe haber altura y
profundidad, calor y frío, etc., para que pueda tener lugar ese proceso de
compensación que llamamos energía. Toda la vida es energía, y depende,
por consiguiente, de las fuerzas situadas en posición antagónica (Jung,
1918: 75).

Los tres estratos de la psique

La conciencia es el estrato m á s delgado y frágil: las actitudes frente al am-


biente externo inmediato, la orientación hacia la sociedad. Es el punto de
partida de los análisis racionales y lógicos.

4 P a r a e s b o z a r los principales c o n c e p t o s de su psicología me he a p o y a d o f u n d a m e n t a l m e n -


te en los escritos h a c i a el final de su vida, así c o m o en las o b r a s m á s recientes de a l g u n o s
junguianos.
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 109

El segundo estrato es el inconsciente personal; en él están los contenidos


psíquicos reprimidos y olvidados por la conciencia, así c o m o las fantasías y
los sueños de carácter personal. En sí m i s m o s son manifestaciones n o r m a l e s
de la vida y no son, por esencia, de naturaleza enfermiza; lo enfermizo en
ellos es su separación respecto a la personalidad total, ante el yo consciente
y los arquetipos.
El estrato m á s profundo es el inconsciente colectivo, la fuente de los ele-
mentos q u e llegan a la c o n c i e n c i a y el punto de c o n t a c t o entre el individuo
y las fuerzas de la vida superiores al individuo:

Sobre o t r o estrato m á s p r o f u n d o que no se origina en la experiencia y la


adquisición personal, sino que es innato, lo llamo inconsciente colectivo. Lo
he l l a m a d o colectivo p o r q u e este inconsciente no es de n a t u r a l e z a indivi-
dual sino universal (...), es idéntico a sí m i s m o en todos los h o m b r e s y c o n s -
tituye así un f u n d a m e n t o a n í m i c o de n a t u r a l e z a s u p r a p e r s o n a l existente en
todo ser h u m a n o (Jung, 1 9 7 0 : 1 0 ) .

El análisis de sueños y m i t o s llevó a J u n g a la conclusión de q u e los


factores psicológicos m á s importantes existen en potencia, c o n anterioridad
a la experiencia del individuo y, por consiguiente, son anteriores a la con-
ciencia.
Para J u n g , del inconsciente e m e r g e n todos los e l e m e n t o s de la concien-
cia, no c o n s t i t u y e un s i m p l e v a l o r negativo, no es s i m p l e m e n t e lo no c o n s -
ciente y lo q u e ha sido reprimido; el inconsciente c o l e c t i v o contiene también
elementos q u e todavía no han llegado al u m b r a l de la conciencia, y su papel
es creador de los s í m b o l o s fundamentales y d e m á s c o n t e n i d o s psíquicos
que e m e r g e n diariamente en la conciencia.

Los arquetipos

Los c o n t e n i d o s de carácter arquetípico son manifestaciones de los procesos


que o c u r r e n en el inconsciente colectivo. Se trata de:
F o r m a s o i m á g e n e s de n a t u r a l e z a colectiva que se d a n en toda la tierra c o -
mo e l e m e n t o s constitutivos de los mitos y, al m i s m o tiempo, c o m o p r o d u c -
tos a u t ó c t o n o s e individuales de origen inconsciente (Jung, 1 9 4 0 ) .

L o s arquetipos son los patrones fundamentales de formación de los sím-


bolos; son realidades objetivas, en c u a n t o actúan de forma e s p o n t á n e a y
a u t ó n o m a respecto al yo, la voluntad y el propio inconsciente personal; de-
p e n d e de la disposición del yo q u e su acción sea creativa o destructiva para
la personalidad y el g r u p o social. S o n estructuras q u e al actuar sobre la
110 G É N E R O E IDENTIDAD

conciencia y el inconsciente personal, se manifiestan en una infinidad de


formas simbólicas. Tienden a c o n d u c i r al individuo a su plena realización
c o m o personalidad total.

Complejos autónomos

La energía p r o d u c i d a por la tensión entre consciente e inconsciente agrupa


en torno a ella diversos c o n t e n i d o s psíquicos, f o r m a n d o u n a especie de
constelación o " c o m p l e j o " . Estos c o m p l e j o s tienden a separarse de la con-
ciencia, adquiriendo entonces u n a vida a u t ó n o m a .
A d e m á s de q u e d a r por fuera del control de la conciencia, pueden actuar
sobre ella, o b e d e c i e n d o a sus propias normas: se trata, pues, de "escisiones
psíquicas". S e g ú n el complejo q u e representen, se personifican en la figura
de un h o m b r e o una mujer. Entre estos complejos están la persona, la som-
bra, el animus y el anima.

La persona

La " p e r s o n a " o el " y o " es la m á s c a r a q u e se ve o b l i g a d o a utilizar el sujeto


en su v i d a social cotidiana; así m i s m o , es la función q u e permite la adapta-
ción al m u n d o externo. En palabras de Jung:
La persona es un complicado sistema de relaciones entre la conciencia indi-
vidual y la sociedad (...) un tipo de máscara, diseñada por una parte para
lograr una impresión definida sobre los otros y, por otra, para ocultar la
verdadera naturaleza del individuo (Jung, 1928:192).

La " p e r s o n a " representa la actitud consciente, y c o m o tal o c u p a en la


psique una posición opuesta al inconsciente. Al tomarse e r r ó n e a m e n t e co-
mo centro de la psique, J u n g lo d e n o m i n ó el " c o m p l e j o del y o " , entendido
c o m o el c o m p l e j o de representaciones q u e constituyen para el individuo el
centro de su zona consciente y q u e aparenta ser el e l e m e n t o psíquico de
m á x i m a continuidad e identidad. S e g ú n Jung, en c u a n t o el yo es el centro
de la z o n a consciente del individuo no es idéntico a la totalidad de la psique,
sino s i m p l e m e n t e un complejo entre otros c o m p l e j o s .
Este c o m p l e j o del yo sería el q u e produciría las identidades personales
—incluyendo las de género—, producto de factores biológicos y culturales,
las cuales no han sido cuestionadas por el individuo. Se trataría, por tanto,
de identidades frágiles, en conflicto p e r m a n e n t e con e l e m e n t o s inconscien-
tes contrarios a la identidad construida por el yo.
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 111

La sombra

La sombra es la oposición en el inconsciente personal a la " p e r s o n a " ; c o n s -


tituye:
La parte inferior de la personalidad. La suma de todas las disposiciones
personales y colectivas, que no son vividas a causa de su incompatibilidad
con la forma de vida elegida conscientemente, y constituye una personali-
dad parcial relativamente autónoma (...) La sombra se comporta con res-
pecto a la conciencia como compensadora; su influencia, pues, puede ser
tanto positiva como negativa (Jung, 1961: 419).

Para J u n g el h o m b r e sin s o m b r a es aquel q u e cree que p u e d e afirmar q u e


él (o ella) es s o l a m e n t e lo que se digna saber de sí m i s m o . Esta n e g a c i ó n de
la s o m b r a h a c e q u e sea frecuente su proyección sobre los d e m á s . L o s defec-
tos y debilidades q u e no s o m o s capaces de reconocer en n o s o t r o s m i s m o s
se los atribuimos a otros individuos, el c h i v o expiatorio, sea éste un e n e m i -
go, otra cultura o, c o n m u c h a frecuencia, m i e m b r o s del sexo opuesto.

El a n i m u s y el a n i m a

Si la s o m b r a , c o m o c o m p l e j o localizado p r i m o r d i a l m e n t e en el inconsciente
personal q u e representa la oposición a la persona, se personifica en una
imagen simbólica del m i s m o sexo, c u a n d o pasa a los planos inferiores de lo
inconsciente y se le s u m a n ciertos contenidos psíquicos colectivos ya no
puede ser representada por u n a figura del m i s m o sexo q u e el yo, sino q u e
se expresa en u n a figura del otro sexo que, para el h o m b r e , Jung d e n o m i n ó
el anima, y para la mujer, el anh?ius. El anima está c o n d i c i o n a d a fundamen-
talmente por eros, el principio de unión, de relación, de intimidad, de sub-
jetividad, mientras q u e el animus en general está m á s identificado c o n logos,
el principio discriminador o diferenciador de la palabra, la ley, la objetivi-
dad.
En u n a de sus manifestaciones, c o n la forma de figura m a t e r n a arquetí-
pica, el anima se expresa u m v e r s a l m e n t e c o m o m a d r e naturaleza, vientre
m a t e r n o , diosa de fertilidad, proveedora de alimento; en tanto q u e el ani-
mus, c o m o arquetipo de padre, se personifica en mitos y sueños c o m o go-
bernante, anciano, rey. C o m o legislador habla con la v o z de la autoridad
colectiva y constituye la personificación del principio del logos: su palabra
es la ley. C o m o Padre en los cielos, simboliza las aspiraciones espirituales
del principio masculino, dictando sentencias, r e c o m p e n s a n d o c o n biena-
v e n t u r a n z a s y c a s t i g a n d o c o n truenos y rayos (Stevens, 1 9 9 0 : 8 1 ) .
112 G É N E R O E IDENTIDAD

El anima, c o m o la m a y o r parte de los d e s c u b r i m i e n t o s junguianos, co-


m e n z ó siendo u n a vivencia personal: " l a mujer en mí". De su experiencia
de v i d a y, en el c a s o del animus, de recurrencias en los s í m b o l o s de los sue-
ñ o s de sus pacientes, J u n g formuló los c o n c e p t o s de anima y animus a partir
de u n a p r e g u n t a fundamental: ¿ C ó m o podría el h o m b r e c o m p r e n d e r a la
mujer y viceversa, si c a d a u n o de ellos no tuviera psicológicamente una
i m a g e n del sexo c o m p l e m e n t a r i o ?
Así m i s m o , igual q u e el animus, se manifiesta c o n una d o b l e cara: supe-
rior e inferior, celeste y terrena, divina y d e m o n í a c a , mujer ideal y prostitu-
ta. La p r i m e r a portadora de la i m a g e n del anima es g e n e r a l m e n t e la madre.
M á s adelante serán las mujeres q u e estimulen el sentimiento del hombre, no
i m p o r t a si en sentido positivo o negativo, puesto q u e el anima "al querer la
vida quiere el b i e n y el m a l " , sin preocuparse de la m o r a l tradicional.
El animus y el anima están en u n a relación de p a r a l e l i s m o complementa-
dor y c o m p e n s a d o r , especialmente respecto a la d i m e n s i ó n erótico-sexual;
así c o m o en cierto aspecto la " p e r s o n a " representa un p u e n t e entre la con-
ciencia del yo y el objeto del m u n d o externo, así t a m b i é n el animus y el anima
a c t ú a n c o m o p u e r t a para las i m á g e n e s del i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o (Jung,
1986: 4 1 0 ) .
La configuración del animus y el anima tiene dos niveles. El primero, si
b i e n incorpora ciertos c o n t e n i d o s psíquicos del inconsciente colectivo, está
localizado en el inconsciente personal y es en b u e n a m e d i d a producto de
todas las vivencias respecto al otro sexo, a partir del n a c i m i e n t o y comen-
z a n d o por la figura del padre o de la m a d r e . Y un s e g u n d o nivel en cuanto
arquetipo del inconsciente colectivo.

Todo hombre lleva la imagen de la mujer desde siempre en sí, no la imagen


de esta mujer determinada (...) Esta imagen es, en el fondo, un patrimonio
inconsciente (...) grabada en el sistema vivo, constituye un arquetipo de
todas las experiencias de la serie de antepasados de naturaleza femenina,
un sedimento de todas las impresiones de mujeres, un sistema de adapta-
ción psíquica heredado (...) Lo mismo vale para la mujer; también ella tiene
una imagen innata del hombre (Jung, 1961: 409).

El anima, en c u a n t o función inferior, es decir, contraria a la q u e predomi-


na y es v a l o r a d a en la conciencia, está c o m p u e s t a de "afinidades inferiores
afectivas", es " u n a caricatura, en el nivel m á s bajo del eros f e m e n i n o " . Se
personifica en la figura de una sola mujer c o m o unidad, s i e m p r e dentro de
su b i p o l a r i d a d p o s i t i v o - n e g a t i v a , superior-inferior, espiritual-instintiva,
salvadora-destructora. Está m á s configurada que el animus y m á s centrada
en el pasado.
JTIDAD I LA PSICOLOGÍA DE J U N G
113

Así m i s m o , el anima es la mediatriz c o n el inconsciente y, por tanto, es


una función de relación. En la m e d i d a en q u e las e m o c i o n e s del h o m b r e
sean reprimidas o su función e m o t i v a esté subdesarrollada, el anima tendrá
un tono m á s e m o t i v o , y representará m u c h o m á s la función emotiva. Cuan-
do las valoraciones e m o t i v a s del h o m b r e están ausentes de la esfera de su
conciencia, son r e m p l a z a d a s por sobrevaloraciones y entusiasmos del ani-
ma.
En cuanto al animus, también c o m o función inferior, " p r o d u c e opiniones
que descansan sobre hipótesis apriorísticas y dan certeza sin ser pensadas
por el y o " . Está h e c h o de juicios inferiores u opiniones y representa un logos
inferior, " u n a caricatura del diferenciado espíritu del h o m b r e " . Se personi-
fica en la figura de varios hombres, c o m o pluralidad. De ahí q u e aparezca
"algo así c o m o un consejo de familia y otras autoridades q u e formula ex
cathedra sentencias razonables i n i m p u g n a b l e s " . Está m e n o s configurado y
más c e n t r a d o en el presente y orientado hacia el futuro. Se proyecta en va-
rios h o m b r e s o en un grupo, preferentemente en autoridades y h o m b r e s
considerados superiores. Al igual q u e el anima, tiene una bipolaridad posi-
tivo-negativa (Vázquez, 1 9 8 1 : 6 7 - 6 8 ) .
Si la mujer no encara a d e c u a d a m e n t e las d e m a n d a s psicológicas de las
funciones racionales y conscientes, el animus adquiere características autó-
nomas y negativas, y trabaja de m a n e r a destructiva hacia ella o en sus rela-
ciones con los demás, hasta el punto de que puede avasallar el yo
consciente, y de esta forma d o m i n a r toda la personalidad. La proyección,
tanto del anima c o m o del animus, no es sólo la transferencia de u n a imagen
a la otra persona, sino también de sus funciones:

(...) se espera que el hombre al cual se ha transferido la imagen del animus


ejerza todas las funciones que han permanecido subdesarrolladas en esa
mujer, ya sea la función del pensamiento, o la capacidad de actuar, o la
responsabilidad hacia el mundo externo. A su vez, la mujer sobre la cual un
hombre ha proyectado su anima debe sentir por él, o establecer relaciones
para él, y esta relación simbiótica es, en mi opinión, la causa real de la de-
pendencia compulsiva que existe en estos casos (Emma Jung, 1957:10).

D I N Á M I C A D E L A PSIQUE: L O M A S C U L I N O Y L O F E M E N I N O E N E L
P R O C E S O DE INDIVIDUACIÓN

Los diversos e l e m e n t o s de la psique de la teoría de Jung cobran m a y o r sen-


tido a partir de su descripción del proceso de individuación, dirección y
destino de los procesos psíquicos. La individuación es el m o v i m i e n t o hacia
114 G É N E R O E IDENTIDAD

u n a totalidad psíquica integrada y a r m ó n i c a de todos sus c o m p o n e n t e s y


oposiciones: consciente-inconsciente, persona-sombra, pensamiento-senti-
m i e n t o , sensación-intuición, introversión-extroversión, instinto-espíritu,
personal-colectivo, masculino-femenino, yo-ser. La individuación es auto-
rrealización; se trata del proceso que crea un individuo psicológico, como
esencia diferenciada de lo general, de la psicología colectiva.
La individualidad se expresa psicológicamente gracias a la función tras-
c e n d e n t e del símbolo, el cual contiene la bipolaridad de la psique, "al ser
dadas por esta función las líneas evolutivas individuales q u e n u n c a podrán
alcanzarse por el c a m i n o prescrito por las n o r m a s colectivas". Si bien el pro-
ceso de individuación requiere un mínimum de adaptación a ellas, este pro-
c e s o no es p o s i b l e sin cierta c o n t r a p o s i c i ó n a las n o r m a s c o l e c t i v a s , en
cuanto s u p o n e u n a orientación distinta c o m o eliminación y diferenciación
de lo general y f o r m a c i ó n de lo particular. Finalmente, la individuación
coincide c o n el desarrollo de la conciencia.
En el proceso de individuación lo consciente tiene q u e confrontarse con lo
inconsciente y encontrar un equilibrio entre los contrarios, mediante símbolos
producidos espontáneamente por el inconsciente y amplificados por la con-
ciencia, provenientes en última instancia del ser c o m o representante central
de la psique total. Este ser, de naturaleza hemafrodita —a la vez origen de lo
femenino y lo masculino y punto de llegada del proceso de individuación una
vez integrados los componentes tanto femeninos c o m o masculinos de la psi-
que—, constituye el punto de equilibrio entre el inconsciente y el consciente,
y abierto a a m b a s esferas de la psique. En palabras de Jung:

Si visualizamos la mente consciente, con el ego como su centro, en relación


opuesta al inconsciente, y si le añadimos a esta imagen mental el proceso
de asimilar el inconsciente, podemos concebir esta asimilación como una
especie de aproximación entre consciente e inconsciente, en la cual el centro
de la personalidad total ya no coincide con el ego, sino con un punto a mitad
de camino entre lo consciente y lo inconsciente. Éste sería el punto de un
nuevo equilibrio, un nuevo centramiento de la personalidad total, un cen-
tro virtual que, debido a su posición entre el consciente y el inconsciente, le
asegura a la personalidad una nueva base de mayor solidez (Jung, 1928:
225).

El diálogo entre el inconsciente y la conciencia no sólo h a c e q u e " l a luz


q u e ilumina las tinieblas sea c o m p r e n d i d a por ellas, sino también q u e la luz
c o m p r e n d a las tinieblas". Se trata, en el fondo, de un proceso de recentra-
miento de la propia personalidad, desplazada de su v e r d a d e r o centro y, por
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 115

tanto, alienada en el y o . Individuarse es encontrarse a sí m i s m o (ser). J u n g


vivió este p r o c e s o en su propia vida:

Tuve que d e j a r m e a r r a s t r a r p o r esa corriente, sin saber a d ó n d e me c o n d u -


cía (...) vi que todos los c a m i n o s que e m p r e n d í a y todos los p a s o s que d a b a
c o n d u c í a n de n u e v o a un p u n t o , c o n c r e t a m e n t e al c e n t r o (...) vi claro q u e el
objetivo del desarrollo psíquico es el sí m i s m o . No existe un desarrollo li-
neal, sólo existe u n a circunvalación en t o r n o al ser (Jung, 1 9 6 1 : 2 0 4 ) .

Este proceso diferenciador-integrador de la personalidad, de la a r m o n i -


zación de los contrarios, tiene para J u n g un carácter e m i n e n t e m e n t e feme-
nino y m a t e r n o ; es un continuo retorno en espiral al inconsciente colectivo
arquetípico o fuente de vida, representado —tanto en los mitos, las religio-
nes y los sueños— por s í m b o l o s femeninos, particularmente por la gran
madre y la matriz o receptáculo universal:

L o q u e p a r a F r e u d e r a u n s u p e r y ó p a t e r n o c o m o salida del m u n d o d e l a
m a d r e hacia el universo cultural de la ley, p a r a J u n g es un sí m i s m o m a t e r -
no, m a n a n t i a l energético inagotable, y m a t r i z de los símbolos unificadores
que representan la ley de la n a t u r a l e z a y del espíritu, inmanente al p r o p i o
psiquismo, única c r e a d o r a d e auténtica cultura h u m a n a , c u a n d o e s a s u m i -
da p e r s o n a l m e n t e , en contraposición a la simple "civilización" social (Váz-
quez, 1 9 8 1 : 2 5 9 ) .

El d e s e o incestuoso freudiano se convierte en Jung en un s í m b o l o de


unión de contrarios o hierogamia. Esta diferencia es aclarada por él en u n a
descripción de su encuentro en los gnósticos del principio femenino-espiri-
tual, en contraposición al masculino-material de Freud:

La psicología del inconsciente había sido establecida p o r F r e u d con los m o -


tivos gnósticos clásicos de la sexualidad, p o r una parte, y la a u t o r i d a d pa-
terna nociva, p o r otra. El m o t i v o del gnóstico J e h o v á y Dios c r e a d o r a p a r e -
cía n u e v a m e n t e en el mito de F r e u d del p a d r e primitivo y tenebroso, del
s u p e r y ó descendiente de ese padre... Pero la evolución hacia el materialis-
mo (...) llevó a ocultar a Freud la perspectiva de un a s p e c t o esencial y m á s
a m p l i o del gnosticismo: la imagen original, arquetípica del espíritu. Según
la tradición gnóstica, fue ese Dios quien envió el v a s o de las transformacio-
nes espirituales en auxilio de los h o m b r e s . El v a s o es un principio femenino
que no halló lugar a l g u n o en el m u n d o patriarcal de Freud (Jung, 1 9 6 1 :
209-210).

Para la psicología junguiana, el d ú o inseparable masculino-femenino en


p e r m a n e n t e transformación simbólica es la i m a g e n m i s m a del desarrollo
psíquico: el j u e g o constante de uniones y separaciones que aparece en los
116 G É N E R O E IDENTIDAD

textos de la tradición hindú. Las i m á g e n e s de u n i ó n c o n personificaciones


de lo maternal no representan un deseo c o n c r e t o de unión incestuosa, sino
un evento s i m b ó l i c o de renacimiento a partir de la integración de elementos
c o n s c i e n t e s e inconscientes. Se trataría de una imagen de la b ú s q u e d a del
ser y no la regresión a un período infantil. En palabras de la psicóloga jun-
guiana Liliane Frey-Rohn:
La sabiduría yace en las profundidades; la sabiduría de la madre, ser uno
con ella significa ser dotado de una visión de las cosas más profundas, de
las imágenes primordiales y fuerzas primitivas que subyacen toda la vida,
y son la matriz que la alimentan, la sustentan y la crean (Frey-Rohn, 1974:
176).

A u n q u e no se trata de un proceso lineal en términos analíticos, c o m o ya


v i m o s , se p u e d e hablar de una serie de "fases" en el p r o c e s o de individua-
ción. Éste se inicia c o n la separación psicológica de los padres, pasa por la
a u t o n o m i z a c i ó n del individuo ante la n o r m a cultural o "desenmascara-
m i e n t o " de la persona c o m o centro de la psique por m e d i o de la integración
de la s o m b r a , y c o n c l u y e c o n la integración del anima o animus.
Llegar al destino de la energía psíquica, encontrar el centro en el ser
—centro de la totalidad de la psique, el cual ocupa un lugar intermedio
entré c o n c i e n c i a e inconsciente, y está igualmente abierto a los sentimientos
y razones de a m b o s — , requiere una integración psicológica del principio
m a s c u l i n o para la mujer, y del femenino en el hombre: integración de la otra
mitad presente en la psique pero negada.
Para Jung, en el proceso de individuación, distinguirse e integrar a la
p e r s o n a y a la s o m b r a es relativamente fácil en la m e d i d a en q u e " l a cons-
trucción de u n a persona colectivizante apropiada significa u n a concesión
formidable al m u n d o externo, un sacrificio g e n u i n o del ser q u e h a c e que el
yo se identifique c o n la p e r s o n a " (Jung, 1928b: 8 2 ) . Pero integrar y distin-
guirse del animus y el anima es m u c h o m á s difícil, en cuanto:

El hombre considera una virtud reprimir sus características femeninas, así


como la mujer —hasta hace poco— consideraba indeseable volverse "mas-
culina": el animus y el anima representan el inconsciente con todas las ten-
dencias y contenidos hasta ahora excluidos de la vida consciente (Jung,
1928b: 78-79).

Esta represión h a c e q u e la función y el principio femenino y masculino


adquieran características degradadas o negativas, c o m o s i s t e m a de defensa
ante las incompatibilidades de las d e m a n d a s internas y externas sobre el
individuo. El proceso educativo fortalece esta represión de las característi-
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 117

cas que se c o n s i d e r a n debilidades y signos de desadaptación social. Para


Jung el efecto de esta represión y de la proyección de u n a imagen distorsio-
nada de lo m a s c u l i n o y lo femenino es un formidable obstáculo para el c o -
nocimiento entre los géneros:
(...) la mayor parte de lo que los hombres dicen acerca del erotismo femeni-
no y la vida afectiva de las mujeres se deriva de sus propias proyecciones
del anima y distorsionado de acuerdo con esto. Por otra parte, lo que las
mujeres asumen sobre los hombres proviene de la actividad del animus que
produce todo tipo de falsas explicaciones (Jung, 1925: 82).

U n o de los múltiples e q u í v o c o s de estas representaciones entre los gé-


neros son los clichés de los h o m b r e s acerca del rol de las mujeres en relación
con los sentimientos. A las mujeres se les ha c a r g a d o c o n las funciones rele-
gadas por la psique masculina, en tanto q u e los h o m b r e s p r e s u m e n q u e lo
que ellos no tienen dentro de su funcionamiento consciente, lo tienen las
mujeres. C o m o lo aclara el psicólogo J a m e s Hillman, c u a n d o J u n g declara
en su teoría de los tipos psicológicos q u e en las mujeres p r e d o m i n a m á s la
función emotiva, sus observaciones se refieren a la cultura occidental de su
tiempo, m a s no a u n a ley psicológica:

Uno de los clichés más insidiosos de nuestro tiempo (...) es el que declara
que el eros y el sentimiento tienen una afinidad con la mujer. En este modelo
el sentimiento de los hombres nunca puede ser comprendido adecuada-
mente, de manera que los sentimientos de amistad son rotulados como ho-
mosexualidad latente o transferencia. En una sociedad en que los hombres
deben mirar hacia la mujer para su educación sentimental (valores morales
y estéticos, organización de las relaciones (...) expresión de sentimientos), el
tipo emotivo masculino deberá ir por el mundo en disfraz... (Hillman, 1971:
118).

Igualmente; privilegiar las funciones y principios psíquicos correspon-


dientes al propio sexo c o n d u c e a una "especialización" de la conciencia del
h o m b r e y la mujer:

Así como la mujer muchas veces es claramente consciente de asuntos sobre


los cuales el hombre todavía está en la oscuridad, hay campos de experien-
cia en el hombre, que para la mujer siguen en las sombras (Jung, 1925: 95).

Si la actitud c o n s c i e n t e del h o m b r e privilegia y, por tanto, logra un m a -


yor c o n o c i m i e n t o de la d i m e n s i ó n objetiva de la vida, lo subjetivo es para
la mujer m á s c o n o c i d o q u e lo objetivo: la mujer tiene u n a c o n c i e n c i a m u y
fina de las relaciones personales, c u y a s sutilezas escapan del todo al h o m -
bre.
118 G É N E R O E IDENTIDAD

No obstante, el temor y represión de lo femenino en el h o m b r e va más


allá de esto. En la m e d i d a en q u e la totalidad del inconsciente es simboliza-
da por la m a d r e universal, representa u n a figura amenazante, tenebrosa y
misteriosa, q u e " a t a c a " al yo en su estado consciente, a m e n a z a n d o destruir
el precario o r d e n construido por el y o . A partir de esta c o n c e p c i ó n , Jung
explica los f e n ó m e n o s históricos y religiosos occidentales q u e establecen un
parentesco entre diablo y mujer, q u e la asocian con la tentación al pecado, y
que excluyen el s í m b o l o f e m e n i n o de la trinidad cristiana.

LO MASCULINO Y LO F E M E N I N O EN EL MATRIMONIO

Y LA S O C I E D A D

El análisis del p r o c e s o de transformación psíquica dentro del individuo


condujo a J u n g a plantear algunas hipótesis sobre la relación matrimonial.
P r o p u s o q u e para el h o m b r e c o m ú n , el a m o r en su v e r d a d e r o sentido coin-
cide c o n la institución del m a t r i m o n i o , mientras que para la mujer el matri-
m o n i o no es u n a institución sino una relación h u m a n a de amor.
En tanto la mujer es m u c h o m á s " p s i c o l ó g i c a " , y en esa m e d i d a más
abierta al inconsciente, en el h o m b r e p r e d o m i n a la lógica que, m á s que un
apoyo, constituye un obstáculo para la integración de los contenidos del
inconsciente. Esto, en el c a m p o de las relaciones de género, implica que el
h o m b r e , para encontrarse c o n la mujer a mitad de c a m i n o , d e b e entrar en el
territorio del inconsciente. Jung consideraba que en este proceso de encon-
trarse a mitad de c a m i n o la mujer había recorrido un m a y o r trecho, en tanto
h a b í a l o g r a d o u n a m a y o r integración de los a s p e c t o s m a s c u l i n o s que el
h o m b r e de los e l e m e n t o s femeninos de la psique.
Esta ventaja de la mujer m o d e r n a sobre el h o m b r e en el proceso de indi-
v i d u a c i ó n a y u d a a explicar la crisis m o d e r n a del m a t r i m o n i o . La integra-
ción por parte de la mujer de e l e m e n t o s c o n s i d e r a d o s c u l t u r a l m e n t e como
m a s c u l i n o s , tales c o m o la a u t o n o m í a y el juicio crítico, problematizan el
m a t r i m o n i o tradicional para la mujer, mientras que " p a r a aquellos enamo-
rados c o n la m a s c u l i n i d a d y la feminidad per se, el m a t r i m o n i o tradicional
es suficiente (Jung, 1927: 6 7 - 6 8 ) .
Para la psicología j u n g u i a n a es claro entonces q u e el m a t r i m o n i o , c o m o
relación psicológica creativa y no s o l a m e n t e c o m o relación sexual, contrac-
tual y de d o m i n a c i ó n y subordinación, implica la integración en el hombre
de la d i m e n s i ó n femenina inconsciente y en la mujer de lo m a s c u l i n o en su
psique. En esta m e d i d a quedaría posibilitado el sujeto:
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 119

(...) para entablar unas relaciones con el otro, a nivel personal profundo, es
decir, de un yo-tú, sin quedarse enredado en un enamoramiento superficial
de carácter narcisista —el hombre y la mujer comienzan enamorándose de
su anima o animus proyectados en el compañero erótico— ni en los prejui-
cios del sexo, por los que se exalta o rebaja exageradamente al sexo opuesto,
sin lograr verlo con ojos de realidad, en su estatus de persona humana. (Con
la integración del anima-animus) el hombre y la mujer saben, por experiencia
vivencial, que el misterioso atractivo (...) procedía, en su dimensión de fas-
cinante numinosidad perturbadora, del aspecto no reconocido y no acepta-
do de la propia personalidad arquetípica; su deseo del otro pierde la urgen-
cia de buscar en él o ella algo inefable que venga a llenar el hueco carencial
de su ser. Con esto el sujeto se prepara, por una parte, a la verdadera pater-
nidad o maternidad psicológica, es decir, a la creatividad cultural en sentido
profundo, y no meramente a la productividad y rendimiento sociales y, por
otra parte, a soportar la soledad (Vázquez, 1981: 298).

La visión de Jung, en 1 9 2 9 , sobre el papel de la mujer en la sociedad


europea de posguerra, de su m o v i m i e n t o psíquico y social contra la historia
y la cultura prevalente, p u e d e encontrar un paralelo c o n la crisis del matri-
monio convencional, así c o m o el significado de algunos m o v i m i e n t o s feme-
ninos de la C o l o m b i a actual.

La psique europea ha sido desgarrada por la barbarie de la guerra. Mientras


el hombre repara los destrozos externos, la mujer cura las heridas internas,
y para esto requiere su instrumento más importante: una relación psíquica.
Pero nada obstaculiza esto más que la exclusividad del matrimonio medie-
val, ya que hace que la relación sea totalmente superflua. Las relaciones
—psicológicas— sólo son posibles si existe una distancia psíquica entre la
gente, en la misma forma que la moralidad presupone libertad. Por esta
razón la tendencia inconsciente de la mujer apunta a desatar la estructura
matrimonial (tradicional), lo cual no significa la destrucción del matrimo-
nio y la familia (Jung, 1927: 74).

EPÍLOGO

C o m o a n o t á b a m o s al c o m i e n z o de este escrito, en J u n g las identidades psi-


c o l ó g i c a s " h e r e d a d a s " , sean éstas familiares, culturales o biológicas, son el
principal p r o b l e m a para la realización de una h u m a n i d a d plena. C o m o he-
m o s visto, de estas identidades la última, la m á s arraigada y la m á s difícil
de trascender es la de género.
J u n g fue un personaje o b s e s i o n a d o por los p r o b l e m a s intrapsíquicos y
no profundizó sobre las i m p l i c a c i o n e s sociales de los p r o c e s o s de indivi-
duación. A u n q u e de forma todavía incipiente, c o n a l g u n o s c o l e g a s del área
120 G É N E R O E IDENTIDADl

5
de g é n e r o y d e m o c r a c i a de la A s o c i a c i ó n de Trabajo Interdisciplinario he-
m o s c o m e n z a d o a m i r a r a l g u n a s implicaciones de la teoría junguiana en
los p r o c e s o s de d e m o c r a t i z a c i ó n de las relaciones de g é n e r o y de la socie-
dad.

— La importancia de articular los análisis sociales y culturales a la dimen-


sión inconsciente de la vida femenina y masculina, de tratar de develar
esas i m á g e n e s profundamente arraigadas y ocultas del otro, imágenes
estereotipadas, degradadas o por el contrario idealizadas, q u e encuen-
tran sustento no sólo en la cultura nacional, sino en los m á s profundos
t e m o r e s y resistencias frente a los contenidos inconscientes tanto indivi-
duales c o m o colectivos.
— La necesidad de diferenciar la dimensión erótico-sexual y sociocultural,
de los procesos e m i n e n t e m e n t e psicológicos (intrapsíquicos). Se trataría
de reconocer la a u t o n o m í a de lo psicológico, en contravía de muchas
c o n c e p t u a l i z a c i o n e s c o n t e m p o r á n e a s de la problemática de género, pa-
ra las q u e lo psicológico sería u n a variable dependiente de factores eró-
tico-sexuales o socioculturales.
— La posibilidad de "de-sexualizar" las c o n c e p c i o n e s sobre la identidad
de género, s e ñ a l a n d o q u e la batalla entre los sexos no sólo se libra en el
terreno de la sociedad y la familia, sino q u e lo femenino y lo masculino,
en c u a n t o representaciones simbólicas, libran una guerra dentro de la
psique de c a d a h o m b r e y c a d a mujer.
— La crítica de la noción de " c o m p l e m e n t a r i e d a d " —utilizada para expli-
car y justificar las diversas especializaciones de la mujer y el h o m b r e en
la familia, en el trabajo, en la sociedad en su conjunto—, ya no sólo en
función de e q u i d a d o justicia social, e c o n ó m i c a y política, sino en cuanto
imagen degradada de la c o m p l e m e n t a r i e d a d de los e l e m e n t o s masculi-
n o s y femeninos dentro de la psique.

5 La A s o c i a c i ó n de Trabajo Interdisciplinario, ATI, es un o r g a n i s m o no g u b e r n a m e n t a l de-


d i c a d o f u n d a m e n t a l m e n t e a la e d u c a c i ó n p a r a la d e m o c r a c i a . A p a r t i r del á r e a de g é n e r o
y d e m o c r a c i a d e s a r r o l l a u n a labor de e d u c a c i ó n , investigación y a s e s o r í a c o n o r g a n i z a -
c i o n e s p o p u l a r e s femeninas y m i x t a s . En su q u e h a c e r institucional concibe la d e m o c r a t i -
z a c i ó n de la s o c i e d a d c o m o u n a t a r e a q u e no p u e d e restringirse a la esfera de lo público,
sino q u e d e b e influenciar los e s p a c i o s p r i v a d o s y de la v i d a cotidiana, c o n m i r a s a l o g r a r
u n a m a y o r e q u i d a d entre los géneros. En este sentido dirige su a c c i o n a r no sólo a las
m u j e r e s , sino también a los h o m b r e s , c o n el objetivo de "desfeminizar" las estrategias de
d e m o c r a t i z a c i ó n d e las relaciones d e g é n e r o , b u s c a n d o t r a n s f o r m a c i o n e s e n l a identidad
y en los p a p e l e s sociales, tanto de las m u j e r e s c o m o de los h o m b r e s .
LA PSICOLOGÍA DE J U N G 121

— Los peligros psíquicos para la mujer m o d e r n a de adquirir p r o t a g o n i s m o


social y cultural al precio de u n a " m a s c u l i n i z a c i ó n " unilateral de su con-
ciencia. Esta aceptación consciente de los valores y actitudes legitimados
en la esfera de lo público, no sólo entraña el riesgo de la supresión de los
elementos femeninos en la conciencia de la mujer m o d e r n a , sino que
obstaculizaría a largo plazo el necesario m o v i m i e n t o c o m p e n s a t o r i o de
"feminización" de la cultura occidental c o n t e m p o r á n e a , en especial en
la esfera de lo público.
— La importancia de " h u m a n i z a r " las representaciones y las relaciones en-
tre los géneros por m e d i o del descubrimiento, aceptación e integración
psíquica de los s í m b o l o s femeninos y masculinos, proceso necesario pa-
ra construir verdaderas relaciones psicológicas en las cuales entren en
juego la totalidad de las funciones psíquicas: las c o n s i d e r a d a s " m a s c u -
linas" —razón, sensación— y a las q u e se les atribuye un carácter "feme-
nino": la intuición y el sentimiento.

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