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BE_310 CIÊNCIAS DO AMBIENTE – UNICAMP

ESTUDO (Turma 2010) Disponível em: http://www.ib.unicamp.br/dep_biologia_animal/BE310

COMPARAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE REFRIGERADORES


1
ANDRÉ DE OLIVEIRA ROBERTI, 2LEANDRO BARROS
FORNAZZARI,
2
LUCAS BALESTRA DA SILVA, 2LUIZA MILENE BUCK
FERNANDES*
Curso de Graduação: 1Faculdade de de Engenharia Elétrica e Computação e 2Faculdade de Engenharia
Mecânica
*e-mail do autor correspondente: luiza.milene@gmail.com

RESUMO: Este trabalho tem por objetivo fazer um estudo comparativo entre as eficiências energéticas
de um freezer convencional e o freezer de uma geladeira comum. O espaço amostral utilizado para tal
estudo foram refrigeradores/freezers em residências convencionais, nos quais foram analisados apenas o
resfriamento de líquidos. Com o término das pesquisas realizadas, verificou-se que a geladeira é mais
eficiente, e também foram apresentadas algumas técnicas para o menor consumo de energia elétrica.

PALAVRAS-CHAVE: eficiência, resfriamento, líquidos, freezer, geladeira

ENERGETIC COMPARISON BETWEEN REFRIGERATORS

ABSTRACT: This work aims to do a comparative study between energetic efficiency of a standard
freezer and a conventional freezer refrigerator. The sample space used for this study was
refrigerators/freezers in conventional homes, in which only liquids cooling were analyzed. At the end of
the researches, we found that refrigerators are more efficient, and also were introduced some techniques
to reduce the energy consumption.

KEY-WORDS: efficiency, cooling, liquids, freezer, refrigerators.

INTRODUÇÃO

A elaboração deste experimento contempla a realização e análise das eficiências energéticas de um


freezer convencional e um freezer de uma geladeira comum.
Para a realização do mesmo foi utilizada uma geladeira da marca Bosch, e um freezer da marca
Electrolux.
Vale ressaltar que para uma melhor coleta dos valores, preparamos um ambiente adequado para a
realização do experimento, pois é conhecido que pode ocorrer a interferência de raios solares que
diminuem a eficiência dos equipamentos utilizados, bem como a proximidade de outros eletrodomésticos,
pois estes podem aquecer muito, prejudicando assim os dados obtidos.
Os produtos utilizados como medição no experimento foram líquidos, devido à melhor
distribuição calorífica, bem como a facilidade na medição de suas temperaturas.
Tendo em vista essa breve introdução, mostraremos também algumas técnicas de aprimoramento
na armazenagem dos alimentos, Revista Ciências do Ambiente On-Line Dezembro, 2010 Volume 6,
Número 2 além dos lugares mais adequados para se posicionar os refrigeradores/freezers em um
ambiente.

MATERIAIS E MÉTODOS

Primeiramente pegamos dois copos de mesma medida contendo as mesmas quantidades de água
de torneira, refrigerante (Coca-cola) e cerveja (Brahma).
Submetemos em momentos diferentes os produtos acima citados em um refrigerador e um freezer.
Deixamos os mesmos por exatos quinze minutos, e registramos a temperatura no início e ao término do
experimento, ressaltando que as condições de armazenamento (quantidade de produtos no interior e
disposição dos mesmos) eram as mesmas. Ressaltamos que as medidas de temperatura foram realizadas
por um termômetro digital convencional, o que pode acarretar erros nos valores obtidos no experimento.
Em uma segunda etapa, que envolve a parte técnica experimental, primeiramente pesquisamos os
dados referentes à geladeira e ao freezer, como potência e consumo de energia, de acordo com os modelos
dos mesmos. O consumo pode ser obtido pela potência através da seguinte equação:
[KWh] (1)
Na qual C é o consumo obtido para um determinado intervalo de tempo, P é a potência, e t é o
tempo que o aparelho fica ligado. Assim, calculamos para cada equipamento (refrigerador e freezer) o
consumo que foi gerado no intervalo de quinze minutos.
Para os dois equipamentos em questão, foram medidos seus respectivos consumos.
Como o tempo a que os produtos foram expostos foi constante e também tínhamos as informações
necessárias (massa, calor específico e a variação da temperatura) pudemos calcular a energia desprendida
em cada processo, utilizando a seguinte equação:
[cal] ou [J] (2)

Onde Q é a calorimetria (1 caloria = 4,1868J), c é o calor específico do produto em questão e é a variação


de temperatura observada.
Segundo a primeira Lei da Termodinâmica, temos a seguinte relação:
(3)
onde Q é a calorimetria envolvida, W é o trabalho mecânico (que neste caso é igual a zero), e é a variação
de energia interna. Logo ficamos com:
(4)
O sinal negativo da equação se dá pois o sistema (geladeira/freezer) fornece energia aos produtos
(água, refrigerante e cerveja).
Como pode ser observado na equação acima, a energia transferida para cada produto é igual à
calorimetria (em módulo). Revista Ciências do Ambiente On-Line Dezembro, 2010 Volume 6, Número 2
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Primeiramente obtivemos os valores dos consumos para os dois refrigeradores através da equação
(1):

Tabela 1: Consumos Energéticos

A partir destes dados, podemos constatar que o freezer gasta mais energia para um mesmo
intervalo de tempo.
A parte principal do experimento consiste em analisar a variação das temperaturas dos produtos,
quando estes são submetidos em um mesmo tempo a resfriamentos no freezer de uma geladeira e em um
freezer convencional. Os valores obtidos podem ser observados nas tabelas abaixo:

Tabela 2: Variação de temperaturas na geladeira

Tabela 3: Variação de temperatura no freezer

Lembramos que as potências acima utilizadas são para a geladeira operando em 4°C na parte de
baixo e -6°C na parte superior, e para o freezer convencional operando em -20°C.
Para calcularmos a calorimetria precisamos dos valores do calor específico (Moran & Shapiro, 2007),
como pode ser visto na equação (2). Então calculamos as calorimetrias envolvidas nos processos re
refrigeração, e essas podem ser observadas nas tabelas abaixo:
Tabela 4: Calorimetria geladeira

Tabela 5: Calorimetria freezer


Lembramos que para o cálculo das calorimetrias, também precisamos das massas dos produtos
(para todos utilizamos 200g dos produtos, foram pesados no laboratório LF03 do IFGW).
Concluímos que apesar do freezer da geladeira demorar mais tempo para refrigerar os alimentos,
ela apresenta um consumo energético inferior, o que justifica a sua utilização.
Contudo, o freezer é mais indicado para uso em estabelecimentos comerciais, já que estes precisam de
uma refrigeração acelerada, o que justifica sua maior potência.
Já o uso domiciliar do freezer não é uma alternativa sustentável do ponto de vista energético,
justificando assim a sua não utilização.
Após a conclusão de que a geladeira é o meio mais econômico de refrigeração, buscamos métodos
de diminuir o consumo da mesma. Deve-se garantir uma melhor vedação da geladeira, pois caso contrário
o compressor é obrigado a trabalhar mais, gastando assim, mais energia. Revista Ciências do Ambiente
On-Line Dezembro, 2010 Volume 6, Número 2.
A posição que os alimentos são armazenados na geladeira também influencia no consumo de
energia. Dependendo da geometria do alimento, certas posições favorecem um resfriamento mais rápido.
Como exemplo, modelaremos um cilindro (que pode exemplificar uma garrafa ou latinha de refrigerante):
O calor transferido por convecção da geladeira para o modelo adotado é dado por:
(5)
Na qual Q’ é o calor transferido que queremos determinar, A é a área superficial, ΔT é a variação
de temperatura e h é o coeficiente convectivo, uma constante que depende das propriedades físicas do
fluido.
Neste caso, teremos que a variação de temperatura e a área são as mesmas para ambas as situações
que levaremos em consideração (cilindro na vertical ou na horizontal), portanto, a transferência de calor
dependerá apenas dos coeficientes convectivos. Estes dependem, por sua vez, de certas correlações
empíricas que se baseiam no fato do objeto estar na posição horizontal ou vertical.
Quando o cilindro está na posição vertical em relação ao fluido, a placa está alinhada com o vetor
gravitacional, e a força de empuxo atua de modo a induzir o movimento do fluido em um único sentido.
Ao inclinarmos o cilindro em relação à gravidade, a força de empuxo terá duas componentes (uma
perpendicular e uma paralela à superfície do cilindro). Ao diminuirmos o empuxo paralelo à superfície,
diminuímos consequentemente a velocidade do fluxo, que é seguida de uma redução na transferência de
calor.
Assim, conclui-se que se deixarmos a latinha ou garrafa na posição vertical, seu resfriamento
ocorrerá mais rapidamente.
Outra atitude que diminui os gastos de energia é o uso de recipientes de metal ao invés de plástico ou
vidro, também é uma alternativa para otimizar o consumo da geladeira. O fato de o metal possuir uma
condutibilidade alta garante que os alimentos sejam resfriados mais rapidamente do que se colocados em
recipientes de plástico ou vidro.
Deve-se evitar também colocar alimentos em altas temperaturas na geladeira, uma vez que quanto
mais alta a temperatura do alimento, mais energia a geladeira vai gastar para resfriá-lo.
Outro fato ao qual se deve atentar é a circulação do ar na geladeira. Tal circulação garante que a
temperatura dentro da mesma seja constante em todo seu volume. Ao colocar muitos produtos em suas
“prateleiras”, ou ao forrar as mesmas com plástico ou vidro, a circulação do ar é prejudicada e,
consequentemente, o seu bom funcionamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INCROPERA, F.P.; DEWITT, D.P.; BERGMAN. T.L.; LAVINE, A.S. Fundamentos de Transferência de
Calor e Massa. Rio de Janeiro, LTC, 2008. p. 355-391
MORAN, M.J.; SHAPIRO, HN. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. Rio de Janeiro, LTC,
2002, p. 27-67 Revista Ciências do Ambiente On-Line Dezembro, 2010 Volume 6, Número 2

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