João Pessoa – PB
2019
DAMIÃO GOMES OLIVEIRA
João Pessoa – PB
2019
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1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O termo contexto tem origem nas palavras latinas cum (com) e textere (tecer, fabricar)
esta última, palavra que também deu origem aos termos “texto” e “tecnologia” cuja nova
formação (comtextere) sugere a ideia de entretecido, de abarcamento e de conexão de coisas.
O contexto de uma atividade é definido como sendo “as circunstâncias que estão
presentes ou influenciam no processo de realização da atividade”, enquanto a ideia de
contextualizar para Mello (2012) é desenvolvida a partir da sua etimologia: contextuar significa
“enraizar uma referência em um texto, de onde fora extraída e longe do qual perde parte
substancial de seu significado. Contextualizar, portanto, é uma estratégia fundamental para a
construção de significações”. Dessa forma, podemos entender o sentido da contextualização
como sendo “(re) enraizar o conhecimento ao “texto” original do qual foi extraído ou a qualquer
outro contexto que lhe empreste significado” (Ibid).
De acordo Skovsmose (2000) o contexto pode ser classificado em três categorias
distintas que são: (1) com referência a matemática pura ,o qual diz respeito a situações que
pertencem integralmente a matemática acadêmica.; (2) com referência a semirreal os que se
refere a situações simulada ou fictícias elaboradas a partir de elementos destacados do cotidiano
do aluno; e (3) com referência a realidade que descreve e se situa em situações naturais de vida,
sejam elas do cotidiano das pessoas ou no âmbito cientifico.
Quanto ao termo contextualização, em nosso entendimento, significa a ação de
contextualizar, de estabelecer relações entre o objeto em prática ou em estudo e o contexto
considerado. Sendo assim, a contextualização não é um ato pleno por si mesma, mas dependente
do sujeito que contextualiza e da concepção de contexto que o mesmo considera.
De acordo com Tufano (2001), contextualizar é o ato de colocar no contexto, ou seja,
colocar alguém a par de alguma coisa, uma ação premeditada para situar um indivíduo em lugar
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no tempo e no espaço desejado. Ele ressalta que a contextualização pode também ser intendida
como uma espécie de argumentação ou opiniões uma forma de desencadear novas ideias.
Para Fonseca (1999), contextualizar não é abolir a técnica e a compreensão, mas
ultrapassar esses aspectos e entender fatores externos aos que normalmente são explicitados na
escola de modo a que os conteúdos matemáticos possam ser compreendidos dentro do
panorama histórico, social e cultural que o constituíram. Ele ainda acrescenta que a linha de
frente da Educação Matemática tem hoje um cuidado crescente com o aspecto sociocultural da
abordagem Matemática. Defendem a necessidade de contextualizar o conhecimento
matemático a ser transmitido, buscar suas origens. Acompanhar sua evolução, explicitar sua
finalidade ou seu papel na interpretação e na transformação da realidade do aluno.
Fonseca (1999), relata que com um ensino contextualizado, o aluno tem mais
oportunidades de compreender os motivos pelos quais estuda um determinado conteúdo. Esse
relato corrobora com o autor D’Ambrósio (2011), onde ele relata que a matemática é essencial
para todos.
afirmam que, não podemos mais trabalhar a matemática como uma ciência que nasce de um
passe de mágica, deslocada de uma realidade, de um contexto e de uma história.
Luccas e Batista (2012) relatam que a contextualização favorece o atendimento das
seguintes questões no ensino de Matemática. “Por que é importante aprender isto? Em que
situações cotidianas eu vou utilizar o que estou aprendendo? O que tem a ver isto que estou
estudando em Matemática com a minha vida? Essas questões fazem com que o ensino de
Matemática tenha um sentido para o aluno, reforçando a importância da aprendizagem de seus
conteúdos e que esses estão no cotidiano e a influencia na constituição de uma percepção acerca
do significado desta ciência, permitindo que a imagem geralmente negativa que lhe é associada
pelos que a estudam possa ser superada e que vejam que esta não um “bicho de sete cabeça”.
Acercar-se o conhecimento matemático dessa forma faz com que o conhecimento seja
reconhecido como um importante componente para a análise das situações concretas, servindo
de base para sua compreensão. Para Fernandes (2012), a matemática é a disciplina necessária a
interpretação do real. No ensino de Matemática, a contextualização oportuniza ao aluno que o
conhecimento tenha maior significado, proporcionado a sua aprendizagem.
A contextualização se relaciona com a intencionalidade de proporcionar ao aluno ter
vivencias reais, no decorrer do processo de ensino de matemática, tendo como foco a
possibilidade de interpretar sua realidade, e suas vivencias, a partir dos conteúdos da disciplina,
contribuindo para a sua compreensão, ao mesmo tempo em que aprende o conteúdo abordado
pelo professor, esse aluno perceba que a matemática está em quase tudo em sua volta
(BATISTA, 2012). Nesse contexto, o ensino de Matemática adquire novos contornos com o
ensino contextualizado aproximando-se da realidade em que o aluno está inserido, sem que isto
deprecie o saber matemática, mas sim que evidencie sua importância, tanto no meio social bem
como nas demais ciências.