Tradução: C. S. M. Rosa. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. (Cap 4, item 18)
“Cada vez mais solo vira estacionamento, para acomodar um número sempre
cres-
“Como assinalou Gruen, quanto mais espaço se der aos carros nas cidades,
maior se tornará a necessidade do uso dos carros e, consequentemente, de ainda
mais espaço para eles. ” p. 391
“[...] a pressão sobre os veículos deve ser feita com argumentos positivos,
como forma de propiciar melhorias positivas, desejadas e compreensíveis,
lançando mão de vários interesses urbanos específicos e palpáveis. Isso é
desejável não porque uma abordagem dessas constitua um recurso político
e persuasivo mais eficiente (embora seja), mas porque os meios que
proporcionam aumento de diversidade, vitalidade e funcionalidade urbana em
locais específicos devem ser palpáveis e positivos. Uma política que tivesse
por objetivo primordial a exclusão dos veículos, que criasse tabus sobre eles
e os multasse, com as crianças gritando "Carros, carros, fora daqui!", seria
uma política não só fadada ao fracasso, como também merecidamente
fadada ao fracasso. Devemos lembrar que o vazio urbano não é melhor que
o trânsito excessivo, e a população tem razão ao sus- peitar de programas
que não dão nada em troca. ” p. 412