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Aracnidismo

Professor: Cleanto Santos Vieira


Aracnidismo
• 3 gêneros de aranhas de
importância médica: Phoneutria,
Loxosceles e Latrodectus.
• As aranhas do gênero Lycosa, chamadas de
aranhas de jardins, são comumente
encontradas nas residências; também
causam acidentes leves, sem necessidade de
tratamento específico.
• Apresentam cor marrom acinzentado,
apresentando um desenho em forma de seta
no abdome. O animal adulto mede entre 2 a
3 cm de corpo e 5 a 6 cm de envergadura de
pernas. Habita campos e gramados e não é
agressiva. No local da picada pode ocorrer
leve descamação da pele.

• Animais carnívoros: insetos, como grilos e


baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e
peridomiciliares.
Aracnidismo

Morfologia externa das aranhas


Aracnidismo
Aracnidismo
• Epidemiologia:
• Incremento da notificação de
casos no país, notadamente nos
estados do Sul.
• Coeficiente de incidência dos
acidentes aracnídicos situa-se
em torno de 1,5 casos por
100.000 habitantes, com
registro de 18 óbitos no período
de 1990-1993. A maioria das
notificações provem das regiões
Sul e Sudeste.
Phoneutria
• Armadeira (também conhecida como aranha-macaco
ou aranha-de-bananeira) é a designação comum às
aranhas do gênero Phoneutria (do grego phoneútria,
"assassina"), da família dos ctenídeos. O nome comum
armadeira vem da sua atitude invariável de ataque,
com as patas dianteiras erguidas.
• Originárias da região sul-americana, com um corpo de
3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm de envergadura
(fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois
produzem um veneno cujo componente neurotóxico é
tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para
matar um rato. Freqüentemente entram em habitações
humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou
mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos.
Quando incomodadas, picam furiosamente diversas
vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas
espécie são registrados anualmente: são responsáveis
por aproximadamente 42% dos casos de picadas por
aracnídeos notificados no Brasil.
• É considerada a aranha mais venenosa do mundo,
devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico.
No Brasil, é a segunda aranha que mais causa
acidentes, perdendo apenas para a aranha marron,
porém, ao contrário da Loxosceles, é extremamente
agressiva, razão pela qual não se aconselha nem se
permite sua criação em cativeiro.
Aracnidismo
• Espécies:
• Phoneutria fera: pode ser encontrada na região
Amazônica
• Juntamente com a nigriventer são consideradas as
aranhas mais venenosas no mundo.
• O seu veneno contém uma potente neurotoxina ,
conhecido como PhTx3 , que atua como um
bloqueador de amplo espectro do canal de cálcio que
inibe a ação do glutamato, cálcio e também a
captação de glutamato de sinapses neurais.
• Em concentrações letais, esta neurotoxina causa
perda do controle muscular e problemas
respiratórios, resultando em paralisia e eventual
asfixia.
• Em adição, o veneno provoca dor intensa e
inflamação após uma refeição, devido a um efeito
excitatório do veneno tem sobre a serotonina 5-HT4
dos nervos sensoriais.
• Esta estimulação do nervo sensorial provoca a
liberação de neuropeptídeos , tais como a substância
P, que desencadeia a dor e inflamação.
Aracnidismo

• Phoneutria nigriventer: Goiás,


Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo
e Santa Catarina;
Aracnidismo

• Phoneutria Keyserlingi:
Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e
Santa Catarina.
Phoneutrismo

• 42,2% dos casos no Brasil,


predominantemente no Sul e
Sudeste. Raramente levam a
um quadro grave. Acidentes
ocorrem em áreas urbanas, no
intra e peridomicílio.
• Quadro clínico Predominam
manifestações locais: dor
imediata, edema, eritema,
parestesia e sudorese no local
da picada.
Phoneutrismo
• Os acidentes são classificados em:
• Leves 91% dos casos. Sintomatologia
local. Taquicardia e agitação,
secundárias à dor.
• Moderados 7,5% do total de
acidentes. Manifestações locais e
sistêmicas, como taquicardia,
hipertensão arterial, sudorese
discreta, agitação psicomotora, visão
“turva” e vômitos ocasionais.
• Graves raros, 0,5% do total, restritos
às crianças. Sudorese profusa,
sialorréia, vômitos freqüentes,
diarréia, priapismo, hipertonia
muscular, hipotensão arterial,
choque e edema pulmonar agudo.
Phoneutrismo

• Exames complementares Acidentes graves (crianças):


• leucocitose com neutrofilia, hiperglicemia, acidose
metabólica e taquicardia sinusal.
• Tratamento
• Sintomático
• Analgésico, imersão do local em água morna ou o uso de
compressas quentes.
• Específico
• a soroterapia tem sido formalmente indicada nos casos
com manifestações sistêmicas em crianças e em todos
os acidentes graves.
• Prognóstico Bom. Lactentes, pré-escolares e idosos
devem sempre ser mantidos em observação pelo menos
por seis horas. Os óbitos são muito raros, havendo
relatos de 14 mortes na literatura nacional de 1926 a
1996.
Phoneutrismo
Loxoscelismo

• Loxosceles:
• Aranhas-marrons
• Teias irregulares Podem ter 1 cm de
corpo e até 3 cm de envergadura de
pernas. Não são agressivas, picando
quando são comprimidas contra o
corpo.
• Distribuição geográfica
• L. intermedia -predomina nos estados
do sul do país;
• L. laeta -ocorre em focos isolados em
várias regiões do país, principalmente
no estado de Santa Catarina;
• L. gaucho -predomina no estado de
São Paulo.
Loxoscelismo
• Forma mais grave de aracnidismo no
Brasil. A maioria dos acidentes ocorre no
Sul, particularmente no Paraná e Santa
Catarina. O acidente atinge mais
comumente adultos, com discreto
predomínio em mulheres, no intra-
domicílio.
• Ações da peçonha Enzima
esfingomielinase D-> membrana das
células, principalmente do endotélio
vascular e hemácias. Cascatas do
sistema complemento, da coagulação e
das plaquetas, desencadeando intenso
processo inflamatório no local da picada,
acompanhado de obstrução de
pequenos vasos, edema, hemorragia e
necrose focal. Hemólise intravascular
nas formas mais graves de
envenenamento.
Loxosceles intermedia
Loxoscelismo
• Quadro clínico:
• A picada quase sempre é imperceptível.
• Forma cutânea 87-98% dos casos.
• Lenta e progressiva, caracterizada por dor, edema e
eritema no local da picada, pouco valorizados pelo
paciente. Os sintomas locais se acentuam nas
primeiras 24-72 h após o acidente, podendo variar
sua apresentação desde:
• Lesão incaracterística
• bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor,
com ou sem dor em queimação; Lesão sugestiva
• enduração, bolha, equimoses e dor em
• queimação; Lesão característica
• dor em queimação, lesões hemorrágicas focais,
mescladas com áreas pálidas de isquemia (placa
marmórea) e necrose. Geralmente o diagnóstico Loxosceles laeta
éfeito nesta oportunidade.
Loxoscelismo Lesão com 7 dias

• A lesão cutânea pode evoluir


para necrose seca (escara), em
cerca de 7-12 dias, que, ao se
destacar em 3 a 4 semanas,
deixa uma úlcera de difícil
cicatrização.

• Bombeiro, 31 anos, relata ter


calçado bota pela manhã e
trabalhado por aprox. 12h
seguidas. Ao final desse período,
começou a sentir dor
progressivamente maior, em
queimação, no pé direito. Ao
retirar a bota e a meia, observou
a lesão mostrada na imagem.
Loxoscelismo
• Forma cutâneo-visceral (hemolítica)
Além do comprometimento cutâneo,
manifestações clínicas decorrentes
de hemólise intravascular, anemia,
icterícia e hemoglobinúria (primeiras
24 horas).
• Petéquias e equimoses:
relacionadas à coagulação
intravascular disseminada (1-13%
dos casos, mais comum nos
acidentes por L. laeta).
• Casos graves: insuficiência renal
aguda, de etiologia multifatorial
(diminuição da perfusão renal,
hemoglobinúria e CIVD), principal
causa de óbito no loxoscelismo.
Loxoscelismo
• Acidente loxoscélico pode ser classificado em:
• Leve:
• lesão incaracterística sem alterações clínicas ou laboratoriais e com a
identificação da aranha causadora do acidente.
• Moderado:
• lesão sugestiva ou característica, mesmo sem a identificação do agente causal,
podendo ou não haver alterações sistêmicas do tipo rash cutâneo, cefaléia e mal-
estar;
• Grave:
• lesão característica e alterações clínico-laboratoriais de hemólise intravascular.
• Loxoscelismo
• Complicações Locais
• infecção secundária, perda tecidual, cicatrizes desfigurantes. Sistêmicas
• insuficiência renal aguda.
• Exames complementares Forma cutânea
• hemograma com leucocitose e neutrofilia Forma cutâneo-visceral
• anemia aguda, plaquetopenia, reticulocitose, hiperbilirrubinemia indireta, K+,
creatinina e uréia e coagulograma alterado.
• Tratamento A indicação do anti-veneno é controvertida na literatura. Eficácia da
soroterapia é reduzida após 36 h do acidente.
Loxoscelismo
• Tratamento:
• Corticoterapia e dapsone (modulador da resposta
inflamatória), analgésicos, compressas frias,
antisséptico local e limpeza periódica da ferida são
fundamentais para que haja uma rápida
cicatrização. Antibiótico sistêmico, remoção da
escara e tratamento cirúrgico na correção de
cicatrizes. Manifestações sistêmicas
• transfusão de sangue ou concentrado de hemácias
nos casos de anemia intensa e manejo da
insuficiência renal aguda.
• Prognóstico:
• Na maioria dos casos, bom. Nos casos de ulceração
cutânea, de difícil cicatrização: complicações no
retorno do paciente às atividades rotineiras. A
hemólise intravascular pode levar a quadros graves
e neste grupo estão incluídos os raros óbitos.
Loxoscelismo
Latrodectismo
• Viúvas-negras Teias irregulares. Podem
apresentar hábitos domiciliares.
• Fêmeas: 1cm (3cm de envergadura de pernas).
Machos menores(3 mm)
• Os acidentes ocorrem normalmente quando
são comprimidas contra o corpo.
• Latrodectus
• Distribuição geográfica
• L. curacaviensis -Ceará, Bahia, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São
Paulo;
• L. geometricus -encontrada praticamente em
todo o país.
• Latrodectismo Nordeste (Bahia, Ceará, Rio
Grande do Norte, Sergipe), principalmente por
L. curacaviensis.
Latrodectus curacaviensis
Latrodectismo Latrodectus Geometricus

• Ações da peçonha:
• Alpha-latrotoxina: atua sobre terminações nervosas sensitivas provocando quadro
doloroso no local da picada.
• Ação no SNA: liberação neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos. Na
junção neuromuscular pré-sináptica, altera a permeabilidade aos íons sódio e
potássio.
• Quadro clínico:
• Manifestações locais: dor local (60% dos casos) e sensação de queimadura 15-
60min após a picada. Pápula eritematosa e sudorese localizada (20% dos casos).
Lesões puntiformes, distando de 1 mm a 2 mm entre si. Na área da picada há
referência de hiperestesia e pode ser observada a presença de placa urticariforme
acompanhada de infartamento ganglionar regional.
• Manifestações sistêmicas:
• Gerais -> tremores (26%), ansiedade (12%), excitabilidade (11%), insônia, cefaléia,
prurido, eritema de face e pescoço. Distúrbios de comportamento e choque nos casos
graves.
• Motoras -> dor irradiada para os membros inferiores (32%), contraturas
musculares periódicas (26%), movimentação incessante, atitude de flexão no leito;
hiperreflexia ósteo-músculo-tendinosa constante. Dor abdominal intensa (18%),
acompanhada de rigidez e desaparecimento do reflexo cutâneo- abdominal.
Contratura facial, trismo dos masseteres caracteriza o fácies latrodectísmica
observado em 5% dos casos.
Latrodectismo
• Cardiovasculares -> opressão precordial, com
sensação de morte iminente, taquicardia inicial
e hipertensão seguidas de bradicardia.
• Exames complementares:
• Leucocitose, linfopenia, eosinopenia.
Hiperglicemia, hiperfosfatemia. Albuminúria,
hematúria, leucocitúria e cilindrúria. Arritmias
cardíacas. Essas alterações podem persistir
atépor dez dias.
• Tratamento Específico: soro antilatrodectus
(SALatr) é indicado nos casos graves, i.m. A
melhora do paciente ocorre de 30 min a 3 h
após soroterapia. Soro antilatrodectus
atualmente disponível no Brasil é importado.
• Sintomático e analgésicos.
• Suporte cardiorespiratório e hospitalização por,
no mínimo, 24 horas.
• Prognóstico:
• Não há registro de óbitos.
Latrodectismo

Fascies Latrodectísmica
Referências Bibliográficas

• Elisabeth Ferroni Schwartz Laboratório de Toxinologia Departamento


de Ciências Fisiológicas Instituto de Ciências Biológicas –UnB
• MI acidentes por animais peçonhentos. Bra .
• SEB Brasília, 1996.
• SEC SAÚDE. Manual de vigilância epidemiológica acidentes pó animais
peç São Paulo: CVE, lnstituto Butantan, 1993. SC avier, 1992.

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