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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ARTES E ARQUITETURA


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Professor (a): NANCY DE MELO


Aluno (a): JEFESON JARBAS FERREIRA RAFAEL

LEITURA ANALÍTICA DA OBRA DE ARTE BAITOGOGO


ATRAVÉS DOS PRINCÍPIOS PROPOSTOS POR MATEHEUS
GOROVITZ EM “DA EDUCAÇÃO DO JUÍZO DE GOSTO E A
FORMAÇÃO DO ARQUITETO”

Goiânia

2019
O presente trabalho, tem como pressuposto a leitura analítica de uma
obra de arte em sua totalidade através dos princípios propostos por Mateheus
Gorovitz em “Da Educação do Juízo de gosto e a formação do arquiteto” –
1998.
A obra adotada faz parte de um conjunto de instalações artísticas de
Henrique Oliveira denominada Baitogogo | 2013 | Palais de Tokyo, Paris -
França | madeira compensada e galhos | 6,74 x 11,79 x 20,76m |. (ver figura
01).
O roteiro de apreciação será percorrido, levando em conta, as categorias
da estética como campo disciplinar de estudo empírico e cientifico na esfera do
conhecimento humano dotada de um sistema de unidade lógico de aspecto e
racionalidade de método” (Corbisier 1987, 208), donde, O juízo de gosto, por
sua vez, aqui será definido como uma ação autônoma – práxis – (Bottomore
1988, 292) facultada pela interação das capacitações racionais, intelectivas,
volitivas e sensíveis do ser humano, e, não terá como parâmetro, razão prática-
utilitária da obra ou valores pré-estabelecidos, a Totalidade, terá caráter de
integração dos lados sensíveis e racionais da consciência humana, contrária ao
conceito marxista de alienação (Bottomore 1988,5) e o belo como a mediação
entre o universo “subjetivo e objetivo” que a obra de arte pode denotar de
maneira individual e subjetiva na esfera coletiva e universal (Corbisier 1987,
67-68).
Isto posto, os critérios da obra serão abordados através de três
aspectos, Objeto-em-si, Objeto-para-si, Objeto-em-si-e-para-si. No entanto,
apesar de categoricamente e cartesianamente dividido, este caráter analítico,
não se sobrepõe à totalidade do processo dialético.

Figura 01 - foto: André Morin


Objeto-em-si
A Obra de Henrique de Oliveira consiste em um emaranhado complexo
de madeira compensada e galhos que adotam formas orgânicas e são tangidas
por estruturas em formato de pilares e vigas presentes no local. Sua
construção e elaboração é dada através da estruturação das formas por fitas
de madeira compensada hidratadas para maior flexibilidade do material e em
seguida fixas umas às outras por parafusos dispostas a formar estruturas
orgânicas naturalmente similares a galhos e raízes arbóreas. Em seguida
essas estruturas são revestidas por finas faixas de madeira compensada
recicladas e meticulosamente colocadas de maneira a criar um dégradé com as
formas paralelepipedais que por sua vez se conectam com as paredes e
estruturas do espaço físico da instalação.

Figura 02 - foto: André Morin

Objeto-para-si
Como impressão pessoal, a obra me remente a um tema particularmente
recorrente e amplamente abordado pela cultura popular e a indústria de games,
o “universo pós apocalíptico”, como em Horizon Zero Dawn da produtora
Guirrilha Games (ver figura 03), ou The Last Of US da Naughty Dog, (ver figura
04). Os jogos, apesar de existirem em universos diferentes, são
contextualizados em um mundo cuja humanidade sucumbiu e a natureza toma
conta do ambiente antes dominado pelo homem. A vegetação reivindica sua
posição no espaço urbano e disputa sua existência com as estruturas e
edificações antes feitas e ocupadas pelo homem e para o homem. Evocando a
mim uma reflexão sobre a fragilidade e propensão da sociedade a sucumbir
enquanto a natureza, uma vez sem o homem, cresce e encontra um meio de
retoma à sua verdadeira magnitude.

Figura 03 – Book The Art of Horizon Zeron Dawn

Figura 04 - The Art of The Last of Us Hardcover Book


Objeto-em-si-e-para-si
Através de estudos sobre biologia, especificamente de tumores e da
forma de agrupamento e crescimento das células, a arte híbrida de Henrique
Oliveira conjurar aspectos urbanos, vegetais e estruturais, assim como arte e
ciência, o natural e o artificial. Esses aspectos estimulam a imaginação dos
expectadores da obra com a intercessão dos pilares de cor branca com a
camada de tapume que remete a cobertura vegetal das árvores enquanto e
promove uma reflexão acerca das analogias formais desses supercrescimentos
e do ambiente urbano.
Dotando os pilares de uma dimensão vegetal, o artista transmite a
sensação de que a edificação ganha vida mudando a percepção e a interação
do espaço com seus frequentadores. Obrigando-nos a refletir sobre as formas
de ocupação dos espaços urbanos e evocando um aspecto arquitetonicamente
antropomórfico, organicamente caótico e estranhamente familiar.
Referências:
GOROVITIZ, Matheus, Da educação de juizo de gosto, São Paulo 1998.
http://www.impulsegamer.com/articles/wp-content/uploads/2017/03/art003.jpg
https://mocah.org/uploads/posts/4598626-concept-art-the-last-of-us-
apocalyptic-urban-new-york-city-video-games.jpg
https://www.palaisdetokyo.com/en/event/henrique-oliveira
http://www.henriqueoliveira.com/portu/biografia.asp?cod_menu=1

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