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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

RODRIGO MIRANDA DA SILVA BERTORA

Balanceamento de Rotores Rígidos

Juazeiro – BA
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

RODRIGO MIRANDA DA SILVA BERTORA

Balanceamento de Rotores Rígidos

Trabalho apresentado a Universidade


Federal do Vale do São Francisco –
UNIVASF, Campus Juazeiro, como
requisito para obtenção do título de
Engenheiro Mecânico.

Orientador: Prof. Dr. José Bismark de


Medeiros

Juazeiro – BA
2013
Bertora, Rodrigo Miranda da Silva.
B547b Balanceamento de Rotores Rígidos / Rodrigo Miranda da Silva
Bertora. -- Juazeiro, 2013.
X ; 65f.: il. 29 cm.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia


Mecânica) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus
Juazeiro-BA, 2013.

Orientador: Prof.Dr. José Bismark de Medeiros.

1. Projeto de máquinas. 2. Rotores Rígidos. 3. Vibrações. I.


Título. II. Medeiros, José Bismark de. III. Universidade Federal do
Vale do São Francisco.
CDD 621.815
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF
Bibliotecário: Renato Marques Alves
Dedico este trabalho de conclusão de curso –
TCC, aos meus pais, Leobaldo Bertora e Jaciene
Miranda e meu irmão Gabriel Miranda, que
sempre me apoiaram nesta caminhada e
conquista deste título tão sonhado.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado à oportunidade de cursar


Engenharia Mecânica e iluminar sempre o meu caminho, fazendo-me superar todos
os obstáculos.

Aos meus pais, irmão e parentes pelo apoio e disposição para me ouvir em todos os
momentos dessa trajetória e me ajudarem a transpor barreiras anteriormente
intransponíveis, fazendo eu me tornar o que sou.

A minha segunda família formada por meus amigos dos tempos de colégio e
academia, os quais estiveram sempre ao meu lado neste período de descobertas
que é a graduação.

Agradeço a minha namorada que teve grande contribuição nesta etapa final de
minha formação acadêmica.

Agradeço a Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, por ser


uma instituição que me ofereceu todo o suporte e atenção necessária para que
pudesse desenvolver minhas habilidades profissionais.

Aos mestres, muito obrigado por passarem o seus conhecimentos, que foram de
imensa importância para a minha formação profissional, acadêmica e científica.

A todos que foram responsáveis pela implantação e manutenção do projeto Baja


SAE, pois neste ambiente pude vivenciar situações práticas do dia a dia do
profissional de Engenharia Mecânica, situações estas que certamente serão um
diferencial na minha formação no ambiente de trabalho.
“Tudo posso naquele que me fortalece”
(Filipenses 4.13)
Bertora, R. M. da S. Balanceamento de Rotores Rígidos. 2013. Monografia
(Trabalho de conclusão de curso em Engenharia Mecânica) – Colegiado de
Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro,
2013.

RESUMO

Este trabalho busca apresentar técnicas utilizadas para balanceamento de rotores


rígidos, com ênfase ao balanceamento em um plano, utilizando a balanceadora
comercial NK-700. Para isso foi realizado uma revisão dos procedimentos
matemáticos usuais, observando maneiras de avaliar o desempenho de máquinas
de balancear. Paralelamente foi construído um corpo de prova com cuidados
especiais na usinagem de forma a se ter um rotor com baixo desbalanceamento
residual. Este rotor foi colocado na máquina de balancear e os resultados
experimentais foram comparados com os obtidos pelo modelo analítico.

Palavras-chave: Balanceamento de Rotores Rígidos. Projeto de máquinas.


Dinâmica de rotores. Vibrações.
Bertora, R. M. da S. Balancing of Rigid Rotors. 2013. Monograph (Work
Completion Course in Mechanical Engineering) – Chairman of the Board of
Engineering Mechanical, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro,
2013.

ABSTRACT

This study aims to present techniques used to balancing rigid rotors, with emphasis
on balancing on a plane, using the balancing commercial NK-700. For this we carried
out a review of mathematical procedures usual, watching ways to evaluate the
performance of balancing machines. Parallel built a body of evidence with special
care in machining so having a rotor with low residual unbalance. This rotor was
placed in the balancing machine and the results were compared with those obtained
by the analytical model.
Keywords: Balancing of Rigid Rotors. Machine Design. Rotors Dynamic. Vibrations.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Problemas de vibração causados por desbalanceamento. ........................ 12


Figura 2: Representação do desbalanceamento causado por uma distribuição não
uniforme de massa. ................................................................................................... 15
Figura 3: Representação de um rotor desbalanceado estaticamente. ...................... 16
Figura 4: Representação de um rotor desbalanceado em par. ................................. 18
Figura 5: Representação de um rotor desbalanceado dinamicamente ..................... 19
Figura 6: Desbalanceamento residual admissível. .................................................... 22
Figura 7: Rotor com massa não uniformemente distribuída. ..................................... 24
Figura 8: a) Rotor curto em um mancal de baixo atrito b) Reações em um mancal
desbalanceado. ......................................................................................................... 26
Figura 9: Balanceamento em um plano utilizando analisador de vibração. ............... 27
Figura 10: Processo de balanceamento utilizando mascas de fase a) Rotor
desbalanceado b) Rotor com a massa de teste c) Ângulo de fase d) Posição do
desbalanceamento original........................................................................................ 27
Figura 11: Desbalanceamento devido ao peso experimental W ............................... 28
Figura 12: a) Representação de uma massa desbalanceada e a força gerada por
esta b) Representação de duas massas equivalentes em planos tangentes a
extremidades do rotor................................................................................................ 31
Figura 13: Balanceamento em dois planos. .............................................................. 32
Figura 14: Características técnicas da balança Marte modelo AC10K ...................... 36
Figura 15: Representação esquemática do corpo de prova. ..................................... 37
Figura 16: Características técnicas da balança Marte modelo AY220 (Fonte: Manual
da Balança). .............................................................................................................. 38
Figura 17: Máquina de Balanceamento Tenikao NK 700 .......................................... 39
Figura 18: Tela inicial do programa NK-780. ............................................................. 39
Figura 19: Menu do programa NK 780, menu ISO 1940. .......................................... 40
Figura 20: Mostrador digital da NK-700, mostrando a estabilização de rotação. ...... 40
Figura 21: Mostrador digital da NK-700, mostrando a rotação estabilizada. ............. 41
Figura 22: Menu do programa NK 780, Menu sem massa. ....................................... 41
Figura 23: Menu do programa NK 780, Menu sem massa no plano 1. ..................... 42
Figura 24: Massa desbalanceadora colocada em uma posição qualquer. ................ 44
Figura 25: Diagrama de vetores do disco desbalanceado ........................................ 44
Figura 26: Diagrama de vetores do disco girando com a massa de teste. ................ 44
Figura 27: Diagrama de vetores do disco girando com a massa de teste a 180°. ..... 45
Figura 28: Diagrama de vetores do balanceamento através do método das quatro
medidas. .................................................................................................................... 47
Figura 29: Tela reposta do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento
residual do corpo de prova. ....................................................................................... 49
Figura 30: Posicionamento das massas de teste na situação teste um. ................... 50
Figura 31: Posicionamento das massas de teste na situação teste dois................... 51
Figura 32: Posicionamento das massas de teste na situação teste três. .................. 51
Figura 33: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de
correção sugerida na situação teste um. ................................................................... 52
Figura 34: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de
correção sugerida na situação teste dois. ................................................................. 53
Figura 35: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de
correção sugerida na situação teste três. .................................................................. 53
Figura 36: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual
depois de feitas as correções na situação um. .......................................................... 54
Figura 37: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual
depois de feitas as correções na situação dois. ........................................................ 55
Figura 38: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual
depois de feitas as correções na situação três. ......................................................... 55
Figura 39: Diferença percentual entre as massas de correção obtidas pelos métodos
experimental e analítico............................................................................................. 57
Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
1.1 Objetivo geral ............................................................................................... 13
1.2 Objetivos específicos ................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 14
2.1 Teoria base e definições .............................................................................. 14
2.2 Tipos de desbalanceamento ........................................................................ 15
2.2.1 Desbalanceamento estático ...................................................................... 16
2.2.2 Desbalanceamento em par ou dinâmico puro........................................... 17
2.2.3 Desbalanceamento dinâmico .................................................................... 18
2.3 Métodos de balanceamento ......................................................................... 19
2.4 Balanceamento de rotores rígidos................................................................ 20
2.4.1 Rotores rígidos e Flexíveis........................................................................ 20
2.4.2 Principio de balanceamento ...................................................................... 21
2.4.3 Balanceamento em um plano ou estático ................................................. 24
2.4.4 Balanceamento em dois planos ou dinâmico ............................................ 29
2.5 Seleção de massa de teste .......................................................................... 34
3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 36
3.1 Verificação da qualidade de balanceamento ................................................ 43
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 49
4.1 Resultados utilizando a máquina de balanceamento. .................................. 49
4.2 Resultado utilizando o método analítico. ...................................................... 56
4.3 Comparação dos resultados obtidos experimental e analiticamente............ 56
5 CONCLUSÕES ............................................................................................... 58
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 59
ANEXO A .................................................................................................................. 60
ANEXO B .................................................................................................................. 63
11

1 INTRODUÇÃO

Os exigentes requisitos de projetos colocados em máquinas rotativas e


equipamentos modernos, por exemplo, motores elétricos e geradores, turbinas e
sopradores, introduziram uma tendência de altas velocidades de rotação e
consequentemente, níveis aceitáveis de vibração mais rigorosos. Mesmo
velocidades mais baixas, a concepção da maior parte dos rotores apresenta alguns
problemas que não podem ser resolvidos por meios relativamente simples, mesmo
para instalações em ambientes protegidos de vibração. As velocidades mais
elevadas, que são, por vezes na gama de dezenas de milhares de rotações por
minuto, a concepção de rotores podem ser um desafio de engenharia que requer
soluções sofisticadas de problemas inter-relacionados em desenhos mecânico, os
procedimentos de balanceamento, o projeto do mancal e a estabilidade junto a toda
a montagem da máquina. Isso fez com que o balanceamento se tornasse um
problema de engenharia de primeira ordem desde o projeto conceitual a montagem
final e operação das modernas máquinas (HARRIS e PIERSOL, 2002).

O desbalanceamento é principal causa de vibrações em máquinas com partes


rotativas, sendo um dos fatores de projeto mais importantes da modernidade,
especialmente quando altas velocidades e confiabilidade devem ser consideradas. O
balanceamento de rotores previne cargas excessivas em mancais e evita falha por
fadiga, aumentando assim a vida útil das máquinas (VAUGHAN, 1989).

Alguns problemas de vibração causados por desbalanceamento em máquinas são


listados no diagrama da Figura 1.
12

Grandes Cargas Dinâmicas


nos Mancais

Aumento de Perdas
Mecânicas
Forças e Momentos
Rotor Desbalanceado
Centífugos
Impacto na Segurança de
Operação

Redução na Qualidade

Figura 1: Problemas de vibração causados por desbalanceamento.

Os principais causadores de desbalanceamento são:

Falhas nos materiais: não homogeneidade na densidade dos materiais,


espessura não constante, bolhas devido a fundição, etc.;
Erros de Projeto e Construção: Componentes não simétricos, erros de
usinagem na superfície do rotor e variações na curvatura, etc.;
Erros na manufatura e montagem: contração depois de soldagens,
deformações permanentes causadas por alivio de tensões, tensões
excessivas causadas por fixadores, etc.;
Falhas durante a operação: Erosão e corrosão do rotor, deformação térmica
causada pelos gases de exaustão, desgastes gerais, etc.

Este trabalho foi proposto para obtenção de um estudo preliminar a cerca de como
efetuar o balanceamento de rotores rígidos em um plano, e da teoria que cerca este
procedimento. Para isso foi construído um corpo de prova que simula um rotor rígido
e este foi balanceado na máquina de balanceamento de rotores rígidos. Os
resultados obtidos deste balanceamento inicial foram comparados a valores obtidos
analiticamente como será mostrado.
13

1.1 Objetivo geral

Apresentar a metodologia de balanceamento de rotores rígidos, aplicando-a a um


corpo de prova, fazendo validações em uma balanceadora comercial, utilizando o
método das quatro leituras.

1.2 Objetivos específicos

Apresentar um levantamento bibliográfico sobre o balanceamento de eixos


rígidos;
Projetar e usinar um corpo de prova para avaliação do desbalanceamento;
Adquirir dados e traçar gráficos relacionados ao desempenho da
balanceadora comercial NK-780, utilizando a classificação da norma ISO
1940;
Apresentar parecer sobre o balanceamento da balanceadora NK-700.
14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão apresentados os fundamentos básicos de balanceamento de


rotores utilizando-se recursos técnicos aplicados principalmente a rotores rígidos.

2.1 Teoria base e definições

O desbalanceamento em rotores é resultado de uma excentricidade de distribuição


não uniforme de massa (Figura 2), que causa vibrações. A vibração é produzida pela
interação entre a componente da massa de desbalanceamento, com a aceleração
radial devido à rotação, gerando uma força centrífuga. Uma vez que o componente
de massa roda, a força também gira e tentará mover o rotor ao longo da linha de
ação da força. A vibração é transmitida aos rolamentos do rotor, e em qualquer
ponto do rolamento vão experimentar esta força, uma vez por revolução
(VAUGHAN, 1989). Segundo a ISO 1925, o desbalanceamento é uma condição que
existe num rotor quando a força vibratória ou movimento é transmitido ao mancal
como resultado de forças centrifugas.
15

Figura 2: Representação do desbalanceamento causado por uma distribuição não


uniforme de massa.
(Fonte: VAUGHAN, 1989).

Segundo a ISO 1925, balanceamento é o procedimento pelo qual a distribuição da


massa de um rotor é verificada e, se necessário, ajustada a fim de assegurar que as
forças causadas pelo o desbalanceamento residual nos mancais e a frequência
correspondente a velocidade de operação, esteja dentro dos limites especificados.

Segundo Ripper Neto (2007), balanceamento é o processo que tem por objetivo
fazer coincidir um eixo principal de inércia do rotor com a linha reta que une os
centros dos “munhões” dos mancais (munhão é a parte da arvore que gira dentro do
mancal).

2.2 Tipos de desbalanceamento

Existem basicamente três tipos de desbalanceamento, são eles o estático, em par


ou dinâmico puro e o dinâmico.
16

2.2.1 Desbalanceamento estático

O desbalanceamento estático mostrado na Figura 3 é definido como a


excentricidade do centro de gravidade do rotor, causada por uma massa pontual
posicionada em um raio do centro de rotação, este desbalanceamento causa um
deslocamento paralelo no eixo do centro de gravidade em relação ao eixo de
rotação. Uma massa igual colocada em um ângulo de 180° da massa de
desbalanceamento e no mesmo raio é requerida para restaurar o centro de
gravidade (VAUGHAN, 1989).

Figura 3: Representação de um rotor desbalanceado estaticamente.


(Fonte: VAUGHAN, 1989).

O rotor apresenta desbalanceamento estático puro quando o centro de massa do


corpo sólido girante encontrasse-se fora da linha de centro dos mancais, embora o
seu eixo central de inércia seja paralelo a linha de centro dos mancais. Denomina-se
este caso de desbalanceamento estático porque pode ser detectado e corrigido em
um ensaio estático (FERREIRA, 2006).
17

2.2.2 Desbalanceamento em par ou dinâmico puro

O desbalanceamento em par ou dinâmico puro pode ser encontrado em rotores com


diâmetro menor que 7 a 10 vezes seu comprimento (VAUGHAN, 1989). No caso do
cilindro da Figura 4, é possível ter duas massas iguais colocadas de forma simétrica
em relação ao centro de gravidade, mas posicionada a 180° uma da outra. O rotor é
estaticamente balanceado, não existe excentricidade do centro de gravidade, mas
quando o rotor gira as duas massas causam um deslocamento no eixo de inércia,
que fica desalinhado com o eixo de rotação, causando fortes vibrações nos mancais.
O desbalanceamento só pode ser corrigido por medições de vibração com o rotor
girando e adicionando massas de correção em dois planos. Pode ser visto que
quando o rotor está estacionário, as massas nas extremidades equilibram uma a
outra. No entanto, quando há rotação, são experimentadas grandes vibrações
(VAUGHAN, 1989).
18

Figura 4: Representação de um rotor desbalanceado em par.


(Fonte: VAUGHAN, 1989).

O rotor apresenta desbalanceamento de momento quando o eixo central de inércia


do corpo sólido não está paralelo ao eixo geométrico dos mancais, mas o centro de
massa encontra-se sobre eixo. Este tipo de desbalanceamento não pode ser
detectado em um ensaio estático. O rotor não apresenta qualquer tendência de girar
quando colocado em repouso em uma posição angular arbitrária sobre mancais ou
guias sem atrito. Denomina-se este caso de desbalanceamento de momento porque
em rotação as reações nos mancais são equivalentes a um binário rotativo único e
tem resultante nula (FERREIRA, 2006).

2.2.3 Desbalanceamento dinâmico

Desbalanceamento dinâmico, conforme o ilustrado na Figura 5, é a combinação dos


desbalanceamentos estático e dinâmico puro e é o tipo mais comum encontrado em
rotores. Para corrigir o desbalanceamento dinâmico, é necessário fazer a medição
19

de vibração enquanto a máquina esta em movimento e adicionando massas em dois


planos (VAUGHAN, 1989).

Figura 5: Representação de um rotor desbalanceado dinamicamente


(Fonte: VAUGHAN, 1989).

O desbalanceamento dinâmico trata-se da combinação dos dois casos anteriores,


i.e., o centro de massa encontra-se fora do eixo geométrico dos mancais, e o eixo
central encontra-se inclinado em relação a este (FERREIRA, 2006).

2.3 Métodos de balanceamento

Dois métodos são usados para a avaliação do balanceamento de rotores:

Balanceamento em bancadas permanentemente instaladas, usadas durante o


estágio de manufatura em partes individuais da máquina (rápido e eficiente),
permite também um balanceamento “direto” (potencialmente mais preciso).
20

Balanceamento em rotores permanentemente montados ou em campo. Neste


tipo de balanceamento não é necessária à desmontagem total e o transporte
do rotor, economizando se tempo e dinheiro. Operacionalmente induz
mudanças que podem ser medidas e compensadas (influências termais,
forças centrifugas e desbalanceamento induzidos pela montagem).

2.4 Balanceamento de rotores rígidos

2.4.1 Rotores rígidos e Flexíveis

Rotores são classificados como sendo rígidos ou flexíveis. Um rotor é considerado


rígido quando a velocidade de serviço é menor que 50% da primeira velocidade
crítica (VAUGHAN, 1989). Acima desta velocidade o rotor é chamado de flexível.
Diz-se que existe uma velocidade crítica quando a frequência da rotação de um eixo
é igual a uma de suas frequências naturais (RAO, 2008).

Algumas da normas sobre rotores rígidos são:

ISO 1925:2001: Mechanical vibration – Balancing – Vocabulary.


ISO 1940-:2003: Mechanical vibration – quality requirements for rotors in a
constant (rigid) state – Part 1: Specification and verification of balance
tolerances.
ISO 19499: Committed Draft March 2003: Mechanical vibration – Balancing
and to balancing standards – Introduction.
ISO 21940-21:2012: Mechanical vibration -- Rotor balancing-- Part 21:
Description and evaluation of balancing machines

O rotor rígido pode ser balanceado por correções em dois planos escolhidos
arbitrariamente. O processo de balanceamento para rotores flexíveis é mais
complicado, porque há deflexão elástica do rotor (VAUGHAN, 1989).
21

De acordo com VAUGHAN (1989) apud ISO 1925, o rotor é considerado rígido
quando o desbalanceamento pode ser corrigido em dois planos selecionados
arbitrariamente. Depois da correção, o desbalanceamento residual não varia
significativamente (relativa aos eixos do munhão), em qualquer velocidade até a
velocidade máxima de serviço.

O balanceamento de rotores flexíveis é abordado nas normas:

ISO 5343 – “Criteria for Evaluating Flexible Rotor Balance”.


ISO 5406 – “The Mechanical Balancing of Flexible Rotors”.
ANSI S2.42-1982 – “Procedure for Balancing Flexible Rotors”.
ISO 11342:1998: Mechanical vibration -- Methods and criteria for the
mechanical balancing of flexible rotors.

Neste trabalho nos concentraremos apenas nos rotores rígidos.

2.4.2 Principio de balanceamento

O rotor é balanceado pela adição de massa de correção de dimensões e massa


suficientes para compensar as forças criadas pelas massas de desbalanceamento.
Na teoria uma máquina balanceada não deveria apresentar desbalanceamentos, na
prática, no entanto isto não é possível, devido a tolerâncias da máquina. Para
diferentes tipos e tamanhos de máquinas, o nível de vibração admissível é
consideravelmente distinto, por exemplo, a vibração causada pelo
desbalanceamento residual de um virabrequim de um motor automotivo
provavelmente destruiria uma vitrola. Logo é importante que o rotor seja classificado
de acordo com os níveis de vibração aceitáveis. (VAUGHAN, 1989).

Na Figura 6 e na Tabela 1 são apresentados os valores de qualidade de


balanceamento recomendados para diversos tipos de rotores. Uma vez que o grau
22

foi decidido, o máximo desequilíbrio residual pode ser determinado, se a velocidade


de serviço do rotor for conhecida. O valor obtido é o máximo nível de
desbalanceamento admissível (em g mm/kg) depois do balanceamento. O cálculo do
máximo desbalanceamento residual específico assume que a massa do rotor é
igualmente distribuída sobre o centro de gravidade. Se a massa do rotor não tem
sua massa uniformemente distribuída o cálculo é um pouco mais complicado.

Figura 6: Desbalanceamento residual admissível.


(Fonte: ISO 1940/1).
23

Tabela 1: Graus de Qualidade de balanceamento para diferentes tipos de rotores


(FERREIRA, 2006).
Grau de
Tipos de rotores - Exemplos
balanceamento

G4000 virabrequim/acionamento1) de motores diesel marítimos lentos2) com montagem


rígida com número impar de cilindros;
G1600 virabrequim/acionamento de grandes motores de dois tempos com montagem
rígida;
virabrequim/acionamento de grandes motores de quatro tempos com montagem
G630 rígida; virabrequim/acionamento de motores diesel marítimos com montagem
flexível;
2)
G250 virabrequim/acionamento de motores de quatro cilindros velozes com montagem
rígida;
2)
G100 virabrequim/acionamento de motores diesel rápidos com seis ou mais cilindros;
motores completos (gasolina e diesel) para automóveis, caminhões e locomotivas3);
rodas de automóveis, aros de rodas, assentos de rodas, eixos de acionamento;
G40 virabrequim/acionamento de motores de quatro tempos rápidos (gasolina ou diesel)
com seis ou mais cilindros; virabrequim/acionamento de motores de automóveis,
caminhões e locomotivas;
eixos de acionamento (eixos de propulsores, eixos cardam) com requisitos
especiais; partes de máquinas de prensagem; partes de maquinário agrícola;
G16 componentes individuais de motores (gasolina e diesel) de automóveis, caminhões
e locomotivas; virabrequim/acionamento de motores com seis ou mais cilindros
com requisitos especiais;

partes de máquinas de processo de plantas; engrenagens principais de turbinas


marítimas (marinha mercante); tambores centrífugos; cilindros de máquinas de
papel; cilindros de impressão; ventiladores; rotores de turbinas aeronáuticas à gás
G6,3 compostas; volantes de inércia; impelidores de bombas hidráulicas;
ferramenta e partes de máquinas em geral;
armaduras grandes e médias de motores elétricos(motores elétricos com pelo
menos 80 mm de altura do eixo) sem requisitos especiais;

turbinas à gás e à vapor, incluindo turbinas principais marítimas (marinha


mercante); rotores de turbo - geradores rígidos; tambores e discos de memória de
G2,5 computadores; turbo - compressores; acionamento de máquinas de ferramenta;
armaduras grandes e médias de motores elétricos com requisitos especiais;
armaduras elétricas pequenas não enquadradas em uma das duas categorias da
classe desbalanceamento G6,3;bombas acionadas por turbinas;

acionamento de gravadores de fita e fonógrafo(gramofones); acionamento de


G1 retíficas;
armaduras elétricas com requisitos especiais;
G0,4 fusos, discos, e armaduras de retíficas de precisão; giroscópios.

1) Um virabrequim/acionamento é o conjunto que inclui virabrequim, volante de inércia, embreagem,


polias, amortecedor de vibração, partes rotativas das bielas, etc.
2) No contexto dessa parte da norma ISO 1940, motores diesel lentos são aqueles cujos pistões tem
velocidade inferior a 9 m/s, e motores diesel velozes são aqueles cujos pistões tem velocidade
superior a 9 m/s;
3) A massa do rotor para motores completos compreende a soma das massas de todos os
componentes do virabrequim/acionamento descrito no item 1).
24

Em um rotor perfeitamente balanceado, forças iguais atuam em ambos os mancais


enquanto o rotor gira. Se o formato do rotor for como o mostrado na Figura 7, no
entanto, as forças em cada extremidade serão iguais, mas o desbalanceamento
residual admissível será diferente para cada mancal. Devido a distribuição deste
rotor o centro de gravidade é deslocado para o lado onde se localiza a maior porção
de massa, no caso do deste rotor está localizada a medido do mancal A, logo
este mancal receberá apenas do total do desbalanceamento total admissível.

Figura 7: Rotor com massa não uniformemente distribuída.


(Fonte: RAO, 2008).

2.4.3 Balanceamento em um plano ou estático

O balanceamento em um plano é o procedimento no qual a distribuição de massa de


um rotor rígido é ajustada a fim de garantir os limites especificados (ISO 1925).

O desbalanceamento estático (em um plano) é corrigido em um único plano


correção radial, o mais próximo possível do centro de gravidade do rotor. Este tipo
desbalanceamento pode ser feito sem a necessidade de fazer medições a partir da
25

utilização de mancais de baixo atrito, mostrado na Figura 8(a). O balanceamento em


um plano é eficiente no balanceamento de rotores curtos, como exemplos:
ventiladores, discos de abrasivos, polias, embreagens, etc. Um rotor balanceado
estaticamente não necessariamente estará dinamicamente balanceado (VAUGHAN,
1989).

A quantidade de desbalanceamento em um disco pode ser determinada girando-se


este a uma velocidade conhecida (Figura 8(b)) e medindo as reações nos dois
mancais. Se uma massa desbalanceada estiver localizada a um raio do disco a
força centrifuga será . Assim, as reações medidas no mancal, e são:
1
26

Figura 8: a) Rotor curto em um mancal de baixo atrito b) Reações em um mancal


desbalanceado.
(Fonte: RAO, 2008).

Outro procedimento para o balanceamento em um plano, que utiliza um analisador


de vibração, é ilustrado na Figura 9. Nesse caso, um disco rígido está ligado a um
eixo rotativo que tem um mancal em A e é acionada por um motor elétrico rotativo a
uma velocidade angular .
27

Figura 9: Balanceamento em um plano utilizando analisador de vibração.


(Adaptado de: RAO, 2008).

Antes de iniciar o procedimento de balanceamento, marcas de referência também


conhecidas como marcas de fase, são colocadas no rotor, bem como no estator,
como mostrado na Figura 10(a).

Figura 10: Processo de balanceamento utilizando mascas de fase a) Rotor


desbalanceado b) Rotor com a massa de teste c) Ângulo de fase d) Posição do
desbalanceamento original
(Adaptado de: RAO, 2008).

Um sensor de vibração é colocado em contato com o mancal, como mostrado na


Figura 9, e o analisador de vibração é ajustado a uma frequência correspondente á
velocidade angular do rotor. O sinal de vibração produzida pelo desbalanceamento
pode ser lido no mostrador do analisador de vibração na frequência do disco
28

giratório. Quando o rotor gira à velocidade , a marca de fase que ele produz parece
estacionária sob a luz do estroboscópio, mas está posicionada a um ângulo em
relação a marca no estator, como mostrado na Figura 10(b), devido à diferença de
fase da resposta. Tanto o ângulo quanto a amplitude (lidos no analisador de
vibração), causados pelo desbalanceamento original, são anotados. Então, o rotor é
parado, e um peso experimental conhecido é fixado a ele, como mostra a Figura
10(b). Quando o rotor funciona à velocidade , a nova posição angular da marca de
fase do rotor e a amplitude de vibração causada são anotadas (Figura
10(c)).

Figura 11: Desbalanceamento devido ao peso experimental W


(Fonte: RAO, 2008).

Agora construímos um diagrama vetorial para determinação da magnitude e a


localização da massa de correção para balancear o disco. O vetor
desbalanceamento original é desenhado a uma direção arbitrária, com seu
comprimento igual a , como mostrado na Figura 11. Então o vetor
desbalanceamento combinado é desenhado como a um ângulo em
relação à direção com comprimento de . Portanto, o vetor diferença
, na Figura 11, é o vetor de desbalanceamento devido ao peso
experimental (Rao, 2008). A magnitude de pode ser calculada usando a lei
dos co-senos:
29

Visto que a magnitude da massa experimental e sua direção em relação ao


desbalanceamento original ( ) na Figura 11, são conhecidas, o desbalanceamento
original em si deve estar a um ângulo em relação à posição do peso experimental,
como mostra a Figura 10(d). O ângulo pode ser obtido pela lei dos co-senos como
mostra a equação 3.

Para obtermos a magnitude do desbalanceamento original podemos usar uma


relação entre e , mostrada nas Equações 4 e 5.

4
5

Logo, a magnitude do desbalanceamento original é , que esta


localizada à mesma distância radial que o peso . Uma vez que são conhecidas a
localização e a magnitude do desbalanceamento original, o peso de correção pode
ser adicionado para obter o balanceamento adequado do disco (RAO, 2008).

2.4.4 Balanceamento em dois planos ou dinâmico

O Balanceamento dinâmico é o procedimento pelo qual a distribuição de massa de


um rotor rígido é ajustada a fim de garantir que o desbalanceamento dinâmico
residual esteja dentro dos limites especificados (ISO 1925). O balanceamento
dinâmico é corrigido em no mínimo dois planos de correção do rotor. No entanto o
balanceamento dinâmico é também chamado de “dois planos”. Este tipo de
30

desbalanceamento só é percebido quando o rotor está em movimento e


consequentemente deve ser balanceado nestas condições (VAUGHAN, 1989).

Rao (2008) Apud Vaughan (1989) diz que nesse caso, o rotor pode ser balanceado
com a adição de pesos balanceadores em dois planos quaisquer.

O balanceamento em dois planos é utilizado em rotores rígidos longos como


turbinas, rolos de máquinas de papel, motores elétricos e geradores, etc.. Um rotor
dinamicamente balanceado esta consequentemente, balanceado estaticamente.

Segundo Rao (2008), qualquer massa desbalanceada no rotor pode ser substituída
por duas massas desbalanceadas equivalentes (em dois planos quaisquer).
Considere um rotor com uma massa desbalanceada a uma distância da
extremidade direita, como mostrado na Figura 12(a). Quando o rotor gira a uma
velocidade , a força resultante do desbalanceamento será , onde éo
raio do rotor. A massa desbalanceada pode ser substituída por duas massas,
e , localizadas nas extremidades do rotor, como mostra a Figura 12(b).
31

Figura 12: a) Representação de uma massa desbalanceada e a força gerada por


esta b) Representação de duas massas equivalentes em planos tangentes a
extremidades do rotor.
(Fonte: RAO, 2008).

As forças exercidas sobre o rotor por essas massas são e .


Para a equivalência de forças nas Figura 12(a) e Figura 12(b), temos a equação (6).

ou 6

Para a equivalência de momentos nos dois casos, consideramos momentos em


relação à extremidade direita, de modo que na equação (7).
32

ou 7

Rearranjando as equações (4) e (5) teremos e . Assim


qualquer massa desbalanceada pode ser substituída por duas massas
desbalanceadas equivalentes nos planos das extremidades do rotor. Agora,
consideraremos o procedimento de balanceamento em dois planos utilizando um
analisador de vibração. Na Figura 13, o desbalanceamento total do rotor é
substituído por dois pesos desbalanceados e nos planos da esquerda e da
direita, respectivamente.

Figura 13: Balanceamento em dois planos.

A velocidade de operação do rotor , a amplitude e fase de vibração são medidas


nos dois mancais A e B, e os resultados são registrados como vetores e . A
magnitude do vetor de vibração é tomada como a amplitude de vibração, enquanto a
direção do vetor é tomada como o negativo do ângulo de fase observado sob luz
estroboscópica com referência à linha de referência do estator. Os vetores medidos
e podem ser expressos como nas equações (8) e (9).

8
9

Onde pode ser considerado como um vetor, que reflete o efeito de


desbalanceamento no plano sobre a vibração no mancal , é
33

importante observar que , e todos os vetores são incógnitas nas equações


(6) e (7).

Do mesmo modo que no caso do balanceamento em um plano, adicionamos pesos


experimentais conhecidos e realizamos medições para obter informações sobre as
massas desbalanceadas. Em primeiro lugar, adicionamos uma massa conhecida
no plano esquerdo em uma posição angular conhecida e medimos o deslocamento e
a fase de vibração nos mancais enquanto o rotor está girando à velocidade (RAO,
2008). Denotamos essas vibrações medidas por vetores como mostrada nas
equações (10) e (11).

10

11

Subtraindo as equações (8) e (9) das equações (10) e (11), respectivamente, e


resolvendo, obtemos as equações (12) e (13).

12

13

Então, retiramos e adicionamos um peso conhecido no plano direito em uma


posição angular conhecida e medimos as vibrações resultantes enquanto o rotor
estiver funcionando a uma velocidade . As vibrações medidas podem ser
denotadas pelos vetores e dados pelas equações (14) e (15),
respectivamente.

14

15
34

Como antes, subtraímos as equações (8) e (9) das equações (14) e (15),
respectivamente, para determinar

16

17

Uma vez conhecidos os operadores vetoriais , as equações (8) e (9) podem ser

resolvidas para determinar os vetores de desbalanceamento e :

18

19

Agora, o rotor pode ser balanceado, com a adição de massas balanceadoras iguais
e colocadas em posições opostas para que não exista um balanceamento estático
devido a influência delas em cada plano, estas massas nos planos esquerdo e
direito podem ser denotadas em forma vetorial por e (RAO,
2008).

2.5 Seleção de massa de teste

O desbalanceamento específico é usado para calcular as dimensões das massas de


teste, que são utilizadas durante o balanceamento fazendo alterações temporárias
na distribuição de massa do rotor, para determinar a relação entre o
desbalanceamento especifico e a vibração no mancal. Para estimar o valor
adequado da massa de teste, a massa do rotor em kg e o raio em mm de onde será
posicionada a massa de teste devem ser determinados (VAUGHAN, 1989). A

máxima massa residual, M mr em gramas, é obtida por:


35

20

Onde:

D .S . = desbalanceamento especifico requerido (g mm/kg)

M r = Massa do rotor (kg)

R c = raio de correção (mm)

A massa de teste adequada é 5 a 10 vezes o valor da máxima massa residual.


36

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para averiguações experimentais de balanceamento, um corpo de prova foi


projetado com o auxilio do software de CAD, SolidWorks 2011. Para aferição da
massa do rotor foi utilizada a balança eletrônica de precisão Marte AC10K, As
características técnicas da balança são mostradas na mostrada na tabela da

Figura 14.

Características Técnicas

Carga Máxima 10Kg

Carga Mínima 5g

Sensibilidade 0,1g

Reprodutibilidade 0,1g

Figura 14: Características técnicas da balança Marte modelo AC10K


(Fonte: Manual da Balança)

As dimensões do corpo de prova e a massa de seus componentes seguem na


Tabela 2 e Figura 15.

Tabela 2: Tabela de massas do corpo de prova.


Tabela de massas corpo
de prova
Componente Massa (g)
Rotor 131,2
Eixo 300,3
37

Figura 15: Representação esquemática do corpo de prova.

Após projeto, o corpo de prova foi usinado no laboratório de processos de fabricação


da UNIVASF, com a orientação do Técnico do laboratório. O material utilizado para o
eixo foi o aço SAE 1020 e para o rotor foi utilizado o nylon. Para as massas de teste
e de correção foram utilizados conjuntos de parafusos, porcas e arruelas, as massas
destes foram aferidas com o auxilio de uma Balança Analítica de Precisão Marte,
modelo AY220, suas especificações técnicas são mostradas na tabela da Figura 16.
38

Características Técnicas

Carga Máxima 220g

Carga Mínima 0,01g

Sensibilidade 0,0001g

Reprodutibilidade 0,001g

Figura 16: Características técnicas da balança Marte modelo AY220 (Fonte: Manual
da Balança).

A imagem das massas de teste e suas respectivas massas são mostradas na


mostrados na Tabela 3.

Tabela 3: Tabela de massas de teste.


Tabela de massas de
teste
Item Massa (Kg)
A1 2,65
A2 2,40
B1 1,80
B2 0,80
C1 1,15
C2 0,65

Para o balanceamento do corpo de prova supracitado, utilizamos a máquina de


balanceamento com mancais flexíveis NK 700, disponível no laboratório de
vibrações na UNIVASF, esta é mostrada na Figura 17. Como hardware de interface
para balanceadora foi utilizado o NK 780, este ira medir os coletar os dados de
vibração fornecida pelos sensores de vibração dos mancais, amplificando e filtrando
adequadamente cada um deles. Estes sinais são enviados através de uma porta de
comunicação Serial a um computador. A medição de rotação é feita através de um
sensor óptico incluso na balanceadora e as amplitudes de vibração são medidas por
acelerômetros ligados a cada mancal da balanceadora. O software utilizado é o NK
780, e sua interface pode ser vista na Figura 18.
39

Figura 17: Máquina de Balanceamento Tenikao NK 700

Com o conjunto citado acima podemos efetuar balanceamentos em um e dois


planos, no nosso caso devido a geometria do rotor (curto), efetuaremos apenas o
balanceamento em um plano.

Figura 18: Tela inicial do programa NK-780.

Para iniciar o balanceamento primeiro é necessário definir no modo calibração o


menu ISO 1940 Figura 19, qual a classe que será usada, esses valores foram
supracitados neste texto. Os outros dois valores utilizados são a massa do rotor em
Kg e sua rotação de trabalho em RPM.
40

Figura 19: Menu do programa NK 780, menu ISO 1940.

Liga-se o motor na rotação de operação do eixo. Neste momento a interface NK 700,


deverá mostrar em seu display as informações mostradas na Figura 20, as nesta
primeira tela significam que a interface esta sincronizando a rotação medida pelo
sensor ótico. Quando a rotação é estabilizada o display mostra os valores das
amplitudes de vibração e o ângulo de fase dos vetores medidos na balanceadora,
Figura 21.

Figura 20: Mostrador digital da NK-700, mostrando a estabilização de rotação.


41

Figura 21: Mostrador digital da NK-700, mostrando a rotação estabilizada.

Estes valores são enviados para o software que após pressionado o botão ler
vetores no menu sem massa do modo calibração Figura 22, fará a quantidade de
leituras selecionada no campo média. Ao fazer as leituras o software para
automaticamente. Para-se a máquina e é colocada uma massa de teste a fim de
verificar a sua influência nos vetores medidos anteriormente, a massa de teste
deverá ser colocada no mesmo raio onde será feita a correção. Se os valores da
massa do rotor, rotação de trabalho e raio, forem fornecidos, o software sugere uma
massa de teste.

Figura 22: Menu do programa NK 780, Menu sem massa.


42

No software selecionamos o menu „peso no plano 1‟, o qual apresenta a tela mostra
na Figura 23. No campo Peso, entramos com o valor da massa de teste e no campo
raio, a distância em milímetros (mm) do centro da peça ao ponto da massa de teste.

Figura 23: Menu do programa NK 780, Menu sem massa no plano 1.

Nesta etapa é necessário fazer uma marca a qual será a referência de ângulo zero.
Para facilitar o trabalho escolheu-se o local da massa de teste como referência
(ângulo 0°), este valor é inserido no campo ângulo. No campo divisões é colocado o
número de posições disponíveis para fixação das massas de teste e correção. Com
todos os dados implementados, o motor é novamente ligado e após a estabilização
da rotação pela interface, pressiona-se o botão „ler vetores‟. Depois de terminada
esta etapa pressiona-se o botão finalizar para o programa mostra os resultados. O
software indica o valor ideal e residual para o balanceamento da peça na parte
superior do software e os valores para correção na parte inferior dos vectômetros.

Por fim, na maioria dos casos, um rotor depois da primeira correção, deverá ser
submetido a um refinamento para atingir as especificações da qualidade de
balanceamento. No programa um circulo vermelho indica o grau de qualidade
quando o indicador de massa está dentro do círculo a qualidade de balanceamento
foi atingida. Após colocação da massa de correção do plano, o rotor é novamente
43

posto a girar e automaticamente o software fará as leituras novamente, indicando


uma nova correção. Este processo deve ser repetido até que seja atingida a
qualidade do balanceamento desejada. O programa possui um modo de saída de
relatórios onde são mostrados os dados obtidos no experimento. Um exemplo deste
relatório pode ser visto no anexo A.

3.1 Verificação da qualidade de balanceamento

Este procedimento consistiu na averiguação de um sistema desbalanceado


propositadamente com uma massa conhecida em uma posição conhecida, conforme
descrita a seguir:

1- Acrescentou-se a massa desbalanceadora em uma posição no raio de


correção , conforme visto na Figura 24. Com esta massa o
desbalanceamento provocado deverá gerar uma amplitude força de:
, a amplitude deste vetor é representado em um ângulo qualquer no
diagrama da Figura 25.
44

Figura 24: Massa desbalanceadora colocada em uma posição qualquer.

Figura 25: Diagrama de vetores do disco desbalanceado

2- Acrescenta-se uma massa de teste em um ângulo da massa de


desbalanceamento, no raio de correção . Nesta situação o polígono de
vetores sobre o disco é visto na Figura 26. O vetor , causado
pela massa de teste é representado no ângulo , o qual coincide com o eixo
positivo das abcissas, o que nos dá uma referência e facilita os cálculos.

Figura 26: Diagrama de vetores do disco girando com a massa de teste.


45

3- Com o conhecimento do Ângulo , podemos através da Lei dos Cossenos


determinar a resultante , assim

21

Este é o valor que espera-se quando efetuada a segunda leitura de vibração.

Figura 27: Diagrama de vetores do disco girando com a massa de teste a 180°.

4- Agora posicionamos a massa de teste a 180° da posição inicial para


podermos encontrar a amplitude de vibração , que é a resultante entre a
massa desbalanceadora e a massa de teste transladada 180°, (Figura
27). O polígono de forças é mostrado na Figura 27, o valor de , pode ser
encontrado novamente através da Lei dos cossenos, assim

22

Mas, temos que , logo

23

este é o valor que espera-se obter quando efetuada a terceira leitura.


5- Por fim, para o balanceamento deste rotor basta introduzir uma massa de
correção que gere um vetor de magnitude , a 180° de .
46

Na prática não conhecemos o ângulo , e o somatório de massas que compõem ,


o que temos é apenas os valores de , e , obtidos através das leituras dos

acelerômetros e , que conhecemos , , eo . Como uma forma


de validação dos resultados obtidos na máquina de balanceamento, procedimento
este descrito anteriormente, foi utilizado o método das quatro leituras, este método é
aplicável quando não há disponibilidade de um pulso de referência que relacione o
sinal da vibração medido no referencial fixo, (neste caso o mancal da máquina de
balanceamento), com a posição angular do disco (RIPPER NETO, 2007). Neste
caso o balanceamento tem que ser realizado baseado apenas na amplitude de
vibração medida. O procedimento é o que segue:

1- é a primeira leitura de amplitude de vibração, feita utilizando o rotor com o


desbalanceamento inicial.
2- é a segunda leitura de amplitude de vibração, realizada com a máquina
operando, após adicionar um desbalanceamento em posição angular
no disco designada arbitrariamente.
3- é a terceira leitura de amplitude de vibração, feita com a máquina
operando, após transferir o mesmo desbalanceamento para a posição
angular no disco diametralmente oposta.
4- Uma quarta leitura é necessária, pois quando conhecido a massa de teste e o
ângulo no qual esta será adicionada ainda existirá uma dúvida, pois o
. Está leitura poderá ser feita com a massa de correção ou
com a massa de teste para verificar a neutralização do desbalanceamento.

Neste trabalho utilizaremos como amplitudes medidas do método das quatro leituras
os valores de , , , e obtidos anteriormente.

Para o balanceamento nestas condições seguiremos os seguintes passos:

1- Utilizamos os valores de , , , e , para mostrarmos o


diagrama de forças da Figura 28.
47

Figura 28: Diagrama de vetores do balanceamento através do método das quatro


medidas.

Para a determinação de , utilizamos a equação

24

2- Para encontrarmos a posição da massa de correção , no raio de correção,


basta fazermos o equilíbrio de forças nos dois eixos, assim
25

26

a amplitude resultante da força de correção , será

27

logo a massa de correção no raio de correção será

28

O ângulo , o cálculo deste ângulo é feito da seguinte forma,

29
48

Com os valores de e , podemos balancear o rotor lembrando-se que é


necessária uma última medição, pois não sabemos se o ângulo deve ser
medido no sentido horário ou anti-horário.

Para a redução de tempo com contas, foi criado uma planilha no software Microsoft
Excel®, para a obtenção do valor da massa de desbalanceamento, está tabela é
mostrada no anexo B.
49

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Resultados utilizando a máquina de balanceamento.

Antes do inicio dos testes o rotor foi colocado na máquina de balanceamento e seu
desbalanceamento foi verificado, sendo encontrado o valor 0.09g de
desbalanceamento residual (Figura 29), o que se encontra dentro dos limites da
norma utilizada.

Figura 29: Tela reposta do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento


residual do corpo de prova.
50

O grau ISO escolhido foi o G 6,3, já que este é empregado para o balanceamento de
rotores de bombas, equipamento este muito utilizado no dia-a-dia dos engenheiros
mecânicos. Para o número de médias foi o utilizado o valor 20. Como mostrado na
Figura 15, o raio de correção utilizado é de 53,5 mm.

Neste trabalho foram simuladas três situações de distribuição de massas no corpo


de prova simulando o desbalanceamento, na primeira utilizamos uma única massa
de desbalanceamento de 6,75g colocada na posição 15 marcada no rotor, como
mostrado na Figura 30.

Figura 30: Posicionamento das massas de teste na situação teste um.

Numa segunda situação utilizamos duas massas de desbalanceamento iguais de


3,78g, posicionadas nas posições 5 e 9 como mostrado na Figura 31.
51

Figura 31: Posicionamento das massas de teste na situação teste dois.

Por ultimo foi adicionada à situação anterior mais uma massa de 5,64g na posição
19 do rotor (Figura 32).

Figura 32: Posicionamento das massas de teste na situação teste três.

Para o balanceamento utilizamos uma massa de teste de 6,75g em todas as


situações a qual se enquadra dentro dos limites estipulados pelo software, e sempre
posicionada na posição 0 do disco. O valor das massas e posições da massa de
52

correção para as três situações ensaiadas são mostrados respectivamente nas


Figura 33, Figura 34 e Figura 35.

Figura 33: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de


correção sugerida na situação teste um.
53

Figura 34: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de


correção sugerida na situação teste dois.

Figura 35: Tela do programa NK 780 mostrando a posição e o valor da massa de


correção sugerida na situação teste três.
54

Com estes valores em mãos foram então escolhidas combinações de massas


experimentais que se aproximassem do valor sugerido pelo software, então, utilizou-
se uma massa de 6,75 g para o balanceamento da primeira situação, sendo esta
formada pelo somatório das massas de teste A1, B1 e duas C1. Para a segunda
situação utilizou-se uma massa de 5,6 g formada pela combinação das massas de
teste A1, B1 e C1. Por fim, foi utilizada uma massa de 3,2 g para a terceira situação
formada pelas massas de teste A2 e B2. Os valores mostrados depois adição das
massas de correção são vistos nas Figura 36, Figura 37 e Figura 38.

Figura 36: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual


depois de feitas as correções na situação um.
55

Figura 37: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual


depois de feitas as correções na situação dois.

Figura 38: Tela do programa NK 780 mostrando o desbalanceamento residual


depois de feitas as correções na situação três.
56

Visto que todas as massas estão dentro dos limites delimitados pelo circulo verde, o
qual representa os limites de desbalanceamento do grau ISO escolhido, é verificado
que o rotor encontra-se balanceado para as situações estudadas.

4.2 Resultado utilizando o método analítico.

Para a aplicação do método analítico foram utilizados mesmos valores e posições


das massas experimentais, citados no tópico 4.1. Os valores das massas de
desbalanceamento obtidas são mostrados na Tabela 4: Valores das massas de
correção obtidas através do método analítico.

Tabela 4: Valores das massas de correção obtidas através do método analítico .

Massa de
correção (g)
Situação um 6,75
Situação dois 6,08
Situação três 3,64

4.3 Comparação dos resultados obtidos experimental e analiticamente.


57

Para a comparação dos valores obtidos experimental e analiticamente, foi formulado


o gráfico da diferença percentual entre os valores das massas de correção, visto na
Figura 39.

Método analítico Método experimental Diferença de valores


1900ral 18,00

erro entre os valores analíticos e


1900ral 16,00

14,00
Masssa de correção (g)

1900ral

experimentais (%)
12,00
1900ral
10,00
1900ral
8,00
1900ral
6,00
1900ral
4,00
1900ral 2,00

1900ral ,00
1 2 3

Número da situação teste

Figura 39: Diferença percentual entre as massas de correção obtidas pelos métodos
experimental e analítico.

Com este gráfico foi possível constatar uma diferença percentual máxima de 16%,
diversos fatores podem ter causado esta discrepância como, por exemplo, o
desbalanceamento residual inicial do rotor que pode ter influenciado os resultados
obtidos através da máquina de balanceamento, já que este valor não é considerado
no método analítico. Podemos observar também que valor percentual da diferença
entre as medidas aumentou proporcionalmente ao o numero de massas
desbalanceadoras utilizadas, isso pode indicar um acumulo no erro contido nos
valores das massas.
58

5 CONCLUSÕES

Diante dos resultados apresentados neste trabalho foi possível perceber a relação
entre o levantamento bibliográfico realizado a respeito do balanceamento de rotores
rígidos e o presente trabalho, pois se deparou com vários fenômenos já discutidos
por meio desses referenciais teóricos.

É importante salientar que dependendo das rotações a serem utilizadas um estudo


mais meticuloso em relação às frequências naturais do rotor devem ser realizados, a
fim de evitar-se situações de ressonância, o que poderia danificar a estrutura da
máquina, assim como influenciar de forma negativa nos resultados obtidos.

Conforme o gráfico apresentado com a comparação entre o método analítico e


experimental fica claro que a balanceadora NK-700, produziu valores que foram
considerados satisfatórios para o balanceamento em um plano, visto ás limitações
contidas neste experimento como, por exemplo, o custo elevado para a obtenção de
rotores de maior precisão e um ambiente normatizado para verificação destes
experimentos. Vale salientar que para a utilização da máquina balanceadora em
outras aplicações, como o balanceamento de rotores longos rígidos ou flexíveis, um
novo estudo deverá ser feito, a fim de testar a utilização desta para estes fins.

Dessa forma, pode-se concluir que a contribuição deste trabalho foi o


desenvolvimento de uma metodologia a ser seguida para o procedimento de
balanceamento em um plano usando a balancadora NK-700 em conjunto com o
programa NK-780.
59

Sugestão para trabalhos futuros:

Validação do balanceamento em dois planos utilizando rotores rígidos e


flexíveis.
Validação dos processos de balanceamento utilizando um outro sensor de
vibração que não o da máquina.
60

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. T. de. Vibrações mecânicas para engenheiros. 2ª ed. São Paulo:


Edgard Blücher, 1990.

ARATO JUNIOR, A. Manutenção preditiva: usando análise de vibrações. Barueri:


Manole, 2004.

BLOCH, H. P.; GEITNER, F. K. Machinery component maintenance and repair.


Vol. 3, 2ª edição, Texas: Gulf Publishing Company, 1990.

HARRIS, C. M.; PIERSOL, A. G. (Ed.). Harris´ shock and vibration handbook. 5ª


edição, New York: Mcgraw-hill, 2002.

KELLY, S. G. Theory and problems of mechanical vibrations. New York:


McGraw-Hill, 1996.

MEIROVITCH, L. Fundamentals of vibrations. Boston: McGraw-Hill, 2001.

RAO, S. Vibrações Mecânicas, Pearson – Prentice Hall, 4ª ed – São Paulo, 2008.

RIPPER NETO, A. P. Vibrações Mecânicas. Editora e-papers. Rio de Janeiro 2007.

VAUGHAN, J. Static and dynamics balancing, 2ª.Ed. Naerum, Denmark: Bruel and
Kjaer Application Notes, 1989.Disponível em:<www.bksv.com/doc/BO0276.pdf>.
Acesso em: 3.agosto.2012.

WEAVER, W; TIMOSHENKO, S. ; YOUNG, D. H. Vibration problems in


engineering. 5 th ed. New York: Wiley, 1990.
61

ANEXO A

Relatórios gerado pelo software Tekinikao NK-780


62
63
64

ANEXO B

Planilha de Cálculo das massas de correção

Massa (g) Raio (mm) Rotação (RPM) Força centrifuga (N)


6,75 53,20 670,00 1,77
3,78 53,20 670,00 0,99
5,64 53,20 670,00 1,48

Angulos Corpo de prova 1 Corpo de prova 2 Corpo de prova 3


Teta1 (°) 270,00 198,00 198,00
Teta2 (°) - 270,00 270,00
Teta3 (°) - - 18,00
Teta1 (rad) 4,71 3,46 3,46
Teta2 (rad) - 4,71 4,71
Teta3 (rad) - - 0,31

Fdx (N) 0,00 -0,94 0,46


Fdy (N) -1,77 -1,30 -0,84
Fd (N) 1,77 1,60 0,96

Tabela dados da massa de correção


Fcx (N) 0,00 0,94 -0,46
Fcy (N) 1,77 1,30 0,84
Fc (N) 1,77 1,60 0,96
Ângulo de correção (rad) 1,57 0,94 1,07
Ângulo de correção(°) 1,57 0,94 1,07
Massa de correção (g) 6,75 6,12 3,66

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