939999 >99999993399999999 »9999 »39999 > 1FZ9Z99999 » VL GSOIreep} Poms FLORIANOPOLIS -SC- 1995 DEPRECIAGAO DE EQUIPAMENTOS AUTOR: ALDO MARIO PEDRO FERRARO Rua Des. Ferreira Franga 40, c}. 173A. (0546-050 - Si0 Paulo INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAGOES E PERICIAS DE ENGENHARIA - SAO PAULO RESUMO: Em um uabalho de avaliagio, € da maior imporincia a determinagdo cuidadosa Uos valores das depredagdes incidentes, Essa importancia, no caso de equipamentos. € agravada em razao da varedade de Se fundamentam, Este estado. visa’ identiiear os tlementos causadores de peda. de valor, bem como propor ritros para a quanliieagao a ser-Ihes srbuida ABSTRACT: In a work of appraisal it is important to define the value of depreciations with sufficient care, this importance is crucial for machinery evaluation by reason of the Variety of depreciating factors and the empirical bases in wich they are founded. ‘The object of the present study is to identify the elements wich are cause for loss of value and to propose criteria for their ‘quantification. 1, COLOCAGAO DO PROBLEMA Em um trabalho de avaliagio, & da maior importineia a estimativa da depreciagio a ser aplicada a cada um dos bens avaliandos. A complexidade do assunto, seje pelo fato de ter bases bastante empiricas, como por depender totalmente da experiéncia acumulada e do bom senso do profissional, tem merecido a atengao daqueles que twa na rea de avalingées. Enquanto que a determinagdo do valor base € obtida por métodos suficientemente precisos, tais como aqueles indicados na norma tenica ABNT-NBR 8977/85, a aplicagio das depreciagdes introduz 0 comprometer a preciso inicialmente a risco de a, ‘Essa condigio 6 agravada ao se tratak de equipamentos & instalagdes industriais, em fungio de sua diversificagio, seja em finalidades, em teenologias e em condigdes de trabalho, A norma técnica, ABN1 Méquinas, Equipamentos, Industriais", embora destacando a impo ser dada a estimativa das depreciagdes, € omissi aos métodes © eritérios par Uabalho avaliatGrio. Nem mesmo o ftem 3 da citads norma, que trata das definigdes, the define o conceito. sua consideragio no Resta pois aos profissionais que militam no ramo das avaliagies industriais pesquisarem ¢ aplicarem eritérios 285 que mente embasados, buscando tornar a estimativa das depreciagdes 0 mais precisa possivel. lastreado em io nese sentido, vis assunto, buscando a 0 dos elementos sadora de depreciagdes, be! para a quantificagiio a ser-Ihe: ‘asos_priticos, € uma reduzir 0 empirismo que idemtificagio e 4 incidéncia seja como propor eritérios atribuida, domina 0 2. CAUSAS DE DEPRECIAGAO, Preliminarmente, 6 conyeniente estabelecer um conceito bisico de depreciagiio desvineulando-o da concepei0 difundida que a liga ao fluir do tempo, definindo: ‘Depre a decadéncia do valor intrinseco de um bem”, f oportuno frizar que a depreciagio incide sobre 0 valor intrinseco, destacando, Sbviamente, que despesas virias tais como fiscais, transporte, servigos de desmontagem € remontagem, devam ser co constituem © nem se englobam no valor intrinseco, no sendo portanto atingidas por depreciagao. leradas custos, Feitas essas distingBes, deve-se agora identificar quais os sntos causadores de depreciagdes. Para tanto ser obedecidas duas premissas bisicas: ICAPE - ISTITUTO CATARINENSE DE ENGENHARIA DE AVALIAGOES E PERICIAS Rua Dom J e Camara, 248 - Fone/Fax: (048) 223-1689 - CEP 88015-120 - Florianépolis - S© ——»9399993 » PROVVFAVIIVIIIVIVIV9VI909 >39999999 .FR9F9I99999 ——> 286 * a abrangéncia, de forma a abordar todas as possiveis causas de depreciagdes, tanto fisicas como funcionais; * a independéncia, de forma a que cada um dos elementos atue separadamente, nfo influenciando- smituamente. Identificam-se, assim, seis elementos circunstanciais, eujo conjunto atende a essas premissas, divididos em dois grupos No primeiro grupo estio incluidos aqueles elementos todos os equipamentos ¢ instalages ¢ que atuam independentemente de seu estado de uso ou conservagio, serv segundo grupo compreende os elementos decorrentes de causas fortuitas, de mau uso e de ma conserva GRUPO} - DEPRECIAGAO INICIAL - queda instantinea do valor no momento que o equipamento entra em operagio, passando da condigio de "novo"a “usado", em razio de que alguns componentes, nesse ato, perdem irremediévelmente a condigio de “novo™ Esta situgio acorre, por exemplo, com os rdlos distribuidores de tinta das miquinas impresoras “olf set” © com os elementos filtrantes das instalagdes de filtragem, ~ DECREPITUDE - depreciagio pela idade, pelo tempo de uso no decorrer da vida til do equipamento, em consequencia de sua utilizagio, desgaste © manutengdes - OBSOLESCENCIA - depres devida & super da tecnologia do equipamento ou sistema, F oportuno observar que abordames a “obsolescéncia funcional”, que merece ser distinguida da “obsolescéncia do produto", que alguns denominam “inadequago" (Claus Leon Warschauer, professor do Instituto Carlos Alberto. Vanzolini - Escola de Engenharia da Universidade de Sao Paulo). Esta ocorre quando nfo a maquina, mas o produto realizado pela maquina, ou sistema fabril, se torna obsoleto. Como exemplos. de “inadequacio” A produglo de valvulas eletrOnicas ¢ a fabricagao de chapéus, GRUPO? = DETERIORAGAO - depreciagio devida ao desgaste de componentes ot falhas de funcionamento em rau identes, mau uso ou manutengio inadequada. = MUTILAGAO ~ depr sistemas ou componentes originaln - DESMONTAGE? ciagio devida & retirada de ente existentes, depreciagio devida a efeitos deletérios inevitéveis, decorrentes dos trabalhos normais de desmontagem necessirios para. a remogio. do equipamento. Tae oe FLORIANOPOLIS -SC - 1995 3. QUANTIFICA GAO DOS ELEMENTOS DEPRECIACAO INICIAL - para feito de quantificagio, corresponde A depreciag30 soft cespecificamente, pelo componente ou conjunto de pegas alteradas, como se as mesmas devessem ser substiuidas para que 0 equipamento recupere sua condi¢io de - DECREPITUDE - a decrepitude inflinge ao bem uma depreciagdo continua a0 longo do tempo, com inicio na depres inicial € fim no valor residual, a0 se aleangar a vida Gul Os métodos tradicionais, fartamente descritos nas, publicagées técnicas da area de avaliagGes, apresentam, tes distintas progressGes da decrepitude: a) decrepitude progressivamente crescente: © incremento de decrepitude aumenta com o passar do tempo. Mais usado: método de Ross ) uniforme: 6 incremento de decrepitude se mantem constante com 0 passar do tempo. Método da linha reta ou "da quota fixa’. ©) progressivamente decrescente: © incremento de decrepitude diminui com o passar do tempo. Mais usado: método da taxa fixa ou da porcentagem fixa Bssas situagdes sio ilustradas na figura v vi uniforme progressivamente crescente progressivaments decrescente Os valores determinados pela aplicagao dos métodos, acima, devem ser considerados como limites, no seu interior deve situarse 0 valor procurado para a decrepitude, atendendo ao seguinte critério: ICAPE - INSTITUTO CATARINENSE DE ENGENHARIA DE AVALIAGOES E PERICIAS. Rua Dom Jaime Camara, 248 - Fone/Fax: (048) 223-1689 - CEP 88015-120 - Florianépolis - SC ——*»99999 »v99999 »999 » >DD,VV0 VOD »9. 99999 9999993399 BE oom FLORIANOPOLIS - SC - 1995 287 © limite obtido com a aplicagio de um método “progressivamente crescente" é recomendivel para equipamento funcionando em ambiente com qualidade controlada; 0 valor obtide com o método da depreciagio uniforme (linha reta) € adequado para equipamentos instalados em ambientes abrigados; enquanto que um método "progressivamente decrescente" é adequado para equipamentos em ambientes agressivos ou a0 ar livre + OBSOLESCENCIA - A determinagdo dessa parcela de. depreciagio depende de uma anilise da produtividade que © equipamento avaliando pode ainda proporcionar, comparativamente & produtividade que poderia ser obtida pela substituigio por outro equipamento que apresente tecnologia mais atual. Um procedimento adequado para a determinagio da depreciagao por obsolescéncia seri por um processo de cileulo financeiro, determinando-se a diferenga, percentwal entre o “valor presente” caleulado para a produgio obtida com a miquina obsoleta ¢ 0 "valor presente” calculado para a produgio que poderia ser obtida em fungio dos atributos da miquina nova, considerados os juros correntes de mercado & época da, avaliagio, Casos ha em que, sémente a obsoles 4 (100%) cem por cento ncia poderd atingir = DETERIORAGAO - A depreciagao a ser considerada corresponde ad custo de recondicionamento dos componentes avariados, acrescido do custo das avarias eventuis que the forem consequentes + MUTILAGAO - A depreciagaio a ser considerada corresponde 20 valor do componente retirado, - DESMONTAGEM - Corresponde aos danos que serio, inevitivelmente causadas elas operagdes de desmontagem do equipamente. Este elemento depreciativo & aplicavel a uma situagio futura e compreende nio $6 as pos equipamento, como também a perda de componentes no recuperiveis, tais como pegas de fixago embutidas em conereto. ‘A sua aplicabilidade dependers da finalidade da avaliagZo. Em uma avaliagio para fins de seguro, determinagio de ativo ou dissolugao societéria, nas quais nao se prevé a remogo do equipamento, esse elemento iio € aplicdvel; mas em avaliagdes nas quais € previsfvel a necessidade de desmontagem e remo¢ zgarantias e penhoras, a depreciagio por desmontagem poder ter importancia capital tais como AMP. Ferraro ICAPE - INSTITUTO CATARINENSE DE ENGENHARIA DE AVALIACOES E PERICIAS —— Rua Dom Jaime Camara, 248 - Fone/Fax: (048) 223-1689 - CEP 88015-120 - Florianépolis - SC