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Exemplo - Exploração Florestal S.A.

ÍNDICE

O TRABALHO FLORESTAL E OS ACIDENTES DE TRABALHO ..................... 4

A MOTOSSERRA E A MÁQUINA HARVESTER .................................................... 7

VISITA À EXPLORAÇÃO FLORESTAL.................................................................. 9

AVALIAÇÃO DE RISCOS ......................................................................................... 14

OBJECTIVO................................................................................................................. 14

MODO COMO DEVE SER FEITA UMA AVALIAÇÃO E CONTROLO DE


RISCOS ......................................................................................................................... 15

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS ..................................................... 15

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUEM FAZ UMA AVALIAÇÃO DE


RISCOS NO TRABALHO .......................................................................................... 16

ANÁLISE DE RISCOS POR POSTO DE TRABALHO ......................................... 17

MATRIZ DE RISCOS ................................................................................................. 18

MATRIZ DE ANÁLISE .............................................................................................. 19

VALORAÇÃO DO RISCO ......................................................................................... 19

AVALIAÇÃO DE RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE MOTOSSERRAS ................. 22

Deslocação na propriedade com a motosserra........................................................... 23

Manutenção diária da motosserra no campo............................................................. 24

Ignição da motosserra .................................................................................................. 25

Corte de árvores............................................................................................................ 26

AVALIAÇÃO DE RISCOS NA UTILIZAÇÃO DA MÁQUINA HARVESTER ... 28

Deslocação do Harvester na propriedade ................................................................... 29

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Manutenção do Harvester ............................................................................................ 31

No início dos trabalhos ................................................................................................. 32

Operações com a máquina Harvester.......................................................................... 33

ANÁLISE DOS RISCOS ............................................................................................. 42

FICHA DE PROCEDIMENTOS ................................................................................ 44

FICHAS DE PROCEDIMENTOS.............................................................................. 45

UTILIZAÇÃO CORRECTA DA MOTOSSERRA .................................................. 45

A. MOTOSSERRA....................................................................................................... 46

B. OPERADOR DA MOTOSSERRA ........................................................................ 48

C. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL.......................................... 50

D. TRANSPORTE DA MOTOSSERRA.................................................................... 52

E. PREPARAÇÃO DA MOTOSSERRA ................................................................... 53

F. IGNIÇÃO DA MOTOSSERRA ............................................................................. 56

G. CONDIÇÕES DE TRABALHO ............................................................................ 58

H. INSTRUÇÕES PARA O CORTE.......................................................................... 59

I. FORÇAS REACTIVAS: CONTRAGOLPE, RETROCESSO E PUXÃO.......... 61

J. OPERAÇÃO DE ABATE DE ÁRVORES............................................................. 65

K. OPERAÇÃO DE DESRAME................................................................................. 69

L. OPERAÇÃO DE TRAÇAGEM ............................................................................. 70

FICHAS DE PROCEDIMENTOS.............................................................................. 71

UTILIZAÇÃO CORRECTA DA MÁQUINA HARVESTER .................................. 71

A. MÁQUINA HARVESTER ...................................................................................... 72


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B. SUBIR OU DESCER DA MÁQUINA ................................................................... 73

C. POSTO DE CONDUÇÃO....................................................................................... 74

D. PONTOS DE RISCOS NA MÁQUINA................................................................. 75

E.IGNIÇÃO DO HARVESTER................................................................................... 78

F. MÁQUINA HARVESTER DESLIGADA .............................................................. 79

G. MOVIMENTAÇÃO NO TERRENO .................................................................... 80

H. REPARAÇÕES E SERVIÇOS .............................................................................. 82

I. INSTRUÇÕES DE FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA COM SEGURANÇA


........................................................................................................................................ 84

J. TRABALHO COM A CABEÇA PROCESSADORA........................................... 85

K. ALIMENTAÇÃO, CORTE E EMPILHAMENTO PRELIMINAR.................. 88

L. OPERAÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO ................................. 89

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O TRABALHO FLORESTAL E OS ACIDENTES DE


TRABALHO

O trabalho florestal caracteriza-se por ser uma actividade de elevada sinistralidade. As


estatísticas oficiais, relativas a 1994, registaram 9.364 acidentes de trabalho na
Agricultura e Silvicultura, o que, em termos médios, corresponderia à ocorrência de 1
acidente em cada 16 minutos (tomando por base 8 horas de trabalho diário e 1 ano de
trabalho de 300 dias).

Estes dados pecam por defeito, pois a sua recolha resulta dos elementos relativos às
participações efectuadas, através do regime de seguro de acidentes de trabalho que,
embora seja obrigatório, nem sempre terá plena aplicação efectiva e não contempla o
trabalho familiar, nem dos próprios empresários agrícolas ou florestais.

Tal índice de acidentes está relacionada com a natureza deste tipo de trabalho. As
frentes de trabalho estão em permanente mudança de local e são sempre ao ar livre
estando o trabalhador sujeito às diferentes condições climatéricas. Não obstante, muitas
vezes os trabalhadores percorrem grandes distâncias em caminhos difíceis para chegar
ao local de trabalho, local este por vezes irregular, em grandes declives, húmidos e
instáveis. Exige uma grande força muscular devido à movimentação manual de cargas
(toros) e à utilização de equipamentos que exigem considerável resistência física.

Para além destes aspectos relacionados com a penosidade, o corte, as lesões dorso-
lombares, o esmagamento, a surdez e as quedas constituem factores de riscos graves de
acidentes de trabalho florestal.

Segundo BRIOSA (1998), muitos dos acidentes resultantes da actividade florestal são
devido a falhas humanas. Qualquer indivíduo pode cometer erros de diversa natureza,
motivados por:

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- Esquecimento (por ex. não accionar o travão de estacionamento antes de descer


de um veículo);
- Acção inconsciente (tal como tentar manobrar uma máquina sem verificar o
espaço envolvente);
- Risco subavaliado (ex. transporte de pessoas apoiadas na cabina da máquina ou
apoiadas nas zonas de resguardo dos órgãos de rotação da máquina);
- Ignorância do perigo (ex. não desembraiar os accionamentos antes de lubrificar
ou regular uma máquina comandada pela tomada de força);
- Utilização de métodos pouco seguros (ex. fumar enquanto atesta o depósito de
combustível);
- Preocupações (causadas por ex. por perdas de tempo com reparações);
- Falta de consciência de perigos possíveis.

Os riscos são ainda agravados pelo não cumprimento das normas de segurança e falta de
conhecimentos por parte dos trabalhadores.

No que se refere à exploração florestal as estatísticas referem que o maior número de


acidentes ocorre na operação de desrama (60%). O abate de árvores representa um valor
significativo de acidentes (30%) quando comparado com as operações de traçagem
(10%).

A não utilização dos equipamentos de protecção individual conjuntamente com a má


utilização ou deficiência de ferramentas e máquinas contribuem para que a frequência
de acidentes com motosserra atinjam os membros pela seguinte distribuição (Figura 3):

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Figura 3. Distribuição dos membros atingidos por acidentes de trabalho com motosserra (%).

As especificidade do trabalho florestal e as particularidades do meio rural exigem que as


soluções adoptadas no domínio da prevenção dos riscos profissionais, sejam
devidamente ajustadas tendo em atenção, entre outros, os aspectos seguintes:
- A informação e a formação dos profissionais;
- A organização do trabalho;
- A selecção e a manutenção dos equipamentos;
- A gestão da prevenção nos locais de trabalho.

O clima e o terreno não podem ser “ajustáveis” mas o uso de técnicas, métodos e
organização do trabalho adequado podem ajudar a reduzir o impacto de um ambiente
desfavorável de forma a proteger os trabalhadores.

Só a avaliação e o conhecimento dos riscos profissionais cria as condições


indispensáveis para determinar e tornar efectivas as medidas de prevenção,
indispensáveis para uma melhor saúde e segurança no trabalho florestal.

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A MOTOSSERRA E A MÁQUINA HARVESTER

MOTOSSERRA

Dado que a motosserra é uma ferramenta para cortar madeira a grande velocidade, é
necessário tomar medidas especiais de segurança para reduzir o risco de lesões (Figura
4). O uso inadequado ou descuidado pode causar lesões graves e inclusive mortais.

Figura 4. Motosserra.

As forças reactivas podem ocorrer em qualquer momento enquanto a corrente estiver


em movimento. As forças reactivas podem ser perigosas. Seja qual for o tipo de
motosserra, a grande força utilizada para cortar a madeira pode alterar a direcção e
actuar contra o operador.

Se uma corrente em movimento entrar em contacto com um objecto sólido como por
exemplo um tronco ou ramo, pode originar de imediato forças reactivas. Estas forças
originam a perda de controlo, o que por sua vez pode causar lesões graves ou mortais.
Uma boa compreensão das causas destas forças reactivas podem ajudar a evitar a perda
de controlo.

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MÁQUINA PROCESSADORA – HARVESTER

A máquina harvester caracteriza-se por ser um aparelho polivalente que pode ser capaz
de operar como cortadora e processadora de árvores e, também por vezes realizar o
transporte primário de madeira (Figura 5).

Figura 5. Máquina processadora harvester.

A produção anual do harvester ronda em média 35 000 m3 em corte raso podendo


atingir os 40 000 m3, ou seja, dez vez mais que a produtividade de um motosserrista
(Hakkila et alii, 1992).

Os harvesters possuem elevada disponibilidade técnica (80%), boas propriedades


ergonómicas e reduzem os impactos quanto ao meio ambiente. O processamento da
madeira com o auxílio de computadores é feito com baixo custo e com uma certa
confiabilidade, mas ainda existem alguns problemas devido à elevada velocidade de
operação e a visibilidade restrita.

Mesmo assim pode-se afirmar que o corte mecanizado acarreta menos riscos para o
homem que a motosserra.

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VISITA À EXPLORAÇÃO FLORESTAL

É sobre a operação de abate de árvores, que se vai debruçar a análise da visita ao local
de trabalho. Este estudo incide numa avaliação dos riscos e tarefas perigosas relativas
exclusivamente ao corte de árvores com recurso à motosserra e à máquina harvester.

O abate realizado pelas empresas prestadoras de serviço da ALIANÇA FLORESTAL


S.A., é realizado em função da maior recolha em volume de madeira em detrimento do
tempo de execução dos trabalhos. Assim, para que o desperdício de madeira seja
mínimo efectua-se o abate das árvores com a motosserra manual.

A equipa de corte é composta por dois motosserristas e um ajudante. Enquanto o


motosserrista faz o corte das árvores, o ajudante localiza previamente cada árvore a ser
derrubada, limpa o local e prepara o caminho de fuga.

Nas visitas efectuadas deparou-se com um cenário pouco animador no que se refere às
condições de segurança e higiene no trabalho. Os operadores florestais não possuíam
qualquer tipo de equipamento de protecção individual como se pode constatar na
imagem seguinte (Figura 6).

Figura 6. Abate de árvore com motosserra. Os operadores não têm


qualquer equipamento de protecção individual.
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- O estudo prévio de queda de cada árvore parece ser ligeiro, até porque o ajudante e
os operadores da motosserra não verificavam a distribuição da copa nem se a árvore
tinha ramos encaixados noutra árvore;
- Não era elaborado para o abate de cada árvore um caminho de fuga;
- Antes de iniciar o abate não era limpa a vegetação existente em volta da árvore de
modo a permitir uma boa movimentação do operador;
- A posição a tomar pelo motosserrista deve ser do lado direito da árvore, com o seu
pé direito próximo do tronco e para o lado, o pé esquerdo atrás do tronco da árvore e
o ombro esquerdo encostado ao mesmo (com as pernas flectidas e o dorso direito),
diminuindo assim o esforço. Como se pode verificar na figura anterior esta regra não
era tomada em consideração;
- O ajudante empurra a árvore a abater com o auxilio de ramo torto e aparentemente
frágil (Figura 6);
- Não existia por perto nenhuma caixa de primeiros socorros.

As árvores derrubadas e com a ajuda da cabeça processadora da máquina harvester


eliminam-se mecanicamente os ramos e a bicada (<7,5 cm de diâmetro) e em
simultâneo efectua-se a traçagem que consiste no seccionamento transversal dos troncos
abatidos (Figura 7).

Figura 7. Pormenor da cabeça processadora da máquina de harvester.

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A dimensão dos toros depende da utilização futura do material lenhoso. No caso de


madeira para as industrias de celulose os toros têm 2,5 m de comprimento.

Durante a traçagem dos toros com a cabeça processadora estes são expulsos a grande
velocidade e a alguns metros de distância. Mas são de imediato acumulados de forma
alinhada pelas linhas de maior declive para uma maior facilidade nos trabalhos a
desenvolver posteriormente.

Nestas operações verificou-se a execução errada de algumas tarefas das quais passo a
citar:

- Descuidos nas deslocações da máquina quer nas manobras quer na proximidade dos
restantes operadores. Assistiu-se ao desvio de um motosserrista em fuga por se ter
colocado atrás do harvester e o condutor deste ao inverter a marcha não teve o
cuidado de observar a sua traseira;
- Grande proximidade de trabalhos entre a máquina harvester e motosserristas, não
sendo cumprido o espaço livre num raio de 60 metros à volta da máquina (Figura
8);

Figura 8. Indivíduo muito próximo da máquina harvester em funcionamento.

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- O operador da máquina sempre que ocorria algum problema com a cabeça


processadora ou com o sistema hidráulico abandonava a cabina com a máquina
ligada e manuseava nestas estruturas sem o uso de luvas;
- O operador subia a partes superiores da máquina sem ter o cuidado de se apoiar e
mais agravante sem ter calçado anti-derrapante;
- A máquina continha caixa de primeiros socorros e extintores por perto (na cabina da
processadora) mas mal identificados;
- Os números de telefone de emergência eram insuficientes e dificilmente acessíveis.

O descasque pode ser feito com descascador mecânico (de fresas, de discos ou de rolos),
com o processador ou então manualmente. Neste caso é efectuado um pré descasque
pela cabeça processadora e retira-se manualmente para um maior aproveitamento do
material lenhoso. Assim, outros dois elementos da empresa retiram a restante casca que
não foi eliminada pelo processador.
Nas operações de descasque verifiquei que os operadores trabalhavam muito perto de
zonas íngremes o que propicia a queda por escorregamento ou esmagamento por
deslizamento de toros com mostra a figura seguinte (Figura 9);

Figura 9. Trabalho efectuado em terreno inclinado.

Estes operadores florestais não utilizam qualquer tipo de calçado anti-derrapante ou


com biqueira de aço.
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Verificou-se que os trabalhadores fumavam enquanto procediam a operações de


descasque de toros (Figura 10).

Figura 10. Execução de operação de descasque em que o operador se


encontrava a fumar.

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AVALIAÇÃO DE RISCOS

OBJECTIVO

A análise de riscos é o estudo detalhado de um objecto com a finalidade de identificar


perigos e avaliar os riscos associados.

Visto que o empregador tem a obrigação de assegurar a segurança e higiene dos


trabalhadores em todos os locais de trabalho, a avaliação de riscos serve para o
empregador tomar eficazmente as medidas necessárias para proteger a segurança e a
saúde dos trabalhadores.

Tais medidas incluem:


- Prevenção de riscos profissionais;
- Informar os trabalhadores;
- Facultar formação aos trabalhadores;
- Organização e criação dos meios para aplicar as medidas necessárias.

Embora o objectivo da avaliação de riscos inclua a prevenção de riscos profissionais, na


pratica isto nem sempre se consegue. No caso de não ser possível eliminar o risco,
deverá ser o mesmo reduzido e controlado.

Numa fase posterior, como parte de um programa de revisão, estes riscos residuais serão
de novo avaliados será examinada a possibilidade de reduzir ainda mais tal ou tais riscos
eventualmente á luz de novos conhecimentos.

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MODO COMO DEVE SER FEITA UMA AVALIAÇÃO E


CONTROLO DE RISCOS

Segundo o Guia para Avaliação de Riscos no Local de Trabalho publicado pela


Comunidade Europeia, deve-se proceder do seguinte modo:

- Estabelecer programa de avaliação de riscos no trabalho;


- Estruturar a avaliação;
- Escolher a abordagem (geográfica/funcional/processual);
- Reunir informação;
- Ambiente/tarefas/população/experiência anterior;
- Identificar perigos;
- Identificar quem está exposto a riscos;
- Identificar padrões de exposição de riscos;
- Avaliar riscos;
- Probabilidade de dano/severidade do dano nas circunstâncias reais (Medidas não
adequadas ou medidas presentes adequadas);
- Investigar opções para eliminar ou controlar riscos;
- Estabelecer prioridades de acção e fixar medidas de controlo;
- Controlar a aplicação;
- Registar a avaliação;
- Verificar a eficácia da medida;
- Revisão (no caso de alterações periódicas ou não);
- Controlar o programa de avaliação de riscos.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS

- Disposições Legais;
- Normas e Directrizes constantes de publicações como, por exemplo, orientações
técnicas nacionais, códigos de boa prática, níveis de exposição profissional, normas
de associações industriais, guias de fabricantes, etc.;

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Princípios da hierarquia da prevenção de riscos:


- Evitar riscos;
- Substituir elementos perigosos por outros não perigosos ou menos perigosos;
- Combater riscos na fonte;
- Aplicar medidas de protecção colectiva de preferência medidas de protecção
individual (por exemplo controlar a exposição a fumos através de uma exaustão de
fumos local de preferência a mascaras respiratórias individuais);
- Adaptação ao progresso técnico e às alterações na informação;
- Procurar melhorar o nível de protecção.

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUEM FAZ UMA


AVALIAÇÃO DE RISCOS NO TRABALHO

Essas pessoas devem possuir conhecimentos e/ou informações sobre:


- Perigos e riscos já conhecidos e o modo como surgem;
- Os materiais, equipamentos e tecnologias usados no trabalho;
- Organização e processos de trabalho e interacção dos trabalhadores com os
materiais usados;
- Tipo, probabilidade, frequência e duração da exposição aos perigos. Em alguns
casos isto pode significar aplicação de técnicas de medição modernas e validadas;
- A relação entre a exposição ao perigo e os seus efeitos;
- As normas e disposições legais relevantes para os perigos presentes no local de
trabalho;
- O que é considerado boa prática nas áreas em que não existem normas legais
específicas.

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ANÁLISE DE RISCOS POR POSTO DE TRABALHO

Na análise de riscos por posto de trabalho cada operação é examinada para identificar
potenciais riscos e determinar a melhor solução para o posto de trabalho:

• Seleccionar o posto de trabalho em análise;


• Dividir o posto de trabalho em operações básicas;
• Identificar potenciais riscos;
• Determinar medidas de prevenção para os riscos identificados.

O reconhecimento dos riscos requer uma noção completa do posto de trabalho e das
operações envolvidas. Para tal, deve-se manter actualizado um inventário de todos os
riscos e efectuar uma revisão periódica das actividades em cada zona de trabalho.

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MATRIZ DE RISCOS1

Tem como objectivo avaliar os riscos existentes segundo a sua probabilidade de


ocorrência e a gravidade do dano que pode provocar. Executa-se tendo em conta a
frequência de exposição e o grau de severidade.

MATRIZ = FREQUÊNCIA X SEVERIDADE

Esta avaliação normalmente é uma estimativa do risco de forma qualitativa. No caso de


existir registos pode ser usada de forma quantitativa. Pelo facto de ser apresentado em
tabela, permite visualizar a hierarquia dos riscos e indicar quais os que se deve controlar
prioritariamente.

Para a FREQUÊNCIA é atribuído o seguinte nível de probabilidade de ocorrência dos


eventos:
- FREQUENTE
- PROVÁVEL
- OCASIONAL
- REMOTO
- IMPROVÁVEL

A SEVERIDADE classificou-se da seguinte forma (Quadro 4):

Quadro 4. Classificação da Severidade.


Morte, lesão com incapacidade permanente, perda do sistema ou
CATASTRÓFICO
danos ambientais muito graves
Danos graves, lesões com incapacidade temporária ou
CRÍTICO permanente mas de pequena percentagem ou perda parcial do
sistema ou danos graves no ambiente
Lesões menores com ou sem incapacidade temporária ou pouco
MARGINAL
graves, danos no sistema ou ambiente pouco graves
Lesões pequenas sem qualquer tipo de incapacidade, danos no
NEGLIGENCIÁVEL
sistema ou insignificantes ou desprezáveis para o ambiente

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Manual de Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de Acidentes de Trabalho, Capítulo VI
Verlag Dashöfer.
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MATRIZ DE ANÁLISE

Definidas estas duas categorias, estimou-se a seguinte matriz de análise (Quadro 5).

Quadro 5. Resultados da matriz de análise.


Catastrófico Crítico Marginal Negligenciável

Frequente 1 3 7 13

Provável 2 5 9 16

Ocasional 4 6 11 18

Remoto 8 10 14 19

Improvável 12 15 17 20

VALORAÇÃO DO RISCO

Através desta tabela valorizou-se o risco máximo de 1 e o risco tolerável de 20. O risco
varia entre:

1 – mau, risco máximo


20 – bom, risco tolerável

Os quadros seguintes mostram a classificação atribuída pelo cruzamento do factor


severidade com o factor frequência e as respectivas descrições (Quadros 6 e 7).

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Quadro 6. Classificação do risco.


Catastrófico Crítico Marginal Negligenciável

Frequente R. Intolerável R. Importante R. Moderado R. Tolerável

Provável R. Importante R. Importante R. Moderado R. Trivial

Ocasional R. Importante R. Moderado R. Tolerável R. Trivial

Remoto R. Moderado R. Moderado R. Tolerável R. Trivial

Improvável R. Tolerável R. Tolerável R. Trivial R. Trivial

Quadro 7. Descrição do risco.


RISCO Riscos insignificantes, e cujo aumento não se prevê no futuro. A
TRIVIAL avaliação pode terminar aqui. Não são necessárias mais medidas.
Riscos possíveis, mas não existem indícios de que provocarão doenças
ou lesões. Comparar as medidas existentes com normas de boas
RISCO
práticas
TOLERÁVEL
No caso de o resultado ser desfavorável, determinar medidas de
protecção e de prevenção para melhorar a segurança
Os riscos estão controlados dentro de níveis aceitáveis (estão de
RISCO acordo com normas nacionais e comunitárias)
MODERADO Os níveis de protecção deverão ser mantidos, e as medidas de
protecção deverão ser melhoradas
Os riscos podem estar controlados, mas é possível, numa previsão
razoável, que aumentem no futuro, ou que os sistemas possam falhar
RISCO ou ser indevidamente aplicados. Determinar quais as precauções
IMPORTANTE necessárias para melhorar e manter a protecção, eliminar, controlar ou
reduzir a probabilidade de ocorrência de níveis de exposição mais
altos
Situações de alto risco, que não estão devidamente controladas.
RISCO
Suspender de imediato a actividade e identificar e aplicar medidas
INTOLERÁVEL
provisórias imediatas para prevenir ou controlar a exposição

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A adopção de MEDIDAS DE PROTECÇÃO reduz a gravidade do dano. A adopção de


MEDIDAS DE PREVENÇÃO reduz a probabilidade de ocorrência.

Neste trabalho, efectuou-se um levantamento exaustivo dos riscos que envolvem as


operações de abate de árvores com a motosserra e a máquina harvester.

A tabela aplicada na avaliação de riscos refere o risco estimado de acordo com o


Quadro 5, em que o valor da probabilidade e severidade foram previamente estimados
pelo autor conjuntamente com o técnico florestal responsável das explorações e o gestor
de recursos humanos da empresa.

Em seguida, procedeu-se à hierarquização dos riscos para de uma forma clara se


conheçam quais os de maior gravidade que podem ocorrer nestes dois tipos de
operações. Será nesses riscos que a empresa deve actuar prioritariamente no sentido de
atenuar ou se possível eliminar.

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AVALIAÇÃO DE RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE


MOTOSSERRAS

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ABATE DE ÁRVORES COM MOTOSSERRA


TAREFA PERIGO DANO/ EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Aceleração acidental do Cortes profundos no Uso de EPI’s adequados B.5
motor operador Transportar sempre a motosserra desligada C1; C.2
Deslocação Amputação de membros
3
Utilizar resguardo da lâmina D.1; D.3
na
propriedade Contacto com o Queimaduras graves Uso de luvas e roupa adequada B.5
silenciador do motor ou D.4
com a 7
material quente que o
motosserra rodeia
Contacto da corrente com Cortes no operador Uso de EPI’s adequados B.5
o operador Colocar sempre o protector da corrente (capa) C.2
2 Formação para transporte correcto da D.3; D.5; D.6
motosserra

Presença de poços, Conhecimento da propriedade B.10


Lesões várias 8
ressaltos e muros Identificação de todas as zonas de perigo C.5
Uso calçado anti-derrapante B.10
Quedas/ Tropeçamento Lesões no operador 4 Estar atento a obstáculos como cepos, raízes, C.1; C.3; C5
pedras, etc.

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ABATE DE ÁRVORES COM MOTOSSERRA


TAREFA PERIGO DANO/ EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Contacto com a corrente Cortes profundos nas Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
Manutenção e dentes da lâmina-guia mãos do operador Formação para uma manutenção correcta E1; E.2; E.4; E.5; E6;
7
da motosserra durante a da motosserra E.7; E.8; E.9; E.14; E.15
diária da afiação
Contacto com o Queimaduras graves Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
motosserra silenciador do motor ou
11
Formação para uma manutenção correcta E.2
material que o rodeia da motosserra G5
no campo quente
Quedas Lesões no operador 11 Uso de EPI’s (calçado anti-derrapante) B.10
C.1; C.3; C5
Derramagem de Queimaduras no Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
combustível operador 6 Sensibilização do operador E.12; E.13
Danos na propriedade
Contacto com produtos Dermatoses, carcinoma Uso de luvas C2; E5
de limpeza, manutenção 11
e óleo
Contacto com Incêndio/ Explosão Uso de EPI’s C2
11
combustíveis líquidos

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ABATE DE ÁRVORES COM MOTOSSERRA


TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Proximidade de pessoas ou Lesões no operador Verificação da área de trabalho envolvente F.1
animais 6
Ignição da
Enrolamento da corda de Ferimentos nos dedos e Ignição correcta da motosserra F.9; F.10; F.11
motosserra arranque na mão do mãos do operador 9 Utilização de EPI’s
operador
Contragolpe Lesões no operador 4 Utilização de EPI’s; F.6; F.7; F.8
Derramagem de Queimaduras no Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
combustível operador 6 E.12; E.13
Danos na propriedade
Risco de explosão Queimaduras graves Uso de EPI’s F.2; F.3; F.4; F.5
Não ligar a motosserra no mesmo lugar
10
onde esta foi abastecida

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ABATE DE ÁRVORES COM MOTOSSERRA


TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Proximidade de outros Lesões no operador Não permitir a proximidade de outros C1; C3; C5
operadores ou animais operadores ou animais F1
11
Corte de Verificação da área de trabalho envolvente
Uso de EPI’s adequados
árvores Contragolpe, puxão ou Amputações, lesões no Utilização de EPI’s C1; C2; C3; C5
retrocesso operador 5 Execução correcta do corte H1; H4; H5; H10; H11
I1 a I15
Esmagamento Amputações, lesões no Utilização de EPI’s H8; H9
operador Uso de capacete de segurança
4
Cuidado com troncos recém-cortados que se
podem resvalar
Corte ou golpe por Amputações, lesões no Utilização correcta da motosserra C.1; C.2; C.3
5
cisalhamento operador Uso de EPI’s
Exposição ao ruído Lesões auditivas Utilizar protectores do ruído (tampões ou C.4
auriculares)
3
Execução de exames de controlo auditivo
periódicos
Acumulação de resíduos Incêndio/ Queimaduras Vigiar permanentemente a motosserra de C.1; C.2; C.3
lenhosos junto de partes graves 6 faíscas
quentes do equipamento Uso de EPI’s
Tropeçamento Lesões nos membros do Estar atento a obstáculos como cepos, etc. G.7
11
operador Uso de EPI’s
Exposição do Morte ou lesões dos Sensibilização dos operadores J.2
motosserrista/ajudantes no operadores 4 Uso de EPI’s
raio de queda das árvores
Corte de árvores junto de Electrocussão Uso de EPI’s J.1; J.8
4
linhas eléctricas
Quedas de objectos e/ou Lesões no operador Uso de EPI’s J.1; J.4
5
projecção de ramos

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PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS


Posturas de trabalho e Coluna, braços Adopção de posturas correctas B.11
esforços físicos 6
desajustados
Exposição a vibrações Fenómeno de Raynaud (dedos Colocação de sistemas de antivibração (av) B.3; B.4; B.5; B.6; B.7;
brancos) na motosserra B.8
Lesões na coluna e braços Utilização de luvas e mangas calafetadas;
3
Controlar com frequência o estado das
mãos e dedos e consultar o médico sempre
que necessário
Exposição a serrim Contacto com factores Usar mascaras respiratórias C.6
responsáveis por agentes Utilizar óculos ou viseira de protecção G3; G4
3
cancerígenos e problemas
respiratórios
Exposição a gases de Controlar vapores e fumos no seu ponto de C.6
escape e vapores de óleo 7 origem G3
Usar máscaras respiratórias
Cansaço, perda de Lesões no operador Fazer constantemente pausas B.1; B.2; B.3
control Não trabalhar quando se sentir fatigado G.2
6
Manuseio com a motosserra apenas em
boas condições de visibilidade
Agarramento, Lesões nos membros do Uso de EPI’s I.1
enrolamento da corrente operador 5
partida
Escorregamento Lesões no operador Uso de calçado anti-derrapante e G.7
combiqueira de aço
5
Sensibilização do operador em relação a
trabalhos em terreno inclinado
Campo electromagnético Lesões graves ou até mortais Consulta prévia do médico B.9
pode interfir com de operadores portadores 8
pacemakers deste dispositivo

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AVALIAÇÃO DE RISCOS NA UTILIZAÇÃO DA


MÁQUINA HARVESTER

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ABATE DE ÁRVORES COM A MÁQUINA HARVESTER


TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS

Proximidade de pessoas Lesões ou morte das Verificação da área de trabalho envolvente D2; D3
2
Deslocação ou animais pessoas circundantes E.1;
G.2;
do Harvester Presença de poços, Queda da máquina Lesões Estudo das zonas de perigo da propriedade; G.4; G.7; G.9
muros e ressaltos no operador 8 Sinalização dos perigos
na Utilização de EPI’s
Caminhos em mau estado Queda da máquina Utilização de EPI’s G.1; G3; G.4
propriedade ou acidentados Deslizamento da máquina 6
Lesões várias no operador
Derramagem de Danos na propriedade Sensibilização dos operadores H.1
combustível Impacto ambiental Utilização de EPI’s L.2; L.3; L.4; L.5; L.6
9
Incêndio/ Queimaduras
graves
Reviragem ou Lesão ou morte do Sensibilização dos operadores G.1; G.4; G.7; G.9
empinamento da operador 4 Utilização de EPI’s
máquina
Atropelamento Lesão ou morte dos Sensibilização dos operadores de máquinas D.6
4
trabalhadores circundantes
Contacto da máquina Electrocussão Estar atento à parte aérea da máquina para J.20; J.21; J.22
com linhas de alta tensão assegurar que não toca nos fios de
8 Alta-Tensão
Sensibilização dos operadores
Uso de EPI’s

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PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS


Vestuário apanhado por Lesões várias no operador Usar roupa ajustada D.1; D.2; D.3; D.6
pontos de engrenagem, ou pessoas circundantes Partes móveis da máquina bem protegidas
enrolamento ou Sensibilização das pessoas para a não
cisalhamento 12 proximidade destas zonas perigosas da
máquina
Uso de EPI’s
Acumulação de resíduos Incêndio Utilização de EPI’s F.5; F.6; F.8
lenhosos junto das partes
6
quentes e de escape da
máquina

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ABATE DE ÁRVORES COM A MÁQUINA HARVESTER


TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Proximidade de pessoas Lesões das pessoas Não permissão de pessoas nas D.2; D.3
ou animais circundantes 11 proximidades H.6; H.7
Manutenção Utilização de EPI’s
do Harvester Queda de partes da Lesões ou morte do A manutenção e utilização da máquina só D.11
máquina operador deve ser feita por pessoas especializadas H.2; H.3; H.4
8
neste tipo de equipamentos
Utilização de EPI’s
Cortes Lesões nas mãos ou pés Uso de luvas D.4
do operador 9 Botas de biqueira de aço e anti-derrapante H.11; H.12

Derramagem de Danos na propriedade Sensibilização dos operadores H.12;


lubrificantes e Incêndio 11 Uso de EPI’s L.1; L.2; L.3; L.4; L.5;
combustíveis L.6; L.7; L.8; L.9
Contacto com produtos Uso de luvas L.1; L.2; L.3; L.4; L.5;
11
de limpeza e manutenção Dermatoses L.6
Contacto com óleos Carcinoma/ Dermatoses Uso de luvas L.1; L.2; L.3; L.4; L.5;
11
L.6
Queda dos veios Lesões ou morte do Sensibilização dos operadores H.7; H.8; H.9
telescópios operador 8 Uso de EPI’s

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ABATE DE ÁRVORES COM A MÁQUINA HARVESTER


TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Escorregamentos e Lesões no operador Usar vestuário ajustado ao corpo B.1; B.2; B.3; B.4
quedas do operador ao Usar calçado anti-derrapante
No início dos subir e/ou descer da 11 Use sempre capacete e tenha sempre
trabalhos máquina e no interior da presente o risco de escorregar quando
cabina trabalha sobre a máquina
Ressalto da máquina no Lesões no operador Utilização de EPI’s E.1; E.2; G.4
18
momento da ignição Fechar sempre a porta da cabina
Curto circuito do sistema Incêndio Verificação periódica do estado dos E.6
eléctrico, durante a 10 extintores
ignição Utilização de EPI’s

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ABATE DE ÁRVORES
TAREFA PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS
Proximidade de pessoas Lesões nas pessoas Não permissão de pessoas na zona de D.2; D.3
ou animais envolventes e no 2 trabalho da máquina E.1
Operações operador Utilização de EPI’s H.6; H.7
Deslizamento da Lesões ou morte das Travões em bom estado E.3; E.4
com a máquina pessoas envolventes e 8 Sistema de “paragem de emergência”
no operador
máquina Queda de árvores por Lesões no operador Utilização de EPI’s J.2; J.8; J.9; J.12
cima da cabina da 4
Harvester máquina
Derramagem de Danos na propriedade Utilização de EPI’s E.6
combustível Incêndio 9
Queimaduras graves
Ruptura dos sistemas Lesões ou morte do Inspecção regular das tubagens hidráulicas D.7; D.8; D.9; D.10;
hidráulicos operador Substituir as tubagens em caso de D.11
8 deterioração
Evitar sobrecargas
Uso de EPI’s
Empinamento/ Lesões ou morte do Respeitar limites da carga indicados nas G.1; G.4; G.7; G.9
reviramento da máquina operador instruções das máquinas e acessórios
Treino de condução em declive
8
Utilização de capacete
Uso de EPI’s
Uso de cinto de segurança
Pontos de engrenagem, Ferimentos nos Protecção de todos os pontos perigosos da D.1; D.2; D.3; D.4; D.5;
enrolamento e membros ou outra parte máquina D.6
cisalhamento (zonas do corpo 10 Não encostar, quando a máquina está em
cortantes) funcionamento
Uso de capacete

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PERIGO DANO/EFEITO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS


Projecção de toros pela Lesões ou morte das Reconhecimento da distância e direcção K.1; K.2
máquina no momento da pessoas envolventes que os toros podem ser projectados e
processagem manterem-se a uma distância de segurança
2 O operador deve actuar de modo que a
máquina não trabalhe perto de um grupo
de pessoas, se isso acontecer compete-lhe
pedirem para se afastarem
Contacto da máquina Electrocussão Avisar os serviços locais da EDP para o J.20; J.21; J.22
com linhas de alta tensão corte de energia na zona da exploração
8 Usar botas de borracha com sola espessa e
forro seco

Presença de poços, Queda da máquina Estudo das zonas de perigo da propriedade G.4; G.7; G.9
muros e ressaltos Lesões no operador 8 Sinalização dos perigos
Utilização de EPI’s
Acumulação de resíduos Incêndio Utilização de EPI’s
lenhosos junto das partes
6
quentes e de escape da
máquina

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HIERARQUIZAÇÃO DOS RISCOS

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RISCO
Intolerável Importante Moderado Tolerável Trivial

TAREFA PERIGO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS


Deslocação na Contacto da corrente com o Uso de EPI’s adequados B.5
propriedade operador 2 Colocar sempre o protector da corrente (capa) C.2
Formação para transporte correcto da motosserra D.3; D.5; D.6
Deslocação na Aceleração acidental do motor Uso de EPI’s adequados B.5
propriedade 3 Transportar sempre a motosserra desligada C1; C.2
Utilizar resguardo da lâmina D.1; D.3
Corte de árvores Exposição ao ruído Utilizar protectores do ruído (tampões ou auriculares) C.4
3
Execução de exames de controlo auditivo periódicos
Corte de árvores Exposição a serrim Usar mascaras respiratórias C.6
3
Utilizar óculos ou viseira de protecção G3; G4
Corte de árvores Exposição a vibrações Colocação de sistemas de antivibração (av) na motosserra B.3; B.4; B.5; B.6; B.7;
Utilização de luvas e mangas calafetadas B.8
3
Controlar com frequência o estado das mãos e dedos e consultar o médico
sempre que necessário
Deslocação na Quedas/ Tropeçamento Uso calçado anti-derrapante B.10
4
propriedade Estar atento a obstáculos como cepos, raízes, pedras, etc. C.1; C.3; C5
Ignição Contragolpe 4 Uso de EPI’s F.6; F.7; F.8
Corte de árvores Esmagamento Uso de EPI’s H8; H9
4
Uso de capacete de segurança
Corte de árvores Exposição do Sensibilização dos operadores J.2
motosserrista/ajudantes no raio 4 Uso de EPI’s
de queda das árvores
Corte de árvores Corte de árvores junto de linhas Uso de EPI’s J.1; J.8
4
eléctricas
Corte de árvores Contragolpe, puxão ou retrocesso Uso de EPI’s C1; C2; C3; C5
5 Execução correcta do corte H1; H4; H5; H10; H11
I1 a I15
Corte de árvores Agarramento, enrolamento da Uso de EPI’s I.1
5
corrente partida

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Corte de árvores Quedas de objectos e/ou Uso de EPI’s J.1; J.4


5
projecção de ramos
Corte de árvores Escorregamento Uso de botas com piso anti-derrapante e biqueira de aço G.7
5 Cuidado ao trabalhar em terrenos inclinados
Cuidado com troncos recém-cortados que se podem resvalar
Corte de árvores Corte ou golpe por cisalhamento Utilização correcta da motosserra C1; C2; C.3
5
Uso de EPI’s
Manutenção Derramagem de combustível Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
6
diária Sensibilização dos operadores E.12; E.13
Ignição Proximidade de pessoas ou Verificação da área de trabalho envolvente F.1
6
animais
Ignição Derramagem de combustível Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
6
E.12; E.13
Corte de árvores Posturas de trabalho e esforços Adopção de posturas correctas B.11
6
físicos desajustados
Corte de árvores Acumulação de resíduos Uso de EPI’s C.1; C.2; C.3
lenhosos junto de partes quentes 6 Vigiar permanentemente a motosserra de faíscas
do equipamento
Corte de árvores Cansaço, perda de control Fazer constantemente pausas B.1; B.2; B.3
Não trabalhar quando se sentir fatigado G.2
6
Manuseio com a motosserra apenas em boas condições de visibilidade e à
luz do dia
Deslocação na Contacto com o silenciador do Uso de luvas e roupa adequada B.5
propriedade motor ou material quente que o 7 D.4
rodeia
Manutenção Contacto com a corrente e dentes Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
diária da lâmina-guia da motosserra 7 Formação para uma manutenção correcta da motosserra E1; E.2; E.4; E.5; E6; E.7;
durante a afiação E.8; E.9; E.14; E.15
Corte de árvores Exposição a gases de escape e Controlar vapores (neblina de óleo causada pela lubrificação da corrente C.6
vapores de óleo 7 incluindo o afiar da corrente da serra) e fumos no seu ponto de origem G3
Usar máscaras respiratórias
Deslocação na Presença de poços, ressaltos e Conhecimento da propriedade B.10
8
propriedade muros Identificação de todas as zonas de perigo C.5
Corte de árvores Campo electromagnético pode Consulta prévia do médico B.9
8
interfir com pacemakers

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Ignição Enrolamento da corda de Ignição correcta da motosserra F.9; F.10; F.11


9
arranque na mão do operador Uso de EPI’s
Ignição da Risco de explosão Uso de EPI’s F.2; F.3; F.4; F.5
10
motosserra Não ligar a motosserra no mesmo lugar onde esta foi abastecida
Manutenção Quedas Uso de EPI’s (calçado anti-derrapante) B.10
11
diária C.1; C.3; C5
Manutenção Contacto com produtos de Uso de luvas C2; E5
11
diária limpeza, manutenção e óleos
Manutenção Contacto com combustíveis Uso de EPI’s C2
11
diária líquidos
Manutenção Contacto com o silenciador do Uso de luvas e roupa adequada C.1; C.2
diária motor ou material quente 11 Formação para uma manutenção correcta da motosserra E.2
G5
Corte de árvores Proximidade de outros Não se deve permitir a proximidade de outros operadores ou animais C1; C3; C5
operadores ou animais durante o funcionamento da motosserra F1
11
Verificação da área de trabalho envolvente
Uso de EPI’s adequados
Corte de árvores Tropeçamento Estar atento a obstáculos como cepos, raízes, pedras, etc. G.7
11
Uso de EPI’s

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RISCO
Intolerável Importante Moderado Tolerável Trivial

TAREFA PERIGO RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS PROCEDIMENTOS


Deslocação da Proximidade de pessoas ou Verificação da área de trabalho envolvente D2; D3
máquina animais 2 E.1
G.2
Trabalhos com a Proximidade de pessoas ou Não permissão de pessoas na zona de trabalho da máquina D.2; D.3
máquina animais 2 Utilização de EPI’s E.1
H.6; H.7
Trabalhos com a Projecção de toros pela máquina Reconhecimento da distância e direcção que os toros podem ser projectados K.1; K.2
máquina no momento da processagem e manterem-se a uma distância de segurança
2
O operador deve actuar de modo que a máquina não trabalhe perto de um
grupo de pessoas, se isso acontecer compete-lhe pedirem para se afastarem
Deslocação da Reviragem ou empinamento da Sensibilização dos operadores G.1; G.4; G.7; G.9
4
máquina máquina Uso de EPI’s
Deslocação da Atropelamento Sensibilização dos operadores de máquinas D.6
4
máquina
Trabalhos com a Queda de árvores por cima da Uso de EPI’s J.2; J.8; J.9; J.12
4
máquina cabina da máquina
Deslocação da Caminhos em mau estado ou Uso de EPI’s G.1; G3; G.4
6
máquina acidentados
Deslocação da Acumulação de resíduos Uso de EPI’s F.5; F.6; F.8
máquina lenhosos junto das partes quentes 6
e de escape da máquina
Deslocação da Presença de poços, muros e Estudo das zonas de perigo da propriedade G.4; G.7; G.9
máquina ressaltos 8 Sinalização dos perigos
Utilização de EPI’s
Deslocação da Contacto da máquina com linhas Estar atento à parte aérea da máquina para assegurar que não toca nos fios J.20; J.21; J.22
máquina de alta tensão de alta tensão
8
Sensibilização dos operadores de como devem proceder nestas situações
Uso de EPI’s

39
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Manutenção da Queda de partes da máquina A manutenção e utilização da máquina só deve ser feita por pessoas D.11
máquina 8 especializadas neste tipo de equipamentos H.2; H.3; H.4
Uso de EPI’s
Manutenção da Queda dos veios telescópios Sensibilização dos operadores H.7; H.8; H.9
máquina 8 Uso de EPI’s

Trabalhos com a Deslizamento da máquina Travões em bom estado E.3; E.4


máquina 8 Sistema de “paragem de emergência”

Trabalhos com a Ruptura dos sistemas hidráulicos Inspecção regular das tubagens hidráulicas D.7; D.8; D.9; D.10; D.11
máquina Substituir as tubagens em caso de deterioração
8
Evitar sobrecargas
Uso de EPI’s
Trabalhos com a Empinamento/ reviramento da Respeitar limites da carga indicados nas instruções das máquinas e G.1; G.4; G.7; G.9
máquina máquina acessórios
Respeitar instruções técnicas da máquina
8 Treino de condução em declive
Uso de capacete
Uso de EPI’s
Uso de cinto de segurança
Trabalhos com a Contacto da máquina com linhas Avisar os serviços locais da EDP para o corte de energia na zona da J.20; J.21; J.22
máquina de alta tensão exploração
8
Uso de botas de borracha com sola espessa e forro seco

Deslocação da Derramagem de combustível Sensibilização dos operadores H.1


9
máquina Uso de EPI’s L.2; L.3; L.4; L.5; L.6
Manutenção da Cortes Uso de luvas D.4
máquina 9 Uso de botas de biqueira de aço e anti-derrapante H.11; H.12

Trabalhos com a Derramagem de combustível Uso de EPI’s E.6


9
máquina
Início dos Curto circuito do sistema Verificação periódica do estado dos extintores E.6
10
trabalhos eléctrico, durante a ignição Uso de EPI’s
Trabalhos com a Pontos de engrenagem, Protecção de todos os pontos perigosos da máquina D.1; D.2; D.3; D.4; D.5;
máquina enrolamento e cisalhamento 10 Não encostar, quando a máquina está em funcionamento D.6
(zonas cortantes) Uso de capacete

40
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Manutenção da Proximidade de pessoas ou Não permissão de pessoas nas proximidades; D.2; D.3
11
máquina animais Utilização de EPI’s H.6; H.7;
Manutenção da Derramagem de lubrificantes e Sensibilização dos operadores; H.12; L.1; L.2; L.3;
máquina combustíveis 11 Uso de EPI’s; L.4; L.5; L.6; L.7; L.8;
L.9
Manutenção da Contacto com produtos de Uso de luvas L.1; L.2; L.3; L.4; L.5;
11
máquina limpeza e manutenção L.6
Manutenção da Contacto com óleos Uso de luvas L.1; L.2; L.3; L.4; L.5;
11
máquina L.6
Início dos Escorregamentos e quedas do Usar vestuário ajustado ao corpo; B.1; B.2; B.3; B.4
trabalhos operador ao subir e/ou descer da Usar calçado anti-derrapante;
11
máquina e no interior da cabina Use sempre capacete e tenha sempre presente o risco de escorregar quando
trabalha sobre a máquina;
Deslocação da Vestuário apanhado por pontos Usar roupa ajustada; D.1; D.2; D.3; D.6
máquina de engrenagem, enrolamento ou Partes móveis da máquina bem protegidas;
cisalhamento 12 Sensibilização das pessoas para a não proximidade destas zonas perigosas
da máquina;
Uso de EPI’s
Início dos Ressalto da máquina no Utilização de EPI’s; E.1; E.2; G.4
18
trabalhos momento da ignição Fechar sempre a porta da cabina;

41
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Aliança Florestal S.A.

ANÁLISE DOS RISCOS

Nos trabalhos que se realizam com a motosserra, verifica-se que grande parte são
classificados de “risco importante” incidindo nas tarefas de corte de árvores e na
deslocação do operador na propriedade entre o abate de duas árvores consecutivas.

O risco maior gravidade para o operador é o contacto da corrente em movimento com


algum membro ou outra parte do corpo. A corrente gira a grande velocidade que se
ocorrer algum tipo de contacto provoca lesões gravíssimas no operador que podem ir
desde a amputação de membros e em casos extremos a morte. Segue-se a aceleração
acidental do motor da motosserra que, como consequência, pode provocar o contacto da
corrente com o operador É urgente actuar nestes dois pontos através da sensibilização
dos operadores florestais nomeadamente no que diz respeito à deslocação do operador
na propriedade com a motosserra.

A exposição ao ruído, serrim e vibrações nas operações de corte são riscos que também
foram classificados como importantes. Estes riscos normalmente são ignorados pelos
operadores florestais porque não produzem um efeito imediato, como no caso dos
acidentes, no entanto, a longo prazo são responsáveis por graves doenças profissionais.
O uso de equipamentos de protecção individual nomeadamente auriculares, luvas,
viseira e mascara respiratória reduzem consideravelmente a gravidade do dano.

A manutenção diária da motosserra no campo é a tarefa em que os riscos são de menor


severidade sendo classificados de toleráveis. Não obstante, não se deve ignorar estes
riscos mas sim reduzi-los ainda o mais possível.

Em relação à máquina harvester, verificou-se que grande parte dos riscos que esta
envolve classificam-se de “moderados” existindo até, um risco classificado de “trivial”.

O risco de maior gravidade está relacionado com a proximidade de pessoas durante o


funcionamento da máquina. Esta valoração deve-se ao facto de que se ocorrer um
acidente desta natureza este poder provocar a morte dos indivíduos envolventes.

Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho -– Relatório Final de Estágio 42


Aliança Florestal S.A.

Pode-se afirmar que de uma forma geral os trabalhos que envolvem a máquina
harvester são mais seguros e com menor probalidade de originarem doenças
profissionais para o operador, quando comparados com os trabalhos que implicam a
utilização da motosserra.

Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho -– Relatório Final de Estágio 43


Aliança Florestal S.A.

FICHA DE PROCEDIMENTOS

As fichas de procedimentos2 são documentos elaborados para indicar os riscos


associados a determinado trabalho ou equipamento e as suas medidas de prevenção. O
modo como realizar as tarefas deve ser descrito com o máximo de pormenores,
recorrendo a peças desenhadas sempre que seja oportuno.

Após o levantamento dos riscos associados ás operações de abate de árvores com a


motosserra e com a máquina harvester, procedeu-se à elaboração de fichas de
procedimentos. Estas fichas visam melhorar os métodos de trabalho no que se refere às
questões de segurança e higiene.

Todos os operadores florestais da ALIANÇA FLORESTAL S.A. e os operadores


prestadores de serviço devem ter em sua posse um exemplar destas fichas para sua
consulta.

2
Manual de Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de Acidentes de Trabalho, Capítulo XIV
Verlag Dashöfer.

Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho -– Relatório Final de Estágio 44


Aliança Florestal S.A.

FICHAS DE PROCEDIMENTOS

UTILIZAÇÃO CORRECTA DA
MOTOSSERRA

ALIANÇA FLORESTAL S.A.

Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho -– Relatório Final de Estágio 45


Aliança Florestal S.A.

ALIANÇA PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


FLORESTAL

Pr. A. MOTOSSERRA 2 páginas

A.1 A motosserra deve estar de acordo com a norma portuguesa;

A.2 A motosserra deve estar de acordo com requisitos de segurança e saúde tais como
a declaração de conformidade específica – sigla CE - e estar certificada;

A.3 A manipulação da motosserra só deve ser feita por pessoas maiores e bem
informadas;

A.4 Mesmo que o motosserrista tenha uma grande experiência na utilização de


motosserras, é para a sua própria protecção conhecer as regras e regulamentos no
uso seguro de motosserras;

A.5 O trabalho do motosserrista deve ser feito de forma cómoda e perfeita ajustando
sempre a motosserra à tarefa a realizar. Assim, o comprimento da lâmina deve
variar segundo o diâmetro das árvores a abater:

Longitude da lâmina-guia (cm) Diâmetro das árvores


60 ______________________ 60 a 100 cm
50 ______________________ 50 a 90 cm
40 ______________________ 40 a 70 cm
30 ______________________ 20 a 30 cm e ramos

A.6 Leia sempre cuidadosamente o manual respectivo da motosserra e verifique as


características, capacidades e modo de funcionamento; os dispositivos de
segurança e modo de manutenção;

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A.7 O motosserrista deve saber identificar correctamente os dispositivos que se


encontram assinalados na figura seguinte e as suas funções:

CONSTITUEM DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA:


Guarda-mão dianteiro com travão de corrente
Protege a mão esquerda e detém a corrente ao produzir-se o ressalto

Retendor da Corrente
Retém a corrente quando esta se parte

Guarda-mão traseiro
Protege a mão direita quando a corrente parte

Bloqueador de segurança
Bloqueia o comando do acelerador

Bainha da lâmina-guia
Evita ferimentos durante o transporte da motosserra

A.8 A escolha da motosserra deve basear-se na melhor relação entre potência e peso
da máquina, por causa da fadiga. No caso de corte de ramos, operação onde a
frequência de acidentes é mais elevada, pode ser utilizada uma lâmina-guia mais
curta.

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ALIANÇA PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


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Pr. B. OPERADOR DA MOTOSSERRA 2 páginas

O operador da motosserra deve:

B.1 Sentir-se em boas condições físicas e psíquicas e não se encontrar-se sob


influência de nenhuma substância (droga, álcool) que possa prejudicar a visão e a
presença de espírito;

B.2 Durante o manuseio da motosserra, fazer constantemente pausas e não deve


trabalhar sempre que estiver fatigado. O cansaço pode provocar uma perda de
controlo;

B.3 Consultar previamente o seu médico se possuir alguma doença que possa ser
agravada pela fadiga;

O uso prolongado de uma motosserra expõe o operador a vibrações que podem


provocar o fenómeno de RAYNAUD (dedos brancos). Estas condições reduzem
a capacidade manual de sentir e regular a temperatura, produzindo
intumescimento e ardor e podem provocar transtornos nervosos e circulatórios,
assim como necroses dos tecidos. Não se conhecem todos os factores que
contribuem para a enfermidade de RAYNAUD, mas pensa-se que o clima frio, o
fumar e as doenças ou condições físicas que afectam os vasos sanguíneos e a
circulação do sangue assim como os níveis altos de vibração e períodos
prolongados de exposição à vibração são mencionados como factores
desencadeantes da enfermidade de RAYNAUD.
Para reduzir os riscos destas duas doenças deve-se proceder da seguinte forma:

B.4 Colocar sistemas de antivibração (AV) de forma a reduzir a transmissão de


vibrações criadas pelo motor e acessório de corte às mãos do operador;

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B.5 Usar luvas e manter as mãos abrigadas. Em dias muito frios recomenda-se o uso
de mangas calefaccionados;

B.6 Trabalhar sempre com a corrente e a serra afiadas e o sistema antivibratório em


boas condições. Uma corrente mal afiada aumentará o tempo de corte e as
vibrações transmitidas às mãos do operador. De igual modo, uma serra com as
suas componentes ou com os amortizadores antivibratórios desgastados também
tendem a possuir um nível mais alto de antivibração;

B.7 O operador deve agarrar firmemente a motosserra sem a apertar ou efectuar força
constante. Deve fazer descansos constantes;

B.8 Os motosserristas devem estar sensibilizados para as efermidades provocadas


pela motosserra e como tal devem controlar com frequência o estado das suas
mãos e dedos e consultar o médico sempre que necessário;

B.9 O sistema de ignição da motosserra provoca um pequeno campo


electromagnético de intensidade muito baixa mas que pode interferir com alguns
tipos de PACEMAKERS. Para reduzir o risco de lesões graves ou até mortais as
pessoas portadoras deste dispositivo devem consultar previamente o seu médico.

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Pr. C. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO 2 páginas


INDIVIDUAL

Para reduzir o risco de lesões o operador da motosserra deve usar Equipamento


de Protecção Individual apropriado:

C.1 A roupa deve ser de confecção forte e ajustada mas, sem impedir a completa
liberdade de movimentos. Não deve ser usado qualquer tipo de roupa larga ou
solta como cachecóis, gravatas que possa engatar-se na serra. As calças devem ter
um forro reforçado contra cortes. Os materiais mais utilizados são: nylon, peles
sintéticas, algodão e lãs;

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C.2 O operador deve usar luvas anti-deslizantes e grossas sempre que manuseia com
a serra ou com a corrente;

C.3 Uma boa base de apoio é indispensável sempre que trabalha com a motosserra.
Como tal, o motosserrista deve ter calçado botas grossas anti-deslizantes e com
biqueira de aço;

C.4 Utilize suavizadores do ruído (tampões ou auriculares). Os operadores devem


submeter-se constantemente a um exame de controlo auditivo;

C.5 Utilize sempre um capacete de segurança;

C.6 Colocar viseira para protecção do rosto e visão.

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ALIANÇA PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


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Pr. D. TRANSPORTE DA MOTOSSERRA 1 página

Nas deslocações dentro da propriedade o operador deve:

D.1 Sempre que possível transportar a motosserra com o motor desligado;

D.2 Antes de apoiar a motosserra no solo apagar o motor;

D.3 Deve-se utilizar protector da corrente mesmo em distâncias curtas;

D.4 Deve evitar-se tocar no silenciador do motor e no material que o rodeia durante o
funcionamento do motor porque estes atingem temperaturas muito altas podendo
provocar queimaduras graves no operador;

D.5 A corrente da serra tem muitos dentes afiados. Se estes entram em contacto com
o operador podem causar lesões graves;

D.6 Deve transportar-se a motosserra pelo cabo dianteiro com a lâmina-guia


protegida dirigida para trás e a saída do escape para o lado contrário do operador,
como ilustra a figura;

D.7 No transporte da motosserra num veículo ou similar deve-se também proteger a


corrente e a guia com a capa e acomodar a motosserra de forma a que esta fique
devidamente segura impedindo que se volte de modo a evitar o derrame de
combustível e danificação da serra.

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Pr. E. PREPARAÇÃO DA MOTOSSERRA 3 páginas

Antes de realizar trabalhos com a motosserra o operador deve:

E.1 Verificar previamente se a corrente está em boas condições de funcionamento. A


tensão adequada da corrente é extremamente importante;

E.2 Para evitar um ajuste inadequado, deve executar os procedimentos segundo


recomendações do manual de utilização da respectiva motosserra;

E.3 Não manuseie nunca uma motosserra que esteja danificada, mal ajustada ou que
não funcione devidamente;

E.4 Apague sempre o motor e assegure-se que a corrente está retida antes de efectuar
trabalhos de ajuste, manutenção ou reparação, assim como troca da corrente da
serra ou limpeza;

E.5 Usar sempre luvas durante as operações de manutenção da motosserra;

E.6 Não tente efectuar nenhum trabalho de manutenção ou reparação que não esteja
descrito no manual do usuário. Este tipo de trabalho deve ser feito por um técnico
especialista da marca da motosserra;

E.7 Nunca se deve modificar ou alterar peças da motosserra. No caso de ter que
substituir acessórios estes devem ser sempre os da marca de origem da
motosserra;

E.8 Assegurar-se sempre que as porcas hexagonais para a cobertura da roda dentada
estão firmemente apertadas depois de ajustadas as correntes;

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E.9 Nunca ajustar a corrente com o motor da motosserra ligado. A gasolina é um


combustível muito inflamável. Se for derramado pode arder devido a uma chispa
ou outra fonte de ignição podendo provocar um incêndio e consequentemente
queimaduras graves e danos na propriedade. Deve-se ter sempre cuidado com a
manipulação de gasolina ou mistura de combustível;

E.10 Não manuseie a motosserra se o gancho retentor da corrente estiver danificado;

E.11 Inspeccione periodicamente os amortecedores anti-vibrações e substitua-os no


caso de estes estarem danificados ou muito desgastados ou se aperceber aumento
de vibração durante o manuseio normal da motosserra;

E.12 Abasteça a motosserra sempre em lugares ao ar livre ou bem ventilados;

E.13 No caso de ter de abastecer a motosserra a meio de um trabalho, desligue o motor


deixe-o arrefecer e só então proceda ao abastecimento. A tampa do tanque deve
ser retirada lentamente de forma a aliviar a pressão que possa existir devido ao
vapor de gasolina;

E.14 DIÁRIAMENTE O OPERADOR DEVE VERIFICAR:

1. Corrente (revisão e afiação);


2. Lâmina-guia (revisão, limpeza da ranhura e dos orifícios de lubrificação,
inspecção das porcas da tampa do orgão de corte, inversão da lâmina-guia);
3. Motor da motosserra (limpeza cuidadosa e inspecção dos orifícios de entrada
de ar, os quais devem estar sempre limpos);
4. Guarda-mão dianteiro com travão de corrente (revisão, limpeza e ensaio);
5. Filtro de ar (revisão e limpeza);
6. Parafusos, porcas e pernes (ajustamento).

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E.15 SEMANALMENTE O OPERADOR DEVE VERIFICAR:


1. Corrente (revisão, afiação e uniformização dos dentes de corte);
2. Lâmina-guia (eliminação de rebarbas);
3. Pinhão de ataque (revisão e lubrificação do rolamento do pinhão);
4. Embraiagem (revisão e limpeza);
5. Volante e placas do cilindro (limpeza);
6. Vela (limpeza, revisão, regulação e ajustada folga);
7. Sistema de arranque (desmontagem, limpeza, lubrificação do rolamento do
carreto, substituição da corda do arrancador e ajustamento da tensão da
corda);
8. Filtros de óleo e de combustível (limpeza e verificação da chegada de óleo à
lâmina);
9. Silenciador (limpeza).

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Pr. F. IGNIÇÃO DA MOTOSSERRA 2 Páginas

A ignição exige os seguintes cuidados:

F.1 A motosserra é de uso exclusivo de uma só pessoa. Não se deve deixar que esta
seja cercada por mais pessoas ou animais no acto da ignição;

F.2 Ligar a motosserra a pelo menos 3 metros do local onde foi abastecida e verificar
sempre se não existem derrames ou fugas de combustível ou se o próprio
equipamento de protecção individual não se encontram manchados;

F.3 Manter as mãos secas, limpas e sem óleo;

F.4 Certificar-se sempre que a tampa foi fechada de forma correcta (não esquecer que
as próprias vibrações da máquina podem aflorar a tampa de combustível mal
fechada podendo mesmo provocar um incêndio);

F.5 Não fumar perto do combustível, nem fazer nenhum tipo de chama. Não esquecer
que o combustível pode emitir vapores inflamáveis;

F.6 Assegurar que a lâmina-guia e a corrente estão afastadas do corpo e de outros


obstáculos e objectos incluindo o solo;

F.7 Active sempre o freio da corrente antes de arrancar o motor;

F.8 Nunca tente arrancar a motosserra com a lâmina-guia dentro de uma ranhura de
corte;

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F.9 Quando tirar a corda de arranque, não a enrole em volta da mão nem deixe que
esta volte por si só à sua posição inicial. Guie lentamente a corda com a mão para
que esta se enrole correctamente. Se não efectuar este procedimento pode magoar
a mão, os dedos e também danificar o mecanismo de arranque;

F.10 Nunca ligue a motosserra pelo método de lançamento uma vez que pode perder o
controle;

F.11 MÉTODOS CORRECTOS DE LIGAR A MOTOSSERRA:

Com a motosserra apoiado no solo:


1º. Assegure-se que o freio da corrente está activado e em seguida apoie a
motosserra sobre um terreno firme e arejado;
2º. Mantenha um bom equilíbrio com os pés bem apoiados;
3º. Agarre a pega dianteira firmemente com a mão esquerda e pressionar para
baixo. No caso de serras com pega traseira, coloque no solo e com ajuda do
pé direito pressione para baixo;
4º. Com a mão direita tire lentamente a corda de arranque até sentir uma
resistência definitiva e puxe de forma rápida e forte;

Sem apoiar a motosserra no solo:


1º. Após ter verificado se o freio da corrente está activo, agarre a pega dianteira
firmemente com a mão esquerda e mantenha o braço em posição firme;
2º. Segure a pega traseira da motosserra bem apertado entre as pernas um pouco
mais acima dos joelhos;
3º. Mantenha um bom equilíbrio com os pés bem apoiados;
4º. Com a mão direita tire lentamente a corda de arranque até sentir uma
resistência definitiva e puxe de forma rápida e forte;

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Pr. G. CONDIÇÕES DE TRABALHO 1 Página

G.1 Nunca trabalhe só e mantenha uma distância que permita comunicar-se com
outras pessoas no caso de precisar de ajuda;

G.2 Manuseie a motosserra apenas em boas condições de visibilidade e à luz do dia;

G.3 Trabalhe sempre em lugares arejados. A motosserra emite gases de escape


tóxicos;

G.4 Controle o pó (serrim), vapores (neblina de óleo causada pela lubrificação da


corrente e pelo afiar da corrente da serra) e fumos no seu ponto de origem sempre
que possível, pois estes são considerados como factores responsáveis por agentes
cancerígenos, enfermidades respiratórias, cancro, defeitos de nascimento ou outra
toxicidade reprodutora. Nos casos em que não é possível evitar estes factores
devem-se usar mascaras respiratórias;

G.5 O silenciador e outros componentes do motor aquecem durante o funcionamento


e permanecem quentes durante algum tempo mesmo depois do motor apagado,
como tal deve-se evitar tocar nestas partes da motosserra;

G.6 Proceda com cuidado quando trabalhar em condições climáticas adversas (chuva,
neve e gelo) caso necessário interrompa o trabalho;

G.7 Para evitar tropeçar esteja atento a obstáculos como cepos, raízes, pedras, etc.

G.8 Tenha cuidado ao trabalhar em terrenos inclinados, existe um perigo maior de


resvalar-se por troncos recém-cortados.

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Pr. H. INSTRUÇÕES PARA O CORTE 2 Páginas

H.1 Segurar a motosserra sempre firmemente com as ambas as mãos enquanto o


motor estiver a trabalhar. Colocar a mão esquerda sobre a pega dianteira e a mão
direita sobre a pega traseira e no comando do aceleração. Os operadores
esquerdinos também devem seguir estas instruções. Em seguida, deve-se fechar
os dedos em redor das pegas, mantendo-os bem apoiados entre o polegar e o dedo
indicador. Com as mãos nesta posição, opõe-se e amortece-se melhor as forças de
empurrão e puxão, assim como as forças de contragolpe da serra, sem se perder o
controlo;

H.2 Deve-se verificar sempre se os cabos da serra e os cabos de arranque estão em


boas condições, sem humidade, resina, óleo ou gordura;

H.3 Não tocar na corrente com a mão ou outra parte do corpo enquanto o motor
estiver a trabalhar, mesmo quando a corrente não estiver a girar. Não esquecer
que a corrente após se soltar o comando de aceleração entra em movimento
girando a uma grande velocidade;

H.4 Não cortar nenhum material que não seja madeira ou objectos em madeira;

H.5 Enquanto a motosserra estiver a funcionar, esta não deve tocar em nenhum
material estranho como por exemplo rocas, cercas, cravos, pregos ou outro
material do género. Estes objectos podem sair lançados ao ar e danificar a
corrente da serra ou faze-la ressaltar;

H.6 Deve ter sempre os pés bem apoiados e nunca trabalhar suportado por algo que
não seja seguro;

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H.7 Nunca utilizar a serra a uma altura superior às dos ombros;

H.8 Nunca trabalhe sobre uma árvore excepto se tiver capacidade profissional para
este tipo de trabalho e possua um sistema de aparelhos, correntes ou uma
plataforma aérea de trabalho. Possua sempre as duas mãos livres apenas para
manusear a motosserra num espaço estreito e tome todas as medidas de
precaução para evitar ser lesionado por ramos que caem;

H.9 Coloque sempre a serra numa posição em que o corpo esteja à maior distância
possível do acessório de corte quando o motor estiver a funcionar. O operador
deve situar-se sempre à esquerda do corte enquanto realiza a toragem;

H.10 Não exercer nenhum tipo de pressão sobre a serra quando chegar ao fim do corte.
A pressão pode fazer com que a lâmina-guia e a corrente em movimento saltem
fora da ranhura de corte ou entalha, originando a perda de controlo;

H.11 Comprove a tensão da corrente várias vezes em intervalos regulares e sempre que
se desligue a motosserra.

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Pr. I. FORÇAS REACTIVAS: CONTRAGOLPE, 4 Páginas


RETROCESSO E PUXÃO

CONTRAGOLPE

Ocorre quando a corrente em movimento, próximo do quadrante superior da


ponta da lâmina-guia toca num objecto sólido. A reacção da força de corte da
corrente causa uma força de rotação na motosserra em sentido contrário ao
movimento da corrente. Tal pode lançar a barra da serra em direcção ascendente
e em direcção de retrocesso, descrevendo um arco descontrolado principalmente
no plano da lâmina. Em algumas situações de corte, a barra da serra desencosta-
se e dirige-se em direcção ao operador.
Pode ocorrer um contragolpe, por exemplo, quando a corrente próxima do
quadrante superior da ponta da lâmina-guia choca contra a madeira ou fica
aprisionada ao cortar um ramo, ou se for executado incorrectamente o penetrar ou
avançar no corte.

I.1 Apagar de imediato a motosserra sempre que o freio da corrente não funcionar
correctamente. Não usar a serra até esta ser reparada;

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I.2 Nunca manuseie a motosserra sem ter instalado o guarda-mão dianteiro. Numa
situação de contragolpe este protector ajuda a proteger a mão esquerda ou outras
partes do corpo;

I.3 Deve existir distância suficiente entre a lâmina-guia e o operador para que o
retentor da corrente tenha tempo suficiente para activar e deter a corrente antes
do possível contacto com o operador;

I.4 Manter sempre o retentor de corrente em bom estado e a corrente afiada;

I.5 Nunca manuseie a motosserra mais de que 3 segundos com o retentor da corrente
activado. O girar da embraiagem pode causar calor excessivo e
consequentemente danificação da caixa do motor, embraiagem e componente
lubrificador e pode impedir um correcto funcionamento do freio da corrente. Se a
embraiagem patinar por mais de 3 segundos, deve-se deixar arrefecer a caixa do
motor e testar o funcionamento do freio da corrente. Deve-se assegurar que a
corrente não gira ao ralenti;

I.6 Para reduzir o risco de contragolpe, aconselha-se o uso de lâminas-guia de


contragolpe reduzido, correntes de baixo contragolpe e um freio rápido de
corrente;

I.7 Existem sistemas de paragem da corrente para reduzir o risco de lesões em certas
situações de contragolpe. É um equipamento extra mas que pode ser adoptado
como opção para a instalação da maioria dos modelos mais antigos das
motosserras;

I.8 O uso de outras combinações de lâmina-guias e correntes não indicadas pela


marca da motosserra pode aumentar as forças de contragolpe e como
consequência o risco de lesões por contragolpe. O motosserrista deve manter-se
informado de novos acessórios ou combinações lançadas pelas marcas das
motosserras;

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I.9 Regras para evitar as situações de contragolpe:


1. Segurar a motosserra com ambas as mãos;
2. Estar consciente do retorno da ponta da lâmina-guia em todo o momento;
3. Nunca deixar que a ponta da lâmina-guia entre em contacto com algum
objecto. Não corte ramos com a ponta da lâmina-guia guia. Prestar especial
atenção no corte de ramos pequenos e duros, matos pequenos e arbustos que
podem facilmente ficar retidos na corrente;
4. Não estique os braços mais do que o necessário;
5. Não corte a uma altura superior à dos ombros;
6. Comece a cortar e continue a trabalhar ao máximo de aceleração;
7. Corte apenas um tronco de cada vez;
8. Tenha cuidado redobrado quando voltar a entrar num corte previamente
iniciado;
9. Não tente cortar por penetração da serra se não tiver experiência neste tipo de
corte;
10. Estar alerta ao deslocar do tronco ou a outras forças que possam causar a
interrupção do corte e ao aprisionamento da corrente;
11. Cortar sempre com uma corrente afiada e com tensão adequada.

PUXÃO
O puxão ocorre quando a corrente na parte inferior da lâmina-guia, retém ou
choca com algum objecto estranho na madeira. Como reacção, a lâmina-guia da
serra dirige-se para a frente de modo que o operador perca o controlo da
máquina.
O puxão normalmente ocorre quando a lâmina-guia da serra não está firmemente
contra a árvore ou rama, e quando a corrente não gira à velocidade máxima antes
de entrar em contacto com a madeira.

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I.10 Tenha sempre cuidado quando efectuar o corte de arbustos, matos pequenos que
podem facilmente na corrente e fazer perder o equilíbrio;

I.11 Comece sempre o corte com a corrente girando à velocidade máxima;

I.12 O puxão também se pode evitar colocando cunhas para abrir o entalhe ou o corte;

RETROCESSO
Ocorre quando a corrente na parte superior da lâmina-guia fica repentinamente
aprisionada ou choca com algum objecto estranho na madeira. Como reacção, a
corrente impulsa com força a serra em direcção contrária contra o operador e
pode causar a perda do controlo da serra. O retrocesso frequentemente ocorre
quando se utiliza a parte superior da lâmina-guia para fazer os cortes.

I.13 Estar alerta às forças ou situações que podem permitir que o material aprisione a
parte superior da corrente;

I.14 Não corte mais do que um tronco de cada vez;

I.15 Não torça a serra quando retirar a lâmina-guia de corte com penetração ou um
corte debaixo, porque a corrente pode ficar aprisionada.

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Pr. J. OPERAÇÃO DE ABATE DE ÁRVORES 3 Páginas

ANTES DE SE EFECTUAR O CORTE

J.1 Deve-se estudar cuidadosamente:


Direcção prevista na queda;
Inclinação natural da árvore;
Presença de ramos excepcionalmente pesados;
Árvores e obstáculos existentes por perto;
Estrutura da madeira e possível podridão;
Direcção e velocidade do vento;
Tipo de terreno (inclinado ou plano).

J.2 Estabelecer sempre um caminho de fuga:


1. Retire todos os ramos e matos da base da árvore e no local de trabalho;
2. Esta rota deve ser em sentido contrário à direcção prevista à da queda da
árvore e num ângulo aproximado de 45º;
3. Coloque todas as ferramentas e equipamento a uma distância segura longe da
árvore, mas não no caminho de fuga.

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J.3 Faça a desramação de ramos que impeçam a boa execução do abate;

J.4 Procure sempre ramos partidos ou mortos que se possam soltar com a vibração e
que caiam por cima do operador;

J.5 Esteja em constante alerta para o caso de ocorrer alteração do sentido da queda da
árvore;

J.6 Quando estiver a efectuar o corte numa ladeira, sempre que seja possível situe-se
no lado de cima da encosta;

J.7 Durante o corte, mantenha uma distância de pelo menos 2,5 vezes da altura da
árvore em relação à pessoa mais perto;

J.8 Tome medidas adicionais para o caso de cortar em zonas próximas de caminhos,
vias férreas, cabos eléctricos, etc. antes de dar início aos trabalhos de corte, avise
as entidades responsáveis.

J.9 CORTE DE ENTALHE


Fique do lado direito da árvore, em relação à direcção de abate;
O pé esquerdo deve manter-se atrás da árvore, e o pé direito junto de uma linha
imaginária tangente à árvore e perpendicular à direcção de abate;
Dobre os joelhos, até a motosserra ficar na altura correcta;
Faça o corte de entalhe perpendicular à linha de queda da árvore no solo;

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Faça um corte superior num ângulo de aproximadamente 45º até uma


profundidade de aproximadamente 1/5 a ¼ do diâmetro do tronco
Em seguida, efectuar um corte inferior
Retirar o pedaço de tronco de 45º resultante

Ou
Corte num ângulo de aproximadamente 50º até uma profundidade de
aproximadamente 1/5 a ¼ do diâmetro do tronco;
Em seguida efectue um segundo corte desde baixo até um ângulo de
aproximadamente de 40º;
Retire o pedaço de tronco de 90º resultante,

Ou
Para árvores de tamanho mediano ou grande devem-se efectuar cortes de entalhe
em ambos os lados do tronco e à mesma altura;
Não corte mais do que a largura da lâmina-guia.

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J.10 CORTE DE ABATE


1. Comece de 2,5 a 5 cm mais acima que o centro do corte de entalhe;
2. Corte horizontalmente em direcção ao corte de entalhe;
3. Deixe aproximadamente 1/10 de diâmetro sem cortar;
4. Insira cunhas no corte de entalhe para controlar a queda;
5. As cunhas devem ser de madeira ou de plástico, mas nunca de aço porque
danificam a corrente.

J.11 Nunca se situe directamente atrás da árvore quando esta está prestes a cair, uma
vez que parte do tronco pode rasgar-se e cair em direcção ao operador ou a árvore
pode saltar em direcção atrás desprendendo-se do toco;

J.12 Situe-se sempre num dos lados da árvore que vai a cair, retire a lâmina-guia,
apague o motor e afaste-se pelo caminho de fuga previsto. Esteja também atento
aos ramos que caem;

Tenha sempre cuidado com árvores parcialmente caídas que não tenham bons
J.13
pontos de apoio. Quando a árvore por alguma razão não cair completamente deite
a árvore abaixo com a ajuda de um cabrestante de cabo, ou um tractor. Se tentar
cortar com a serra pode lesionar-se.

J.14 RAÍZES EM POSIÇÃO ELEVADAS


Se a árvore possuir raízes em posição elevada, corte primeiro a parte maior
verticalmente (depois horizontalmente) e retire o tronco cortado.

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Pr. K. OPERAÇÃO DE DESRAME 1 Página

K.1 Não corte ramos com a ponta da lâmina-guia guia, existe um grande perigo de
contragolpe;

K.2 Não suba ao tronco enquanto estiver a cortar as ramas, este pode resvalar ou o
tronco pode rodar;

K.3 Comece a desramar deixando as ramas inferiores para que sustentem o tronco
elevado do solo;

K.4 Quando cortar de baixo para cima os ramos que estão no ar, podem reter a
motosserra ou a rama pode cair, causando a perda de controlo e lesões no
operador. Se a serra ficar aprisionada, apague o motor e levante a rama para
poder retirar a serra.

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ALIANÇA PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


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Pr. L. OPERAÇÃO DE TRAÇAGEM 1 Página

L.1 Durante a traçagem, não suba ao tronco. Assegure-se que o tronco não roda;

L.2 No caso de se estar a efectuar a traçagem num terreno inclinado o operador deve-
se situar sempre na parte mais alta;

L.3 Corte apenas um tronco de cada vez;

L.4 A madeira estilhada deve cortar-se com muito cuidado. As estilhas afiadas podem
sair lançadas em direcção ao operador;

L.5 Nos troncos de baixa tensão existe um risco de aprisionamento. Comece por
efectuar um corte de distensão no lado da compressão do tronco. Depois faça um
corte de traçagem no lado de tensão. Se a serra ficar aprisionada desligue o motor
e retira-a do tronco;

L.6 Apenas os profissionais capacitados devem trabalhar numa zona em que os


troncos, ramos ou raízes se encontrem desordenados. Desloque os troncos para
uma zona espaçosa antes de começar a cortar.

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FICHAS DE PROCEDIMENTOS

UTILIZAÇÃO CORRECTA DA
MÁQUINA HARVESTER

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ALIANÇA PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


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Pr. A. MÁQUINA HARVESTER 1 Página

A.1 A máquina deve estar de acordo com a legislação em vigor;

A.2 A manutenção e utilização da máquina só deve ser feita por pessoas


especializadas neste tipo de equipamentos;

A.3 O operador nunca deve abandonar a máquina com o motor a trabalhar;

A.4 Sempre que sair da cabina o operador deve baixar a lança até ao chão, colocar o
selector de direcção em posição neutra e activar o travão de estacionamento;

A.5 O piso da cabina deve ser anti-derrapante e estar livre de objectos soltos.

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Pr. B. SUBIR OU DESCER DA MÁQUINA 1 Página

Os acidentes que ocorrem ao subir para a máquina harvester, ou ao descer dela, e


os acidentes devido a escorregadelas e quedas podem ser graves e imobilizar o
paciente durante um longo período. Os riscos de escorregadelas podem ser
reconhecidos e fortemente limitados praticando uma boa limpeza do solo, dos
degraus, dos suportes dos pés, etc..

B.1 Nunca se deve saltar para descer;

B.2 Deve-se utilizar correctamente e de forma segura corrimãos acessíveis, aberturas


adequadas, etc. que facilitem as subidas e descidas;

B.3 A subida e a descida devem fazer-se com base em três pontos de apoio: dois pés e
uma mão ou um pé e duas mãos;

B.4 Deve-se afastar ou eliminar obstáculos salientes, nos quais o operador se pode
prender ou ferir, usar vestuário ajustado ao corpo e manter os acessos limpos.

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Pr. C. POSTO DE CONDUÇÃO 1 Página

Quando muda o operador da máquina este deve regular o banco em função da sua
própria morfologia:

C.1 Adaptar a posição do banco ao tipo de condutor (altura e distância assento –


pedais) e regular a suspensão segundo o peso do operador e as condições de
utilização;

C.2 Os braços e antebraços devem formar um ângulo pouco superior a 90º na posição
de condução;

C.3 As pernas devem estar ligeiramente flectidas;

C.4 Substituir sempre o banco sempre que este não se encontre nas melhores
condições;

C.5 Mantenha o interior da cabina limpo;

C.6 Substituir as escovas dos limpa-vidros todos os anos;

C.7 Limpar frequentemente os vidros da cabina e os retrovisores.

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Pr. D. PONTOS DE RISCOS NA MÁQUINA 3 Páginas

O conhecimento dos pontos potenciais de risco são a melhor forma de prevenir


acidentes graves.

PONTOS DE ENGRENAMENTO
Existem nos sistemas de transmissão de potência (através de correias, de
correntes e de rodas dentadas ou carretos).

PONTOS DE ENROLAMENTO
Cada componente giratória de uma máquina é um ponto de enrolamento, contudo
são os veios ou eixos rotativos os maiores responsáveis de acidentes.

PONTOS DE CISALHAMENTO
Quando os bordos de dois objectos se movem um na direcção do outro ou quando
um passa relativamente próximo do outro para cortar, como exemplo a serra da
cabeça processadora.

ZONAS DE ESMAGAMENTO
Surgem quando dois objectos maciços se dirigem um para o outro ou quando um
só de dois objectos se dirige para o outro, que está estacionado.
O esmagamento envolve várias pessoas: uma deslocando um objecto para um
outro objecto, sem se aperceber de que uma segunda pessoa pode ter um dedo,
uma mão, um pé, uma perna, a cabeça, ou mesmo o corpo, entre os dois objectos.

ZONAS DE PROJECÇÃO
O conhecimento dos órgãos que apresentam este tipo de perigo permitem evitar
os acidentes e trabalhar de forma que os espectadores não sejam feridos. A
projecção de toros pela cabeça do processador pode causar ferimentos sérios ou
até a morte instantânea de pessoas que sejam atingidas.

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RISCOS
Ferimentos nas mãos, pés ou outra parte do corpo quando são apanhados num
ponto de engrenamento, enrolamento ou quando são arrastados por partes do
vestuário muito soltas. Ocorre sobretudo quando um operador procede a uma
intervenção de regulação na proximidade de partes móveis mal protegidas ou
escorrega e cai contra elas.

D.1 Protecção de todos os pontos de engrenamento, enrolamento existentes na


máquina;

D.2 Os pontos de engrenamento que não são possíveis de protecção devem ser do
conhecimento do operador que deve actuar com precaução e proceder de forma
que os colegas de trabalho não sejam expostos a este perigo permanentemente;

D.3 Evitar aproximar-se destes pontos quando a máquina está em funcionamento;

D.4 Não intervir numa máquina em funcionamento e todos os seus órgãos


imobilizados;

D.5 Conhecer em que direcção os toros podem ser projectados e ficar à distância de
segurança da zona provável de projecções;

D.6 O operador deve actuar de modo que a máquina não trabalhe na proximidade de
pessoas, se isso acontecer, compete-lhe pedir-lhes que se afastem.

SISTEMAS HIDRÁULICOS
Estes sistemas transportam a energia (transmissões, direcções hidráulicas) ou
contêm-nas (macacos hidráulicos). Apesar de terem trazido um maior conforto ao
homem são também responsáveis por acidentes:

D.7 Ser cuidadoso relativamente às tubagens hidráulicas, para evitar rupturas


imprevistas;

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D.8 Proceder à substituição dessas tubagens em caso de deterioração por choque, por
fricção ou por arranque parcial;

D.9 Evitar sobrecargas;

D.10 Verificar frequentemente o bom estado das tubagens e das suas ligações;

D.11 Baixar sempre qualquer órgão levantado hidraulicamente, a fim de evitar a sua
queda por uma ruptura, fuga ou falsa manobra, antes de proceder a uma
reparação.

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Pr. E.IGNIÇÃO DO HARVESTER 1 Página

Diariamente no início dos trabalhos:

E.1 O operador deve garantir que não se encontram pessoas nas proximidades na
altura do arranque da máquina;

E.2 A porta da cabina deve estar sempre fechada durante o funcionamento da


máquina;

E.3 Verificar diariamente se o sistema de “paragem de emergência” funciona;

E.4 Verifique sempre a eficiência dos travões antes de dar início a uma nova
operação;

E.5 Use sempre capacete e tenha sempre presente o risco de escorregar quando
trabalha sobre a máquina;

E.6 Verifique periodicamente o estado dos extintores;

E.7 O operador deve conhecer as instruções contidas nas etiquetas existentes na


máquina.

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Pr. F. MÁQUINA HARVESTER DESLIGADA 1 Página

Diariamente, terminado os trabalhos com a máquina:

F.1 A cabeça da processadora deve ficar assente numa base firme e de segurança;

F.2 Deve-se examinar o estado da serra, a sua fixação, fugas ou outras anomalias, que
possam ocorrer;

F.3 O operador deve utilizar luvas de protecção sempre que observa e afia a serra de
corrente;

F.4 O operador deve assegurar que ninguém se aproxima das facas desramadoras e
dos rolos devido ao risco de golpes ou esmagamento;

F.5 Limpe cuidadosamente toda a máquina da neve, terra, lamas e detritos da floresta
e retirando-os da proximidade dos sensores ou à volta da serra;

F.6 Limpe o ninho do radiador, ateste o depósito do gasóleo e reajuste os parafusos


dos cardans;

F.7 Observe todos os componentes apertados por parafusos e aperte-os sempre que
necessário ou que se apresentem com aperto duvidoso;

F.8 Verifique o funcionamento do equipamento de extinção de fogo;

F.9 Gire o interruptor principal para “0”, para se assegurar que a vigilância
automática e o disparador do extintor estejam activados quando se deixa a cabina.

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Pr. G. MOVIMENTAÇÃO NO TERRENO 2 Páginas

G.1 O operador da máquina deve apropriar a velocidade de deslocação com as


condições do terreno e utilizar correntes anti-derrapantes caso o piso o exija;

G.2 O operador, no caso de ausência do encarregado, é responsável por salvaguardar


uma área com raio de 60 metros à volta da máquina e considerá-la como de zona
de risco;

G.3 Tenha sempre presente que a estabilidade lateral da máquina diminui com o
ângulo de inclinação aumentando o risco de esta se virar. Assim, em terrenos
inclinados deve-se procurar que a máquina se movimente a subir ou a descer em
sentido directo e evite mudar de direcção ou movimentar-se na diagonal;

G.4 O operador deve utilizar sempre o cinto de segurança;

G.5 Se se encontrar numa situação precária, peça sempre a ajuda da assistência de


reboque;

G.6 O operador deve estar sempre atento a obstruções sobre a cabeça da


processadora, tais como linhas de energia, linhas de telefone, linhas de
electrificação ferroviária ou outras existentes. Não deve conduzir com o braço do
carregador levantado sob ou nas proximidades de condutores de corrente ou
quaisquer outros cabos eléctricos;

G.7 Em situações de corte difíceis devido aos factores climatéricas (ex: vento forte)
no caso de árvores inclinadas ou outras situações o operador deve tomar cuidados
no sentido de não correr riscos;

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G.8 O operador antes de abandonar a cabina da máquina deve baixar a lança até ao
terreno, desligar o motor, colocar o selector de direcção em posição neutra e
activar o travão de mão;

G.9 Verifique regularmente a pressão dos pneus. Pressão insuficiente causará


“balanço” enquanto demasiada causará uma condução com ressaltos;

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Pr. H. REPARAÇÕES E SERVIÇOS 1 Página

H.1 Sempre que possível a avaria da máquina deve ser reparada no local da avaria;

H.2 Nas operações de manutenção a máquina deve manter-se nivelada, bem travada e
com as rodas calçadas caso seja necessário;

H.3 No caso de a avaria ocorrer em terreno difícil e não ser possível a deslocação da
máquina ou o reboque, a reparação só se deve efectuar após a garantia de que a
máquina se encontra devidamente imobilizada e os seus equipamentos fixados;

H.4 Antes de se desmontarem peças sujeitas a carga, cilindros hidráulicos, escoras,


rodas, etc. estas devem ser retiradas e apoiadas para se evitar riscos de danos
físicos;

H.5 O capot do motor e a respectiva base possuem dobradiças. Tome cautela para
evitar danos físicos;

H.6 Mantenha o espaço livre sob a lança levantada;

H.7 Certifique-se de que pessoas não autorizadas possam permanecer dentro da área
de trabalho da máquina;

H.8 No reboque com o motor parado deve-se desligar a caixa de velocidades para se
evitar a avaria do motor hidráulico;

H.9 Sempre que o sistema hidráulico não tiver pressão os pneus devem ser
desligados;

H.10 São responsáveis pela segurança da máquina o operador e/ou o mecânico;

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H.11 Esteja sempre devidamente equipado com luvas e botas com biqeira de aço;

H.12 Os operadores devem recolher todos os recipientes de lubrificantes ou óleo


utilizados no campo.

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I. INSTRUÇÕES DE FUNCIONAMENTO
Pr. 1 Página
DA MÁQUINA COM SEGURANÇA

I.1 O operador deve conhecer todas as instruções relacionadas com o funcionamento


da máquina e utilizar adequadamente todos os comandos;

I.2 Controle a todo o momento o estado da máquina, em particular com tudo que
esteja relacionado com a segurança e também da própria máquina, tal como
travões, transmissões, etc. que devem constituir os cuidados diários de inspecção
de rotina;

I.3 A máquina não se pode deslocar se a luz de aviso da pressão dos pneus estiver
acesa ou a porta da cabina aberta.

I.4 Diariamente (após 8 horas de serviço) e antes de conduzir a


máquina verifique:

1. O nível do óleo do motor, do hidráulico e do radiador;


2. Indicador de colmatagem do filtro do ar;
3. Nível do depósito do lava-vidros;
4. Pressão dos pneus e o estado destes;
5. O funcionamento das luzes avisadoras do sistema de alarme da máquina e
de todo o sistema de iluminação;
6. O sistema de combate ao fogo;
7. O funcionamento dos travões;
8. Lubrificar os rolamentos da articulação da direcção e os cilindros desta.

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J. TRABALHO COM A CABEÇA
Pr. 3 Páginas
PROCESSADORA

A cabeça processadora foi concebida para abater, desramar, cortar e empilhar. É


montada no extremo da lança da grua tornando mais fácil e eficiente a selecção e
o empilhamento;

J.1 O operador antes do início do corte deve definir os limites da área a abater, as
espécies de árvores e respectivos comprimentos. No caso de não se efectuar um
corte raso é necessário escolher um sentido de abate que permita ao operador ver
as marcas nas árvores caso estas tenham sido assinaladas;

J.2 O sentido de abate deve permitir ao operador ver a lâmina-guia da serra;

J.3 Os troncos serão processados e deixados em grupos para posterior arraste e


transporte;

J.4 Os resíduos de abate são deixados ao longo dos lados do caminho para melhorar
o piso e proteger as raízes;

J.5 Nunca deixe de pé uma árvore meia cortada. Considerando a segurança do


operador e as pessoas à sua volta, as árvores que tenham sido acidentalmente
“apanhadas” ou “colhidas” com a máquina devem ser abatidas;

J.6 Durante o abate verifique a força e direcção do vento. Nunca trabalhe contra o
vento porque as árvores a abater podem cair sobre a máquina;

J.7 Em terrenos inclinados, a coluna do carregador deve manter-se na vertical. Em


caso de abate a subir deve ter-se em consideração que o sistema giratório fica
sujeito a um grande esforço cuja carga pode atingir o limite máximo;

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J.8 Verifique sempre se é possível levantar as árvores abatidas sobre o caminho


aberto até ao local onde serão processadas. Nunca escolha uma árvore grande
disposta na extremidade do raio de acção do carregador;

J.9 Desloque a garra ou pinça que está em posição de elevação para a árvore a abater.
Escolha uma altura de corte adequada e feche a garra. Se o terreno estiver coberto
com neve determine a altura de corte depois de ter medido a profundidade da
camada de neve. No caso de terreno inclinado controle as extremidades dos dois
lados das raízes;

J.10 Coloque a serra sempre que possível visivelmente apontada para que se reduzam
eventuais avarias. Feche com firmeza a garra e levante a lança ficando a direito
todas as articulações;

J.11 As árvores pequenas são transportadas directamente para o lugar de


processamento;

J.12 Quando a árvore começa a cair não esquecer de carregar na tecla de inclinação
para se libertar o cilindro de inclinação. Se for mantida a pressão na tecla de
inclinação, com esta para baixo por muito tempo, o processo da queda será
reforçado hidraulicamente;

J.13 Se a pressão na tecla for breve só se liberta o cilindro de inclinação. Se a função


“elevação” é mantida o tronco é forçado para baixar até as facas desramadoras no
decorrer da alimentação;

J.14 Desloque a árvore para um local de corte adequado;

J.15 No caso de ocorrer um bloqueio da serra, deve-se evitar que esta fique
danificada. Para tal, cortar novamente empurrando na direcção da queda e
carregar ligeiramente na tecla de corte da serra. Verificar se a árvore está
totalmente cortada ou quase, elevando a garra com cuidado e ao mesmo tempo

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fechando-a. Se não for possível o abate como atrás indicado, liberte a serra e
mantenha a garra na altura normal abrindo-a um pouco conforme necessário;

J.16 Utilize o movimento de rotação para deslocar a serra até que esta se solte. Se for
necessário incline a árvore com a lança na direcção do abate. A garra deve estar
continuamente em posição elevada;

J.17 Logo após o desbloqueio da serra examine sempre os seus dentes, assim como a
corrente, para se determinar se não sofreram avaria;

J.18 Controle com frequência a tensão da corrente da serra;

J.19 Nunca contacte com a mão na serra, com o motor a trabalhar, porque a serra
pode, acidentalmente, começar a girar;

J.20 Sempre que um processador móvel toca ou se aproxima perigosamente de uma


linha AT/MT , e se não for possível retirar de imediato, e pelos seus próprios
meios, o equipamento da zona perigosa, o operador deverá abandoná-la, saltando
para longe, devendo tocar o solo com os pés juntos, tendo o cuidado de não tocar
com as mãos no chão;

J.21 Ninguém deve tocar ou aproximar-se do equipamento sem ter a certeza que a
corrente eléctrica foi cortada. A ausência de fenómenos não significa ausência de
risco, pelo que só se deve considerar a corrente desligada quando tal facto for,
inequivocamente, confirmado pelo explorador na linha (normalmente EDP);

J.22 Num raio de cerca de 15 m à volta do equipamento energizado não deve correr,
dar passos largos nem tocar com as mãos no chão.

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K. ALIMENTAÇÃO, CORTE E
Pr. 1 Página
EMPILHAMENTO PRELIMINAR

K.1 O operador deve estar familiarizado com os movimentos do equipamento de


abate:
1. dirigir as facas na direcção do desrame;
2. empilhar correctamente os toros;
3. dispor os rolos antes da alimentação;
4. determinar o comprimento do corte;
5. depositar os detritos do abate ao longo do caminho.

K.2 O operador deve conhecer as funções do corte:


1. adequar a velocidade de corte;
2. o comando de corte não deverá exceder o necessário;
3. a serra deve a todo o momento ter a tensão correcta e estar afiada. Para além
disto, a força da serra deve ser ajustada para o valor correcto.

K.3 O corte deve efectuar-se a uma altura tal que a serra não embata no terreno. Se o
equipamento de abate estiver muito elevado os troncos ficam espalhados numa
área muito vasta;

K.4 Por vezes é necessário deixar um lado assente num apoio ou suporte semelhante
para se evitar que os troncos seguintes escorreguem;

K.5 As árvores cortadas serão empilhadas numa área livre ao longo do caminho.

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L. OPERAÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO E
Pr. 2 Páginas
MANUTENÇÃO

É tarefa diária uma sistemática inspecção, a todos os pontos vitais apertados por
parafusos. Esta verificação é particularmente importante quando a máquina é nova
ou quando tenha sido desmontada. Uma adequada atenção prestada a esta
inspecção significa menos riscos de futuros desapertos de parafusos.
O contacto com óleo, particularmente quando se trata de óleos hidráulicos,
implicam riscos de problemas com a pele como por exemplo, o eczema. Perante os
riscos, é da maior importância que se mantenham cuidados especiais com a
higiene.

L.1 Evite o contacto com óleos sobretudo quando estão quentes;

L.2 Óleo sobre a pele deve ser removido de imediato com água e sabão ou creme de
lavagem apropriado;

L.3 Utilize luvas protectoras. As mãos devem estar bem limpas antes de calçar as
luvas. Um creme de protecção aplicado às mãos tornam a lavagem destas mais
fácil;

L.4 Não colocar nos bolsos panos ou desperdícios sujos de óleo;

L.5 Substituir sempre os fatos sujos com óleo;

L.6 Tenha sempre por perto um fato suplente e guarde-o num local onde não se suje;

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L.7 No caso de ocorrer algum ferimento, trate-o de imediato e isole-o com um penso
rápido;

L.8 Evite inalar gases de óleo;

L.9 Mantenha sempre a higiene pessoal.

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