Anda di halaman 1dari 13

Faculdade Nacional de Direito - UFRJ

Prof.: Thiago Celli


Aluna: Juliana Gomes Freitas

Direito Penal I

O que é o Direito Penal?

É o setor do ordenamento jurídico que


define crimes, comina penas e prevê medidas de
segurança aplicáveis aos autores das condutas
incriminadas.

Se o Direito Penal constrói ou define condutas criminosas, tais condutas são


entendidas como sócio-construídas. Com isso, entende-se que o crime não é um ente
ontológico, ou seja, não é de natureza humana.

o que é proibido? por que é proibido?


Bipartido —> tipo de injusto + culpável
2 modelos

Tripartido —> fato atípico + antijurídico + culpável

Premissa: conduta humana

comissão (narrativa positiva; art. 121, CP)


omissão (narrativa negativa)

O tipo legal descrito em narrativa positiva cria um dever jurídico de abstenção de


ação (art. 155, CP; furto) e o descrito em narrativa negativa cria um dever jurídico de
realização de ação (art. 135, CP; omissão de socorro). Portanto, o Direito Penal tem por
objeto ações realizadas (proibidas pela norma) ou ações omitidas (mandadas pela norma) que
constituem, por sua vez, os tipos comissivos e os tipos omissivos.

"1
A ação ou omissão de ação que realiza um tipo de injusto (ação típica não
justificada) representa o objeto de reprovação, cuja integração com a culpabilidade (juízo
de reprovação do autor), constitui o conceito de fato punível.

valores relevantes para a vida


✦ Objetivo do Direito Penal: a proteção de bens jurídicos humana individual e coletiva

✦ Como os bens jurídicos são selecionados?


De acordo com a Constituição por critérios político-criminais.
Ex.: vida, integridade e saúde corporais, honra, liberdade individual, patrimônio,
sexualidade, família, incolumidade, paz, fé e administração pública.

Entretanto, a tutela desses bens jurídicos é subsidiária e fragmentária.
não protege todos os bens
supõe a atuação principal de
jurídicos definidos pela CF
meios de proteção mais efetivos

Proteção em ultima ratio —> é limitada pelo princípio da proporcionalidade que


proíbe o emprego de sanções penais desnecessárias ou inadequadas em duas direções:

a) Lesões de bens jurídicos com mínimo desvalor de resultado. Não devem ser punidas
com penas criminais, mas constituir contravenções ou permanecer na área da
responsabilidade civil. Ex.: pequenos furtos.
b) Lesões de bens jurídicos com máximo desvalor de resultado. Não podem ser
punidas com penas criminais absurdas ou cruéis. Ex.: crimes hediondos.

"2
Princípios Constitucionais Penais

✦ Princípio da Legalidade

Nullum crimen, nulla poena sine lege (Feuerbach)


Princípio mais importante do Direito Penal. Fundamentado no artigo 5º, XXXIX da
Constituição Federal.
a) Retroatividade —> É vedada a retroatividade da lei penal.

quanto à norma de conduta: proíbe todas as


mudanças de pressupostos de punibilidade
prejudiciais ao réu, compreendendo os tipos
legais, as justificações e as exculpações.
quanto às penas: abrange as penas e medidas de
segurança, os efeitos da condenação, as condições
objetivas da punibilidade, as causas de extinção
da punibilidade (em especial os prazos
prescricionais), os regimes de execução e todas as
hipóteses de excarceração.

“Suponhamos que eu pratique um ato hoje. Hoje eu pratiquei um ato e


amanhã o poder legislativo do país passa a considerar esse ato como crime. Eu
posso ser punido pelo ato que eu pratiquei hoje? Não. Por que? Porque isso
seria retroatividade da lei penal especificamente em relação a um tipo legal.
Esse tipo legal não existia. Eu pratiquei uma conduta normal do dia-a-dia e
amanhã o cara considera crime. Eu não posso ser punido pelo que eu fiz
ontem. A mesma coisa vale para a causa de justificação. Suponhamos – e aqui é
só uma abstração porque isso seria uma impossibilidade - que eu matei um
cara hoje em legitima defesa e amanhã o legislativo brasileiro decide que não
existe mais legitima defesa, que é uma causa de justificação de um crime de
homicídio. Poderia eu ser punido? Não, porque quando eu pratiquei o ato, isso
ainda existia. ”

“Mas isso não se manifesta tão somente nos tipos e nas justificações (...)
se manifestam nas penas, nas possibilidades de progressão de regime, em

"3
tudo. Hoje eu pratiquei um ato cuja pena é de cinco a dez anos de prisão.
Amanhã essa pena é aumentada de dez a vinte. O máximo que eu posso ficar
preso são dez anos. Por que? Porque no momento que eu pratiquei, era de cinco
a dez. Também, pratiquei outro crime hoje. O crime tem regime inicial
semiaberto. Amanhã passa a ser regime inicial fechado. Eu vou começar no
semiaberto ou no fechado? Se eu for culpado, vou começar no semiaberto.”

Obs.: A lei pode retroagir sempre que for em benefício do réu (art. 5º, XL, CF)

b) Costume —> O recurso ao costume não pode servir de fundamento para


criminalizar e punir o indivíduo. Exige-se lex scripta para todos os tipos e respectivas penas
cominadas.

“Suponhamos que um sujeito pratica pequenos furtos em uma


determinada área do Rio de Janeiro. Nessa área, tem-se o costume de ‘pegou o
sujeito que furta, enfia a porrada’. A polícia vê a ação e os moradores do local
falam: ‘...mas ele estava furtando na área! Foi por isso que a gente fez isso!’.
Isso é legal? Não, porque pouco importa o costume. ”

c) Analogia —> É proibida a analogia in malam partem. Não se pode aplicar a lei penal
a fatos que não estejam previstos mas que sejam considerados semelhantes em prejuízo do
réu. No entanto, é permitida a analogia in bonam partem.

d) Indeterminação —> Trata-se de um dispositivo principiológico contra o arbítrio


expresso por leis imprecisas ou obscuras.

✦ Princípio da Culpabilidade

Nulla poena sine culpa


Trata-se de um conhecimento real ou possível do tipo de injusto. Disto se depreende
que o princípio da culpabilidade está em relação de dependência com o princípio da
legalidade. Não se pode punir sem que se façam presentes os requisitos do juízo de
reprovação.

"4
—> Casos:

a) Inimputáveis: Pessoas consideradas incapazes de saberem o que fazem.


b) Imputáveis em erro de proibição inevitável: Não sabem o que fazem
justamente por estarem em erro, o que exclui a motivação.
c) Imputáveis em situação de exculpação: Sem o poder de não fazerem o que
fazem.

✦ Princípio da Lesividade

Nenhum direito pode legitimar uma intervenção punitiva quando não medeie um
conflito jurídico entendido como a afetação de um bem jurídico total ou parcialmente alheio,
individual ou coletivo. Vedação de aplicação de penas e medidas de segurança pela lesão
irrelevante aos bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal. Trata-se da expressão positiva do
princípio da insignificância.

✦ Princípio da Proporcionalidade

Expressa três princípios parciais


Adequação (1)
Necessidade (2)
Proporcionalidade em sentido estrito (3)

(1) A pena criminal é adequada ao caso concreto?


(2) A pena criminal é necessária ao caso concreto?
(3) A pena criminal cominada e aplicada é proporcional à lesão abstrata (limita o
legislador) ou concreta (limita o juiz) ao bem jurídico?

✦ Princípio da Humanidade

Art. 1º, III, CF/88 - Dignidade da Pessoa Humana


Art 5º, XLVII, CF/88 - Vedada a tortura e pena de morte
Art. 38, CP

"5
✦ Princípio da Responsabilidade Penal Pessoal

Limita aos autores e partícipes à responsabilização pela realização do tipo de injusto


penal. Limita a responsabilização penal aos seres humanos de carne e osso, uma vez que há o
requisito da culpabilidade, vedando a criminalização de pessoa jurídica, porquanto
inconstitucional.

Teoria da Ação
Beling —> “Tatbestand” (situação de fato)
Ação

Conduta T+A+C
humana
Omissão



No Brasil, se segue o modelo teleológico (Welzel).

Ação teleológica: fim a ser alcançado; seleção dos meios para a obtenção de um fim e o
emprego adequado desses meios empregados.

Modelo teleológico de ação X Mecanismo causal

Exemplos de ações irrelevantes para o Direito Penal:


• “Matar” alguém de tanto ouvir Wesley Safadão:
• Marido que ao dormir, sem querer bate na mulher;
• Hipnose.

Teoria do Tipo
“Tatbestand” (situação de fato): o tipo penal se constituiria como uma categoria
objetiva e livre de valorização. Os elementos subjetivos estariam presentes no exame da
culpabilidade enquanto que as valorações caberiam à antijuricidade.

Mudança essencial: modelo teleológico da ação (Welzel)


Se a ação que realiza o tipo penal é manifestação
expressa de uma vontade consciente, os tipos penais"6
conteriam em si elementos objetivos e subjetivos. Não
existe tipo penal puramente descritivo.
—> Teoria da Adequação Social
• Fato atípico: corresponde ao tipo penal mas é realizado no contexto sócio-histórico
da vida em comunidade, não sendo, portanto, ações socialmente inadequadas.
“Quem nunca xingou o irmão de filha da puta é mentiroso e é frouxo. ”

Modalidades de Tipos

(1) Tipos de resultado: há uma separação espaço-temporal entre ação e resultado (art.
121, art. 155, art. 171, CP).

Tipos de simples atividade: a realização da ação não produz resultado independente


(art. 150, art. 342, CP).

(2) Tipos simples: protegem apenas um bem jurídico (art. 121, art. 129, art. 163, CP).

Tipos compostos: protegem mais de um bem jurídico (art. 157, art. 159, CP).

(3) Tipos de lesão: ocorre a lesão real no objeto da ação (roubo, homicídio, crime de
estupro).

Tipos de perigo concreto: exigem a efetiva produção de perigo para o objeto de


proteção, de modo que a ausência de lesão pareça meramente acidental (art. 130, art. 150,
art. 151, CP).

Tipos de perigo abstrato: presumem o perigo para o objeto em proteção. Nesses casos,
não é necessário que o Ministério Público ofereça provas de que a conduta é em abstrato
perigosa (art. 33, art. 133, CP).

(4) Tipos instantâneos (ou de estado): completam-se com a produção de determinados


estados (art. 121, art. 129, art. 163, CP).

Tipos permanentes (ou duráveis): caracterizam-se pela extensão do tempo da situação


típica (art. 148, CP).

(5) Tipos gerais: realizáveis por qualquer pessoa.

Tipos especiais: somente podem ser praticados por sujeitos portadores de qualidades
descritas ou presumidas no tipo penal.

—> Próprios: fundamentam a punibilidade (art. 312, art. 316, CP).

"7
—> Impróprios: agravam a punibilidade (art. 150, § 2º, CP).

Tipos de mão-própria: somente podem ser realizados por autoria direta, nunca por
autoria mediata, quando o autor domina a vontade alheia e desse modo se serve de outra
pessoa que atue como instrumento (art. 123, art. 342, CP).

(6) Tipos básicos: representam a forma fundamental do tipo de injusto.


atenua agrava
Tipos privilegiados ou qualificados: indicam caracteres ligados ao modo de execução,
a um emprego de certos meios, as relações entre autor e vítima ou as circunstâncias de tempo
ou de lugar que atenuam ou agravam a punibilidade do fato.

!!! Sempre que incidir o privilegiado e o qualificado na mesma ocasião, o qualificado é


ignorado.

Art. 121, CP - Matar alguém

§ 1º Priv.
§ 2º Qual.

Tipos independentes: possuem conteúdo típico próprio posto que a sua combinação
cria um tipo independente.
(7) Tipos de ação: comportamentos ativos descritos em forma positiva no tipo legal.

Tipos de omissão da ação: comportamentos passivos que podem apresentar omissão


própria ou imprópria.

—> Omissão própria: descrita de forma negativa no tipo legal caracterizando-se


pela simples omissão da ação mandada (art. 135, art. 269, CP).

—> Omissão imprópria (art. 13, § 2º, CP): o inverso dos tipos de ação, atribui-se o
resultado ao autor em posição de garantidor.

(8) Tipos dolosos: são produzidos pela vontade consciente do autor.

Tipos culposos: são produzidos pela lesão do dever de cuidado ou pela lesão do risco
permitido.

"8
Tipo de Injusto Doloso de Ação

O S

Típico + antijurídico + culpável

1º observa-se o tipo objetivo causou o resultado

2º observa-se o tipo subjetivo C


imputável a ele

Causação do resultado: processo natural de determinação causal. Ou seja, determina-se a


relação de causalidade entre ação e resultado.

Imputação do resultado: processo valorativo de atribuição típica. Define-se o resultado como


realização do risco criado pelo autor. É imputável ao autor como obra dele.

Teoria da Equivalência das Condições ( Conditio Sine Qua Non)

Art. 13, Caput, CP


“O resultado, de que depende a existência do
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual
o resultado não teria ocorrido.”

—> Conceitos centrais:

a) Todas as condições determinantes de um resultado são necessárias.

b) Causa é a condição que não pode ser excluída hipoteticamente sem com isso excluir o
resultado.

Interrupção da Relação de Causalidade

Ex.: tentativa de assassinato, A e B atiram ao mesmo tempo em C.

—> Concausas:

a) Absolutamente independentes - produzem diretamente um resultado interrompendo o


curso causal anterior. Nunca tem nexo causal. As causas absolutamente independentes
dividem-se em:

1ª possibilidade = pré-existentes (nenhuma relação com a causa que concorre. Ex.: A atira em
B, causa mortis envenenamento)

"9
2ª possibilidade = causas concomitantes

3ª possibilidade = supervenientes (ex.: comida envenenada mas morre atropelada)

Em todos os casos o agente responde tão somente pelos resultados que ele produziu.
Todos são tentativas de homicídio. Em nenhum dos casos anteriores o agente matou, pois
causas absolutamente independentes redundaram nas mortes das vítimas. Nesse sentido, o
agente responderá em todos os casos por tentativa.

b) Relativamente independentes

1ª possibilidade = pré-existentes (ex.: esfaquear um hemofílico, que morre por conta da


hemofilia; esfaqueador não sabe que é hemofílico = tentativa / esfaqueador sabe =
homicídio)

2ª possibilidade = concomitante (ex.: A atira várias vezes para B, que se assusta, infarta e
morre; A responde por tentativa)

3ª possibilidade = supervenientes

Art. 13, § 1º, CP

“A superveniência de causa relativamente


independente exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam-se a quem os praticou.”

A atira em B, B é socorrido por uma ambulância que bate e B morre por conta da batida.

responde por tentativa

A atira em B, B morre por infecção no hospital por causa do tiro.

responde por homicídio

Imputação Objetiva do Resultado

Resolve os problemas do mecanicismo.

Valoração: • Atribuição objetiva do resultado (conforme o


critério de realização do risco)
• Atribuição subjetiva do resultado (conforme o
critério de realização do plano)
Imputação Objetiva

A lesão do bem jurídico foi obra dele. Temos, portanto:

"10
a) Criação do risco para o bem jurídico pela ação do autor;

b) Realização do risco criado pela ação do autor no resultado de lesão ao bem jurídico.

Hipóteses de ausência de risco de resultado

• O autor não cria o risco de resultado (compra um carro para a pessoa e oferece um drink
ou fala para ela nadar em tempo chuvoso e cai um raio).

• O autor reduz o risco de resultado (pular em cima da pessoa para evitar um


atropelamento e quebra um braço da vítima).

!!! Dolo = saber + querer

Dolo eventual = assume os riscos de produzir o ato

—> Erro de tipo: defeito de conhecimento do tipo legal, ou seja, a realização objetiva do fato
não se concilia com o elemento subjetivo do autor. Há um descompasso com que o autor
queria realizar e o que ele efetivamente realizou.

Obs.: Se o dolo exige conhecimento atual das circunstancias do tipo legal, então o erro sob
tais circunstâncias faz-se conduta culposa.

ERRO DE TIPO ESSENCIAL VS ERRO DE TIPO ACIDENTAL



—> Erro de tipo essencial: Aquele que recai sobre dados objetivos que se vinculam à
própria essência da matéria de proibição. O erro de tipo essencial SEMPRE exclui o dolo.

Erro de tipo essencial invencível (inevitável): Quando qualquer pessoa no lugar do


agente incidiria no mesmo erro.

Erro de tipo essencial vencível (evitável): O sujeito não incidiria no erro se fosse um
pouco mais cauteloso.

Qualquer um dos erros de tipo essenciais afastam o dolo, uma vez que como foi dito o
agente é impedido de compreender o caráter criminosos do fato por causa do erro. Se não
houve intenção, só poderá o agente responder por culpa, isso se o crime em questão admitir
culpa.

Portanto se o erro de tipo for essencial inevitável = o agente tem afastado o dolo
(naturalmente, por ser erro de tipo essencial), e tem afastado também a culpa, ao constatar o
fato de que mesmo com o emprego de diligência mediana não poderia ser evitado.

Já se o erro de tipo for essencial evitável = o agente tem afastado apenas o dolo (por
ser erro de tipo essencial), e responde pela culpa quando o crime em questão assim admitir.

"11
Vamos analisar o seguinte exemplo: O advogado que pega o guarda chuva de seu
colega por engano, poderia aplicar a diligência mediana e evitar o erro, uma vez que
hipoteticamente os guarda chuvas não são idênticos. Pergunto, o crime de furto admite culpa?
Não, não admite culpa. Se não há culpa e não há dolo, não há crime. O agente então por
nada responde.

—> Erro de tipo acidental: Trata-se de um erro irrelevante. O sujeito incide sobre um
erro que não possui nenhuma repercussão.
I – Erro sobre o objeto

II – Erro sobre a pessoa

III – Erro na execução (aberratio ictus):

III.1 – Erro na execução com resultado único: Ex: “A” tenta matar “B”, mas acaba
matando “C”.

III.2 – Erro na execução com unidade complexa: Ex: “A”, ao matar “B”, acaba matando
“C” também.
IV – Erro com resultado diverso do pretendido (aberratio delicti): Sempre trata de uma
relação “coisa- pessoa”.

Ex: O agente “A” procura danificar um patrimônio, mas acaba lesionando um indivíduo
“B”.

V – Erro sobre o nexo causal (aberratio causae): Acontecimentos típicos praticados em
dois atos. O autor pratica atos posteriores sem saber que está consumando um crime. Ex:
“A” atira em “B”. “B” é dado como morto por “A”, que oculta o cadáver de “B”, atirando-o
no mar. Entretanto, “B” ainda se encontrava vivo antes de ser jogado e acaba morrendo
afogado, gerando outro nexo causal.

Tipo de Injusto Culposo

Culpa —> é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta


produtora de um resultado não querido objetivamente previsível.

Tipo doloso = eu puno o autor por uma conduta dirigida a um fim ilícito

Tipo culposo = eu puno o autor por uma conduta mal dirigida


Elementos Constitutivos do Tipo de Injusto Culposo

• Previsão legal da conduta típica culposa

• Inobservância do dever objetivo de cuidado: consiste em reconhecer o perigo para o bem


jurídico tutelado e preocupar-se com as possíveis consequências que uma conduta

"12
descuidada pode produzir-lhe, deixando de praticá-la ou então executá-la somente depois
de adotar as necessárias e suficientes precauções para evitá-la.

A doutrina reconhece que não é o caso de exigir do sujeito um cuidado excessivo para com o
bem jurídico mas sim o que seria devido por um ser humano razoável e prudente nas mesmas
condições em que se encontrava o sujeito.

• Relação de causalidade entre a conduta e o resultado naturalístico

• Previsibilidade objetiva do resultado: refere-se à situação de risco e à probabilidade de


ocorrência do deferido resultado

Modalidades ou Manifestações Exteriores de Culpa

Art. 18, II, CP

1ª possibilidade = imprudência [ação]


é a prática de uma conduta arriscada ou perigosa, que tem


caráter comissivo. Conduta imprudente é aquela que se
caracteriza pela intempestividade, precipitação, afoiteza,
insensatez ou imoderação.

2ª possibilidade = negligência [inação]

é a displicência no agir, a falta de precaução, a indiferença do


agente que podendo adotar as cautelas necessárias não o faz.

3ª possibilidade = imperícia [profissional + técnico]

falta de capacidade, despreparo ou insuficiência de


conhecimentos técnicos para o exercício de arte, profissão ou
ofício.

Notem que uma linha tênue se manifesta quando examinamos determinados casos
concretos visando identificar qual das modalidades se enquadra melhor.

Ex.: motorista de táxi avança sinal vermelho e mata um sujeito.

a) Imprudente. avançar o sinal

b) Negligente: não parou no sinal vermelho

c) Imperícia: é profissional e não respeitou o Código de Trânsito

"13

Anda mungkin juga menyukai