2- FABRICAÇÃO MECÂNICA
3- USINAGEM
4- PROCESSOS DE USINAGEM
5- VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROCESSO DE USINAGEM
6- ÂNGULOS DE FERRAMENTAS DE CORTE
7- MATERIAIS DE FERRAMENTAS DE CORTE
8- FLUIDOS UTILIZADOS
9- USINABILIDADE
10- ACABAMENTO SUPERFICIAL
11- FORMAÇÃO DE CAVACO
12- VIDA DA FERRAMENTA
13- FORÇAS DE CORTE
USINAGEM
MECÂNICA
A FABRICAÇÃO MECÂNICA
USINAGEM
Os processos especiais de usinagem são os processos que não cabem em nenhuma das
classificações anteriores, mesmo porque a definição de geometria dos elementos que os
servem de ferramentas em grande parte abstrata. Estes processos se desenvolveram para
atender demandas nas quais os processos GD e GND tinham dificuldade ou impossibilidade de
execução da superfície com a qualidade requerida.
PROCESSOS
GD GND
ESPECIAIS
TREPANAÇÃO
BROCHAMENTO
Cada um dos processos de usinagem mostrado na figura 3.1 tem diversas variantes.
Existem várias classificações de retificação, torneamento, fresamento, entre outros.
(TSCHÄTSCH, 2009)
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
Para que essa ação ocorra, é necessário que existam certas grandezas no processo. Na
maioria dos processos de usinagem essas grandezas são definidas da mesma forma ou com
pequenas variações. Em processos especiais de usinagem existem variáveis mais complexas e
com definições muito diversas.
Já nos processos GD e GND, essas definições são mais claras, em função de existir uma
geometria sólida na ferramenta (definida nos processos GD e indefinida nos processos GND) e
outra na superfície técnica a ser usinada, e ao estabelecimento de movimento relativo entre as
duas.
PARÂMETROS DE CORTE
O avanço (f) é dado por uma penetração lateral da ferramenta na peça e pode ser
considerado uma velocidade (vf). Em muitos processos ocorre de forma discreta e às vezes é
relacionado a algum outro parâmetro do processo.
Os mesmos parãmetros, agora segundo Tshätsch (2009) são visualizados na figura 5.4.
6. ÂNGULOS DE FERRAMENTA
Existem 3 sistemas de referência que podem ser utilizados para definir ãngulos emm
ferramentas de corte: o sistema ferramenta na mão, o sistema ferramenta na máquina e o
sistema ferramenta em trabalho.
O sistema ferramenta na mão é o sistema mais utilizado. Os ângulos da ferramenta são
definidos com sua base no plano horizontal. Comercialmente, também, ferramentas são
definidas para sua fabricação a partir deste sistema.
Partiremos da geometria de uma ferramenta simples de corte de gume único, por ser a
mais fácil de compreender. Essa geometria pode ser extrapolada para qualquer ferramenta de
corte, por mais complexa que seja.
A junção de um flanco com uma face gera um gume, como visto na figura 5.10. o
encontro entre um gume principal e um secundário gera uma quina. Em ferramentas que
possuem mais que um gume principal (brocas), a interseção espacial entre esses gumes
principais gera uma ponta.
A relação dos gumes com as superfícies transitória e usinada é vista na figura 6.5.
Figura 6.5 – Relação entre gume principal e secundário com as superfícies da peça.
(STEMMER,1987)
6.2 – DEFINIÇÃO E FUNÇÕES DOS ÂNGULOS
Existem alguns ângulos definidos em uma ferramenta de corte que serão considerados
aqui como influentes no processo. Outras definições de ângulos suplementares e
complementares podem ser encontradas em algumas bibliografias. A figura 6.6 mostra a maior
parte desses ângulos.
Figura 6.6 - Alguns dos principais ângulos de uma ferramenta de corte com gume único, onde:
- ângulo de incidência ou folga principal; - ângulo de direção ou posição do gume principal;
n - ângulo de direção ou posição do gume secundário; - ângulo de gume; - ângulo de
inclinação do gume principal; - ângulo de saída principal; - ângulo de cunha; r - raio de
quina; dotados de seus respectivos sinais.(TSCHÄTSCH, 2009)
A definição dos de alguns ângulos também pode ser vista na figura 6.7. Os valores
subscritos aos ângulos dizem respeito aos planos em que foram definidos e variam bastante
conforme a bibliografia.
Figura 6.7 - Ângulos da seção do gume da ferramenta e sua relação com velocidades e material
da peça. (KLOCKE, 2011)
(STEMMER, 1987)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(STEMMER, 1987)
Normalmente, para materiais de peça mais duros, o ângulo de saída é maior, exceções
feitas a latão e ferro fundido. Os valores de γ se situam na faixa de +30 a -20°, em geral
(STEMMER, 1987).
(STEMMER, 1987)
(STEMMER, 1987)
(STEMMER, 1987)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(STEMMER, 1987)
(STEMMER, 1987)
(KLOCKE, 2011)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
Quebra-cavacos
Na ferramenta, ou postiço.
MATERIAIS DE FERRAMENTA
Aços ferramenta
Aços rápidos
Ligas fundidas
Metais duros
Cermets
Cerâmicas
Nitreto de boro cúbico (CBN)
Diamante
(KLOCKE, 2011)
AÇOS FERRAMENTA
São aços-carbono com teores de carbono entre 0,8 e 1,5% (STEMMER,1987), e perdem
sua dureza em torno de 250 oC, sendo atualmente utilizados em brocas para madeira,
ferramentas básicas de agricultura, e ferramentas de forma para latão e ligas de alumínio
(STEMMER, 1987).
AÇOS RÁPIDOS
LIGAS FUNDIDAS
As ligas fundidas são ligas a base de tungstênio, cromo e cobalto (tipicamente 17%,
33%, 44% e 3% de ferro), e levam nomes comerciais como Stellite e Chromalloy.
São utilizadas entre 700 e 800 oC, e tem por característica endurecerem da mesma
forma após o amolecimento, o que indica que não sofrem tratamento térmico (STEMMER,
1987).
METAL DURO
Inicialmente, devido ao forte atrito, o metal duro não se adaptou à usinagem de aços,
sendo muito utilizado em ferros fundidos. Com a adição de TiC, TaC e NbC, a usinagem de aço
ficou viável. O TiC diminui a difusão, embora em grandes teores fragilize o metal duro, O TaC e
o NbC diminuem o tamanho de grão, aumentando a tenacidade e a resistência de contato
(STEMMER, 1987).
A classe P é indicada para aços de cavaco longo (altamente ligados) e fofos maleáveis;
a classe M é utilizada para aços pouco ligados, fofos e metais não ferrosos e a classe K é
indicada para fofo cinzento, não metálicos e não ferrosos (STEMMER, 1987).
Dentro das classes, existe a numeração, que, quando crescente, aumenta a tenacidade
(maiores avanços) e diminui a resistência ao desgaste (menores Vcs).
(KLOCKE, 2011)
REVESTIMENTOS
Os revestimentos para ferramentas podem ser feitos por chemical vapor deposition
(CVD) ou por physical vapor deposition (PVD).
Os revestimentos CVD são realizados em um reator com gases reativos, entre 950 e
1050 °C, enquanto os revestimentos PVD são realizados através do bombardeio de átomos
sobre a superfície da ferramenta, entre 250 e 750 °C (STEMMER, 1987).
CERÂMICAS:
Podem ter adição de TiC ou TiN, o que melhora a resistência ao choque, dificulta a
sinterização e enegrece a cerâmica (cerâmicas negras). Estas cerâmicas são utilizadas para
peças endurecidas e em usinagens a altas temperaturas.
(KLOCKE, 2011)
CERMETS
As cerâmicas com teores de Al2O3 menores que 90% são, por vezes, chamadas de
cermets. Possuem TiC e outros óxidos em suam composição, o que inibe o crescimento de
grão, aumenta a dureza, a tenacidade, a condutividade térmica e elétrica (o que reduz trincas)
e a resistência a impactos
DIAMANTE
Os monocristalinos são usados para metais leves, bronze, latão, cobre, estanho,
borracha, vidro, plásticos e pedras.
É usado em aços duros (45 a 65 HRc), para aço rápido, em torneamento duro, em
cortes severos e cascas abrasivos.
USINABILIDADE
Porém esse número pode indicar uma variedade de possibilidades, então, é mais
razoável se referir aos critérios de usinabilidade, que são:
ACABAMENTO SUPERFICIAL
(KLOCKE, 2011)
A figura XXX faz a mesma referência, porém não mais em termos de qualidade de
trabalho, mas em rugosidade Rz obtenível.
(KLOCKE, 2011)
A figura XXX apresenta o mesmo tipo de gráfico para processos utilizados em furos.
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
FORMAÇÃO DE CAVACO
Fitas retas
Fitas retorcidas
Fitas helicoidais
Fitas espiraladas
Fitas helicoidais curtas
Fitas espirais cônicas
Vírgula
Lascas (para materiais frágeis, como fofo e latão)
(TSCHÄTSCH, 2009)
(KLOCKE, 2011)
Os tipos de cavaco, ainda segundo STEMMER (1987), podem ser divididos em:
Contínuo
Cisalhado
Arrancado
(KLOCKE, 2011)
O cavaco contínuo passa sem romper, e acontece para altas velocidades de corte,
maiores γ, menores avanços e maiores afiações. Esse tipo de cavaco é bom para o
acabamento.
O cavaco cisalhado possui ruptura parcial ou total do cavaco. Os últimos são soldados
por pressão durante sua formação. Causa variação das forças de corte, piorando o
acabamento.
l = comprimento de usinagem
(KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
VIDA DA FERRAMENTA
A definição do final de vida de uma ferramenta pode ser entendida de diversas formas:
Quebra da ferramenta
Lascamento do gume
Desgaste do gume
Perda da capacidade de corte
A temperatura, que influi nos mecanismos de desgaste, pode ter sua distribuição
visualizada para a usinagem do aço na figura XXX.
Figura XXX - Distribuição do calor gerado e da temperatura na usinagem de aço (KLOCKE, 2011)
(KLOCKE, 2011)
Para diversas Vcs, são plotados os desgastes VB em função do tempo, que segundo
Taylor, em uma escala bilogarítmica, geram retas. Essas retas são mostradas na figura XXX.
Figura XXX – Curvas de ensaios de vida da ferramenta (WEINGAERTNER , 199-)
A partir das retas traçadas para VB, pode-se considerar um valor para VB máximo
(geralmente de 0,2 a 0,4 mm), e chegar se ao gráfico inferior da figura XXX, bilogarítmico da
vida (T) pela Vc.
𝑇 = 𝐶𝑡 ∙ 𝑉𝑐 𝑘
FORÇAS DE CORTE
A força de usinagem pode ser dividida cartesianamente em força de corte (no sentido
de vc), força de avanço e força passiva.
(KLOCKE, 2011)
Kienzle sugeriu que a força de corte pode ser calculada pela multiplicação de uma
pressão específica de corte pela área do cavaco.
𝐹𝑐 = 𝑘𝑐1.1 ∙ 𝑏. ℎ
Porém, kc1.1 equivaleria à pressão específica de usinagem para uma cavaco de área
1mm x 1 mm, o que é bastante incomum. Pior que isso, devido ao memento de inércia e
situação diferenciadas de comportamento de material, mesmo para uma mesma área, a
pressão não teria o mesmo valor.
𝐹𝑐
log( ) = log 𝑘𝑐1.1 + (1 − 𝑚𝑐) ∙ log ℎ
𝑏
E ainda:
𝐹𝑐
= 𝑘𝑐1.1 ∙ ℎ(1−𝑚𝑐)
𝑏
Essa equação é conhecida por equação de Kienzle para a força em uma ferramenta, e
tem suas versões para a força de avanço e força passiva:
𝐹𝑓 𝐹𝑝
𝑏
= 𝑘𝑓1.1 ∙ ℎ(1−𝑚𝑓) 𝑏
= 𝑘𝑝1.1 ∙ ℎ(1−𝑚𝑝)
Soluções aquosas: água mais sais minerais. Tem clareza e são ótimos refrigerantes.
Emulsões: óleo finamente disperso em água. Uso geral. Leitoso, diminui sua
concentração com o tempo e sofrem infestação de algas, fungos e bactérias com o
tempo.
Óleos graxos: lubrificação. Óleo de mamona, óleo de soja.
Óleos minerais: lubrificam a máquina também. A base de petróleo.
Óleos mistos: óleos minerais mais graxos. Bom para rosqueamento, porém agridem a
pele.
Óleos sulfurados: tem adição de enxofre e são indicados para condições de extrema
pressão, evitam o gume postiço.
Óleos clorados: usados em brochamento.
Gases refrigerantes: névoa de óleo (MQL)
Bissulfeto de molibdênio (Molikote): em pasta, pintado sobre a ferramenta.
Os fluidos não miscíveis em água são na sua maioria óleos minerais, com aditivos para
melhorar a lubrificação, a proteção ao desgaste e a corrosão da ferramenta, Também são
usados aditivos de extrema pressão, baseados em fósforo e enxofre. Na superfície de
metais, estes aditivos formam sais metálicos, com baixo cisalhamento, mas alta
capacidade de suportar pressões elevadas (KLOCKE, 2011).
Tanto o tempo total quanto o custo total de usinagem de uma peça, podem ser
subdivididos nos tempos e custos constantes em relação à velocidade de corte, quanto nos
tempos e custos crescentes e decrescentes quanto á velocidade de corte.
(STEMMER, 1987)
m = número de peças
tp =tempo principal
Tprd = tempo de preparação distribuído: fatores ocasionais como troca de material com defeito
e remoção de falhas
tdp = tempo distribuído devido ao pessoal: descanso, idas ao banheiro, atrasos, tratamento
médico.
ts = tempo secundário: pegar a peça elevar à máquina, prender a peça, aproximar ferramenta,
escolher valores de velocidades e avanços, ligar a máquina, parar, afastar a ferramenta, medir.
Bibliografia
STEMMER, Caspar Erich. Ferramentas de corte. 202 p. Editora da UFSC. Florianópolis. 1987.
BENEDICT, GARY F. Nontraditional manufacturing Processes. 381 p. Marcel Dekker. New York,
1987.
WEINGAERTNER (199-)
(TSCHÄTSCH, 2009)
. (TSCHÄTSCH, 2009)