FACULDADE DE DIREITO
Ciências Jurídico-Políticas
2017
UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE DIREITO
Júri:
Catedrático
Ciências Jurídico-Políticas
2017
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
4
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Ordenações Filipinas
1 Cfr. Ordenações Filipinas, Livro V, Título LXXXVIII: Das caças e pescarias defesas,
Apresentação Mário de Almeida Costa, 1927, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa,
imp.1985.
5
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
6
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
7
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
8
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
À Minha Mãe,
9
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
10
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
AGRADECIMENTOS
11
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
12
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
13
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
14
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
SUMÁRIO
15
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
6 Adoptamos ao longo deste trabalho o termo “dano causado ao ambiente” ou “dano causado
ao ambiente natural” como forma neutra de referência ao dano aos elementos bióticos,
abióticos, a relação entre estes, e dos ecossistemas. Não estão incluídos, pois, nesta fórmula
a paisagem e o património cultural. Faz-se isso porque teremos que abordar, ao longo do
trabalho, vários conceitos e não queriamos comprometer a análise global com preconceitos
associados aos mesmos.
16
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
17
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
18
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ABSTRACT
19
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
adopted by, it will be pointing out its shortcomings and presented our new
concept - the ecodiversity damage. Proceeds to the analysis of the suitability
of the criteria "significant" as characterizing element of hurt.
April 2009 and Directive 2013/30/EU of the European Parliamenty and of the Council of
the 12 June 2013.
9 About the Principle of High Level of Environmental Protection, See Alexandra Aragão, “O
20
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
21
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
22
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ABREVIATURAS UTILIZADAS
Cfr. – Conforme
23
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
JO – Jornal Oficial
n.º - Número
p./pp. – página/páginas
24
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
EU – União Europeia
UN – United Nations
Vol. – Volume
25
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
26
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS............................................................................................ 11
SUMÁRIO .............................................................................................................. 15
ABSTRACT ........................................................................................................... 19
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 33
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 43
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 75
CERCLA ........................................................................................................................... 77
27
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
2.2 O modelo internacional de compensação por “pollution damage”: CLC ........... 107
ADOPTADO....................................................................................................................... 165
3.1.1 Proposta de Directiva relativa aos resíduos (1976 - 1991) ......................... 171
3.1.2 Livro Verde sobre a reparação dos danos causados no ambiente (1993) ... 177
3.1.3 Livro Branco sobre a Responsabilidade por Dano Ambiental (2000) ......... 179
28
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
3.7 Tipos de danos não incluídos no conceito de “dano ambiental” ...................... 279
29
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
........................................................................................................................................... 325
30
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
6.3.3 Afectação dos “serviços dos recursos naturais” como forma de definição do
31
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
32
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
INTRODUÇÃO
33
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
12 Naversão oficial, Basel Protocol on Liability and Compensation for Damage Resulting from
Transboundary Movements of Hazardous Wastes and their Disposal, 10 de Dezembro de
1999 (adiante Protocolo de Basileia sobre Responsabilidade e Compensação)
14 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008.
15 José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos. Da Reparação
34
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
18 A obra de Paulo de Bessa Antunes, de facto, opta pela conceitualização do dano ambiental,
35
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
36
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
37
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
38
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
39
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
40
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
41
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
42
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO I
43
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
44
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
20Albert Ruda González chama-lhe de “pieza central”, “En Tierra de Nadie. Problemas de
Delimitación del Nuevo Daño Medioambiental”, in Revista de Derecho Privado, Enero-
Febrero 2009, p. 21.
21Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural Resources. Standing, Damage and Damage
Assessment, International Environmental Law and Policy Series, Vol.61, Kluwer Law
International, Netherlands, 2001, p. 319.
23 Como salienta Maria Alexandra Aragão “[r]esta-nos esperar que as dúvidas suscitadas
pela interpretação da lei de responsabilidade ambiental não originem um novo tipo de
poluição, a “poluição normativa”, vislumbrada por Luciano Botti em 1990”, O Princípio do
poluidor pagador como princípio nuclear da responsabilidade ambiental no Direito Europeu,
in Actas do Colóquio A Responsabilidade Civil por Dano Ambiental, Faculdade de Direito,
Lisboa Dias 18, 19 e 20 de Novembro de 2009, Organização de Carla Amado Gomes e Tiago
Antunes, Edição Instituto de Ciências Jurídico-Políticas, p. 119.
45
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
25 Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição, Editora
46
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
26 Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição, Editora
27Aqui não vamos tomar partido no que respeita ao conceito mais adequado relativamente
a este tipo de substâncias químinas, apenas referimos que também são utilizados outros
conceitos para referir-se à mesma situação, tais como: Praguicidas, biocidas, fitossanitários,
pesticidas, defensivos agrícolas, venenos e remédios, José Darlon Nascimento Alves;
Francisco Carlos Almeida de Souza; Antonia Moraes Mota; Raimundo Thiago Lima da Silva,
Educação Ambiental E O Uso De Agrotóxicos: Uma Análise Na Comunidade Agrícolado
Induazinho Em Capitão Poço – PA, disponível para consulta in
http://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=1607 (última consulta realizada no dia
21.12.2017).
28 Sigla de “Diclorodifeniltricloroetano”.
47
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
30O tratado ficou aberto para adesão a partir do dia 16 de Setembro de 1987, e entrou em
vigor no dia 1 de Janeiro de 1989.
48
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
49
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
conceito no artigo 2.º, n.º 7, al. c) da Convenção 34. Nos EUA o conceito de
“natural resource damage” (NRD) ganhou notoriedade, sobretudo depois de
o artigo § 107 (a)(4)(C) da CERCLA35. Este regime influenciou e
“Dano significa:
b) Perda ou prejuízo causado a bens, que não à própria instalação ou bens que estejam sob o
controle de quem a explora, no local da actividade perigosa;
d) O custo das medidas de salvaguarda, assim como qualquer perda ou qualquer prejuízo
causado por essas medidas, na medida em que a perda ou o dano previsto nas alíneas a) e c)
do presente número tenham origem ou resultem das propriedades de substâncias perigosas,
de organismos geneticamente modificados ou de microrganismos, ou tenham origem ou
resultem de resíduos”.
50
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
“comparable maturity” shall be determined with reference to the date on which interest
accruing under this subsection commences.”
Na CLC 1969, versão original, entende-se por “loss or damage caused outside the ship
carrying oil by contamination resulting from the escape or discharge of oil from the ship,
wherever such escape or discharge may occur, and includes the costs of preventive measures
and further loss or damage caused by preventive measures”.
Na CLC 1992, versão original, entende-se por “loss or damage caused outside the ship by
contamination resulting from the escape or discharge of oil from the ship, wherever (a) such
escape or discharge may occur, provided that compensation for impairment of the
environment other than loss of profit from such impairment shall be limited to costs of
reasonable measures of reinstatement actually undertaken or to be undertaken; b) the costs
of preventive measures and further loss or damage caused by preventive measures.”
38“Os prejuízos importantes e persistentes no ambiente provocados por uma alteração das
condições físicas, químicas ou biológicas da água, do solo e/ou do ar desde que não sejam
considerados como danos”. Cfr. Artigo 2.º, n.º 1, al. d), Proposta de Directiva relativa à
responsabilidade civil pelos danos causados pelos resíduos, COM(89) 282 final,
apresentada pela Comissão em 1 de Setembro de 1989.
51
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Posto isto, pode-se afirmar que esta é uma das matérias onde
mais se faz sentir a infixidez da terminologia. Pelo que, várias são as
fórmulas adoptadas para identificar o dano causado ao ambiente per se ao
longo dos últimos anos39: dano ambiental, dano ambiental strictu sensu,
dano ecológico, dano ecológico puro, dano ambiental individual e dano
ambiental colectivo, macrobem e microbem ambiental, dano ao
ecossistema40 são, apenas, alguns exemplos41.
39 Evidenciando esta “confusão” terminológica José Rubens Morato Leite e Outros escrevem
“…para se conceituar o dano ambiental, ou ecológico, como preferem alguns…”. Como se a
opção pelo conceito utilizado fosse mais uma questão de gosto, de costume, do que de
direito. José Rubens Morato Leite e Outros – “Dano Ambiental e Compensação Ecológica no
Direito Brasileiro”, in Lusíada, Revista de Ciência e Cultura, n.º 1 e 2, 2001, pp. 387-414, p.
391.
41 João de Castro Mendes, “Do Conceito Jurídico de Prejuízo”, in Jornal do Foro, Ano 16,
Lisboa, 1952, pp. 41-66, p. 41.
52
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
53
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
54
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
▪ Dano Ambiental;
▪ Dano Ecológico; e
▪ Dano à Biodiversidade.
55
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
56
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Processo n.º 05849/10, secção CA – 2.º Juízo, Relator Paulo Pereira Coelho, disponível in
44
57
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
46José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p. 93.
47 José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos. Da Reparação
58
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Processo n.º 05849/10, secção CA – 2.º Juízo, Relator Paulo Pereira Coelho, disponível in
48
59
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
49José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p. 92.
50Apesar da maioria dos autores defender que a ressarcibilidade do dano ao ambiente não
deve ser realizada através do instituto da responsabilidade civil, uma vez que estando em
causa o interesse global da defesa do ambiente só o direito público poderia intervir, como
refere Luís Menezes Leitão, “A tutela Civil do Ambiente”, RDAOT, n.º 4 e 5, Dezembro 1999,
pp.31-41; outra parte da doutrina, por seu lado, tende a aceitar a ressarcibilidade destes
por via do regime da responsabilidade civil, desde que preenchidos os seus pressupostos, e
através da legitimidade popular, como são exemplos Miguel Teixeira de Sousa, A
Legitimidade Popular na Tutela dos Interesses Difusos, Editora Lex, Lisboa, 2003; Ana
Perestrelo de Oliveira, Causalidade e Imputação na Responsabilidade Civil Ambiental,
Almedina, Coimbra, 2007, pp.13 e 14.
51Cfr. Ponto 4.2.1, p. 17, do Livro Branco sobre Responsabilidade Ambiental, COM(2000)
66 final, apresentado pela Comissão a 9 de Fevereiro de 2000.
60
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Por outro lado, a expressão dano ecológico tem tido, ainda, uma
variante com a adopção da expressão “dano ecológico puro”56. Este último
foi adoptado, entre outros, por RUDA GONZÁLEZ57 e é geralmente utilizado
para reforçar o facto de se cingir aos danos ao ambiente per se, mais
52O dano ecológico (Okologischer Shaden), bem como o eco-dano (Oko-Shaden), são
conceitos que nascem na Alemanha em virtude da Lei Alemã de Responsabilidade
Ambiental, de 1990. Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi,
Navarra, 2008, p. 75.
56Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural Resources. Standing, Damage and Damage
Assessment, International Environmental Law and Policy Series, Vol. 61, Kluwer Law
International, Netherlands, 2001, p. 19; Pascale Steichen, “La Responsabilité
Environnementale dans le Site Natura 2000”, Revue Europeene de Droit de
L´Environnement, 3, 2009, pp. 247-270, p. 248.
57 Ver Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008.
61
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
58José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p.93. Nesse sentido também Albert Ruda
González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008; José Juan González
Marquez, La Responsabilidad por el Daño Ambiental en América Latina, Derecho Ambiental,
Serie documentos sobre derecho ambiental 12, PNUMA, México, 2003.
62
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
63
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
62José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos, Cadernos
CEDOUA, Almedina, Coimbra, 2002, p. 35 e Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural
Resources. Standing, Damage and Damage Assessment, International Environmental Law
and Policy Series, Vol. 61, Kluwer Law International, Netherlands, 2001, p. 17.
64
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
67José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos, Cadernos
CEDOUA, Almedina, Coimbra, 2002, p. 35.
68 José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos. Da Reparação
65
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
69 José de Sousa Cunhal Sendim, Responsabilidade Civil por Danos Ecológicos. Da Reparação
66
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
70 Akiho Shibata, International Liability Regime for Biodiversity Damage. The Negoya-Kuala
71 Worku Damena Yifru, Kathryn Garforth e Paola Scarone, Review of Issues, Instruments
and Practices Relevant to Liability and Redress for Damane Resulting from Transbundary
Movements of Living Modified Organisms, CBD Biodiversity Technical Series 03, Secretariat
of the Convention on Biological Diversity, Canada, 2012, p. 21.
72 Para analisar este conceito iremos girar em torno de três instrumentos internacionais: a
Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) adoptada em 20 de Maio de 1992; o
Protocolo de Cartagena sobre Segurança Biológica estabelecido no quadro do artigo 19.º,
parágrafo 3 da CDB adoptado a 29 de Janeiro de 2000 e assinado, em Nairobi, a 24 de Maio
de 2000; e o Protocolo Suplementar de Negola-Kuala Lumpur, sobre responsabilidade civil
e indemnização, ao Protocolo de Cartagena sobre Segurança Biológica adoptado a 15 de
Outubro de 2010, em Nagoya, Japão (adiante, Protocolo Suplementar).
67
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
73Helena Telino Neves Godinho, A tutela Jurídica da Fauna Selvagem Terrestre, Juruá
Editora, Curitiba, 2011, p. 34.
68
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
69
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
79 Worku Damena Yifru, Kathryn Garforth e Paola Scarone, Review of Issues, Instruments
and Practices Relevant to Liability and Redress for Damane Resulting from Transbundary
Movements of Living Modified Organisms, CBD Biodiversity Technical Series 03, Secretariat
of the Convention on Biological Diversity, Canada, 2012, p. 21.
70
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
em especial. Como tal, na maior parte dos casos as duas formas são usadas
quase como sinónimos para designar o dano à biodiversidade80.
80 Akiho Shibata, International Liability Regime for Biodiversity Damage. The Negoya-Kuala
82 Worku Damena Yifru, Kathryn Garforth e Paola Scarone, Review of Issues, Instruments and
Practices Relevant to Liability and Redress for Damane Resulting from Transbundary
Movements of Living Modified Organisms, CBD Biodiversity Technical Series 03, Secretariat
of the Convention on Biological Diversity, Canada, 2012, p. 21.
71
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
83 Cfr.Artigo 2.º, n.º 2 e pontos i) e ii) do Protocolo Suplementar. Para estabelecer se o dano
é, ou não, significativo são apresentados pelo Protocolo Suplementar uma lista, não taxativa,
de indicadores a ter em consideração, nomeadamente:
“a) A alteração de longo prazo ou permanente, entendido como uma alteração que não é
reparável através de recuperação natural num período razoável;
b) A extensão das alterações qualitativas ou quantitativas que afetam negativamente os
componentes da diversidade biológica;
c) A redução da capacidade dos componentes da diversidade biológica de fornecerem bens e
serviços;
d) A extensão dos eventuais efeitos adversos na saúde humana, no contexto do Protocolo”.
72
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
85 Nayjot S. Sodhi, Conservation Biology for All, Oxford University Press, New York, 2010, p.
31.
86 Nayjot S. Sodhi, Conservation Biology for All, Oxford University Press, New York, 2010, p.
31.
73
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
74
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO II
75
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
76
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
77
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
78
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
92Como se refere na Proposta de Directiva, com o seu longo historial, o Superfund tem
gerado dados valiosos, disponíveis ao público, sobre número de locais contaminados, custos
de descontaminação em função do tipo de local, distribuição dos locais contaminados por
79
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Sobre os “Toxic Torts” ver Jean Macchiaroli Eggen, Toxic Torts in a nutshell, 4th Edition,
95
80
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
96Mark Wilde, Civil Liability for Environmental Damage: A Comparative Analysis of Law
and Policy in Europe and the United States, Comparative Environmental Law & Policy
Series, Vol. 4, Kluwer Law International, Netherlands, 2002, p.9.
98 Para a delimitação do que se enquadra dentro do termo “toxic” remete-se para no Toxic
Substances Control Act (TSCA), 15 U.S.C.A. Secção 2606(f) onde no contexto da fabricação
de produtos químicos e misturas, dano iminente é descrito como envolvendo “the
manufacture, processing, distribuction in commerce, use, or disposal of [a substance that] is
likely to result in …injury to health or the environment”. Jean Macchiaroli Eggen, Toxic Torts
in a nutshell, 4th Edition, West, Thomson Reuters, 2010, p. 2.
81
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
101 No “tort of nuisance”, mais amplo que o trespass, a causa de acção é a interferência no uso
e aproveitamento da terra, mas não é necessário que exista uma entrada ou invasão física
na terra em causa. Neste caso, como refere EDWARD J. KIONKA, “Its the interes of plaintiff
that has been invaded, and not the conduct of the defendant, which determines whether na
action for nuisance will lie”. Edward J. Kionka, Torts in a nutshell, 5th Edition, West Nutshell
Series, Thomson Reuters, United States of America, 2010, pp. 346 ss.
102 As acções por toxic torts, com algumas excepções, tipicamente não são fundamentadas
na lei, mas nascem sob os auspícios da common law. Contudo, as obrigações impostas pela
lei, ou regulação específica, podem ser relevantes relativamente aos deveres que impõem
entre os sujeitos. Assim, uma acção por negligência pode fundamentar o dever de reparar
por dano à terra se o demandante conseguir provar que: i) o demandado tinha um dever de
cuidado para com o demandante; ii) o demandado violou esse dever; iii) a violação do
demandado provavelmente causou dano ao demandante; e iv) que o demandante sofreu
um dano. O dever de agir de acordo com um específico dever de cuidado na sequência de
reconhecidos níveis standards, faz com que a degradação do ambiente, incluindo a poluição
e a contaminação, sejam cobertas por este tort, mais do que pelos restantes. Jean
Macchiaroli Eggen, Toxic Torts in a nutshell, 4th Edition, West, Thomson Reuters, 2010, pp.
102 ss.
82
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
103Uma acção ou processo inerentemente perigoso que a pessoa ou entidade que realiza a
actividade tem uma "responsabilidade objetiva" por qualquer prejuízo causado pela
mesma. Exemplos: trabalhar com explosivos de alta potência ou a realização de uma corrida
de automóveis profissionais em ruas públicas. Ver Michael Bowman e Alan Boyle,
Environmental Damage in International and Comparative Law. Problems of Definition and
Valuation, University Press, Oxford, 2002, p.214.
104Mark Wilde, Civil Liability for Environmental Damage: A Comparative Analysis of Law
and Policy in Europe and the United States, Comparative Environmental Law & Policy
Series, Vol. 4, Kluwer Law International, Netherlands, 2002, p.4; David Woolley QC e outros
(editores), Environmental Law, Second Edition, Oxford University Press Inc., United States,
2009, pp.747 e seguintes.
105Mark Wilde, Civil Liability for Environmental Damage: A Comparative Analysis of Law
and Policy in Europe and the United States, Comparative Environmental Law & Policy
Series, Vol. 4, Kluwer Law International, Netherlands, 2002, p.9.
83
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
108 Sobre a necessidade de reforma do “Tort Liability” Ver: Carl F. Cranor, Toxic Tort.
Science, Law, and the Possibility of Justice, Cambridge University Press, New York, 2006,
pp. 363 ss; Elizabeth Glass Geltman, “Superfund: a Call for Restraint”, in Rethinking
Superfund, The National Legal Center for the Public Interest, Washington, D.C, EUA, 1991,
pp.1-27, p.1.
110 Tradução da Autora. Original: “It does not follow from these developments that a common
law principle, such as the rule in Rylands v Fletcher, should be developed or rendered more
strict to provide for liability in respect of such pollution. On the contrary, given that so much
well informed and carefully-structured legislation is now being put in place for this purpose,
there is less need for the courts to develop a common law principle to achieve the same end,
and indeed it may well be undesirable that they should do so” [1994] 2 AC 264, p. 305, Lord
Goff.
84
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
111 William A. Butler, “Panorâmica Geral das Questões Actuais do Direito Ambiental
Americano”, in Revista de Direito do Ambiente e Ordenamento do Território, n.º 6 e 7,
Lisboa, 2004, pp. 57-120, p. 69.
Cfr. Secção 311 do Clean Water Act (CWA), resultante da alteração de 1972 ao Federal
113
Duke environmental law & policy forum, 57, 1993, pp. 58 e ss.
85
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
117Em 1986, o regime do CERCLA foi alterado pelo Superfund Amendments and
Reauthorization Act of 1986 (SARA).
118Cfr. Como se refere na Proposta de Directiva, com o seu longo historial, o Superfund tem
gerado dados valiosos, disponíveis ao público, sobre número de locais contaminados, custos
de descontaminação em função do tipo de local, distribuição dos locais contaminados por
indústria, ritmo de identificação de novos locais contaminados e número de incidentes
envolvendo dano de recursos naturais e custos associados, Cfr. Proposta de Directiva do
Parlamento Europeu e do Conselho relativa à Responsabilidade Ambiental em termos de
prevenção e reparação de danos ambientais, apresentada pela Comissão a 23 de Janeiro de
2002, COM(2002) 17 final, p.11. Proposta de Directiva do Parlamento Europeu e do
Conselho relativa à Responsabilidade Ambiental em termos de prevenção e reparação de
danos ambientais, apresentada pela Comissão a 23 de Janeiro de 2002, COM(2002) 17 final,
pp. 9 e 10.
86
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
120 O termo “Superfund”, pelo qual o regime CERCLA é usualmente conhecido, foi
inicialmente utilizado nos corredores do Capitol Hill quando várias propostas de lei sobre
limpeza de sítios contaminados, na sequência do incidente de Nova Iorque conhecido como
Love Canal, em 1980, foram apresentadas. O termo reflecte a percepção do Congresso
relativamente ao tamanho do problema e à antecipação da dimensão dos custos de limpeza
dos sítios de depósito de resíduos na América. Interessante, contudo, denotar que na Lei
aprovada no Congresso – a CERCLA – o termo Surperfund não aparece uma única vez, e não
obstante a comunidade jurídica continuar a referir-se ao regime como tal, apenas com
SARA, que vem alterar a CERCLA, em 1986, vemos a introdução definitiva deste termo no
corpo do diploma. Carole Stern Switzer e Peter Gray, CERCLA, Comprehensive
Environmental Response, Compensation, and Liability Act (Superfund), Section of
Environment, Energy and Resources, Second edition, American Bar Association, EUA, 2008,
p.4.
121O “Superfund” é um fundo que existe para financiar os esforços directos do Governo na
limpeza dos locais contaminados, para pagar créditos decorrentes de actividades de
87
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
limpezas de partes privadas que não são responsáveis como PPR no âmbito da CERCLA, e
para compensar o Governo Federal e Estatal por danos aos recursos naturais causados
pelos sítios de depósitos de resíduos perigosos.
122 Este imposto foi criado em 1986, nos termos da revisão ao regime CERCLA levada a cabo
pela SARA, que expandiu o tamanho do fundo para 8.5 bilhões de dólares. Sendo que, grande
parte deste valor provinha de um imposto extraordinário, denominado “Superfund Tax” e
que viria a expirar em 1995, devido à sua não renovação pelo Congresso.
123Tradução do Autor. Original: “The dinamics of the program assure excess of demand for
care and clean-up resources”. Bruce Yandle, “Superfund and Risk Reduction”, in Cutting
Green Tape, Toxic Pollutants, Environmental Regulation and the Law, Transaction
Publishers, New Brunswick (EUA) and London (U.K), 2000, pp.27-57, p.46.
88
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Jean Macchiaroli Eggen, Toxic Torts in a nutshell, 4th Edition, West, Thomson Reuters,
125
126 Tradução da Autora. Original “any spilling, leaking, pumping, pouring, emitting, emptying,
discharging, injecting, escaping, leaching, dumping, or disposing into the environment” cfr.
§101(22) CERCLA.
127Tradução da Autora. Original: “releases in the workplace; emission from motor vehicles;
nuclear material from a processing site; and the normal application of a fertilizer”.
89
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
128John S. Applegate e Jan G. Laitos, Environmental Law, RCRA, CERCLA and the
Management of Hazardous Waste, Foundation Press, Thomson West, 2006, p. 214.
90
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
91
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Elizabeth Glass Geltman, “Superfund: a Call for Restraint”, in Rethinking Superfund, The
129
National Legal Center for the Public Interest, Washington, D.C, EUA, 1991, pp.1-27, p.5.
130Joel S. Moskowits, Environmental Liability and Real Property Transactions: Law and
Practice, Second Edition, Environmental Law Library, United States of America, John Wiley
& Sons, Inc, 1995, p. 49.
131 Existem, contudo, decisões dos tribunais americanos a optarem por uma postura mais
conservadora e a relegarem a opção pelo tipo de responsabilidade, caso a caso, para o Juiz
da causa. No caso United States v. Chem-Dyne, após uma atenta análise da razão pela qual a
Lei Federal não toma uma opção, ao contrário do seu draft, refere-se que “a reading of the
entire legislative history in contexto reveals that the scope of liability and term joint and
several liability were deleted to avoid a mandatory legislative standard applicable in all
situations which might procude inequitable results in some cases”. Pelo que, conclui-se que
“the term was omitted in order to have the scope of liability determined under common law
principles, where a court performing a case-by-case evaluation of the complex factual
scenarios associated with multiple-generator waste sites will assess the propriety of applying
joint and several liability on an individual basis”, Elizabeth Glass Geltman, “Superfund: a Call
for Restraint”, in Rethinking Superfund, The National Legal Center for the Public Interest,
Washington, D.C, EUA, 1991, pp.1-27, p.14.
132John S. Applegate e Jan G. Laitos, Environmental Law, RCRA, CERCLA and the
Management of Hazardous Waste, Foundation Press, Thomson West, 2006, pp.129ss.
133Steven Baird Russo, “Contribution under CERCLA: judicial treatment after SARA”, in
Columbia Journal of Environmental Law, Vol. 14, pp. 267-287, pp. 270 e seguintes.
92
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
93
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
137Para determinar quais sítios entrarão nesta lista, criou-se um ranking que atribui uma
pontuação a cada sítio, baseado em alguns critérios de avaliação de risco (potencialidade
de contaminação de água potável, de produzir um dano à saúde pública, etc). Uma vez
estabelecida a NPL, o Plano Nacional de Contingência estabelece os procedimentos e
standards a seguir para responder ao abandono de substâncias perigosas no local em causa
que se podem traduzir em medidas de curto prazo, para aliviar danos imediatos, e medidas
de longo prazo, medidas que pretendem ter um carácter mais permanente. Bradford F.
Whitman, Superfund Law and Practice, A Handbook on Comprehensive Environmental
Response Compensation and Liability Act and Cleanup Laws of New Jersey, Alibaba, EUA,
1991, pp. 50ss.
94
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
138Shore argued that §107(a)(1) should be read to cover only owners and operators at the
time of disposal. However, the Appellate Court rejected this argument and found that
§107(a)(1) unequivocally imposes strict liability on the current owner of the facility, without
regard to causation [759 F.2d 1032 (2d Cir. 1985)].
139John S. Applegate e Jan G. Laitos, Environmental Law, RCRA, CERCLA and the
Management of Hazardous Waste, Foundation Press, Thomson West, 2006, p. 214.
95
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
96
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
142Sobre este assunto os tribunais americanos têm sido bastante abrangentes, incluindo
nesta categoria, partes que não tenham a intenção de despejar os resíduos perigosos,
mesmo que seja, apenas, o produtor do bem que contrata uma terceira parte para adicionar
ao produto elementos que o transformam em comercial, ver United States v. Aceto. Carole
97
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
144Importa chamar a atenção para o facto de todas as categorias de PPR utilizarem para a
sua descrição o termo “facility” que traduzimos como “instalação”, mas que é um termo
muito amplo e que não deve, de forma alguma, ser restringido a prédios, mas
inclusivamente a vários recipientes ou até áreas onde os resíduos “came to be located”,
CERCLA§101(4).
145 Cfr. Na prática, mesmo as instituições de crédito, como os Bancos, podem ser
consideradas responsáveis, se se transformarem em proprietárias de um terreno
contaminado objecto de uma hipoteca, por exemplo. Contudo, outras dúvidas se colocam,
como sejam, relativamente aos arrendatários, sendo controvertida a aplicação do regime
aos mesmos. Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu e ao Comité
Económico e Social: Livro Verde sobre a Reparação dos Danos causados no ambiente [COM
(93) 47 final], de 14 de Maio de 1993, p.30. Michelle Weiler, “The Environmental Protection
Agency´s New Standard for CERCLA all Appropriate Inquiry: More Time an Money for
Compliance, But Well Woth The Cost To Avoit CERCLA Liability”, in University of Baltimore
Journal of Environmental Law, Vol.14, 2007, pp. 159-187; Stanley M. Spracker and James D.
Barnette, “Lender Liability under CERCLA”, in Columbia Business Law Review, Vol. 1990,
pp. 527-551; Anthony J. Obadiah, “Superfund and the Lender: Protecting Loan Collateral
Without Incurring Environmental Liability – Can It Be Done?”, in Rethinking Superfund, The
National Legal Center for the Public Interest, Washington, D.C, EUA, 1991, pp. 29-41.
98
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
146Alfred R. Light, “More Equal Than Others: The United States Government Under
CERCLA”, in Rethinking Superfund, The National Legal Center for the Public Interest,
Washington, D.C, EUA, 1991, pp.43-52, p.43.
99
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
148John S. Applegate e Jan G. Laitos, Environmental Law, RCRA, CERCLA and the
Management of Hazardous Waste, Foundation Press, Thomson West, 2006, pp.129 ss.
100
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
101
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
102
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
149Este foi alterado em 1986 pelo Superfund Amendments and Reauthorization Act, mais
conhecido como SARA.
103
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
152John S. Applegate e Jan G. Laitos, Environmental Law, RCRA, CERCLA and the
Management of Hazardous Waste, Foundation Press, Thomson West, 2006, p. 227.
104
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
105
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
106
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
159 “As imagens do sofrimento e das mortes de pássaros marinhos e de peixes, envoltos no crude
derramado, as fotografias das praias e das rochas envoltas nos óleos derramados a flutuar no
mar, levaram ao que pode ser, adequadamente, descrito como um corte epistemológico ao
nível das representações dos media”. Carlos de Oliveira Coelho, Poluição Marítima por
Hidrocarbonetos e Responsabilidade Civil, Almedina, Coimbra, 2007, p.14.
107
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
108
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
164Esta Convenção é mundialmente conhecida pela sigla CLC, que significa Civil Liability
Convention for Oil Pollution Damage, pelo que, por uma questão de uniformização e
adequação aos termos assentes na doutrina, vamos também denominá-la da mesma forma.
Chama-se, contudo, a atenção para o facto da CLC ter sido alterada em 1992, criando-se um
regime baseado no anterior mas com alterações de tal forma substanciais que fazem-no ser
conhecido e tratado de forma autónoma da CLC 1969, daí referirmo-nos a ele como CLC
1992, para distingui-las.
165Adopta-se a sigla IOPC para fazer referência ao Fundo criado para complementar o
regime da CLC, mais uma vez, por uma questão de uniformização com a prática corrente na
doutrina nacional e estrangeira. IOPC é o anacrónimo de International Oil Pollution
Compensation Fund.
109
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
167 Para além destes instrumentos, pode dizer-se que o quadro jurídico internacional
relativo à responsabilidade por danos devido à poluição marítima, somente ficará completo
se fizermos referência também a:
110
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
168Como bem refere Teresa Fajardo del Castillo, “o acidente do petroleiro liberiano Torrey
Canyon não foi o primeiro derramamento de hidrocarbonetos, mas certamente o primeiro que
gerou uma resposta internacional e uma mudança no Direito internacional tradicional”.
Teresa Fajardo del Castillho, “Contaminação por hidrocarbonetos depois da catástrofe do
Prestige e seu impacto no Direito Internacional e Comunitário”, in Governo de Riscos, Rede
Latino-Americana-Européia sobre Governo dos Riscos, UNITAR, Brasilília, 2005, pp. 120-
139, p. 218.
169 Cfr. Liability and Compensation for Ship-Source Oil Pollution: An overview of the
international legal framework for oil pollution damage from tamkers, Studies in Transport
Law and Policy, n.º 1 United Nations Conference On Trade and Development, United
Nations, 2012, UNCTAD/DTL/TLB/2011/4, p. 9.
170International Convention for the Prevention of Pollution from Ships ou MARPOL como é
geralmente designada foi adoptada a 2 de Novembro de 1973, e alterada pelo Protocolo de
1978 e, o seu Anexo IV, pelo Protocolo de 1997. Encontram-se em vigor, desde 2 de Outubro
de 1983, os seus Anexos I e II.
111
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
174O Protocolo que altera a Convenção HNS foi adoptado em 2010, mas também ainda não
entrou em vigor.
175 A International Convention on Civil Liability for Bunkers Oil Pollution Damage (Bunker)
foi adoptada a 23 de Março de 2001 e entrou em vigor a 21 de Novembro de 2008.
176A Convention on Limitation of Liability for Maritime Claims (LLMC) foi adoptada a 19 de
Novembro de 1976 e entrou em vigor a 1 de Dezembro de 1986. Foi posteriormente
alterada pelo Protocolo de 1996 adoptado a 2 de Maio desse ano e que entrou em vigor a
13 de Maio de 2004.
112
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
179“Navio significa qualquer embarcação marítima ou engenho marítimo seja de que tipo for,
contruído ou adaptado para o transporte de hidrocarbonetos a granel como carga, desde que
se trate de um Navio com capacidade para o transporte de hidrocarbonetos e outros tipos de
carga só deve ser considerado como um Navio quando transporte, efectivamente, como carga,
hidrocarbonetos a granel assim como durante qualquer viagem que se siga àquele transporte,
a menos que se prove que não existem quaisquer resíduos de hidrocarbonetos a bordo
originados por aquele transporte a granel”, Cfr. Artigo I, n.º 1, da Convenção Internacional
sobre a Responsabilidade Civil pelos Prejuízos Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, de
1969, com a redacção de 1992, aprovada pelo Decreto n.º 40/2001, de 28 de Setembro, DR
I Série-A, n.º 226, pp. 6143-6154.
113
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
181 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p.207.
114
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
182 Para uma análise histórica dos desastres envolvendo navios petrolíferos, consultar o site
a seguir indicado, visualizado no dia 16 de Agosto de 2012:
http://www.itopf.com/information-services/data-and-statistics/case-histories/tlist.html
183 Acontece que, o volume de danos gerados por este tipo de incidentes é de tal forma
elevado que, na mesma altura em que estava a ser negociado o regime da CLC 1969, os
proprietários de Navios e a indústria petrolífera adoptaram dois regimes voluntários sobre
a mesma matéria. Estes regimes, conhecidos como TOVALOP (Tanker Owners Voluntary
Agreement Concerning Liability for Oil Pollution) e CRISTAL (Contract Regarding an
Interim Supplement to Tanker Liability for Oil Pollution), tinham como objectivo servirem
de solução interina enquanto a CLC não obtinha aplicação mundial. Como tal, a 20 de
Fevereiro de 1997, cessaram a sua aplicação, uma vez que a manutenção dos mesmos era
vista, por muitos, como um desincentivo à ratificação da CLC. Cfr. The IOPC Fund´s 25 years
of compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003, p.14, disponível no site
www.iopc.com
115
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
maioria das vezes, como já se viu, como reacção 186 aos diferentes tipos de
danos verificados em resultado de cada novo desastre 187.
186 Mark Davis, “Lessons unlearned: the legal and policy legacy of the BP Deepwater Horizon
Spill”, in 3 Wash e Lee J. Energy, Climate & Envi´T 155, 2012, pp. 155-175, p.155.
188 “O regime provou ser efectivo, prático e funcionou bem durante os seus 25 anos de
operação. A maioria das reclamações são resolvidas fora dos Tribunais. O regime é
relativamente fácil de compreender e de aplicar em qualquer caso” (tradução própria), The
IOPC Fund´s 25 years of compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003, p. 30,
in www.iopc.com
189 The IOPCFund´s 25 years of compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003,
p. 14, in www.iopc.com
116
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
190Michael Faure e Song Ying, China International Environmental Liability. Legal Remedies
for Transboundary Pollution, New –horizons in Environmental Law, Edward Elgar
Publishing Limited, UK, 2008, pp. 75 e ss.
Estes novos limites entraram em vigor a 1 de Novembro de 2003 para todos os Estados-
191
Membros da CLC.
192No que respeita à relação entre as várias alterações que se foram verificando com o
passar dos anos, importa salientar que, tanto a CLC 1969, como a CLC 1992 encontram-se
actualmente em vigor. Consequentemente, na análise a realizar, teremos como base a CLC
1969, chamando sempre a atenção para as alterações que tenham ocorrido na sequência da
CLC 1992. Pelo que, quando nos referirmos, sem mais, à CLC, queremos nos referir ao
regime composto pela CLC 1969 e pela CLC 1992 e quando pretendermos referir cada um
em particular faremos a devida indicação. Conforme informação obtida no site
www.iopc.com, consultada a 19 de Agosto de 2012, são ainda apenas Parte da CLC/69, a 2
de Agosto de 2012, 36 Estados, enquanto da CLC/92, à mesma data, fazem parte 107
Estados
117
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
194The IOPC Fund´s 25 years of compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003,
p. 14, in www.iopc.com
196Saliente-se que, não obstante a íntima conexão com a CLC, o Fundo tem órgãos próprios
e plena autonomia face à mesma. Com efeito, o IOPC Fund é composto pela Assembleia, pelo
118
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
197 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p.219.
198 Na sequência da criação deste Fundo Complementar, surgem dois novos acordos: o
STOPIA 2006 e o TOPIA 2006, que entraram em vigor a 20 de Fevereiro de 2006 e que têm
como objectivo introduzir um conjunto de medidas de indemnização de carácter voluntário.
Estes acordos têm como finalidade corrigir os desequilíbrios criados com a constituição do
IOPC Fund 2003. Salienta-se, contudo, que a CLC e o IOPC Fund 1992 e o IOPC Fund 2003,
continuarão a ser aplicáveis mesmo no caso dos eventos abrangidos no âmbito de aplicação
do STOPIA e do TOPIA. Contudo, conforme estipulado nestes novos acordos, o Fundo será
ressarcido pelo proprietário do Navio. Nesse sentido, de acordo com o TOPIA 2006, o Fundo
Complementar tem direito a ser ressarcido por parte do proprietário do Navio no valor de
50% dos pagamentos com indemnização efectuados aos demandantes quando no sinistro
intervenha um Navio a que se aplique o referido acordo.
119
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
200Por fim, cabe ainda aos órgãos do IOPC 1992 a tarefa de gerir todo este regime de
compensação por danos estruturado pela CLC e pelo IOPC Fund, atenta a necessidade de
dar uma resposta rápida e efectiva à multiplicidade de interesses em causa. Temos, então,
um processo de reclamação de danos e compensação dos mesmos, tendencialmente out-of-
court e que se rege, basicamente, pelos critérios de recebimento de queixas e avaliação de
danos previsto no “claims manual”, documento interpretativo da Convenção aprovado pela
Assembleia Geral do IOPC Fund.
Com efeito, na sequência da ocorrência de qualquer um dos danos abrangidos pela CLC, as
reclamações deverão ser apresentadas num prazo máximo de três anos a contar da data da
ocorrência do dano. Deverão ser apresentadas por escrito, com os documentos apropriados,
ao proprietário do Navio e seu segurador, normalmente um dos seis P&I Clubs existentes.
E, se, previsivelmente, pela quantidade e valores dos danos em causa, o IOPC Fund for
chamado a intervir, será estabelecido um escritório local, para, juntamente com o P&I,
receber as referidas reclamações. Posteriormente, depois de definido o valor disponível
pela CLC e pelo IOPC para cobrir os danos de determinado sinistro, as reclamações são
processadas e decididas pelo Director, que concorda, ou não, com o pagamento das mesmas.
Para uma melhor compreensão do estado actual dos processos junto ao IOPC ver
IOPC/JUN10/6/1, 30 Juno 2010, in www.iopc.com
201 Special Drawing Rights é a unidade de conta estipulada nas Convenções em análise, como
definida pelo IOPC.
202 The IOPC Fund´s 25 years of compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003,
p. 15, disponível no site www.iopc.com
Thomas J. Schoenbaum, “Liability for Damages in Oil Spill Accidents: Evaluating the USA
203
120
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
204 Face a uma situação de insatisfação por parte do reclamante, ou queixoso, agora sim,
este deverá recorrer às vias judiciais e aos tribunais competentes à luz da CLC e intentar um
processo que já não se regerá pelos limites do Claims Manual, mas estritamente pelo teor
das Convenções ratificadas pelo Estado, ou seja, pelo direito nacional de responsabilidade
civil por danos. Esta decisão será válida e reconhecida pelo Tribunal dos restantes Estados-
Parte da Convenção. No entanto, problema distinto poderá ser a questão da vinculatividade
desta decisão face ao próprio IOPC Fund e à obrigação, ou não, deste ter que seguir uma
decisão que pode não ir ao encontro dos parâmetros que segue para a compensação dos
danos. Quanto a isto, muitos problemas se colocam, mas o Director do Fundo é, em última
instância, quem decide se e quanto atribui a cada queixoso. Pelo que, face a uma decisão de
um Tribunal, ela terá sempre que vir seguida de uma posição do Fundo no mesmo sentido
para que a sentença seja executada. Atendendo que o Fundo não se encontra vinculado às
decisões nacionais, ou a qualquer tribunal internacional, resta como solução, após uma
decisão favorável de um tribunal de um Estado-Parte que não seja acatada pelo IOPC Fund,
proceder-se a uma Acção de reconhecimento de sentenças no Tribunal competente, ou seja,
no Tribunal onde se encontra sedeado o mesmo, Londres.
121
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
122
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
205“CONVINDED of the need to ensure that adequate compensation to persons who suffer
damage caused by pollution resulting from the escape or discharge of oil from ships” Cfr.
Preâmbulo da Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil pelos Prejuízos
devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, de 1969 (Sublinhado nosso).
206 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p.207.
207Nesta altura, ainda, dominava uma visão dualista do regime aplicável na sequência de
contaminação, como refere Nerea Magallón Elósegui, “Precisamente como resultado de su
predicada autonomía, el fenómeno de la contaminación posee fuentes normativas que
también atienden a critérios especiales. Desde un punto de vista material cabe distinguir las
normas que lo componen según posean una finalidade preventiva o una finalidd reparadora.
Mientras las primeras se dirigen a disminuir la contaminación, las segundas esablecen
mecanismos para la reparación de los efectos de la contaminación una vez producida. Esta
clasificación en normas preventivas y reactivas también nos permite separar el carácter
público o privado de las normas reguladoras de la contaminación marítima.
Tradicionalmente los sistemas jurídico públicos y administrativos se han centrado en normas
preventivas de la contaminación que tratan de evitar o reducir sus efectos a través de la
imposición de determinadas pautas y sanciones para los comportamentos que las incumplan.
En cambio los sistemas jurídico privados buscan la reparación de los daños producidos por la
contaminación a través de sistemas indemnizatorios de reparación patrimonial”. Nerea
Magallón Elósegui, “La contaminación marina por hidrocarburos y el Proyecto de Ley
General de Navegación marítima: una amalgama de Fuentes normativas”, in Las Lecciones
Jurídidicas del Caso Prestige. Prevención, Gestión y Sanción Frente a la Contaminación
Marina por Hidrocarburos, primera edición, Thomson Reuters, Arazandi, 2011, pp. 137-
162, pp.140,
123
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
124
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
209Cfr. artigo I, n.º 1 da CLC 1969: “ship means an sea-going vessel and any seabrne craft of
any type whatsoever, actually carrying oil in bulk as cargo”.
210Cfr. artigo 2.º, n.º1 da CLC 1992 que altera o artigo I, n.º 1 da CLC 1969: “Ship means any
sea-going vessel and seaborne craft of any type whatsoever constructed or adopted for a
carriage of oil in bulk as a cargo, provided that a ship capable of carrying oil and other cargoes
shall be regarded as a ship only when it is actually carrying oil in bulk as cargo and during
any voyage following such carriage unless it is proved it has no residues of such carriage of oil
in bulk aboard”. Na tradução portuguesa, artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 40/2001 de 28 de
Setembro que aprova o Protocolo de Alteração à Convenção Internacional sobre
Responsabilidade Civil pelos Prejuízos Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, assinado
em Londres a 27 de Novembro de 1992
125
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
com um Navio que transporte hidrocarbonetos como carga, mas que não
esteja preparado, ou não tenha sido concebido para a navegação marítima,
não obstante, de facto, a realizar. Podemos, também, nos deparar com
Navios que transportem hidrocarbonetos até certo local e aí se estabeleçam
como plataformas de armazenamento. E, nesses casos, questiona-se se,
faltando a intenção de dar continuidade à jornada marítima, será colocada
em causa a sua qualificação como Navio211.
211 Sobre o “Navio” ver António Menezes Cordeiro, “Da natureza jurídica do Navio”, in O
Navio, II Jornadas de Lisboa de Direito Marítimo, 11 e 12 de Novembro de 2010, Almedina,
Coimbra, 2012, pp. 7-44; Luís de Lima Pinheiro, “O navio em Direito Internacional”, in O
Navio, II Jornadas de Lisboa de Direito Marítimo, 11 e 12 de Novembro de 2010, Almedina,
Coimbra, 2012, pp.97-123; Eliane M. Octaviano Martins, Curso de Direito Marítimo, Vol.I,
Teoria Geral, 4.ª edição actualizada e ampliada, Editora Manole, Lda, Brasil, 2013, pp.120 e
ss.
126
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
213Não se encontra dentro do âmbito da CLC os danos resultantes de derrame, mesmo que
de hidrocarbonetos pesados, se estes provierem, a título de exemplo, de uma plataforma de
exploração petrolífera offshore. Esta lacuna da Convenção deve ser preenchida pela IMO e
por organizações regionais competentes para lidar com o problema da poluição marítima.
Thomas J. Schoenbaum, “Liability for Damages in Oil Spill Accidents: Evaluating the USA and
International Law Regimes in the Light of Deepwater Horizon”, in Journal of Environmental
Law, 2012, pp.1-22, p.5.
214“Any persistent hydrocarbon mineral oil such crude oil, fuel oil, heavy diesel oil and
lubricating oil, whether carried on board a ship as cargo or in the bunkers of such a ship”
127
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
216 Fá-lo porque este tipo de hidrocarbonetos são considerados de difícil dissipação natural
quando lançados no mar, requerendo medidas de limpeza especialmente desenhadas para
o efeito. Enquanto os danos resultantes de derrames de hidrocarbonetos leves, como a
gasolina, o diesel refinado, e o querosene, tendem a evaporar-se rápido não requerendo,
regra geral, medidas de limpeza especiais. Pelo que, o regime da CLC, e do IOPC Fund,
somente se aplicará aos danos resultantes de descargas de petróleo bruto, fuelóleo, óleo
diesel pesado e óleo de lubrificação transportados a bordo, quer como carga, quer como
combustível do Navio, desde que na viagem seguinte ao efectivo transporte do
hidrocarboneto como carga.
128
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
provenientes do Navio, qualquer que seja o local onde possam ter ocorrido.
Portanto, não é o local da ocorrência do dano que irá condicionar a aplicação,
ou não, da Convenção. Mas então, qual o critério que deverá ser seguido?
129
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
218 Este tipo de situações encontra-se coberto pela Convenção Internacional sobre a
intervenção no Alto Mar em caso de acidente que provoque ou possa vir a provocar a
poluição por hidrocarboneto, celebrada em Bruxelas, em 1969.
130
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
219 Cfr. Artigo III, n.º 1, da CLC 1969, com a redacção de 1992.
131
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
132
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
222 De formacontrária a esta, entende Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el
Derecho Marítimo: la efectiva aplicación de las medidas de prevención en materia de
seguridad marítima”, in Las Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters,
Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-245, p. 209, ao dispor que “No obstante no se impide
interponer acciones contra otras personas que hayan podido ocasionar el accidente o incluso
agravarlo”.
133
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
223Mathilde Boutonnet, “Vers une indemnisation des victims des mares noires en dehors
du droit de la responsabilité civile”, in Recueil Dalloz, Hebdomadaire 185.º anné, 12 mars
2009, n.º 10/7371, pp. 701-705, p. 705.
224 Cfr.
Artigo III da Convenção Internacional sobre a Responsabilidade Civil pelos Prejuízos
Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, de 1969, com a redação de 1992.
134
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
226 Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural Resources. Standing, Damage and Damage
Assessment, International Environmental Law and Policy Series, Vol.61, Kluwer Law
International, Netherlands, 2001, p.315.
135
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
227 Sobre a responsabilidade civil das sociedades de classificação do Navio, Ver Marco Lopez
228 Para análise do mesmo problema, referente à eventual responsabilidade civil das
sociedade de classificação de Navios, no caso, contra a Americana Bureau Shipping (ABS)
na sequência do incidente envolvendo o Prestige, Ver Juan M. Velázquez Gasdeta, “Reino de
España v Americana Bureau of Shipping et al: punto final o punto aparte?”, in Las Lecciones
Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 163-191; Fco.
Javier Quel López e Mª Dolores Bollo Arocena, “Claves de la Evolución Reciente del Derecho
del Mar en Materia de Prevención de la Contaminación. Hacia una Revisión de las
Competencias del Estado Rector Del Puerto, Estado Ribereño y Estado del Pabellón”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 35-
64.
136
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
137
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
233Cfr. artigo III, n.º 4 da Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil pelos
Prejuízos devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, de 1969, com a redação de 1992.
138
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
234 Claims Manual, International Oil Pollution Compensation Fund, 1992, April 2005 Edition,
p. 9. Este elemento de interpretação, elaborado pelo IOPC, apesar de não ter carácter
vinculativo, serve como guia interpretativo das disposições apresentadas na CLC e no IOPC.
236 Cfr.
N.º 3, da Resolução do Comité Legal da IMO, de 18 de Outubro de 2000, que altera os
Valores de Limitação do Protocolo de 1992 que altera a CLC de 1969.
139
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
238 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, pp.194 e ss.
140
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
240 Quanto aisto, podemos dizer que, na realidade, outros regimes acabam colmatando esta
falha, pelo menos parcialmente, por exemplo, na União Europeia todos os Navios,
independentemente da carga e do Estado de Bandeira, são obrigados a ter seguros válidos
para se aproximarem dos portos europeus.
141
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
142
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Portos Europeus. Como tal, seria de esperar que a sensibilidade da Directiva neste assunto
fosse no sentido de ir além do disposto na CLC, impondo de facto uma garantia financeira a
todos os sujeitos responsáveis. Contudo, isto não aconteceu. The IOPC Fund´s 25 years of
compensating victims of oil pollution incidents, IOPC, 2003, p.40, in www.iopc.com
243 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p.210 e Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural Resources. Standing, Damage
and Damage Assessment, International Environmental Law and Policy Series, Vol.61,
Kluwer Law International, Netherlands, 2001, p.313.
Thomas J. Schoenbaum, “Liability for Damages in Oil Spill Accidents: Evaluating the USA
244
245 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p.213.
143
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
144
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
247 Cfr. Artigo I, parágrafo 3, da CLC 1969 “owner means the person or persons registered as
the owner of the ship or, in the absence of registration, the person or persons owning the ship.
However in the case of a ship owned by a State and operated by a company which in that State
is registered as the ship´s operator, “owner” mean such company”.
145
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
250A título de exemplo: “…no caso do Prestige, petroleiro construído no Japão, com bandeira
das Bahamas e propriedade de uma obscura companhia Grega de navegação, que
transportava petróleo bruto russo… responderá pelos danos com um seguro e com valores
complementares obtidos pelo Fundo”, Teresa Fajardo del Castillho, “Contaminação por
hidrocarbonetos depois da catástrofe do Prestige e seu impacto no Direito Internacional e
Comunitário”, in Governo de Riscos, Rede Latino-Americana-Européia sobre Governo dos
Riscos, UNITAR, Brasilília, 2005, pp. 120-139, p. 226.
146
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
251Como refere Sabrina Robert, “L'exploitation de l'Erika faisait I'objet d'une grande opacité
patrimoniale”. Sabrina Robert, L´Érika: Responsabilités pour un desastre écologique,
Pedone, Paris, 2003, pp. 26ss.
252 Mais ainda, quando o proprietário que consta no registo é um, e o “proprietário de facto”
é outro, muitas vezes, de nacionalidade diferente, e com o proprietário de registo sendo,
quase sempre, companhias de “simple ship”, ou seja, companhias cujo único activo
financeiro é a embarcação em causa.
147
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
148
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
254“loss or damage caused outsider the ship carrying oil by contamination resulting from the
escape or discharge of oil from the ship, wherever such escape or discharge may occur, and
149
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
includes the costs of preventive measures and further loss or damage caused by preventive
measures”, Cfr. Art. º I, n.º 6 da Convenção Internacional sobre a Responsabilidade Civil
pelos Prejuízos Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, de 1969. Esta definição
encontrava-se, igualmente, incluída no art.º 1.º, n.º 2, do IOPC 1971.
255 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 427.
150
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
256 Laurent Neyret, “Naufrage de L´Erika: vers un droit commun de la réparation des
atteintes à l´environnement”, in Recueil Dalloz, 30 Octobre, 2008, N.º 38, pp. 2681-2689, p.
2681.
Wu Chao, Pollution from the Carriage of Oil by Sea: Liaility and Compensation, Kluwer
258
151
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
259 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 428.
260 Cfr. “The Assembly of the International Oil Pollution Compensation Fund:
Conscious of the dangers of pollution posed by the world-wide maritime carriage of oil in bulk,
Aware of the detrimental effect of the escape o discharge of persistent oil into sea may have
on the environmental and, in particular, on the ecology of the sea,
Conscious of the problems of assessing the externa of such damage in monetary terms,
Noting that under the civil liability convention a claim for ecological pollution damage has
been raised against the ship-owner which was based on a theoretical model for assessment,
Confirms its intention that the assessment of compensation to be paid by the International Oil
Pollution Compensation Fund is not to be made on the basis of an abstract quantification of
152
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
262 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 428.
Wu Chao, Pollution from the Carriage of Oil by Sea: Liaility and Compensation, Kluwer
263
153
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
IOPC Fund 1971. No que aqui nos interessa, importa tomar em consideração
a queixa intentada pelo Governo Italiano por danos ao ambiente marinho264.
264 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 429.
265 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 430.
154
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
266Mais tarde, este argumento do juízo de equidade torna a ser defendido, ver
71FUND/EXC.49/6 de 10 Junho 1996 e 71FUND/EXC.49/12 de 28 Junho 1996, in
www.iopc.com.
267 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 431.
Wu Chao, Pollution from the Carriage of Oil by Sea: Liaility and Compensation, Kluwer
269
155
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
270 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 433.
271 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 434.
www.iopc.com.
156
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
273 Um total de 1016 queixas foram rejeitadas, cfr. IOPC/JUN10/3/1, 17 de Maio de 2010, in
www.iopc.com.
275José Juste-Ruíz, “Compensation for pollution damage caused by oil tanker accidents:
from "Erika" to "Prestige", in Aegean Revue Law Sea, 1, 2010, pp. 37-60, pp. 44 ss.
157
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
158
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
279Sobre as constantes alterações que este manual tem sido alvo, ver 92FUND/A.7/4, 15
Junho 2002, 92FUND/A.7/29, 18 Outubro 2002, 92FUND/A.7/4, 15 Junho 2002,
92FUND/WGR.3/11, 5 Março 2002, 92FUNF/WGR.3/11/1, 20 Março 2002,
92FUND/WGR.3/11/2, 23 Março 2002, 92FUND/WGR.3/11/3, 28 Março 2002,
92FUND/WGR.3/11/4, 15 Abril 2002, 92FUND/WGR.3/11/4/Add.1, 24 Aril2002,
92FUND/WGR.3/11/5, 15 Abril 2002, 92FUND/A.7/29, 18 Outubro 2002 in
www.iopc.com.
280 Não obstante a sua valia prática, estes manuais, estas resoluções, ou brochuras, não têm,
ao contrário do texto da CLC e do IOPC Fund, carácter vinculativo para os Tribunais dos
Estados-Partes, valendo apenas como base de interpretação dos regimes previstos naqueles
instrumentos. Como tal, caso não haja acordo entre as partes envolvidas, a questão da
interpretação dos danos cobertos pelo regime da CLC terá que ser resolvida em sede
jurisdicional, abrindo assim, caminho à ambiguidade no tipo de danos que podem ser
abarcados sob a sua égide, conforme o Tribunal do país onde a questão for colocada seja
mais, ou menos, permissivo.
281 International Oil Pollution Compensation Fund 1992, Claims Manual, April 2005 Edition,
p. 25 ss.
159
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Resolução n.º 3 do IOPC Fund, que tinha como objectivo clarificar a situação
da compensação por dano causado ao ambiente, “a avaliação da
compensação a ser paga pelo IOPC Fund não é para ser feita com base numa
quantificação abstracta dos danos calculada de acordo com modelos
teoréticos”282.
282 Cfr. “The Assembly of the International Oil Pollution Compensation Fund:
Conscious of the dangers of pollution posed by the world-wide maritime carriage of oil in bulk,
Aware of the detrimental effect of the escape o discharge of persistent oil into sea may have
on the environmental and, in particular, on the ecology of the sea,
Conscious of the problems of assessing the externa of such damage in monetary terms,
Noting that under the civil liability convention a claim for ecological pollution damage has
been raised against the ship-owner which was based on a theoretical model for assessment,
Confirms its intention that the assessment of compensation to be paid by the International Oil
Pollution Compensation Fund is not to be made on the basis of an abstract quantification of
damage calculated in accordance with theoretical models”(sublinhado nosso), in Annex, da
Fund/WGR.7/4, de 4 de Janeiro de 1994.
283Tradução do Autor. Original: “the marine environment possessed no real value since it
could not be marketed, nor could the sea creatures or fish in it until they were caught”.
Official Reords of the Conference (1984-1992, Official Records, vol2,
160
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
LEG/CONF.6/C.2/SR.15, p.480, citado por Wu Chao, Pollution from the Carriage of Oil by
Sea: Liaility and Compensation, Kluwer Law International, United Kingdon, 1996, p.152.
284 Luisa Rodríguez-Lucas, “Compensation for Damage to the Environment Per Se under
International Civil Liability Regimes”, in La mise en oeuvre du droit international de
l´environment. Implementation of International Environmental Law, 2011, p. 437.
161
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
285 Unai Belintxon Martín, “La responsabilidad civil en el Derecho Marítimo: la efectiva
aplicación de las medidas de prevención en materia de seguridad marítima”, in Las
Lecciones Jurídicas del Caso Prestige, Thomson Reuters, Arazandi, Navarra, 2011, pp. 193-
245, p. 208.
www.iopc.com.
“alors que, dans ses écritures d'appel, la LPO avait proposé trois méthodes d'évaluation du
préjudice écologique, à savoir une première méthode, consistant à prendre en compte la valeur
unitaire fixée par chaque espèce déterminée conformément à la décision n/ 07/01 du conseil
d'administration de l'Office national de la chasse (ONCFS), séance du 12 avril 2007, fixant des
valeurs de référence devant les tribunaux des principales espèces de gibier, tarif appliquée,
suivant l'espèce concernée, aux oiseaux morts des suites de la pollution par hydrocarbures,
une deuxième méthode, reposant sur l'affectation d'un coefficient de « rareté-menace » établi
selon les catégories CMAP (espèces dont la conservation mérite une attention particulière)
162
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
définies par le « Livre rouge des oiseaux menacés » à une valeur de référence unique pour
toutes les espèces d'oiseaux touchées, valeur appliquée, suivant l'espèce correspondant aux
catégories du CMAP, au nombre d'oiseaux secourus par la LPO, et, enfin, une troisième
méthode, dite « méthode contingente », fondée sur le consentement à payer pour « réparer »
la perte des oiseaux mazoutés”, L´arrêt de la Cour de Cassation, Chambre Criminelle, 25 de
Setembro de 2012, n.º 3439, p.231 (sentença do recurso no caso ERIKA).
288 Edward H.P. Brans, Liability to Public Natural Resources. Standing, Damage and Damage
Assessment, International Environmental Law and Policy Series, Vol.61, Kluwer Law
International, Netherlands, 2001, p.346.
163
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
164
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO III
165
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
166
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
167
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
289Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 10.
168
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Roma)292. E, durante anos, esta foi uma área, pelo menos de forma explícita,
esquecida no panorama político comunitário293.
295O petroleiro Amoco Cadiz encalhou ao largo da costa da Bretanha, a 16 de Março 1978,
após uma falha mecânica. Durante um período de duas semanas toda a carga de 223 mil
toneladas de petróleo bruto iraniano e petróleo árabe leve, bem como 4000 toneladas de
óleo de combustível para Navios foi lançada ao mar. Até ao final de Abril seguinte o petróleo
derramado contaminou 320 quilómetros da costa da Bretanha, e estendeu-se a leste até às
Ilhas do Canal da Mancha. Mais detalhes sobre este incidente Ver http://www.itopf.com/in-
action/case-studies/case-study/amoco-cadiz-france-1978/ consultado no dia 04-09-2014.
296“O incêndio no armazém 956, em Sandoz, perto de Basel, Suiça, em Novembro de 1986 e o
consequente derramamento de químicos tóxicos no rio Reno teve um impacto desastroso no
ecossistema do rio. O acidente é largamente considerado o pior desastre ambiental da Europa
de Leste das últimas décadas”, Aaron Schwabach, “The Sandoz Spill: The Failure of
International Law to Protect the Rhine from Pollution”, 16 Ecology L.Q. 443, 1989.
297 Após uma falha no motor, Braer encalhou em condições climatéricas severas sobre Garth
Ness, Shetland no dia 5 de Janeiro de 1993. Durante um período de 12 dias toda a carga de
84.700 toneladas de crude oil, além de cerca de 1.500 toneladas de óleo de combustível
persistente, foram derramadas no Mar. Mais detalhes sobre este incidente Ver
http://www.itopf.com/in-action/case-studies/case-study/braer-uk-1993/ consultado no
dia 04-09-2014.
169
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
301 Salientam-se, como pontapé inicial, as duas declarações adoptadas pelo Conselho da
Europa, uma sobre a luta contra a poluição do ar de 8 de Março de 1968, e outra sobre a
protecção dos recursos hídricos de 6 de Maio de 1968. Rodrigo Costa e Júlia Alexim N. Silva,
“Sobre a autonomia do direito do patrimônio cultura”, in Políticas Culturais em Revista, n.º
2 (3), 2010, pp. 61-76, p. 63.
170
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
303Cfr. Artigo 9.º da Proposta de Directiva relativa aos resíduos tóxicos e perigosos,
publicada no JO C194/2, 19.8.76.
171
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
309Duarte dos Santos Vaz Geraldes, “Responsabilidade Ambiental do Estado por Actos de
Direito Interno”, in Revista FDUL Vol XLIII n.º 2, Coimbra Editora, 2002, pp. 1114-1153, p.
1121.
Nigel Haigh, “Direito Comunitário do Ambiente”, in Direito do Ambiente, INA, 1994, pp.
310
175-184, p. 175.
172
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Nigel Haigh, “Direito Comunitário do Ambiente”, in Direito do Ambiente, INA, 1994, pp.
311
175-184, p. 182.
315 Júlio de
Pina Martins, “A Aplicabilidade das Normas Comunitárias no Direito Interno”, in
Direito do Ambiente, INA, 1994, pp. 185-200, p. 190.
173
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
316Jesús Jordano Fraga, “La Responsabilidad por Daños Ecológicos en el Derecho de la Unión
319Cfr. Artigo 2.º, al. c) e d), Proposta de Directiva do Conselho relativa à responsabilidade
civil pelos danos causados pelos resíduos, COM(89) 282.
320 Cfr. Artigo 2.º, al. d) da Proposta alterada de Directiva do Conselho relativa à
responsabilidade civil pelos danos causados pelos resíduos, COM(91) 219 final.
174
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
321Ludwing Krämer, EC Environmental Law, Fouth Edition, Sweet & Maxwell, London,
2000, p. 122.
175
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
176
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
177
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
178
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
327A referência restringe-se ao título que, para nós, já é significativo de uma alteração de
perspectiva. Contudo, no texto do Livro Branco encontra-se por variadas vezes a referência
à responsabilidade civil para delinear o regime de reparação dos danos em causa.
179
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
O Livro Branco utiliza, por mais do que uma vez, o termo “danos
causados à biodiversidade” para se referir aos danos resultantes da violação
das Directivas Aves e Habitats. No entanto, isto é, susceptível de criar
dúvidas, afinal, o termo biodiversidade da forma como é empregue no Livro
Branco não vai totalmente ao encontro do previsto na Convenção sobre
Diversidade Biológica de 1992. Biodiversidade, como vimos, é mais do que
330Edward Brans, “The EC White Paper on Environmental Liability and the Recovery of
Damages for Injury to Public Natural Resources”, in Environmental Damage in International
and Comparative Law. Problems of Definition and Valuation, University Press, Oxford, 2002,
Chapter 5, p. 323.
180
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
331Edward Brans, “The EC White Paper on Environmental Liability and the Recovery of
Damages for Injury to Public Natural Resources”, in Environmental Damage in International
and Comparative Law. Problems of Definition and Valuation, University Press, Oxford, 2002,
Chapter 5, p. 325.
332Esta Convenção entraria em vigor depois da sua terceira ratificação, contudo, até à
presente data apenas nove Estados a assinaram (Chipre, Finlândia, Grécia, Islândia, Itália,
Liechtenstein, Luxemburgo, Portugal e os Países Baixos), mas nenhuma ratificação foi
levada a cabo. Como tal, este instrumento tem uma importância sobretudo teórica e
doutrinária, afinal, foi o primeiro passo dado, a nível europeu, para a responsabilização por
danos causados ao ambiente.
A adesão da União a esta Convenção teria a vantagem de estar de acordo com o princípio da
subsidiariedade a nível internacional. Além disso, a Convenção possui uma cobertura
abrangente (todos os tipos de danos resultantes de actividades perigosas) e um âmbito
amplo e aberto, que tem o mérito de apresentar um sistema coerente e de tratar os
operadores de todas as actividades perigosas da mesma maneira. Cfr. Livro Branco sobre
Responsabilidade Ambiental, p.27.
181
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
335Uma abordagem sectorial não asseguraria um sistema coerente ou uma aplicação igual
dos princípios do poluidor-pagador, da prevenção e da precaução a actividades que são
comparáveis na medida em que apresentam um risco para o Homem e para o Ambiente. Cfr.
Livro Branco sobre Responsabilidade Ambiental, p. 29.
336 Na elaboração de uma Directiva Comunitária, o âmbito da acção comunitária pode ser
mais bem delimitado e o regime para os danos causados à biodiversidade mais bem
desenvolvido, em harmonia com a legislação comunitária pertinente. Uma abordagem
horizontal tem a vantagem de fornecer o quadro geral num único acto. Desde que as
actividades abrangidas apresentem riscos ambientais semelhantes e suscitem questões
económicas comparáveis, esta abordagem será não só mais consistente, mas também mais
eficiente. Cfr. Livro Branco sobre Responsabilidade Ambiental, pp. 28 e 29.
182
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
337 Publicada com a referência COM (2002) 17 final, Bruxelas, 23 de janeiro de 2002.
183
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
184
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
341As duas primeiras entendiam que o regime deveria ser extensível aos danos nucleares e
a última defendeu a existência de um regime mais severo, ou mais flexível, consoante o tipo
de danos que estivessem em causa. Lucía Gomis Catalá, “La Ley de Responsabilidad
Medioambiental en el Marco del Derecho de la Unión Europea”, in Comentários a la Ley de
Responsabilidad Medioambiental, Thomson Civitas, Navarra, 2008, pp. 83-146, p. 97.
185
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
186
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
345A 25 de Abril de 1998 quebra a balsa de lodos tóxicos da mina de Boliden-Apirsa SL, em
Aznalcóllar, derramando ao rio Agrio e daí para o rio Guadiamar cerca de 6 hm 3 de águas
contaminadas com cerca de 2,5 hm3 de lodos tóxicos com alto teor de arsénico e muitos
metais de efeitos contaminantes. Ver Francisco García Novo, Ángel Martín Vicente e Julia
Toja Santillana, La Frontera de Doñana, Colección de Divulgación Científica, n.º 10,
Universidade de Sevilla, Sevilha, 2007, p. 241.
346O derrame de cianetos no rio Tisza na sequência da ruptura de uma barragem na mina
de ouro “Baia Mare”, na Roménia, prvocou um rasto tóxico de poluição que se propagou até
ao Danúbio. Ver http://www.unep.org/geo/GEO3/spanish/464.htm consultado no dia
23/10/2014.
187
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
348Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 12.
349Ao contrário dos regimes clássicos de responsabilidade civil a Directiva tem uma
vertente preventiva lado a lado com a vertente reparadora. Sendo, mesmo, esta
característica uma das mais inovadoras do regime.
350Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 12.
188
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
352 Contudo, alguns autores defendem que o Parlamento e o Conselho falharam no seu dever
de justificar a Directiva com base no princípio da subsidiariedade. Ver Nick Farnsworth, “Is
the Directive on Environmental Liability with Regard to Prevention and Remedying of
Environemntal Damage Justified under the Subsidiary Principle?”, in European
Environemntal Law Review, n.º13, 2004.
353Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 23.
189
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
356Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 12.
190
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Rio de Janeiro em 1992, também designada por Cimeira da Terra. Nessa ocasião foi
reafirmado este conceito, lançado em 1987 pelo Relatório Brundtland "O Nosso Futuro
Comum" - elaborado sob a égide das Nações Unidas na Comissão Mundial para o Ambiente
e Desenvolvimento - definido como "o desenvolvimmento que satisfaz as necessidades
presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas
próprias necessidades".
358Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 136.
191
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
360 Para mais desenvolvimento sobre o PPP Ver Maria Alexandra de Sousa Aragão, O
Princípio do Poluidor Pagador. Pedra angular na política comunitária do ambiente, Stvidia
Ivridica 23, Boletim da Faculdade de Direito, Universidade de Coimbra, Coimbra Editora,
1997, pp. 60 e ss.
192
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
362Para mais informação sobre os últimos desenvolvimentos do PPP, Ver Maria Alexandra
Aragão – “O Princípio do poluidor pagador como princípio nuclear da responsabilidade
ambiental no direito europeu”, in Actas do Colóquio a Responsabilidade Civil por Dano
Ambiental, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Ebook, Edição Instituto de
Ciências Jurídico Políticas, 18, 19 e 20 de Novembro de 2009, pp. 91-120, pp. 94 e seguintes.
193
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
367 António Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português II. Direito das Obrigações,
Tomo III, Almedina, 2010, pp. 346 e ss.
194
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
370“O que é que significa internalizar os custos externos? Basicamente, que terá de
contabilizar como custo seu a indemnização que tem que pagar ou os gastos com a prevenção
ou a correcção das disfunções geradas pela sua actividade produtiva…”. António Sousa
Franco, “Ambiente e Desenvolvimento – Enquadramento e Fundamentos do Direito do
Ambiente”, in Direito do Ambiente, INA, 1994, pp. 35-82, pp. 47 e 48.
371Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 146.
195
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
146.
196
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
197
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Ver Albert Ruda González, “En Tierra de Nadie. Problemas de Delimitación del
378
198
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
380Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 9.
199
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
384Juan José Arbues Salazar e Jesús Labrador Bernard, El Seguro de Responsabilidad Civil
por Danõs al Medio Ambiente: El Pool Español de Riesgos Medioambientais, Dykinson, S.L,
Madrid, 1998, p.13.
385Alguns tipos de bens, enquanto recursos naturais (florestas, solos e em alguns cados a
água) são de propriedade privada e ao mesmo tempo constituem um bem de carácter
ambiental, difuso. Para alguns autores não haveria contradição nisto, coexistindo direitos
difusos e individuais sobre a propriedade. Contudo, a aplicação deste entendimento não é
tão pacífica na prática. Centram-se nos problemas decorrentes desta coabitação de direitos
as dificuldades para a implementação de diversas políticas públicas. Ver Ricardo
Abramovay, Construindo a Ciência Ambiental, Editora Annablume, 2002, p. 59 (disponível
para consulta em google books).
200
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
389 Ludwing Krämer, “The Directive 2004/35 on Environmental Liability – Useful?”, in Actas
201
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
quaisquer direitos inerentes a danos desse tipo 390. Pelo que, a Directiva não
confere aos particulares o direito de compensação na sequência de danos
causados ao ambiente ou de ameaça iminente desses danos que lesem a sua
esfera privada391.
391Geert Van Calster e Leonie Reins, “The ELD´s background, in The EU Environmental
Liability Directive”, in The EU Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford
University Press, United Kingdom, 2013, pp. 9-30, p. 10.
392 Charles Pirotte, “La Directive 2004/35/CE du 21 Avril de 2004 sur la Responsabilité
Environnementale: Premiers Commentaires”, in Les responsabilités environnementales
dans l´espace européen: point de vue franco-belge, Bruxelles, Bruylant, 2006, pp. 655-730,
p. 655.
202
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
203
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
396 António Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português II. Direito das Obrigações,
Tomo III, Almedina, 2010, p. 429.
204
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
205
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
206
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
207
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Por outro lado, não obstante, nos danos causados ao ambiente não existem
lesados directos particulares, no sentido que a palavra adquire no direito
civil, aqui temos o ambiente como lesado directo e a colectividade, apenas,
como lesado indirecto, devido à perda da possibilidade de usufruir dos
serviços proporcionados pelo mesmo.
José Alfredo de Oliveira Baracho Júnior, Responsabilidade Civil por Dano Ao Meio
404
405 Carla Amado Gomes, “De que falamos quando falamos de dano ambiental? Direito,
Mentiras e Crítica, in Actas do Colóquio a Responsabilidade Civil por Dano Ambiental,
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Ebook, Edição Instituto de Ciências
Jurídico Políticas, 18, 19 e 20 de Novembro de 2009, pp. 153-171, p. 158; Carla Amado
Gomes, “De Que Falamos Quando Falamos De Dano Ambiental? Direito, Mentiras e Críticas”,
in Revista do CEJ, 1.º semestre 2012, n.º 13, pp. 323-339, pp. 327.
208
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
209
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
210
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Como refere o artigo 5.º, n.º 3, al. d) e o artigo 6.º, n.º 2, al. e),
ambos da Directiva, a autoridade competente, antes de mais, tem a
possibilidade de, em qualquer momento, tomar ela própria as medidas de
prevenção e/ou reparação necessárias. Contudo, se o operador não cumprir
as obrigações de reparação do dano, não puder ser identificado ou não for
obrigado a suportar os custos ao abrigo das excepções e exclusões previstas
na Directiva, “pode [leia-se deve] ser a própria autoridade competente a
tomar essas medidas, como último recurso” 410. Esta solução mostra-se muito
coerente com os princípios de precaução e prevenção do regime de direito
ambiental, caso isto não se apresente, apenas, como faculdade da mesma,
mas obrigação integrante do dever de actuar que pauta a própria
Administração Pública em matéria de protecção e reparação ambiental e
que se encontra constitucionalmente consagrado no artigo 66.º, n.º 2 da
Constituição da República Portuguesa.
211
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
212
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Lucía Gomis Catalá, Responsabilidad por Daños al Medio Ambiente, Arazandi Editorial,
412
213
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Lucía Gomis Catalá, Responsabilidad por Daños al Medio Ambiente, Arazandi Editorial,
416
Lucía Gomis Catalá, Responsabilidad por Daños al Medio Ambiente, Arazandi Editorial,
417
214
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
419 Cfr. Sentença de 22 de Janeiro de 1986, as. 266/84, Denkavit c. Francia, Rec. 1986, p. 149.
215
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
216
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
217
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
421 International Oil Pollution Compensation Fund 1992, Claims Manual, April 2005 Edition,
p. 25 ss.
Convention on Civil Liability for Damage Cause During Carriage of Dangerous Goods by
422
218
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
425Sobre a cobertura dos custos para reabilitar o ambiente, ver Art. I, al. K) da Convenção
de Viena, Henry W. Macgee, e Luz E. Ortiz Nagle, “Hacia un regimen de responsabilidad civil
por dano ecológico transfronterizo”, in Revista Jurídica Universidad de Puerto Rico, Vol.
71:1, pp. 111-145, p. 122.
219
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
220
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
428 Lucas Bergkamp e Anke von Gergeik, Scope of The ELD Regime, n The EU Environmental
Liability Directive, A commentary, edited by Luas Bergkamp e Barbara J. Goldsmith, Oxford,
2013, p. 52.
221
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
429Maria Alexandra de Sousa Aragão, O Princípio do Poluidor Pagador, Stvidia Ivridica, 23,
Coimbra Editora, p.95.
222
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
432 Lucas Bergkamp e Anke von Gergeik, Scope of The ELD Regime, n The EU Environmental
Liability Directive, A commentary, edited by Luas Bergkamp e Barbara J. Goldsmith, Oxford,
2013, p. 53.
433 A Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Eslovénia, Finlândia e França optaram por uma
responsabilidade conjunta. Portugal optou pela responsabilidade solidária, conforme artigo
4.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 147/2008. Ver COM (2010) 581 final, p. 6.
434 Lucas Bergkamp e Anke von Gergeik,Scope of The ELD Regime, n The EU Environmental
Liability Directive, A commentary, edited by Lucas Bergkamp e Barbara J. Goldsmith,
Oxford, 2013, p. 53.
223
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
436 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, 2008, p.236.
224
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
225
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
438 Posição contrária apresenta Julia Pedraza Laynez, La Responsabilidad por Daños
Medioambientales, Baker & Mackenzie, Thomson Reuters Arazandi, 2016, pp. 160 e 161.
Entende que “La exoneración será efectiva si los daños o amenazas de danõs se deben
únicamente al cumplimiento de tal orden o instrucción obligatória dictada por una autoridad
pública. A estos efectos, se incluyen también las órdenes dadas en ejecución de un contrato a
que se refiere la legislación de contratos de las Administraciones públicas”.
226
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
227
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
228
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Assim, nos termos do disposto no artigo 2.º, n.º 2, vemos que por
“dano” deve-se, para efeitos de interpretação e aplicação da Directiva,
entender a “alteração adversa e mensurável, de um recurso natural ou a
deterioração mensurável do serviço de um recurso natural, quer ocorram
directa ou indirectamente”. Uma questão que poderá suscitar dúvidas será
compreender-se os contornos desta “alteração adversa e mensurável” ou
“deterioração mensurável”, bem como quais os serviços ambientais que
estão aqui abrangidos, mas isso relegamos para os próximos Capítulos.
442 Cfr.
Considerando 5, da Directiva 2004/35/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de
21 de Abril de 2004 relativa à responsabilidade ambiental em termos de prevenção e
reparação de danos ambientais.
229
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
444A adopção do conceito de “recursi” na Directiva não foi, também, a mais adequada, uma
vez que apregoa uma visão utilitarista que não era, do nosso ponto de vista, aquela prevista
na elaboração de um regime autónomo de responsabilidade ambiental.
445“Esta clasificación de “numerus clausus” ha sido criticada por la doctrina, ya que a pesar
del título de esta norma con ella no se pretende la defensa del conjunto del medio ambiente,
sino únicamente de una serie de recursos contemplados en ella. Por esta razón, hubiese sido
más adecuado establecer una enumeración “apertus” que permitiese dar cabida al conjunto
del medio ambiente”, Ver Julia Pedraza Laynez, La Responsabilidad por Daños
Medioambientales, Baker & Mackenzie, Thomson Reuters Arazandi, 2016, p. 80.
230
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
231
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Cfr. Artigo 2.º da Convenção sobre a Diversidade Ecológica, ratificada por Portugal pelo
447
232
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
flora. Daí que, o dano à biodiversidade, como definido na CDB, não seja
necessariamente coberto pela Directiva. O âmbito da Directiva é limitado às
espécies e habitats naturais protegidos pela Directiva Habitats e pela
Directiva Aves449. Seria mais consentâneo com o escopo de protecção da
norma que este adjectivo “protegidas” tivesse sido eliminado do texto e as
Directivas respectivas actuasseem como mero parâmetro mínimo e
indicativo de protecção das espécies e habitats 450.
449Nesse sentido, Julia Pedraza Laynez refere que “No obstante, hubiese sido gran acierto
haber eliminado este adjectivo, ampliando así la protección a cualquier tipo de espécie
independentemente de que encontrasse o no bajo la protección estatal o autonómica
correspondiente”, La Responsabilidad por Daños Medioambientales, Baker & Mackenzie,
Thomson Reuters Arazandi, 2016, p. 86.
233
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
234
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
453 Carla Amado Gomes, “Os bens ambientais como bens de interesse comum da
Humanidade: entre o universalismo e a razão do Estado”, in O Direito, Ano 141.º, 2009, V,
pp.1051-1069, p.1059.
235
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
236
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
454 Cfr. artigo 2.º, n.º 1, al. b), pontos i) e ii) da Directiva 2004/35/CE.
237
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
455Cfr. artigo 1.º da Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração realizada
pela Directiva Directiva 2014/101/EU de 30 de Outubro de 2014.
456 Cfr. artigo 2.º, n.º 1, Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração
realizada pela Directiva 2009/31/CE de 25 de Junho de 2009.
457 Cfr. artigo 2.º, n.º 3, Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração
realizada pela Directiva 2009/31/CE de 25 de Junho de 2009.
458 Cfr. artigo 2.º, n.º 6, Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração
realizada pela Directiva 2009/31/CE de 25 de Junho de 2009.
238
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
459 Cfr. artigo 2.º, n.º 2, Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração
realizada pela Directiva 2009/31/CE de 25 de Junho de 2009.
460 Cfr. artigo 2.º, n.º 1, Directiva 2000/60/CE, com a redacção posterior à alteração
realizada pela Directiva 2009/31/CE de 25 de Junho de 2009.
239
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
240
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
241
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
242
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
243
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
listada, mas, não obstante, dentro de uma área protegida464. Parece-nos que
deveria implicar a obrigação de reparar, contudo, ficará fora do regime.
466Carla Amado Gomes, “Responsabilidade civil por dano ecológico: reflexões preliminares
sobre o novo regime instituído pelo DL147/2008, de 29 de Julho”, in O que há de novo no
Direito do Ambiente?, Actas das Jornadas do Ambiente, Faculdade de Direito de Lisboa, 15
de Outubro de 2008, AAFDL, Lisboa, 2009, pp. 235-275, pp.248 e ss.
244
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
245
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
246
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
3.6.2 Fonte
3.6.2.1 Actividade-Ocupacional
247
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
248
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
249
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
de ócio e lazer474. Nestes casos, os danos que se possam verificar, terão uma
reacção jurídica através da imposição de sanções, que podem consistir numa
multa, ou podem originar a obrigação de reparar o dano através de uma
prestação de fazer de conteúdo restaurador475.
Carla Amado Gomes, Introdução ao Direito do Ambiente, AAFDL, Lisboa, 2012, pp.196-
474
197.
250
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
477Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 62.
251
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
252
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
478 Stefan Schwager e outros, Droit de L´Environnement Suisse-CE, Ecologie e Société, 2, pp.
46-54, p. 52.
Cfr. Ponto 4.2.2, do Livro Branco sobre Responsabilidade Ambiental, apresentado pela
479
253
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
480 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p.238.
254
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
481 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 228.
482 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p.231.
255
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
256
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
257
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
258
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
259
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
260
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
261
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
262
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
497 Charles Pirotte, “La Directive 2004/35/CE du 21 Avril de 2004 sur la Responsabilité
Environnementale: Premiers Commentaires”, in Les responsabilités environnementales
dans l´espace européen: point de vue franco-belge, Bruxelles, Bruylant, 2006, pp. 655-730,
p. 609.
263
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
264
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
498 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p.243.
265
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
266
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
3.6.3 Periodicidade
499 Stuart Bell e Donald Macgillivray, Environmental Law, Seventh Edition, Oxford, p. 549.
500 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 436.
267
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
268
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
505Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 71.
507Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008,
pp.429 e ss.
269
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
270
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Jorge Mosset Iturraspe, “El Daño Ecológico en el Derecho Privado”, in Daño Ambiental,
508
271
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
dano e a sua verificação não tenham decorrido mais de 30 anos. Nesse caso,
o dano será coberto pelo regime especial criado.
272
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
2011, p.114.
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
510
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
511
273
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
513Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 65.
Lucía Gomis Catalá, Responsabilidad por Daños al Medio Ambiente, Arazandi Editorial,
514
274
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
515José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p.114.
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
516
Lucía Gomis Catalá, Responsabilidad por Daños al Medio Ambiente, Arazandi Editorial,
517
275
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
519
276
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
521
277
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
278
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
279
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
522 Tradução da Autora. Original: a) loss of life or personal injury; b) loss of or damage to
property; c) pure economic loss; d) the costs of reinstatement measures of the impaired
environment, limited to the costs of measures actually taken or to be undertaken; e) the
costs of preventive measures, including any loss or damage caused by such measures; and
f) environmental damage”.
280
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
523 Ou, como refere Carla Amado Gomes, entendendo os bens naturais “como veículos de
satisfação de necessidades vitais e de incremento do bem-estar. Trata-se de tutelar o ambiente
consoante a sua capacidade de aproveitamento, e o seu valor é calculado à medida do homem
que dele se aproveita”. “O Ambiente como Objecto e os Objectos do Direito do Ambiente”, in
Textos Dispersos de Direito do Ambiente, AAFDL, 2005, pp. 7-34, p. 13.
281
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
282
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
525Antes de mais, importa salientar que optamos pelo conceito de dano moral ambiental
porque, quanto a nós, esse é aquele que colhe a maior aceitação por parte da doutrina e
jurisprudência. Contudo, a discussão não é pacífica, existindo quem entenda que o termo
extrapatrimonial é menos restritivo, pois não vincula o dano à palavra moral que pode ter
várias significações e tornar-se, por isso, imprecisa. Ver José Rubens Morato Leite e Patryck
de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao colectivo extrapatrimonial. Teoria e
prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada, Editora Revista dos Tribunais, Brasil,
2010, p. 108.
283
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
527José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p. 108.
528 Anderson Furlan e Willian Fracalossi, Direito Ambiental, Editora Forense, Rio de Janeiro,
1.ª Edição, 2010, p. 505.
529José Rubens Morato Leite, “O dano moral ambiental difuso: conceituação, classificação e
jurisprudência brasileira”, in Actas do Colóquio a Responsabilidade Civil por Dano
Ambiental, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Ebook, Edição Instituto de
Ciências Jurídico Políticas, 18, 19 e 20 de Novembro de 2009, pp. 56-90, p. 60.
284
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
nosso foco vai cingir-se ao caso do dano moral ambiental na sua vertente
objetiva, enquanto afectação da vida em comunidade530. Este é, de facto, o
tipo de dano que não raras vezes é confundido com o dano causado ao
ambiente, mas que na verdade constitui um dano autónomo daquele.
530Sobre o dano ambiental moral na sua vertente subjectiva Ver Guillermina Yanguas
Montero, El Daño No Patrominial En El Derecho Del Medio Ambiente, Thomson Civitas,
Navarra, 2006, pp. 40 ss.
531José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p. 108.
532José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Dano Ambiental. Do individual ao
colectivo extrapatrimonial. Teoria e prática, 3.ª edição, revista, actualizada e ampliada,
Editora Revista dos Tribunais, Brasil, 2010, p. 108.
285
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
533José Ricardo Alvarez Vianna, Responsabilidade Civil por Danos o Meio Ambiente, 2.ª
Edição Revista e Actualizada, Juruá Editora, Curitiba, 2009, p. 138.
534 Anderson Furlan e Willian Fracalossi, Direito Ambiental, Editora Forense, Rio de Janeiro,
1.ª Edição, 2010, p. 506.
535 Carla Amado Gomes, “De que falamos quando falamos de dano ambiental? Direito,
mentiras e crítica, in Actas do Colóquio a Responsabilidade Civil por Dano Ambiental,
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Ebook, Edição Instituto de Ciências
Jurídico Políticas, 18, 19 e 20 de Novembro de 2009, pp. 153-171, p. 166.
286
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
536 Anderson Furlan e Willian Fracalossi, Direito Ambiental, Editora Forense, Rio de Janeiro,
1.ª Edição, 2010, p. 506.
287
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
à 50 000 euros, comme le préjudice moral, qui est en quelque sorte le prix du
découragement qu’elle a subi, avec lequel cependant il ne se confond pas”537.
537 L´arrêt de la Cour de Cassation, Chambre Criminelle, 25 de Setembro de 2012, n.º 3439,
p. 233 (sentença do recurso no caso ERIKA).
539 Tradução da Autora. Original: “pour accorder à l’association Robin des bois des
indemnités respectivement au titre du préjudice moral et de son préjudice écologique,
l’arrêt énonce que le premier résulte de l’atteinte portée aux objectifs de l’association et le
second de l’atteinte à l’affectio societatis”, L´arrêt de la Cour de Cassation, Chambre
Criminelle, 25 de Setembro de 2012, n.º 3439, p. 240 (sentença do recurso no caso ERIKA).
288
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
540 Anderson Furlan e Willian Fracalossi, Direito Ambiental, Editora Forense, Rio de Janeiro,
1.ª Edição, 2010, p. 506.
541José Ricardo Alvarez Vianna, Responsabilidade Civil por Danos o Meio Ambiente, 2.ª
Edição Revista e Actualizada, Juruá Editora, Curitiba, 2009, p. 140.
542 L´arrêt de la Cour de Cassation, Chambre Criminelle, 25 de Setembro de 2012, n.º 3439,
p. 247 (sentença do recurso no caso ERIKA).
289
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
autêntico dano moral que deve dar lugar a indemnização543. Pelo que, este
distancia-se do dano causado ao ambiente, onde, como melhor se
compreenderá no próximo Capítulo, se abandona a necessidade de um
lesado individual ou colectivo individualizado.
543 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p.214.
290
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
545 Adelaide Menezes Leitão,“Danos Puramente Económicos nos Sistemas da Common Law
– II (Jurisprudência Norte-Americana)” in Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Joaquim
Moreira da Silva Cunha, AAFDL, 2005, pp. 19 ss.
291
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
547 Tradução da Autora. Original: “estos casos de daños producidos por un mismo hecho
dañoso a un número potencialmente muy elevado y heterogéneo de personas, y
desconectado de lesiones a bienes o derechos de la personalidad (vida, integridad física) o
a la propriedad, constituyen la representación más clara de uno de los terrenos de mayor
interés y de expanción del Derecho de daños actual”, Recensión a Pure Economic Loss, 2004.
548O Reino Unido é o ordenamento jurídico que maior hostilidade apresenta à teoria da
indemnizabilidade dos danos patrimoniais puros. Ao contrário dos outros ordenamentos
estudados, o inglês não apresenta uma cláusula geral de responsabilidade, mas distingue
uma série de torts, cada qual com um regime próprio. Alguns destes torts permitem a
292
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
A decisão Murphy veio reafirmar a regra geral da não indemnizabilidade dos danos
patrimoniais puros. No entanto, esta tem ao longo dos tempos sido objecto de várias críticas
e posições contrárias. Há quem considere que falta um critério decisivo, nomeadamente
pela falta de densificação e consequente arbitrariedade do conceito de proximity, special
relationship e reliance by third party.
Em França, não estão familiarizados nem com o conceito, nem tão pouco com a
problemática dos danos patrimoniais puros. O artigo 1382º do Código Civil Francês dispõe
que qualquer pessoa que provoque danos a outro por sua “faute” (culpa) é obrigada à
reparação e à compensação. O sistema legal francês mostra-se, ao contrário dos
anteriormente estudados, mais acessível à reparação de danos puramente patrimoniais,
desde que se esteja perante um facto do Homem, que cause a outrem um dano. Assim, obriga
aquele por cuja culpa tal facto se deu a repará-lo, não indicando a violação de um direito
como requisito do dever de indemnizar.
550 O ordenamento jurídico italiano adoptou uma posição intermédia entre o sistema de
matriz germânica e o de matriz francesa. O respectivo Código Civil adoptou uma cláusula
geral de responsabilidade civil baseada na protecção a direitos específicos, como a saúde e
a propriedade. Prevendo no seu artigo 2043.º CC Risarcimento per fatto illecito: “Qualunque
fatto doloso o colposo, che cagiona ad altri un danno ingiusto, obbliga colui che ha commesso
il fatto a risarcire il danno (Cod. Pen. 185)”.
293
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
551 A problemática dos danos patrimoniais puros, apesar de não referido de forma expressa,
294
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
553“there would be no of claims”. W.H. van Boom, “Pure Economic Loss: A Comparative
Perspective” in Pure Economic Loss, Springer 2004, Wien/New York, pp. 1-40, p. 43.
554Como transcreve W.H. van Boom, “Pure Economic Loss: A Comparative Perspective” in
Pure Economic Loss, Springer 2004, Wien/New York, pp. 1-40, p. 43.
295
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
555W.H. van Boom, “Pure Economic Loss: A Comparative Perspective” in Pure Economic
Loss, Springer 2004, Wien/New York, pp. 1-40, p. 44.
556Adelaide Menezes Leitão, “Os Danos Puramente Económicos nos Sistemas da Common
Law – II (Jurisprudência Norte-Americana)”, in Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor
Joaquim Moreira da Silva Cunha, Coimbra Editora, Coimbra, 2005, p. 37.
296
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
297
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
298
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO IV
299
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
300
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
558Em cumprimento do artigo 18.º da Directiva 2004/35/CE, que determinou que, o mais
tardar até 30 de Abril de 2013, os Estados Membros apresentassem relatórios à Comissão
sobre a experiência obtida com a aplicação da Directiva, foi elaborado por Portuga o
Relatório sobre a Experiência obtida com a aplicação do Decreto-Lei n.º 147/2008, de 29
de Julho, disponível em http://ec.europa.eu/environment/legal/liability/.
301
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
302
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
559 Cfr. Artigo 19.º da Directiva 2004/35/CE e Artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 147/2008.
303
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
562Para além do Decreto-Lei e suas posteriores alterações será importante, ainda, ter em
consideração que a APA – Agência Portuguesa do Ambiente disponibiliza um “Guia para a
Avaliação de Ameaça Iminente e Dano Ambiental. Responsabilidade Ambiental”. Como refere
na Introdução deste, “[p]retende-se com este documento providenciar a todos os interessados
(operadores, entidades competentes e público em geral) a informação relativa à aplicação do
regime da responsabilidade ambiental (Regime RA), procurando clarificar alguns conceitos,
identificar os critérios de abrangência do mesmo, desenvolver aspectos técnicos inerentes à
sua aplicação, assim como evidenciar as obrigações dos operadores abrangidos. Este guia, sem
carácter vinculativo, constitui um documento de auxílio aos operadores na verificação do
cumprimento das obrigações decorrentes da aplicação deste diploma legal e,
simultaneamente, uma ferramenta de apoio à decisão da autoridade competente na aplicação
do Regime RA”, p. 1.
304
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
564Áustria, Bélgica, Chipre, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia,
Reino Unido, República Checa e Suécia, cfr. Relatório da Comissão ao Conselho, ao
Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões. Nos
termos do artigo 14.º, n.º 2 da Directiva 2004/35/CE relativa à responsabilidade ambiental
em termos de prevenção e reparação de danos ambientais, COM (2010) 581 final,
12.10.2010, p. 4.
305
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
306
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
567 Bélgica (a nível regional), Chipre, Eslováquia, Espanha, Estónia (excepto OGM), Grécia,
Itália, Letónia (excepto OGM), Malta, Reino Unido e República Checa (excepto OGM na
Escócia e País de Gales), cfr. Relatório da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao
Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões. Nos termos do artigo 14.º, n.º
2 da Directiva 2004/35/CE relativa à responsabilidade ambiental em termos de prevenção
e reparação de danos ambientais, COM (2010) 581 final, 12.10.2010, p. 4.
568Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, França, Letónia, Malta, Reino Unido e Roménia, cfr.
Relatório da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social
307
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Europeu e ao Comité das Regiões. Nos termos do artigo 14.º, n.º 2 da Directiva 2004/35/CE
relativa à responsabilidade ambiental em termos de prevenção e reparação de danos
ambientais, COM (2010) 581 final, 12.10.2010, p. 4.
308
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
570 Já aqui
deixamos claro que não adoptamos o conceito de dano ecológico, mas a discussão
mostra-se neste contexto pertinente. Carla Amado Gomes, “De Que Falamos Quando
Falamos De Dano Ambiental? Direito, Mentiras e Críticas”, in Revista do CEJ, 1.º semestre
2012, n.º 13, pp. 323-339, p 326.
309
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
“labirinto” jurídico…”571. Uma das causas que aponta para esta apelidada
“fragmentação”, prendia-se com a própria fragmentação do regime jurídico,
onde se apresentava uma multiplicidade de fontes de direito como a
Constituição, a Lei de Bases do Ambiente, o Código Civil, a Lei da Acção
Popular, entre outros.
310
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
perde “utilidade prática”, uma vez que tanto a prevenção como a reparação
devem dizer respeito tanto ao dano subjectivo como objectivo”573.
575 Cfr. Livro Branco sobre Responsabilidade Ambiental, COM(2000) 66final, 9 de Fevereiro
de 2000, p. 5.
311
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
576Um dos argumentos utilizados para defender essa postura é a de que todos os danos
ambientais são pessoais. Não porque afectam a esfera de direitos de um sujeito, mas sim
porque afectam a sua esfera de deveres. E, assim, integram ambos os tipos numa única
categoria. Esta posição tem encontrado alguma consagração, quer seja normativamente,
quer seja por parte da doutrina, contudo, não nos parece ser a mais adequada. Andrés
Betancor Rodríguez, Instituciones de Derecho Ambiental, Ed. La Ley, Madrid, 2001, p. 1251.
312
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Carla Amado Gomes, “De Que Falamos Quando Falamos De Dano Ambiental? Direito,
580
Mentiras e Críticas”, in Revista do CEJ, 1.º semestre 2012, n.º 13, pp. 323-339, pp. 324-325.
Carla Amado Gomes, “De Que Falamos Quando Falamos De Dano Ambiental? Direito,
581
Mentiras e Críticas”, in Revista do CEJ, 1.º semestre 2012, n.º 13, pp. 323-339, pp. 324-325.
313
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
dano, mas depois tratar cada tipo de dano de forma diferenciada e com
diferentes pressupostos.
314
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
583 As informações recolhidas junto daAPA reforçam que, até à data de entrega do presente
trabalho, não existe ocorrência de outros danos ou ameaças iminentes registadas junto à
Autoridade Competente.
315
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Tabela 1: Listagem dos casos classificados como “dano ambiental” à luz da Directiva
2004/35/CE registados em Portugal pela APA até 2015
Fonte: Report on the experience gained in the application of Decree-Law No. 147/2008 of 29
July 2008 585
316
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Apesar do relatório só referir os casos ocorridos e registados até Abril de 2013, foi-nos
confirmado pela Divisão de Responsabilidade Ambiental e Contaminação de Solos, da
Agência Portuguesa do Ambiente, que até à data (12-03-2015) não existem mais casos de
dano registados na referida entidade.
317
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Fonte: Report on the experience gained in the application of Decree-Law No. 147/2008 of 29
July 2008 586
586 Tabela 1, Report on the experience gained in the application of Decree-Law No.
147/2008 of 29 July 2008, Portuguese Environment Agency, Waste Department, April
2013, pp. 7 e ss. Apesar do relatório só referir os casos ocorridos e registados até Abril de
2013, foi-nos confirmado pela Divisão de Responsabilidade Ambiental e Contaminação de
Solos, da Agência Portuguesa do Ambiente, que até à data (12-03-2015) não existem mais
casos de dano registados na referida entidade.
318
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
319
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
320
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
321
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
322
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
590 Cfr. Artigo 10.º, al. d), da Lei n.º 19/2014 de 14 de Abril.
323
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
324
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO V
325
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
326
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
327
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
591 Fanny Sandez Lujan, El Bien Juridico Protegido en el Dedecho Penal del Medio Ambiente,
Breviarios de La Universidad Catolica de Cuyo, Año 1, n.º 2, San Juan, Republica Argentina,
1994, p.17.
592José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala, Direito Ambiental na Sociedade do
Risco, 2.ª edição revista, atualizada e ampliada, Forense Universitária, p. 240.
Luís Filipe Colaço Antunes, “Para uma Noção Jurídica de Ambiente”, in Scientia Ivridica,
593
Revista de Direito Comparado Português e Brasileiro, Janeiro-Junho, 1992, Tomo XLI, n.º
235/237, pp. 77-94, p. 77.
328
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
594 Deu-se, por exemplo, o debate entre aqueles que adoptavam uma teoria unitária de
ambiente, considerando assim o ambiente como um bem único, e a teoria atomista, de
acordo com a qual o ambiente é composto de uma pluralidade de bens. Parece-nos que, hoje,
a posição será mais no sentido da segunda, como veremos. Teresa Morais Leitão, Civil
Liability for Environmental Damage. A Comparative Survey of Harmonised European
Legislation, Dissertation submitted to the department of Law in candidacy for the Degree of
Master in European, International and Comparative Law, Florence, Italy, January 30, 1995,
p. 13.
595 J.J.
Gomes Canotilho, “Procedimento Administrativo e Defesa do Ambiente”, in Revista de
Legislação e de Jurisprudência, Ano 123.º, n.º 3799, 1990/91, p. 290.
596 Para José Rubens Morato Leite, na concepção ampla de ambiente considera-se “o
conjunto das relações estabelecidas entre o homem e o meio ambiente, não apenas em função
da ação transformadora das características físicas naturais do bem ambiental, mas, também,
devido às relações culturais que são estabelecidas pelo homem em função das possibilidades
de desenvolvimento social determinadas pelo meio ambiente”. José Rubens Morato Leite, “O
dano moral ambiental difuso: conceituação, classificação e jurisprudência brasileira”, in
Actas do Colóquio a Responsabilidade Civil por Dano Ambiental, Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, Ebook, Edição Instituto de Ciências Jurídico Políticas, 18, 19 e 20
de Novembro de 2009, pp. 56-90, p. 57.
329
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
598 Giovanni Cordini, “O Direito do Ambiente em Itália”, in Direito do Ambiente, INA, 1994,
p. 202.
330
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ar, o solo e o subsolo601. Entendemos que esta posição, por ser demasiado
restritiva, não fomenta um nível-base elevado de protecção ambiental, antes
pelo contrário602.
602 Enrique Beltrán Ballester, “El Delito Ecológico”, Medio Ambiente, Poder Judicial, Número
331
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
604Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 105.
Luís Filipe Colaço Antunes, “Para uma Noção Jurídica de Ambiente”, in Scientia Ivridica,
605
Revista de Direito Comparado Português e Brasileiro, Janeiro-Junho, 1992, Tomo XLI, n.º
235/237, pp. 77-94, p. 79.
332
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
609 Enrique Beltrán Ballester, “El Delito Ecológico”, Medio Ambiente, Poder Judicial, Número
611Como refere A.G. Tansley, “The use and abuse of vegetational concepts and terms”, in
Ecology, Vol. 16, N.º 3, pp. 284-307, p. 299, “our natural human prejudices force us to consider
the organisms (in the sense of the biologist) as the most important parts of these systems, but
certainly the inorganic “factors” are also parts – there could be no system without them, and
there is constant interchange of the most variouskinds within each system, not only between
the organisms but between the organic and the inorganic”.
333
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
612O termo ecossistema foi introduzido no vocabulário biológico por A. D. Tansley, no ano
de 1935. Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 106.
334
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Luís Filipe Colaço Antunes, “Para uma Noção Jurídica de Ambiente”, in Scientia Ivridica,
614
Revista de Direito Comparado Português e Brasileiro, Janeiro-Junho, 1992, Tomo XLI, n.º
235/237, pp. 77-94, p. 87.
335
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
336
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
615Ludwing Krämer, EC Environmental Law, Fouth Edition, Sweet & Maxwell, London,
2000, p. 134
337
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
338
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
339
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
621 http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/LSU/?uri=CELEX:31992L0043
340
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
341
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
342
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Europe, EASAC Policy Repport 09, February 2009, pp. 25 e ss, disponível para consulta em
www.easac.com, última vizualisação a 17.03.2015.
626 Com o título “O nosso seguro de vida, o nosso capital natural”, COM (2001) 244 final.
343
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
344
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
pelo menos, 15% dos ecossistemas degradados”627. Postura que marca uma
mudança de paradigma no direito de responsabilidade por dano causado ao
ambiente.
345
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
346
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
347
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
629Tradução da Autora. Original: “[n]atural Capital can be defined as the world´s stocks of
natural assets which include geology, soil, air, water, and all living things”. Definição
apresentada pelo Natural Capital Forum disponível em http://naturalcapitalforum.com.
348
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
349
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
350
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
351
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
632 Silvia Jaquenod De Zögnön, El Derecho Ecológico y sus Principios Rectores, 3.ª Editión,
S. L. Dykinson, España, 1991, p. 221.
352
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
353
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
354
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Com efeito, para nós, o objecto do dano, num sentido amplo, será
em última instância o ambiente natural (como vimos constituído pelos seus
elementos bióticos e abióticos), contudo, como já referimos, este será
representado pela figura da “ecodiversidade”. Com a assunção da protecção
da diversidade do ecossistema, em específico, vamos encontrar uma forma
de proteger o sistema que esteja de acordo com os fundamentos, objectivos
e pressupostos do regime atrás apontado. Esta abordagem significará, na
prática, como veremos já a seguir, uma maior amplitude dos bens objecto de
tutela jurídica pelo esquema de prevenção e reparação europeu.
355
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
639Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 58.
356
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
357
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
358
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
359
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
360
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
361
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
648 Cfr. Artigo 3.º da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.
362
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
363
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
364
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
654Alguns autores salientam que as funções dos solos são múltiplas, mas que quatro delas
são especialmente importantes: biológica; alimentar; filtro; e suporte mecânico e material,
Allan Ruellan e Victor Targalian, “A degradação dos Solos”, in Terra Património Comum,
Instituto Piaget, 1992, p.36.
365
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
366
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
367
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
bens ambientais que devem ser protegidos para o futuro. Contudo, até à
data, apesar de haver alguma protecção do solo através de várias políticas
sectoriais, ainda não existe uma abordagem global europeia relativa à
protecção do mesmo.
658Allan Ruellan e Victor Targalian, “A degradação dos Solos”, in Terra Património Comum,
Instituto Piaget, 1992, 1992, p.43.
368
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
660J.J.
Gomes Canotilho, “Privatismo, Associonismo e Publicismo no Direito do Ambiente ou
o rio da minha terra e as incertezas do direito público”, in Textos, Centro de Estudos
Judiciários, I Volume, Ambiente e Consumo, 1996, p. 148.
Ambiental”, in Lusíada, Revista de Ciência e Cultura, n.º 1 e 2, 2002, pp. 455-479, p. 460.
369
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
662Branca Martins Cruz, “Que Perspectivas para a Responsabilidade Civil por Dano
Ecológico? A Proposta de Directiva Comunitária Relativa à Responsabilidade Ambiental”, in
Lusíada, Revista de Ciência e Cultura, n.º 1 e 2, Coimbra Editora, 2001, pp. 359-374, p. 360.
663Branca Martins Cruz, “Que Perspectivas para a Responsabilidade Civil por Dano
Ecológico? A Proposta de Directiva Comunitária Relativa à Responsabilidade Ambiental”, in
Lusíada, Revista de Ciência e Cultura, n.º 1 e 2, Coimbra Editora, 2001, pp. 359-374, p. 362.
1996, p. 26.
370
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
666 Jorge F. Sinde Monteiro, Estudos sobre a Responsabilidade Civil, Coimbra, 1983, p. 8.
371
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
372
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
668 Inocêncio Galvão Telles, Direito das Obrigações, 7.ª Edição Revista e Actualizada, 1997,
p. 209.
373
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
671E. Santos Júnior, Da Responsabilidade Civil de Terceiro por Lesão do Direito de Crédito,
Colecção Teses, Almedina, Coimbra, 2003, p.240.
672A falta de existência de um “lesado” é outra das características essenciais deste regime.
Assim, a responsabilidade ambiental pode iniciar os seus mecanismos de protecção do
ambiente sem a existência de um lesado concreto, como ocorre com os danos “órfãos”, cujo
“afectado” é o interesse geral. Julia Pedraza Laynez, La Responsabilidad por Daños
Medioambientales, Baker & Mackenzie, Thomson Reuters Arazandi, 2016, p. 25.
673 Inocêncio Galvão Telles, Direito das Obrigações, 7.ª Edição Revista e Actualizada, 1997,
p. 209.
374
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
674 Anderson Furlan e Willian Fracalossi, Direito Ambiental, Editora Forense, Rio de Janeiro,
1.ª Edição, 2010.
375
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
376
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
683 Carla Amado Gomes, “Escrever Verde por Linhas Tortas: O Direito ao Ambiente na
Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem”, in Revista de Direito do
Ambiente e Ordenamento do Território, 16 e 17, pp. 81-117, p.116.
684 Tradução da Autora. Original: “The crucial element which must be present in
determining whether, in the circumstances of a case, environmental pollution has adversely
affected one of the rights safeguarded by paragraph 1 of Article 8 is the existence of a
harmful effect on a person’s private or family sphere and not simply the general
deterioration of the environment. Neither Article 8 nor any of the other Articles of the
Convention are specifically designed to provide general protection of the environment as
377
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Expressamente afirma que nem o artigo 8.º, nem qualquer outro artigo da
CEDH, são projectados especificamente para oferecer protecção geral ao
ambiente. Ou seja, fica patente, nessa decisão, que o objectivo da CEDH é o
de salvaguardar os Direitos Humanos individuais, não as expectativas ou
necessidades da colectividade como um todo685, nem tão pouco os danos
sofridos pelo ecossistema686.
such”, Kyrtatos c. Grécia, Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, 1.ª Secção, Proc. N.º
41666/98, Estrasburgo, 22 de Maio de 2003, parágrafo 52.
Manual on human rights and the environment, Council of Europe Publishing, 2.ª edição,
686
2012, p.46.
378
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
689Segundo Carla Amado Gomes “A ideia de bens colectivos assenta, desta feita, na vertente
imaterial dos bens ambientais, a qual dispensa o contacto directo com o suporte físico desses
bens (ou, pelo menos, dos que o tiveram), ou, o mesmo é dizer, o vínculo de propriedade”, in
Risco e Modificacção do Acto Autorizativo Concretizador de Deveres de Protecção do
Ambiente, Coimbra Editora, 2007, p. 171.
379
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
380
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
691Luís Filipe Colaço Antunes, “Para uma Noção Jurídica de Ambiente”, in Scientia Ivridica,
Revista de Direito Comparado Português e Brasileiro, Janeiro-Junho, 1992, Tomo XLI, n.º
235/237, pp. 77-94, p. 77; Dandi Papadopoulou, “The Role of French Environmental
Associations in Civil Liability for Environmental Harm: Courtesy of Erika”, in Journal of
Environmental Law, 21:1, 2009, pp. 87-112, p. 99.
381
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
696 Quanto aos elementos da responsabilidade civil, trata-se de uma enumeração puramente
697Júlio Gomes, “Em Torno Do Dano Da Perda de Chance – Algumas Reflexões”, in ARS
IVDICANDI, Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor António Castanheira Neves, Vol. II:
Direito Privado, Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, STVIDIA
IVRIDICA 91, AD HONOREM 3, Coimbra Editora, Coimbra, 2008, pp. 289-327, p. 289.
382
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
cada uma delas, não é esse o nosso escopo e essa tarefa já foi realizada
amplamente no direito civil. Para o que aqui interessa, importa, sobretudo,
referir alguns pontos que julgamos essenciais para o entendimento da nossa
posição698.
699Mário Júlio de Almeida Costa, Direito das Obrigações, 9.ª ed., Revista e Actualizada,
Almedina, Coimbra, 2001, p.542.
700 Luís Manuel Teles de Menezes Leitão, Direito das Obrigações, Vol. I, 3.º Edição, Almedina,
383
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
703João de Castro Mendes, “Do Conceito Jurídico de Prejuízo”, in Jornal do Foro, Ano 16,
Lisboa, 1952, pp. 41-66, p. 52.
704Talvez numa segunda fase em que falássemos do cálculo da indemnização isso fizesse
sentido, contudo, neste trabalho não teremos oportunidade de chegar a essa fase da
discussão, cingindo-nos à discussão que tem que ser feita de forma preliminar, onde se
constata a existência do dano e o fundamento da obrigação de reparação.
705João de Castro Mendes, “Do Conceito Jurídico de Prejuízo”, in Jornal do Foro, Ano 16,
Lisboa, 1952, pp. 41-66, pp. 43 e ss.
384
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
706João de Castro Mendes, “Do Conceito Jurídico de Prejuízo”, in Jornal do Foro, Ano 16,
Lisboa, 1952, pp. 41-66, p. 52.
707 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 82.
385
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
386
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Posto isto, uma vez que a Directiva lida com um tipo de dano
pouco desenvolvido, que não é reparável pela maioria dos direitos nacionais
dos Estados-Membros, faz sentido e torna-se necessário que através da
mesma se chegue a uma definição de “dano” aplicável uniformemente nos
vários Estados-Membros711. E, de uma vez por todas, definam-se “noções
úteis para a boa interpretação e aplicação do regime previsto na Directiva, em
especial no que se refere à definição de danos” 712.
711Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 55.
387
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
714 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 95.
715 Philippe Sands, Jacqueline Peel, Adriana Fabra e Rith Mackenzie, Principles of
International Environental Law, Cambridge University Press, New York, 2012, p. 706.
388
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
389
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
390
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
716 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 95.
717José Ricardo Alvarez Vianna, Responsabilidade Civil por Danos o Meio Ambiente, 2.ª
Edição Revista e Actualizada, Juruá Editora, Curitiba, 2009, p. 134.
391
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
719 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 97.
392
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
721 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 98.
Christopher H. Schroeder, “Rights against Risks”, in Columbia Law Review, Vol. 86, pp.
722
393
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
725Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 119.
394
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
728 Michel Despax, Droit de L´Environnement, Librairies Techniques (LITE), 1980, pp. 3 ss.
395
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Para além disso, não é qualquer acção humana que está em causa.
Para auxiliar a compreensão do tipo de actuação ora em causa o conceito de
“emissão” é utilizado. E, nos termos da mesma Directiva, emissão significa
“a libertação directa ou indirecta de substâncias, de vibrações, de calor ou de
ruído para o ar, a água ou o solo, a partir de fontes pontuais ou difusas com
origem numa dada instalação”730. Seriam, então, os impactos negativos
resultantes de uma acção humana com origem numa dada instalação, no
caso, resultantes de uma actividade ocupacional como já tivemos
oportunidade de verificar, aquela que poderá dar azo à classificação do
prejuízo como “alteração adversa” para efeitos de reparação do dano à
ecodiversidade.
729Cfr. artigo 2.º, n.º 15, Directiva 2008/5/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 21
de Maio de 2008 relativa à qualidade do ar ambiente e a um ar mais limpo na Europa. Michel
Despax, Droit de L´Environnement, Librairies Techniques (LITE), 1980, pp. 3 ss.
396
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
397
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
398
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
399
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
739Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 56.
740Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 57.
400
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
401
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
402
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Isto, com efeito, não é o mesmo que dizer que o dano é “certo”,
até porque muitas vezes aqui é difícil identificar o quantum destes danos
imediatamente. Daí a opção do legislador pelo “concreto” ao invés do “certo”.
Afinal, no dano à ecodiversidade o simples perigo ou ameaça de um dano
serão suficientes para fazer accionar o regime, desde que baseado em
746Júlio Gomes, “Em Torno Do Dano Da Perda de Chance – Algumas Reflexões”, in ARS
IVDICANDI, Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor António Castanheira Neves, Vol. II:
Direito Privado, Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, STVIDIA
IVRIDICA 91, AD HONOREM 3, Coimbra Editora, Coimbra, 2008, pp. 289-327, p. 291.
403
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
747Alfredo Orgaz, “El Acto Ilicito y El Daño”, in Revista Jurídica de Cordoba, Octubre-
Deciembre, Año 2, N.º 8, TEA Distribuidores, Buenos Aires,1948, pp. 431-452, p. 445.
404
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
CAPÍTULO VI
405
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
406
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
749 Abdurrahman Saygili, Legal Functions of the Concept of Significance in the Process of
Environmental Impact Assessment, in Ankarabarreview, Vol. 2, Issue 1, January 2009, pp.
25-29, disponível para consulta no site
http://www.ankarabarosu.org.tr/siteler/AnkaraBarReview/tekmakale/2009-1/3.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 25.
407
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
752 Philippe Sands, Jacqueline Peel, Adriana Fabra e Rith Mackenzie, Principles of
International Environental Law, Cambridge University Press, New York, 2012, p. 708.
753 Ramón Martín Mateo, Tratado de Derecho Ambiental, Vol. VI, Edisorfer SL, Madrid, 2003,
p. 252.
754MacAlister Elliot and Partners Ltd and the Economics for The Environment Consultancy
Ltd, Study on the Valuation and Resporation of Damage to Natural Resources for the
Purpose of Environmental Liability, European Commission, Directorate-General
Environment, B4-3040/2000/26578/MAR/B3, May 2001, p. 11.
408
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
409
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
410
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
756 Abdurrahman Saygili, Legal Functions of the Concept of Significance in the Process of
Environmental Impact Assessment, in Ankarabarreview, Vol. 2, Issue 1, January 2009, pp.
25-29, disponível para consulta no site
http://www.ankarabarosu.org.tr/siteler/AnkaraBarReview/tekmakale/2009-1/3.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 25.
757 Peter N.
Duinker e Gordon E. Beanlands, “The Significance of Environmental Impacts: An
Exploration of The Concept”, in Environmental Management, Vol. 10, n. º 1, pp. 1-10, 1986,
p. 1.
411
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
759 “Significance of environmental impacts is centred on the effects of human activities and
involves a value judgement of the significance or importance of these effects. Such judgements,
often based on social and economic criteria, reflect the political reality of impact assessment
in which significance is translated into public acceptability and desirability”. John Philip
Bevan, Determining Significance in Environmental Impact Assessment: A Review of Impacts
upon the Socio-Economic and Water Environments, Master of Science Thesis, University of
East Anglia, September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
412
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Cantes and Canty “A significância pode ser considerada em três níveis: (1) significativo
(1993) e não mitigável; (2) significativo, mas mitigável, e (3) insignificante.
A significância é, por vezes, baseada no julgamento profissional, no
poder executivo, na importância do projecto/assunto, na
sensibilidade do projecto/assunto, e contexto, ou pela controvérsia
suscitada". [tradução da autora]761
760 “The significance of an impact is an expression of the cost or value of an impact to society.
The focus of EIA must be a judgement as to whether or not impacts are significant, based upon
the value-judgements of society, or groups of people chosen to reprensent the whishes of
society”. John Philip Bevan, Determining Significance in Environmental Impact Assessment:
A Review of Impacts upon the Socio-Economic and Water Environments, Master of Science
Thesis, University of East Anglia, September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
761 “Significance can be considered on three levels: (1) significant and not mitigatible; (2)
significant but mitigatable, and (3) insignificant. Significance is sometimes based on
professional judgement, executive authority, the importance of the project/issue, sensitivity of
the project/issue, and context, or by the controversy raised”. John Philip Bevan, Determining
Significance in Environmental Impact Assessment: A Review of Impacts upon the Socio-
Economic and Water Environments, Master of Science Thesis, University of East Anglia,
September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
413
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
762 “The evaluation of significance is subjective, contingent upon values, and dependent upon
the environmental and community context. Scientific disciplinary and professional
perspectives frame evaluations of significance. Scientists therefore evaluate significance
differently from one another and from local communities”. John Philip Bevan, Determining
Significance in Environmental Impact Assessment: A Review of Impacts upon the Socio-
Economic and Water Environments, Master of Science Thesis, University of East Anglia,
September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
414
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Ljäs et al. (2009) "A avaliação visa determinar o principal responsável pela carga
ambiental global do projecto, de forma a planear as medidas
adequadas para mitigar esses impactos. Para atingir este objetivo
a questão essencial a ser respondida é se um projecto é susceptível
de causar alterações ambientais significativas, que podem então
ser usadas como um gatilho para acções autoritárias em relação ao
projecto ". [tradução da autora]765
the Socio-Economic and Water Environments, Master of Science Thesis, University of East
Anglia, September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
765 “The assessment seeks to determine the key responsible for the overall environmental
burden of the project so as to plan suitable measures to mitigate these impacts. To achieve this
goal the essential question to be answered is whether a project is likely to cause significant
environmental change, which can then be used as a trigger for authoritative actions relative
to the project”. John Philip Bevan, Determining Significance in Environmental Impact
Assessment: A Review of Impacts upon the Socio-Economic and Water Environments,
Master of Science Thesis, University of East Anglia, September 2009, disponivel em
http://www.uea.ac.uk/env/all/teaching/eiaams/pdf_dissertations/2009/Bevan_John.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 16.
415
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
416
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
417
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
768 Cfr. artigo 2.º, n.º 1, al. a), b) e c), da Directiva 2004/35/CE.
418
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
770Michael G Faure, and Kristel De Smedt, The ELD´s effects in practice, in The EU
Environmental Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United
Kingdom, 2013, pp. 299-314, Oxford University Press, 2013, United Kingdom, p. 313.
419
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
771 Milieu Ltd, IUCN, Experience gained in the application of the ELD biodversity damage,
Final Report for The European Commission, DG Environment, Brussels, February, 2014, p.
78.
420
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
421
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
773 Philippe Sands, Jacqueline Peel, Adriana Fabra e Rith Mackenzie, Principles of
International Environental Law, Cambridge University Press, New York, 2012, p. 710.
422
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Assim, neste caso, a Comissão salienta que deve ser levada a cabo
uma interpretação objectiva do conceito de “efeito significativo”. Referindo
que o efeito negativo deve ser considerado significativo quando:
Cfr. Case C-127/02, Opinion of Advocate General Kokoti delivered on 29 January 2004,
774
423
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Cfr. Case C-127/02, Opinion of Advocate General Kokoti delivered on 29 January 2004,
775
Cfr. Case C-127/02, Opinion of Advocate General Kokoti delivered on 29 January 2004,
776
Cfr. Case C-127/02, Opinion of Advocate General Kokoti delivered on 29 January 2004,
777
424
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Contudo, na prática não tem sido essa a posição que tem sio
adoptada aquando da interpretação do “efeito significativo” como
qualificador do dano. Ao invés, a Directiva adopta uma posição no sentido
de que nem toda a alteração adversa do ambiente natural pode considerar-
se geradora de responsabilidade e, consequentemente, que nem todas as
formas de danos podem ser corrigidas pelo mecanismo da
responsabilidade778. Assim, nos termos do regime especial criado, o dano
causado ao ambiente só será reparável se for significativo779.
779 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 95.
780Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 4.
425
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
782No que respeita à responsabilidade civil, PESSOA JORGE, refere que “assim como um
defeito insignificante na execução não tira a esta o carácter de cumprimento, deve entender-
se que um prejuízo irrisório não constitui pressuposto da responsabilidade civil (…) tal
conclusão é importante pelo bom senso e até pelo princípio da boa-fé: a exigência de
reparação de um desses prejuízos só poderia explicar-se pelo proósito de vexar o lesante e,
como tal, não mereceria a tutela do direito”. Fernando de Sandy Lopes Pessoa Jorge, Ensaio
Sobre Os Pressupostos Da Responsabilidade Civil, Cadernos de Ciência e Técnica Fiscal,
Centro de Estudos Fiscais da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, Ministério das
Finanças, Lisboa, 1968, p. 387.
426
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
783Lucas Bergkamp e Anke van Bergeijk, “Scope of ELD Regime”, in The EU Environmental
Liability Directive. A Commentary, Oxford University Press, United Kingdom, 2013, pp. 51-
79, p. 58.
784Carlos Miguel Perales, Derecho Español del Medio Ambiente, Tratados e Manuales,
Segunda Edición, Thomson Reuteus, p. 331.
427
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Délton Winter de Carvalho, Dano ambiental futuro. A responsabilidade civil pelo risco
785
428
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
429
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Assim, quanto a nós, uma crítica que se pode fazer é que este
conceito é demasiado subjectivo, gerando múltiplos critérios densificadores
que em pouco auxiliam na objectivação do mesmo. Em outras palavras, a
utilização do critério “significativo” como limite para a reparação, ou não, do
dano à ecodiversidade traz consigo o risco da reparação deste dano ficar
intrinsecamente modelada aos interesses de uma determinada sociedade.
Significativo será, no final, um julgamento da Autoridade Competente, do
Governo e do Público em geral790. Ficando assim, o julgamento da
significância do dano dominado por uma abordagem iminentemente
antropocêntrica791.
789 Peter N.
Duinker e Gordon E. Beanlands, “The Significance of Environmental Impacts: An
Exploration of The Concept”, in Environmental Management, Vol. 10, n. º 1, pp. 1-10, 1986,
p. 5.
790Alan Gilpin, Environmental Impact Assessment (EIA). Cutting the Edge for The Twenty-
First Century, Cambridge Universty Press, New York, 1995, p. 7.
791 Abdurrahman Saygili, Legal Functions of the Concept of Significance in the Process of
Environmental Impact Assessment, in Ankarabarreview, Vol. 2, Issue 1, January 2009, pp.
25-29, disponível para consulta no site
http://www.ankarabarosu.org.tr/siteler/AnkaraBarReview/tekmakale/2009-1/3.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 28.
430
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
792Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. xiv.
794 Como refere Julia Pedraza Laynez, La Responsabilidad por Daños Medioambientales,
Baker & Mackenzie, Thomson Reuters Arazandi, 2016, p. 75, “Sin embargo, la doctrina ha
llegado a preguntarse si la gravedad del daño es un requisito que debe exigirse o, em cambio
es una decisión que se dibuja puramente subjectiva o arbitraria. Opinión, que a su vez, se ha
apoyado por la tradicional falta de exigencia por parte del derecho español (art.º 1902.º del
CC) de una gravedad particular del daño”.
431
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
795 Albert Ruda González, El Daño Ecológico Puro, Thomson Arazandi, Navarra, 2008, p. 102.
432
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
796 Sobre a abordagem ecossistemática aplicada ao espaço marinho Ver João Miranda,
Estudos de Direito do Ordenamento do Território e do Urbanismo, AAFDL, 2016, pp. 13 e
ss.
433
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
799 Cfr. COP 5 Decision V/6 e COP 7 Decision VII/11, disponível para consulta in
http://www.cbd.int/decision/cop/default.shtml?id=7748, última vizualiação a 20.02.105.
800 Cfr. COP 5 Decision V/6 e COP 7 Decision VII/11, disponível para consulta in
http://www.cbd.int/decision/cop/default.shtml?id=7748, última vizualiação a 20.02.105.
434
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
802Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 2.
435
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
436
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
437
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
438
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Do que vimos até aqui fica claro que é de suma importância para
uma eficiente implementação e aplicação do regime especial de prevenção e
reparação que se saiba, exactamente, quando é que existe um dano à
ecodiversidade. Consequentemente, quando é que estamos perante um
dano passível de accionar a protecção criada pelo regime da Directiva
2004/35/CE.
439
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
440
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
441
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
442
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
809 Mas não inviabiliza. Com refere Alexandra Aragão, A Natureza Não tem Preço…Mas
Devia. O Dever De Valorar e Pagar os Serviços dos Ecossistemas, in Estudos de Homenagem
ao Prof. Doutor Jorge Miranda, Vol. IV, Direito Administrativo e Justiça Administrativa,
Edição Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Coimbra Editora, Coimbra, 2012,
pp. 11-41, p. 7 “Fazendo um paralelo com a indemnização do dano morte no direito civil, tal
como a perda de uma vida humana, também as perdas de biodiversidade podem ser tão graves
que não há indemnização que compense os danos causados. Porém, de forma mais
pragmática, e concordando com a dourina civilista maioritária, tal como consideramos
injusto ão compensaqr a lesão do bem vida “só” porque a vida humana tem um valor
incalculável, também consideramos injusto desenvolver actividades que comportem perdas
graves de biodiversidade, sem o estabelecimento de qualquer forma de pagamento
compensatório a pretexto do seu valor incalculável”.
810 AlexandraAragão, A Natureza Não tem Preço…Mas Devia. O Dever De Valorar e Pagar os
Serviços dos Ecossistemas, in Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor Jorge Miranda, Vol.
443
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
811Robert Constanza, e outros, “The Value of World´s Ecosystem Services and Natural
Capital”, in Nature, Vol. 387, 15 May 1997, pp. 253-260, p. 253.
444
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
814 Como salienta MARTA CHANTAL, referindo-se então à biodiversidade, “vista pelo prisma
815 Esteban Castellano Jiménez, “Valoración de Los Daños A Los Recursos Naturales”, in
Comentários a la Ley de Responsabilidad Medioambiental, Thomson Civitas, Navarra, 2008,
pp. 369-394, p. 369.
445
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
446
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
820Paulo de Bessa Antunes, Dano Ambiental: Uma Abordagem Conceitual, 2.ª Edição,
Editora Atlas S.A, São Paulo, 2015, p. 5.
822Robert Constanza, e outros, “The Value of World´s Ecosystem Services and Natural
Capital”, in Nature, Vol. 387, 15 May 1997, pp. 253-260, p. 253.
447
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
448
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
449
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Serviços de Aprovisionamento
Produtos obtidos dos ecossistemas
▪ Alimentos
▪ Água Doce
Serviços de Suporte
▪ Combustível
▪ Fibras
Serviços necessários para a ▪ Compostos bioquímicos
▪ Recursos Genéticos
produção de todos os outros
serviços dos ecossistemas Serviços de Regulação/ Controle
Benefícios obtidos através da regulação
dos processos dos ecossistemas
▪ Regulação do Clima
▪ Formação do Solo ▪ Regulação de Doenças
▪ Regulação de Água
▪ Ciclo de Nutrientes ▪ Purificação de Água
▪ Produção Primária
Serviços Culturais
Benefícios não materiais obtidos dos
ecossistemas
▪ Espirituais e Religiosos
▪ Recreio e Turismo
▪ Estéticos
▪ Inspiradores
▪ Educacionais
▪ Sensação de Lugar
▪ Herança Cultural
450
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
829 “Tanto no Direito Internacional com no Dreito Europeu e mesmo no Direito Interno, o dever
de valorar tem vindo a ganhar forma”. Alexandra Aragão, A Natureza Não tem Preço…Mas
Devia. O Dever De Valorar e Pagar os Serviços dos Ecossistemas, in Estudos de Homenagem
ao Prof. Doutor Jorge Miranda, Vol. IV, Direito Administrativo e Justiça Administrativa,
Edição Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Coimbra Editora, Coimbra, 2012,
pp. 11-41, p. 8.
451
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
833Para uma visão comparativa do regime da Directiva 2004/35/CE com o regime OPA Ver
Emilie Cornu - Thenard, “La Reparation du Dommage Environnemental”, in Revue Juridique
de L´Environment, 2, 2008, Juin, pp. 175-189, p. 180.
452
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
453
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
454
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
455
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
456
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
837 AlexandraAragão, A Natureza Não tem Preço…Mas Devia. O Dever De Valorar e Pagar os
Serviços dos Ecossistemas, in Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor Jorge Miranda, Vol.
IV, Direito Administrativo e Justiça Administrativa, Edição Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, Coimbra Editora, Coimbra, 2012, pp. 11-41, p. 28.
457
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
458
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
840 UNEP, Ecosystem and Human Well-Being: A Framework For Assessment, Ecosystem and
841 Nesse caso, os ecossistemas e os serviços fornecidos tinham valor para as sociedades
humanas porque as pessoas, directa ou indirectamente, tiravam proveito do seu uso (valor
de uso). Dentro deste conceito utilitário de valor, as pessoas também dão valor a serviços
do ecossistema que não estão a usar no momento (valor de não uso). Os valores de não uso,
geralmente conhecidos como valores de existência, envolvem os casos em que o Homem
atribui valor ao mero conhecimento de que um recurso existe, mesmo que ele nunca venha
a utilizar esse recurso directamente. Estes recursos envolvem amiúde valores históricos,
nacionais, éticos, religiosos e espirituais profundamente enraizados, que as pessoas
atribuem aos ecossistemas. Isabelle Doussan, “Les services écologiques: un nouveau
concept pour le droit de l´environment?”, in La Responsabilité Environnmentale.
Preventión, imputatión, réparation, Dalloz, Paris, 2009, pp. 125-142, p.126.
842Por outro lado, um paradigma oposto, o do valor não utilitário (ecocêntrico), considera
que algo pode ter um valor intrínseco, isto é, pode ter valor por si e para si mesmo,
independentemente da sua utilidade para outros. Na perspetiva de muitos pontos de vista
459
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
460
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
461
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
462
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
463
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
outros conceitos para o tratamento deste tipo de danos, o que coloca desde
logo em causa o escopo uniformizador do regime.
464
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
465
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
466
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
467
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
468
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
Pelo contrário, temos um conceito de dano demasiado restrito que, caso seja
seguido à letra pelos Estados-Membros, culmina numa protecção ambiental
superficial e diferenciada entre os bens ambientais. Com determinados bens
a merecerem protecção pelo regime de responsabilidade ambiental e outros,
da mesma natureza, fora da protecção atribuída pelo regime.
469
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
470
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
471
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
472
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
473
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
845 Abdurrahman Saygili, Legal Functions of the Concept of Significance in the Process of
Environmental Impact Assessment, in Ankarabarreview, Vol. 2, Issue 1, January 2009, pp.
25-29, disponível para consulta no site
http://www.ankarabarosu.org.tr/siteler/AnkaraBarReview/tekmakale/2009-1/3.pdf,
última consulta 23.01.2015, p. 28.
474
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
475
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
846 François Ost, A Natureza à Margem da Lei, Instituto Piaget, 1997, p. 310.
847 UNEP, Ecosystem and Human Well-Being: A Framework For Assessment, Ecosystem and
476
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
477
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
478
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
BIBLIOGRAFIA
479
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
480
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ÁLVAREZ RUBIO, Juan José (Director), Las Lecciones Jurídidicas del Caso
Prestige. Prevención, Gestión y Sanción Frente a la
Contaminación Marina por Hidrocarburos, primera edición,
Thomson Reuters, Arazandi, 2011.
481
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
AMADO GOMES, Carla – “Uma Mão Cheia de Nada, Outra de Coisa Nenhuma:
Duplo Eixo Reflexivo em Tema de Biodiversidade”, in No Ano
Internacional da Biodiversidade, Contributos para o Estudo d
Direito de Protecção da Biodiversidade, Edição Instituto de
Ciências Jurídico-Políticas, E-book, disponível em www.icjp.pt,
Novembro 2010.
482
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
483
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
484
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
485
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
486
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ASCENÇÃO, José de Oliveira, Direito Civil. Teoria Geral. Vol. III, Coimbra
Editora, 2002.
487
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
488
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
489
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
490
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
491
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
492
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
493
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
494
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
COSTA, Mário Júlio de Almeida – Direito das Obrigações, 9.ª ed., Revista e
Actualizada, Almedina, Coimbra, 2001.
CRANOR Carl F. – Toxic Tort. Science, Law, and the Possibility of Justice,
Cambridge University Press, New York, 2006.
495
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
DAVIS, Mark – “Lessons unlearned: the legal and policy legacy of the BP
Deepwater Horizon Spill”, in 3 Wash e Lee J. Energy, Climate &
Envi´T 155, 2012, pp. 155-175.
496
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
497
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
ELLIOT MacAlister and Partners Ltd and the Economics for The
Environment Consultancy Ltd, Study on the Valuation and
Resporation of Damage to Natural Resources for the Purpose of
Environmental Liability, European Commission, Directorate-
General Environment, B4-3040/2000/26578/MAR/B3, May
2001.
498
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
499
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
500
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
GILPIN, Alan, Environmental Impact Assessment (EIA). Cutting the Edge for
The Twenty-First Century, Cambridge Universty Press, New
York, 1995.
501
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
502
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
503
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
504
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
505
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
506
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
LEITÃO, Luís Manuel Teles de Menezes – Direito das Obrigações, Vol. I, 3.º
Edição, Almedina, Coimbra, 2003.
507
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
LIGHT, Alfred R. – “More Equal Than Others: The United States Government
Under CERCLA”, in Rethinking Superfund, The National Legal
Center for the Public Interest, Washington, D.C, EUA, 1991,
pp.43-52.
508
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
509
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
MCMEEKIN II, John C.; EHMANN, John e MAPES, Aaron S. – “Stigma Damages
and Diminution of Property claims in Environmental Class
Actions”, in Environmental Claims Journal, 24(3), Routledge
Taylor & Francis Group, LLC, 2012, pp. 266-287.
MENDES, João de Castro, Direito Civil, Teoria Geral, vol II, AAFDL, 1999.
510
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
511
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
MURPHY, John – “Noxious Emissions and Common Law Liability Tort in the
Shadow of Regulation”, in Environmental Protection and the
Common Law, Hart Publishing, Oxford, 2000, p. 63.
512
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
513
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
514
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
515
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
516
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
517
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
518
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
519
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
520
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
521
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
SODHI, Nayjot S. Conservation Biology for All, Oxford University Press, New
York, 2010.
STROUP, Richard L., and MEINERS, Roger E. (Editors) – Cutting Green Tape,
Toxic Pollutants, Environmental Regulation and the Law,
522
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
523
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
524
Dano à Ecodiversidade: RupturaConceptual
Uma Perspectiva Juspublicista
525