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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ESCOLA MUNICIPAL PAROQUIAL SÃO MIGUEL


ATIVIDADE
ALUNO(a):______________________________________________________ 7ª SÉRIE ____
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PRTUGUESA PROFª Edivânia Helena Nunes

O melhor amigo

A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para
dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em
direção de seu quarto.
- Meu filho? – gritou ela.
- O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
- Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar
tempo.
- Eu? Nada ...
- Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando
desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
- Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
- Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
- Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
- Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
- Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
- Ah, mamãe... – já compondo uma cara de choro.
- Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa
para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto, emburrado: a gente também
não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo,
enxotado desta maneira!
- Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
- Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.
- Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
- Você não é todo mundo.
- Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
- Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.
- A senhora é ruim mesmo, não tem coração!
- Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e
depois... ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
- Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
- Ah, mamãe, deixa! – choramingou ainda: - Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.
- E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?
- Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
- Deixa de conversa: obedece sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma
injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa toda...
Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
- Pronto, mamãe!
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
- Eu devia ter pedido cinqüenta, tenho certeza que ele dava, murmurou, pensativo.
Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora, org. Fernando Sabino: literatura comentada. São Paulo, Abril, 1980.
p. 43-

1ª questão: O texto lido é:


a.( ) uma notícia, pois aborda a realidade.
b.( ) uma crônica, pois relata, de forma artística, um fato colhido no cotidiano.
c.( ) um poema, pois apresenta um diálogo entre a mãe e o menino.
d.( ) uma descrição, pois a personagem afirma que o cachorro é bonitinho.
e.( ) uma entrevista entre a mãe e o menino.
2ª questão: O adjetivo que melhor caracteriza a mãe é:
a.( ) intransigente b.( ) fútil c.( ) desconfiada d.( ) pertinente e.( ) tolerante

3ª questão: As atitudes do menino, no 1º parágrafo, revelam que ele:


a.( ) costumava proteger os animais. b.( ) estava fugindo de alguém. c.( ) imaginava as reações da
mãe.
d.( ) não gostava de cachorros. e.( ) não gostava da mãe.
4ª Questão: O menino “ sabia que não adiantava “ , porque a mãe:
a.( ) detestava animais b.( ) xingava o cachorro. c.( ) não gostava de filhotes.
d.( ) “ coisificava” o animal. e.( ) tinha muitos afazeres.

5ª questão: A palavra que justifica perfeitamente a resposta ao item anterior (questão 4) é:


a.( ) isso b.( ) filhote c.( ) carinha d.( ) esse e.( ) bonitinho

6ª questão: Pode-se supor que, no final do texto, tenha passado pela cabeça da mãe a possibilidade de o
filho:
a.( ) matar-se b.( ) fugir de casa c.( ) abater-se d.( ) odiá-la e.( ) todas são admissíveis.

7ª questão: Justifica-se a resposta ao item anterior (questão 6 ) , porque...


a.( ) o garoto adorava animais
b.( ) os olhos do menino prometiam vingança.
c.( ) o menino não tinha amigos
d.( ) a mãe estava sobrecarregada
e.( ) o menino sentiria a falta do animal

8ª questão: Ao final do texto o autor fala em 30 dinheiros, e não em 30 reais. Isso se deve ao fato de:
a.( ) o autor ter escrito esta história quando a moeda brasileira ainda não era o real.
b.( ) o autor usar este valor procurando não identificá-lo com a moeda do nosso país.
c.( ) a moeda apontada era mera ficção.
d.( ) a moeda tem valor simbólico associada a um fato real.
e.( ) a moeda usada pelo menino-personagem corresponde à linguagem infantil.

9ª Questão: No fragmento “Tentou enxugar a lágrima, não havia lágrima”, facilmente identifica-se, dentro
dele, uma relação de:
a.( ) alternância b.( ) conclusão c.( ) oposição d.( ) explicação e.( ) concessão

10ª questão: O último parágrafo do texto, em relação ao título, revela:


a.( ) incoerência b.( ) recompensa c.( ) insolência d.( ) confirmação e.( ) amizade

11ª questão: O final do texto provoca no leitor um sentimento de:


a.( ) otimismo b.( ) alegria c.( ) credulidade d.( ) desconfiança e.( ) esperança

12ª questão: A atitude do menino-personagem, no final do texto, simboliza, principalmente:


a.( ) amor e dedicação aos animais
b.( ) obediência à autoridade da mãe.
c.( ) prematuro interesse por dinheiro.
d.( ) revolta contra os familiares.
e.( ) estima por filhotes de animais.

13ª questão: Assinale a associação INCORRETA entre o adjetivo e a ação referente ao menino –
personagem:
a.( ) receoso: “ ... e mediu cautelosamente a distância “
b.( ) embaraçado: “ – Eu? Nada... “
c.( ) afetuoso: “ Tão bonitinho, não é, mamãe? “
d.( ) rebelde: “ ... de hoje em diante eu não estudo mais...”
e.( ) silencioso: “ ... voltava da rua, radiante.”

14ª questão: “ Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto.“
A palavra grifada, poderia ser substituída por:
a.( ) mas b.( ) porque c.( ) logo que d.( ) caso e.( ) mal

15ª questão: No fragmento “ ... ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável “ ,assinale a opção em
que a palavra abaixo seja sinônimo da palavra destacada.
a.( ) inabalável b.( ) indescritível c.( ) incrível d.( ) ineficiente e.( ) insuportável

PENSE: ”O essencial é invisível aos olhos.”

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