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SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA

MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)

MÁRCIO DA CONCEIÇÃO, atualmente recolhido na Penitenciária Estadual de Vila Velha II – PEVV


II, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 621, inciso I do
Código de Processo Penal, requerer a

REVISÃO CRIMINAL

de sentença executória proferida nos autos da Guia de Execução nº 0008604-94.2010.8.08.0035


(fls. 44/44v), pela qual unificou sua pena, elevando-a ao patamar de condenação total de 15
(anos) 07 (sete) meses e 21 (vinte e um) dias, fixando regime inicial FECHADO, o fazendo pelos
motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS
Conforme afirmado alhures, o requerente, tua sua pena elevada ao patamar de 15 (anos) 07
(sete) meses e 21 (vinte e um) dias, sendo-lhe fixado regime inicial de cumprimento FECHADO.
Todavia, a r. decisão judicial guerreada, que determinou a unificação de pena do requerente,
não observou critérios mínimos, o que causou assaz insegurança jurídica no jurisdicionado.

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DO DIREITO
A unificação de penas de modo coeso é direito do apenado, para que sua pena não fuja dos
limites e parâmetros impostos pela legislação de regência e pelos princípios que supedaneiam a
matéria em causa.

Quando ocorre uma unificação de forma a não observar os princípios que regem a matéria em
causa, bem como a legislação em que se fulcra a matéria em testilha, tem-se um retrocesso, ao
impor sobre o reeducando uma gravosidade, fugindo da pena o caráter pedagógico.

Pela decisão combatida, verifica-se que o reeducando teve sua pena, sem critérios pelo juízo a
quo aumentada, em uma unificação de penas que não observou aos ditames legais, nem
tampouco aos princípios que regem a matéria em causa.

Verifica-se que o reeducando foi extremamente prejudicado com referida unificação, eis que
sua data de saída do regime semi-aberto para o aberto, quando da prolação da sentença
guerreada, dar-se-á 10 (dez) anos após. O reeducando aguardava progredir para o regime aberto
em 2019, após a unificação, progredirá para o regime aberto em 2029, ou seja, 10 (dez) anos
após, em uma conta que não fecha, não bate.

Guilherme de Souza Nucci, em sua obra, Princípios Constitucionais Processuais e Enfoques


Penais, pg. 307, citando Antônio Magalhaes Gomes Filho, leciona:
A obrigação de apresentar as razões da decisão representa, no mínimo,
um forte estimulo à efetiva imparcialidade e ao exercício independente
da função judiciária, impedindo escolhas subjetivas ou que possam
constituir o resultado de eventuais pressões externas. Ao revés, pode
também a motivação servir como ponto de partida para a descoberta de
eventuais motivos espúrios ou subjetivos, que tenham influenciado as

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escolhas adotadas, evidenciando o verdadeiro caminho mental seguido


para solução das diversas questões debatidas; trata – se então de utilizar
a motivação como fonte de indícios, como menciona TARUFFO, no caso
para identificar uma possível conduta parcial ou a sujeição, no caso para
identificar uma possível conduta parcial ou a sujeição do juiz a pressões
externas”. (grifos nossos)

Nessa esteira, também o entendimento do Supremo Tribunal Federal.


COMPETÊNCIA - HABEAS-CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE ALÇADA
CRIMINAL. Na dicção da ilustrada maioria, entendimento em relação ao
qual guardo reservas, compete ao Supremo Tribunal Federal julgar todo
e qualquer habeas-corpus dirigido contra ato de tribunal ainda que não
possua a qualificação de superior. Convicção pessoal colocada em
segundo plano, em face de atuação em órgão fracionário. PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL - COMPLETUDE - FUNDAMENTAÇÃO. A prestação
jurisdicional há de ser formalizada da maneira mais completa possível,
atentando o órgão julgador para a norma imperativa do inciso IX do
artigo 93 da Constituição Federal, no que direciona à necessidade de
lançar-se os fundamentos da decisão. INSTÂNCIA - SUPRESSÃO. Implica
supressão de instância adentrar-se campo estranho à decisão do Juízo.
Isso ocorre quando este impõe a regressão do preso ao regime fechado
sem ouvi-lo, como estabelecido no artigo 118, § 2º, da Lei de Execução
Penal, e, diante de recurso da defesa, admite-se o vício, mas, em passo
seguinte, determina-se, no campo da cautelar, a sustação do regime
semi-aberto e da remição. PROCESSO PENAL - PODER DE CAUTELA
GERAL - MEDIDA PREVENTIVA - LIBERDADE - SILÊNCIO DA LEI. No campo
do processo penal, descabe cogitar, em detrimento da liberdade, do

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poder de cautela geral do órgão judicante. As medidas preventivas hão


de estar previstas de forma explícita em preceito legal. (STF. 2ª Turma.
HC 75662. Rel. Min. Marco Aurélio. Julgado em 03.03.1998). (grifamos)

Ora Nobre Julgador, imperioso que o Juiz das Execuções demonstre de forma inequívoca, a
aritmética que utilizou para se chegar em novo quantum de pena restante a ser cumprida pelo
reeducando, sob pena de prolatar decisão dissonante com o direito.

Ademais, qualquer ESTUDANTE de graduação do curso de Direito, por mais neófito que seja já
tem conhecimento de que QUALQUER VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, BEM
COMO LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA, na prolação de uma decisão judicial maculará qualquer
procedimento do vício INSANÁVEL da NULIDADE ABSOLUTA.

Desta forma Excelentíssimos Desembargadores, clarividente que a referida decisão, está


dissonante com todo imperativo de justiça, tanto normatizada, como principiológica.

Demonstrada acima a ausência de observância do juízo de execução, quando da prolação de sua


r. decisão que unificou a pena do requerente, aos princípios que regem a matéria em causa, bem
como a legislação em que se fulcra a matéria em testilha, fica caracterizado o cabimento da
presente ação de revisão criminal para que seja totalmente anulada propalada decisão, nos
termos do artigo 626 do Código de Processo Penal.

Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a


classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o
processo. (grifamos)

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DOS PEDIDOS
Diante do exposto, entendendo o requerente que a decisão revisanda é nula, requer que a
presente ação de revisão criminal seja julgada totalmente procedente para o fim específico de
anulação da decisão executória supramencionada.

Requer a citação do ilustre representante do Ministério Público para manifestar-se acerca da


presente.

Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Vitória/ ES, 13 de junho de 2018.

__________________________
MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472

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