Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)
REVISÃO CRIMINAL
DOS FATOS
Conforme afirmado alhures, o requerente, tua sua pena elevada ao patamar de 15 (anos) 07
(sete) meses e 21 (vinte e um) dias, sendo-lhe fixado regime inicial de cumprimento FECHADO.
Todavia, a r. decisão judicial guerreada, que determinou a unificação de pena do requerente,
não observou critérios mínimos, o que causou assaz insegurança jurídica no jurisdicionado.
DO DIREITO
A unificação de penas de modo coeso é direito do apenado, para que sua pena não fuja dos
limites e parâmetros impostos pela legislação de regência e pelos princípios que supedaneiam a
matéria em causa.
Quando ocorre uma unificação de forma a não observar os princípios que regem a matéria em
causa, bem como a legislação em que se fulcra a matéria em testilha, tem-se um retrocesso, ao
impor sobre o reeducando uma gravosidade, fugindo da pena o caráter pedagógico.
Pela decisão combatida, verifica-se que o reeducando teve sua pena, sem critérios pelo juízo a
quo aumentada, em uma unificação de penas que não observou aos ditames legais, nem
tampouco aos princípios que regem a matéria em causa.
Verifica-se que o reeducando foi extremamente prejudicado com referida unificação, eis que
sua data de saída do regime semi-aberto para o aberto, quando da prolação da sentença
guerreada, dar-se-á 10 (dez) anos após. O reeducando aguardava progredir para o regime aberto
em 2019, após a unificação, progredirá para o regime aberto em 2029, ou seja, 10 (dez) anos
após, em uma conta que não fecha, não bate.
Ora Nobre Julgador, imperioso que o Juiz das Execuções demonstre de forma inequívoca, a
aritmética que utilizou para se chegar em novo quantum de pena restante a ser cumprida pelo
reeducando, sob pena de prolatar decisão dissonante com o direito.
Ademais, qualquer ESTUDANTE de graduação do curso de Direito, por mais neófito que seja já
tem conhecimento de que QUALQUER VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, BEM
COMO LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA, na prolação de uma decisão judicial maculará qualquer
procedimento do vício INSANÁVEL da NULIDADE ABSOLUTA.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, entendendo o requerente que a decisão revisanda é nula, requer que a
presente ação de revisão criminal seja julgada totalmente procedente para o fim específico de
anulação da decisão executória supramencionada.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472