Anda di halaman 1dari 17

DISCIPLINA:MÓDULO DE DIREITO PROCESSUAL (NCPC)

PROFESSOR: DANIEL ASSUMPÇÃO


MATÉRIA: PROCESSO CIVIL

Indicações de bibliográficas:

Leis e artigos importantes:


 CPC 73
 NCPC

Palavras-chave:
 Execução Provisória. Cumprimento Provisório de Sentença. Liquidação de sentença.
Sentença Ilíquida. Cálculo aritmético. Espécies de liquidação. Liquidação por Arbitramento.
Liquidação de sentença pelo procedimento comum. Cumprimento de sentença.
Disposições Gerais. Cumprimento de sentença de obrigação de pagar. Cumprimento de
sentença de obrigação de fazer, não fazer e entregar. Astreintes. Processo de Execução
de pagar quantia. Averbação da execução. Arresto Executivo. Pagamento parcelado.
Ordem de Penhora. Penhora Bacenjud. Expropriação. Penhora de frutos e rendimentos de
coisa móvel ou imóvel. Adjudicação. Alienação por iniciativa particular. Alienação em Leilão
Judicial.

TEMA: NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


PROFESSOR: DANIEL ASSUMPÇÃO

26. Execução Provisória


- Cumprimento Provisório de Sentença
A primeira modificação parece terminológica, mas na verdade decorre de uma supressão quando
se compara o NCPC com o CPC/73.
A execução provisória não possui mais este nome. O NCPC, ao tratar da execução provisória, a
chama de cumprimento provisório de sentença.
O cumprimento de sentença obviamente é uma execução.
Este novo nome é interessante porque fica claro que só existe execução provisória de título
judicial.
O NCPC revoga a regra do art. 587, CPC/73, que permite a execução provisória de título
executivo extrajudicial. O proprio nome do fenomeno processual já leva a esta conclusão.

- Multa pelo não pagamento em 15 dias pelo não cumprimento de sentença.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Previsão do art. 520, §2º, NCPC, no sentido de ser aplicado no cumprimento de sentença
provisório. Esta novidade contraria a jurisprudencia do STJ.
Quem paga estará aceitando a decisão. Se você paga a quantia certa contida naquele título
executivo, significa que você está aceitando a decisão.
Se o cumprimento de sentença é provisório, significa que você está com recurso pendente. O
título executivo judicial que dá ensejo ao cumprimento provisório de sentença pode ser modificado
com a decisão do recurso pendente.
O executado não pode aceitar (o ato de pagamento é um ato de aquiescencia) e recorrer da
decisão. Se o executado paga, há a perda do objeto do recurso.
Paga se livrar da multa, se precisa pagar. Mas se eu pagar, meu recurso perde objeto. Se quiser
manter o recurso, sofrerá a multa.
Aí o legislador, percebendo isto, resolveu criar uma gambiarra jurídica. No art. 520, §3º, NCPC, o
legislador expressamente afirma que o depósito do valor não é incompatível com o recurso
pendente.
Aqui o legislador pode sofrer variadas críticas:
i. a partir do momento em que o legislador fala em “depósito do valor” significa que o
executado não precisa pagar, mas apenas depositar o valor garantindo o juizo; mas o §
anterior fala em pagamento e a propria doutrina é pacífica no sentido de que somente o
pagamento libera o devedor da multa. Pagar é satisfação; depositar o valor é garantia;
satistação e garantia são coisas bem diferentes. Deve-se lever “depósito de valor” como
“pagamento”.
ii. O NCPC cria uma exceção pontual à aquiescencia a decisão: o pagamento para se livrar
da multa não gera a aquiescência a decisão.

- Dispensa de caução do exequente no cumprimento provisório de sentença (art. 521, NCPC)


i. Crédito alimentar. Não interessa a origem. Sendo o crédito de natureza alimentar, dispensa-se a
caução.
ii. credor demonstrar situação de necessidade. A situação de necessidade se configura com a
soma de dois elementos: 1- o credor tem que mostrar que a satisfação do seu direito é
imprescindível a sua manutenção a vida (imprescindibilidade da satisfação imediata do direito,
sob pena de grave dano); 2- impossibilidade de prestar a caução.
iii. Pendência do Agravo de RE/Resp.
iv. Ideia de que a sentença (título executivo judicial) está em consonancia com súmula do STJ ou
do STF ou com tese fizada em julgamento de casos repetitivos.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Nas duas primeiras hipóteses (credito alimentar e situação de necessidade), a ideia é proteger o
exequente.
Nas duas últimas hipóteses (pendência de agravo de RE/Resp e sentença fundada em súmula
STJ, STF ou tese fixada em julgamento de casos repetitivos), na probabilidade da manutenção ao
titulo executivo judicial. Nestas duas outras hipoteses, há uma probabilidade muito pequena de
reforma da decisão, em razão da pendência de agravo em RE ou Resp ou fundada em sumula do
STJ ou STF ou em tese fixada em julgamento de casos repetitivos.
Obs.: art. 521, pú, CPC: risco de grave dano de dispensa da caução, o juiz pode determina a
prestação. Opção de proteção do executado. Este dispositivo será aplicado a todas as hipóteses.
Problema ressaltado pelo prof. Daniel: Ocorre que nos dois primeiros incisos, a opção foi de
proteger o exequente.

27. Liquidação de Sentença


Último tema de teoria geral da execução.
A liquidação de sentença no NCPC não está nem mais na parte de execução, sendo realocado
para o capítulo da sentença.
A liquidação de sentença é uma atividade cognitiva. Serve para preparar a execução, mas não faz
parte da execução. Faz parte da atividade de conhecimento. Fixar o valor devido, o quantum
debeatum é indiscutivelmente uma atividade cognitiva.
Para se ter a liquidação de sentença, se precisa de uma sentença iliquida, de uma sentença que
deixe de fixar o quantum debeatum. Obviamente será uma sentença excepcional. Quando se leva
um conflito ao juizo, a expectativa de todos é que este conflito seja resolvido na íntegra, ou seja,
resolver o an debeatum e o quantum debeatum. Estabelecer apenas o an debeatum é deixar o
conflito parcialmente em aberto. O mais interesse é resolver o conflito de forma completa e de
uma vez só. Resolver o conflito apenas no an debeatum se terá que fixar depois o quantum
debeatum para resolver a integralidade do conflito.

- Quando se poderá haver uma sentença ilíquida?


Art. 491, NCPC: há duas causas que justificam a prolação de uma sentença iliquida:
i. Sempre que não for possível determinar de forma definitiva o valor devido. Hipótese na
qual o ato ilícito ainda está gerando efeitos. O juiz ainda não consegue delimitar o
quantum debeatum porque ainda há quantum a vir.
ii. Sempre que a fixação do quantum debeatum depender de uma prova de realização
demorada ou excessivamente complexa.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Aqui é interessante porque dá ao juiz o poder de realizar uma ponderação no sentido de
verificar: o ideal é proferir uma sentença completa, mas isto vai demorar muito; mas eu
já posso proferir a sentença, sem delimitar o valor – qual o melhor hipótese?
Similarmente a teoria da causa madura. Já posso proferir o an debeatum, mas o
quantum debeatum irá demorar. Em algumas circunstancias vai ser mais interesse
decidir logo o conflito, apenas no que toca o an debeatum.
Nestas duas hipóteses se terá a sentença ilíquida. Definição das hipóteses em que haverá uma
sentença ilíquida.

- Cálculo aritmético
Quando se precisar de um cálculo meramente aritmético par se chegar ao valor devido, a sua
obrigação já é liquida. Porque a liquidez da obrigação não é a determinação do valor, mas a
determinabilidade do valor. O que significa dizer que o mero cálculo aritmético não é espécie de
liquidação de sentença, pois não se pode liquidar o que já é liquido.
O NCPC trata do cálculo aritmético, mas o exclui da liquidação de sentença. Sendo necessário o
cálculo aritmético, não será necessária a liquidação de sentença. O exequente já ingressa com a
execução.
Hoje, no CPC/73, todo mundo já chama a liquidação de sentença por cálculo aritmético como
pseudoliquidação.
Além disto, o NCPC prevê um programa de atualização de atualização financeira que será
disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça. O credor irá fazer este cálculo aritmético.
O NCPC dessassocia de forma definitiva o cálculo aritmético da liquidação de sentença.
Ao colocar a tarefa do cálculo aritmético nas mãos do credor, pode haver abusos. Tendo em vista
esta situação, o NCPC prevê que se o cálculo for aparentemente excessivo, o juiz irá indicar o
valor que entende devido. Para chegar a este valor, o juiz vai poder se valer do contabilista do
juízo (chamado de contador pelo CPC/73). Vide arts. 524, §§1º e 2º, NCPC.
Esta execução segue pelo valor do exequente e a penhora se realiza pelo valor do juízo.
O legislador entende que quando o juiz indicar o valor que entende como devido, este não será o
valor da execução. O valor da execução será objeto de debate na defesa do executado. Haverá
aqui sim uma decisão definitiva sobre o valor.
A primeira decisão do juiz será uma decisão provisória do valor, porque não se presta a definir o
valor da execução, mas o valor da penhora.
A segunda decisão do juiz, na execução, será uma decisão definitiva sobre o valor adequado,
correto daquela execução.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


O CPC atual é muito mais inteleginte: quando o cálculo for excessivo, o juiz manda para o
contador. A execução segue pelo valor do exequente e a penhora pelo valor do contador. Com a
defesa do executado, haverá a única decisão, que será definitiva, por parte do juiz.
Porque a técnica do NCPC preocupa o prof. Daniel? Porque a indicação do valor que o juiz
entende ser devido, será uma decisão intelocutória, passiva de agravo de instrumento (toda
decisão interlocutória proferida em liquidação de sentença é recorrível por agravo de instrumento).
A técnica do CPC/73 evita esta recorribilidade. O NCPC gerou, neste aspecto, mais demora e
mais problemas do que soluções.

- Espécies de liquidação:
1- Liquidação por arbitramento.
Ocorre quando a fixação do valor depender de prova técnica, de prova pericial. No caso concreto,
se for verificado que a fixação do valor depender de prova pericial, a liquidação será por
arbitramento.
O NCPC tenta evitar esta perícia. Como?
Através da intimação das partes para a apresentação de pareceres técnicos ou de documentos
elucidativos do conflito. A expectativa do legislador aqui é que o juiz na posse destes pareceres
ou documentos possa já fixar o valor.
Não havendo a possibilidade de chegar ao valor por este caminho, aí o juiz irá nomear perito e
esta liquidação de sentença passará a seguir o procedimento da prova pericial.
Na verdade, a novidade aqui é esta tentativa de não perícia, através dos pareces técnicos e
documentos não elucidativos. O prof. Daniel acha que é uma tentativa saudável, porque a pericia
é demorada, complexa e cara, mas na prática será uma tentativa infrutífera.

2- Liquidação de sentença pelo procedimento comum


No CPC/73 corresponde a liquidação de sentença por artigos.
A questão do cabimento continua sendo a mesma: será necessária esta liquidação de sentença
sempre que for necessária a alegação e prova de fato novo relacionado ao quantum debeatum.
Quando se precisar para chegar ao valor devido da alegação e da prova de fato novo, será
cabível a liquidação de sentença pelo procedimento comum.
O procedimento seguido será o comum.
Porque mudou de novo? A liquidação de artigos era chamada assim porque os fatos novos que
deveria se alegar e provar deveria ser feito em forma de artigos. Formalidade que não era mais
observada na atualidade.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Para dissociar o nome deste requisito formal que não era exigido mais há muito tempo, criou-se
esta nova nomenclatura. Substancialmente, no entanto, não se mudou nada.

28. Cumprimento de Sentença


O NCPC, no capítulo do cumprimento de sentença, tem uma parte sobre as disposições gerais e
depois trata-se do cumprimento de sentença à luz de cada obrigação.

28.1 Disposições Gerais


Previsão de que no cumprimento de sentença é imprescindível a intimação do executado. Intima-
se o executado para chamá-lo a pagar, a fazer ou não fazer, entregar a coisa.
Art. 513, §2º, NCPC: prevê de que forma esta intimação deve ocorrer.
- Intimação na pessoa do advogado.
Para o prof. Daniel, esta é a regra.
A intimação do executado para cumprir a obrigação não é uma intimação para ato postulatório.
Cumprir a obrigação não é um ato do advogado, mas da parte.
Pela lógica: intima-se o advogado para cumprir ato postulatório; intima-se a parte para realizar
atos que devem ser cumpridos por elas.
Intima-se o advogado na expectativa de que a notícia chegue a parte. Presume-se que o
advogado faça chegar ao seu cliente a intimação para cumprir a obrigação.
A partir do momento em que o cumprimento de sentença ocorra apenas 01 ano depois do transito
em julgado, a relação advogado/cliente pode não ocorrer mais. Nesta hipótese, a intimação não
será feita na figura do advogado, mas na pessoa do executado.
Assim, após um ano do trânsito em julgado, a intimação será pessoal.

- Excepcionalmente: intimação pessoal.


Hipóteses:
1- executado sem advogado constituído;
Porque não tem advogado?
i. Ora, não tem advogado porque foi revel.
O réu revel deve ser intimado? Ou se dispensa a intimação do réu revel?
Ato postulatório: dispensa-se a intimação do réu. Ato personalíssimo: deve ser feita a intimação.
O artigo 513, NCPC, no entanto, determina que a citação será feita na figura do advogado, o que
dispensa a intimação pessoal.
Vai ser necessária a intimação ou não do réu revel? Somente a aplicação do NCPC vai no
responder isto.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


ii. Porque o advogado foi destituído
Hipótese do advogado ser constutído apenas até o transito em julgado.
2- executado representado pela Defensoria Pública
Não adianta intimar o Defensor Público, porque a relação advogado/cliente não é vista na relação
defensor público/advogado. Além disto, criaria uma obrigação difícil para o defensor público.
Sendo necessária a intimação pessoal, dá-se preferência ao meio eletrônico, para fins de
celeridade.

- Intimação por edital


Haverá intimação por edital no cumprimento de sentença quando na fase de conhecimento tiver
ocorrido citação por edital e o réu tiver sido revel.
Na fase de conhecimento, o réu foi citado por edital e não compareceu.
Na fase de cumprimento de sentença, será feita também a intimação por edital.
Este réu que o NCPC diz que é revel (falar em réu revel citado por edital é um erro). Ao réu citado
por edital revel será concedido curadoria especial (em regra feita pela defensoria pública – função
atípica da defensoria pública de proteção do hipossuficiente jurídico).
O réu citado por edital que não compare que tem um curador especial que não é a defensoria
pública, haverá uma intimação por edital. Se o curador especial for a defensoria pública, haverá
uma intimação pessoal (ver item anterior). No entanto, isto geraria uma situação de tratamento
desigual entre iguais.
Solução: intimação pessoal quando a defensoria pública estiver atuando em sua atuação típica
(defesa do hipossuficiente economico); intimação por edital quando a defensoria pública estiver
atuando em sua função atípica (defesa do hipossuficiente jurídico).
O problema ainda está longe de ser solucionado, no entanto. E no caso da citação por hora certa?
Que também é uma citação ficta? Se o réu citado por hora certa não comparecer? Será
concedida uma curadoria especial. Esta curadoria poderá ser feita pela defensoria pública.
Todavia, neste caso, não cabe a intimação por edital na fase de cumprimento de sentença em
razão da fase de conhecimento não ter sido realizada por edital. Nesta hipótese (réu que não
compareceu ao ser citado por hora certa tendo a defensoria pública como sua curadora especial),
a intimação será realizada pessoalmente.
Citação por edital, a intimação será feita por edital.
Citação por hora certa (que é uma citação ficta), a intimação será pessoal.
Para o prof. Daniel, o NCPC gerou tratamento desigual entre iguais.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


- Art. 517, NCPC. Este dispositivo está na parte das disposições gerais, mas se trata de
cumprimento de sentença de pagar quantia.
Cumprimento de sentença (pagar quantia).
Sentença transitada em julgado (só vale, portanto, para o cumprimento de sentença definitivo).
Intimação para pagar em 15 dias. Se o executado não realizar o pagamento, será admissível o
protesto da sentença realizado em cartório.
O protesto da sentença serve como uma forma de execução indireta (pressão psicológica para
que o executado cumpra a sua obrigação).

28.2 Cumprimento de Sentença de Pagar Quantia


- Inércia da jurisdição para o cumprimento de sentença de pagar quantia.
Para que se inicie a fase de cumprimento de sentença de pagar quantia, será necessário um
requerimento do exequente, assim como ocorre no CPC/73. O juiz não pode começar de ofício a
fase de cumprimento de sentença de pagar quantia certa.
Depois deste requerimento do exequente, se terá a intimação do executado (nos moldes do art.
513, NCPC). Prazo de quinze dias para realizar o pagamento.
Se o executado realizar o pagamento, tem-se a satisfação da obrigação e, consequentemente, a
extinção da execução.
E se o executado não pagar? Três consequencias:
i. Aplicação da multa de 10% sobre o valor da causa.
ii. Fixação de honorários advocatícios em 10%. Consagra-se um entendimento do STJ a
respeito desta matéria: só cabe honorários advocatícios no CS se não houver o
pagamento no prazo de 15 dias.
iii. Protesto da sentença.
A partir deste momento, nenhuma novidade: a execução segue como já ocorre no CPC/73.

28.3 CS de obrigação fazer ou não fazer e de entregar.


Não há grandes novidades a respeito da obrigação de fazer ou não fazer. Continua
substancialmente como é hoje, no CPC/73.
- Diferente do CS de pagar quantia certa, este CS é fundado no impulso oficial e não no princípio
da inércia da jurisdição. O que significa dizer que o juiz pode iniciar o CS de ofício. Previsão
expressa do art. 536, caput (obrigação de fazer ou não fazer) + art 538, §3 º (obrigação de
entregar), NCPC.
No CS de pagar quantia, é indispensável o requerimento da parte. No CS de fazer ou não fazer
ou entregar, pode haver o requerimento da parte, mas também será possível o início de ofício.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


- Astreintes (multa)
Pressão psicológica pela multa.
Novidades:
1- Mudança acadêmica: o NCPC deixa de mencionar “multa diária” ou “multa por tempo de
atraso”. Estas expressões usadas pelo CPC/73 são inadequadas. Esta multa não precisa ser
diária, podendo ter outra periodicidade: pode ser multa semanal, mensal, por hora, etc. Além
disto, esta multa não precisa ser periodica, pois isso não cabe falar em multa por tempo de atraso
– a multa pode ser fixa, ex.: para atos instantaneos a multa não poderá ser periódica, mas fixa.
O que faz uma multa ser uma astreinte não é a sua periodicidade, mas a sua pressão psicológica
para o executado cumprir a obrigação.
2- o credor desta multa é a parte contrária (art. 537, §2º, NCPC)
Na verdade, esta previsão legal foi necessária, porque nos projetos que antecederam o texto final
do NCPC, houveram algumas sugestões para mudar a realidade já existente no CPC/73 (da multa
ficar com o credor). Ex.: que o credor fosse a FP, etc.
3- exigibilidade da multa
Há uma situação muito comum: decisão interlocutória invariavelmente de tutela de urgencia que
fixa a multa. Surge uma discussão a respeito da exigibilidade desta multa: é uma exigibilidade
imediata (se não houver um recurso que impeça a eficácia desta interlocutória, a multa poderá ser
executada de imediato após o descumprimento da obrigação pelo executado) ou se precisa
esperar uma tutela definitiva para executar esta multa (há quem defenda a necessidade, inclusive,
de transito em julgado)?
Ao se permitir a executoriedade imediata, garante-se a eficácia da multa. Mais eficaz torna-se a
pressão psicológica.
Ao se condicionar a execução da multa ao transito em julgado, prioriza-se a segurança jurídica.
A depender do valor que se entende mais importante, acaba-se adotando uma destas duas
soluções possíveis.
O STJ hoje defende a executoriedade imediata, com eficácia da multa. O STJ entende que é
melhor, mais adequado a executoriedade imediata.
O NCPC, numa tentativa clara e bastante feliz de equacionar este conflito, cria a seguinte regra
(art. 557, §3º, NCPC): a executoriedade é imediata; mas o levantamento do dinheiro somente
ocorre com o transito em julgado. Resultado prático: preserva a eficácia (executoriedade
imediata), mas também se trabalha com a segurança jurídica (levantamento somente com o
transito em julgado).

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Ideia de que o executado vai perder o dinheiro da multa, a pressão psicológica será a mesma.
Mas se reverterem a decisão? Aí o dinheiro retornará, primando pela segurança jurídica. E se
manterem a decisão? Também há a primazia da segurança jurídica.

29. Processo de Execução (pagar quantia)


O processo de execução de fazer ou não fazer e de entregar coisa, as mudanças foram
meramente pontuais, sem grande interesse didático para este curso. As mudanças mais
interessantes estão concentradas no processo de execução de pagar quantia.
 Averbação da Execução
Esta averbação da execução foi uma criação da reforma da execução ocorrida em 2006.
Basicamente serve para presumir a fraude à execução.
Pega-se uma certidão da execução. Averba-se em registro de bens do executado. Obviamente,
deve-se saber que o executado tem bens e onde ele está registrado. Porque se averba? Porque a
eventual alienação deste bem será uma presunção de fraude à execução. Faz-se isto pelo
mesmo motivo de averbação da penhora.
Há uma mudança: no CPC/73, a averbação pode ser realizada no cartório distribuidor, no proprio
ato de distribuição da petição inicial – antes do processo ser encaminhado para o cartório judicial,
já se conseguirá uma averbação. No NCPC (art. 826), será o cartório judicial e não o cartório
distribuir responsável pela distribuição da petição inicial. Além disto, a averbação somente será
realizada após uma decisão do juiz que admita a execução. O que é admitir a execução? Mandar
citar o executado. Porque desta mudança? Em razão de eventuais abusos que estavam
ocorrendo. Vai demorar mais; em alguns cartórios vai demorar muito mais. Entre a celeridade e
uma maior segurança jurídica, o legislador optou pela segunda.

 Arresto Executivo
No CPC/73 já existe a previsão de arresto executivo.
Art. 830, NCPC.
Há uma novidade procedimental.
O arresto executivo é cabivel na situação em que o oficial de justiça não encontra o executado e
não consegue fazer a sua citação, mas ao mesmo tempo localiza bens do executado.
Binômio: não se consegue citar o executado porque ele não foi localizado; mas se consegue
localizar bens do executado.
Depois de realizar o arresto executivo, o oficial de justiça, em uma prazo de 10 dias, vai tres
vezes tentar citar o executado. Esta já é uma realidade atual e que permanece no NCPC.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


No CPC/73, necessariamente, não sendo localizado o executado nestas tentativas, irá se realizar
uma citação por edital. O fato de não se conseguir citar de forma real o executado,
inexoravelmente será realizada a citação por edital.
No NCPC, será possível a citação por hora certa, desde que o oficial de justiça suspeite de uma
ocultação maliciosa. Não necessariamente a citação ficta será por edital, podendo ser realizada
também por hora certa. Isto é importante porque o executado quer muitas vezes dificultar a
execução: sabe-se que a citação por edital é a mais dificil, a mais cara, a mais trabalhosa, a mais
demorada.

 Pagamento Parcelado
Já existe no sistema atual do CPC/73. Previsão no art. 916, NCPC.
Se terá a citação do executado. Da juntada do mandado da citação, se terá o prazo de 15 dias
para o executado i. embargar a execução; ii. renunciar (não precisa ser expressamente) o direito
de opor embargos (art. 916, §6º), pelo simples fato de no mesmo prazo se ter feito o pedido de
pagamento parcelado.
O fato da parte pedir o parcelamento parcelado é suficiente para que se considera renunciado o
direito de opor os embargos.
Requisitos mínimos: i. mínimo de 30% a vista; ii. restante em no máximo 6 prestações mensais.
Intimação do exequente (art. 916, §1º, NCPC) para se manifestar sobre o preenchimento dos
pressupostos formais do pedido de pagamento parcelado. O que isto significa? Significa que na
verdade o exequente não vai poder discutir o mérito do pedido, não vai poder discutir as razões
que levaram o executado a pedir o pagamento parcelado. Esta previsão legal torna o direito do
exequente de pagar de forma parcelada em um direito potestativo. O exequente não vai poder
questionar os motivos que o executado requer o pagamento parcelado.
O STJ entendia que se o exequente demonstrasse um justo motivo para não aceitar o pagamento
parcelado, este não seria realizado. Isto fazia com que o executado não realizasse o pedido do
pagamento parcelado: há muitos riscos – abre-se mão da defesa do executado; paga-se 30% a
vista e fica no subjetivismo do magistrado aceitar a alegação de um motivo justo para não aceitar
o pagamento parcelado. Oferece-se um risco muito grande para o executado com benefícios
pequenos. Se o magistrado determinasse que o indeferimento do pedido de pagamento
parcelado, o executado não poderia oferecer mais embargos, não poderia reaver os 30% pagos a
vista e a execução continuaria.
Com o NCPC, há um estímulo ao pagamento parcelado. O executado abre mão dos embargos,
mas o indeferimento do pedido de pagamento parcelado somente vai ser realizado se houver
vícios formais.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Obs.: não cabe reação do executado (pagamento parcelado) no CS (art. 916, §7º, NCPC).
A jurisprudencia atual do STJ é pelo cabimento do pagamento parcelado no cumprimento de
sentença. O NCPC entende que não cabe o pagamento parcelado no CS.

Art. 916, §2º, NCPC: enquanto não for apreciado o pedido do executado, este deve depositar as
quantias mensais.
O proprio NCPC considera a possibilidade que o juiz simplesmente não decida o pedido
rapidamente (em um mês). Observe o juiz deve decidir o pedido, com a observância ainda do
contraditório. É plenamente possível que o magistrado não tenha decidido no mês seguinte.
O executado pode entender que não vai pagar parcelado, porque o juiz ainda não deferiu o
pagamento parcelado. Se não pagar, no entanto, o juiz ao deferir o pedido vai entender que o
executado já está inadimplente.
O NCPC foi bom neste sentido, tirou a insegurança. O executado deve continuar os pagamentos
mensais, ainda que o magistrado não tenha decidido acerca do pedido.

 Penhora.
Ordem de penhora: art. 835, NCPC.
Art. 835, §1º, NCPC: é prioritária a penhora do dinheiro. Até aí seria uma previsão desnecessária,
porque na verdade prioridade é o que vem antes e o dinheiro já é o primeiro dos bens da ordem
de penhora. Mas aí continua o dispositivo: “.. podendo o juiz nas demais hipóteses alterar a ordem
da penhora, de acordo com as circunstâncias do caso concreto”. Então na verdade a penhora do
dinheiro não é apenas prioritária, mas absoluta: o juiz não pode alterar a ordem para deixar de
fazer a penhora de dinheiro e fazer outra penhora.
Isto acaba contrariamento posição consolidada do STJ. Súmula 428, STJ: a penhora do dinheiro
não é absoluta, porque o juiz poderá alterar esta ordem no caso concreto.
A ideia de que a ordem pode ser alterada vem do próprio caput do dispositivo, mas o §1º, com
uma redação truncada, se posiciona em sentido contrário. Aparentemente, no NCPC, não será
mais possível a alternância da ordem de penhora no que tange o dinheiro. O que ocorreu foi uma
exclusão do dinheiro de uma possível alteração da ordem da penhora.
Art. 835, §2º, NCPC: equipara-se ao dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia, desde que
oferecidos com 30% a mais do valor executado. Assim, se o valor executado é 100 reais; para se
aceitar a fiança bancária ou o seguro garantia, estes devem ser prestados em 130 reais. A partir
do momento em que o código equipara a fiança bancária e o seguro garantia ao dinheiro, será
possível a substituição do dinheiro por estas formas de pagamento.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Intimação do executado sobre a penhora.
CPC/73: esta intimação da penhora poderia ser dispensada pelo juiz. O executado poderia não
ser intimado da penhora se o juiz entendesse que fosse o mais adequado. Isto no NCPC acabou:
a intimação do executado sobre a penhora é obrigatória. Além disto, o NCPC cria uma forma de
reputar a intimação realizada quando a penhora for realizada na presença do executado.
Intimação na pessoa do advogado ou ainda uma intimação na pessoa da sociedade de
advogados. Se não tiver advogado, a intimação será pessoal, com prioridade aos meios
eletrônicos.

+ Instrução Procedimental. Penhora pelo sistema Bacenjud (art. 854, NCPC)


Esta penhora ficou conhecida popurlarmente como penhora online.
Esta penhora online está cada vez mais frequente. Se pode fazer uma penhora online de
automóvel, onde há um sistema propicio para isto. Se pode fazer uma penhora online de imóvel,
onde há um sistema propicio para isto. A penhora online não se limita a penhora em dinheiro.
A primeira penhora online que surgiu foi de dinheiro. Convênio do STJ com o BACEN, desde
2001. Depois se passsou a ter outras penhoras onlines, de outros bens, através de outros
sistemas procípios para isto.
A penhora Bacenjud é a penhora de dinheiro.
- A penhora do dinheiro deve ser realizada com requerimento da parte. Todavia, a própria lei
exige a penhora do dinheiro.
O juiz tem que tentar a penhora do dinheiro, mesmo que não se peça isto, porque a ordem de
preferência da penhora engloba como obrigatória a penhora do dinheiro.
- Sem oitiva prévia do executado.
O juiz vai deferir a penhora online sem a oitiva do executado. Aqui se trabalha com a ideia do
contraditório diferido. Apenas após da penhora pelo Bacenjud ter ocorrido, haverá a possibilidade
do contraditório. Objetivo de evitar que o executado desvie o dinheiro da conta que será
penhorada.
Isto não parece tão efetivo, porque só se poderá ser realizada a penhora pelo Bacenjud, depois
que o executado tiver sido citado e oportunizado três dias para pagar. Do pedido da penhora
online o executado não vai ser intimado, mas ele já sabe que a execução existe.
- Indisponibilidade do valor exequento.
- Indisponível o valor exequento, haverá a intimação do executado. Deve-se ter em mente que
existe a possibilidade que não há advogado ainda constituido nos autos. Não descarte por
completo a possibilidade de uma intimação pessoal.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


- Prazo de 05 dias para o executado se manifestar: i. alegar a impenhorabilidade do bem; ii.
excesso de indisponibilidade.
O sistema Bacenjud 2 não consegue identificar quais verbas são impenhoráveis. Além disto, o
sistema Bacenjud 2 vai limitar a penhora ao valor da execução (coisa que o Bacenjud 1 não
conseguia fazer), mas o problema é que o Bacenjud vai penhorar quantos valores encontrar nas
contas correntes do executado. Ex.: o sistema encontra três contas, o valor da penhora é de 5 mil
reais; ele vai penhorar 5 mil reais de cada conta. O sistema Bacenjud 2 vai penhorando em
quantas contas encontrar.
Se o executado conseguir conseguir o juiz de qualquer uma destas circunstâncias, haverá: na
primeira hipótese, liberal integral realizada pelo banco no prazo de 24 horas; na segunda
hipótese, haverá uma liberação parcial, referente ao excesso, realizada pelo banco no prazo de
24 horas.
A instituição bancária se não realizar a liberação dos valores no prazo irá responder por isto.
- Conversão da indisponibilidade em penhora.
Se não houver manifestação de indisponibilidade das verbas ou excesso de indisponibilidade, ou
se houver e for indeferido, haverá a conversão da indisponibilidade em penhora.
Haverá um prazo de 24 horas para a instituição financeira fazer a transferência.
No NCPC, há uma instrução procedimental muito maior do que a prevista pelo CPC/73.

Uma vez penhorado o bem, que não seja dinheiro, passa-se a uma fase de avaliação do bem. E
com relação a avaliação, não há mudanças substancias, mas apenas mudanças pontuais, sem
alterações práticas.

Depois do bem penhorado e avaliado, passa-se a uma nova fase que somente será necessária se
a penhora não tiver sido em dinheiro.
A penhora em dinheiro é preferencial por razões obvias. Primeiro, porque o exequente está atras
do dinheiro. Segundo, varios atos processuais serão dispensados (não se precisa avaliar, não se
precisa expropriar o bem). Penhora do dinheiro, satisfação.
Na expropriação do bem, houveram mudanças interessantes. Transformar o bem penhorado em
satisfação do direito do exequente.

 Expropriação de Bens
- Penhora de Frutos e Rendimentos
CPC/73: usufruto de coisa móvel ou de coisa imóvel.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Substancialmente, a ideia era pegar essa coisa móvel ou imóvel e pegar os frutos ou rendimentos
desta coisa para o pagamento desta dívida.
Na realidade, não se tratava de usufruto. Se tratava quando muito de anticrese. As adaptações do
direito civil para o direito processual nunca dá muito certo, porque sempre há diferenças
substanciais. Mas se fosse pra fazer uma analogia, seria com a anticrese.
Não vai se encontrar mais esta forma de expropriação no NCPC.
No NCPC, esta forma de expropriação passou a ser chamada de penhora de frutos e
rendimentos de coisa móvel ou imóvel. Previsão: art. 867-869, NCPC.
Opção do legislador do NCPC em retirar este fenômeno do rol de expropriações e alocar isto
como sendo uma penhora. A expropriação é a satisfação, é o momento de transformar a
garantia em satisfação. Para o CPC/73, este fenomeno era expropriação. Para o NCPC, este
fenomeno vem como uma forma de penhora. Para o Daniel esta realocação foi ruim, mas não terá
consequencias práticas. Não se esta falando propriamente de penhora, porque penhora é o que
garante uma futura satisfação. A partir do momento que se utiliza os frutos e rendimentos da
coisa, há uma satisfação do direito.
Há doutrina que sustentava que a expropriação consiste na retirada de um bem do executado e
por isto este fenomeno não seria expropriação. Ocorre que os frutos e rendimentos da coisa são
bens do executado; a penhora destes frutos e rendimentos de coisa é sim expropriação.

- Adjudicação
Trata-se de uma forma preferencial de expropriação.
Não havendo nenhum efeito suspensivo, já se pode realizar a adjudicação do bem.
E o que há de novo no NCPC?
Se tem um rol de legitimados a adjudicação. O NCPC inclui neste rol o companheiro/a do
devedor (art. 875). Na verdade, há uma legitimação do conjuge e o NCPC tem essa tendência de
onde haver a previsão do conjuge haver tambem a previsão do companheiro.
O art. 875, §6º, NCPC: prevê que mais de um legitimado pode ter interesse na adjudicação. Pode
ocorrer que mais de um destes legitimados quererem ficar com o bem. Entre estes legitimados,
deverá haver uma licitação. Não se especifica a forma de licitação. Mas sabemos que haverá
uma licitação a ser organizada pelo juiz. O que vai valer é a maior oferta. A oferta mínima será o
valor da avaliação do bem. E se tiver a mesma oferta? O proprio dispositivo já criou uma ordem:
conjuge, companheiro, descendentes e ascendentes.

- Alienação por iniciativa particular.


Novidade do CPC atual realizada em 2006, com a reforma da execução.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


NCPC: art. 880. Há modificações excelentes.
No CPC/73, o valor mínimo da alienação era o valor da avaliação do bem. É interessante porque
na verdade o art. 685-C, §1º não falava expressamente isto, mas na hora de falar do valor fazia
remissão ao art. 680, que é justamente o artigo da avaliação. Interpretação unissona de que ao
falar de valor mínimo, o valor minimo previsto é o valor da avaliação.
No NCPC, o art. 880, §1º fala expressamente do valor mínimo, sem fazer qualquer remissão ao
valor da avaliação. O juiz vai fixar o prazo, a forma de publicidade, o preço mínimo. Não há
nenhuma remissão ao artigo que versa sobre a avaliação. A percepção é que este valor mínimo, a
partir do NCPC, possa ser inferior ao valor da avaliação.
Quem seriam estes particulares? Na alienação por iniciativa particular há a intervenção de um
particular. Não é o particular responsável pela alienação. Este particular simplesmente aproximam
os interessados no bem no processo.
CPC/73: Os particulares podem ser: i. o próprio exequente; ii. um corretor que tenha experiência
mínima de cinco anos.
NCPC: inclui neste rol, o iii. leiloeiro público. Além disto diminui a experiência mínima do corretor
para três anos. Ou seja: exequente, corretor (experiência de três anos) e leiloeiro.
Este corretor precisa ser cadastrado no Poder Judiciário. Cabe aos tribunais regulamentar este
cadastro. Resultado: nenhum tribunal regulamentou isto. A parte querendo se valer desta
expropriação, não se poderia valer do corretor, porque não havia regulamentação.
NCPC: art. 880, §4º - mantem a exigencia do cadastro. Todavia, nos locais em que não houver o
cadastro, a escolha será livre do exequente.

- Alienação em Leilão Judicial.


Esta expressão veio substituir a “hasta pública”. As distinções entre “praça” e “leilão”
desaparecem no NCPC.
A alienação em leilão judicial é a arrematação. O legislador do NCPC, as vezes utiliza o termo
“arrematação”.
NCPC:
Preferência pelo meio eletrônico.
O edital irá definir o que é preço vil. No caso do juiz ser omisso, já fica preestabelecido, 50% do
valor da avaliação. O legislador não tirou dos poderes do juiz a avaliação do que seja preço vil.
Mas se o juiz não fixar o preço vil no edital, o legislador fixou em 50% do valor da avaliação o
preço vil. Isto é importante para o arrematante saber qual é o preço vil e ter ciência que não
poderá adquirir o bem por menos do que este valor. Traz mais segurança jurídica.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção


Aquisição em prestações (art. 895, NCPC). A aquição em prestação: deve-se pagar 25% no
mínimo à vista e o restante em 30 meses. Se for bem móvel, deve-se pagar uma caução. Se for
bem imóvel, deve-se fazer uma hipoteca do proprio bem. Apresentação da proposta deve ser
realizada antes do leilão no proprio juizo para que se adquira o bem. Regras:
i. Até o início do primeiro leilão, o valor que se quer pagar não pode ser inferior ao da
avaliação.
ii. Até o início do segundo leilão, qualquer valor que não seja preço vil.
Art. 895, §6º: a apresentação da proprosta não suspende o leilão, pois um lance a vista sempre
prevalece se comparado com um lance em prestações (vide §7º). O prof. Daniel acha isto uma
temeridade: deve-se avaliar o que é mais positivo, mais vantajoso. Ex.: Porque pode haver um
lance a prazo no valor da avaliação e pode haver um lance a vista no leilão sobre um % do valor
da avaliação.
Se houver mais de uma proposta a prazo? Obviamente, a proposta de maior valor. Sendo a
proposta de mesmo valor, vence a que for proposta em primeiro lugar.

Matéria: Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção

Anda mungkin juga menyukai