VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2009
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Sousa, Heber Tormentino de, 1972-
S725s Sistema computacional para regionalização de vazões
2009 / Heber Tormentino de Sousa. — Viçosa, MG, 2009.
xi, 86f: il. (algumas col.) ; 29cm.
À Cilda e José, meus pais e amigos, pelo apoio, pela dedicação e pelo
amor.
À Joana, Sidnei, Valdete, Margarete, Cheila, Chérri, Angélica, Weslen,
Patrícia, Lavínia, Adelfo, Alex e Henri, pelo lugar especial que ocupam no meu
coração.
Ao Neiton, Akemi, Claudinei, Nívia e Toninho pela contribuição positiva
e amizade.
Ao professor Fernando Falco Pruski, pela orientação, pelo incentivo,
pela amizade e pela confiança.
Aos professores Gilberto Chohaku Sediyama e Paulo Roberto Cecon,
pela paciência e orientação.
A Luiz Henrique Nobre Bof, João Felipe Sousa, José Rui de Sousa e
Castro e Alexandre Lima de Figueiredo Teixeiras, co-responsáveis por esta
importante conquista, pelo profissionalismo e pela amizade.
Ao pessoal do GPRH e aos funcionários do Departamento de
Engenharia Agrícola, pela valiosa ajuda e convivência durante a realização
desta dissertação.
À Universidade Federal de Viçosa (UFV), por intermédio do
Departamento de Engenharia Agrícola, pela oportunidade de realização do
curso.
ii
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), pelo apoio financeiro.
À Agência Nacional de Águas (ANA) pela colaboração para a
realização deste trabalho.
iii
BIOGRAFIA
iv
SUMÁRIO
Página
ABSTRACT ........................................................................................... x
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 1
3. METODOLOGIA ................................................................................ 11
vi
Página
5. CONCLUSÕES ................................................................................. 84
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 85
vii
RESUMO
viii
das características climáticas associadas às bacias hidrográficas e das séries
históricas de dados de vazões do sistema Hidroweb. O software desenvolvido
foi denominado Sistema Computacional para Regionalização de Vazões
(SisCoRV) e foi aplicado à bacia do rio Paracatu a fim de verificar as suas
funcionalidades. No estudo de caso, o SisCoRV apresentou boa interatividade
com a Internet, facilidade de delimitação das regiões homogêneas, eficiência
na aplicação da metodologia de regionalização e capacidade para alimentação
da base hidrográfica ottocodificada da ANA.
ix
ABSTRACT
x
The developed software was called “Computer System for the Flow Rate
Regionalization" (SisCoRV) and was applied to Paracatu river basin to check
their functionalities. In the case study, the SisCoRV had a good interaction with
the Internet, ease delineation of homogeneous regions, efficiency in applying
the regionalization methodology and ability to feed the ANA database.
xi
1. INTRODUÇÃO
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
10
3. METODOLOGIA
11
Início
Escolha da metodologia
de regionalização
Entrada de dados
Inserção dos valores
das variáveis que
representam as
características físicas Definição das regiões
e climáticas da bacia homogêneas
Regionalização
Elaboração de relatórios
Fim
12
3.1. Escolha da metodologia de regionalização
13
3.3. Escolha das variáveis representativas das características físicas e
climáticas
16
espacialização geográfica das estações e da hidrografia, como para a análise
da continuidade da região hidrologicamente homogênea.
3.6. Regionalização
Modelo linear
Q = β 0 + β1 X1 + β 2 X 2 + β 3 X 3 + ... + β n X n (2)
Modelo potencial
17
Modelo exponencial
β0 X1β1 Xβ22 Xβ33 ... Xnβn
Q=e (4)
Modelo logarítmico
Q = β 0 + β1 ln X1 + β 2 ln X 2 + β 3 ln X 3 + ... + β n ln X n (5)
Modelo recíproco
1
Q= (6)
(β 0 + β1 X1 + β 2 X 2 + β 3 X 3 + ... + β n X n )
^
Y = b 0 + b1 X1 + b 2 X 2 + b 3 X 3 + ... + b p X p (8)
18
em que cada coeficiente de regressão βi é estimado pelo estimador b i da
amostra de dados.
Dado um conjunto de observações dependentes y i e um conjunto de
observações independentes, X 1, X 2 ,..., X p , considera-se que os dois conjuntos
^
Y i = b 0 + b1 X1 + b 2 X 2 + b 3 X 3 + ... + b n X n (9)
^
em que Y i é a resposta estimada associada aos valores, X 1, X 2 ,..., X p , das p
variáveis.
Pode-se usar o conceito de mínimos quadrados para chegar às
estimativas de b 0 ,b1,b 2 ,b 3 ,..., b p , considerando a equação:
n n n n
nb 0 + b1 ∑ x 1i + b 2 ∑ x 2i + ... + b p ∑ x pi = ∑ y i
i=1 i =1 i=1 i=1
n n n n n
b 0 ∑ x 1i + b1 ∑ x 22i + b 2 ∑ x 1i x pi + ... + b p ∑ x 1i x pi = ∑ x 1i y i
i=1 i =1 i=1 i =1 i =1
... ... ... ... ... (11)
... ... ... ... ...
... ... ... ... ....
n n n n n
b 0 ∑ x pi + b1 ∑ x pi x 1i + b 2 ∑ x pi x 2i + ... + b p ∑ x pi2 = ∑ x pi y i
i =1 i =1 i =1 i=1 i=1
19
Essas equações podem ser escritas na forma matricial:
Ab = g (12)
em que
n n n
n ∑ x 1i
i=1
∑ x 2i
i =1
... ∑x i=1
pi
n n n n
A= ∑ x 1i
i =1
∑ x 12i
i=1
∑ x 1i x 2i
i=1
... ∑x
i=1
1i x pi
(13)
... ... ... ...
n n n n
∑x
i=1
pi ∑x
i =1
pi x 1i ∑x
i =1
pi x 2i ... ∑x i=1
2
pi
b0
b1
b= ;e (14)
...
bp
n
∑y
i =1
i
g=
∑x
i =1
1i yi
(15)
...
n
∑x
i =1
pi yi
b = A −1 g (16)
1 x 11 ... x p1
1 x 12 ... x p 2
X= (17)
... ... ... ...
1 x 1n ... x pn
20
Em que a i-ésima linha, com exceção da primeira coluna, representa os
valores de X que irão fornecer a resposta Yi . A relação entre a matriz X e a
X' X = A (18)
g = X' Y (19)
y1
y2
Y= (20)
M
yn
21
SQE
S2 = (24)
n − p −1
E = S 2 − A −1 (25)
e1
e2
E= (26)
...
en
SQR
R2 = (27)
SQT
R 2 ajustado = R 2 −
p
n − p −1
(1− R2 ) (28)
22
Tabela 1 – Análise de variância da regressão múltipla
SQR
Regressão p SQR
p
SQE
Resíduo n − p −1 SQE
n − p −1
Total n −1 SQT
Qi
fi = (29)
Qm
23
Equação de Gumbel
i − 0,44
Pi = (30)
N + 0,12
Equação de Weibull
i
Pi = (31)
N +1
1
Tr = −y (33)
1 − e −e
Q
= a+b y (34)
Qm
24
Uma vez identificadas as estações componentes da região
hidrologicamente homogênea, ajusta-se uma regressão linear para relacionar
os fatores adimensionais dessas estações aos respectivos tempos de retorno.
Utiliza-se o método tradicional para obter a equação que descreve a
relação entre as variáveis explicativas e as médias das séries de vazões dos
eventos extremos.
Por fim, aplica-se a equação:
Q
Q = i QM (35)
Qm T
Q
em que Q é a vazão regionalizada, em m³/s; i , fator adimensional para
Qm T
o tempo de retorno T; e Q M , média das vazões regionalizadas pelo método
tradicional, em m³/s.
25
Nesse método é definida uma região hidrológica homogênea para cada
afluente e uma para o rio principal. No contexto do software, essa região é
denominada trecho para diferenciá-la das regiões obtidas pelos métodos
tradicional e da curva adimensional.
Na aplicação do procedimento descrito no item b não se utiliza o
método dos mínimos quadrados, mas um processo iterativo, sendo
disponibilizados diversos resultados.
26
3.9. Aplicação do software: estudo de caso para a bacia do rio Paracatu
27
Tendo em vista o fato de se buscar a representação das
funcionalidades associadas à inserção das equações na base hidrográfica
ottocodificada da ANA, utilizou-se como variável explicativa apenas a área de
drenagem, que é a única variável disponível neste banco de dados. Para a
obtenção das Q7,10 e Qmma em cada uma das estações fluviométricas foi
utilizado o SisCAH.
As séries de dados históricos de vazão das 21 estações fluviométricas
utilizadas na regionalização foram importados do site da ANA (Tabela 2). Os
dados analisados correspondem ao período de 1970 a 2005.
Área de
Código Nome da estação fluviométrica drenagem Curso d’água
(km2)
28
regionalização. Quando verificados resultados estatisticamente significativos
para o teste t e teste F, a região foi confirmada como hidrologicamente
homogênea para as vazões estudadas. Entretanto, nos casos em que isso não
ocorreu, houve necessidade de subdividir a região e reiniciar o processo. Para
a realização dos estudos de regionalização de vazões para a bacia do
Paracatu foram feitas a identificação das regiões hidrologicamente
homogêneas, a regressão entre as vazões mínimas e a área de drenagem das
estações, a inserção das equações de regionalização de vazões obtidas na
base hidrográfica ottocodificada e a estimativa das vazões regionalizadas para
cada trecho da hidrografia do Paracatu.
Os valores de Q7,10 utilizados nos métodos tradicional e da
conservação de massas e os da Qmma utilizados para o método da curva
adimensional podem ser encontrados na Tabela 3.
Código Nome da estação fluviométrica Q7,10 (m³ s-1) Qmma (m³ s-1)
29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
30
Figura 3 – Módulos disponíveis no SisCoRV.
climáticas
31
represente característica física ou climática da bacia hidrográfica; “Excluir
variável” – exclui a variável selecionada; e “Variável padrão” – recupera o
conjunto padrão de variáveis explicativas.
O conjunto padrão de variáveis independentes é constituído pela área
de drenagem, pois os valores dessa variável estão disponíveis para todas as
estações fluviométricas do Hidroweb e para cada trecho da hidrografia da base
hidrográfica ottocodificada da ANA.
32
4.4. Entrada de dados
33
da bacia evitando que estações fluviométricas de bacias diferentes ou regiões
distintas sejam incluídas como parte de uma mesma região homogênea.
34
Figura 7 – Tela em que é exibido o inventário de estações operadas pela ANA.
35
(a) (b)
36
Para importar múltiplas estações marca-se a opção “Baixar múltiplas
estações” (campo 2 da Figura 10). Os arquivos importados são armazenados
em um único diretório definido pelo usuário, sendo estes nomeados com o
código da estação e com a extensão SCH.
37
Sob o item de menu “Ferramentas” está disponível a funcionalidade
“Disponibilidade de dados” (Figura 12), que permite a visualização da
percentagem anual de dados disponíveis para cada estação e facilita a escolha
do período base de regionalização e a adição, em lote, das estações
fluviométricas no estudo de regionalização.
38
Na tela do SisCoRV exibida na Figura 14, pode ser visualizada a lista de
estações adicionadas no projeto (campo 1) e a espacialização das mesmas
sobre a hidrografia (campo 2).
39
Figura 15 – Tela para a definição das regiões homogêneas.
4.6. Regionalização
40
Figura 16 – Aba “Ajuste”: parâmetros obtidos a partir do ajuste estatístico.
41
Figura 17 – Aba “Vazões”: comparação entre as vazões estimadas e as
observadas.
42
Figura 19 – Tela de exibição dos resíduos em gráfico.
43
valores de vazões correspondentes à porcentagem de vazão regularizada que
começa em 5 e é incrementado de 5% até atingir 100%.
Os resultados da regionalização da curva de regularização são
disponibilizados nas abas “Ajuste” e “Coeficientes”.
Na aba “Ajuste” (Figura 21) visualiza-se os resultados estatísticos
obtidos da regressão potencial.
44
Figura 22 – Coeficientes da equação potencial de regionalização da curva de
regularização.
45
Figura 23 – Coeficientes estimados para a equação de regionalização e o fator
adimensional.
46
Figura 24 – Resultados do ajuste da curva adimensional.
47
Figura 25 – Resultados obtidos no módulo do método da conservação de
massas.
48
Figura 26 – Inserção do ponto de deságüe.
49
Figura 27 – Tela principal do módulo de inserção de equações exibindo o perfil
das bacias hidrográficas brasileiras, inclusive as partes das bacias
que não pertencem ao território nacional.
50
− Movimentar mapa (campo 6): Permite deslocar o mapa para posicionar a
hidrografia no campo de visão requerido;
− Ferramentas de ampliação e redução (campo 7): Permite ampliar, e reduzir a
visualização do mapa;
− Informações (campo 8): Exibe informações constantes na base hidrográfica
ottocodificada para um trecho selecionado;
− Definir equação (campo 9): Abre uma tela para definição da equação a ser
inserida na base hidrográfica ottocodificada;
− Auto-completar equações (campo 10): Estima as vazões nos trechos
afluentes do trecho onde a equação determinada pelo método da
conservação de massas foi inserida;
− Remover equações (campo 11): Remove as equações já inseridas no estudo
de regionalização;
− Ferramentas de seleção de área de drenagem (campo 12): Permite a
seleção da área de drenagem à montante de um ponto ou entre dois pontos;
− Ferramentas de seleção de curso de água (campo 13): Permite a seleção de
um trecho de curso de água a montante e a jusante de um ponto ou entre
dois pontos, sendo este comando permitido apenas para um mesmo curso
de água;
− Limpar seleção (campo 14): Limpa a seleção de trechos;
− Calcular vazões (campo 15): Calcula a vazão com base na equação inserida
e nas variáveis que constam na base hidrográfica ottocodificada para o
trecho selecionado;
− Pesquisar (campo 16): Permite a pesquisa da localidade de determinado rio
ou ottobacia.
− Campo de inserção do nome do rio ou código da ottobacia a ser pesquisado
(campo 17): Permite a pesquisa por meio de nome ou código Otto;
− Limpar pesquisa (campo 18): Limpa a pesquisa realizada;
− Campo de inserção do nome do rio ou código da ottobacia a ser filtrado
(campo 19): Permite a filtragem por meio do nome do rio ou código Otto; e
− Filtrar (campo 20): Filtra a hidrografia, exibindo somente a ottobacia definida
no campo 19.
Para inserir uma equação selecionam-se os trechos nos quais a
equação será aplicada. Recomenda-se a utilização da ferramenta de filtragem
51
da hidrografia (campo 9 da Figura 28) antes das ferramentas de seleção e
inserção da equação.
A equação só será aplicada para os trechos selecionados. Para tanto
se utilizam as ferramentas de seleção localizadas nos campos 12 e 13 da
Figura 28. A hidrografia selecionada é exibida na cor vermelha, em contraste a
cor azul da hidrografia não selecionada (Figura 29).
52
Figura 30 – Tela inicial do assistente de equações.
53
Figura 31 – Tela para a inserção manual da equação de regionalização.
54
Figura 32 – Assistente de equações: seleção do modelo de ajuste para o
método tradicional.
55
Figura 34 – Conferência e inserção da equação de regionalização.
56
Depois que a equação for inserida e o comando “Calcular vazões”
(campo 15 da Figura 28) for executado, os valores dos volumes de reservatório
(campo 1 da Figura 36) ficam disponíveis para serem consultados utilizando-se
a funcionalidade “Informações” (campo 8 da Figura 28).
57
Figura 37 – Configurações do assistente de equações para o método
adimensional.
58
Figura 38 – Seleção do rio para a inserção das equações ajustadas pelo
método da conservação de massas.
59
4.8. Elaboração de relatórios
60
(tabelas e gráficos), os resíduos (tabelas ou em gráficos), os coeficientes da
equação de regionalização e resultados da aplicação dos testes estatísticos.
Também estão disponíveis para a impressão (Figura 42).
61
Quando a opção “Ajuste” é escolhida, é gerado o relatório (Figura 44)
em que constam as informações referentes à aplicação dos testes estatísticos,
que incluem R², R² ajustado, erro padrão, teste F (Valor-P), teste t e o erro
padrão para cada variável explicativa.
Para a opção “Vazões” é gerado o relatório (Figura 44) em que
constam as informações referentes às vazões observadas e estimadas a
metodologia de regionalização utilizada, a vazão regionalizada, o período de
retorno, o nome do técnico responsável pelo projeto, o código das estações, as
vazões observadas e as vazões estimadas por cada modelo para as estações
da região hidrológica.
62
Para a opção “Resíduos” é gerado o relatório (Figura 45) em que
constam as informações referentes à metodologia de regionalização, a vazão
regionalizada, o período de retorno quando pertinente, o nome do técnico
responsável pelo projeto, o código das estações, porcentagem que
representam os resíduos em relação à vazão observada para cada modelo e
para todas as estações da região hidrológica.
O gráfico da dispersão dos resíduos versus os valores estimados pela
regressão (Figura 46) permite verificar se há alguma tendência nos resíduos
que podem desaprovar o modelo obtido pela regressão.
63
Figura 45 – Relatório da dispersão dos resíduos pela aplicação dos métodos
tradicional ou da curva adimensional.
64
Para a opção “Coeficientes” é gerado o relatório (Figura 47) em que
constam as informações referentes aos coeficientes das equações de
regionalização, incluindo a metodologia de regionalização, a vazão
regionalizada, o período de retorno, o nome do técnico responsável, os nomes
das variáveis explicativas e os coeficientes da equação de regionalização para
cada modelo e variável utilizada.
65
Figura 48 – Relatório do gráfico comparativo das vazões observadas e as
estimadas pelos métodos tradicional e da curva adimensional.
66
Para a realização do estudo de caso utilizou-se os métodos de
regionalização disponível no SisCoRV, que são: tradicional, da curva
adimensional e da conservação de massas.
67
Pela análise da Figura 51 observa-se que os modelos linear e potencial
superestimam as Q7,10 para as estações com pequenas áreas de drenagem e
subestimam para as maiores, entretanto, a decisão se esses modelos são
adequados para a representação da Q7,10 em toda a bacia também deve ser
feito levando em consideração os resultados obtidos pela aplicação de testes
estatísticos (Tabela 4).
R² 0,9592 0,9249
R² ajustado 0,9570 0,9210
Erro padrão 3,5940 0,4207
Teste F(Valor-P) 0,0000 0,0000
Teste T (Valor-P): Intercepto 0,5705 0,0000
Teste T (Valor-P): Área (km²) 0,0000 0,0000
Erro padrão: Intercepto 0,9806 0,4682
Erro padrão: Área (km²) 0,0001 0,0566
68
Na análise dos resultados da aplicação dos testes estatísticos, verifica-
se que o modelo linear é rejeitado para o intercepto a 95% de significância
(teste t).
Já a análise da dispersão dos resíduos do modelo potencial caracteriza
desvios superiores a 90% em mais de 30% das estações fluviométricas
consideradas (Tabela 5).
42250000 -34,80
42251000 12,98
42255000 8,55
42257000 25,21
42290000 -4,25
42395000 -23,16
42435000 132,03
42440000 10,95
42460000 -45,57
42490000 -30,00
42540000 -19,06
42545500 29,77
42546000 -16,40
42600000 -2,42
42690001 22,11
42750000 -14,86
42840000 -45,04
42850000 112,94
42860000 111,90
42930000 -16,29
42980000 -25,17
69
Diante dos resultados obtidos optou-se pela subdivisão da bacia em
novas regiões hidrologicamente homogênea, que foi feito por meio de um
processo iterativo que permitiu identificar três regiões (Figura 52).
Para a representação do estudo de caso descreveu-se a aplicação do
estudo de regionalização realizado para a região 1.
70
Figura 53 – Q7,10 observadas e as estimadas pelo método tradicional para cada
uma das estações fluviométricas usadas no estudo de caso.
71
Figura 54 – Q7,10 observadas e as estimadas pelo método tradicional para cada
uma das estações fluviométricas usadas no estudo de caso.
R² 0,99040 0,96639
R² ajustado 0,98800 0,95798
Erro padrão 0,88876 0,27813
Teste F(Valor-P) 0,00003 0,00043
Teste T(Valor-P): Intercepto 0,80148 0,00098
Teste T (Valor-P): Área (km²) 0,00003 0,00043
Erro padrão: Intercepto 0,49064 0,62652
Erro padrão: Área (km²) 7,87E-05 0,08171
72
Tabela 7 – Dispersão dos resíduos para a região 1 obtidos para o método
tradicional
42250000 -32,41
42251000 18,85
42255000 11,79
42257000 31,85
42290000 2,31
42395000 -17,44
74
que o valor observado da Q7,10 é 7,543 m³/s e valor estimado 17,594 m³/s e
18,052 m³/s, respectivamente para os modelos linear e potencial, ou seja, a
estimativa é superior a duas vezes o valor da Qmma observada.
75
Tabela 8 – Coeficiente angular (b) da linha de tendência da regressão entre as
vazões adimensionais e o tempo de retorno da região 1
76
Pela Figura 58, evidencia-se que os modelos exponencial, logarítmico
e recíproco apresentam comportamentos anômalos, como vazões negativas,
estimativas superiores ao dobro da vazão observada ou inferiores à metade do
valor observado em mais de 50% das estações fluviométricas presentes no
estudo, tendo-se, por isso, excluídos os resultados obtidos por esses modelos.
Pela análise da Figura 59 observa-se que o modelo linear subestima as
Qmma para as duas primeiras estações fluviométricas e o modelo potencial
para a última, portanto, a decisão se esses modelos são adequados para a
representação da Q7,10 na região 1, deve ser feito levando em consideração os
resultados obtidos pela aplicação de testes estatísticos (Tabela 9).
77
Tabela 9 – Resultado dos testes estatísticos obtidos no SisCoRV
R² 0,99040 0,96639
R² ajustado 0,98800 0,95798
Erro padrão 0,88876 0,27813
Teste F(Valor-P) 0,00003 0,00043
Teste T(Valor-P): Intercepto 0,80148 0,00098
Teste T (Valor-P): Área (km²) 0,00003 0,00043
Erro padrão: Intercepto 0,49064 0,62652
Erro padrão: Área (km²) 7,87E-05 0,081713
42250000 -32,41
42251000 18,85
42255000 11,78
42257000 31,84
42290000 2,31
42395000 -17,44
78
Na Figura 60 é apresentada a janela de informações do SisCoRV, após
a inserção da equação na base hidrográfica ottocodificada da ANA. A “Área
Montante” refere-se à área de drenagem do ponto mais a jusante do trecho
selecionado, que, nesse caso, equivale a toda a área de drenagem da região 1
(14483,53 km²), a “Vazão/volume” é a Qmma (19,6014 m³/s) estimada pela
aplicação da equação de regionalização e “NUAREAMONT” é o campo da
base hidrográfica ottocodificada referente a área de drenagem.
79
Figura 61 – Rio principal: seqüência unifilar de trechos da hidrografia (em
vermelho) com nove estações fluviométricas (círculos verdes).
80
Considerando a seleção do modelo potencial, tendo em vista seu maior
R², tem-se a Figura 62, em que se verifica que as estimativas aproximam dos
valores observados nas estações próximas às nascentes com áreas de
drenagem menores e coincide para a última estação com a maior área de
drenagem próxima do ponto de deságüe da bacia do Paracatu.
81
Figura 63 – Janela de informações do o método da conservação de massas.
82
5. CONCLUSÕES
83
REFERÊNCIAS
BURN, D.H.; GOEL, N.K. The formation of groups for regional flood frequency
analysis. Hydrological Sciences Journal, v. 45, n. 1, p. 97-112, 2000.
84
CRESPO, C.E.J.; TUCCI, C.E.M. Regionalização de vazão máxima do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. Revista Brasileira de Engenharia, v. 2, n. 1,
p. 91-112, 1984.
EUCLYDES, H.P.; FERREIRA, P.A.; FARIA FILHO, R.F.R. Atlas digital das
águas de Minas. Viçosa: UFV/RURALMINAS/IGAM, 2005. 78 p.
85
SILVA, P.A. Classificação e codificação de bacias hidrográficas brasileiras
segundo o método Pfafstetter, com uso de geoprocessamento. In: ENCONTRO
DE LAS AGUAS, 2, 1999, Montevideo. Proceedings... Montevideo, Uruguay:
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