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Eu sou a______________________________, nasci a oito de Novembro de

mil novecentos e setenta e seis, na maternidade do hospital de são Teotónio


de Viseu, nasci de uma cesariana gémea com a minha irmã _____ (que
também se encontra a fazer o RVCC comigo), por isso não sei o que é ser
filha única, porque nunca o fui.

Como já o disse, sou gémea, fui baptizada a cinco de Dezembro de


mil novecentos e setenta e seis, os meus padrinhos é que me escolheram o
nome, a minha mãe diz que eu comecei a caminhar ao ano de idade, já o
primeiro dente nasceu-me bastante tarde, tinha catorze meses, foi em cima
do lado esquerdo. Como sempre tive uma irmã, desde sempre tive com
quem brincar, para mim foi divertido ter uma irmã, tinha sempre
companhia, com quem falar e com quem brincar. Mas um dia aconteceu
uma coisa horrível, embora eu de tenra idade, mas ainda tenho uma
lembrança daquele dia horrível, em que a minha irmã andava muito doente
e ficou internada, fui lá visitá-la, que horror era aquela pediatria. Todas as
crianças ficavam juntas e choravam muito, naquele tempo não era
permitido a permanência dos pais no acompanhamento aos filhos.

A minha mãe nunca se empregou para tomar conta de mim e da


minha irmã, sempre tivemos o apoio materno uma vez que a minha mãe
dispunha de tempo para nós, não frequentámos o jardim-escola, entrámos
para a escola com cinco anos. Eu tive uma adaptação relativamente fácil,
mas a minha irmã, nos primeiros dois meses, só chorava porque queria a
mãe.

Na escola éramos muitos por isso a turma era grande, era fantástico,
no recreio da escola brincávamos muito, com jogos tradicionais, uma vez
que na altura não havia jogos de consola nem jogos didácticos. A minha
professora da escola primária premiava-nos quando nós tínhamos boas
notas, eu ainda recebi algumas vezes uma moeda de vinte e cinco escudos
e uma laranja como prémio, mas se tivéssemos más notas, dava-nos
reguadas, como me aconteceu também algumas vezes.

Como se sabe, todas as crianças acreditam no Pai Natal, e agora vou


contar-vos como foi quando eu descobri quem era o Pai Natal: os meus
colegas da escola diziam-me que o Pai Natal eram os pais, eu fui perguntar
à minha mãe, a minha mãe dizia que era mentira e eu acreditava nela. No
dia seguinte falávamos sobre isso na escola, os meus colegas diziam o
mesmo e eu dizia que tinha perguntado à minha mãe e ela dizia que eles
não sabiam e que eram mentirosos, depois de alguma insistência por parte
dos meus colegas, eu e a minha irmã fomos procurar em casa e
conseguimos descobrir alguns presentes, que no dia de Natal se veio a
confirmar que eram os nossos presentes, foi assim que descobri quem era o
Pai Natal. No meu tempo de criança o Natal não era como nos dias que
decorrem, recebia só um brinquedo, no máximo dois, poucos chocolates e
quando descobri quem era o Pai Natal o meu pai disse que já não tinha que
receber presentes, pois já sabia quem era o Pai Natal, mas sempre
alimentava a esperança de no Natal seguinte encontrar algum presente no
sapatinho, pois, mas não passou de um chocolate e um pacote de batatas
fritas, como fiquei triste quando vi o meu sapatinho e nem um brinquedo
tinha para desembrulhar, nos dias que decorrem a maior parte das crianças
têm dezenas de brinquedos, assim como as minhas filhas hoje têm. Que
pena que eu tenho de ainda hoje não poder acreditar que existe o Pai Natal.

Frequentei a catequese em Fagilde, a minha catequista era uma


senhora que nos dava a catequese em casa dela na garagem. Fiz a Primeira
Comunhão na igreja de Fornos de Maceira Dão, o meu vestido era muito
simples, mas muito bonito, a minha mãe mandou fazer o meu vestido numa
costureira em Mangualde.

Quando saí da escola primária eu queria ir estudar para o ciclo


preparatório de Mangualde, mas a minha irmã não queria, dizia que era
muita confusão que queria ir para a telescola, a minha mãe dizia que para
onde fosse uma ia a outra, e lá nos matriculou as duas na telescola. Eu tive
tanto azar que depois acabei por ir sozinha, porque a minha irmã reprovou
na quarta classe. Foi uma experiência horrível, detestei a escola, os
professores e até reprovei no sexto ano, depois fui repeti-lo ao ciclo
preparatório de Mangualde e aí já gostei da escola, dos professores, do
ambiente e de tudo que me rodeava, até consegui tirar nota cinco a
matemática e na telescola tirei um dois a matemática.

Enquanto decorria o sexto ano houve um dia em que eu e a minha


irmã estávamos a brincar e descobrimos na mala da minha mãe um boletim
de gravidez onde estavam registadas as consultas de uma gravidez, quando
vimos não cabíamos em nós de felicidade, não púnhamos outra
possibilidade a não ser que íamos ter uma irmã, fomos todas contentes ter
com a minha mãe a perguntar-lhe e ela começou-se a rir e logo vimos que
era verdade o que nós estávamos a pensar. Lá chegou o dia em que ela
nasceu, um de Janeiro de mil novecentos e oitenta e oito, eu como sempre
adorei bebés andava eufórica de tanta alegria. Quando a minha mãe estava
na maternidade e nos primeiros dias quando veio para casa eu apenas com
onze anos de tão tenra idade é que ia para o tanque público com a bacia da
roupa à cabeça lavar a roupa e as fraldas, hoje interrogo-me como era
possível tão nova desenvolver tais tarefas, mas para mim nessa época foi a
melhor prenda que me puderam dar uma vez que eu adorava bebés e assim
tinha um bebé sempre em casa.

Fiz a Profissão de Fé no dia dezasseis de Julho de mil novecentos e


oitenta e nove, na igreja de Fornos de Maceira Dão, eu e todos os que
fizemos a profissão de fé naquele ano fomos todos de igual, os nossos pais
reuniram-se e acharam que ia ser mais bonito assim e então decidirão
alugar as roupas para todos.

Quando fiz o sexto ano eu queria ir estudar, mas a minha mãe dizia-
me para quê estudar, se for para ficar com o nono que era a mesma coisa
que ficar com o sexto ano e se fosse para tirar um curso que ia estudar até
me casar, ela gostava que eu tirasse um curso de costura, porque uma
vizinha já o tinha tirado e a minha mãe achava uma boa profissão para as
filhas dela, mas eu continuava a dizer que queria ir estudar, e aí os meus
pais tiveram uma conversa comigo, disseram-me para ir experimentar o
curso de corte e alta-costura nas férias de verão, se não gostasse, depois
das férias ia regressar à escola, aí eu concordei com eles.

Lá fui eu tirar o curso, que acabei por gostar bastante, uma vez que
eu também já gostava de andar de agulha e dedal na mão a fazer a roupa
para as minhas bonecas, lá andei eu ano e meio no curso, acabei o curso
com 15 valores, e ainda hoje é a minha profissão.

Mal fiz catorze anos comecei logo a trabalhar na empresa onde hoje
ainda trabalho, na altura eu ainda era muito jovem, tinha uma patroa muito
exigente e severa, ela era muito fria que por vezes até o caminhar dela me
metia medo, eu tão humilde e de tão tenra idade não a conseguia enfrentar,
mas com o tempo as coisas começaram a mudar e comecei por enfrentá-la
em certas alturas e ela também começou por me respeitar, tornando-nos se
assim se pode dizer amigas, ela também começou por conhecer melhor as
minhas capacidades profissionais. Entrei na empresa como aparadora de
linhas alguns dias depois a cozer à máquina, alguns anos depois comecei a
ajudá-la a fazer os moldes para cortar o vestuário, onde ela depositou
confiança em mim e me propôs tirar uma formação para inserir os moldes
no sistema informático, a partir dai fiquei a fazer os moldes sozinha sem a
ajuda dela, assim como dar os consumos e a fazer as amostras para os
clientes assim como também para concursos públicos e desde dois mil e
dois, que fiquei responsável pelo estudo e industrialização do produto.

A minha adolescência não foi muito desfrutada, uma vez que comecei
por trabalhar tão jovem e todo o meu salário era entregue aos meus pais,
após o meu horário de trabalho fazia costura para fora, que ia muitas das
vezes pela noite dentro e ao outro dia era novamente dia de trabalho, e aí
sim o dinheiro que ganhava era para mim, ainda ajudava nas tarefas
domésticas assim como também fazia a comida. Com tanto trabalho poucos
eram os momentos de lazer e mesmo os poucos momentos que tinha de
lazer os meus pais não me davam quase liberdade nenhuma nem à minha
irmã, durante a semana era expressamente proibido sair de casa, ao
Domingo à tarde juntávamo-nos com algumas colegas nossas da povoação
e dávamos uma volta pelo povo a pé e eram assim os meus Domingos. Se
ao Domingo à noite quiséssemos ir a algum baile onde as nossas colegas
costumavam ir nunca podíamos ir com elas, porque era de noite e não
podíamos andar fora de casa sem ser com os nossos pais. Lá ia o meu pai
levar-nos ao baile e ficava lá para nos trazer para casa, como ele ia e depois
queria vir descansar dificilmente vínhamos para casa depois das vinte e três
e trinta e nós ficávamos todas tristes, porque éramos sempre as primeiras a
vir embora.

Aos dezoito anos tirei a carta de condução, que tão ansiosa andava
por esse momento, os meus pais lá compraram um carro para mim e para a
minha irmã, lá começámos a andar com o carro e começámos a sair ao
Domingo à tarde com ele e ai já íamos dar um passeio, mas sem irmos para
discotecas, para os meus pais uma discoteca não era ambiente para as
filhas deles.

Quando faltava cerca de um mês para fazer dezanove anos comecei a


namorar, com o meu actual marido, víamo-nos poucas vezes e quando
falávamos era por telefone, pois na época não tínhamos telemóvel, mas se
o meu pai estivesse em casa tínhamos de ser breves pois ele não gostava
que nós tivéssemos o telefone muito tempo ocupado, foi um namoro muito
breve e um pouco atribulado, uma vez que ele perdeu o pai durante o nosso
namoro e tinha perdido a mãe recentemente, foi assim que decidimos casar
após dois anos, já que trabalhávamos os dois e ele estava muito sozinho,
uma vez que já tinha perdido os pais.

O dia quatro de Outubro de mil novecentos e noventa e sete, foi o dia


escolhido por nós para o nosso casamento na igreja da Ermida da senhora
do Castelo, o meu cunhado sentiu-se um pouco angustiado durante a
cerimónia, talvez a pensar um pouco nos pais como gostariam de estar
presentes naquele dia tão especial para o irmão. Fui eu que fiz o meu
próprio vestido de noiva era muito simples, mas todos me diziam que
estava muito bonita, inclusive o meu marido, não sei se era só para serem
simpáticos se estavam a ser realistas, tirando este pequeno obstáculo foi
um dia muito bonito para nós.

Logo ao outro dia do casamento fomos para Lisboa, para apanharmos


o avião para a ilha da Madeira onde fomos passar a lua-de-mel, foi
fantástico, fantástico!!! Eu que quase nunca tinha viajado e que tão pouca
liberdade tinha, estar nove dias num lugar onde não conhecia ninguém, só
com a pessoa que amava, a desfrutar de uma ilha maravilhosa como a da
ilha da Madeira, que maravilhoso!

Fomos morar para a casa que era dos meus sogros, com o irmão do
meu marido, uma vez que ele só tinha um irmão e era solteiro, ele era
bastante acessível não punha grandes obstáculos, para ele tudo estava
bem. Comprámos um terreno para a construção da nossa casa, em que hoje
vivemos, após termos chegado de lua-de-mel. Começaram logo as grandes
responsabilidades, a escritura, a planta da casa, decidir o empreiteiro para a
construção e tudo o que envolve uma construção.

Já em mil novecentos e noventa e oito fomos visitar a exposição


mundial, a expo98, fomos com um bilhete de três dias, com um casal
amigo. Os pavilhões mais bonitos tinham sempre filas enormes, que
levavam algumas horas de espera para se visitarem. Visitámos pavilhões
que mostravam culturas de outros países espectaculares, assim como o
oceanário, o pavilhão multiusos, o pavilhão da realidade virtual entre muitas
outras coisas.

Nesse verão fomos de férias para a Figueira da Foz, após as férias


chegou a grande notícia, estava grávida da minha filha mais velha, que
alegria para todos, o meu cunhado, o irmão do meu marido até chorou de
alegria, mas logo de seguida veio o balde de água fria, foi detectado um
tumor no fígado ao meu cunhado, o médico falou com o meu marido e
disse-lhe que a esperança de vida dele era muito pouca, mas nós ainda
estávamos na esperança que ele durasse alguns meses, que ainda
conhecesse a sobrinha, porque ele andava tão feliz com a ideia de ser tio,
mas logo após um mês de ser detectado o tumor aconteceu o pior. Após o
meu marido estar tão fragilizado com a perda tão recente dos pais, perde o
único irmão que tinha, e eu tão jovem e grávida, com tão pouca experiência
de vida para enfrentar tal situação e sem saber como agir para dar força ao
meu marido.

Chegou o dia vinte e três de Maio de mil novecentos e noventa e


nove, um dos dias mais felizes da minha vida, nasceu a Inês Alexandra
Figueiredo Nunes, às vinte e duas horas e um minuto, pesava três quilos e
setenta gramas e media quarenta e seis centímetros. O meu marido estava
presente nesse momento tão importante das nossas vidas, ele deslumbrava
de alegria, que felicidade tão grande ao ver a nossa filha tão bonita, tão
pequenina, tão fofinha, tão redondinha, bem, nem há palavras para
descrever tamanha felicidade. No dia seguinte após o seu nascimento, como
é normal, os bebés são visitados pelo pediatra, mediu-a, pesou-a, escutou-a,
para já tudo normal, de seguida dobrou-lhe as pernas e abriu-as, ao abri-las
davam um estalinho, repetia novamente e continuava a dar um estalinho,
pediu a opinião a outro colega e ele ficava também duvidoso ao ouvir
aquele estalinho, então decidiram falar comigo e disseram-me “ouvimos
aqui um estalinho ao abrir as pernas não deve ser nada de especial mas
para tirarmos as dúvidas vamos mandar o ortopedista vir ver a bebé”.
Nessa mesma tarde veio o ortopedista ver a menina, já o meu marido
estava presente, foi-nos informado que a menina estava com luxação das
ancas, a partir dai ia passar a usar duas a três fraldas umas sobre as outras
para tentar ter as pernas o mais abertas possível, se não passasse aos três
meses tinha de ser iniciado um tratamento que para os bebés sendo
diagnosticado cedo não era muito doloroso, mas para os pais iria ser um
pouco mais complicado, nós ao olharmos para a nossa filha, com a lágrima
no canto do olho, perguntávamos nós “oh meu Deus que mais nos irá
acontecer, porque tudo nos acontece?”, interrogávamo-nos porquê a nossa
menina, o mundo parece que desabava em cima de nós, não conhecíamos o
porquê do problema, não conhecíamos o tratamento e a angústia começava
a partir dai como tudo se iria decorrer. Passaram três meses e uma visita ao
ortopedista, onde nos foi confirmado que as fraldas sobrepostas que tinha
usado esse tempo todo não tinham resultado, então foi feito o internamento
e o tratamento teve inicio, como era habitual em bebés com aquele tipo de
problema, fez o tratamento normal e foi fazer o RX para confirmar se tudo
estava bem para ser aplicado o gesso, mas mais uma vez a sorte não
estava do nosso lado, as coisas não estavam a correr bem e a menina teve
de ficar mais uma semana internada e para além da posição em que já se
encontrava ainda teve de estar com pesos para tentar puxar o osso para o
sítio, a nossa angústia cada vez era maior, não víamos a hora de ver
resolvido este problema que tanto nos preocupava e sem saber o que fazer,
não conhecíamos ninguém com quem pudéssemos desabafar tal dor, que já
tivesse passado por uma situação igual ou parecida. Ao fim de essa semana
com pesos fez novamente RX aí sim as coisas já começavam a ficar
encaminhadas, o osso já estava no sítio correcto, foi então aplicado um
calção de gesso e lá viemos nós para casa com a nossa filha, pensando nós
que já estava ultrapassado o problema, mas outros obstáculos nos
apareceram desde o vestir ao transporte é que em tal posição não havia
cadeira para o carro onde ela se encaixasse, vista tal situação não podia
uma pessoa sair sozinha de casa com ela, mas tudo isto foi ultrapassado
hoje é uma criança sem qualquer tipo de problema.

Entretanto o tempo foi passando e a casa que tínhamos dado inicio


em dois mil ao fim de muitas dores de cabeça e muitas preocupações, foi
concluída, decidimos então vender a casa onde estávamos a morar,
vendemo-la, lá fizemos as mudanças para a nossa nova casa, com todo o
gosto, tudo brilhava, pois tudo tinha sido pensado a pormenor por nós.

O tempo foi passando e a determinada altura começámos a ponderar


se devíamos ter mais um filho ou deixar a Inês filha única. O meu marido
interrogava-me se eu estava preparada para passar tudo de novo como foi
da Inês, uma vez que era hereditário o problema que a Inês teve à
nascença, eu dizia que achava melhor ter outro filho, não queria dizer que
embora fosse hereditário que todos os nossos filhos tivessem esse
problema, também era azar a mais todos os nossos filhos nascerem com
esse problema, então ao fim reflectirmos bastante e tomámos a decisão de
ter outro filho. Passado algum tempo lá fiquei grávida, não era uma
experiência nova, mas a alegria era tanta de estar novamente grávida que
foi vivida com tanta emoção como se fosse a primeira vez.

Chegou o grande dia Trinta de Setembro de dois mil e seis, nasceu a


Rute Raquel Figueiredo Nunes, às treze e dezoito, pesava três quilos
trezentas e oitenta gramas, media cinquenta centímetros, o meu marido
olhava para ela e só sabia dizer que era linda, parece que nem sabia dizer
outra coisa, a minha filha Inês deslumbrava de alegria pois o seu maior
sonho era ter uma irmã, ela até nos chegou a dizer que a melhor prenda
que lhe podíamos dar era darmos-lhe uma irmã. O meu maior receio era
saber se tinha o mesmo problema com que a Inês tinha nascido e pedi logo
ao pediatra para ver e nada foi diagnosticado, mas o meu medo era maior
que a segurança e então sempre que via um pediatra diferente lá na
maternidade arranjava sempre argumento para lhe pedir para me verem a
minha filha, mas nada era diagnosticado. Quando a Rute tinha quatro meses
foi aconselhada fazer o RX, embora não fosse diagnosticado nada
deveríamos tirar todas as duvidas com o RX, lá fomos nós fazer o RX com
toda a confiança, pensando que era só para descargo de consciência, mas
depressa apanhámos uma grande desilusão, pois tivemos de repetir todo o
processo novamente (mais uma luxação das ancas), tínhamos que unir
forças arranjar coragem e ultrapassar mais um obstáculo.
Esta é a família que eu construi, sou feliz, duas filhas maravilhosas e
um marido amigo, que espero estar do lado deles por muitos anos e
desfrutar de momentos maravilhosos.

Desde que casámos temos dois carros, não por brio, mas sim porque
a necessidade assim o exige, mas em dois mil e sete um dos carros
começou a dar muitas despesas de mecânica, pois já estava com vinte e um
anos. Como já nos estava a dar algumas chatices metemo-lo para abate e
decidimos comprar um carro novo para ver se o problema ficava resolvido
por uns anos largos.

Embora tenha toda a responsabilidade de gerir uma casa e criar duas


filhas, consigo desfrutar mais a vida depois que casei do que em solteira,
tenho um marido muito meu amigo, posso contar com ele para todos os
momentos, passeio muito mais, todos os anos faço férias, enquanto em
solteira a vida dos meus pais não lhe permitia que eles fizessem férias.

Graças à educação que os meus pais me deram é que muitas vezes


consigo ultrapassar muitos dos obstáculos que a vida nos traz. Sou muito
poupada, teimosa, muito dificilmente desisto dos meus objectivos.

O que mais me preocupa neste momento é a educação das minhas


filhas, uma vez que cada vez é mais difícil educar, gostava de educar as
minhas filhas sem me preocupar em lhes deixar uma fortuna mas sim com
umas bases boas de educação, capazes de se governarem honestamente,
respeitarem os outros (mesmo na diferença), saberem ultrapassar os
obstáculos que a vida lhes trouxer.

Do que mais me orgulho é que quando as minhas filhas precisam de


mim eu estou do lado delas quer nos momentos bons quer nos menos bons,
gostava que isso se prolongasse por muitos anos, que todo o que puder
zelar para o bem delas o farei. E quem sabe um dia ser uma avó! Gostava
de ser uma avó muito presente na vida dos seus netos, que lhes desse todo
o apoio e às minhas filhas sempre que precisassem.

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