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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE PORTO ALEGRE


IMPETRANTE: EMPRESA XYZ LTDA.

IMPETRADO: DELEGADO REGIONAL DO TRABALHO

EMPRESA XYZ LTDA., pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº xxxxx, com
sede na Rua (endereço completo), neste ato representada pelo seu
representante legal, conforme contrato social anexo, brasileiro, estado civil,
profissional, portador do CPF nº, RG nº, por meio de seus procuradores
signatários, conforme instrumento de procuração em anexo (Doc. 01), com
escritório profssional na rua x, nº , bairro X, Cidade Porto Alegre, Estado RS,
vem à presença V. Exa. Impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA

DOS FATOS E DO DIREITO

A impetrante é sociedade empregatora, sendo assim, submete-se ao


recolhimento de todas as contribuições sociais incidentes sobre a folha salarial,
nos termos das legislações pertinentes.
Anteriormente à Constituição Federal de 1988, a sistemática adotada
pela a CLT acerca do recolhimento das parcelas do FGTS, funcionava de modo
diverso aos dias atuais. Isso vale dizer que, na época, o trabalhador optava
entre dois regimes, ou pelo recolhimento das parcelas do FGTS, ou pela
sistemática que a CLT chamava de estabilidade decenal.
A lei nº 8.036/1990 e o Decreto nº 99.684/1990 atualmente regulam o
FGTS. Todavia, aqueles trabalhadores que se encontravam como não optantes
do fundo, antes do advento da nova ordem constitucional, permaneceram como
tal até a respectiva extinção dos seus contratos de trabalho.
Assim, quando da criação da sistemática do FGTS, os empregadores
ficaram obrigados a recolher a referida contribuição inclusive para seus
empregados que também não fossem optantes pelo mesmo (art. 2º da lei
5.107/66).
À vista disso, muitos dos trabalhadores não optantes do regime anterior
acabaram por ter extintos seus contratos de trabalho em hipóteses nas quais
não houve indenização a ser paga ou decorrido o prazo prescricional para a
reclamação de direitos por parte do trabalhador, os valores remanescentes no
FGTS que foram depositados pelas empresas nestas condições, lhes
pertencem.
Desta forma, o próprio Ministério do Trabalho e Emprego, através da
Portaria nº 366/2002, aprovou normas para autorizar o saque do FGTS de contas
individualizadas por empregados na condição de não optantes.
A empresa pediu a autorização de saque de saldo de contas do FGTS,
em nome do empregador, individualizadas por empregado não optante, por não
haver indenização a ser paga ou porque existe o decurso do prazo prescricional
para a reclamação de direitos por parte dos trabalhadores. Tal requerimento foi
realizado perante o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego.
O requerimento foi deferido parcialmente para aquelas contas nas quais
foi possível apresentar o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT)
nos termos do artigo 5º, inciso VII da referida Portaria nº 366/2002. Em relação
às contas para as quais não foi possível a apresentação do TRCT ocorreu o
indeferimento do pedido.
Assim, a Impetrante ofertou documentos extras para instruir o
procedimento, como as RAIZ dos empregados, isto no intuito de utilizar da
faculdade expressa nos parágrafos 3º e 4º do artigo 5º da Portaria 366/2002 do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Desta forma, a empresa apresentou documentação capaz de demonstrar
a extinção do contrato de trabalho, seus motivos e, acima de tudo, o lapso de
tempo decorrido que efetivam os prazos prescricionais e assim perfectibilizam a
impossibilidade de qualquer tipo de indenização a ser pleiteada pelos
trabalhadores, uma vez de que se tratam de contratos de trabalho extintos há
mais de 20 anos de acordo com todos os documentos anexados ao
procedimento.
Obteve, a seguir, da Autoridade Coatora, a seguinte resposta:
“(..) Desta forma, o princípio da prevalência do bem comum, aliado ao princípio de
proteção do empregado trabalham em conjunto na situação em apreço para que se negue o
pedido efetuado pela Autuada. O caminho que lhe resta é a tutela judicial da matéria, uma vez
que judicialmente outras provas podem sim ser avaliadas e consideradas, diferentemente do
âmbito administrativo que, repete-se, é vinculado em seus atos.

Neste contexto, a empresa vem sofrendo flagrante ilegalidade por parte


da Impetrada, pois a decisão administrativa é contrária à própria lei,
configurando-se em abuso e desvio de finalidade do ato administrativo, sendo
que em sua própria fundamentação recomenda, por via indireta, a propositura
de ação judicial para a salvaguarda dos direitos do contribuinte!

DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO.

A impetrante vem por meio desta ação, buscar a restituição dos valores
pagos referentes às parcelas de FGTS de seus empregados, optantes pelo
regime decenal da CLT.

Dispõe o art.1º da Portaria nº 366/2002:


Art. 1° Os processos administrativos de autorização para o saque do saldo de contas
vinculadas do FGTS, em nome de empregadores, individualizadas por empregado não optante,
quando não há indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a
reclamação de direitos por parte do trabalhador, iniciar-se-ão com o requerimento, dirigido ao
Delegado Regional do Trabalho, protocolizado na sede da Delegacia Regional do Trabalho -DRT
ou da sua Subdelegacia Regional do Trabalho -SDT, conforme o caso.

À vista do artigo exposto, é expresso e cristalino o direito da impetrante


de reaver as quantias referentes ao FGTS de seus empregados não optantes
que se encaixam nos requisitos da norma. Além disso, a autora cumpriu todos
os requisitos imprescindíveis para a requisição dos valores, conforme as
redações dos artigos 3º, 4º e 5º da referida portaria.

Ainda, a impetrante esgotou as vias administrativas, como já referido nos


fatos, no entanto, obteve a seguinte resposta da Autoridade Coatora:

“(..) Desta forma, o princípio da prevalência do bem comum, aliado ao princípio de


proteção do empregado trabalham em conjunto na situação em apreço para que se negue o
pedido efetuado pela Autuada. O caminho que lhe resta é a tutela judicial da matéria, uma
vez que judicialmente outras provas podem sim ser avaliadas e consideradas, diferentemente do
âmbito administrativo que, repete-se, é vinculado em seus atos. (grifou-se)

Diante do exposto, verifica-se uma grande contradição, por um lado o


próprio Ministério do Trabalho regulamentando e garantindo o direito da
impetrante e, do outro, deixando de cumprir com a lei.

Assim, a autora não viu outra alternativa além de procurar o judiciário para
fazer valer o seu direito líquido e certo, uma vez que, está de acordo com todas
as normas legais que possibilitam a retirada dos valores, nos termos da Portaria
Portaria nº 366/2002.

DO PEDIDO.

Ante ao acima exposto, requer de V. Exa:

a) Seja intimada a autoridade coatora, nos moldes da lei, para prestar


informações e querendo oferecer defesa, sob pena de confissão e revelia.

b) Seja concedida a segurança, determinando a liberação dos valores


pertecentes a ora impetrante.
c.1) Subsidiariamente, requer que seja declarada a titularidade dos valores
como sendo da autora e que mesmos possam ser utilizados por meio de
compensação de crédito tributário.

d) Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos.

e) Dá-se à causa o valor de provisório alçada R$ x.xxx,xx

Local..., data...

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