MONITORIA: XXX
SALVADOR-BA
2018.2
A IGREJA DE NOSSA SENHORA DE MONSERRATE
ANÁLISE TIPOLÓGICA MATERIAIS E SISTEMAS CONSTRUSTIVOS
SALVADOR-BA 2018.2
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2. CARACTERISTICAS ARQUITETÔNICAS DO BEM .............................................. 5
3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ................................................. 12
3.1 ALVENÁRIAS E FUNDAÇÃO ......................................................................... 12
3.2 REVESTIMENTOS ......................................................................................... 13
3.3 TELHADO ....................................................................................................... 14
3.4 PISOS ............................................................................................................. 15
3.5 FORROS ........................................................................................................ 17
3.6 ESCADAS E RAMPA ...................................................................................... 17
3.7 ESQUADRIAS ................................................................................................ 18
5. AVALIAÇÃO DE AUTENTICIDADE DO BEM CULTURAL E RELAÇÃO COM SEU
ENTORNO ................................................................................................................ 31
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 35
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1. INTRODUÇÃO
LEGENDA
3 Parque Regional de
Manutenção
4 Quadra de Esportes
6 Campo de Futebol
7 Areia
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A análise tem como alicerce, referências históricas encontradas na Fundação
Gregório de Matos, IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPAC
– Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, complementada por visitas
realizadas ao Forte de Monte Serrat.
O documento final foi elaborado a partir da verificação dos dados constantes nos
trabalhos anteriores da disciplina de Técnicas Retrospectivas 2017.2 e da turma da
disciplina de Patrimônio e Restauro 2018.1, e complementado com base em documentos
obtidos nas instituições anteriormente citadas.
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2. CARACTERISTICAS ARQUITETÔNICAS DO BEM
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Forte possui, desde a sua origem, as inovações típicas da escola renascentista,
como os muros mais baixos e de maior espessura em forma de talude, guaritas de tiro
com seteiras e pontos de artilharia pesada. Além disso, o Forte conta com uma cisterna
(imagem 03), (indicado na planta com a letra G), que consiste em um sistema
responsável pelo armazenamento de água
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Imagem 04: Planta baixa do Forte N. Srª de Monte Serrat e sua configuração atual com os dois
pavimentos da casa do comandante.
Fonte: Edição feita pelos alunos da turma NR-01 em Abril de 2018.1.
O acesso principal ao Forte e a casa é realizado por meio de uma estrutura que
abriga paralelamente uma escada e uma emblemática rampa. Essa estrutura forma um
fechamento sólido nas laterais, somente interrompido por uma passagem arquitravada
localizada abaixo da ponte de acesso (Imagem XX).
Com toda sua robustez por sua volumetria hexagonal, o forte conta também com
torreões e suas cúpulas em cada um dos vértices do hexágono e na parte frontal uma
volumetria em formato retangular contando com uma cobertura de 4 águas na qual
possui um conjunto de 5 arcadas que dão acesso ao terrapleno juntamente com conjunto
de 10 janelas em seu pavimento superior e duas janelas no pavimento térreo. A
imponência do forte não está tão somente em sua forma e proporções, mas também pelo
seu valor cultural, histórico e arquitetônico.
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PEITORIL
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PEITORIL
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3. ANÁLISE DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
De acordo com os dados obtidos no relatório de 2001 feito pela empresa RELOC –
Restauro e Construtora, e também no plano de revitalização de Monte Serrat realizado pelo
IPHAN, foi observado que a alvenaria é composta de pedras na parte de fundação, tijolos
nas paredes, e pedra e tijolos na parte onde há o encontro da parede e a fundação (misto),
foi adicionado também paredes em alvenaria de bloco cerâmico, mais especificamente
onde foram criados banheiros. As alvenarias possuem larguras entre 50 a 110cm. A
estrutura originalmente em madeira, entretanto, foi preciso se criar uma sinta de concreto
na alvenaria, para que essa pudesse receber um novo barroteamento, além disso foi
colocado também sobre a sinta, uma viga metálica, também para servir de apoio ao
barroteamento como mostram as figuras abaixo.
3.2 REVESTIMENTOS
restauro RELOC, em 2001, revestimentos contidos na edificação são de argamassa em
cal hidráulica e pintura PVA nos ambientes internos como na Capela Mór, assim como
azulejos artísticos. No ambiente externo não foi encontrado nenhum documento que
relatasse sobre este item. Em proposta de restauração da Igreja Nossa Senhora de Monte
Serrat realizado pela empresa de
Foram observados 3 tipos de piso na Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat, são eles,
piso em madeira, piso em ladrilho e o piso em pedra.
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3.5 FORROS
Imagem 14: Forro de uma das Salas da Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
A igreja possui duas escadas, primeira que se localiza no corredor central da igreja
que dá acesso do público ao corredor andar superior, e a segunda que dá acesso da
portaria localizada no lado da fachada leste da igreja, vai dar também no corredor central
superior. As duas são em madeira, desde a estrutura até o piso e espelho, sendo que a
que está localizada no corredor central é a única das duas que possui corrimão (também
em madeira).
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Imagem 15: Escada do corredor central. Imagem 16: Escada do corredor
Fonte: Acervo Próprio, 2018. central.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
3.7 ESQUADRIAS
As esquadrias da igreja são bem parecidas, elas alternam entre os tipos guilhotina
com caixilharia de madeira e escudo interno, simples com caixilharia de madeira e tipo
basculante com caixilharia em madeira para as janelas. As portas são também em
madeira, a da entrada principal é composta por duas folhas engradadas com
almofadas, tem mais de 3m de altura e 1,7m de largura. O restante das esquadrias
será detalhado a seguir através das figuras abaixo:
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Imagem 19: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro e escudo com
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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Imagem 20: Esquadria tipo guilhotina com caixilharia em madeira e vidro.
Fonte: Acervo Próprio, 2018.
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4. MAPEAMENTO DOS ELEMENTOS SUPRIMIDOS, ALTERADOS E CONSTRUIDOS
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5. AVALIAÇÃO DE AUTENTICIDADE DO BEM CULTURAL E
RELAÇÃO COM SEU ENTORNO
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Imagem 21: Barraca de coco.
Fonte: Igor Cardoso, 2018.
Visto que este equipamento está mais relacionado a praia do que ao Forte, pode
ser que neste caso, o ideal fosse tentar ajustar a sua localização, transferindo-a para
uma área mais próxima da praia. Além disso, precisaria haver melhores condições de
higiene e organização, bem como uma análise do tráfego, afim de evitar que a
movimentação no comércio gere conflito para os pedestres que querem frequentar o
Forte.
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Com relação ao tráfego, tanto de veículos quanto de pedestres, observamos que
durante a semana ele pode ser considerado bastante tranquilo e de pequeno fluxo,
Porém nos finais de semana, quando o local é mais visitado, este tráfego se intensifica,
o que acaba gerando alguns conflitos, inclusive com carros estacionados em locais
proibido. Este problema tanto dificulta o acesso dos pedestres ao Forte, como causa
certa poluição visual na paisagem. Isto ocorre principalmente pela falta de
estacionamento próximo à praia, que é o local mais frequentado nos finais de semana.
Além disso, nota-se que existem poucas opções de pontos de ônibus nesta localização,
o que talvez pudesse diminuir a quantidade de veículos nestes períodos.
O forte é um dos poucos exemplares que não possuem tantas alterações mesmo
transcorridos 435 anos desde sua implantação. O mesmo conseguiu manter suas
principais características e valores trazidos pela escola italiana mesmo havendo
transformações bastante questionáveis. As maiores agressões ao bem cultural em
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questão aconteceram no séc. XX, com a chegada do cimento. O forte acabou sendo
vítima da falta de bom senso e cuidado, a falta de criatividade dos arquitetos solicitados
para planejar e executar os ditos “restauros” fez com que o uso dado ao forte fosse mais
importante que o mesmo. Janelas foram substituídas, pontes concretadas, escadas pré
moldadas, guaritas se tornaram sanitários, arcadas foram vedadas, terrapleno e guaritas
cimentados, para arrematar a injuria ao bem, lajes de concreto armado são introduzidas
para abrigar banheiros e suportar tanques. Mas também houve intervenções que deram
significância para os elementos como na retirada das alvenarias das arcadas (projeto de
2007 realizado pela TABA)
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REFERÊNCIAS
Arquivo Público do Estado da Bahia, Ladeira Quintas dos Lázaros, 50 – Baixa de Quintas,
Salvador-BA, 40300-315. Visitado em: 06 de abril de 2018.
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