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As estâncias e os tropeiros

Após a guerra Guaranítica, os jesuítas abandonaram o Rio Grande do Sul. O gado


criado nas vacarias para abastecer as missões ficou livre e espalhou-se pelos campos,
encontrando condições favoráveis de clima, relevo e principalmente de vegetação. Esse
gado reproduziu-se livremente e tornou-se xucro (selvagem).
Aos poucos, paulistas e lagunenses, interessados na captura desse gado xucro,
começaram a descer para as terras do nosso estado e abrir caminhos pelos campos para
caçá-los e vendê-los em outras regiões do país.
Primeiramente, do gado que era abatido aproveitava-se apenas o couro e o sebo,
porém com a exploração do ouro em Minas Gerais exigia um grande número de animais
como mulas, cavalos (usados no transporte) e bois (usados como alimentos).
Por estar fornecendo alimento e transporte para a zona mineradora, a importância
econômica do Rio Grande do Sul cresceu muito. Aos poucos, começaram a surgir em nossas
terras chefes de bandos armados que capturavam o gado selvagem. Eram os tropeiros.
Os tropeiros vinham de São Paulo e de Laguna para buscar uma boa quantidade de bois,
cavalos e mulas e levá-los até a cidade de Sorocaba e depois vender para os mineiros.
A enorme quantidade de gado capturado provocou a devastação desses rebanhos.
Como o gado precisava de pasto abundante, muitos tropeiros começaram a se organizar,
fixando-se nas terras do Rio Grande do Sul e formando fazendas para a criação de
animais, as estâncias. As estâncias eram locais onde o gado era reunido, alimentado e
criado. Com isso, os muitos tropeiros tornaram-se fazendeiros (estancieiros). Os
estancieiros formavam uma elite de proprietários que, com seus peões, agregados e
africanos escravizados, caracterizavam o trabalho e o poder das estâncias.
Quem mais trabalhava nas estâncias eram os peões. Eles recebiam salários muito
baixos e, por isso, não se fixavam muito tempo no mesmo emprego. As estâncias ajudavam
muito no crescimento, povoamento e na formação do Rio Grande do Sul.
Para baratear o transporte e assim aumentar seus ganhos, os fazendeiros do Rio
Grande do Sul resolveram enviar, em vez de bois vivos, a carne já seca e salgada, o
charque. Charqueada é o nome que se dá ao local onde o gado é abatido para fabricar o
charque.
Como o charque servia de alimento aos escravos (mesmo os que viviam nas outras
regiões do Brasil) acabou tornando-se uma riqueza importante do Rio Grande do Sul e
dos próprios charqueadores. Outro benefício trazido pelo charque foi o desenvolvimento
da navegação pelo Rio Jacuí, pela Laguna dos Patos e pelo Oceano Atlântico até o Rio de
Janeiro. Era através desses caminhos que o charque chegava às regiões do Centro do
Brasil. A primeira charqueada do Rio Grande do Sul foi construída em 1780, por José
Pinto, junto ao Arroio Pelotas e próxima a Rio Grande. A principal mão de obra das
charqueadas eram os escravos de origem africana.
Guerra Guaranítica - resumo, causas e consequências

O que foi?

A Guerra Guaranítica foi um conjunto de conflitos


militares entre índios guaranis e as tropas portuguesas e
espanholas. Ocorreu na região sudoeste do Brasil entre os
anos de 1754 e 1756. É considerado o principal levante
indígena brasileiro contra o domínio dos colonizadores
europeus.

Contexto histórico

Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri. Este tratado


redefinia a divisão das terras da América do Sul entre portugueses e espanhóis. De acordo
com ele, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste do RS), que era da
Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a Espanha ficaria com a Colônia
do sacramento no Uruguai. Os jesuítas espanhóis, que atuavam na área, não aceitaram o
acordo e armaram os indígenas da região. Quando os portugueses foram tomar posse da
região, em 1754, houve conflito militar entre estes e os índios, que não aceiraram deixar suas
terras. Teve início então a Guerra Guaranítica.
Tropas espanholas também entraram na batalha, ao lado dos portugueses, e
combateram os indígenas na tentativa de expulsá-los das terras, fazendo assim cumprir o
Tratado de Madri.

Causas:

- Tratado de Madri (1750) que estabelecia a entrega da região dos Sete Povos das Missões,
controlada por jesuítas espanhóis, a Portugal.

- Armamento dos indígenas da região pelos jesuítas espanhóis, para que estes resistissem
aos portugueses e defendessem a posse da terra na região.

- Disputas territoriais entre Portugal e Espanha em meados do século XVIII.

- Poder dos jesuítas nas regiões que faziam a catequização dos índios, assim como a forte
influência sobre estes nativos.

- Forte desejo dos índios guaranis em permanecer em suas terras, não obedecendo aos
acordos feitos pelos governantes europeus. Ou seja, o sentimento de resistência ao domínio
dos colonizadores europeus estava presente entre os guaranis.

Consequências:

- Morte de mais de vinte mil índios guaranis da região dos Sete Povos das Missões.

- Destruição dos Sete Povos das Missões em 1756.

- Diminuição da influência dos jesuítas na região sul do Brasil.

Curiosidade: O principal líder indígena guarani, durante a Guerra Guaranítica, foi Sepé
Tiaraju. É considerado até hoje uma espécie de herói e símbolo da resistência indígena
contra a opressão dos colonizadores europeus.

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