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E esquecer é tão importante quanto lembrar?

Lembra o que eu falei lá no “Quadro


habilidades do futuro”?"​As nossas Start - Aula Inaugural

Esquecer é tão importante quanto lembrar e muita gente esquece disso. E por que crenças, as nossas
experiências, os ambientes em que a gente vive, tudo isso molda a nossa forma de pensar sobre o mundo, você é
o que você acredita, o que você aprendeu, o que você viveu. Até aí tudo bem, o problema é quando o mundo
começa a mudar, e o mundo está mudando de uma forma muito louca, nunca antes vista. E quando o mundo
começa a mudar requer você também mudar sua forma de pensar e ver o mundo para se adaptar à nova
realidade, é tipo atualizar seus softwares, se não você está rodando a versão antiga do software e vai ficar para
trás.”

Por isso a gente é o que a gente acredita. Se a gente quer mudar pra acompanhar o mundo, a gente tem que
mudar o que a gente acredita, portanto tem que esquecer algumas coisas, pra acreditar em coisas novas. E
quando falo acreditar, não to falando de crença e religião não. Tô falando de como você forma seu sistema de
pensar.

Uma frase muito boa do Rubem Alves, que é um expert em esquecimento, um cara que eu sou muito fã. Ele
falou: "O que sabemos torna-se hábito de ver e de pensar, o que nos faz ver o novo, através dos óculos do velho e
o transforma no que sempre vimos e tudo continua do jeito de que sempre foi."

Meio complexo, mas é genial, então para mudar a forma de pensar, não basta só botar coisa nova para dentro,
tem que remover coisas também. Eu falei o exemplo de atualizar software, sabe no seu celular, quando aparece
atualizar software e você mete avançar, aí sempre dá um pau com a memória cheia, né? Quase sempre, né?, E o
que significa isso? Para atualizar o software primeiro tem que apagar algumas coisas, tem que esquecer.

Machadão falava, "Esquecer é uma necessidade a vida é uma lousa em que o destino para escrever um novo caso
precisa apagar o caso escrito" e o grande Rubem, outra frase sobre esquecimento, "O esquecimento é uma graça,
muito mais difícil do que lembrar é esquecer, fala-se de boa memória, mas não se fala de bom esquecimento,
como se esquecimento fosse apenas memória fraca.” Isso é muito interessante, esquecer sofre um preconceito,
porque esquecer é sempre associado a coisa ruim, a doença, a Alzheimer, a amnésia, a esses filmes de terror que
“os cara” esqueceram as paradas e aí fodeu tudo.

“O apego é uma vinculação obsessiva, que pode ser pessoas, objetos ou ideias. ”

O inferno de Dante

(Walter riso) especializado em falar sobre esquecer amores. O apego a alguma coisa é o maior motivo de
sofrimento da humanidade.

Pode ser pessoas, objetos, ou ideias. Ele falava muito sobre apego a pessoas, mas eu descobri nos livros dele, um
livro que não fala de desapego as pessoas, e sim desapego a ideias: A arte de ser flexível.

● De uma mente rígida a um ambiente livre e aberta a mudanças. ” E o conceito básico do livro é isso: "
Mente Rígida X Mente flexível".

Mente rígida é aquela que é ancorada no passado, não quer mudar suas crenças, tem até orgulho de dizer não:
“Eu tô sempre muito firme nas minhas formas de pensar” e se auto convence a continuar assim. E a mente flexível
é a mente aberta a mudanças, aberta a se auto questionar, a ter pensamento crítico sobre o que você pensa.
Pensamento crítico sobre os seus pensamentos. E lembrando que tio Darwin falava: “Que não é o mais forte nem
o mais inteligente sobrevive é o que mais se adapta às mudanças”. Quem mais se adapta às mudanças é a mente
flexível, a mente que tá aberta a mudar.

Uma ideia muito boa que não era nem Crowdfunding, nem compra coletiva. Eu chamava de Crowd-Demanding”
ou demanda coletiva, e teve uma puta repercussão na imprensa, revista, nos sites e saiu diversas coisas legais.

“Se você quer ir rápido vá sozinho, mas se você quer ir longe tem que ir acompanhado”​.

E mesmo depois de muitos anos repetindo essa crença para pessoas e pra mim mesmo, eu resolvi me desapegar e
dizer não. Não, não é melhor ir sozinho não. Vou me desapegar. Eu acho que é melhor ir com um time foda, eu fui
atrás de buscar, contratar um time foda e deu certo. E eu consegui construir o que a gente tá construindo agora a
escola, porque arrumei um time foda.

E engraçado como tiveram pessoas que falaram assim: “Oxi, tu não é o cara que dizia que ia fazer tudo sozinho? ”.
E eu falava era, mas agora eu sou outro cara, eu mudei, eu me desapeguei aquilo ali e as pessoas acham um
absurdo, “Oxi tu não era o cara que não sei o que rapaz? ”, mas enfim.

Outra história de apego, eu fui no começo de 2016 pra Londres, participar da Learning Technologies, uma feira de
tecnologias de aprendizagem. Fui com o objetivo de comprar o melhor software para minha escola on-line. Eu
tenho conteúdo legal, eu quero criar outros cursos massa, ter um software massa, eu quero o melhor do mundo,
então reservei uma verba e fui para a feira. Visitei todos os stands. Três dias rodando na feira, até conto no
episódio Gun Cast o que eu fiz lá, e eu fui para lá com um apego muito grande, o apego de que software não é o
meu negócio. E isso é uma coisa também que eu repetia muito: “Meu negócio não é software. Eu trabalhei com
software, não deu muito certo e tal, não é minha praia, eu não tenho o background de engenharia de ciências de
informação, nada.Só que lá na feira, todo software que eu via, eu pensava, “Putz velho, mas ele não tem isso…
putz mas ele não tem aquilo… putz eu faria assim...”. E eu comecei a conectar umas coisas, poxa eu participei de
vários softwares na minha vida que deram certo. O “Vamos Trazer” foi um software, o “Peça Comida” foi um
software, o “Bobflash” foi um software que eu criei para um terceiro, um cliente, mas que eu comandei o
desenvolvimento, o negócio teve muito sucesso, teve um podcast sobre isso. Eu criei o software do meu
marketing que bombava, então esse apego de software não era o meu negócio, ele estava me limitando, eu
resolvi me desapegar... desapega, desapega, OLX... e comecei a pensar, putz software é core do meu negócio.
Sabe por quê? Porque, velho, não dá pra criar uma experiência de aprendizagem se você não tem controle sobre
a plataforma, não dá só pra pegar seu conteúdo e encaixar dentro de um padrão que já existe.

O Google ele era muito apegado a dizer que hardware não é negócio dele, até que começou a fazer hardware,
porque descobriu que o software precisa de integração completa com hardware para funcionar em alta
performance.

Então foram dois exemplos de coisas que eu era extremamente apegado que eu repetia constantemente para
mim mesmo, pra outras pessoas que eu me desapeguei e tive que ouvir: “Oxi, tu falava que, não era tu que fala
que não ai se intrometer em programar, agora tá programador já, rapaz, que que houve? ”. Pois é, eu mudei,
acabou. Eu fiz também podcast sobre qual era a opinião e eu queria fazer um questionamento, uma reflexão:
“Qual foi a última vez que você mudou de opinião?”. Uma opinião que você tenha firme sua, e que você
alimentou durante muito tempo, que repetiu ela muito para você, pros outros e que você recentemente mudou
completamente?

Aqui na parte esquerda do vídeo, tem uns posts it, que você pode clicar, escrever. Assim que você clicar pra
escrever o vídeo aqui vai dar uma pausa para você não perder nada, e assim que você der Enter o vídeo continua.
Anota aí e isso fica só para você, o que você anota aqui, fica só pra você, se você quiser comentar algo que todo
mundo vai ver, você comenta lá embaixo do vídeo.

Eu falei que vivia repetindo para mim mesmo essas coisas né, esses apegos, e tem um livro muito interessante
que aborda isso, “Os Quatro Compromissos”, o livro da filosofia Tolteca, e eu vou falar durante o curso quais são
os Quatro Compromissos, mas eu queria falar de um compromisso primeiro que tem muito a ver com isso. Ele
fala “Seja impecável com a sua palavra.” E esse impecável, claro, tem muito a ver com integridade, liberdade e
honestidade, mas tem muito a ver também com o cuidado com a palavra. Eu até renomearia pra “Fique atento ao
poder da palavra". Porque, velho, a palavra cria coisas, quando se começa a falar uma coisa, vai virando realidade
a parada, aquilo vai para o mundo - essa parada -, e retro-alimenta em você, e entra aqui atrás, então muito
cuidado com o que você repete toda hora, porque as palavras acabam virando verdade.

Bem como eu comecei falando, esquecer sofre um preconceito, impressionante. E eu queria explicar esses dois
tipos de preconceitos: Preconceito X Pré-Conceito. Esse preconceito aqui de uma palavra só, normalmente é
relacionado com aqueles preconceitos discriminatórios, contra minorias, essa coisa negativa, criminosa né? Se
você escrever assim: “Pré-conceito”, já muda um pouco o conceito da palavra preconceito, no sentido de um
conceito pré-estabelecido, que pode ser positivo ou negativo.

Se você parar pra pensar, tudo que a gente faz, tudo que a gente fala, cada ação nossa, tudo isso é baseado no
que a gente acredita, portanto nos nossos conceitos. Isso quer dizer que nós, em ​tudo que fazemos na vida,
fazemos com pré-conceito​. Sim! Os pré-conceitos que formam nossa forma de pensar. E eu queria falar sobre
alguns conceitos que sofrem preconceitos e que a gente precisa esquecer esses pré-conceitos sobre esses
conceitos. Então por exemplo: Autoajuda.

Autoajuda é uma parada que neguinho ouve falar em autoajuda, e neguinho já pensa. “Ah, bullshit… Ah,
bobagem… Ah, blabla… Ah, esses papinhos… Ah, charlatão. ”. Cara, olha, se você for na prateleira de autoajuda
na livraria saraiva, eu apostaria que talvez mais da metade, 50,01% dos livros daquela prateleira são muito bons.
Eu diria que, cara, a maioria, é 50,1% são muito bons. Agora, 49% é livro pra caralho, é muito livro. E esse excesso
de porcaria - e tem muita porcaria, sem dúvida, muita porcaria, e nós somos obcecados com tudo que é negativo,
a nossa amígdala quer nos proteger, já rejeita - e a gente faz uma coisa muito feia que é generalizar, ou seja,
baseado no conceito que você tem, você agir com preconceito de “Autoajuda não, eu vou em negócios, eu vou
em marketing, autoajuda é para os fracos.”

Isso é um grande preconceito que se você tem você precisa esquecer. Autoajuda ela sofre preconceito, tanto que
ela teve de mudar de nome. Eles botaram de "Desenvolvimento pessoal", mesmo assim, foi queimado também.

É muito loco né? Desenvolvimento pessoal... “Não, é aqueles papinhos de...”. Não, cara! São livros pra te
desenvolver como pessoa, você vai ignorar todos eles, velho? Não pode, né? Tem um monte de palavras que
sofre preconceito: PNL, meditação, tem preconceito com psicólogo, coach, alta performance, terapeuta, mindset,
crença, enfim. E eu quero te apresentar um conceito que vai te ajudar a esquecer pré-conceito sobre alguns
conceitos: Sho Shim.

Sho Shin significa mente de principiante, um conceito muito popular na filosofia budista, que significa estar com a
mente livre, a mente aberta. É a capacidade de conseguir momentaneamente esquecer alguns conceitos para não
agir com pré-conceito e fingir que está vendo aquilo pela primeira vez na vida, é ter a mente de principiante. É
interessante que eles falam que "A acumulação de conhecimento pode levar a uma fossilização do processo
cognitivo". O excesso de conhecimento, ele é prejudicial, e no mundo ocidental ficou muito batida, essa coisa de
“Putz, o conhecimento é tudo”, “O conhecimento é que é o poder”, “quanto mais se conhece, melhor” isso é
muito aqui do ocidente. No oriente o Sho Shin já é mais presente, nesse sentido de “não, é importante
conhecimento lógico, mas é importante também ter a mente aberta”.

É engraçado, no mundo do Stand Up, sempre que alguém vai fazer um show pela primeira vez, o cara iniciante
né? A gente chama de Open Mic, várias vezes eu já vi Open Mic bombando, super bem, incrivelmente bem e na
segunda vez que ele vai fazer, na terceira, ele já manda mal e a gente já criou a lenda, sorte de principiante, sorte
de Open Mic. Segundo os orientais isso é sho shin, é mente de iniciante. Na primeira vez você não tem
experiência, isso é ruim mas, você não tem experiência, isso também é bom, porque você está mais aberto, ​você
não tem pré conceito, ansiedades pré julgamento, expectativas​. Já na segunda vez você já entra com
conhecimento da primeira vez que muitas vezes acaba te prejudicando.

É fácil perceber como uma criança pequena aprende com mais tranquilidade um idioma novo do que um adulto
né. Tem vários motivos pelos quais isso acontece, mas um dos motivos é Sho Shin. Por que? A gente nasce com
capacidade de emitir muitos tipos de sons. Só que durante muitos anos, a gente só ouve os fonemas que fazem
parte do nosso idioma, e a gente acaba esquecendo, outros tipos de sons, o “th” do inglês a gente tem
dificuldade, porque a gente não pratica. Quando a gente é adulto e vai aprender novo idioma, os nossos
conhecimentos sobre o nosso atual idioma nos dificultam em conhecer o próximo idioma. Enquanto que a
criança, Sho Shin, mente de principiante, tem muito mais facilidade. Enfim, essa primeira aula, eu queria falar
sobre esquecimento, assunto muito pouco falado, mas que vai ser muito importante no processo de
reaprendizagem criativa.

Você pode estar pensando agora, “ah, que legal! Aula sobre esquecimento… interessante, achei legal e tal, pra
começar e não sei o que…”, mas não adianta só achar legal, tem que colocar em prática, essa é a parte que
normalmente as pessoas travam.

“Muita gente sabe disso, ouve falar sobre isso, mas não faz, e aí não adianta. Sabe porque não faz? Porque fazer,
colocar em prática significa, mudar, fazer mudanças e mudar significa sair da zona de conforto. E nós seres
humanos, nós somos muito bons em nos auto-convencer a continuar na zona de conforto. A gente é muito bom
em enrolar a gente mesmo.”

A gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. Isso é uma grande verdade, a gente é muito bom nisso, as
nossas vozesinhas que ficam aqui, o diabinho, que fica falando pra gente as paradas, ele tem uma persuasão
incrível.

Esse negócio de anjinho e diabinho, tem uma história que meu pai me contou, esse negócio de anjinho diabinho,
a Sophia Loren, aquela atriz que antigamente era a mais linda e tal ela foi se encontrar com o Papa Paulo, e a
piada é que o anjinho e o diabinho do papa, ficavam falando assim pra ele. “O diabinho falava, papa Paulo, papa,
e o anjinho falava, papa Paulo, papa Paulo.”. Enfim nada a ver.

Já que a aula é de esquecimento, até esse negócio de anjinho e diabinho a gente devia esquecer. Sabe porque
esquecer isso? Porque essa visão de anjinho diabinho é uma visão muito maniqueísta do mundo de bem ou mal,
anjo diabo. É verdade que nós temos vozes que falam com a gente, nossos diálogos internos, mas não são só
duas,

são muitas, é uma gradação, é muito simplista querer dizer que anjinho diabinho, na verdade tem a voz do
perfeccionismo, ela é anjinho ou diabinho? Depende. A voz do perfeccionismo de vez em quando ela te ajuda, de
vez em quando ela te sabota.

Eu diria que uma das 5 principais variáveis de qualidade de vida do ser humano é a qualidade dos seus diálogos
internos. Quando você está resmungando, chateado, ou feliz, ou preocupado, que tipo de conversas você tem
consigo mesmo​. Eu gosto de dar nome, “Ih, lá vem o perfeccionista dizer que não está bom o suficiente, lá vem o
não sei o que”, e rotular eles pra ter clareza de quem está conversando agora aqui dentro? “Ah, é fulano e
sicrano. Ok!”.

A famosa frase de Descartes "Eu penso logo existo", criou a sensação de que nós somos os nossos pensamentos,
mas isso não é bem verdade. ​Nós somos acima dos nossos pensamentos e a prova disso é que a gente consegue
observar os nossos pensamentos, a gente consegu​e. Se a gente quiser observar, os nossos diálogos internos, ou
seja, tem uma coisa maior aqui, vai ter mais na frente uma aula de meditação pra falar mais sobre isso. Queria
deixar uma reflexão:

● Como tá a qualidade dos seus diálogos internos? Já parou pra pensar nisso?

Tenta exercitar, e sempre que tiver com conflitos mentais, se colocar acima, se imaginar acima, identificar, ​quem
tá conversando, quem tá nessa reunião, e começar a controlar porque você manda nessas pessoas.

"A gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. A gente é muito bom em nos convencer a ficar na zona de
conforto."

Essa palavra zona de conforto, eu sei que é um negócio meio clichê. Tudo é “aí meu Deus, zona de conforto, se
fala-se muito, ai zona de conforto”, tá muito na batido. Eu queria trazer aqui a minha abordagem, o meu jeito de
falar sobre zona de conforto. É o seguinte, vamos lá.

Zona de conforto - Pela lógica semântica qual o nome da zona que tá aqui fora? Pela lógica semântica é a zona de
desconforto, não há dúvida. Beleza.

O cara que inventou esses dois nomes e popularizou, esse cara é um trouxa, ele cagou tudo, por que? Porque ele
deu um nome bonito, pra um negócio que não necessariamente é sempre bonito. Ele deu um nome feio prum
negócio que não necessariamente é sempre feio. E nomes criam rótulos, e rótulos viram crenças, e a gente age
baseado nesses rótulos.

Então, o que que acontece? O conceito de zona de conforto que é o conceito de tudo que você já conhece, já tá
acostumado e é confortável, ele é oposto ao conceito de aprendizagem. Lógico. Porque se você tá aprendendo
uma coisa nova, essa coisa obrigatoriamente não tá na zona de conforto, tá na zona de desconforto. Se você tá
aprendendo é porque você não sabe, se você não sabe tá aqui fora.
Resumindo. Todo processo de aprendizagem, de crescimento, de melhoria, de desenvolvimento, de mudança,
todos eles estão aqui (do lado de fora da zona de desconforto). Tudo acontece aqui, aqui é onde acontece a magia
da vida, velho. Só que esses nomes cagaram tudo desse jeito.

E um detalhe interessante é que sempre que surgem fatos na nossa zona dê conforto, uma coisa que a gente
precisa aprender, uma coisa que a gente precisa esquecer (também é um desconforto esquecer), uma coisa que a
gente precisa se acostumar, uma coisa que a gente precisa aceitar, enfim, tudo que nos conforta eles começam na
zona de conforto, mas nós temos uma capacidade incrível de pegar essas linhazinhas e começar a esticar -
transpira um pouco, mas dá - você estica e de repente ela fica. E aquilo que uma vez é desconfortável passa a ser
conforto.

Estava vendo uma vez um documentário com minha mulher falando que em Taiwan eles comem língua de sapo,
aí ela falou " aí, eca… que absurdo, comer língua de sapo” , ai eu falei: “E coração de galinha é tranquilo?”
Coração de galinha é tão escroto quanto língua de sapo, a diferença é que lá em Taiwan a pessoa acha normal, tá
no conforto deles, e aqui coração de galinha tá no nosso conforto". Se o cara vier pra cá ou a gente for pra lá,
provavelmente com o tempo, se a gente quiser a gente estica a bicha, tem que suar um pouquinho pra esticar
mas dá, e aquilo passa a virar confortável. Simples assim.

Chegam para tu e perguntam assim: "Brother tem a zona de conforto e a zona de desconforto quer ficar em qual?

“Oxente, de conforto, lógico. Eu sou trouxa, é?”

Eu proponho uma nova nomenclatura para essa zona de conforto. Proponho chamar assim: zona de estagnação
(uma parada ruim) e zona de diferenciação (parada boa) que aí você pensa, porra, tem duas zonas quer ficar em
qual? Zona de estagnação ou zona de diferenciação. É outra história né? Eu sei que minha história é muito bonita,
mas que na prática é muito difícil. E é difícil mesmo, eu tenho muita dificuldade, sempre que eu preciso fazer algo
que me desconforta, mas a gente vai.

"Coragem não é ir sem medo, coragem é ir mesmo com medo".

Eu falei das vozes que falam com a gente, e tem uma voz específica que atrapalha muito isso aqui, atrapalha
muito nosso crescimento. É a voz da resistência. Tem um livro muito interessante, "Guerra da arte (The War Of
Art)”, ele não tem em português, mas dá pra comprar na internet, audiobook e é um livro apenas sobre
resistência, que fala sobre como brigar com essa outra voz da resistência que empaca a gente de fazer muitas
coisas.

Bem, pra finalizar essa aula de esquecimento, de abertura, eu queria propor um exercício que é o seguinte. Eu
queria propor você se desconfortar, vai na livraria ou no site e compra um livro de um assunto que você tem
algum tipo de pré-conceito discriminatório. Pode ser um desses que eu falei aqui, pode ser outro qualquer. Ah,
mas como eu vou saber que livro eu vou comprar? Se você é expert em algum assunto que costuma sofrer
preconceito, comente em baixo dessa aula: “Pessoal quem tiver preconceito sobre tal assunto recomendo
começar por esse livro aqui.”

Dito tudo isso sobre esquecimento, vamos começar agora a esquecer. A gente vai ter agora 4 aulas, são os 4 mitos
sobre criatividade, que você precisa esquecer urgentemente sobre criatividade. Esses mitos, eu cheguei a
abordá-los no terceiro vídeo da série 4 habilidades do futuro, mas agora eu vou aprofundar muito neles, porque
não dá pra gente começar a fazer o desbloqueio criativo sem antes eliminar esses 4 mitos. Então, simbora papai.

Só um pequeno extra. Mais uma frase de Rubem Alves, genial, poeta do esquecimento.

"Esquecimento é perdão, o alisamento do passado, igual ao que as ondas do mar fazem com a areia da praia
durante a noite"

Lindo, não é? A areia está lá e a água do mar vai toda noite, passa e esquece aquilo ali. Em homenagem a essa
cena, para fechar em grande estilo, a nossa primeira aula.

Música: Luan & Vanessa – Quatro Semanas de Amor.

EXTRA

Quando eu virar cantor - e eu vou virar cantor - eu vou só focar em músicas que bombaram antigamente, pegar o
direito da música, regravar, mudar o arranjo. E cara já foi testado no mercado esse produto, essa música ela tem
uma musicalidade que as pessoas gostam.

Tá bom tá bom, já deu.

Importância de esquecermos, desapegarmos de ideias pré-concebidas sobre criatividade. Isto nos


exige flexibilidade mental, coragem diante dos medos e atenção com nossos diálogos internos
(traiçoeiros) para sairmos da zona de estagnação e buscarmos, com olhar Sho Shin, os desafios da
zona de diferenciação. E assim nos adaptarmos às mudanças inexoráveis dos nossos tempos e
sermos mais felizes! Será mais ou menos isso?

Sobre o CRICRICRI

1 - Evitar super-proteção, a fim de não inibir a liberdade da criança explorar, ser criativa

2 - Sempre solicitar o que quer que seja de modo sedutor, explicar os porquês, e dar tempo para
assimilação e aceitação

3 - Nunca ajude uma criança a fazer o que ele se sente capaz de fazer sozinha. Pois ao fazer,
estará aprendendo por experiência, que é melhor que por observação. Além disso, se tornará mais
pró-ativa. Deixar tentar subir um degrau, abrir uma garrafa, tomar água de um copo, sempre
pensando o que pode acontecer se ela falhar… não havendo riscos, haverá a aprendizagem. E é
importante deixar cair e falhar para torná-la resiliente, ou seja, beber cair e levantar.

4 - Criar dezenas de situações diárias dando escolha a criança, como qual roupa usar, qual
alimento comer, qual história ouvir, qual brinquedo brincar, etc… sendo que as opções disponíveis
devem ser sempre boas para a criança...

5 - Instigar a criatividade. Em vez de manter objetos fora do alcance das crianças, devemos deixar
tudo ao alcance dela, e permitir que ela brinque e pegue o que quiser. Se forem objetos pequenos,
cortantes ou frágeis, é importante fazermos uma visita guiada, mostrar com acompanhamento, ou
evitar que fiquem ao alcance da visão das crianças

6 - Sempre ler e contar histórias para as crianças, e depois de um tempo, solicitar que ela leia pra
gente e pedir que nos explique a história, mesmo sem saber ler, criar histórias por meio de
imagens… devemos fazer os mesmos… (jogar com isso, cartas com desenhos que demandam
gerar uma história com as mesmas). Inicialmente é interessante incentivar histórias de ficção para
instigar a imaginação da criança

7 - Brincar deve ser atividade primordial de uma criança, e todo resto (cursos, escola, esportes)
deve se encaixar à brincadeira e não o contrário, pois brincadeira demanda criatividade,
capacidade de lidar com o ócio, estimular pensamentos. Neste sentido, é importante entrarmos na
brincadeira da criança, deixar ela definir o que é o brinquedo, seja isso uma caixa, um balde, um
prendedor… deixar ela definir a brincadeira, pois é ela que está brincando. Para estimular ainda
mais essa criatividade, podemos brincar de “e se”, como por exemplo: e se esse galão de água for
um microfone, for uma nave espacial, etc…

8 - treinar a capacidade de explicar sempre que possível, da sala de aula (conteúdos não técnicos),
às conversas de almoço. tentar muito com minha mulher, tentar explicar sem impor. Criar ambiente
para isso, como por exemplo vídeos do in a nutshell.

Com a criança, criar essa capacidade com os jogos propostos no cricricri, sendo um jogo muito
importante, o de definir as emoções.

treinar pro-atividade brincando de solucionar problema dos outros.

treinar análise de riscos perguntando a criança o que pode acontecer se ela fizer ou não fizer algo,
de modo a torná-la analista e pro-ativa para dar os primeiros passos sabendo, dentro de suas
limitações dar o primeiro passo.

9. Mostrar que não é preciso agradar a todos, e tentar não agradar a todos. Seguir o seu instinto
para não ficar na mediocridade, na média. querer agradar a todos é o principal requisito para criar
frustrações, pois isso é uma atividade muito difícil. Não forçar a criança a agradar a todos, e não se
preocupar com o julgamento dos outros.

10 - não castigar quando a criança errar, fracassar ou aprontar.

quando aprontar, criar o cantinho do silêncio. Neste a criança passará 5 a 10 minutos sentada,
sendo que o tempo só começa a contar após ela dizer porque está de castigo, assim ele terá
conversas interna para entender o que fez de errado.

Quando errar ou fracassar não devemos penalizar, devemos de modo criativo ajudar a solucionar o
problema. E mesmo que não funcione, devemos sempre exaltar o esforço em vez do resultado.

11 - Com a NINI - técnicas de teatralização

telefone - sempre que alguém usar em momento inoportuno, falar em voz alta, “fulano, vc sabe que
não pode usar telefone quando estamos jantando, ou a noite, ou seja la qual for a regra”

coragem / pró-atividade - Nini, ninguém tenta fazer isso desse jeito, mas eu vou tentar pois eu acho
que vai ficar bom, até porque, etc (exemplo, add canela na batida de banana)

medindo riscos - Amor, o risco de algo não dar certo é X, mas acho que consigo diminuir se fizer
isto de modo diferente

resiliência - amor, aquilo que eu fiz deu errado, pelo menos aprendi que desse jeito não funciona
em função de ...
Educação

1 - Linha do tempo no quarto para tornar estudo interessante…

2 - Observar as coisas que ela gosta desde pequenina, como música, dança, chuva, sol, etc

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