VOLUME 6
JUNHO DE 1999
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PREFÁCIO
O estudo apresenta-se como trabalho da mais alta relevância e atualidade, face às rotinas e
metodologias de serviço que são adotadas pela SVP/PMSP. Trata-se da complementação,
atualização e consolidação da documentação técnica dentro das mais recentes regras e
procedimentos de controle de qualidade, os quais permitirão aos técnicos executores,
projetistas e engenheiros fiscais garantirem à SVP/PMSP produtos da mais alta qualidade
técnica.
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APRESENTAÇÃO
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VOLUME DOCUMENTOS
1 Apresentação de Projetos
2 Diretrizes de Projetos de Pavimentação – Procedimentos
3 Diretrizes de Projetos de Pavimentação – Métodos de Ensaios
4 Diretrizes de Projetos de Hidráulica
5 Diretrizes de Projetos de Geotecnia
6 Diretrizes de Projetos de Estruturas
7 Diretrizes Executivas de Serviços Gerais
8 Diretrizes Executivas de Serviços de Pavimentação
9 Diretrizes Executivas de Serviços de Hidráulica
10 Diretrizes Executivas de Serviços de Geotecnia
11 Diretrizes Executivas de Serviços de Estruturas
12 Metodologias Construtivas de Pavimentação
13 Metodologias Construtivas de Hidráulica
14 Metodologias Construtivas de Geotecnia
15 Metodologias Construtivas de Estruturas
16 Soluções Padronizadas de Drenagem
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VOLUME DOCUMENTOS
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SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2
DIRETRIZES DE PROJETO
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INTRODUÇÃO
A presente documentação representa um trabalho inicial que deverá ser, à medida que vai
sendo utilizado, adequado e atualizado para incorporar novas tecnologias que se mostrarem
viáveis ou ainda corrigir eventuais omissões ou erros de impressão. A PMSP está igualmente
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processando uma atualização da Tabela de Preços Unitários de SVP para incorporar os novos
serviços e materiais indicados nesta documentação técnica.
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SERVIÇOS DE ESTRUTURAS
DIAGRAMA-CHAVE GERAL
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SERVIÇOS DE ESTRUTURAS
DIRETRIZES DE PROJETO - DIAGRAMA-CHAVE
Pontes, Viadutos e
Passsarelas
DP-E03
Obras-de-Arte Especiais
DP-E01
Estruturas de Contenção
DP-E05
Projeto de
Recuperação Estrutural
Obras
Estruturas DP-E07
Galerias, Canais e
Reservatórios
DP-E04
Obras-de-Arte Correntes
DP-E02
Túneis
DP-E06
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DP-E01
OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS
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ÍNDICE
PÁG.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9
1.1 OBJETO E OBJETIVO ............................................................................................................ 9
1.2 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 9
1.3 ALGUMAS DEFINIÇÕES........................................................................................................ 12
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6. PROJETO EXECUTIVO................................................................................................... 47
6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................... 47
6.2 DOCUMENTOS TÉCNICOS DO PROJETO A SEREM ENTREGUES .............................................. 48
6.3 ANÁLISE E APROVAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO ................................................................ 61
6.4 COMPLEMENTAÇÕES .......................................................................................................... 61
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1. INTRODUÇÃO
Estas diretrizes gerais devem ser entendidas como procedimentos mínimos necessários à
elaboração de cada projeto, considerando as particularidades locais de cada obra, nas fases
dos Estudos de Viabilidade e do Projeto Básico, mas não devem ser encaradas como
procedimentos técnicos restritivos às ações da projetista. Os casos omissos ou duvidosos
deverão ser resolvidos de comum acordo, entre a SVP/PMSP e a projetista contratada.
1.2 REFERÊNCIAS
1.2.1 Procedimentos
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1.2.2 Especificações
• NBR-7480 (EB-3) – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado
• NBR-7481 (EB-565) – Telas de aço soldadas para armadura de concreto
• NBR-7482 (EB-780) – Fios de aço para concreto protendido
• NBR-7483 (EB-781) – Cordoalha de aço para concreto protendido
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1.2.5 Classificação
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Entende-se aqui por obra-de-arte especial uma estrutura que tem a finalidade de manter a
continuidade de uma via de comunicação qualquer, transpondo um obstáculo natural ou
artificial, de modo a deixar livre a passagem transversal em grande parte da extensão do
obstáculo. Se a passagem transversal for pequena em relação à extensão do obstáculo, e não
houver previsão de futuramente ser maior, poderia existir um aterro, decidido após análise de
soluções (obra de terra em vez de obra-de-arte). Neste caso, se a passagem fosse a de um
pequeno córrego, a estrutura sob o aterro se denominaria bueiro ou galeria (demais obras-de-
arte correntes). Um obstáculo natural pode ser, por exemplo, um rio, um córrego, um lago ou
uma depressão do terreno. Um obstáculo artificial pode ser outra via de comunicação, como
uma rua ou avenida, uma rodovia, uma ferrovia, um canal ou lago.
a) Viaduto: o obstáculo principal a ser transposto é, em geral, uma rua, uma avenida, uma
rodovia, uma ferrovia, ou uma acentuada depressão do terreno. Se houver um outro
obstáculo secundário, como por exemplo um ribeirão, ainda será um viaduto.
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1.3.2.1 Superestrutura
É a parte da obra-de-arte cuja geometria deve ser definida de modo a dar continuidade ao
traçado da via de comunicação que deve transpor um obstáculo. Deverá resistir às cargas dos
veículos e às outras cargas que transitam sobre a estrutura, além da ação do vento e outras
ações decorrentes de variações de volume (retração, fluência) e variações de temperatura,
bem como transmitir o efeito de todas essas ações à infra-estrutura (reações de apoio).
b) Estrutura secundária: é o conjunto das peças estruturais que sofrem a ação direta das
cargas úteis que transitam na superestrutura, transmitindo-as, direta ou indiretamente,
à estrutura principal. Exemplo: lajes e transversinas.
1.3.2.2 Infra-estrutura
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aparelhos de apoio.
Os aparelhos de apoio são elementos colocados no topo dos pilares, de forma a concentrar
em locais bem definidos as cargas transmitidas pela superestrutura, e a vincular determinadas
partes da estrutura (restringindo ou permitindo deformações). A escolha do tipo e o
dimensionamento dos aparelhos de apoio devem ser feitos criteriosamente, pois a rigidez
destes afeta sensivelmente a rigidez de cada conjunto aparelho-pilar-fundação, influenciando a
distribuição dos reforços nos pilares e fundações, com implicações técnicas e econômicas.
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30 370
TOPO DA ESTRUTURA
i=2%
30
ELEVAÇÃO
A
PLANTA
DETALHE
PAVIMENTO BRITA GRADUADA
DA JUNTA
COMPACTADA
VAR. 30
VAR.
30
25
ESTRUTURA
ARTICULAÇÃO
DE CONCRETO
DETALHE
DA JUNTA
ESTRUTURA
ENCONTRO
Figura 1.1
Laje de transição
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Fase inicial dos estudos, caracterizada pela análise de diversas soluções possíveis, a partir
dos dados obtidos nos Serviços Preliminares de Campo (item 1.3.3), e dos Elementos Básicos
de Projeto (vide itens 1.3.6 e 3), da geometria imposta pelo traçado da via e eventuais
gabaritos, culminando com a escolha de uma solução em função de condições técnicas, custo
da obra, concepção arquitetônica, tempo de execução, etc. (vide item 4). A escolha entre
estudos de Viabilidade (vide Volume I, da SVP/PMSP) ou Projeto de Viabilidade pode ser
superada dando-se atenção apenas ao conteúdo de cada etapa.
O Projeto Básico (vide item 5) é o tratamento técnico da solução escolhida pela projetista e
aprovada pela SVP/PMSP, de modo que contenha informações sobre quantidades de
materiais e serviços, equipamentos, métodos executivos, etc., com precisão suficiente que
permita a licitação da obra conforme a Lei 8.666 de 21/06/93. Nesta fase, deve ser obtida a
anuência dos órgãos intervenientes no projeto (DAEE, CET, CMSP, etc.).
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Elementos básicos de projeto são os documentos que devem ser seguidos na elaboração
dos projetos de obras-de-arte especiais da SVP/PMSP, tais como Normas, Diretrizes Gerais,
Especificações Técnicas, Detalhes Padrão e demais documentos com padronizações ou
princípios básicos da SVP/PMSP, ou recomendados por esta.
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• Projeto básico;
• Projeto executivo.
b) Obras-de-arte especiais
• Viadutos;
• Pontes;
• Passagem de pedestres;
• Pontilhões.
As normas gerais da ABNT que deverão nortear estes trabalhos são as descritas nos itens
1.2.1 a 1.2.5. Em casos especiais, onde haja omissão de determinado assunto específico
nessas normas, será permitida a utilização de normas internacionais apropriadas, mediante a
autorização da SVP/PMSP.
3.2 MATERIAIS
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3.2.1 Concreto
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Esta classe de concreto, C10, pode ser usada, de uma forma geral, para nivelamento de
superfícies de assentamento no solo, como aqueles de apoio de fundações e lajes de
aproximação;
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Casos particulares:
− Se for necessário utilizar concreto em casos não previstos anteriormente, ou usar outros
tipos de concreto, deverá ser elaborada uma solicitação de aprovação à SVP/PMSP, na
fase do Projeto de Viabilidade Técnica e Econômica.
− Nos casos em que peças forem solidarizadas com concretos de classes diferentes,
deverão ser consideradas as diferenças de módulo de elasticidade nos cálculos que
necessitarem de uma avaliação de rigidez ou deformabilidade de partes da estrutura.
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Quadro 3.1
Relações f cmj f cm , supondo cura úmida em temperaturas de 21º a 30º
A resistência à tração direta fct pode ser admitida igual a 0,9 fct ,sp ou 0,7 fct ,f , sendo fct ,sp
a resistência à tração indireta e fct ,f a resistência à tração na flexão, obtidas de ensaios
executados conforme NBR-7222 e NBR-12142, respectivamente.
( )
2
3
fct k = 0 ,21. fck ( fck e fctk em MPa )
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Nos cálculos estruturais onde for necessário o emprego da resistência média, fct m , ou da
resistência característica superior, fct k ,sup , aos 28 dias, na falta de ensaios, podem ser
empregadas as seguintes expressões para avaliação e uso no projeto:
( )
2
3
fct m = 0,3 fck (em MPa)
( )
2
3
fct k ,sup = 0,39 fck (em MPa)
1
Ecm = 9500 (fck + 8 )
3
( Ecm e f ck em MPa)
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( )
Ecmj = fcmj fcm 0 ,5 . Ecm (em MPa)
No regime elástico, o coeficiente de Poisson do concreto pode variar entre 0,18 e 0,28.
Para tensões de compressão inferiores a 0 ,5 fck e tensões de tração menores que fctk , este
coeficiente pode ser tomado igual a 0,2.
Nestas condições, o módulo de elasticidade transversal médio Gcm pode ser adotado igual
a 0 ,4 Ecm ( Ecm conforme item 3.3.1 alínea d).
f) Fluência do concreto
g) Retração do concreto
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3.2.2 Aço
As armaduras das peças de concreto armado, com ou sem protensão, podem ser
constituídas de fios, barras e cordoalhas de aço.
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Poderão ser empregados os tipos de aço estruturais usados para perfis laminados, chapas,
perfis tubulares, parafusos, etc., especificados na norma NBR 8800.
3.2.3 Madeira
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a) Ações permanentes
b) Ações variáveis
As pontes e os viadutos serão assumidos como de classe 45, para os quais a base do
sistema é um veículo-tipo de 450 kN de peso total, considerando-se o efeito de impactos
conforme a NBR-7187.
As passarelas serão admitidas como de classe única, sendo a carga móvel uma carga
2
uniformemente distribuída e com intensidade 5 kN/m , não majorada pelo coeficiente de
impacto.
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c) Ações especiais
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Para esta fase de projeto, os dados pertinentes de “vão de travessia“ e “área mínima de
vazão“ serão levantados junto à PMSP-SVP-PROJ4, GEPROCAV, DAEE, ou outro órgão
competente. Nos casos em que houver necessidade de mais informações, serão elaborados
os correspondentes levantamentos de dados hidráulicos e hidrológicos do curso d’água a ser
transposto (vide Volume 4, da SVP/PMSP).
Serão utilizadas, em geral, as informações contidas nos mapas geológicos disponíveis para
a cidade de São Paulo. Quando for julgado necessário, será feito levantamento complementar,
sendo que a quantidade de sondagens e os tipos de investigação deverão ser definidos pela
projetista e aprovados pela Fiscalização da SVP/PMSP (vide Volume 5, da SVP/PMSP).
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• CONVIAS;
• SABESP;
• ELETROPAULO;
• TELEFONICA;
• COMGÁS;
• REDES DE TV A CABO;
• PETROBRÁS (oleodutos);
• DAEE.
Deverá ser verificada também a existência de interferência com construções tombadas pelo
Patrimônio Histórico (CONDEPHAT).
Será feita consulta aos dados existentes para a região de interesse da obra (vide Volume
XII, da SVP/PMSP. Quando estes dados se mostrarem insuficientes para definição das
alternativas, serão feitos levantamentos complementares.
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b) Condições específicas
As obras que forem implantadas em regiões com condições dos perfis do ar e do meio
ambiente (próximas a aterros sanitários, p.ex.) merecerão cuidados especiais da Projetista.
4.3.1 Gabaritos
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O gabarito da pista de rolamento da via pública deverá ser fornecido pela SVP/PMSP à
projetista, devendo seguir:
A projetista deverá respeitar os gabaritos impostos pelos órgãos públicos responsáveis pela
via inferior e solicitar confirmação, por escrito, através da SVP/PMSP, das dimensões adotadas
no projeto em desenvolvimento.
Quando for o caso, este gabarito deverá prever a passagem de embarcações com
equipamentos de dragagem, para o que deve ser consultado o órgão público (estadual ou
federal) responsável por esta operação.
O gabarito de navegação deverá ser obtido pela projetista, através da SVP/PMSP, junto ao
órgão responsável pela navegação existente ou prevista, quando for o caso, sendo solicitada
aprovação da solução adotada no projeto.
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a) Desenvolvimento horizontal
b) Desenvolvimento vertical
Deverão ser feitas a partir dos elementos de greide: curvas verticais, rampas anteriores e
posteriores, estacas de PIV, PCV, PTV, etc.
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Após a análise das alternativas estudadas, a projetista elegerá uma como a mais indicada,
através de uma justificada técnica, lógica e consistente.
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Devem ser apresentados no memorial de cálculo os principais critérios adotados nos pré-
dimensionamentos efetuados, incluindo os esforços envolvidos, os esquemas estruturais
empregados, os métodos de cálculo empregados, os coeficientes de segurança obtidos, e
todos os elementos que possam ser de interesse para a estrutura em questão, como tensões
obtidas, deformações, etc.
5. PROJETO BÁSICO
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Para a seção de travessia (obstáculo à livre passagem da via urbana) serão levantadas as
dimensões das faixas das rodovias e ferrovias (incluindo greides, posição dos trilhos, etc.), as
dimensões das vias urbanas (distâncias entre guias, calçadas, etc.). No caso de seção de
travessia sobre cursos d’água, deverão ser indicados também margens, nível de enchente
máxima, nível mínimo e nível das águas na data de levantamento. Os desenhos deverão ser
apresentados em escala 1:500, ou de melhor definição.
No caso de travessia de grandes cursos d’água, deverá ser executado levantamento topo-
batimétrico apresentado em escala 1:500, determinando as medidas de profundidade a cada
metro, de modo a se obter o perfil do fundo do canal.
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b) Regime fluvial com a informação dos períodos de enchente, de seca, e dos meses
recomendáveis para a execução das fundações;
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Esse levantamento deverá ser confirmado com a regional da área, e representado nas
plantas topográficas e seguir as diretrizes de SVP/PMSP.
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Deverão ser levantados outros dados complementares, que possam se tornar necessários
para um bom desenvolvimento do Projeto Básico.
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g) Relatório com estudos para a definição do impacto ambiental, contendo dados a serem
fornecidos ao órgão competente da PMSP – Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
para a análise ou contratação de estudos.
h) Relatório com solução proposta, no caso de interferência com construção tombada pelo
patrimônio histórico, a ser enviada ao CONDEPHAT para aprovação, através da
SVP/PMSP.
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d) Referências bibliográficas.
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• Planta com o local da obra e curvas de nível, espaçadas de metro em metro, que
possibilitem uma boa definição dos aterros de acesso, inclusive da interseção das suas
saias com o terreno natural. Permitem-se, entretanto, espaçamentos maiores das curvas
de nível (cinco ou dez metros) para casos de taludes íngremes, a critério da Fiscalização
da SVP/PMSP.
b) Desenho(s) de fôrmas (escalas 1:50 ou 1:100 e 1:20, 1:25 ou 1:10 para detalhes)
Os desenhos de fôrmas deverão definir todas as dimensões das peças estruturais através
de elevações, plantas, cortes longitudinais e transversais, detalhes de encontros ou dos
elementos da estrutura que recebem os aterros de acesso, detalhes de peças especiais como
aparelhos de apoio e detalhes particulares previstos para futura substituição desses aparelhos,
detalhes típicos de juntas estruturais, indicação de elementos de pavimentação como
espessuras e juntas, no caso de pavimentos rígidos (juntas de contração e de construção),
detalhes arquitetônicos e de drenagem do tabuleiro. Deverá ficar indicada a locação da obra
em planta e perfil, incluindo fundações.
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o método construtivo, sendo que para as obras maiores ou complexas deverão ser
apresentados desenhos com detalhes.
c) Desenho (s) típico (s) de armação (para as estruturas de concreto armado, com ou
sem protensão)
De uma maneira geral, deverão ser apresentadas plantas, seções longitudinais e seções
transversais “tipo”, para a pavimentação; e plantas, seções longitudinais e detalhes
construtivos, para drenagem de acordo com as diretrizes de projeto da SVP/PMSP para essas
disciplinas.
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5.4.6 Orçamento
a) Planilhas de quantidades
Com base nos desenhos do Projeto Básico, deverão ser determinadas quantidades
aproximadas de materiais e serviços envolvidos na execução da obra. Na avaliação das
quantidades, deverão constar os trabalhos de investigações complementares (campo e
laboratório), instrumentação da estrutura (quando recomendada no projeto), o Projeto
Executivo e a Assistência Técnica à Obra respeitando a Tabela de Preços Unitários da SVP
para indicações dos itens de serviços e metas.
b) Planilhas de custos
Deverão ser utilizadas as planilhas de encargos oficiais da PMSP. Caso algum item previsto
não conste desta planilha de referência, deverá ser feita a composição do serviço, a qual
deverá ser encaminhada à SVP/PMSP para aprovação.
O custo final da obra será determinado com base nas planilhas de quantidades e de custos.
5.4.7 Cronogramas
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a) Cronograma físico
b) Cronograma financeiro
A SVP/PMSP, após sua análise, poderá aprovar o Projeto Básico para a projetista
prosseguir com o Projeto Executivo, ou para a Licitação das Obras, ou então fará os
comentários apropriados para esclarecimentos, correções, revisões e/ou modificações da
projetista, após entendimentos com esta, e posterior aprovação.
6. PROJETO EXECUTIVO
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Com base nas sondagens preliminares, nas sondagens executadas durante o Projeto
Básico, em eventuais outras investigações complementares nas posições de apoio para o
Projeto Executivo e em outros dados coletados no campo (além de eventuais ensaios
específicos de laboratório), deverá ser elaborado um relatório contendo, no mínimo, os
seguintes elementos:
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Quando necessário (devido ao porte e/ou importância da obra), deverá ser apresentado o
Relatório de Impacto Ambiental, com estudos de definição e análise, fornecido e aprovado pelo
órgão competente da PMSP – Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, ou de hierarquia
superior, quando for o caso (estadual e/ou federal).
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Deverá ser apresentado um relatório com solução aprovada pelo CONDEPHAT, no caso de
interferência com construção tombada pelo Patrimônio Histórico (ou em processo de
tombamento).
Considerando:
• Estados limites
- estado limite de perda de equilibrio, global ou parcial, admitida a estrutura com corpo
rígido;
- estado limite de ruptura ou de deformação plástica excessiva dos materiais;
- estado limite de ruptura por deficiência de aderência ou de ancoragem;
-50-
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• Segurança
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• Notações
• Unidades
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• Análise estrutural
• Disposições construtivas
− descrição da estrutura;
− hipóteses gerais de cálculo;
− cálculos dos esforços solicitantes, devidos às cargas permanentes, móveis, acidentais e
outras, em várias seções transversais, para cada elemento estrutural;
− dimensionamento e verificação da resistência de todos os elementos estruturais, em
várias seções transversais, para a superestrutura e infra-estrutura separadamente,
incluindo os aparelhos de apoio;
− cálculos de estruturas complementares, como as estruturas de contenção e
estruturas provisórias;
− esquemas de detalhamento;
− bibliografia.
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6.2.6 Desenhos
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Deverão ser utilizadas tantas folhas quantas forem necessárias, em escala apropriada,
contendo, cada uma, planta correspondente à elevação do trecho nela representado. Os
desenhos deverão apresentar características dos materiais empregados e indicação dos
números dos desenhos de fôrmas de cada trecho da estrutura, quando for o caso.
Deverão ser apresentadas planta e vista longitudinal com a indicação do comprimento total
da obra, de pilares e vãos, além de cortes mostrando em linhas gerais a solução estrutural, e a
indicação do perfil longitudinal do terreno, do nível do greide da(s) rodovia(s) ou via(s)
pública(s) a ser(em) transposta(s) e/ou nível do topo dos trilhos, no caso de ferrovia. Devem
ser indicados também interferências e todos os gabaritos que foram respeitados, para a
aprovação final dos órgãos responsáveis pelas definições, assim como os elementos
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Deverá ser apresentada planta com local da obra e curvas de nível, espaçadas de metro em
metro, que possibilitem uma boa definição dos aterros de acesso, inclusive da interseção das
suas saias com o terreno natural. Permitem-se, entretanto, espaçamentos maiores das curvas
de nível (cinco ou dez metros) para casos de taludes íngremes, a critério da Fiscalização da
SVP/PMSP.
Os desenhos de fôrmas deverão definir todas as dimensões das peças estruturais através
de elevações, plantas, cortes longitudinais e transversais; detalhes de encontros ou dos
elementos da estrutura que recebem os aterros de acesso; detalhes de peças especiais, como
aparelhos de apoio e detalhes particulares previstos para futura substituição desses aparelhos;
detalhes de juntas estruturais; indicação de elementos de pavimentação; como espessuras e
juntas no caso de pavimentos rígidos (juntas de contração e de construção); e detalhes
arquitetônicos. Deverá ser indicada a locação da obra em planta e em perfil, incluindo
fundações.
As escalas sugeridas são: 1:50 ou 1:100 e 1:20, 1:25 ou 1:10 para detalhes.
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Os sumários das informações dos boletins de sondagem deverão ser desenhados em uma
ou mais folhas, representando o perfil geológico-geotécnico, as distâncias entre sondagens, as
distâncias das sondagens aos apoios, quando destes forem próximas; e, esquematicamente,
as fundações com as cotas de apoio adotadas. Para melhor apresentação do desenho, a
escala poderá ser deformada e nos padrões da SVP/PMSP.
As escalas sugeridas são: 1:50 ou 1:100 e 1:20, 1:25 ou 1:10 para detalhes.
Para as estruturas de concreto, nos desenhos com planos de concretagem deverão ser
indicados processo e fases de concretagem, juntas construtivas obrigatórias e optativas,
sentido da concretagem e eventuais transferências rápidas de cargas.
g) Desenho(s) de drenagem
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Deverá ser também representado todo o sistema de drenagem das obras complementares.
Para as obras maiores ou mais complexas, deverão ser apresentados desenhos com todos
os detalhes da seqüência construtiva. No caso de obras de pequeno porte, um desenho com
esquemas e descrições simplificadas será em geral suficiente.
i) Desenho(s) de pavimentação
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6.2.8 Orçamento
a) Planilhas de quantidades
Com base nos desenhos do Projeto Executivo, deverão ser determinadas as quantidades
de materiais e serviços envolvidas na execução da obra.
Para elaboração do orçamento das obras, deverão ser considerados todos os itens
envolvidos na construção, como serviços preliminares, materiais, mão-de-obra, equipamentos,
etc.
6.2.9 Cronogramas
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A SVP/PMSP, após sua análise, poderá aprovar e liberar o Projeto Executivo para a
construção, ou então fará os comentários apropriados para esclarecimentos, correções,
revisões e/ou modificações da projetista, após entendimentos com esta, e posteriores
aprovação e liberação. Dependendo da complexidade da obra, a SVP/PMSP deverá liberar
partes da obra e indicar revisões em outras, de maneira a não haver interferências com o
cronograma físico estabelecido.
6.4 COMPLEMENTAÇÕES
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DP-E02
OBRAS-DE-ARTE CORRENTES
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ÍNDICE
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2. REFERÊNCIAS................................................................................................................ 63
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1. OBJETO E OBJETIVO
Este documento tem por objeto as Diretrizes de Projeto de Estruturas da SVP/PMSP, e seu
objetivo é estabelecer os requisitos mínimos a serem adotados no projeto de obras-de-arte
correntes.
2. REFERÊNCIAS
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Quanto à forma, podemos distinguir as estruturas do tipo caixas enterradas, quais sejam:
bocas-de-lobo, bocas-de-leão, poços de visita.
As Figuras 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4 indicam as soluções padronizadas de drenagem utilizadas
pela SVP/PMSP em seus projetos e obras.
Essas obras estão associadas ao projeto de drenagem (na fase de Estudos de Viabilidade),
devendo ser detalhadas nas fases de Projeto Básico e Projeto Executivo, onde as dimensões
serão fixadas.
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Considerando que este tipo de estrutura apresenta as três dimensões da mesma ordem de
grandeza, não excedendo em geral os 3,0 m, fica favorecida a possibilidade de arqueamento
do solo, recomendando-se portanto o emprego do valor ativo dos empuxos. O empuxo devido
às cargas de veículos poderá ser considerado como o efeito de uma carga uniformemente
2
distribuída na superfície no valor de 25 kN/m .
A B A
1,5
1
1,5 MÍN.
1 0,10m
REVESTIMENTO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO
(CHAPISCO)
0,03m
CONCRETO MAGRO
CANALETA RETANGULAR
Figura 3.1
Solução padronizada de drenagem
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A
A
B
A
VAR.
CANALETA EM DEGRAUS-PLANTA
A B A
1,5
1
1,5
MÍN.
1
0,10m
C
REVESTIMENTO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO
(CHAPISCO)
A
5
CONCRETO MAGRO
CORTE TÍPICO
Figura 3.2
Solução padronizada de drenagem
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e mín. A e mín.
e mín.
B
B
BOCA-DE-LOBO - PLANTA
e mín. B e mín.
ALVENARIA EM BLOCOS
DE CONCRETO
h = VARIÁVEL
(M N. = 140 cm)
2%
ENCHIMENTO COM
CONCRETO
CORTE B
e mín. A1 e mín.
h = VARIÁVEL
(MÍN. = 140 cm)
ALVENARIA EM BLOCOS
DE CONCRETO
2% 2%
ENCHIMENTO COM
CONCRETO
A
LASTRO DE CONCRETO
PISO ARMADO
MAGRO
(FUNDO DA B. L.)
A2
CORTE A
Figura 3.3
Solução padronizada de drenagem
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e min.
em
ín. B n.
í
em
2%
o
30
L
2% 2%
e min.
A
DET. 1
e mín.
e mín.
H1
e mín.
MÍN. 0,30
h
e mín.
e mín. L e mín.
DISSIPAÇÃO EM RACHÃO
CORTE A
1
1
DETALHE 1 (TÍPICO)
Figura 3.4
Solução padronizada de drenagem
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Sobre a laje de tampa, quando esta é aflorante nas calçadas, recomenda-se a consideração
de uma carga correspondente às rodas de um caminhão, sem impacto, com o valor de 40 kN
2
atuando em uma área de 0,20 x 0,30 m . Quando a laje em questão for aflorante sob o
pavimento, para a qual se recomenda uma cobertura mínima de 0,60 m, devem ser
consideradas as cargas devidas ao peso de solo, do pavimento, além das cargas móveis, dos
veículos. Para estas cargas móveis, quando a cobertura tiver altura entre 0,60 m e 1,00 m,
2
recomenda-se a adoção de uma sobrecarga equivalente de 30 kN/m (já considerado o efeito
de impacto). Para profundidades maiores, ver as Diretrizes de Projeto para Galerias, Canais e
Reservatórios, DP-E04, da SVP/PMSP.
Sobre as paredes e a laje de fundo, incidem ainda as pressões hidrostáticas, de fora para
dentro, quando houver a presença do lençol freático, a menos que seja garantida a livre
drenagem do mesmo para dentro da caixa.
Na falta de dados mais precisos, os reaterros serão tomados com peso específico de
3 3
20 kN/m , e o pavimento com espessura mínima de 0,50 m, com peso específico de 22 kN/m .
Quanto aos materiais empregados, as caixas podem ser de concreto moldado no local ou
pré-moldado, ou apresentar paredes em alvenaria armada, e lajes em concreto armado.
As condições geotécnicas de solo para apoio e assentamento das estruturas, assim como
cobertura das estruturas, estão indicadas nos documentos ES-H01- Especificação de Serviços
de Drenagem Superficial, ES-T01 – Escavações e ES-T02 – Aterros Compactados, da
SVP/PMSP.
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Atuam como carregamentos sobre estas estruturas os empuxos de solo sobre as suas
paredes, devidos ao peso próprio do solo, e eventuais sobrecargas. Os empuxos podem ser
considerados com seu valor ativo, tendo em vista a flexibilidade da estrutura. As canaletas
são, em geral, apoiadas diretamente sobre o solo, ficando a laje de fundo submetida à reação
do terreno, dirigida de baixo para cima, correspondente ao peso das paredes.
Este tipo de canaleta tem suas paredes e laje de fundo apoiadas diretamente sobre o
terreno, o qual, devido à inclinação das paredes, é estável por si só. Dessa forma, não atuam
esforços importantes sobre a seção transversal da mesma.
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O emprego de uma malha de armadura mínima, com densidade ρ = 0,003, é desejável para
limitar a abertura de fissuras.
Essas estruturas, compostas por um portal de desemboque, alas laterais e laje de fundo,
estão submetidas basicamente aos empuxos de solo, e a eventuais pressões hidrostáticas
devidas ao lençol freático.
Na direção do fluxo, os empuxos de solo ativos necessitam, para serem equilibrados, das
reações obtidas nos dentes existentes na base, dadas pelos empuxos passivos aí atuantes.
8. DIRETRIZES CONSTRUTIVAS
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A concretagem das lajes de fundo sobre o terreno deverá prever uma camada de concreto
magro. Quando as paredes das canaletas, verticais ou inclinadas, forem concretadas contra o
terreno, o mesmo deverá ser previamente argamassado.
Nas juntas de dilatação das canaletas, ou outras, deverá ser previsto o uso de material não
tecido (“Bidim” ou similares) para evitar o carreamento de finos do terreno.
9. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO
a) Sapatas
As sapatas de fundação, corridas ou isoladas, deverão ser do tipo rígido. Entendem-se por
rígidos aqueles elementos para os quais a distância de borda da sapata à face do pilar ou
parede seja, no máximo, 1,5 vez sua altura máxima.
A altura da sapata junto ao pilar, ou parede, deverá ser maior ou igual a 0,8 do comprimento
da ancoragem das barras verticais dos mesmos. No caso de sapatas tronco-piramidais ou
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tronco-cônicas, a inclinação de suas faces deverá ser menor que 30º para evitar o uso de
fôrmas.
Quanto à determinação das tensões verticais no solo da fundação, será adotado diagrama
linear, empregando as expressões da resistência dos materiais para a seção de contato, e
supondo material não resistente à tração para os casos de grande excentricidade. As tensões
máximas atuantes a uma distância do centro da sapata de um quarto da sua base deverão
respeitar a tensão admissível do terreno. As tensões máximas de borda serão limitadas a 1,3
vez essa tensão admissível.
Exige-se que toda a base esteja comprimida quando agirem as cargas permanentes, e que
pelo menos metade da base esteja comprimida quando agirem as cargas permanentes mais
as acidentais.
Quando, além da força vertical, atuarem momentos e forças horizontais, deverá ser
demonstrada a estabilidade como corpo rígido, quanto ao tombamento e quanto ao
escorregamento, de forma análoga aos muros de arrimo (DP-C02 da SVP/PMSP).
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Os blocos deverão ser do tipo rígido. Entendem-se por rígidos aqueles elementos para os
quais a distância da borda do bloco à face do pilar ou parede seja no máximo 1,5 vez sua
altura máxima. A altura do bloco junto ao pilar ou parede deverá ser maior ou igual a 0,8 do
comprimento da ancoragem das barras verticais dos mesmos.
A determinação dos esforços verticais nas estacas será feita admitindo-se deformação
linear do topo das mesmas, imposta pelo bloco rígido.
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Quando a ação dos momentos dos blocos tracionar as estacas, as armaduras das mesmas
deverão estar totalmente ancoradas nos blocos.
c) Estacas e tubulões
Para os tubulões com base alargada, em geral mista, adota-se uma altura suficiente para
ser possível dispensar a armadura inferior de flexão. Contudo, recomenda-se a colocação de
uma malha de armadura, nominal, de no mínimo ∅ 10 a cada 20 cm.
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DP-E03
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ÍNDICE
PÁG.
1. OBJETO E OBJETIVO................................................................................................... 78
2. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 78
3. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 79
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1. OBJETO E OBJETIVO
2. REFERÊNCIAS
-78-
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3. INTRODUÇÃO
Dentro desse universo, os aspectos mais gerais são tratados nas Diretrizes de Projeto –
DP-E01 – Estruturas de Obras-de-Arte Especiais, da SVP/PMSP, às quais este documento
está subordinado, especialmente no que se refere à metodologia de projeto ao longo das
etapas de Estudos de Viabilidade, Projeto Básico e Projeto Executivo. Os aspectos mais
específicos relativos a tipos estruturais e métodos construtivos serão aqui abordados.
4. TIPOS ESTRUTURAIS
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As Figuras 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4 ilustram arranjos e detalhes típicos de pontes, pontilhões e
viadutos, onde podem ser visualizados os principais elementos constituintes das mesmas
(infra, meso e superestrutura).
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H 1(ALTURA)
PILARES DE APOIO
H 2(ALTURA LIVRE) (MESOESTRUTURA)
L (VÃO)
FUNDAÇÃO EM SAPATA (INFRA-ESTRUTURA)
ESTRUTURA DE ENCONTRO
PONTE COM APOIOS MÚLTIPLOS - PERFIL LONGITUDINAL
DEFENSA GUARDA-CORPO
VIGA T
i=% i=%
H1
Figura 4.1
Arranjo típico de pontes, pontilhões e viadutos
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i=% i=%
H1
H3
H2
TRAVESSA DO APOIO L2 L2
PILARES DE APOIO
LAJE
PLACA PRÉ-MOLDADA
VIGA T
L1
B1
E1
h Hv
E2
B2
Figura 4.2
Arranjo e detalhe típico de pontes, pontilhões e viadutos
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H1
A
B
D
(EIXO S)
BERÇOS EM NÍVEL
A
C
H1
B
BERÇOS EM DESNÍVEL
Figura 4.3
Detalhe típico de pontes, pontilhões e viadutos
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H1
A
BERÇO DE ENCONTRO
FRETE
NEOPRENE
CORTE
APARELHO DE APOIO
Figura 4.4
Detalhe típico de pontes, pontilhões e viadutos
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• prazos de execução;
• aspectos estéticos;
• aspectos econômicos.
Em cada caso, o maior ou menor peso de cada um dos itens enumerados indicará as
alternativas mais competitivas. A seguir, serão apresentados os principais tipos estruturais,
com suas vantagens e desvantagens.
As pontes em laje maciça são indicadas para vãos relativamente pequenos (20 m para vãos
isostáticos, ou 30 m para vãos contínuos), sendo especialmente adequadas nos casos em que
exista grande esconsidade, ou em plantas irregulares. As esbeltezas típicas para rodovias e
vias urbanas (relação entre o vão e a altura) são de 18 e 24, respectivamente, para concreto
armado e protendido.
Com o objetivo de diminuir o peso próprio deste tipo estrutural, tornando-o competitivo para
vãos maiores, é possível a adoção de lajes nervuradas ou aliviadas através do uso de fôrmas
tubulares de papelão.
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Este tipo de seção tem grande capacidade na resistência a momentos fletores positivos,
pelo fato de utilizar a laje do tabuleiro como mesa de compressão, tornando-a especialmente
adequada para vãos isostáticos. Sua “alma” apresenta apenas as dimensões mínimas para a
resistência à força cortante e ao adequado alojamento das armaduras.
As esbeltezas típicas para rodovias e vias urbanas deste tipo estrutural são de 10 e 15,
respectivamente, para o concreto armado e o concreto protendido. Os vãos econômicos
situam-se entre 15 m e 70 m.
O trabalho conjunto desta estrutura composta deve ser garantido através de armaduras de
costura dimensionadas para esse fim, e dispostas nas interfaces entre a viga pré-moldada e
laje moldada no local, e entre a pré-laje e a laje moldada no local.
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Esta solução estrutural tem seu melhor emprego em tabuleiros de largura constante e de
eixo reto, ou com pequena curvatura, admitindo a presença de esconsidades.
Este tipo de seção em concreto pré-moldado, ou moldado no local, tem seu melhor
emprego em passarelas, onde as abas laterais servem de guarda-corpo. Do ponto de vista
estrutural, apresenta grande capacidade resistente a momentos fletores negativos em função
da grande mesa inferior, sendo portanto adequada para vãos contínuos. Apresenta como
desvantagem uma pequena zona comprimida para momentos fletores positivos, exigindo em
alguns casos enrijecimentos para garantir a estabilidade do equilíbrio (flambagem) dessa zona.
Este tipo de seção, em função da presença das mesas superior e inferior, tem boa
resistência tanto para momentos fletores positivos como negativos, sendo portanto
especialmente adequada para vãos contínuos. Além disso, sua grande rigidez à torção indica
seu emprego para pontes de eixo curvo, ou para tabuleiros excêntricos em relação ao eixo dos
apoios.
Sua utilização é feita, em geral, com concreto moldado no local sobre cimbramento, ou por
processo construtivo denominado “Balanços Sucessivos”, quando esse cimbramento fica
inviabilizado em função de interferências com o tráfego, ou pela presença da calha de rios. O
processo dos balanços sucessivos consiste na execução de trechos de pequenas dimensões
(chamados de aduelas), os quais se projetam em balanço, sucessivamente, a partir dos
pilares. A concretagem de cada aduela é feita com o auxílio de uma treliça metálica, a qual se
apóia na aduela anterior já concretada (vide Volume 15 – Metodologia Construtiva de
Estrutura, da SVP/PMSP).
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As esbeltezas típicas deste tipo de seção para rodovias e vias urbanas são de 15 e 25,
respectivamente, para o concreto armado e protendido.
Tendo em vista o aspecto estético favorável desta seção em relação aos casos anteriores, a
mesma tem sua adoção indicada sempre que a estrutura for aparente em ambientes urbanos
mais nobres, caracterizando, normalmente, os maiores complexos viários e as pontes sobre os
principais rios do município.
O uso de treliças em substituição ao uso de vigas de alma cheia torna-se indicado nos
casos em que não exista limitação da altura estrutural. Isto se deve ao fato de que as
esbeltezas típicas são da ordem de 3 para o concreto, e de 5 para estrutura metálica.
Considerando a grande incidência de fôrmas nas treliças de concreto, sua utilização é mais
restrita quando comparada com a utilização de treliças metálicas. Na prática atual no Brasil, as
estruturas metálicas têm sido utilizadas com maior freqüência para vãos até 20 m e passarelas
como uso comum. No outro extremo, são utilizadas em estruturas especiais combinadas com
concreto, em pontes ferroviárias e rodoviárias de grandes extensões.
As pontes em arco, sejam com tabuleiro superior ou tabuleiro inferior, são indicadas para
vãos acima de 50 m, nos casos em que não exista restrição de altura estrutural.
Para os arcos com tabuleiro superior, as componentes horizontais das forças aplicadas em
suas impostas devem ser totalmente absorvidas pela fundação. Para os arcos com tabuleiro
inferior, é possível utilizar o próprio tabuleiro como tirante inferior do arco, ficando suas
fundações responsáveis apenas pelas componentes verticais.
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Estes tipos estruturais têm seu emprego justificado, do ponto de vista econômico, apenas
para vãos da ordem de várias centenas de metros, fugindo, portanto, ao escopo desta diretriz
de obras urbanas.
A Tabela 4.1 sintetiza alguns aspectos dos tipos estruturais apresentados e discutidos nos
itens anteriores:
Tabela 4.1
Valores orientativos – pontes rodoviárias (e urbanas)
TIPO
VÃOS (m) ESBELTEZ (λ/H) OBSERVAÇÕES
ESTRUTURAL
Pontes em laje L ≤ 20 (vãos isostáticos) 18 (concreto armado) Indicadas para situações com
L ≤ 30 (vãos contínuos) 24 (concreto protendido) grandes esconsidades ou
plantas irregulares
Pontes em viga T 15 ≤ l ≤ 70 (vãos 10 (concreto armado) Indicadas em tabuleiros de
econômicos) 15 (concreto protendido) largura constante e de eixo
reto com pequena curvatura.
Admitem esconsidades
Pontes com seção -- 15 (concreto armado) Indicadas para eixos curvos ou
“caixão” 25 (concreto protendido) tabuleiros excêntricos em
relação ao eixo dos apoios
Pontes em vigas -- 3 (estrutura em concreto) Indicadas quando não há
treliçadas 5 (estrutura metálica) limitação da altura estrutural.
Pontes em arco L ≥ 50 m -- Indicadas quando não há
limitação da altura estrutural.
Devem ser elaborados Estudos de Viabilidade nas obras de transposição como pontes e
viadutos para que as condições viárias, as interferências e a metodologia construtiva possam
ser estudadas de maneira adequada e segundo as diretrizes da SVP/PMSP.
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Na fase de Projeto Básico, de posse dos resultados dos Estudos de Viabilidade que fixaram
as condições gerais do projeto e de construção (interferências, tráfego, etc.), deverá ser
procedida a criteriosa investigação geológico-geotécnica para definição da fundação otimizada
e das condições dos aterros e/ou estruturas de encontro. Na seqüência, pode ser escolhida a
estrutura mais adequada e podem ser dimensionadas a mesoestrutura e a superestrutura,
seguidas as normas referenciadas. Em casos especiais, em que haja repetição das condições
básicas, a PMSP poderá julgar conveniente orientar para que os projetos permitam certa
modulação das suas peças mais significativas. Nesta etapa, é de fundamental importância o
projeto geométrico, para que o greide final no entorno da estrutura projetada fique dentro das
normas da PMSP, assim como a elaboração do orçamento básico que orientaria a licitação da
obra. A definição precisa do tipo de pavimento também deverá fazer parte do projeto e seguir
as diretrizes da SVP/PMSP. Já na etapa do Projeto Executivo, serão aferidas as dimensões
das estruturas e detalhados a armadura, os elementos de apoio, as juntas e a melhor
seqüência executiva.
Dada a convivência dentro do município de São Paulo de rios sob a outorga estadual, as
obras executadas em seus leitos sempre terão reflexo em todos os córregos das sub-bacias do
município. Desta maneira, as cotas dos leitos em solo podem variar ao longo do tempo e
colocam as estruturas de apoio em condições não previstas no projeto original. Para evitar este
episódio, o projeto deverá indicar qual a margem de segurança das fundações perante
eventual solapamento do leito.
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ÍNDICE
PÁG.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 93
2. REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 93
4. GALERIAS ................................................................................................................. 94
4.1 CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................... 94
4.2 AÇÕES ATUANTES SOBRE GALERIAS ............................................................................. 96
4.3 VERIFICAÇÃO QUANTO À FLUTUAÇÃO............................................................................. 98
4.4 MODELO ESTRUTURAL.................................................................................................. 99
4.5 ESTADOS LIMITES A CONSIDERAR ................................................................................103
4.6 COMBINAÇÃO DAS AÇÕES ............................................................................................104
4.7 RECOMENDAÇÕES GERAIS ..........................................................................................105
5. CANAIS.....................................................................................................................105
5.1 CONCEITUAÇÃO ..........................................................................................................105
5.2 AÇÕES ATUANTES SOBRE OS CANAIS...........................................................................108
5.3 MODELO ESTRUTURAL.................................................................................................108
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1. INTRODUÇÃO
2. REFERÊNCIAS
3. ETAPAS DE PROJETO
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Com relação aos serviços e documentos a serem apresentados em cada etapa de projeto,
devem ser atendidos os requisitos da DP-H17, tomando como referência, no caso mais geral,
também os requisitos da DP-E01.
4. GALERIAS
4.1 CONCEITUAÇÃO
A forma de sua seção transversal pode ser retangular com uma ou mais células, ou oval
(Figura 4.1).
Do ponto de vista construtivo, podem ser moldadas no local ou compostas por segmentos
pré-moldados justapostos (Figura 4.2).
As galerias são elementos, em sua grande maioria, apoiados diretamente sobre o terreno,
uma vez que seu peso é menor que o solo que ocuparia o mesmo volume.
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FIG. 1.c
Figura 4.1
Seção transversal de galeria
Figura 4.2
Segmentos pré-moldados justapostos para construção de galeria
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As ações a serem consideradas no projeto estrutural de galerias são: seu peso próprio,
peso de aterro sobre a laje superior, peso de pavimentação, cargas móveis atuantes na
superfície do aterro, empuxos de solo devidos ao peso próprio do terreno, empuxos de solo
devidos a sobrecargas atuantes na superfície do aterro, pressões hidrostáticas externas
devidas ao lençol freático e pressões hidrostáticas “equivalentes” devidas à água interna.
Para consideração dos pesos próprios, indicam-se alguns valores de referência, a serem
confirmados em cada caso:
•
3
Peso do Reaterro .........................................................20 kN / m
•
3
Peso de Pavimentação ........................ 22 kN / m com h = 50 cm
Para as galerias com cobertura “a” maiores do que 0,80 m, é possível substituir as cargas
das rodas do trem tipo referido por uma carga uniformemente distribuída. Essa carga
distribuída é obtida dividindo a carga de todas as rodas por uma área de (3,20 + 2a) x (2,50 +
2 o
2a) em m . Essa área corresponde a uma distribuição de cargas formando um ângulo de 45
com a direção vertical (Figura 4.3).
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Nesses casos, a carga móvel deve ser majorada por um coeficiente de impacto ϕ = 1,3 para
“a” entre 0,80 m e 1,40 m, podendo esse valor ser reduzido linearmente até 1,00 para
coberturas “a” entre 1,40 m e 2,50 m. Para coberturas “a” acima de 2,50 m, o efeito do impacto
pode ser desconsiderado.
Para coberturas “a” menores do que 0,80 m, as simplificações, anteriormente, descritas não
se aplicam, devendo ser considerado sobre a laje o efeito individual de cada uma das rodas do
trem tipo. O efeito do impacto deve ser tomado como indicado na NBR-7187 – Projeto e
execução de obras de concreto armado e protendido.
Os empuxos de solo atuantes sobre as paredes das galerias devem ser considerados com
dois valores extremos: o primeiro corresponde ao seu valor máximo, obtido com a hipótese de
empuxo em repouso, uma vez que as galerias são em geral estruturas pouco deformáveis; o
segundo corresponde a um valor mínimo, considerado como metade do empuxo em repouso.
Para o solo abaixo do nível do lençol freático, os empuxos devem ser considerados
admitindo seu peso específico submerso.
Os empuxos devidos às cargas móveis atuantes sobre o terreno serão obtidos através de
expressões da Teoria da Elasticidade.
Admite-se que o desequilíbrio entre os empuxos atuantes sobre as duas paredes externas
das galerias seja compensado pela mobilização de empuxos passivos na parede menos
carregada.
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Esses empuxos externos são, em parte ou totalmente, equilibrados pelos empuxos internos
da galeria. No entanto, esse efeito favorável não deve ser considerado, uma vez que o nível
d’água dentro da galeria pode ser rebaixado muito mais rapidamente que o nível externo do
lençol freático.
As galerias devem ter sua estabilidade quanto à flutuação verificada, sempre que o lençol
freático estiver acima de seu fundo.
São considerados como cargas estabilizantes o peso próprio da galeria, o peso de água e o
peso do aterro sobre a mesma. Recomenda-se desconsiderar a presença da camada de
pavimentação e adotar os valores inferiores para o peso específico do concreto e do aterro,
3 3
respectivamente, 24 kN/m e 18 kN/m . O trecho de aterro abaixo do nível do lençol deverá
ser considerado com peso específico submerso.
A relação entre as cargas estabilizantes e as desestabilizantes deve ser maior que 1,1.
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Quando necessário, é possível considerar como carga estabilizante o peso de uma cunha
o
de solo aderida às paredes laterais, formando um ângulo de 15 com a direção vertical (vide
Figura 4.4).
As cargas verticais aplicadas sobre o quadro uni ou multicelular considerado devem ser
equilibradas pelas reações do terreno atuantes sobre a laje de fundo. A distribuição dessas
reações ao longo da laje de fundo depende da rigidez relativa entre essa laje e o terreno de
fundação.
A determinação dessas reações e de seus efeitos sobre o quadro pode ser feita
considerando o solo como um meio elástico, representado por molas discretas (Modelo de
Winkler, vide Figura 4.5).
Uma simplificação possível deste modelo consiste em se adotar uma distribuição linear para
as reações de solo na laje de fundo. Essa distribuição linear de reações deve equilibrar os
carregamentos aplicados (vide Figura 4.6).
A resolução destes modelos estruturais pode ser obtida por qualquer programa de análise
estrutural, que apresente em sua biblioteca elementos de barras prismáticas (caso particular
de pórticos planos).
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a
45º
Figura 4.3
Distribuição de carga formando ângulo de 45°
N.A.
h1
h1
15º
h2
h2
Figura 4.4
Peso de uma cunha de solo considerada como carga estabilizante
E cm
Ep=E cm
EMPUXO DEVIDO
CARGA MÓVEL
Figura 4.5
Modelo de Winkler
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Nos casos em que a laje superior de galeria é aflorante, isto é, recebe diretamente o efeito
das cargas móveis, não é mais possível admitir estas cargas como uniformemente distribuídas.
Nestes casos, recomenda-se considerar a carga das rodas como cargas parcialmente
distribuídas de valor igual a:
P
q= (vide Figura 4.7)
(ar + 2 a ) (br + 2 a )
onde:
ar + 2a ≤ 1,5 m e
br + 2a ≤ 2,0 m
Esta solução conduz a resultados a favor da segurança, devendo ser utilizada para vãos de
até 4,0 m. Para vãos maiores, recomenda-se a representação da laje de cobertura não mais
como uma barra e, sim, como uma placa.
Para a resolução deste modelo estrutural, podem ser empregadas as linhas de influência
para momentos de Homberg. No entanto, considerando-se a crescente facilidade de utilização
dos programas de análise estrutural atuais, recomenda-se a discretização da laje de cobertura
por elementos finitos de placa delgada.
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e R
e s=e
R s=R
Figura 4.6
Distribuição linear de reações equilibrando os carregamentos aplicados
a r
br
Figura 4.7
Consideração da carga das rodas como cargas parcialmente distribuídas
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Para um determinado trecho de galeria, entre duas juntas, deve-se pesquisar a posição
mais desfavorável das cargas móveis para a determinação dos esforços solicitantes máximos
e mínimos.
Quando as cargas móveis puderem agir junto à extremidade de um trecho limitado por
juntas, é recomendável a adoção de chavetas (encaixe tipo macho e fêmea) entre trechos, de
modo a garantir uma distribuição dos esforços, e evitar recalques diferenciais entre esses
trechos.
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particularmente agressivos, é de W k = 0,2 mm. Nos casos em que exista a presença de águas
ou solos particularmente agressivos, este limite deve ser reduzido a W k = 0,1 mm.
Para o estado limite de deformações, recomenda-se limitar a flecha máxima das lajes,
calculadas no Estádio I, em 1:1000 do vão.
As ações de cálculo devem ser combinadas, visando à obtenção dos valores máximos dos
esforços solicitantes em cada um dos elementos estruturais.
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Devem ser respeitados, nas ligações das lajes com as paredes, os raios mínimos das
armaduras tracionadas, recomendados na NBR-6118 – Projeto e execução de obras de
concreto armado, para os nós de pórticos.
A resistência característica do concreto, em geral, deverá ser maior ou igual a 20 MPa. Nos
casos em que o ambiente se caracterize como agressivo, recomenda-se a adoção de um fator
3
água/cimento máximo de 0,5 e um consumo de cimento mínimo de 350 kg/m .
5. CANAIS
5.1 CONCEITUAÇÃO
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Figura 5.1
Revestimento de concreto armado
Figura 5.2
Parede de concreto armado
Figura 5.3
Parede-diafragma com laje de fundo
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Figura 5.4
Parede tipo muro à flexão
Figura 5.5
Paredes com travamento em pérgola
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As ações atuantes sobre as paredes dos canais são os empuxos devidos ao peso do solo,
os empuxos devidos às cargas móveis atuantes sobre o terreno, os empuxos hidrostáticos
devidos à presença do lençol freático externo. Sobre o fundo, salvo o sistema de drenagem
específico, atuam também as pressões hidrostáticas devidas ao lençol freático externo.
As paredes e o fundo dos canais podem também ser analisados em trechos unitários
independentes, ao longo de seu comprimento.
Para as estruturas das Figuras 5.2 e 5.5, as paredes e o fundo podem ser tratados como
barras prismáticas submetidas aos empuxos equilibrados do terreno externo, assemelhando-se
às galerias.
Para o caso da Figura 5.3, as paredes são tratadas como obras de contenção, escoradas
ou não, bastante detalhadas no documento DP-E05 – Estruturas de Contenção, da
SVP/PMSP.
Para o caso da Figura 5.4, as paredes são constituídas por muros de arrimo, bastante
detalhados no documento DP-E05 – Estruturas de Contenção da SVP/PMSP.
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6. RESERVATÓRIOS DE ACUMULAÇÃO
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DP-E05
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO
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ÍNDICE
PÁG.
1. OBJETO E OBJETIVO..................................................................................................112
2. REFERÊNCIAS .............................................................................................................112
2.1 NORMAS GERAIS (ABNT).................................................................................................112
2.2 DIRETRIZES DE PROJETO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA SVP/PMSP.............................113
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1. OBJETO E OBJETIVO
2. REFERÊNCIAS
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3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Dependendo de sua tipologia, definida após a análise das diversas condicionantes técnico-
econômicas, as estruturas de contenção recebem as mais diversas denominações, tais como
muros, escoramentos de vala, cortinas (ou paredes) em balanço, estroncadas ou atirantadas,
estacas-prancha, pranchadas, etc.
Para efeito desta diretriz, será admitido que as estruturas se incluem em dois grupos: muros
de arrimo e paredes ou cortinas.
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Basicamente, as ações que atuam nas estruturas de contenção são os empuxos do solo e
os originados por sobrecargas externas, bem como o empuxo devido à água. Em alguns
casos, há que se considerar o efeito da ação de compactação do terreno (no caso de aterros).
4. MUROS DE ARRIMO
4.1 DEFINIÇÃO
Entendem-se como muro de arrimo as estruturas de contenção que possuem uma base
(sapata ou bloco sobre estacas) com geometria suficiente para equilibrar os esforços
horizontais e verticais originados pela ação dos empuxos. Estas estruturas são utilizadas, na
maioria dos casos, para altura livre de construção de até 7,0 metros.
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São aqueles cujo equilíbrio é obtido às custas de flexão do tardoz (“painel”) e da base.
As dimensões dos muros devem ser tais, que tanto satisfaçam as condições de
estabilidade, como permitam um bom detalhamento das armaduras. Elas variam em função de
diversos fatores que afetam a distribuição e magnitude das pressões no paramento. Como
valor de referência, pode-se estimar que a largura da sapata seja da ordem de 0,75 H (H é a
altura do muro), e a espessura da parede, da ordem de H/12. As espessuras, tanto da parede
quanto da sapata, podem ser reduzidas linearmente no sentido das extremidades até um valor
mínimo. Recomenda-se que não se adotem valores inferiores a 10,0 cm para a parede e
15,0 cm para a sapata.
FS = MR/MS
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0
0
0
0
0
0
0
0
Figura 4.1
Tipos de muros de cortinas simples
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Figura 4.2
Muros com contrafortes
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Figura 4.3
Muros de cortina e estabilizador no tardoz
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Entende-se como momento resistente aquele provocado pela ação dos pesos do muro e de
terra sobre a sapata, e como momento solicitante o originado pela ação dos empuxos.
∑ Hr
FS =
∑ Hs
onde:
Em função de incertezas quanto às características do solo, é usual que tanto para a coesão
como para o ângulo de atrito sejam adotados 2/3 do seu valor.
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2 2
∑ Ntg φ + Ab c
FS = 3 3 ≥ 1,5
∑ sH
c) Tensões na fundação
A máxima tensão de borda não deve superar a tensão admissível do terreno. Sob a ação
das cargas permanentes, a base deve sempre estar totalmente comprimida. Nos casos de
carregamentos máximos, isto é, carga permanente mais as sobrecargas, admite-se o
descolamento da base até o limite máximo de metade de seu comprimento (no mínimo, meia
base comprimida). Nestas situações, o cálculo deve ser feito para material não resistente à
tração.
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e) Utilização de estacas
Quando a estrutura em muro à flexão exigir subfundação com estacas, caberá a estas a
resistência aos esforços verticais e horizontais atuantes sobre o muro. O modelo de cálculo
mais adequado deverá sempre levar em conta eventuais desconfinamentos a que a obra
poderá estar sujeita, em situações futuras.
São aqueles cujas dimensões conduzem a um peso suficiente para garantir o equilíbrio das
ações atuantes.
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h OU h
1 1
10
10
ou
h ou
15 H
15 E V
Figura 4.4
Tipos de muros de gravidade
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A verificação da estrutura propriamente dita pode ser feita, de maneira expedita, calculando
as tensões em alguns planos horizontais ao longo de sua altura, e comparando com as
tensões admissíveis do material. Não devem ser negligenciados os aspectos ligados à
drenagem interna para evitar subpressão indesejável sobre a estrutura de arrimo.
5. PAREDES OU CORTINAS
Basicamente, são formadas por um elemento (parede) em contato direto com o solo a ser
contido, podendo esta estar em balanço, escorada (ou estroncada), ou atirantada em um ou
mais pontos.
Existe, portanto, uma multiplicidade de soluções, sendo possível que em uma mesma obra
o elemento de contenção apresente diferentes comportamentos estruturais, desde a
construção até o término da estrutura permanente.
Dessa forma, o projeto desses elementos deve levar em conta toda a logística do método
executivo, considerando, para cada fase da obra, seu comportamento estrutural e os
carregamentos associados.
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Dentre os vários tipos de paredes de contenção, podemos citar como os mais usuais as
estacas-prancha, cortinas de perfil pranchado, cortinas de estacões e paredes-diafragma.
São estruturas constituídas por estacas justapostas e dotadas de sistema de ligação entre
si. Sua implantação é feita através de cravação por percussão ou vibração e, portanto,
recomendadas para solos moles (vide Figura 5.1).
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FILTRO COM
CAMADA DE TRANSIÇÕES
BARBACÃ
BRAÇADEIRA OU
ARAME DE COBRE
TELA DE
NYLON # 1/8
BUZINOTE
BARBACÃ
TERRA
OU
BUZINOTES 5cm
BRITA 2
(ESPESSURA DE 20cm)
BRITA 1
(ESPESSURA DE 10cm)
Figura 5.1
Estacas pranchas metálicas
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A B
PERFIL METÁLICO
DUPLO I 10"
4"
DE FIOS
NTE
TIRA
PROTEÇÃO POSTERIOR
DE CONCRETO
CORTE A
EPÓXI
ISOPOR
DE FIOS
NTE
TIRA
PROTEÇÃO POSTERIOR
DE CONCRETO
CORTE B
Figura 5.2
Utilização de tirantes
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O projeto estrutural deve levar em conta os esforços solicitantes nas várias fases
construtivas (estrutura em balanço, biapoiada, viga contínua, etc.), sendo as pranchas
normalmente verificadas à flexão simples, e as estroncas, à flexão composta.
Tanto no caso de estroncas, como nas pranchas submetidas a cargas normais, requer-
se atenção em relação aos seus índices de esbeltez.
São constituídas por perfis metálicos cravados em espaçamentos regulares, sendo estes
preenchidos com pranchas de madeira, ou placas de concreto pré-moldado (vide Figura 5.3).
Podem ser utilizados em balanço, estroncados ou atirantados. As dimensões dos perfis são
governadas em função do espaçamento (área de influência de carga) e do esquema estrutural
adotado. Dessa forma, quanto mais pontos de apoio, mais leve poderá ser o perfil.
Nos casos em que são incorporados à estrutura definitiva, os perfis geralmente apresentam
grandes dimensões e pequenos espaçamentos. Nestes casos, as pranchadas acabam
servindo de fôrmas perdidas.
Nos casos em que existem construções lindeiras, é usual a execução de pré-furos para
auxiliar a cravação (vide Volume 13 – Metodologia Construtiva de Hidráulica e Volume 15 –
Metodologia Construtiva de Estruturas, da SVP/PMSP).
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ESTRONCAS
LONGARINA
CUNHA DE MADEIRA
(b)
PRANCHÃO DE MADEIRA PERFIL METÁLICO
(ESTACA)
Figura 5.3
Cortina de perfis metálicos com pranchões de madeira
-128-
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São constituídas por estacas escavadas em espaços regulares. À medida que a escavação
avança, vão sendo aplicados concreto projetado e telas metálicas, formando um arco (vide
Figuras 5.4 e 5.5). Em caso de terreno de baixa consistência, esse arco pode ser formado por
colunas de CCP secantes, sendo, no entanto, uma solução de alto custo.
5.1.4 Paredes-diafragma
-129-
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CONCRETO PROJETADO
ESTACA ESCAVADA
= =
Figura 5.4
Cortina de estacas escavadas
-130-
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COLUNAS DE "CCP"
ESTACA ESCAVADA
= =
Figura 5.5
Cortina de estacas escavadas
-131-
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ETAPA 1 ETAPA 2
Figura 5.6
Parede-diafragma moldada
-132-
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São geralmente incorporadas à obra definitiva, possuindo boa capacidade como elementos
de fundação.
No caso em que a estrutura final se localize à baixa profundidade e que se requeira bom
acabamento, podem ser construídas utilizando elementos pré-fabricados vazados na região
próxima à superfície.
Assim como em todas as estruturas de contenção, o projeto deve levar em conta desde as
fases construtivas até a estrutura definitiva. Na maioria dos casos, são dimensionadas à flexo–
compressão. O detalhamento das armaduras deve ser tal que permita a introdução do tubo de
concretagem (“tromba”).
Tendo em vista que as armaduras são preparadas no canteiro, o projeto deve prever
espaçadores para garantir os cobrimentos, bem como alças para içamento, devendo o
conjunto se constituir em uma rígida gaiola soldada.
-133-
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As verificações internas da SVP/PMSP poderão ser balizadas com o uso do “software” PEC
– Programa de Cálculo de Estruturas de Contenção. (vide Volume XII – Automação de Rotinas
de Cálculo, da SVP/PMSP).
5.2 INSTRUMENTAÇÃO
6. CONTROLE TECNOLÓGICO
7. OUTRAS ESTRUTURAS
O projeto poderá indicar estruturas mistas, estruturas com utilização de outros elementos de
contenção (estacas “jet grouting” por exemplo), cabendo detalhar cada modelo estrutural que
será utilizado para ter aprovação prévia da SVP/PMSP.
-134-
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ÍNDICE
PÁG.
1. OBJETO E OBJETIVO..................................................................................................137
2. REFERÊNCIAS .............................................................................................................137
-136-
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1. OBJETO E OBJETIVO
Este documento tem por objeto as Diretrizes de Projeto de Estruturas da SVP/PMSP, e seu
objetivo é evidenciar os principais fenômenos presentes nas escavações subterrâneas (túneis
de drenagem, poços de acesso e passagens inferiores), além de estabelecer procedimentos
mínimos para o projeto estrutural, de forma a garantir a segurança e funcionalidade dessas
obras para a Secretaria de Vias Públicas da PMSP.
2. REFERÊNCIAS
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
-137-
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Quanto aos materiais empregados, o revestimento pode ser composto por cambotas metálicas
e concreto projetado, no caso de escavação manual ou semimecanizada, ou por anéis
metálicos ou de concreto armado pré-moldado, no caso de escavação mecanizada. A adoção
de revestimentos finais em concreto armado moldado no local pode ser feita em ambos os
casos.
4.1 AÇÕES
O estado inicial de tensões no maciço depende de sua gênese, e pode ser caracterizado
pelas tensões indicadas na Figura 4.1.
-138-
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σV = γ . Z
σv
σH = k σv
Z
σH
Figura 4.1
Estado inicial de tensões no maciço
-139-
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com:
σv = γ. z
σH = k σv
onde:
σv = tensão vertical
σH = tensão horizontal
γ = peso específico do maciço
k = constante em geral igual ao coeficiente de empuxo em repouso.
À medida que avança a escavação, as tensões normais ao seu contorno passam a diminuir.
Pode-se imaginar o efeito da escavação, como a aplicação de tensões de tração “p” normais
ao contorno da escavação (vide Figura 4.2b).
Ao final da escavação, caso esta não apresente revestimento, as tensões na sua superfície
são nulas, e as tensões “tangenciais” junto a essa superfície são máximas (vide Figura 4.2c).
Uma estimativa das tensões tangenciais máximas em escavações sem revestimento pode
ser obtida através da solução elástica linear para um semi-espaço plano, como as
apresentadas na Figura 4.3. Nessa Figura, são indicados valores das tensões tangenciais
máximas no teto e na parede de escavações com várias formas (seções diferentes), e para
valores de k entre 1,0 e 4,0.
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H = K v mßx.
p
= 0
Figura 4.2
Evolução das tensões durante a escavação
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12
VALOR DAS CONSTANTES
s
r
11 = ( Ak - 1 )
Pz
8 6
ss
7 5 = (B-k)
Pz
6 4
r
Pz
5 3
(TETO)
4 2
3 s 1
Pz
2 0
(PAREDES)
1 -1
0 -2
-1 -3
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
K K
Figura 4.3
Estimativa das tensões tangenciais máximas em escavações sem revestimento
-142-
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Tais deslocamentos são mínimos junto à frente de escavação, atingindo seu valor máximo a
uma distância 2D (D = diâmetro do túnel) da frente, permanecendo então constantes para
distâncias maiores que 2D.
Pode-se dizer que as seções situadas a uma distância da frente de escavação maior que
2D têm seu estado de tensões estabilizado, enquanto aquelas localizadas a menos que 2D da
frente sofrem ainda o efeito do avanço dessa frente. A Figura 4.5 apresenta uma curva típica
dos deslocamentos de seções ao longo do eixo da escavação, onde δm é o deslocamento
radial máximo.
Considere-se um maciço escavado em equilíbrio, sob a ação de uma pressão interna “p”, e
os deslocamentos radiais δ obtidos e indicados nas Figuras 4.6a, 4.6b e 4.6c.
Quando se varia essa pressão “p”, admitindo-se que o material do maciço apresente um
comportamento elastoplástico como o indicado na Figura 4.6c, é possível construir a curva P-δ
característica do terreno, indicada na Figura 4.7.
-143-
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2D
d
FRENTE DE
D
ESCAVAÇÃO
Figura 4.4
Variação ao longo do eixo do túnel
-144-
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D
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
d
/ dm
Figura 4.5
Curva típica dos deslocamentos de seções ao longo do eixo da escavação
-145-
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Figura 4.6
Pressão interna e deslocamentos radiais atuando sobre maciço escavado em
equilíbrio
-146-
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Pi
II
I
B
PB
A
PA
1
2
0 d
dO d1
Figura 4.7
Construção das curvas características do terreno
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A curva II indica um caso em que “pa” representa o menor valor admissível para “p”, desde
que seja garantido o equilíbrio. A partir desse ponto, os deslocamentos tendem a crescer,
exigindo uma pressão de confinamento maior, devido ao desagregamento do material do
maciço.
-148-
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Bã
2H 2 2H 2
− ktgö − ktgö
pv = 1−e B + ã H1e B
2ktgϕ
A expressão:
B( γ − 2 c / B )
2H
− ktgφ
pv = 1−e B
2 ktgϕ
Para determinação das pressões laterais sobre o revestimento, pode ser empregada a
expressão de Rankine, conforme indicada na Figura 5.2.
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H
Z σV 1
σH
dz H
H
B σV + d σV 2
o
45 + /2
Figura 5.1
Teoria de Terzaghi
-150-
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pv
ph1
ph2
Figura 5.2
Aplicação da expressão de Rankine
-151-
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De modo geral, a utilização de métodos analíticos completos nem sempre tem seu emprego
justificado, seja pelo número de parâmetros envolvidos ou pelo tempo disponível,
especialmente nas fases iniciais de projeto.
Dessa forma, métodos analíticos simplificados são de grande valia, uma vez que seu uso
pode ser feito com o emprego de alguns diagramas, ou uma calculadora programável. Esses
métodos, no entanto, devem ser capazes de levar em conta os efeitos das principais
características do terreno e do revestimento, assim como das condições de carregamento.
Os métodos analíticos completos tentam levar, de uma forma mais abrangente possível, o
maior número das variáveis dominantes em jogo, a um determinado tipo de estrutura. No caso
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Em uma primeira etapa, parte dessas pressões é relaxada no próprio maciço, acarretando
uma alteração do seu estado de tensões.
A solução para cada uma das etapas da Figura 6.1 pode ser obtida através do Método dos
Elementos Finitos (M.E.F.) para um estado plano de deformações. O revestimento pode ser
discretizado por elementos de barra prismática, tendo apenas os deslocamentos
compatibilizados com o maciço.
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pi + ( 1- α ) pi + α pi
Figura 6.1
Efeito tridimensional da frente de escavação
-154-
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Outros casos com os quais se depara a SVP/PMSP são os túneis de passagem para
acomodação de tubulação de serviços (gás, telefonia, eletricidade), que normalmente são de
responsabilidade das companhias e empresas responsáveis pelos serviços.
Dependendo das soluções adotadas, o projeto deverá prever os poços de acesso, que
poderão ser incorporados ou não às estruturas definitivas de acesso ao túnel, assim como
poços de ventilação integrados na rede de captação de drenagem (poços de visita, por
exemplo). O dimensionamento dessas estruturas será feito à semelhança dos túneis, com as
adaptações necessárias e critérios específicos.
9. PASSAGENS INFERIORES
Desde que se preserve o maciço como elemento estrutural, os fenômenos em jogo nessas
passagens são os mesmos observados em túneis.
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Quando isso não é possível, as cargas atuantes na superfície são transferidas para
estruturas (concreto, aço ou mistas) executadas sob a via em questão. Essa execução é em
geral feita de forma segmentada, de tal modo a não comprometer a capacidade portante do
maciço, durante a construção dessas estruturas. Uma vez prontas, é possível iniciar a
escavação sob as mesmas. Durante essa escavação, as paredes laterais vão sendo
progressivamente desconfinadas, exigindo cuidados para sua contenção.
-156-
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1. OBJETO E OBJETIVO..................................................................................................159
2. REFERÊNCIAS .............................................................................................................159
-158-
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1. OBJETO E OBJETIVO
Entende-se neste documento por recuperação estrutural o conjunto de ações para restituir
ou melhorar as condições originais de projeto de obra, referentes a:
2. REFERÊNCIAS
-159-
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• Relatório de Diagnóstico;
• Projeto de Recuperação Estrutural.
As atividades iniciais visam reunir todos os documentos que contenham informações sobre
a história da estrutura, desde sua concepção até o momento presente. Entre esses
documentos, citam-se:
Esta etapa visa coletar todas as informações de campo referentes ao estado e desempenho
da estrutura, de forma a subsidiar o diagnóstico da mesma.
A análise dos dados existentes (item 3.1) e uma inspeção inicial sumária devem orientar o
plano de vistoria detalhado. Este plano deve identificar antecipadamente o que vistoriar,
-161-
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Figura 3.1
Caracterização das ocorrências vistoriadas
Eventualmente, também durante esta etapa podem ser solicitados ensaios para avaliação
das propriedades físicas ou mecânicas dos materiais presentes na obra.
-162-
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Este relatório deve identificar o estado atual da estrutura, assim como suas causas, e
propor alternativas de recuperação para que sejam restituídas ou melhoradas suas condições,
relativas aos aspectos de segurança, utilização e durabilidade.
Devem constar neste documento, de forma clara e concisa, os elementos obtidos nas
etapas de Coleta dos Dados Existentes e de Vistoria Detalhada, bem como os resultados de
eventuais cálculos estruturais executados. Em resumo, todos os subsídios que identificam o
estado atual da estrutura e que servirão de base para a proposta das alternativas de
recuperação.
Dentre as alternativas propostas, deverá ser eleita a melhor do ponto de vista técnico-
econômico. Para tanto, devem ser avaliadas as quantidades de serviços e materiais de cada
alternativa, com a finalidade de identificar aquela com a melhor relação benefício/custo.
-164-
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Será elaborada uma planilha de quantidades (ver modelo no Anexo 1) na qual constarão,
para cada serviço, sua descrição sumária, quantidades e preços, unitários e totais, permitindo
dessa forma o levantamento do preço geral da obra.
-165-
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Os preços unitários a serem lançados serão obtidos a partir da Tabela de Preços Unitários,
da SVP/PMSP.
4. DOCUMENTOS RESULTANTES
• Relatório de vistoria;
• Relatório de diagnóstico;
• Desenhos de fôrmas da estrutura atual;
• Desenhos de locação e identificação das anomalias e respectivas intervenções;
• Desenhos de detalhamento de seqüências ou métodos construtivos (eventuais);
• Desenhos de detalhamento de fôrmas e armaduras dos reforços (eventuais);
• Memória de cálculo do projeto de recuperação estrutural (eventuais);
• Plano de prova de carga (eventual);
• Planilha de quantidades;
• Cronograma de execução;
• Especificação de serviços;
• Especificação de materiais.
-166-
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ANEXO 1
EXEMPLO DE PLANILHA DE QUANTIDADES E
CUSTOS PARA RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE
VIADUTOS
-167-
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PREÇO DO ITEM
ORÇAMENTO DA PMSP
QUANTID. PREÇO UNITÁRIO
UNIDADE
DESCRIÇÃO DO SERVIÇO
DATA BASE
ITEM
-168-
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ANEXO 2
SIMBOLOGIA A SER UTILIZADA EM DESENHOS DE
VISTORIA DETALHADA
-169-
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DP-E02 – (1999) – Diretrizes Gerais de Projeto para Estruturas de Obras de Arte Correntes;
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NBR-6349 (MB-864) – Fio, barra e cordoalha de aço para armadura de protensão – Ensaio
de tração
-173-
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NBR-7480 (EB-3) – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado
NBR-8548 (MB-1804) – Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com
emenda mecânica ou por solda – Determinação da resistência à tração
-174-
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-175-
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FICHA TÉCNICA
SUPERVISÃO TÉCNICA
REVISÃO
-176-
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Consultores
Eng. João Carlos Della Bella
Eng. Maurício Martinelli Joaquim
Eng. Nelson Takashi Onuma
Eng. Nilton Bizzetti Alleoni
Eng. Rubens Stock Filho
Eng. Sydney A. Cunha
APOIO TÉCNICO
-177-