OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 01
Bom saber que você estará conosco nessa jornada rumo à Corte de
Contas Federal!
SUMÁRIO
Tribunais de Contas: funções, natureza jurídica e eficácia das decisões ..................... 3
Funções dos Tribunais de Contas .................................................................... 3
Natureza Jurídica dos Tribunais de Contas ....................................................... 13
Natureza e Eficácia das decisões dos Tribunais de contas....................................... 19
Abrangência do controle exercido pelo TCU ...................................................... 29
Natureza das fiscalizações .......................................................................... 29
Jurisdição do TCU .................................................................................... 33
Mais questões de prova ............................................................................... 53
RESUMÃO DA AULA .............................................................................. 76
Questões comentadas na Aula ....................................................................... 78
Gabarito .......................................................................................... 90
Contas ordinárias
Função corretiva
O TCU exerce a função corretiva ao:
emitir determinações, de caráter compulsório, para corrigir
falhas ou impropriedades (LO/TCU, art. 18);
fixar prazo para cumprimento da lei, se verificada ilegalidade
(CF, art. 71, IX);
sustar ato impugnado (CF, art. 71, X).
Função pedagógica
O TCU atua de forma pedagógica quando orienta e informa sobre
procedimentos e melhores práticas de gestão, mediante publicação de
manuais e cartilhas, realização de seminários, reuniões e encontros de
caráter educativo ou, ainda, quando recomenda a adoção de providências
em auditorias de natureza operacional.
O caráter educativo surge também quando da aplicação de sanções a
responsáveis por irregularidades ou práticas lesivas aos cofres públicos,
na medida em que tais punições funcionam como fator de inibição à
prática de novas ocorrências da espécie.
---------------------
Antes de finalizar este tópico, cabe registrar que o TCU quase nunca
exerce apenas uma das suas funções isoladamente. O normal é que as
atuações do Tribunal associem sempre duas ou mais delas. Por exemplo,
ao julgar as contas de gestão, o Tribunal pode aplicar penalidades e/ou
fazer determinações. Assim, simultaneamente à função judicante, são
exercidas as funções sancionadora e corretiva. Outro exemplo consiste
no exercício simultâneo das funções consultiva e normativa quando o
Tribunal responde a consulta que lhe seja formulada por autoridade
competente, uma vez que, nesse caso, a resposta do Tribunal possui
caráter normativo (LO/TCU, art. 1º, XVII, §2º).
Por fim, vale salientar que o rol de funções apresentado, no total de
nove, não é imperativo ou exaustivo, embora seja uma boa referência
retirada de uma publicação institucional do TCU. Com efeito, pode-se
encontrar na doutrina sistematizações diferentes para as atribuições dos
Tribunais de Contas, mas que são apenas variações das apresentadas
anteriormente. Por exemplo, Nagel2 identifica sete grupos de funções ou
atribuições: opinativa, consultiva e informativa; investigatórias; corretivas
e cautelares; cautelares; jurisdicionais; declaratórias; e punitivas. Já Hely
2 Apud. Lima (2011, p. 111). NAGEL, José. A fisionomia distorcida do controle externo. Revista do TCE MG,
edição nº 4, 2000.
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3 Apud.Lima (2011, p. 111). MEIRELES, H.L. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, Malheiros
Editores, 1997.
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4 Apud. Lima (2011, p. 111). DI PIETRO, M.S.Z. Direito Administrativo. 19ª edição, Atlas, 2006.
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(TCU – ACE 2008 - Cespe) (...) discorra, de forma fundamentada e de acordo com
a Constituição Federal brasileira, sobre os seguintes aspectos:
natureza jurídica do TCU;
relação entre o TCU e o Poder Legislativo;
eventual vinculação hierárquica da Corte de Contas com o Congresso
Nacional.
10. (TCE/RN – Assessor Técnico Jurídico 2009 – Cespe) O TCU faz parte do
Congresso Nacional, a quem deve auxiliar no exercício do controle externo.
Comentário: O item está errado, pois o TCU não faz parte do Congresso
Nacional, apesar de auxiliá-lo no exercício do controle externo. Com efeito, de
acordo com o posicionamento majoritário da doutrina, o TCU, assim como os
demais tribunais de contas, são órgãos autônomos e independentes, não
subordinados a nenhum outro órgão ou Poder.
Gabarito: Errado
13. (TCU – TCE 2007 – Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no
exercício do controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta.
Comentário: Segundo o art. 70, caput da CF, a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo. E o art. 71, caput, consagra o papel do TCU no
exercício do controle externo, qual seja, o de auxiliar o Congresso Nacional:
"O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União (...)". Não obstante, deve-se ressaltar
que o auxílio no exercício do controle externo não significa subordinação do
TCU em relação ao Congresso. O TCU possui competências próprias e
privativas, de caráter técnico, enquanto a atuação do Congresso ocorre no
campo político.
Gabarito: Certo
Por exemplo: suponha que o TCU, numa sessão em que não houve
quórum mínimo (irregularidade formal), tenha julgado irregulares as
contas de um administrador público, sem ainda lhe oferecer o direito ao
contraditório e à ampla defesa (manifesta ilegalidade). Nesse caso, o
Poder Judiciário poderá declarar nula a decisão do TCU. Entretanto, o
Judiciário não poderá proferir novo julgamento em relação às contas do
administrador, declarando-as regulares ou regulares com ressalva. A
matéria deverá ser submetida mais uma vez à apreciação do TCU e, este,
agora respeitando o devido processo legal, deverá julgá-las novamente.
Em suma, o Judiciário não apreciará o mérito, mas sim a legalidade e
a formalidade das decisões dos Tribunais de Contas, podendo anulá-las,
mas não reformá-las.
Órgão do Judiciário
Tipo de ação Contra ato do Fundamento
competente
Acórdão 42/2011-Plenário5
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do
Plenário, diante das razões expostas pelo Relator, em:
9.1 julgar irregulares as contas do Sr. (...), condenando o responsável ao pagamento
do valor de R$ 88.500,06 (...), fixando−lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da
notificação, para comprovar, perante o Tribunal, o recolhimento desses valores aos
cofres da Caixa Econômica Federal, atualizados monetariamente e acrescidos dos
juros de mora (...);
9.2. aplicar ao Sr. (...) a multa referida no art. 57 da Lei nº 8.443, de 1992, no valor de
R$ 5.000,00 (...), fixando−lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a partir da notificação, para
4
que comprove, perante o Tribunal, seu recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional,
atualizada monetariamente (...);
(...)
9.5 autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei nº 8.443, de 1992, a
cobrança judicial dos valores acima, caso não atendidas as notificações, na forma da
legislação em vigor;
6Segundo o art. 214, III do RI/TCU, é de quinze dias o prazo para o responsável provar, perante o
Tribunal, o pagamento do débito ou da multa. Esse prazo deve ser fixado no Acórdão condenatório.
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Esquematizando:
14. (TCU – ACE 2007 – Cespe) Todas as manifestações das cortes de contas
têm valor e força coercitiva, entretanto, só os acórdãos condenatórios têm eficácia
de título executivo, ou seja, unicamente os processos de contas, abrangendo tanto
as contas anuais quanto as contas especiais, podem ser julgados, ensejando a
constituição de título executivo e podem ter como efeito a produção de coisa
julgada.
Comentário: As decisões dos Tribunais de Contas de que resulte débito
e/ou multa terão eficácia de título executivo (CF, art. 71, §3º). É fato que
débitos só podem ser imputados em processos de contas. Entretanto, multas
podem ser aplicadas tanto em processos de contas quanto em processos de
fiscalização. Assim, a questão é falsa ao afirmar que unicamente os
processos de contas ensejam a constituição de título executivo, pois os
processos de fiscalização também podem constituí-los, caso resultem em
multa aos responsáveis.
Além disso, também considero errada, ou no mínimo discutível, a
afirmação de que “todas as manifestações das cortes de contas têm valor e
força coercitiva”, haja vista as atribuições inerentes à função consultiva dos
Tribunais de Contas, que possuem caráter opinativo, ou seja, não vinculante.
Também não é pacífico o entendimento de que as decisões dos Tribunais
de Contas produzem efeito de coisa julgada. Alguns doutrinadores defendem
que o julgamento das contas faz coisa julgada administrativa, uma vez que a
decisão não pode ser reformada por outro órgão ou Poder; outros defendem o
contrário, pois no Brasil impera o monopólio ou unidade de jurisdição,
conferida ao Poder Judiciário, de modo que apenas decisões provenientes de
órgãos judiciais possuiriam a prerrogativa de produzir efeito de coisa julgada.
Gabarito: Errado
15. (TCU – TCE 2007 – Cespe) Considere que determinado gestor de receitas
públicas, após o devido processo legal, tenha sido condenado pelo TCU a ressarcir
o erário. Considere ainda que, na condenação, o tribunal tenha declarado
expressamente o agente responsável e o valor a ser devolvido à União. Nesse
caso, a competência para executar a decisão do tribunal é da Advocacia-Geral da
União, que deverá observar os prazos de cobrança previstos na lei, sob pena de
prescrição para atos ilícitos praticados por agente ou servidor público.
Comentário: A decisão do Tribunal da qual resulte imputação de débito
ou cominação de multa torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título
executivo (CF, art. 71, §3º). Nesse caso, o responsável é notificado para, no
prazo de quinze dias, recolher o valor devido (RI/TCU, 214, III). Se o
19. (TCU – Procurador 2004 – Cespe) Sempre que se julgar lesado por decisão
tomada pelo TCU, o cidadão poderá recorrer ao Poder Judiciário, mas o remédio
juridicamente adequado não será a impetração de mandado de segurança contra o
ato do tribunal, seja porque as decisões deste somente podem ser desconstituídas
mediante dilação probatória, seja porque o tribunal não poderá figurar no pólo
passivo da ação mandamental.
Comentário: A via frequentemente utilizada para pleitear amparo junto ao
STF contra decisão do TCU é o mandado de segurança, ocasiões nas quais a
Corte de Contas, que possui capacidade postulatória, figura no polo passivo
da lide.
Gabarito: Errado
Verifica se as metas
==8224e==
JURISDIÇÃO DO TCU
VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à
sua fiscalização por expressa disposição de Lei;
10 Acórdão 1944/2011‒TCU-Plenário.
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21. (TCU – AUFC 2011 – Cespe) A jurisdição do TCU estende-se aos sucessores
de ex-dirigentes de entidades estatais que cometam irregularidades que resultem
em prejuízo para os cofres públicos, até o limite do prejuízo apurado e não
ressarcido, independentemente do patrimônio transferido.
Comentário: Os ex-dirigentes de entidades estatais que cometam
irregularidades que resultem em prejuízo aos cofres públicos estão sim sob a
jurisdição do TCU, pois esta abrange os administradores públicos da
administração indireta (LO/TCU, art. 5º, I), assim como aqueles que derem
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário
(LO/TCU, art. 5º, II). A jurisdição do Tribunal também alcança os sucessores
desses dirigentes, no que tange ao ressarcimento dos débitos apurados pela
Corte de Contas, só que apenas até o limite do patrimônio transferido – e não
do prejuízo apurado e não ressarcido, que pode ser maior que o patrimônio
transferido, daí o erro (LO/TCU, art. 5º, VIII).
Gabarito: Errado
22. (TCDF – ACE 2012 – Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU abrange tanto as
pessoas físicas como as jurídicas públicas e privadas que tenham recebido
recursos públicos sob a responsabilidade da União, podendo atingir os sucessores
dos responsáveis por esses recursos.
Comentário: O quesito está correto. Está sob a jurisdição do TCU
qualquer pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, que seja responsável
pela aplicação de recursos repassados pela União (LO/TCU art. 5º, VII; RI/TCU,
art. 5º, VIII). É o caso, por exemplo, do Estado da Federação que aplica
recursos de convênio celebrado com o Governo Federal ou de uma
Associação privada que recebe repasses de programas sociais para
desenvolver determinada atividade de interesse público. Os sucessores dos
responsáveis por esses recursos também estão sob a jurisdição do TCU, nos
termos do art. 5º, VIII da LO/TCU.
Gabarito: Certo
23. (TCU – TCE 2007 – Cespe) Considere que determinada organização civil de
interesse público, que atua na área de defesa e conservação do meio ambiente,
tenha sido contratada pela administração pública federal, por meio de termo de
parceria. Nessa situação, mesmo sendo pessoa jurídica de direito privado, essa
organização civil está sujeita à jurisdição do TCU.
Comentário: Como a organização civil tratada no comando da questão
recebe recursos federais por meio de termo de parceria para o desempenho
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26. (TCU – AUFC 2009 – Cespe) O cidadão que, em meio a uma manifestação
pública, for identificado como o responsável pela destruição de um veículo de uma
universidade pública constituída na forma de fundação, estará sujeito a julgamento
pelo TCU, em razão do ato que praticou.
Comentário: Essa foi uma questão polêmica. À época do certame, ainda
predominava no âmbito do TCU o entendimento de que a competência do
Tribunal para julgar contas somente alcançaria os particulares no exercício de
função pública (ex: entidade privada beneficiária de repasses por intermédio
de convênio) ou que tivessem atuado em conjunto com agente público para o
cometimento de dano ao erário (ex: conluio entre agente público e empresa
privada para fraudar licitação). Por essa última hipótese, o Tribunal não
11Súmula nº 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
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30. (TCDF – Auditor 2002 – Cespe) Se, para a execução de obra, o DF e a União
celebrarem convênio para o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme
entendimento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atuação do
TCU.
31. (TCU – TEFC 2012 – Cespe) As empresas públicas federais não estão
sujeitas à fiscalização do TCU, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
Comentário: A afirmativa está errada. As empresas públicas federais
integram a administração indireta e possuem capital da União. Logo, estão
sob a jurisdição do TCU e, em consequência, sujeitas à fiscalização da Corte
de Contas, independentemente de serem pessoas jurídicas de direito privado,
nos termos do art. 5º, I c/c art. 1º, I, ambos da LO/TCU :
Art. 5°A jurisdição do Tribunal abrange:
I - qualquer pessoa física, órgão ou entidade a que se refere o inciso I do art.
1° desta Lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens
e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta
assuma obrigações de natureza pecuniária;
Art. 1° Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo, compete, nos
termos da Constituição Federal e na forma estabelecida nesta Lei:
I - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens
e valores públicos das unidades dos poderes da União e das entidades da
administração indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erário;
Cabe comentar que o Cespe, ao justificar a manutenção do gabarito da
questão após os recursos, fundamentou a resposta no art. 71, V da CF, que
trata das empresas supranacionais. Porém, na minha opinião, a
fundamentação constitucional mais adequada para justificar o erro do quesito
seria o inciso IV do mesmo art. 71, pelo qual compete ao TCU:
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas
no inciso II;
As “demais entidades referidas no inciso II” são as mesmas citadas no
art. 1º, I da LO/TCU acima transcrito, dentre elas, as entidades da
administração indireta.
Gabarito: Errado
33. (TCU – AUFC 2015 – Cespe) Se a decisão final do TCU resultar na aplicação
de multa a determinado gestor público, o valor correspondente a essa multa poderá
ser cobrado independentemente de inscrição na dívida ativa ou de abertura de novo
processo administrativo para a cobrança.
Comentário: O acórdão que imputa débito e/ou aplica multa possui
eficácia de título executivo extrajudicial, ou seja, ele torna a dívida líquida e
certa, sendo instrumento bastante para fundamentar a respectiva ação de
execução judicial. Ressalte-se que a eficácia de título executivo independe da
inscrição em dívida ativa, embora possa – facultativo – ser realizada pelos
órgãos executores, para fins gerenciais. Também não há necessidade de
abertura de novo processo administrativo.
Fundamento Legal:
Constituição Federal:
Art. 71 (...)
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo.
Lei Orgânica
Art. 23. A decisão definitiva será formalizada nos termos estabelecidos no Regimento
Interno, por acórdão, cuja publicação no Diário Oficial da União constituirá:
III - no caso de contas irregulares:
b) título executivo bastante para cobrança judicial da dívida decorrente do débito ou da
multa, se não recolhida no prazo pelo responsável;
Gabarito: Certo
34. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) No uso de sua função sancionadora, pode o
TCU, no caso de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote
providências necessárias ao exato cumprimento da lei.
Comentário: A questão está errada. A fixação de prazo para o exato
cumprimento da lei constitui atribuição da função corretiva, visto que o
objetivo dessa deliberação é corrigir a ilegalidade constatada pelo Tribunal, e
não punir o gestor. Não é por outra razão que o TCU, ao fixar prazo para o
exato cumprimento da lei, deve fazer indicação expressa dos dispositivos a
serem observados, visando ao saneamento do erro. Se o gestor observar os
dispositivos indicados pelo Tribunal e corrigir a ilegalidade, não haverá
imposição de sanção alguma.
O uso da função sancionadora ocorreria apenas em momento posterior,
na hipótese de a determinação do Tribunal não ser atendida, quando então
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35. (TCU – TEFC 2015 – Cespe) A jurisdição do TCU engloba todo o território
nacional e abrange qualquer pessoa responsável por haveres públicos, inclusive
seus sucessores, de forma ilimitada.
Comentário: A jurisdição do TCU alcança os sucessores até o limite do
patrimônio transferido, ou seja, não é ilimitada.
Art. 5°A jurisdição do Tribunal abrange:
VIII - os sucessores dos administradores e responsáveis a que se refere este artigo,
até o limite do valor do patrimônio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5°
da Constituição Federal;
Gabarito: Errado
Gabarito: Errado
38. (TCE/RS – OCE 2013 – Cespe) Considere que o governo do estado do Rio
Grande do Sul tenha instituído subsídio para os eletrodomésticos de alta tecnologia,
reduzindo dois pontos percentuais na alíquota do imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). Nessa situação, constitui
responsabilidade do TCE/RS examinar o ato de concessão do referido subsídio.
Comentário: A questão está correta. O ato de concessão do referido
subsídio constitui hipótese de renúncia de receitas, objeto da fiscalização
exercida pelos Tribunais de Contas, a teor do art. 70, caput da CF:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Gabarito: Certo
40. (TCE/ES – ACE 2012 – Cespe) Uma das funções precípuas do Poder
Judiciário é realizar o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo
que contribuem para o melhor interesse da sociedade.
Comentário: O quesito está errado, uma vez que o controle judicial, ao
contrário do que diz a assertiva, caracteriza-se por não realizar controle de
mérito dos atos administrativos, restringindo-se ao controle de legalidade.
Gabarito: Errado
41. (TCDF – ACE 2012 – Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício
com vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos
administrativos necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
Comentário: Como vimos na Aula 00, o controle judicial deve ser
necessariamente provocado, ou seja, não existe controle judicial de ofício, daí
o erro do quesito.
Gabarito: Errado
42. (TCU – ACE 2005 – Cespe) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a
fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial do
município será exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno dos poderes Executivo e Legislativo municipais,
na forma da lei. Assim, o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão
de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Comentário: Por simetria constitucional (CF, art. 75), a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do município será
exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, conforme
art. 31 e art. 70 da CF. Em relação ao controle interno, a Carta Magna dispõe
que a fiscalização será exercida pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei (CF, art. 31). A Constituição não fala em
sistema de controle interno Poder Legislativo Municipal, o qual está previsto
apenas na LRF (LRF, art. 59, caput). Mas como a questão inicia com “De
acordo com a Constituição (...)”, então a afirmativa está errada. Já a segunda
frase, relativa ao parecer prévio emitido sobre as contas prestadas pelo
prefeito, está correta, pois é a transcrição do art. 31, §2º, da CF.
Gabarito: Errado
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44. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A relevância do controle externo no Brasil não se
restringe aos aspectos concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada
gerência administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os
poderes na organização do Estado democrático de direito.
Comentário: O quesito está correto. A atribuição do Poder Legislativo de
exercer o controle externo da gestão pública, com o auxílio do Tribunal de
Contas, está perfeitamente alinhada com a estrutura da divisão de poderes, ou
sistema de freios e contrapesos, delineado na Constituição Federal para
restringir e limitar o poder dos governantes. Assim, o Legislativo é o
responsável por aprovar as políticas públicas, bem como as regras para a
arrecadação de receitas e a programação orçamentária da execução das
despesas, as quais devem ser seguidas e executadas majoritariamente pelo
Poder Executivo, mas também pelos responsáveis pelas unidades
administrativas dos demais Poderes, obedecendo aos princípios da legalidade,
46. (Cespe – Auditor TCE PR 2016) Com referência às funções dos tribunais de
contas, bem como à natureza jurídica e à eficácia das suas decisões, assinale a
opção correta.
A) As ações de um tribunal de contas relativas às diligências para confirmar o real
benefício socioeconômico das renúncias de receitas integram a função conhecida
como investigatória, ou de fiscalização financeira, ou, ainda, simplesmente,
fiscalizadora.
B) O MP não tem legitimidade para propor ação de execução de título extrajudicial
oriundo de TCE, pois a recuperação dos valores inquinados como débitos e multas
pecuniárias só pode ser efetivada pelo próprio TCE ou pela AGU.
C) Como relator, compete ao conselheiro determinar, em caráter de urgência, que as
medidas liminares acautelatórias sejam submetidas a referendo do órgão colegiado
mediante a inclusão em pauta na sessão subsequente à decisão exarada.
D) Os tribunais de contas, como corporações administrativas autônomas que
assistem ao parlamento e ao governo, não têm subordinação a nenhum poder, ou
seja, não são órgãos do Poder Legislativo. Contudo, admite-se uma única exceção:
suas decisões podem ser reformadas pelo Conselho Nacional de Justiça, já que o
STF não tem competência para regular matéria relacionada às referidas cortes de
contas.
E) Conforme determina a CF, no particular, as decisões do TCU que impliquem
reconhecimento de débito ou imputação de multa terão eficácia de título executivo.
No entanto, com prejuízo do princípio da simetria, decisões de igual teor originárias
dos TCEs e dos TCMs não têm tal eficácia, já que as leis estaduais são silentes em
qualificar a eficácia das decisões prolatadas por esses tribunais.
Comentário:
a) CERTA. A função fiscalizadora, de modo geral, abrange toda atividade
de controle exercida pelo Tribunal de Contas, a exemplo das diligências para
confirmar o real benefício socioeconômico das renúncias de receitas.
b) ERRADA. A recuperação dos valores inquinados como débitos e
multas pecuniárias pelo TCE não é feita próprio TCE nem pela AGU, e sim pela
Procuradoria do Estado, pelas Procuradorias dos Municípios e pelos órgãos
de representação judicial das entidades da administração indireta.
c) ERRADA. As medidas cautelares são submetidas ao referendo do
colegiado independentemente de inclusão em pauta (RI, art. 32, VII).
d) ERRADA. As decisões do Tribunal de Contas não podem ser
reformadas pelo Conselho Nacional de Justiça. Na verdade, as decisões das
Cortes de Contas podem ser apreciadas pelos membros e Tribunais do Poder
Judiciário e, em caso de ilegalidade (irregularidade formal grave ou manifesta
ilegalidade), podem ser anuladas, desconstituídas, mas não propriamente
“reformadas”, no sentido de “corrigidas”.
e) ERRADA. Em razão do princípio de simetria estabelecido no art. 75 da
CF, as decisões dos TCEs e dos TCMs que resultem em imposição de débito
ou multa também possuem eficácia de título executivo.
Gabarito: alternativa “a”
47. (TCU – ACE 2006 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, pode-se
afirmar que
a) o Tribunal de Contas da União – TCU – é órgão vinculado ao Senado da
República.
b) as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete conselheiros.
c) as decisões do TCU não se submetem a controle judicial.
d) os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
e) a titularidade do Controle Externo, no Brasil, pertence ao Tribunal de Contas da
União.
Comentário: A alternativa “a” está errada, pois a doutrina majoritária é no
sentido de que o TCU, órgão de estatura constitucional, é autônomo e
independente, não vinculado a nenhum Poder, nos moldes do Ministério
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48. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a
opção correta.
a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.
b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a município,
mesmo que este esteja dentro do território de sua Unidade da Federação.
c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não
poderá criá-lo.
d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é aposentado
compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) Empresas de Economia Mista não se sujeitam à fiscalização do TCU.
Comentário: A alternativa “a” está errada, pois o cargo de Ministro do
TCU não está incluso no rol de cargos privativos de brasileiros natos previsto
no art. 12, §3º da Constituição.
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A alternativa “b” está errada, pois o art. 31, §1º da Constituição determina
que o controle externo dos Municípios será exercido pela Câmara Municipal,
com o auxílio dos Tribunais de Contas Estaduais. Somente onde houver, o
auxílio será prestado pelos Tribunais de Contas Municipais (órgãos
municipais) ou pelos Tribunais de Contas dos Municípios (órgãos estaduais).
A alternativa “c” está correta, pois o art. 31, §4º da CF veda a criação de
novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Somente as
cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro possuem um. Todavia, lembre-se
que não é vedada a criação de Tribunais de Contas dos Municípios, órgãos
técnicos estaduais responsáveis pelo controle externo de todos os municípios
do Estado.
A alternativa “d” está certa, pois o Auditor, oficialmente denominado
Ministro-Substituto pelo art. 1º, §2º do novo RI/TCU, equipara-se a juiz de
Tribunal Regional Federal (CF, art. 73, §4º), cuja aposentadoria compulsória se
dá aos 75 anos de idade (CF, art. 93, VI e art. 40, §1º, II, LC 152/2015). À época
da prova, contudo, a aposentadoria compulsória ainda ocorria aos 70 anos, daí
o gabarito.
A alternativa ”e” está errada, pois o controle externo abrange todas as
entidades da administração direta e indireta, aí incluídas as sociedades de
economia mista (CF, art. 70). O entendimento antigo do STF de que essas
entidades não se submetiam à fiscalização do TCU já foi superado.
Gabarito: alternativa “c” (desatualizada)
49. (TCU – ACE 2006 – ESAF) O parecer prévio sobre as contas prestadas pelo
prefeito, elaborado pelo órgão auxiliar da Câmara Municipal, é meramente indicativo,
podendo ser rejeitado pelos vereadores, por decisão tomada pela maioria simples,
presentes à deliberação a maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Comentário: O parecer prévio emitido pelo órgão competente sobre as
contas prestadas pelo Prefeito só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal (CF, art. 31, §2º). Assim, é preciso
que dois terços do total de vereadores votem contrariamente ao parecer para
ele deixar de prevalecer. Não importa o quórum da sessão: o número de votos
contrários mínimos ao parecer deve ser de dois terços do total de vereadores.
Dessa forma, pode-se dizer que o parecer prévio sobre as contas do Prefeito é
quase vinculativo, e não meramente indicativo, como diz a questão.
Registre-se que a regra relativa à União e aos Estados é diferente, uma
vez que, nessas esferas, não há previsão de quórum de 2/3 para aprovar o
Decreto Legislativo sobre as contas do Chefe do Poder Executivo, estando ou
não em consonância com o parecer prévio do Tribunal de Contas.
Gabarito: Errado
50. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o
Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem
exercer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
Comentário: A natureza da fiscalização exercida pelos sistemas de
controle externo e interno está expressa no art. 70, caput da Constituição
Federal:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Portanto, a Constituição Federal não prevê que os órgãos de controle
interno e externo realizem fiscalização “ambiental”, de modo que somente a
alternativa “b” está errada.
Gabarito: alternativa “b”
Comentário: A alternativa “a” está correta, de acordo com o art. 31, §1º da
CF. Lembrando que os Tribunais de Contas de âmbito estadual podem ser os
próprios Tribunais de Contas dos Estados ou ainda os Tribunais de Contas
dos Municípios, responsáveis exclusivamente pelo controle externo dos
Municípios do Estado.
A alternativa “b” está errada, pois o TC pode apreciar a legitimidade dos
atos de gestão. É certo que o controle externo de natureza política, exercido
pelo Poder Legislativo, cuja expressão mais contundente é o julgamento das
contas prestadas pelo Chefe do Executivo, pode vir a apreciar aspectos de
legitimidade, relacionados à moralidade e à impessoalidade das práticas
administrativas. Todavia, isso não exclui a possibilidade de que o Tribunal de
Contas, no exercício de suas atribuições técnicas de controle externo, também
examine a legitimidade dos atos praticados pelos gestores de recursos
públicos. Aliás, avaliações dessa natureza ocorrem frequentemente nas
fiscalizações realizadas pelo TCU. Tanto o controle político, a cargo do
Legislativo, quanto o técnico, a cargo do Tribunal de Contas, podem avaliar os
aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, nos termos do art. 70,
caput, da CF.
A alternativa “c” está errada, pois se refere aos controles de eficácia e
eficiência e economicidade, respectivamente. As fiscalizações de natureza
financeira, previstas no caput do art. 70 da CF, têm por objetivo verificar,
essencialmente, a arrecadação de receitas e a execução de despesas.
A alternativa “d” está errada, pois tanto as verificações de economicidade
quanto as de eficiência buscam verificar se a obra ou serviço foi realizado a
custo adequado, razoável e pertinente. É lógico que o menor custo é sempre
desejável, porém não deve haver comprometimento dos padrões de qualidade.
Por fim, a alternativa “e” está errada, pois a avaliação da relação
custo/benefício, referente aos controles de economicidade e eficiência, é tarefa
diuturnamente realizada pelos Tribunais de Contas, estando mais afeta ao
controle técnico que ao político.
Gabarito: alternativa “a”
pois eles são diretamente responsáveis pelos atos que praticarem em nome da
União.
Gabarito: Errado
53. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Nos termos da Constituição da República, pode o
TCU, em certos casos, apreciar elementos de discricionariedade envolvidos nos atos
da administração pública e aspectos ligados à gestão das respectivas entidades e
ao desempenho das funções destas; não precisa sempre ater-se unicamente à
conformidade desses atos com as normas jurídicas aplicáveis, sob o prisma da
legalidade.
Comentário: De acordo com o caput do art. 70 da CF, a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e
entidades da União deverá ser realizada, essencialmente, tendo como foco os
seguintes critérios: legalidade, legitimidade e economicidade. Quando se
examina a legitimidade, alguns aspectos de discricionariedade podem ser
questionados, especialmente os ligados à moralidade e à impessoalidade,
como, por exemplo, a escolha feita pelo gestor para executar determinada obra
visivelmente supérflua em detrimento de outra, sabidamente necessária para a
população. Todavia, cuidado com esse conceito: o TCU não avalia aspectos de
conveniência e oportunidade do ato administrativo que estejam dentro do
limite razoável de discricionariedade do gestor. No exemplo acima, se
existissem duas destinações legítimas para o recurso, e o gestor escolhesse
uma delas, não caberia ao TCU questionar a escolha.
Por sua vez, na avaliação da economicidade, verificam-se aspectos
ligados à gestão que podem ter como consequência a prática de atos
antieconômicos, como a interrupção de uma obra importante em função de
falhas no planejamento do gestor público.
Gabarito: Certo
54. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Pode o TCU constituir título executivo contra
empresa privada.
Comentário: A decisão do TCU de que resulte imputação de débito e
multa terá eficácia de título executivo (CF, art. 71, §3º). Como o Tribunal pode
imputar débito e multa a empresa privada, por exemplo, caso a empresa
cometa fraude em licitação, então é correto afirmar que o TCU pode constituir
título executivo contra empresa privada.
Gabarito: Certo
55. (TCU – ACE 2000 – ESAF) O Tribunal de Contas da União tem a sua
jurisdição:
a) restrita a órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
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56. (TCE/BA – Procurador 2010 – Cespe) A execução das decisões que resultem
em imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.
Comentário: As decisões dos tribunais de contas de que resulte
imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (CF, art. 71,
§3º). Entretanto, a execução dessas decisões não cabe ao TC, mas sim aos
órgãos de representação judicial das entidades que tiveram os cofres lesados.
No âmbito federal, a responsabilidade por deflagrar o processo de execução
no Poder Judiciário fica a cargo da AGU ou das procuradorias próprias das
entidades.
Gabarito: Errado
57. (TCE/AC – ACE 2009 – Cespe) A CF, ao estender aos tribunais e conselhos
de contas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios as disposições
aplicáveis no âmbito da União, destacou, como um dos aspectos objeto do controle,
a legitimidade, que envolve diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o
exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
Comentário: De acordo com o caput do art. 70 da CF, a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e
entidades da União deverá ser realizada, essencialmente, tendo como foco os
seguintes critérios: legalidade, legitimidade e economicidade. Portanto,
legalidade e legitimidade são critérios distintos, o que já nos aponta o gabarito
para a alternativa “b”. Com efeito, de forma sucinta, o controle de legalidade
consiste em verificar se o ato foi praticado em conformidade com os termos e
condições previstos na lei. Já o exame de legitimidade vai além da mera
verificação das formalidades legais, adentrando em aspectos da
discricionariedade do gestor, como conveniência, oportunidade, prioridade e
pertinência, sempre que esses critérios ultrapassem a razoabilidade. Mas
lembre-se: o controle de legitimidade deve ser feito com cautela, para não
invadir os limites de atuação da administração. O órgão de controle não pode
substituir o gestor.
Gabarito: alternativa “b”
a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e IV.
e) II e III.
Comentário: Vejamos cada alternativa:
(a) CERTA. A finalidade do controle externo não é apenas comprovar a
probidade da administração (há outras dimensões do controle, como
legalidade, economicidade, eficácia e efetividade), porém isso não invalida a
afirmativa, que não deve ser tomada como exaustiva. A parte final da
afirmativa também está correta. Embora o Tribunal de Contas seja o braço
operacional do Legislativo no exercício do controle externo, este também
pratica diretamente atividades de controle, de caráter político, como o
julgamento das contas do chefe do Poder Executivo.
(b) CERTA. Como dito no item anterior, o controle vai além dos aspetos
legais, sendo avaliados, também, os resultados alcançados e a aderência das
ações aos princípios aplicáveis.
(c) CERTA. Essa afirmativa poderia gerar certa dúvida, pois passa o
entendimento de que os Tribunais só podem agir se o objeto analisado
envolver atos que geram receitas ou despesas. Essa é uma definição mais
clássica do papel dos Tribunais de Contas, já superada pela evolução da
doutrina e da jurisprudência.
(d) ERRADA. A classificação dada na afirmativa é quanto ao momento do
controle, e não, quanto à extensão.
Assim, apesar da dúvida quanto à afirmativa III, percebe-se que a
alternativa mais adequada é a “b”, que dá como certas as três primeiras
afirmativas.
Gabarito: alternativa “b”
(c) Errada. Nos termos do art. 75, caput da CF, as normas constitucionais
que conformam o modelo federal de organização do Tribunal de Contas da
União são de observância compulsória pelas Constituições dos Estados-
membros.
(d) Certa. Também aqui é necessário o conhecimento da jurisprudência
do STF. O assunto é tratado na Súmula 347 do STF:
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
66. (TCE/AP – ACE 2012 – FCC) Terão eficácia de título executivo as decisões do
Tribunal de Contas
a) de que resultem imputação de débito ou multa.
b) pela regularidade da matéria julgada.
c) que determinaram o trancamento das contas.
d) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.
e) que se refiram a operações de crédito.
Comentário: Correta a alternativa “a”, nos termos do art. 71, §3º da CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
(...)
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações,
multa proporcional ao dano causado ao erário;
(...)
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo.
Dizer que “as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo” significa que tais decisões são
instrumento hábil à propositura da ação judicial de cobrança executiva contra
o responsável. Assim, tendo a decisão transitado em julgado sem que o
responsável tenha recolhido o débito e/ou a multa no prazo determinado,
pode-se dar início ao processo de execução judicial da dívida.
Gabarito: alternativa “a”
*****
É isso, por ora ficamos por aqui. Não esqueçam que logo a seguir
ainda tem o “Resumão da Aula”. Ele pode ser uma ótima fonte de consulta
para revisar a matéria nos dias que antecedem a prova. Procurarei
sempre resumir os pontos mais importantes das aulas em, no máximo,
duas páginas, tá certo? Na próxima aula, vamos começar o estudo das
competências constitucionais do TCU, assunto muito bacana e importante.
UcssG þAteg
RESUMÃO DA AULA
TRIBUNAIS DE CONTAS: FUNÇÕES, NATUREZA JURÍDICA E EFICÁCIA DAS DECISÕES
Funções Exemplos
Judicante Julgar as contas dos administradores públicos ou daqueles que causarem dano ao erário.
Consultiva Emitir parecer prévio sobre as contas do Chefe do Executivo; responder a consultas.
Informativa Prestar informações solicitadas pelo Congresso Nacional; informações à Justiça Eleitoral.
• Decisões podem ser anuladas pelo Judiciário, apenas nos casos de vício
formal ou ilegalidade manifesta. Não podem ser reformadas;
JURISDIÇÃO DO TCU: própria e privativa em todo o território nacional, sobre as pessoas e matérias sujeitas
à sua competência (LOƒTCU, art. 4º).
Para saber se uma pessoa ou entidade está ou não sob a jurisdição do TCU: verificar se ela administra, de
qualquer forma, recursos públicos federais ou pelos quais a União responda. Caso positivo, a pessoa ou
entidade está sob a jurisdição do TCU, não importa se pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
Responsáveis por administrar recursos públicos Qualquer pessoa que utilize, arrecade, guarde,
federais gerencie ou administre recursos públicos federais.
Responsáveis pelas contas nacionais de empresas Eficácia imediata e independe de eventual omissão
supranacionais do tratado constitutivo da empresa.
EFEPW “キゲデWマ;さゲざヮ�Wゲデ;マIラミデ;ゲnormalmente.
“キゲデWマ; さ“ざ; entidades de fiscalização do exercício
profissional (EFEP) e entidades sindicais. EFEP não estão mais dispensadas de apresentar
contas anuais. Sistema さ“ざ nunca foi dispensado.
Demais sujeitos à fiscalização por disposição de lei Exemplo do Comitê Olímpico Brasileiro.
1. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A função judicante é expressa quando o TCU exerce a
sua competência infraconstitucional de julgar as contas de gestão dos administradores
públicos. Entretanto, no tocante às prestações de contas apresentadas pelo governo federal,
compete ao TCU apenas apreciá-las e emitir parecer prévio, já que compete ao Congresso
Nacional julgá-las, com base na emissão do parecer emitido pela comissão mista
permanente de senadores e deputados.
3. (TCDF – Procurador 2002 – Cespe) Com relação aos tribunais de contas, entre as
inovações introduzidas pela LRF, encontra-se a instituição da função cautelar de alertar os
demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
d) O julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos constitui função
corretiva dos tribunais de contas.
e) Assiste aos tribunais de contas o poder regulamentar, também chamado de normativo,
que, em certos casos, pode ir além de sua competência e jurisdição.
7. (TCU – ACE 2008 - Cespe) (...) discorra, de forma fundamentada e de acordo com a
Constituição Federal brasileira, sobre os seguintes aspectos:
natureza jurídica do TCU;
relação entre o TCU e o Poder Legislativo;
eventual vinculação hierárquica da Corte de Contas com o Congresso Nacional.
9. (TCU – TEFC 2015 – Cespe) Com o objetivo de viabilizar a ação fiscalizadora do TCU
e impedir ingerências políticas no tribunal, foi-lhe atribuída autonomia na gestão de seu
pessoal, o que inclui autonomia para criação, transformação e extinção de cargos e funções
de seu quadro de pessoal.
10. (TCE/RN – Assessor Técnico Jurídico 2009 – Cespe) O TCU faz parte do
Congresso Nacional, a quem deve auxiliar no exercício do controle externo.
11. (TCE/RN – Assessor Técnico Jurídico 2009 – Cespe) Na prestação de auxílio para
o exercício do controle externo, os TCs não estão subordinados operacional nem
administrativamente às casas legislativas.
12. (TCDF – ACE 2012 – Cespe) De acordo com o princípio de autotutela e o sistema de
controle existente, o Tribunal de Contas da União e o TCDF estão vinculados por uma
relação de hierarquia, visando garantir o emprego efetivo do recurso público.
13. (TCU – TCE 2007 – Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no exercício
do controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta.
14. (TCU – ACE 2007 – Cespe) Todas as manifestações das cortes de contas têm valor e
força coercitiva, entretanto, só os acórdãos condenatórios têm eficácia de título executivo,
ou seja, unicamente os processos de contas, abrangendo tanto as contas anuais quanto as
contas especiais, podem ser julgados, ensejando a constituição de título executivo e podem
ter como efeito a produção de coisa julgada.
15. (TCU – TCE 2007 – Cespe) Considere que determinado gestor de receitas públicas,
após o devido processo legal, tenha sido condenado pelo TCU a ressarcir o erário.
Considere ainda que, na condenação, o tribunal tenha declarado expressamente o agente
responsável e o valor a ser devolvido à União. Nesse caso, a competência para executar a
decisão do tribunal é da Advocacia-Geral da União, que deverá observar os prazos de
cobrança previstos na lei, sob pena de prescrição para atos ilícitos praticados por agente ou
servidor público.
16. (TCU – ACE 2004 – Cespe) No sistema brasileiro de controle externo, em face das
competências atribuídas pela Constituição da República ao TCU, a doutrina e a
jurisprudência são majoritárias no sentido de que as decisões daquele órgão têm natureza
jurisdicional e, por isso mesmo, não podem ser reexaminadas pelo Poder Judiciário.
17. (TCU – TCE 2007 – Cespe) O TCU tem atribuições de natureza administrativa; porém,
quando julga as contas dos gestores e demais responsáveis por bens e valores públicos,
exerce sua natureza judicante. Mesmo assim, não há consenso na doutrina quanto à
natureza do tribunal.
18. (TCU – ACE 2004 – Cespe) De acordo com a doutrina, a condenação de gestor
público por parte do TCU constitui título executivo de natureza judicial, por força da
competência conferida pelo art. 71 da Constituição àquele órgão, para julgar contas de
pessoas responsáveis por dinheiro público.
19. (TCU – Procurador 2004 – Cespe) Sempre que se julgar lesado por decisão tomada
pelo TCU, o cidadão poderá recorrer ao Poder Judiciário, mas o remédio juridicamente
adequado não será a impetração de mandado de segurança contra o ato do tribunal, seja
porque as decisões deste somente podem ser desconstituídas mediante dilação probatória,
seja porque o tribunal não poderá figurar no pólo passivo da ação mandamental.
20. (TCE-ES – Procurador Especial de Contas 2009 – Cespe) O julgamento das contas
dos administradores e responsáveis é atribuição peculiar dos TCs, de acordo com a CF.
Como órgãos especializados no julgamento das contas, suas decisões não estão sujeitas a
revisão do Poder Judiciário, salvo quando
a) houver observância do devido processo legal.
b) o mérito da decisão envolver questões atinentes à legitimidade dos atos praticados pelos
administradores e responsáveis.
c) o MP representar contra decisão de mérito do TC.
d) a decisão alterar o entendimento do TC até então vigente.
e) houver vício de forma, como, por exemplo, a inobservância de direitos e garantias
individuais.
21. (TCU – AUFC 2011 – Cespe) A jurisdição do TCU estende-se aos sucessores de ex-
dirigentes de entidades estatais que cometam irregularidades que resultem em prejuízo para
os cofres públicos, até o limite do prejuízo apurado e não ressarcido, independentemente do
patrimônio transferido.
22. (TCDF – ACE 2012 – Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU abrange tanto as
pessoas físicas como as jurídicas públicas e privadas que tenham recebido recursos
públicos sob a responsabilidade da União, podendo atingir os sucessores dos responsáveis
por esses recursos.
23. (TCU – TCE 2007 – Cespe) Considere que determinada organização civil de interesse
público, que atua na área de defesa e conservação do meio ambiente, tenha sido contratada
pela administração pública federal, por meio de termo de parceria. Nessa situação, mesmo
sendo pessoa jurídica de direito privado, essa organização civil está sujeita à jurisdição do
TCU.
24. (TCE/RO – ACE 2013 – Cespe) Apesar de abranger recursos repassados diretamente
às prefeituras pelo Poder Executivo estadual, a jurisdição do TCE/RO não inclui
organizações não governamentais (ONGs) beneficiadas por convênios com o governo
estadual.
25. (TCU – AUFC 2009 – Cespe) Se a União contratar um banco internacional para que
este tome um empréstimo, em nome da União, perante a Comunidade Europeia, tal banco
estará submetido ao dever de prestar contas à União pelo empréstimo tomado, caso venha
a concretizar a operação.
26. (TCU – AUFC 2009 – Cespe) O cidadão que, em meio a uma manifestação pública,
for identificado como o responsável pela destruição de um veículo de uma universidade
pública constituída na forma de fundação, estará sujeito a julgamento pelo TCU, em razão
do ato que praticou.
27. (TCU – AUFC 2009 – Cespe) Se o governo brasileiro decidir que a PETROBRAS
formará com a Bolívia uma empresa binacional de exploração de petróleo, caberá ao TCU
fiscalizar as contas nacionais dessa nova empresa.
29. (TCDF – Auditor 2002 – Cespe) O STF já pacificou o entendimento de que empresas
públicas e sociedades de economia mista, não obstante possuam personalidade de direito
privado e seus bens não sejam públicos, submetem-se a processo de tomada de contas
especial.
30. (TCDF – Auditor 2002 – Cespe) Se, para a execução de obra, o DF e a União
celebrarem convênio para o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme
entendimento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atuação do TCU.
31. (TCU – TEFC 2012 – Cespe) As empresas públicas federais não estão sujeitas à
fiscalização do TCU, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
32. (TCE/RS – OCE 2013 – Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU sobre empresas com
sede no exterior e cujo capital seja parcialmente de propriedade de órgãos públicos federais
somente é aplicável se a administração pública for detentora da maioria do capital.
33. (TCU – AUFC 2015 – Cespe) Se a decisão final do TCU resultar na aplicação de
multa a determinado gestor público, o valor correspondente a essa multa poderá ser
cobrado independentemente de inscrição na dívida ativa ou de abertura de novo processo
administrativo para a cobrança.
34. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no
caso de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote providências
necessárias ao exato cumprimento da lei.
35. (TCU – TEFC 2015 – Cespe) A jurisdição do TCU engloba todo o território nacional e
abrange qualquer pessoa responsável por haveres públicos, inclusive seus sucessores, de
forma ilimitada.
36. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) Os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União a municípios, estados e Distrito Federal, mediante acordo, à exceção
de convênio, estarão no âmbito da jurisdição do tribunal.
38. (TCE/RS – OCE 2013 – Cespe) Considere que o governo do estado do Rio Grande do
Sul tenha instituído subsídio para os eletrodomésticos de alta tecnologia, reduzindo dois
pontos percentuais na alíquota do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de
comunicação (ICMS). Nessa situação, constitui responsabilidade do TCE/RS examinar o ato
de concessão do referido subsídio.
39. (TCE/ES – ACE 2012 – Cespe) Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados
suspender os atos dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal caso estes tenham
exorbitado os limites do poder regulamentar das leis expedidas pelos respectivos órgãos
legislativos.
40. (TCE/ES – ACE 2012 – Cespe) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário é
realizar o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem
para o melhor interesse da sociedade.
41. (TCDF – ACE 2012 – Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício com
vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos
necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
42. (TCU – ACE 2005 – Cespe) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a
fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial do município será
exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno dos poderes Executivo e Legislativo municipais, na forma da lei. Assim, o parecer
prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
44. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A relevância do controle externo no Brasil não se
restringe aos aspectos concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada
gerência administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os poderes na
organização do Estado democrático de direito.
46. (Cespe – Auditor TCE PR 2016) Com referência às funções dos tribunais de contas,
bem como à natureza jurídica e à eficácia das suas decisões, assinale a opção correta.
A) As ações de um tribunal de contas relativas às diligências para confirmar o real benefício
socioeconômico das renúncias de receitas integram a função conhecida como investigatória,
ou de fiscalização financeira, ou, ainda, simplesmente, fiscalizadora.
B) O MP não tem legitimidade para propor ação de execução de título extrajudicial oriundo
de TCE, pois a recuperação dos valores inquinados como débitos e multas pecuniárias só
pode ser efetivada pelo próprio TCE ou pela AGU.
C) Como relator, compete ao conselheiro determinar, em caráter de urgência, que as
medidas liminares acautelatórias sejam submetidas a referendo do órgão colegiado
mediante a inclusão em pauta na sessão subsequente à decisão exarada.
D) Os tribunais de contas, como corporações administrativas autônomas que assistem ao
parlamento e ao governo, não têm subordinação a nenhum poder, ou seja, não são órgãos
do Poder Legislativo. Contudo, admite-se uma única exceção: suas decisões podem ser
reformadas pelo Conselho Nacional de Justiça, já que o STF não tem competência para
regular matéria relacionada às referidas cortes de contas.
E) Conforme determina a CF, no particular, as decisões do TCU que impliquem
reconhecimento de débito ou imputação de multa terão eficácia de título executivo. No
entanto, com prejuízo do princípio da simetria, decisões de igual teor originárias dos TCEs e
dos TCMs não têm tal eficácia, já que as leis estaduais são silentes em qualificar a eficácia
das decisões prolatadas por esses tribunais.
47. (TCU – ACE 2006 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que
a) o Tribunal de Contas da União – TCU – é órgão vinculado ao Senado da República.
b) as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão
integrados por sete conselheiros.
c) as decisões do TCU não se submetem a controle judicial.
d) os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
e) a titularidade do Controle Externo, no Brasil, pertence ao Tribunal de Contas da União.
48. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a opção
correta.
a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.
b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a município, mesmo
que este esteja dentro do território de sua Unidade da Federação.
c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não poderá criá-
lo.
d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é aposentado
compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
49. (TCU – ACE 2006 – ESAF) O parecer prévio sobre as contas prestadas pelo prefeito,
elaborado pelo órgão auxiliar da Câmara Municipal, é meramente indicativo, podendo ser
rejeitado pelos vereadores, por decisão tomada pela maioria simples, presentes à
deliberação a maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
50. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso
Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem exercer fiscalizações
da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
53. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Nos termos da Constituição da República, pode o TCU,
em certos casos, apreciar elementos de discricionariedade envolvidos nos atos da
administração pública e aspectos ligados à gestão das respectivas entidades e ao
desempenho das funções destas; não precisa sempre ater-se unicamente à conformidade
desses atos com as normas jurídicas aplicáveis, sob o prisma da legalidade.
54. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Pode o TCU constituir título executivo contra empresa
privada.
55. (TCU – ACE 2000 – ESAF) O Tribunal de Contas da União tem a sua jurisdição:
a) restrita a órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
b) restrita aos responsáveis por bens e valores públicos;
c) extensiva aos representantes da União nas Assembleias Gerais das entidades estatais;
d) extensiva aos dirigentes das empresas supranacionais de cujo capital a União participe;
e) restrita a agentes públicos federais.
56. (TCE/BA – Procurador 2010 – Cespe) A execução das decisões que resultem em
imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.
57. (TCE/AC – ACE 2009 – Cespe) A CF, ao estender aos tribunais e conselhos de
contas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios as disposições aplicáveis no
âmbito da União, destacou, como um dos aspectos objeto do controle, a legitimidade, que
envolve diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
58. (TCE/AC – ACE 2009 – Cespe) A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição
dos órgãos de controle externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a
maioria do capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo.
b) o controle da legalidade.
c) o controle de conveniência política e oportunidade administrativa.
d) o controle de resultados, de cumprimento de programa de trabalho e de metas.
e) o controle de fidelidade funcional dos agentes da Administração responsável por bens e
valores públicos.
a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e IV.
e) II e III.
63. (TCE/GO – Analista 2009 – FCC) De acordo com o art. 71 da Constituição Federal de
1988, compete ao Tribunal de Contas da União, no exercício do controle externo, realizar
inspeções e auditorias de diversas naturezas. Supondo que o Tribunal de Contas realize
auditoria em uma entidade pública com a finalidade de confirmar os valores apresentados
nas demonstrações financeiras, ele está realizando uma auditoria
(A) contábil.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de gestão.
(D) operacional.
(E) especial.
64. (TCE/GO – Auditor 2007 – ESAF) Sobre o controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, assinale a opção correta.
a) Pode a Constituição estadual atribuir competência exclusiva à Assembléia Legislativa
para julgar as contas do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, do Tribunal de Justiça e
das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais.
b) Ofende a Constituição da República dispositivo da Constituição Estadual que submeta o
Tribunal de Contas a controle financeiro e orçamentário pelo Poder Legislativo.
c) As normas constitucionais, que conformam o modelo federal de organização do Tribunal
de Contas da União, não são de observância compulsória pelas Constituições dos Estados-
membros, podendo as Constituições Estaduais regular o assunto de acordo com a realidade
regional.
d) O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade de leis e atos normativos do poder público.
e) As decisões definitivas dos Tribunais de Contas, no exercício de sua competência com
jurisdição nacional, não estão sujeitas a controle pelo Poder Judiciário, somente pelo Poder
Legislativo.
65. (TCE/SE – Analista 2011 – FCC) As decisões finais do Tribunal de Contas do Estado
de Sergipe de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo,
(A) desde que haja inscrição na dívida pública.
(B) independentemente de inscrição em dívida pública.
(C) se envolverem valores maiores que vinte salários mínimos.
(D) salvo as referentes a admissões de pessoal, aposentadorias e pensões.
(E) desde que tomadas por órgão colegiado por votação unânime.
66. (TCE/AP – ACE 2012 – FCC) Terão eficácia de título executivo as decisões do
Tribunal de Contas
a) de que resultem imputação de débito ou multa.
b) pela regularidade da matéria julgada.
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GABARITO
2) E 3) C 4) e 5) C 6) c 7) - 8) E
1) E
10) E 11) C 12) E 13) C 14) E 15) E 16) E
9) E
18) E 19) E 20) e 21) E 22) C 23) C 24) E
17) C
26) C 27) C 28) d 29) C 30) E 31) E 32) E
25) C
34) E 35) E 36) E 37) E 38) C 39) E 40) E
33) C
42) E 43) E 44) C 45) b 46) a 47) b 48) c*
41) E
50) b 51) a 52) E 53) C 54) C 55) c 56) E
49) E
58) E 59) c 60) c 61) c 62) b 63) a 64) d
57) b
66) a
65) b
* Desatualizada
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Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 13ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
Almeida, G. H. de la Roque. Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União anotada:
normativos correlatos. Belo Horizonte: Fórum, 2006.
Aguiar, A. G. Aguiar, M. P. O Tribunal de Contas na ordem constitucional. 2 ed. Belo
Horizonte: Fórum, 2008.
Aguiar, U.D. Albuquerque, M.A.S. Medeiros, P.H.R. A administração Pública sob a
perspectiva do controle externo. Belo Horizonte: Fórum, 2011.
Chaves, F.E.C. Controle externo da gestão pública: a fiscalização pelo Legislativo e
pelos Tribunais de Contas. 2 ed. Niterói: Impetus, 2009.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
Lima, L.H. Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões. 4 ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2011.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2009.