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SEBEMGE - SEMINÁRIO BATISTA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

TRABALHO DE HISTÓRIA DE ISRAEL

Influências Judaísmo

Aluno : Anísio Renato de Andrade

Professora : Moabe Alcântara

Período : Quinto - Curso : Bacharel em Teologia Ministerial

Data : 04 de junho de 1996 - Local : Belo Horizonte - MG


ÍNDICE

INTRODUÇÃO - INFLUÊNCIA............................................................

A HERANÇA DAS RELIGIÕES PRIMITIVAS.......................................

INFLUÊNCIA EGÍPCIA...........................................................................

INFLUÊNCIA DOS CANANEUS E NAÇÕES VIZINHAS.....................

O PROFETISMO NO ANTIGO ORIENTE MÉDIO................................

INFLUÊNCIAS NA LITERATURA.........................................................

INFLUÊNCIA DA ASSÍRIA....................................................................

INFLUÊNCIA DA BABILÔNIA..............................................................

INFLUÊNCIA DA PÉRSIA.......................................................................

INFLUÊNCIA DA GRÉCIA.......................................................................

INFLUÊNCIA DE ROMA...........................................................................

INFLUÊNCIA DO JUDAÍSMO SOBRE O CRISTIANISMO..................

CONCLUSÃO..............................................................................................

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................
INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA

Este vocábulo designa uma "força" capaz de produzir alterações em ambientes que estão além da
sua origem. É o poder da transmissão. É um princípio universal de trocas. É, normalmente, uma
"via de mão dupla". Às vezes, uma influência é mais forte e neutraliza outra que vem em sentido
contrário.

Onde houver algum tipo de contato, haverá influência.Seja no campo físico, químico, social,
político, religioso, etc. Se colocarmos, em um mesmo copo, café e leite, esses líquidos se
influenciarão mutuamente. Haverá troca de temperatura, cor, sabor e consistência. Se unirmos
determinadas substâncias, a interação não será assim tão pacífica. Contudo, a influência acontecerá,
ainda que explosiva.

Nas relações humanas, o princípio se mantém válido. Estamos expostos a inúmeros tipos de
influência. Poderíamos compará-las às ondas eletromagnéticas. Estão no ar. Não podem ser vistas,
mas ninguém escapa ao seu alcance.

O cenário brasileiro apresenta exemplos que nos mostram que influência é sinônimo de poder. A
maior parte da nossa população é manipulada pelas influências que se disseminam através dos
meios de comunicação. Na política, a prática chega a pontos extremos. Já inventaram até o "tráfico
de influência".

Analisando o que somos, como pessoas, notamos que a nossa personalidade é o resultado da ação
de influências diversas. Nosso livre-arbítrio não deixa de existir, mas até as decisões mais
conscientes estão carregadas de fatores externos. Como disse Salomão : "Não há nada novo debaixo
do sol".(Ec.1:9). E, parafraseando o apóstolo Paulo : que tenho eu que não tenha recebido ? (I
Cor.4:7).

A influência é, às vezes, positiva e necessária. Em outros casos, é perniciosa e prejudicial. Por isso,
a Bíblia nos adverte contra o conselho dos ímpios, o caminho dos pecadores, a roda dos
escarnecedores e as más conversações. (Sl.1:1 ; II Cor.6:14 ; I Cor.15:33). Somos o sal da terra
(Mat.5:13), mas não fica bem misturar sal e terra. O sal se tornaria insípido e, conseqüentemente,
inútil. Somos a luz. Não podemos fazer aliança com as trevas (II Cor.6:14). Caso contrário,
produziremos a penumbra e a sombra, o que, para Deus, são trevas do mesmo jeito.

Assim diz o Senhor nas Sagradas Escrituras : "Não toqueis nada imundo e eu vos receberei." (II
Cor.6:17). "Anda com o sábio e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido." (Pv.13:20).
Geralmente, as influências são sutis. O próprio termo "influência" está relacionado ao verbo "fluir"
que, por sua vez, se refere, primariamente, `a característica sutil de escape e penetração dos líquidos
e gazes. Algumas influências se instalam e chegam a criar raízes sem que percebamos. Por isso, é
preciso vigiar. Algumas delas são bem-vindas. Outras são sementes que o inimigo lança enquanto
dormimos (Mt.13:25). Em alguns casos, somos influenciados conscientemente. Aí, o melhor nome
para o fenômeno é imitação.

No âmbito religioso, tais princípios e situações são realidades históricas. Na seqüência deste estudo,
procuraremos detectar as influências que o judaísmo recebeu de outras religiões, bem como as que
transmitiu no decorrer de sua história até o primeiro século d.C.

Tal empreendimento ser-nos-á útil para podermos avaliar, até certo ponto, a origem divina ou
humana das práticas religiosas. Desse modo, tornar-se-á mais clara a distinção entre o santo e o
profano. Estudando fatos relacionados ao judaísmo, estaremos entendendo nossas raízes, pois daí
veio o cristianismo e conosco estão muitas influências judaicas.

Que Deus nos ajude nesse propósito e que o seu resultado possa influenciar positivamente a muitas
pessoas.

Anísio Renato de Andrade


A HERANÇA DAS RELIGIÕES PRIMITIVAS

"No princípio, criou Deus os céus e a terra". (Gn.1:1).

Depois de preparar a terra, Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e com ele teve
comunhão durante algum tempo. Tais fatos marcaram definitivamente o ser humano, o qual, depois
de haver pecado, passou a ter uma espécie de saudade de seu estado original e do seu criador. Tal
vazio interior levou o homem a buscar a Deus. Essa busca deu origem a diversas religiões, que,
apesar de divergentes em muitos aspectos, possuíam várias características em comum. Por quê ?
Porque a espécie humana é uma só ; teve a mesma origem; tem os mesmos anseios e a mesma
atração por Deus. Além disso, muitas práticas e conceitos foram transmitidos pela tradição oral. A
religião não pode, por si mesma, chegar a Deus. Ademais, Satanás tem enganado o homem,
apresentando outras trilhas, por onde se enveredaram muitas religiões e outras surgiram.

A primeira religião foi monoteísta. Os primeiros homens, conhecedores de sua origem, buscaram o
verdadeiro Deus. Com o passar do tempo, o pecado foi afastando a humanidade para mais longe do
criador. Lembremo-nos de que Caim, mesmo depois de matar seu irmão, ainda conversava com
Deus. Qual foi sua decisão então ? Fugir da presença do Senhor. (Gn.4:8-14). Isso retrata bem o
rumo da humanidade. Depois da confusão das línguas, em Babel, os homens se espalharam por toda
a face da terra. Muitos povos se formaram. Sua organização era, inicialmente, tribal. Nesse
contexto, diversas religiões surgiram. Todas essas religiões primitivas preservaram diversos
conceitos verdadeiros sobre Deus e diversas práticas de importância espiritual autêntica.

A expressão "religiões primitivas" refere-se às que surgiram na pré-história, ou seja, antes da


invenção da escrita. Às que apareceram depois, denominamos "religiões antigas", conforme
terminologia utilizada em uma de nossas fontes bibliográficas.

O que afirmamos sobre as religiões primitivas procede, principalmente, de informações fornecidas


pela arqueologia. Em casos duvidosos, os dados foram confrontados com práticas religiosas de
vários povos que, ainda hoje, vivem em estado primitivo em diversas partes do mundo. Por
exemplo :

- Na África : os pigmeus, pigmóides, bátuas, babongos e bantos.

- Na América do Sul : os fueguinos (Terra do Fogo).

- Na América do Norte : os esquimós e os caribus.

- Na Ásia : os andamaneses, semangues e os aetos.

- Na Austrália : os aborígenes.
Esses povos vivem em sociedades primitivas, onde predomina o patriarcado; onde o povo vive da
caça, da pesca, do plantio ou do pastoreio; onde a estrutura da sociedade é a mais simples possível;
onde não há contato com o resto do mundo e onde não chegou a influência das descobertas
científicas e tecnológicas.

As características desses povos atestam seu estado primitivo quanto às condições econômicas,
sociais e religiosas.

Outra fonte de informações são escritos antigos contendo narrativas sobre períodos anteriores à
invenção da escrita.

As religiões primitivas foram se desenvolvendo e se tornando cada vez mais diferentes umas das
outras. Alguns povos conservaram uma idéia sobre Deus bem próxima da original. Criam em um
Ser Supremo, que havia criado o homem e morava no céu. Algumas dessas religiões foram se
corrompendo. Passaram a adorar o sol, a lua e outros astros. Entre os que viviam da caça, surgiu a
adoração aos animais. A crença na imortalidade da alma era comum a todos esses povos. Daí,
alguns caíram no extremo de invocar e adorar os mortos. Em alguns casos, a crença no Ser Supremo
foi abandonada e passou-se a valorizar os objetos, as palavras e os gestos sagrados, como se tudo
isso tivesse um poder residente. Assim, surgiu a magia. Entre outros casos, passou-se a crer em
vários "seres supremos", cada um responsável por um fenômeno da natureza. Como diz Romanos
1:21-23 : "Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram
graças, antes em seus discursos se desvaneceram e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-
se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes e de répteis."

É importante observarmos que, entre as religiões que mantiveram a crença no Ser Supremo,
algumas o chamavam de pai, ou nosso pai. Outras o chamavam criador. A maioria não lhe associava
a qualquer figura. Algumas ensinavam que ele era semelhante a um homem idoso com longa barba
branca.

Algumas características eram praticamente comuns entre as religiões primitivas :

- Crença em poderes sobrenaturais (o Ser Supremo, ou seres, ou poderes)

- Uso de colunas, pilares, altares e templos sagrados.

- Realização de sacrifícios de animais para obtenção de perdão e favores divinos.

- Existência do homem sagrado ( sacerdote, xamã, vidente, ou feiticeiro).

- Realização de festas sagradas.

- Uso de palavras sagradas (orações, profecias, mitos).

- Uniões sagradas (matrimônio, clã, tribo, ordem religiosa)

Passamos a citar outras práticas, mais raras, porém merecedoras de destaque:


- Cânticos, às vezes, acompanhavam os sacrifícios.

- Inclinava-se a cabeça ou erguiam-se as mãos durante as orações.

- Tiravam-se os calçados em sinal de respeito.

- Ofereciam-se ao Ser Supremo os primeiros frutos de uma colheita.

- Sacrificavam-se ao Ser Supremo os animais primogênitos.

- Faziam-se pactos com uso de sangue.

- Eram observadas regras alimentares.

- Consideravam-se impuros os períodos de menstruação e gravidez.

- Apenas as mulheres eram proibidas de comer carne de porco.

- Tocar em um defunto era motivo de quarentena.

- O Sangue humano ou de animal eram considerados sagrados.

- Proibia-se olhar ou tocar em certos objetos sagrados.

- Evitava-se mencionar o nome do Ser Supremo desnecessariamente.

- Proibia-se trabalhar nos dias das festas religiosas.

- Praticava-se o jejum nas cerimônias de iniciação.

- Comia-se carne dos sacrifícios acreditando que esse ato criaria um vínculo de parentesco entre o
praticante e o Ser Supremo ( ou deuses).

- Faziam-se promessas aos deuses (votos).

- Alguns povos primitivos praticavam a circuncisão.

- Havia rituais de comunhão, nos quais o novato tinha seu nome trocado.

- O sangue dos animais sacrificados era derramado sobre locais sagrados.

- Cria-se no renascimento do animal a partir dos seus ossos. Por isso, não os quebravam.

- Algumas montanhas eram consideradas sagradas.

- Em alguns rituais de iniciação, havia um banho sagrado, que era considerado início de uma nova
vida.

Certamente, essas manifestações não se deram, todas, no meio de um só povo e na mesma época. O
que temos acima é uma seleção de crenças e rituais praticados por diversos grupos primitivos dentro
de um período de tempo que não podemos delimitar com precisão, mas que se situa,
aproximadamente, entre 4000 e 3000 a.C.. Tais práticas ocorreram em diversos lugares do mundo.
Entretanto, as informações mais numerosas se referem aos povos da Mesopotâmia.

Na elaboração do presente trabalho, selecionamos, preferencialmente, as práticas que interessavam


ao nosso objetivo. Outros tantos rituais existiram, mas que se distanciam do nosso enfoque. Os
historiadores têm acesso a todas essas informações, mas muitos deles fazem uma interpretação
diferente de tudo o que dissemos. Nossa visão se desenvolve sobre os pressupostos da fé em Deus e
da veracidade da Bíblia.

Para localizarmos as origens judaicas, é bom mencionarmos que o tempo dos povos primitivos é
dividido nos seguintes períodos :

Cultura primordial - A sobrevivência se baseava na coleta de plantas e na caça. Já havia o clã, que
era formado por famílias monogâmicas sem organização política.

Cultura primária - Surge o cultivo de plantas, a horticultura. A caça já é mais especializada.


Inicia-se o pastoreio de animais. É a cultura dos pastores que nasce. Nela, se destaca o valor da
numerosa família patriarcal e o nomadismo.

Cultura secundária - A horticultura se desenvolve para o cultivo de cereais. Para isso, as


comunidades rurais vão se fixando em determinados lugares. A caça e o pastoreio vão se
desenvolvendo por outro lado. Os pastores passam a praticar grandes migrações.

Cultura terciária - É a combinação de todas as atividades citadas anteriormente.

Pela fixação de moradias surgiram as cidades e posteriormente o comércio. Alguns povos cresceram
muito, dando origem às primeiras grandes civilizações.

A mais antiga civilização que se destacou pelo seu deseonvolvimento foi a dos sumérios. Em 3000
a.C., a Suméria já possuía grandes cidades que estavam situadas na Mesopotâmia, entre os rios
Tigre e Eufrates. Seu desenvolvimento em diversos setores foi surpreendente em relação à sua
época. Entre seus feitos notáveis destaca-se a invenção da escrita cuneiforme. Sua vida religiosa era
intensa.

Em suas cidades havia grandes templos, chamados zigurates, nos quais encontravam-se sacerdotes e
sacerdotisas. Havia muitas pessoas ligadas ao serviço do templo. Entre outras coisas, se ocupavam
com a arte religiosa, a música e os escritos. Estes incluíam métodos de encantamento, descrição de
rituais, lendas, lamentações e hinos. Os sumérios eram politeístas. Possuíam, aproximadamente,
3000 deuses, aos quais faziam-se sacrifícios de animais.

A religião suméria ensinava que os homens foram moldados pelos deuses a partir da argila,
unicamente para serem seus escravos.

Os templos possuíam terras e celeiros para o sustento dos sacerdotes e também dos órfãos e viúvas.

Entre as cidades da Suméria estava Ur, de onde saiu Abrão.

Pelo que estudamos até aqui, vemos que era imensa a herança religiosa que Abrão recebeu, ou seja,
eram inúmeras as influências que seriam herdadas, mais tarde, pelo judaísmo. Muito do que
abordamos até aqui pode parecer ter sido extraído da Bíblia. Normalmente, pensamos na Bíblia
como fonte primária, mas, até essa altura da história, a Bíblia ainda não existia. Tendo em mente
todas essas informações, podemos compreender a ação de Abraão ao sacrificar um animal a Deus
(Gn.22:13), ou a atitude de Jacó ao erigir uma coluna em Betel (Gn.28:18). Não eram práticas
inventadas por eles, mas influências herdadas. Se Deus aceitou, e algumas vezes até prescreveu tais
ações, isto significa que elas eram corretas e, provavelmente, surgiram nas relações de Deus com os
povos primitivos. Enquanto alguns desses povos degeneraram a religião verdadeira, outros ainda a
praticavam. Em Gênesis 14, é citado Melquisedeque. Este era sacerdote do Deus Altíssimo, recebeu
os dízimos e ofereceu a Abraão pão e vinho. No contexto desta pesquisa, Melquisedeque já não nos
parece tão deslocado como no relato bíblico. Ele era rei e sacerdote de um povo que servia, ou havia
servido, ao verdadeiro Deus.

Quase todas as crenças e rituais primitivos, citados acima, apareceram mais tarde na vida dos
patriarcas ou no judaísmo, devidamente ajustados e regulamentados pela lei mosaica. A lei tornou
obrigatórias muitas daquelas práticas. Outras se firmaram pela tradição e houve muitas que Deus
proibiu que se fizessem. As proibições divinas tinham, entre outros, o objetivo de interromper o
livre curso das influências. Por exemplo, foi proibida a fabricação e uso das imagens de esculturas.
Se Deus não proibisse, o judaísmo teria incorporado essa influência maligna.

À primeira vista, pode parecer espúrio o fato dos israelitas praticarem um rito religioso existente
entre outros povos. Pode parecer estranho e até duvidoso que Deus tenha ordenado que assim se
fizesse. Essa impressão decorre da visão que temos dos povos do passado. Vemos Israel como o
povo de Deus e o resto do mundo como povos do Diabo. É verdade que Israel foi um povo
escolhido para um propósito especial. Entretanto, a própria Bíblia nos apresenta evidências das
relações de Deus com outros povos. Daí surgiram rituais que só mais tarde o judaísmo viria a
praticar. Vejamos alguns textos bíblicos interessantes, entre os quais, referências a um período já
avançado na história de Israel :

- Melquisedeque servia a Deus e não era descendente de Abraão - Gn.14.

- Balaão era moabita e servia ao Deus verdadeiro. - Núm. 24.

- O Senhor livrou os sírios através de Naamã. - II Rs. 5.

- Como Israel foi liberto do Egito, Deus tirou também os filisteus de Caftor e os sírios de Quir. -
Am.9:7.

- Os habitantes de Nínive jejuaram, cobriram-se de saco e cinza, e Deus perdoou os seus pecados. -
Jn.3.

- Ciro, rei da Pérsia, foi chamado de servo e ungido de Deus. - Is.45:1.

Tudo isso é bem coerente com o propósito divino da salvação. Seu objetivo sempre foi resgatar
homens "de toda tribo, língua, povo e nação". (Ap.5:9). Israel foi escolhido para ser o agente de
Deus entre as nações. Foi eleito, não para ser influenciado, mas para influenciar, e levar a benção da
promessa (Gn.12:3) a todas as famílias da terra.
INFLUÊNCIA EGÍPCIA

Já localizamos a origem de Abraão e as influências que vieram das religiões primitivas para o
judaísmo. Vamos agora dar um salto de alguns séculos na história. O início da religião de Israel se
deu, "oficialmente", no monte Sinai, quando Moisés recebeu os dez mandamentos. O povo acabara
de sair do Egito, onde esteve por 430 anos. Esse tempo deve ter sido suficiente para que os israelitas
absorvessem muitas características da religião egípcia. Os egípcios eram politeístas e muitos de seus
deuses eram representados por imagens de animais. Por exemplo, a deusa Hator era representada
pela imagem de uma vaca. Logo ao pé do monte Sinai, vemos a manifestação da influência egípcia :
Aarão constrói um bezerro de ouro e diz : "Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do
Egito". (Êx.32:1-5). Na seqüência, realizaram uma grande festa, o que era muito comum nos ritos
sagrados das religiões primitivas e antigas. No Egito, havia templos e sacerdotes, os quais tinham o
hábito de se purificarem nas águas de uma lagoa sagrada. O acesso ao interior dos templos era
exclusivo aos sacerdotes. Havia também entre eles o sumo-sacerdote, que proferia orações diante da
imagem do seu deus; se prostrava e também queimava incenso. No judaísmo vieram a ser
praticados rituais quase idênticos a esses.

Na saída do Egito, Deus deu ao povo os dez mandamentos. Daí em diante, viria a travessia do
deserto. Durante esses quarenta anos, Deus tratou com o povo a fim de desarraigar muitas
influências egípcias que não poderiam caracterizar o povo de Deus. Por esse tempo, o Senhor
começou a previni-los acerca da influência dos povos que habitavam a terra prometida. Deus deu
dois tipos de ordem, pois ele sabia que Israel não cumpriria cabalmente a primeira. Deus mandou
que os cananeus fossem totalmente destruídos. (Núm.33:50-56 Dt.7:1-6 ; 25-26). Sabendo que isto
não aconteceria, o Senhor prescreveu uma série de proibições a fim de que o judaísmo não se
maculasse com as influências pagãs. (Dt.17:2-5 Dt.18: 9-14).

No caminho para Canaã, Israel passou pelos termos dos moabitas. A influência maligna foi fatal. Os
israelitas participaram dos sacrifícios idólatras e se prostituíram. Provavelmente, tal prostituição era
parte do culto. (Núm.25:1-3). A reação de Deus foi matar vinte e quatro mil israelitas. É assustador.
Entretanto, se Deus não fizesse assim, Israel poderia querer incluir a prostituição em seus próprios
rituais.

INFLUÊNCIA DOS CANANEUS E NAÇÕES VIZINHAS

Apesar das proibições divinas, Israel se contaminou com as práticas religiosas de Canaã e das
nações vizinhas. A seguir, relacionamos algumas dessas ocorrências, que se deram desde os tempos
dos juízes até o fim da monarquia :
Foram edificados altares em vários lugares, quando só deveria haver um altar para a nação. (II
Rs.17:9 II Rs. 21:1-4 Dt.12:11-14)

Andaram nos estatutos das nações de Canaã. (II Rs. 17:8).

Fizeram estátuas, imagens de escultura. (II Rs.17:10,16 II Rs. 21:7)

Queimaram incenso em vários lugares, principalmente debaixo das árvores. (II Rs.17: 10- 11
Os.4:13).

Praticaram a adoração a diversos deuses, principalmente a Baal. (II Rs.17:7,12,16 Os.4:17). Baal
era a principal divindade dos cananeus e fenícios. Sua figura estava relacionada ao sol. Seu culto
incluía sacrifícios de crianças.

Adoraram os astros. (II Rs. 17:16 II Rs.21:5 II Rs.23:5)

Praticaram a feitiçaria. (II Rs.21:6 I Sm.28:7).

Invocaram os mortos. (I Sm.28:7-11).

Praticaram a magia. (Os.4:12).

Os casamentos políticos dos reis favoreceram o aumento da idolatria. (I Rs.16:31). O pior exemplo
foi o de Salomão, que tomou mulheres moabitas, amonitas, iduméias, sidônias, hetéias, etc.. ( I
Rs.11:1-9).

Todas essas práticas provocaram a ira de Deus. Em conseqüência, disso ele entregou Israel nas
mãos da Assíria e Judá foi levado para a Babilônia. (II Rs. 17:20-23).

O PROFETISMO NO ANTIGO ORIENTE MÉDIO

No estudo do Antigo Testamento, deparamos com o profetismo em Israel e Judá. Este fenômeno
inicia-se no tempo de Samuel e estende-se até o período pós-exílico. Entretanto, serve bem ao nosso
tema salientar que esse não foi um movimento exclusivamente israelita. As descobertas
arqueológicas testificam de que havia profetas entre outros povos e religiões. Até entre os sumérios
eles já estavam presentes.

Havia, inicialmente, dois tipos de profetas : o vidente e o nabi. O vidente era parte das comunidades
nômades. Tinha visões espirituais e transmitia suas mensagens por meio de versos poéticos. Balaão
é um exemplo de vidente gentio. O nabi era o profeta extático, que estava ligado a um santuário, um
templo, ou uma corte real. Os reis possuíam, geralmente, um ajuntamento de profetas a seu serviço.
Todos esses traços do movimento profético se manifestaram em Israel (I Sm.9:9). O maior
representante do profetismo javista foi Elias.
Nesse tempo, havia muitos profetas, que poderiam ser encontrados profetizando isoladamente ou
em bandos.

INFLUÊNCIAS NA LITERATURA

Como vimos, os videntes de diversas religiões transmitiam suas mensagens em forma de versos. Tal
prática se tornou comum em Israel. Isto pode ser facilmente constatado nos livros proféticos do
Velho Testamento.

A literatura religiosa judaica assimilou influências diversas. Poderíamos citar, por exemplo, o uso
de parábolas e lamentações. A própria literatura sapiencial era corrente entre outras nações. Os reis
das nações antigas mantinham muitos sábios em suas cortes. Eram os conselheiros reais. A
sabedoria foi muito valorizada no Egito, na Arábia, na Fenícia, na Babilônia e em outras nações.
Entretanto, a literatura desses povos estava cheia de magia, superstição, idolatria e licenciosidade.
Muitos escritos sapienciais da antigüidade foram recuperados pela arqueologia. Eles tratavam de
questões comuns da humanidade, tais como o sofrimento, a moral e a religião. Suas conclusões,
porém, eram desalentadoras. Os sábios gentios já se dedicavam a questionar o comportamento
humano e compor provérbios. Cabe destacar, entretanto, que tais escritos perdem na essência,
quando comparados aos livros bíblicos poéticos, principalmente, aos Provérbios de Salomão. Israel
apresentou a melhor essência sapiencial, mas recebeu a influência quanto ao estilo literário.

INFLUÊNCIA DA ASSÍRIA

A Assíria se localizava `as margens do rio Tigre, em suas planícies férteis. Seu povo era de
descendência semita. Eram guerreiros extremamente ferozes e cruéis. Esse foi um dos impérios
mais agressivos da antigüidade. Conquistava outras nações sob a justificativa de uma missão divina.
Sua principal divindade era Assur. Entre seus rituais estavam os sacrifícios de animais. Eram
imolados leões, cabritos, gazelas, avestruzes e até macacos. Os assírios acreditavam na existência
de muitos deuses e também demônios, alguns dos quais, supostamente, possuíam asas. A crença dos
israelitas nos demônios parece ter se desenvolvido durante o cativeiro, por influência da Assíria
e/ou da Babilônia. O certo é que, antes, atribuíam todos os acontecimentos à ação de Deus.

Após levar cativos os habitantes do Reino do Norte, a Assíria assentou outra população em seu
lugar. Tal medida criou o ambiente propício para influenciar o remanescente israelita que havia
permanecido em sua terra. O resultado foi um povo híbrido, os samaritanos, que, pela carga de
influência estrangeira, passaram a ser discriminados pelos judeus. (Jo.4:9).
INFLUÊNCIA DA BABILÔNIA

Semelhantemente às tribos do norte, também Judá se corrompeu com todas as influências dos
cananeus e povos vizinhos. Por esta causa, Deus os entregou nas mãos da Babilônia. (II Rs.17:19-
20). Os babilônios eram politeístas e se dedicavam também à magia, astrologia, adivinhações e
encantamentos. Em sua religião, havia sacerdotes, os quais possuíam grande poder político. Esse
fator parece ter influenciado os judeus. Nos dias de Cristo, os sacerdotes judaicos se encontravam
em proeminência política no meio do seu povo.

Na Babilônia, os judeus aprenderam a dura lição de que não deviam assimilar toda e qualquer
influência religiosa. No livro de Daniel já podemos observar alguns judeus com personalidade
religiosa mais forte e inflexível. Notamos o caso de Daniel, que manteve seus hábitos de oração ao
verdadeiro Deus, mesmo sob risco de vida. Seus três amigos, Sadraque, Mesaque e Abdenego,
recusaram-se terminantemente a adorar a estátua de Nabucodonozor. Tais atitudes possibilitaram
momentos surpreendentes em que os judeus cativos influenciaram os reis estrangeiros, os quais
ordenaram que todos reconhecessem e adorassem o Deus verdadeiro. (Dn.2:47 ; 4:1-3 ,34-37 ; 6:25-
28).

Estas foram experiências particulares, mas que exemplificam uma tendência do povo cativo. Após o
retorno, os judeus se mostraram definitivamente imunizados contra a influência politeísta. Durante
o cativeiro, eles repensaram suas relações com Deus e seus valores religiosos. Tais reflexões
produziram o Talmude da Babilônia.

No cativeiro surgiram as sinagogas, que, até hoje, são, em todo o mundo, centros da cultura e da
religião judaica.

INFLUÊNCIA DA PÉRSIA

Em 538 a.C. o império da Babilônia foi conquistado pela Pérsia. Essa nação praticava uma religião
monoteísta, o zoroastrismo, com características que nos parecem surpreendentes, como passamos a
transcrever :

"Os soberanos persas - pelo menos Dario, e talvez Ciro e Câmbises - adotaram uma religião de
Estado. todas as conquistas eram realizadas em nome de um Ser Supremo, Ahuramazda, criador do
céu e da terra. No obscuro passado persa, Ahuramazda fora uma dentre várias divindades da
natureza. Os rituais incluíam sacrifícios de animais, uma cerimônia do fogo e a ingestão de uma
bebida sagrada e alucinógena chamada haoma. Mas, em algum momento anterior a 600 a.C. , surgiu
das estepes do nordeste da Pérsia um profeta que iria revolucionar a religião daquele povo. Esse
profeta era Zaratustra, ou Zoroastro, como os gregos o chamavam. Ahuramazda manifestara-se a
Zoroastro numa visão, revelando-se como a divindade suprema, onisciente e onipotente. Ele era o
representante da luz e da verdade, o criador de todas as coisas, a fonte de toda a virtude. Voltados
contra ele estavam as potências das trevas, os anjos do mal e os guardiães da mentira e da falsidade.
O universo era visto como o campo de batalha em que essas forças opostas se digladiavam, tanto na
esfera das conquistas políticas quanto nas profundezas da alma humana. Mas, com o tempo, a luz
voltaria a brilhar, dispersando a escuridão e fazendo prevalecer a verdade. No dia do ajuste de
contas, os abençoados alcançariam a salvação celestial, e todos os outros assariam nas chamas do
purgatório.

O conceito de um deus único e todo-poderoso não era inteiramente novo. Os egípcios haviam
considerado essa idéia durante o reinado de Aquenaton, e os judeus caminhavam nessa direção
havia séculos. Mas Zoroastro deu ao monoteísmo um poderoso impulso. E seu padrão ético - a luz
contra as trevas, a verdade contra a falsidade - constituía uma inovação espiritual de enorme
importância. Num sentido imediato, essa visão pode ter sido um reflexo da animosidade entre um
reformador visionário e um povo tradicionalista. Zoroastro condenou o sacrifício de animais, por
exemplo, e elevou o culto do fogo à eminência de símbolo de purificação e verdade. Mas foi no
plano ético que ele obteve seu verdadeiro triunfo, promovendo um modelo de comportamento
virtuoso.

O zoroastrismo sofreu inúmeras modificações no decorrer dos séculos, e seu monoteísmo essencial
acabou minado por uma hierarquia cada vez maior de santos e demônios. Alguns de seus rituais
pareceram excêntricos aos contemporâneos: a aparente adoração do fogo, em elevadas torres ao ar
livre; a ausência de templos e ídolos; uma veneração pela natureza tão difundida que os
zoroastristas ortodoxos abandonavam seus mortos nos topos das montanhas em vez de macularem a
terra com um sepultamento. Mas a essência abstrata do zoroastrismo afetou profundamente o
pensamento religioso do Oriente Médio. Ela influenciou os escribas judeus que, na Babilônia,
estavam editando os antigos textos da lei mosaica, proporcionado-lhes novos conceitos de céu e
inferno e inspirando-os com um novo sentido de responsabilidade individual perante um Deus único
e verdadeiro.

A crença numa vida celestial após a morte para os bons e nos tormentos infernais para os maus pode
ter sido, em parte , responsável pela maneira esclarecida com que os soberanos persas tratavam as
nações conquistadas."

É impressionante a semelhança entre o zoroastrismo e o judaísmo em diversos pontos. Além da


influência que os judeus receberam no cativeiro, parece que outras tantas influências foram trocadas
entre essas religiões. É difícil tirar uma conclusão. Algumas perguntas não encontram respostas. Por
exemplo : Teriam tido os persas uma experiência com o Deus verdadeiro ? Essa hipótese é
fascinante e não pode ser descartada. Principalmente, quando lembramos que o Deus de Israel se
referiu ao rei Ciro como servo e ungido. (Is.45:1). De qualquer modo, algumas características do
zoroastrismo são biblicamente reprovadas.

Durante o domínio persa, os cativos judeus foram autorizados a retornar para sua terra.

INFLUÊNCIA DA GRÉCIA

Em 333 a.C., Alexandre, o Grande, conquistou a Pérsia. Nesse período, estava em franca ascensão o
domínio grego sobre o mundo conhecido da época.

Em 175 a.C. , o rei Antíoco IV construiu um ginásio em Jerusalém e ensinou os jovens judeus a
praticar o atletismo. Além disso, tirou os vasos do templo em Jerusalém e colocou nele a imagem de
Zeus, seguindo uma prática que fora bem sucedida em todos os outros domínios gregos. Antíoco
resolveu estirpar a religião judaica, acabando com a circuncisão e com a observância das leis
relativas aos alimentos. A tudo isso o povo de Jerusalém se submeteu. Sacrificaram aos ídolos
gregos e profanaram o sábado. Entretanto, fora da cidade, os judeus resistiam obstinados. Esses
fatos são narrados no primeiro livro dos Macabeus.

Muitos servos de Deus fiéis, que resistiram a Antíoco Epifanes, foram por ele executados. Até
então, os judeus esperavam a recompensa divina em vida. Essas mortes de pessoas virtuosas
fizeram com que fosse desenvolvida a fé na imortalidade e na ressurreição. Apenas os saduceus
resistiram a essas conclusões.

Além desses episódios, a influência grega sobre o judaísmo se deu mais através da cultura. A língua
grega foi difundida em todo o mundo. Até em Israel se falava grego.

Havia colônias judaicas em muitos lugares. Em Alexandria, no Egito, estava uma das principais e lá
foi feita , em 270 a.C., a tradução do Antigo Testamento para o grego. Essa versão recebeu o nome
de Septuaginta, sendo utilizada mais tarde por Jesus e seus discípulos.

INFLUÊNCIA DE ROMA

Israel conseguiu se libertar do jugo da Grécia, mas logo foi conquistado pelos romanos. Estes, em
seus primórdios, praticaram uma espécie de culto da natureza. Depois, foram "adotando" deuses e
práticas religiosas de outras nações, principalmente da Grécia.

Como influência romana no judaísmo, podemos citar o templo que Herodes contruiu em Jerusalém.
A construção era em estilo helenístico, com pilares coríntios e com a imagem de uma águia sobre a
entrada principal.
No ano 70 d.C. os judeus se rebelaram contra Roma, que revidou, invadindo Jerusalém e
derrubando o templo.

INFLUÊNCIA DO JUDAÍSMO SOBRE O CRISTIANISMO

O cristianismo é fruto do judaísmo. Cristo é um judeu. Tal influência é tão abrangente, que
poderíamos dizer que herdamos tudo o que o judaísmo tinha e passamos a selecionar o que seria
utilizado ou não.

Do judaísmo recebemos o Antigo Testamento e , com ele, toda a nossa base religiosa. Cremos no
mesmo Deus; cremos no céu, no inferno, na existência das hostes celestiais, na recompensa para os
justos e no castigo para os ímpios. Uma lista completa seria bastante extensa.

Em alguns segmentos considerados, estatísticamente, cristãos, tais como os adventistas do sétimo


dia, o vínculo com o judaísmo se torna ainda mais evidente, pois tais igrejas procuram seguir , ainda
hoje, alguns preceitos da lei mosaica, que nós, batistas, não observamos.

Os padres católicos, por sua vez, usam vestes que nos lembram os sacerdotes bíblicos.

Muitas igrejas, inclusive batistas, mantêm a tradição de apresentar crianças recém-nascidas. Tal
prática não é um preceito cristão, mas está relacionada ao rito judaico da circuncisão. (Lc.2:21-58).

Enquanto algumas denominações guardam o sábado, outras guardam o domingo como dia do
Senhor. Em ambos os casos, está a influência do sábado judaico.

O Novo Testamento ensina que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas e que o
templo de Deus somos nós. Entretanto, existe, ainda hoje, uma forte valorização dos templos de
concretos como se fossem sagrados. Muitos se referem a eles como "Casa de Deus". Os púlpitos ou
altares são, às vezes, considerados lugares santos. Tais pensamentos são herança judaica. Alguns as
receberam "via catolicismo".

A comemoração da páscoa é outra herança. Nós, como cristãos, não temos o dever de comemorá-la.
A ceia do Senhor absorveu os significados dessa festa e não tem data determinada para sua
realização.

Há alguns grupos evangélicos que chegam a comemorar pentecoste e tabernáculos sem, contudo,
seguir todos os ritos da lei em relação a essas festas.

Muitas influências judaicas são necessárias e foram endossadas pelo Senhor Jesus (Mt.5). Outras,
porém, são pesos desnecessários e totalmente incompatíveis com a revelação da Nova Aliança.
(At.15:28-29 Gl.5:3-4).
CONCLUSÃO

O judaísmo se ergueu sobre os fundamentos das religiões primitivas. No seu desenvolvimento,


foram adotadas características próprias de outros povos. Pode-se perguntar então : Onde está a
originalidade ou a vantagem do judaísmo ? Está na eleição de Abraão, na revelação que Deus fez de
si mesmo a Israel, e nas alianças do Senhor com o seu povo.

"Qual é logo a vantagem do judeu ? Ou qual a utilidade da circuncisão ? Muita, em toda a maneira,
porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas." (Rm.3:1-2).

A lei judaica brilha por suas características gerais, avançadas para a época. A legislação mosaica
exaltou o que o mundo antigo rebaixava; dogmatizou a questão da unidade de Deus; protegeu o
estrangeiro, que outros povos consideravam inimigo; amparou o pobre; dignificou a mulher;
prescreveu a caridade; estabeleceu castigo para o homicídio e o furto; e moderou a escravidão.

Através dos mandamentos, o Senhor mostrou que a moral, a santidade, o amor, a justiça e a
misericórdia são a essência do seu caráter e os elementos mais importantes da verdadeira religião.
Isto não viria por influência humana, mas somente através de uma comunhão real com Deus, sem a
qual, qualquer judeu ou cristão perde todo o seu valor. Sua religiosidade cai então ao nível de outra
qualquer que tem sido praticada pela humanidade em todos os tempos. Como disse o profeta
Samuel, a rebelião é semelhante à feitiçaria e a iniquidade é como a idolatria. (I Sm. 15:23).

A história de Israel serve-nos como advertência. Que tipo de influência temos recebido ? Estejamos
vigilantes. Examinemos todas as coisas, retendo somente o que for bom. (I Ts.5:21).

Sobretudo, precisamos cultivar nosso relacionamento com Deus. É a nossa aliança com ele que nos
faz diferentes. Assim, poderemos influenciar a muitos, levando-os a encontrar o caminho da
salvação e da vida eterna.

BIBLIOGRAFIA

ENCICLOPÉDIA - Programa Auxiliar de Pesquisa Estudantil - EDIPAR - Edições e Participações


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FERREIRA, AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA - Novo Dicionário de Língua Portuguesa -


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RUSSEL, BERTRAND - Obras Filosóficas - Companhia Editora Nacional

FILHO, TÁCITO DA GAMA LEITE - Origem e Desenvolvimento da Religião - JUERP

KIDNER, R. DEREK - Provérbios - Coleção Mundo Cristão - Edições Vida Nova

FOHRER, GEORGE - História da Religião de Israel

anisiora@mg.trt.gov.br

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