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Artrite reumatoide: sintomas,

causas e tratamentos

O que é Artrite reumatoide?


A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que geralmente
afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. Ela interfere no
revestimento dessas articulações, causando um inchaço doloroso que pode,
eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular. A artrite
reumatoide é uma doença autoimune, ou seja, que faz com que o sistema
imunológico do corpo ataque os tecidos saudáveis por engano.

Segundo a reumatologista Tatiana Molinas Hasegawa, do Centro de Qualidade


de Vida (CQV), além de causar problemas nas juntas, a artrite reumatoide, em
alguns casos, pode afetar outros órgãos do corpo – tais como pele, olhos,
pulmões e vasos sanguíneos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatoide


acomete cerca de 1% da população e qualquer pessoa pode desenvolver a
doença, desde crianças até idosos. Tatiana explica que, na infância, entre dois
e 15 anos, o quadro é chamado de artrite reumatoide juvenil. Na fase adulta,
recebe o nome de artrite reumatoide.

“A doença costuma se manifestar com maior frequência entre o público


feminino. Isso aconteceria por causa do fator hormonal, pois o estrogênio
poderia mexer com o sistema imune da mulher. Mas essa afirmação ainda está
sendo estudada”, afirma. Segundo a Sociedade Brasileira de Autoimunidade, a
incidência de artrite reumatoide é de três mulheres para cada homem.

CID da Artrite reumatoide


No CID-10, é possível encontrar a artrite reumatoide sob os códigos:

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 M05 — Artrite reumatoide soro-positiva
 M05.3 — Artrite reumatoide com comprometimento de outros órgãos
e sistemas
 M05.9 — Artrite reumatoide soro-positiva não especificada
 M06.0 — Artrite reumatoide soro-negativa
 M06.9 — Artrite reumatoide não especificada
 M08.0 — Artrite reumatoide juvenil.

Causas
Diferentes fatores podem causar artrite reumatoide. O principal é ter grau de
parentesco com pessoas que têm a doença. Segundo Roberto Heymann,
assistente doutor da disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), a carga genética passada de pai para filho pode conter genes
que estão associados à artrite.

Além dos fatores genéticos, a artrite reumatoide também pode estar associada
a infecções virais e bacterianas. “Vírus e bactérias podem cair na corrente
sanguínea e desencadear um desequilíbrio no sistema imunológico, resultando
assim num quadro de artrite reumatoide”, alerta Tatiana. Ela conta que
infecções urinárias, dores de dente e dores de garganta são alguns dos fatores
que podem levar ao problema.

O cigarro também pode ser visto como um facilitador para o desenvolvimento


da artrite reumatoide, inclusive pessoas que não fumam, mas têm contato com
fumantes, também correm risco. Os especialistas dizem que até mesmo fatores
ambientais podem ser um gatilho para o desenvolvimento de artrite
reumatoide. Poluentes como a sílica, elemento principal que constitui a areia,
são alguns dos que podem predispor a doença.

Fatores de risco
São diversos os fatores de risco para o aparecimento da artrite reumatoide,
dentre eles estão:

 Ser mulher, uma vez que a doença afeta três vezes mais mulheres que
homens

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 Ter parentes próximos com artrite reumatoide. Mas esse fator não é
absoluto. Existe apenas uma chance maior de se ter a doença
comparando-se com alguém que não tenha nenhum caso na família
 Fumantes, mesmo que sejam apenas fumantes passivos
 Pessoas expostas a poluentes do tipo sílica.

Sintomas

Sintomas de Artrite reumatoide


Os sinais e sintomas da artrite reumatoide são:

 Dor nas articulações dos dedos das mãos e pés


 Dor nas articulações dos joelhos e tornozelos
 Dor nas articulações dos cotovelos e ombros
 Dor na região do quadril
 Dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações
 Rigidez matinal, que pode durar horas
 Caroços firmes de tecido sob a pele dos braços (nódulos reumatoides)
 Rigidez e dificuldade para movimentar certas articulações no período
da manhã
 Fadiga
 Febre
 Perda de peso não intencional.

Os sinais e sintomas da artrite reumatoide podem variar em termos de


gravidade e, também, podem ser intermitentes, ou seja, aparecer e
desaparecer em seguida. Períodos de maior atividade da doença, chamados de
crises, alternam-se com períodos de remissão relativa - quando o inchaço e a
dor das juntas (articulações) desaparecem ou ficam menos frequentes. Além
disso, a inatividade da doença também pode ser percebida nos exames
laboratoriais.

De acordo com a Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de


serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares, os sintomas da artrite
reumatoide costumam se manifestar primeiramente nas juntas (articulações)
menores, como as juntas que ligam os dedos às mãos e os dedos dos pés aos
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pés. À medida que a doença progride, os sintomas podem se espalhar para os
pulsos, joelhos, tornozelos, cotovelos, quadris e ombros. Na maioria das vezes,
os sintomas se manifestam nas juntas em ambos os lados do corpo.

Diagnóstico e Exames

Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar artrite reumatoide são:

 Clínico geral
 Reumatologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo.


Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram


 Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
 Informações sobre os problemas de saúde de seus pais ou irmãos
 Perguntas que você quer fazer ao médico
 Se possível, leve um acompanhante.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Quando os sintomas começaram?


 Eles sofreram alterações ao longo do tempo?
 Que articulações são afetadas?
 Quais atividades tornam seus sintomas melhores ou piores?
 Seus sintomas interferem nas tarefas diárias?.

Também é importante levar suas dúvidas para o consultório por escrito,


começando pelas mais importantes. Isso garante que você conseguirá
respostas para todas as dúvidas relevantes antes da consulta acabar.

Diagnóstico de Artrite reumatoide

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O diagnóstico de artrite reumatoide leva em consideração diferentes aspectos.
Isso acontece porque não existe um exame específico para detectar a doença.
Primeiramente, o médico irá perguntar sobre o histórico médico pessoal e
familiar do paciente, a fim de descobrir se o indivíduo possui casos de artrite
reumatoide na família e se apresenta fatores de risco, como tabagismo, que
podem facilitar o desenvolvimento da doença.

Além disso, também será necessária a realização de exames físicos no


consultório. Nesse momento, o médico irá examinar as juntas procurando
inchaço, dores ou limitações na realização dos movimentos. O médico também
tentará detectar se os membros estão quentes, pois esse é um fator indicativo
de inflamação.

Segundo a Arthritis Foundation, o número de articulações afetadas também


pode ser um indício de artrite reumatoide, pois a doença tende a afetar juntas
em ambos os lados do corpo. Por fim, o exame físico também pode revelar a
presença de nódulos ou uma febre baixa.

A realização de testes clínicos também é necessária para auxiliar no diagnóstico


de artrite reumatoide. Os exames clínicos são feitos a partir de amostras de
sangue, com o intuito de encontrar anticorpos anormais e também o grau de
inflamação. Os principais exames são o de velocidade de hemossedimentação
(VHS) e também a dosagem da proteína C reativa (PCR).

O exame de hemograma completo auxilia a checar se o paciente está com


anemia. Isso porque é comum as pessoas apresentarem anemia durante a
artrite reumatoide, pois as plaquetas aumentam devido à inflamação.

Durante a evolução da doença, o corpo produz autoanticorpos, proteínas do


sangue que atacam o organismo. Para checar a quantidade de autoanticorpos
produzida é feito um exame chamado dosagem de fator reumatoide. De acordo
com a Mayo Clinic, cerca de 80% dos pacientes com artrite reumatoide
possuem essa proteína circulando no sangue. No entanto, vale lembrar que a
ausência dessa proteína não exclui a possibilidade de o paciente apresentar
artrite reumatoide.

Também são pedidas provas de atividade inflamatória. Essas análises englobam


justamente os exames de VHS e PCR. Atualmente, conta-se também com o

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exame anti-CCP, um teste mais específico para checar a quantidade de
inflamação presente no organismo.

Exames de raio-x, ultrassonografia ou ressonância magnética também podem


ser feitos com o intuito de encontrar lesões nas juntas. No entanto, mesmo que
os exames de imagem não mostrem lesões nas juntas, o diagnóstico de artrite
reumatoide não pode ser descartado. Segundo a Mayo Clinic, isso pode
significar que a doença está em um estágio inicial.

Critérios de Classificação
Alguns critérios podem facilitar o diagnóstico de artrite reumatoide. O
reumatologista Roberto Heyman explica que existe uma pontuação, que vai de
zero a 10, utilizada por médicos para auxiliar na identificação da doença.
Segundo ele, para classificar o caso como artrite reumatoide é necessário
pontuar ao menos seis dos 10 critérios.

Acometimento articular (0-5)

 1 grande articulação -0
 2-10 grandes articulações- 1
 1-3 pequenas articulações (grandes não contadas)- 2
 4-10 pequenas articulações (grandes não contadas)- 3
 >10 articulações (pelo menos uma pequena)- 5.

Sorologia (0-3)

 Fator reumatoide negativo E ACPA negativo - 0


 FR positivo OU ACPA positivo em baixos títulos - 2
 FR positivo OU ACPA positivo em altos títulos - 3.

Duração dos sintomas (0-1)

 Menos de 6 semanas - 0
 Igual ou mais do que 6 semanas - 1
 Provas de atividade inflamatória (0-1)
 PCR normal E VHS normal - 0
 PCR anormal OU VHS anormal - 1.

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Tratamento e Cuidados

Tratamento de Artrite reumatoide


A artrite reumatoide é uma doença crônica, portanto ainda não tem cura, mas
pode ser controlada. Atualmente, existem tratamentos e medicações que
possibilitam que a doença fique inativa e o paciente tenha qualidade de vida.

O tratamento para a artrite reumatoide varia de acordo com as características


do paciente e sua resposta imunológica. “No momento de dizer qual será o
tratamento do paciente, o reumatologista leva em consideração as articulações
atingidas pela inflamação, o grau de inchaço e a intensidade da dor entre zero
e 10”, explica a reumatologista Tatiana Molinas Hasegawa.

Saiba mais: Dor nas articulações pode ser amenizada com exercícios
físicos

A reumatologista conta que o tratamento para a artrite reumatoide pode incluir


orientações não medicamentosas, ou seja, modificações na rotina do paciente e
recomendar a prática de atividades físicas, fisioterapia e hábitos saudáveis. Mas
a intervenção medicamentosa também pode fazer parte do tratamento.

Medicamentos para Artrite reumatoide


O tratamento medicamentoso é feito com as Drogas Modificadoras do Curso da
Doença (DMCD - do inglês "Disease-modifying antirheumatic drugs"). Esses
medicamentos agem no sistema imunológico e ajudam a impedir a progressão
da doença. “Elas não são drogas paliativas, como os anti-inflamatórios,
analgésicos e corticoides usados para conter a dor. São substâncias que
modificam a doença”, explica Tatiana.

As DMARDs são separadas em dois grupos distintos: os não biológicos, que


podem ser sintéticos convencionais ou sintéticos alvo específicos e os
biológicos. Os DMARDs biológicos são medicamentos feitos de proteínas, em
geral anticorpos, sintetizados por engenharia genética, que se ligam de forma
especifica em estruturas celulares ou proteínas que atuam no processo
inflamatório, neutralizando-as. Eles são divididos em classes, de acordo com
seu mecanismo de ação, que podem ser: inibidores de fator de necrose tumoral

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(anti TNF), inibidores do receptor de interleucina 6, inibidor do segundo sinal de
ativação do linfócito T e inibidor de CD20 7.

“Atualmente, os medicamentos conseguem deixar a doença adormecida e


impedem, por exemplo, que os pacientes tenham necessidade de serem
submetidos a cirurgias para a colocação de próteses ou percam a capacidade
funcional dos membros afetados”, ressalta Heymann.

Fisioterapia
Você pode fazer tratamento com um fisioterapeuta ou fisiatra, que lhe ensinará
exercícios para ajudar a manter as articulações flexíveis. O profissional pode
também sugerir novas maneiras de fazer tarefas diárias, para aliviar as
articulações. Por exemplo, se seus dedos estão doloridos, você pode pegar um
objeto usando os antebraços.

Existem também dispositivos auxiliares que podem tornar as atividades mais


fáceis e evitar a dor nas articulações. Por exemplo, uma faca de cozinha
equipada com uma alça de serra ajuda a proteger seus dedos e articulações do
pulso.

Cirurgia
Se os medicamentos não conseguem prevenir ou retardar o dano articular, o
paciente e o médico podem considerar a cirurgia para reparar as articulações
atingidas. Ela também pode reduzir a dor e corrigir deformidades. A cirurgia da
artrite reumatoide pode envolver um ou mais dos seguintes procedimentos:

 Substituição total da articulação: quadril e joelho são as articulações


mais frequentemente substituídas em pessoas com artrite reumatoide.
As estruturas danificadas são levadas para fora e uma articulação
artificial ou prótese é colocada no lugar com os devidos cuidados e,
dependendo de fatores como a condição física da pessoa, nível de
atividade e peso corporal, a vida útil de uma articulação substituída
pode ser mais de 20 anos
 Sinovectomia: é a remoção do revestimento do conjunto anormal da
articulação para impedi-la de corroer a cartilagem e o osso. Apesar de
eficaz, eventualmente, o revestimento das articulações (membrana

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sinovial) pode voltar a crescer anormalmente na artrite reumatoide e a
cirurgia pode ter de ser repetida
 Artrodese: é a cirurgia que une dois ou mais ossos para que as
articulações não possam mais se mover. Felizmente, atualmente esta
modalidade cirúrgica é cada vez mais rara e está praticamente em
desuso diante das novas modalidades terapêuticas.

Convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico
Você pode tomar medidas para cuidar de seu corpo se você tem artrite
reumatoide. Estas medidas de autocuidado, quando usadas junto com seus
medicamentos para artrite reumatoide, podem te ajudar a gerenciar melhor
seus sinais e sintomas:

Atenção para a carteirinha de vacinação


Se estar imunizado é importante para a população como um todo, para quem
tem artrite reumatoide isso é uma regra. A vacinação garante que o paciente
mantenha o sistema imunológico fortalecido e reduz a ocorrência de algumas
doenças infecciosas, que podem piorar o quadro como um todo. No entanto, a
vacinação da pessoa com artrite deve ter algumas ressalvas. Vacinas de vírus
vivo, como febre amarela, não devem ser utilizadas em pacientes com doença
em atividade e em uso de imunossupressores, por exemplo. A dose da
medicação do paciente também pode levar a uma interrupção do calendário de
vacinação, tendo em vista que a resposta à vacina pode ser insatisfatória. Além
disso, algumas vacinas fora do calendário oficial podem ser indicadas para
alguns pacientes antes deles começarem classes de medicações específicas,
portanto, converse com seu médico. Ele é o profissional indicado para a
orientação do seu calendário vacinal.

Faça exercícios
A fisioterapia e a prática de exercícios ajudam a corrigir e a prevenir a perda ou
a limitação do movimento articular, a atrofia, a fraqueza muscular e a
instabilidade das articulações. Isso porque músculos mais fortes ajudam a
proteger a articulação inflamada pela doença autoimune. Deve-se priorizar

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exercícios com menor grau de impacto articular e voltados para o
fortalecimento muscular e alongamentos, sempre acompanhados por
profissionais da área e observando as limitações individuais.

No início, a reabilitação pode ser feita com exercícios isométricos (realizados


com a contração muscular sem o movimento do membro) e, posteriormente,
com exercícios isotônicos (que envolvem a mesma contração muscular, mas
agora com o movimento), introduzindo lentamente exercícios com carga. Após
um período de 12 a 16 semanas, dependendo da evolução de cada paciente, é
possível iniciar exercícios de fortalecimento.

Converse com seu médico sobre a prática de exercícios e peça indicação do


profissional mais adequado, como fisioterapeuta ou educador físico, para seu
acompanhamento.

Durma bem
É sabido que o sistema imunológico sofre influência do ciclo do sono - e nesse
sentido, o paciente com artrite reumatoide se beneficia muito de uma noite
bem dormida, pois o organismo entra em equilíbrio e foge de problemas como
estresse, gripes, resfriados ou alterações na pressão arterial. A qualidade do
sono também é fundamental para o bom controle sintomático da doença.
Entretanto, alguns portadores podem sentir dificuldades para dormir por conta
das dores, ficando com o sono quebrado em várias partes ou então pegando no
sono muito tarde. Caso apresente problemas para dormir, converse com seu
médico para que ele possa encontrar uma solução individualizada para o seu
caso.

Controle seu peso


Manter um peso adequado é fundamental para quem tem artrite reumatoide
por diversos motivos. Inicialmente, o sobrepeso por si pode causar uma
sobrecarga mecânica, e acelerar o processo de degeneração das articulações -
contribuindo para a piora do quadro. Além disso, de acordo com a
reumatologista Tatiana, a artrite reumatoide isoladamente aumenta o risco de
doenças do coração, e a obesidade associada aumentaria ainda mais as
chances de doenças neste paciente. A obesidade também pode favorecer

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problemas como hipertensão, diabetes e colesterol alto, que já são doenças
comuns na pessoa com artrite, independentemente de seu peso.

Mudanças em casa
Com a progressão das deformidades, pode ser difícil praticar algumas
atividades simples, como abotoar uma camisa ou virar uma maçaneta. Por isso,
é importante ficar atento e fazer pequenas modificações na mobília da casa e
outros objetos para facilitar ao máximo a convivência do paciente com artrite
reumatoide, a fim de que as dores não sejam tão frequentes e as atividades
menos debilitantes. Usar velcro no fecho das roupas, preferir maçanetas e
torneiras em formato de cabo em vez das redondas, adaptadores para
utensílios domésticos ou então aparelhos elétricos, como facas e escovas de
dente, são altamente recomendados.

Tatiana Molinas Hasegawa aponta que o risco de osteoporose é maior nos


pacientes com artrite reumatoide. Por isso, além do acompanhamento médico e
avaliação da densidade óssea constantes, os especialistas recomendam que
sejam feitas algumas adaptações na casa do paciente, a fim de evitar quedas.
Colocar barras no banheiro, preferir sabonetes líquidos (em vez da versão em
barra, que pode escorregar e cair no chão) e evitar o uso de tapetes são
medidas simples que previnem o problema.

Evite passar muito tempo na mesma posição


O repouso por período prolongado favorece o acúmulo de líquido no interior da
articulação inflamada, ocasionando a distensão e o aumento da sensibilidade
dolorosa. Esse é um dos motivos que faz com que os pacientes apresentem
mais dores pela manhã ao acordar. Como não dá para alongar enquanto
dormimos, o melhor a fazer é evitar passar horas sentado ou com os membros
parados em uma mesma posição enquanto estiver acordado. Se você vai viajar
de carro ou avião, faça paradas ou levante-se do assento em alguns momentos,
e enquanto estiver sentado, procure movimentar e alongar as mãos, braços,
pernas e pés. Se você trabalha em um escritório, procure alongar-se de tempos
em tempos.

Tome as medicações indicadas pelo médico

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O tratamento deve ser rigorosamente seguido sob pena de evolução da doença,
e consequente destruição articular. O acompanhamento profissional periódico
com adequação do tratamento também faz parte do processo. Com o avanço
das pesquisas e das novas tecnologias, os pacientes cada vez mais levam uma
vida normal sem nenhuma limitação - entretanto, nada disso vale se você não
seguir as recomendações médicas.

Complicações possíveis
A artrite reumatoide pode levar a alterações em todas as estruturas das
articulações, como ossos, cartilagens, cápsula articular, tendões, ligamentos e
músculos, que são os responsáveis pelo movimento articular. Dentre os fatores
da artrite reumatoide que interferem nas atividades do dia a dia, podemos citar
diversas alterações:

 Deformações nas articulações dos membros afetados


 Aumento do volume do punho com atrofia dos ossos
 Modificação da estrutura óssea dos joelhos, fazendo com que fiquem
para dentro
 A artrite reumatoide é uma doença que não atinge só as articulações,
mas também pode inflamar os vasos, olhos, pulmões, coração e
sistema nervoso (manifestações extra-articulares)
 A doença pode causar também aumento do risco de osteoporose. Isso
porque, de acordo com Tatiana, os medicamentos a base de corticoide
e a própria artrite podem causar uma descalcificação precoce do osso.

Prevenção

Prevenção
Ainda não foram descobertas formas eficientes de se prevenir a artrite
reumatoide, além de manter uma vida saudável e, se ainda fuma, deixar de
fumar. Contudo, o tratamento precoce adequado pode ajudar a evitar danos
adicionais às articulações.

Referências

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1. Licia Maria Henrique da Mota, reumatologista coordenadora da Comissão de
Artrite Reumatoide, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) – CRM:
11149/DF.

2. David Pedrosa, reumatologista do Hospital Santa Luzia e da Sociedade


Brasileira de Reumatologia – CRM: 18139/DF.

3. Tatiana Molinas Hasegawa, reumatologista do Centro de Qualidade de Vida


(CQV) - CRM: 103415/SP.

4. Roberto Heymann, assistente doutor da disciplina de Reumatologia da


Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – CRM: 55796/SP.

5. Arnett FC, Edworthy SM, Bloch DA, McShane DJ, Fries JF, Cooper NS et al.
The American Rheumatism Association 1987 revised criteria for the
classification of rheumatoid arthritis. ArthritisRheum 1988;31:315–24.

6. Aletaha D, Neogi T, Silman AJ, Funovits J, Felson DT, Bingham CO 3rd.


2010 rheumatoid arthritis classification criteria: an American College of
Rheumatology/European League Against Rheumatism collaborative initiative.
Ann RheumDis. 2010 Sep;69(9):1580-8.

7. Da Mota LMH et al. 2012 Brazilian Society of Rheumatology Consensus for


the treatment of rheumatoid arthritis. Rev Bras Reumatol 2012;52(2):135-174.

8. Mayo Clinic. Disponível em http://www.mayoclinic.org/diseases-


conditions/rheumatoid-arthritis/home/ovc-20197388.

9. Sociedade Brasileira de Reumatologia - Artrite Reumatoide - Cartilha para


Pacientes. Disponível
em: http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha_artriteReumatoide.pdf.

10. Sociedade Brasileira de Autoimunidade. Disponível


em: http://www.sobrau.com.br/artigo_ver.php?id=3.

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