Anda di halaman 1dari 6

REVISÃO EOI

TEXTO DE LEONARDO NEMER


1 – O que é Eficácia?
A sanção é condição de eficácia, e não de validade normativa como pretendem as
correntes que atacam a normatividade do direito internacional, a sanção é puramente um
elemento de eficácia da norma e não de constituição de sua validade. Age no universo da
eficácia normativa, ou seja, na transformação da norma em realidade social e política.
Argumentar que a sanção se vincula unicamente a eficácia da norma não significa dizer
que o direito internacional desconhece toda forma de sanção coercitiva. A sanção esta
presente no direito internacional e pode inclusive assumir feições das mais variadas
respondendo as necessidades da matéria regulamentada21. Isto significa que a arquitetura
coercitiva internacional é mutável, pois adaptada as características elementares de cada
uma das áreas temáticas.
2 – O que é Eficiência?
A efetividade, percebe-se que seus efeitos são verdadeiramente estranhos ao seu
procedimento de formulação; e não se pode estabelecer relação de condicionalidade ou
causalidade entre o cumprimento da norma e seu fundamento de validade. Após a
produção da norma, seu alcance não se mostra dependente da realização da conduta
prevista no mundo dos fatos. Neste mesmo sentido, uma eventual ação contrária de um
Estado não compromete a existência normativa.
3 – O que é Validade?
A existência e validade do direito internacional podem ser igualmente comprovadas pelo
seu reconhecimento convencional como instrumento de garantia do próprio
funcionamento das relações internacionais. reconhecer a coisa julgada decorrente de uma
sentença não significa outra coisa que reconhecer que as disposições da sentença são
definitivas e obrigatórias.”51 E a Corte acrescenta ainda que: “se as sentenças são
definitivas, é certo que o governo helênico é obrigado a executá-las, e executá-las tais
como são”52 A natureza obrigatória e definitiva da sentença internacional é de tal forma
evidente que a Corte reproduziu a mesma ideia em inúmeras circunstancias.
Consequentemente a validade do enunciado jurisdicional é um elemento constitutivo da
própria jurisdição. A validade das normas jurídicas internacionais, portanto, prescinde de
um sistema sancionatório centralizado, na medida em que este não passa de elemento de
eficácia. presença inquestionável de tribunais internacionais amplamente reconhecidos e
que recebem de seus membros o poder de prolatar sentenças vinculantes, tem-se a
principal prova empírica da existência e da validade do direito internacional.
4 – O que Existência?
A inexistência de um poder legislativo central e a multiplicidade de fontes não
desconfiguram o caráter normativo do Direito Internacional. Igualmente, a
descentralização e a anarquia do sistema, decorrentes da noção de soberania estatal não
excluem a existência do poder sancionatório no nível internacional. A existência do
direito internacional se comprova não só pela observação de sua instituição histórica, mas
também, e amplamente, por sua aceitação convencional na contemporaneidade e pela
instituição efetiva de uma jurisdição internacional. A existência do direito não é
dependente de uma superestrutura institucionalizada. O direito pode ser originado de
formas variadas. A consequência de tal modelo reside no fato de que, diferentemente do
direito interno, o processo de formação do direito internacional é descentralizado e suas
fontes são múltiplas e variáveis. Na ordem internacional, o poder de produzir direito está
em larga medida difuso no conjunto do corpo social. A existência e validade do direito
internacional ainda que estruturada em uma sociedade nitidamente anárquica e
descentralizada, independe da existência de uma autoridade com poder coercitivo e
sancionatório geral.

PAZ PERPÉTUA DE KANT

1 - Entendimento sobre Autonomia, exército e Estado de Natureza


A autonomia é um direito de um povo que deve ser respeitado, defende Kant, e a sua
violação acarreta a fragilidade desse mesmo direito de outros Estados. Assim, a invasão
de um Estado por outro provoca uma instabilidade generalizada, justificando a
manutenção de exércitos para a defesa em caso de ataques semelhantes.
Exércitos permanentes (miles perpetuus) devem desaparecer completamente com o
tempo. Para Kant, a manutenção de exércitos exige grandes investimentos e, por isso, “a
paz torna-se mais onerosa do que uma guerra curta, são assim eles próprios causas de
guerras ofensivas para desfazerem-se desse peso”. Comenta, ainda, a instrumentalização
de seres humanos, os soldados, pelo Estado, que em troca de um soldo, exige que matem
ou morram por propósitos que não são seus. Provavelmente, muitos séculos irão se passar
até que o contido nesse artigo possa se concretizar, se é que isso é possível. Na atualidade,
mesmo os países que não costumam se envolver em conflitos armados, como é o caso do
Brasil, mantém seus exércitos em condições de luta armada, utilizando recursos públicos
que não podem, assim, ser investidos para atender necessidades básicas da população.
O estado de paz entre os homens que vivem lado a lado não é um estado de natureza
(status naturalis), que antes é um estado de guerra [...]. Ele tem de ser, portanto, instituído
[...]”. Comentando o significado do estado de natureza na obra de Kant, esclarece que é
aquele em que não existe o direito, no qual as hostilidades, declaradas ou não, estão
sempre presentes, pois “a paz deve portanto ser assegurada por estruturas jurídicas
institucionais, ou seja, o estado de paz deve ser fundado [...] por meio do direito público:
deve-se sair do estado de natureza e entrar num estado civil [...], um estado no qual é
legalmente definido o que é de cada um”. “A razão [...] condena absolutamente a guerra
como procedimento de direito e torna, ao contrário, o estado de paz um dever imediato,
que, porém, não pode ser instituído ou assegurado sem um contrato dos povos entre si
[...]”. Enquanto um tratado de paz determina o fim de uma guerra, uma liga de paz
buscaria evitar todas as hostilidades. Kant, acreditava que existe um princípio mau nas
pessoas e, por isso, o estado de natureza, aquele que independe de leis exteriores, é o da
guerra. Pode haver paz no conflito, mas não pode haver paz na violência.
Os povos, ou as gentes, para utilizar a expressão de Kant, precisam aprender a resolver
os seus conflitos sem violência, sem guerras. Antes disso, as pessoas precisam aprender
a conviver, cultivando a tolerância que, para Maldonado (1997), significa desenvolver a
capacidade de vivenciar um conflito de modo positivo, buscando soluções justas para
todos os envolvidos. Em outras palavras, é o argumento de Kant de que a razão tem o
poder para instituir a paz desde que todos se comprometam. A paz perpétua deve ser
entendida como um processo, para o qual todos, e cada um, precisam ser preparados,
educados. Derivado do latim educare, o verbo educar tem também o sentido de cultivar,
cultivar-se (FERREIRA, 1999), revelando-se como um processo, algo que se constrói
gradualmente para atingir um fim determinado. O processo de construção da paz perpétua
exige um investimento no cultivo da razão, tanto individualmente, de cada cidadão,
quanto coletivamente, de um povo e dos povos. É dessa educação que depende a
sobrevivência da humanidade, a preservação do meio ambiente e a felicidade do ser
humano. É uma caminhada longa que, na verdade, não tem fim, e geração após geração
precisa ser preparada, educada para construir e reconstruir a paz.

TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

1 – REALISMO
Resumo Grupo 1
2 – CONSTRUTIVISMO
O construtivismo mostra que mesmo nossas instituições mais duradouras são baseadas
em entendimentos coletivos; que elas são estruturas reificadas que foram um dia
consideradas ex nihilo pela consciência humana; e que esses entendimentos foram
subsequentemente difundidos e consolidados até que fossem tidos como inevitáveis.
Além disso, os construtivistas acreditam que a capacidade humana de reflexão ou
aprendizado tem seu maior impacto no modo pelo qual os indivíduos e atores sociais dão
sentido ao mundo material e enquadram cognitivamente o mundo que eles conhecem,
vivenciam e compreendem. Assim, os entendimentos coletivos dão às pessoas razões
pelas quais as coisas são como são e indicações de como elas devem usar suas habilidades
materiais e seu poder.
A importância e o valor do construtivismo para o estudo das relações internacionais
repousa basicamente em sua ênfase na realidade ontológica do conhecimento
intersubjetivo e nas implicações metodológicas e epistemológicas dessa realidade. Os
construtivistas acreditam que as relações internacionais consistem primariamente em
fatos sociais, os quais são fatos apenas por acordo humano. Ao mesmo tempo, os
construtivistas são "realistas ontológicos"; acreditam não apenas na existência do mundo
material como que "esse mundo material oferece resistência quando agimos sobre ele"
O construtivismo, em oposição ao realismo ou ao liberalismo, não é uma teoria da
política per se. Ele é, na realidade, uma teoria social na qual as teorias construtivistas de
política internacional - como por exemplo, sobre a guerra, a cooperação e a comunidade
internacional - se baseiam. O construtivismo pode iluminar características importantes da
política internacional que eram antes enigmáticas e tem implicações práticas cruciais
para a teoria internacional e as pesquisas empíricas.
O construtivismo desafia apenas os fundamentos ontológicos e epistemológicos do
realismo e do liberalismo. Não é anti-liberal ou anti-realista por convicção; não é
pessimista ou otimista por vocação. Consequentemente, o construtivismo representa a
primeira oportunidade real de criação de uma teoria sintética das relações internacionais
desde que E. H. Carr (cuja "obra emerge do importante meio termo entre absolutismo e
relativismo" [Howe, 1994: 287]) estabeleceu seus fundamentos, logo antes da Segunda
Guerra Mundial (Carr, 1964). Se for possível que se persuada que os entendimentos
normativos e coletivos causais são reais, na medida em que eles têm consequências para
os mundos físico e social, será muito mais fácil argumentar que tanto a compreensão da
política mundial quanto o progresso da disciplina podem depender da construção de uma
síntese sócio-cognitiva que se forma nas dimensões material, subjetiva e intersubjetiva
do mundo.

O paradigma construtivista inaugura a terceira geração de debates nas Relações


Internacionais, abrindo novos caminhos para as questões prementes da política entre os
Estados e demais entes do cenário externo. A escola construtivista tem origem
diversificada, com raízes trans e multidisciplinares, embora tenha recebido particular
encaixe nas ciências sociais e políticas, revelando a essencialidade dos processos de
construção mútua dos pilares do saber e do agir internacionais.
o construtivismo se apresenta como de linha ontológica, isto é, representa a síntese das
abordagens sobre a teoria do ser (Sein) ou como os objetos se apresentam à realidade
existente e preexistente – agentes internacionais (estatocentrismo) – com suas
capacidades decisórias e interlocuções. Em linhas gerais, as premissas do construtivismo
representam a lógica transformadora das ideias e das mútuas relações de construção e de
co-construção, tendo como validade a pertinência dos processos-meios utilizados para tal
fim. Ou seja, o construtivismo associa a forma de mútuas ações com o processo dinâmico
envolvendo agentes e estrutura de maneira a construir o ethos das Relações
Internacionais.
3 – LIBERALISMO
O liberalismo traz oposição ao conceito de egoísmo ético, estabelecendo a vitalidade do
altruísmo ético. Contraponto ao realismo de formatos variados (clássico, neoclássico e
neorrealista). Enquanto o realismo – em sentido amplo – advoga centralidade no e para o
Estado, o liberalismo não desconsidera a importância do Leviatã, porém, enxerga outras
forças pulverizadas juridicamente guiadas no interior e no exterior dos Estados que
possuem papel legitimante nas Relações Internacionais. O liberalismo que, às vezes,
assume diferentes facetas de nomenclatura como idealismo, traz as sementes de
interpretação e de práxis pela ótica deôntica, isto é, no contexto do “dever ser”. O
liberalismo clássico defende o pacifismo de cunho cooperativo, transparente e
progressista além do conjunto de princípios jusnaturalistas (kantianos). Enfatiza o
cooperativismo estatal com tendências de formalização de uma comunidade perfeita.
O liberalismo clássico sintetiza, grosso modo, o contraponto ao realismo de formatos
variados (clássico, neoclássico e neorrealista). O transnacionalismo (outro nome atribuído
a uma das formas de liberalismo) representa faceta da mesma matriz liberal, vale enfatizar
e esclarecer. O liberalismo clássico defende o pacifismo de cunho cooperativo,
transparente e progressista além do conjunto de princípios jusnaturalistas (kantianos). os
principais objetos epistemológicos do liberalismo são idealizações tópicas acerca da
conduta externa dos atores pelo viés axiológico e principiológico. Tais objetos
representam balizas garantidoras da ordem internacional por intermédio da matriz
isonômica, legalista, previsível, ordenada, pacífica e cooperativa.
liberalismo sob duas grandes vertentes: o de linha sociológica e democrático-republicana.
O primeiro se funda na capacidade e na importância do agir e do relacionar-se, enquanto
que a segunda possui seu ideário construído a partir de fundamentações teóricas sobre a
estrutura (comunidade internacional), tendo por base a eticidade da paz e a voluntariedade
da coisa pública (bem humano maior transcedental). Iniciemos analisando Kant, que é de
linha clássica liberal, com seu texto máximo sobre a matéria Da Paz Perpétua,
especialmente a divisão por ele estruturada dos artigos preliminares e definitivos para a
paz perpétua entre as nações.

ORDEM INTERNACIONAL – HEDLEY BULL

1 – Conceito e características de ORDEM INTERNACIONAL, SOCIEDADE


INTERNACIONAL E RELAÇÕES DO DIREITO INTERNACIONAL.
“Sociedade” e “ordem” são conceitos interligados na obra de Bull. “Ordem” significa
padrão, repetição de comportamentos, regularidades, estando essa definição desvinculada
da noção de lei como instrumento formal regulatório. É dizer que pode haver ordem
mesmo na ausência de leis ou de aparatos institucionais formais. A norma não faz
necessariamente parte da definição de ordem. A ordem que se estabelece de modo quase
natural, como decorrência de regularidades comportamentais dos atores, tem por objetivo
atingir certos resultados, como a proteção da vida e da propriedade e a exigência de
cumprimento dos contratos. Onde houver ordem, no sentido apresentado por Bull, haverá
sociedade. A diferença reside basicamente na existência de uma hierarquia nas ordens
internas, onde o topo é ocupado pelo aparato estatal. Como na sociedade internacional
não se reconhece uma hierarquia, um centro de autoridade, Bull houve por bem
denominar tal sociedade de “anárquica”.
A ordem que se procura na vida social é um arranjo que promova metas e valores,
servindo assim a um objetivo. A ordem internacional refere-se a um padrão ou
disposição das atividades internacionais que sustentam os objetivos elementares. Esses
objetivos são, em primeiro lugar, a preservação do próprio sistema e da sociedade de
Estados. Em segundo, o objetivo de manter a independência ou a soberania externa dos
Estados individuais. Em terceiro lugar está objetivo de manutenção da paz. E em quarto
lugar estão os objetivos comuns a toda vida social: vida, verdade e propriedade.
Bull afirma que a ordem mundial é diferente da ordem internacional. A ordem mundial é
mais ampla que a ordem internacional porque para que se faça sua descrição é necessário
que se trate não só da ordem entre os Estados, mas também da ordem em escala interna
ou local existente dentro de cada Estado. A ordem mundial precede moralmente a ordem
internacional.
Ela aposta na possibilidade de cooperação e não na guerra sem tréguas ou na paz
perpétua. Acredita em coordenação, ou seja, a partilha de interesses e valores comuns
entre os Estados. É uma mescla de conflito e cooperação, advinda da possibilidade de
canalizar interesses que nem sempre se excluem.

Anda mungkin juga menyukai