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CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

S.T.M. EM TEOLOGIA SISTEMÁTICA

THE CHRISTIAN’S REASONABLE SERVICE

Wilhelmus à Brakel

Resumo apresentado ao Centro Presbiteriano de


Pós Graduação Andrew Jumper, em cumprimento
parcial às exigências para a obtenção do Grau de
Mestre em Teologia na área de Teologia
Sistemática, na disciplina Puritanismo e
Escolasticismo Protestante.

Professor: Dr. Heber C. de Campos Jr

POR

EWERTON BARCELOS TOKASHIKI

São Paulo, 2013


Capítulo quarenta e cinco
A Lei de Deus:
Considerações gerais

Neste capítulo Wilhelmus à Brakel oferece o que ele chama de considerações


gerais acerca da lei de Deus. Nos próximos, entre o 46 ao capítulo 55,1 ele fará uma
exposição de cada um dos Dez Mandamentos. Ele apresentará, de modo introdutório,
os princípios que esclarecem a administração do pacto entre o Antigo e o Novo
Testamento, nos diferentes usos da Lei de Deus. Primeiramente define a lei num
sentido lato como sendo “uma conhecida e vinculada norma de conduta”, e em
seguida, oferece outra definição mais estrita como sendo “a norma de vida entregue
ao homem por Deus, o único Legislador, para governar a disposição de seu coração,
pensamentos, palavras e toda a sua conduta”.
Ele reconhece Deus como a fonte de autoridade por ser o criador e
preservador de todas as coisas e sobre a sua Igreja. O ato de legislar consiste em
vários aspectos: 1) alguém que é superior em majestade e excelência; 2) adequada
subordinação da lei sob o legislador; 3) a obrigação do sujeito em obedecer às leis do
superior; 4) como as leis se relacionam com a conduta. Em sua dependência a criatura
é obrigada a render toda obediência ao seu criador.
A lei vista como uma condição do pacto das obras leva em si a ameaça de
morte aos transgressores e a promessa de vida àqueles que a observarem
perfeitamente. Como testemunho deste pacto das obras, o autor fala da Lei da
Natureza como sendo a norma impressa na consciência do homem, de modo que, ele
concorda e aprova a sua obrigação em relação à vontade do Legislador, obrigando-o a
obedecê-lo. Mas, após Adão quebrar o pacto das obras o Senhor estabeleceu o pacto
da graça. Segundo à Brakel este pacto é quando Deus confinou o seu povo a
descendência de Abraão, e entregou a lei dos Dez Mandamentos. O Filho de Deus
ficou como Mediador e Rei deste pacto da graça.
O modo como a lei foi entregue a Moisés é dupla. Ela foi dada verbalmente e
também por inscrição nas tábuas de pedra. O decálogo pertence a um e ao mesmo
pacto que continua ainda hoje.
Algumas considerações acerca da lei de Deus e o seu relacionamento com o
pacto da graça são feitas:
1. Primeiro, que um pacto foi estabelecido entre Deus e Israel, que era a igreja
em Horebe, prévio a entrega da lei.
2. Segundo, este pacto feito em Horebe (ou solenemente renovado, como eles
já estavam previamente nele) é o pacto da graça.
3. Terceiro, toda a nação de Israel entrou no pacto da graça ao mesmo tempo
(Êx 19:8).
4. Quarto, nenhum não convertido estava no pacto da graça, mesmo aqueles
que pudessem ter entrado externamente nele. Pelo contrário, na verdade
1
Wilhelmus à Brakel, The Christian’s Reasonable Service, vol. 3, pp. 83-242.
eles estavam no pacto das obras como todos os pagãos estavam. Porque
enquanto pecam como não convertidos, repetidamente quebram o pacto
das obras em que estavam. Tendo entrado no pacto da graça, num sentido
externo, e, todavia, não andando pela fé, eles desprezavam a Cristo e
rejeitavam a oferta do pacto da graça.
5. Quinto, a lei dos Dez Mandamentos não era o pacto, pois o pacto foi
estabelecido anterior à entrega do decálogo. A lei foi um apêndice para o
pacto estabelecido, sendo uma norma de vida para os seus participantes.
6. Sexto, é necessário fazer uma distinção entre os conteúdos, ou a substância
da lei, e o propósito para o qual ela foi dada. Os conteúdos e a substância é
idêntica às exigências do pacto das obras estabelecido com Adão, pois: 1)
Havia apenas uma santidade, e ali também somente havia uma norma de
santidade. 2) A exigência do pacto das obras é impresso sobre a natureza do
homem. Contudo, a lei que é impressa sobre a natureza humana é idêntica
aos Dez Mandamentos, todavia, não tendo a mesma igualdade de clareza. 3)
A vida eterna foi prometida a Adão sob perfeita obediência que poderia
também resultar em perfeita observância dos Dez Mandamentos. Todavia, o
propósito da entrega da lei do decálogo é inteiramente diferente do
propósito pelo qual Deus deu a lei a Adão. A lei foi dada a Adão para que
ele obtivesse a vida, mas os Dez Mandamentos não foi dada com este fim,
pois ninguém é capaz de cumpri-la. Assim, ela foi dada para: 1) Convencer o
não convertido do seu pecado e contínua quebra do pacto das obras, e da
maldição e merecida condenação à sua transgressão. 2) O não convertido é
apresentado ao pacto da graça, para entender que pelo pacto das obras não
pode obter a vida, então, lhe é ordenado confiantemente entrar no pacto da
graça e receber a Cristo, pela fé verdadeira, para justificação. Neste sentido a
lei é o tutor, o guia, e o mestre que conduz à Cristo. 3) Com o objetivo de
ser uma inabalável norma de vida para os participantes do pacto da graça,
apresentando-lhes o caminho de toda a pureza, e despertando-lhes para que
entrem e perseverem nele, bem como guiando por este caminho.
7. É necessário fazer distinção entre a finalidade e o propósito da entrega da
lei. Os israelitas não convertidos consideravam os Dez Mandamentos como
uma exigência do pacto das obras e o obedeciam buscando obter a vida, e
nisto erravam.
8. Os incentivos dados para a obediência expressos no segundo, terceiro,
quarto e quinto mandamento são prejudiciais aos transgressores, bem como
proveitosos àqueles que obedecem a lei.

A lei dos dez mandamentos não é um pacto das obras pelas seguintes
razões:
1. A justiça de Deus não permite que um pecador entre num pacto de
comunhão sem um Fiador. O pacto das obras não possui um Fiador
2. Após a queda o homem é incapaz de perfeitamente satisfazer as exigências
do pacto das obras.
3. Se a lei era um pacto das obras, então Israel, e todos os crentes do Novo
Testamento (para os que estão sob a obrigação da lei), estariam
simultaneamente em dois pactos opostos.
4. Se a lei era um pacto das obras o homem teria que buscar uma salvação
pelas obras.
5. Não existe nenhuma manifestação de misericórdia no pacto das obras;
todavia, há lugar para misericórdia na lei dos Dez Mandamentos.

O pacto estabelecido em Horebe, que é anterior à entrega da lei, é


verdadeiramente o pacto da graça. Todavia, negamos que a lei dos Dez Mandamentos
seja o pacto da graça. Considerando-se que:
1. O completo conteúdo do decálogo foi perfeitamente impresso sobre a natureza
de Adão, se sua transgressão não tivesse interferido, esta lei seria transferida
perfeitamente aos seus descendentes. Após a queda, a lei ainda assim foi
impressa nos corações dos pagãos, mesmo que imperfeitamente.
2. A lei é a exigência e condição do pacto das obras, sendo a vida prometida sobre
obediência pessoal da lei. O pacto das obras e da graça são distintos um do
outro, um negando ao outro.
3. Cristo é o Fiador do pacto da graça, e quem deve ser incluso numa descrição
deste pacto; ele não pode ser entendido aparte do conhecimento de Cristo.
4. O pacto da graça é eficaz em regenerar, justificar e salvar o homem; todavia, a
lei não é eficaz em realizar estas coisas.
5. O pacto da graça somente faz promessas – também na lei do coração. Todavia,
a lei somente faz exigências e não tem promessas, exceto sob a condição
perfeita e pessoal obediência – uma promessa que não pode ser cumprida por
alguém após a queda.

O pacto feito em Horebe não é uma mistura de pacto das obras e pacto da
graça. Ele apenas indica que Deus estabeleceu um pacto da graça com a nação de
Israel e que o confinaria a ela, até a vinda do Messias. Considerando que:
1. O fato de alguns chamarem este pacto de “nacional” não significa que exista
um pacto ao lado do pacto das obras e do pacto da graça.
2. Somente Cristo é a causa da justificação e as obras do homem não exerceria
não participaria em nada na justificação.
3. Negamos que o pacto feito em Horebe seja um pacto misto, como se fosse um
pacto híbrido.

A lei dos Dez Mandamentos obriga à obediência aos crentes do Novo


Testamento. Deve-se considerar que:
1. O decálogo declarado no Sinai não obriga aos pagãos que não receberam esta
lei.
2. O fundamento para a obrigação é a ordem de Deus, a revelação da vontade de
Deus, e o fato de que Deus deu mandamentos e estipulou proibições. Diante
disto o homem submete-se, e a sua bondade constitui obediência e a sua
maldade a desobediência.
3. Uma distinção precisa ser feita entre os mandamentos quanto à sua substância,
palavras, o significado e os incentivos pelos quais eles são motivados.
4. Como a lei não foi dada como um pacto das obras, ela também não tem tal
propósito hoje.
5. Como a lei não foi dada aos seus participantes naquele tempo de modo que
fossem justificados por ela, semelhantemente ela não é entregue com este
propósito hoje.
6. A lei é tão rigorosa e restrita hoje, como o foi no Antigo Testamento.
7. Os crentes do Antigo Testamento em transgressão da lei eram convencidos, e
então, tinham a sua consciência entristecida e atormentada, sofrendo uma
alienação de Deus, então, oravam por perdão, e buscavam continuamente a
reconciliação com Deus. Os crentes do Novo Testamento têm as mesmas
experiências.
8. Ser obrigado significa que o homem está preso pela autoridade legal de Deus à
obediência, e que sob transgressão ele está sujeito a sofrer punição.
9. A anulação da lei ocorre quando: 1) a obrigação termina no limite estabelecido;
2) o Legislador anula as leis; 3) na entrega de novas leis opostas a anterior, que
não podem coexistir.

A lei dos dez mandamentos terá eterna duração. Considerando que:


1. A natureza da lei é o que preserva em força e coloca todos os homens sob
obrigação.
2. A lei foi entregue solenemente à igreja sem nenhuma limitação de tempo.
3. O Senhor Jesus declara que a lei dos Dez Mandamentos não foi cancelada, mas
que ela é mantida como uma norma contínua para todos os tempos.
4. O Senhor Jesus ordena a realização do que é bom a partir do que a lei requer.
5. A preservação da lei moral é proposta e afirmada em todo o Novo Testamento.
Porque a lei mantém-se em vigor como uma norma de vida.

A lei de Cristo é equivalente à lei dos Dez Mandamentos, pois ele não deu
outra lei. Ele sujeitou-se e viveu perfeitamente de acordo com ela, deixando-nos um
exemplo.

A lei moral é a norma de vida para os crentes do Novo Testamento. Ao


abordar todos os textos bíblicos em que Paulo usa a expressão de que os crentes não
estão “mais sob a lei” deve-se considerar que:
1. É preciso notar que ele está tratando com indivíduos que combinam as leis
morais e cerimoniais, buscando estabelecer a sua própria justiça e justificação
na realização daquelas leis, e ao mesmo tempo incapazes de harmonizar as
sombras com as realidades. Então, quando o apóstolo declara que eles não
estão sob a lei, às vezes, ele fala das leis cerimoniais que se cumpririam na vinda
de Cristo, e às vezes, da lei moral como uma condição do pacto das obras. Não
se pode concluir que os crentes do Novo Testamento não estão sob a
obrigação da lei moral como uma norma de vida.
2. O objetivo da lei moral não foi ser uma condição do pacto das obras, mas uma
norma de vida para os participantes do pacto da graça, que, baseados na
satisfação de Cristo, são justificados e recipientes da salvação.
3. Os crentes do Antigo Testamento eram sujeitos à lei cerimonial, não como um
juízo sobre seus pecados, mas como um amoroso guia e pedagogo que os
conduzia a Cristo, de modo que, os crentes regozijavam-se grandemente nisto,
agradecendo ao Senhor por ela, e observando-a com enorme deleite.

Cristo é o cumprimento da lei e não o seu cancelamento. Paulo nunca diz que a
lei terminou, ou foi cancelada com a vinda de Cristo. Ele diz que Cristo é o fim,
significando o seu cumprimento. A lei demanda perfeita justiça e juízo sobre os
transgressores. Pelo fato do homem ser incapaz de cumprir a lei e, assim ser
justificado por ela, então, ele se torna sujeito a morte eterna devido à sua transgressão.
Cristo veio e sofreu a punição e pela lei satisfez as exigências da lei. Cristo se colocou
sob a lei e cumpriu-a pela obediência ativa, de modo que a lei em todas as suas
exigências e ameaças terminaram em Cristo como tendo se cumprido nele.

A lei dos Dez Mandamentos é uma norma perfeita e completa. Considerando


que:
1. A sua perfeição é declarada textualmente nas Escrituras (Sl 19:7; 119:96;
119:18).
2. É evidente pelo fato de que Deus proíbe extrair ou adicionar qualquer parte da
lei (Dt 4:2; 12:32; Mt 5:19; Dt 4:10-13).
3. É evidente a partir de Mt 22:36-40, onde o Senhor Jesus declara que o
conteúdo da lei requer o perfeito amor a Deus e ao seu próximo com todo o
coração, alma e mente. Não existe uma perfeição que exceda a isto.
4. É evidente a partir daqueles textos que prometem a vida eterna aos que
guardam a lei (Rm 10:5; Mt 19:16-18; Lc 10:25-26, 28).
5. A obediência de Cristo é, sem dúvida, caracterizada pela máxima perfeição. A
obediência de Cristo consiste em guardar a lei como Fiador para o eleito, pelo
qual eles obtêm uma perfeita justiça com a qual eles podem receber o justo
juízo de Deus.

A perfeita observância da lei não se atingirá nesta vida. Considerando-se que:


1. É expressamente evidente em várias referências bíblicas (1 Rs 8:46; Sl 19:12; Sl
143:2; Pv 20:9; Tg 3:2; 1 Jo 1:8).
2. É evidente a partir dos santos. Nenhum dos heróis da fé atingiu a perfeição,
pelo contrário, as suas falhas estão registradas nas Escrituras.
3. É evidente a partir da guerra que se trava entre a carne e o espírito no melhor
deles.
4. É evidente a partir da necessidade diária de se orar pelo perdão dos pecados.

O céu não será merecido pelas obras, mas pela obra consumada de Cristo. As
boas obras são aprazíveis a Deus, e ele graciosamente as recompensa. O homem
precisa ser motivado à prática das boas obras. Deus decretou conduzir aqueles que ele
salvou pelo caminho da santidade e boas obras. Então, Deus prometeu isto de acordo
com a sua fidelidade, que lhes dará o céu, merecido por Cristo, àqueles que ele
santificar. Por isso, negamos que as boas obras humanas sejam meritórias em razão de
alguma dignidade inerente nelas. Considerando que:
1. Todos concordarão que qualquer que seja o mérito em razão da dignidade
inerente, ele precisa ter estas qualificações: 1) Precisa ser algo em que não
sendo obrigado a fazer e originado de nossa livre vontade, independente de se
alguém deseja fazê-lo ou não, não poderia ser capaz de desistir dele sem pecar.
2) Precisa ser alguém que faz por si mesmo, pois algo não pode ser mérito
quando a mesma pessoa recebe o que é para ser merecido. 3) Precisa ser
perfeita e inteiramente sem defeito. 4) Precisa ser consistente com a
recompensa; pois, se for pra receber mais do que a obra merece, isto deve ser
um dom e não algo meritório. Todavia, as obras de obediência não é algo que
se opta em fazer: 1) Se alguém as negligencia, ele pecará. Se está sob a
obrigação de fazê-las, ele é incapaz de merecer algo nelas. 2) As nossas boas
obras são inerentes à nossa natureza, por isso ninguém poderá por natureza
agradar a Deus. 3) Nenhuma de nossas obras é perfeita, pois em cada uma
delas há deficiências quanto ao exercício da fé, obediência, amor e zelo. 4) Não
existe, nem pode haver um interno e verdadeiro relacionamento entre a obra
do homem e o céu. Pois não há comparação entre o finito e o infinito, nem
entre o que é temporal e o que é eterno.
2. Salvação é uma herança e um dom procedente somente da graça, ela não é
obtida por mérito.
3. Cristo é um perfeito salvador, obtendo e merecendo salvação para o seu povo.

Wilhelmus à Brakel termina este capítulo exortando a observar diligentemente a


lei como uma norma de vida. Este conhecimento não deve ser apenas obtido, mas
praticado:
1. Se a lei é uma perfeita norma de vida para nós, então aprendamos a
entender a lei em sua completa e espiritual natureza. Leia procurando
compreender a lei como sendo a Palavra de Deus. Medite até ficar claro e
alcance uma inclinação habitual pela lei. Enfoque continuamente a sua
conduta por ela.
2. Tenha continuamente esta lei diante de você como sendo a vontade de
Deus. Aprove, ame, obedientemente sujeite-se a ela, e em sua inteira
conduta mantenha-se de acordo com esta norma.
3. Diariamente examine-se pelos meios dessa lei e discirna qual mandamento
você tem transgredido e qual deles você tem obedecido.

Wilhelmus à Brakel. The Christian’s Reasonable Service. Grand Rapids:


Reformation Heritage Books. 1994. Vol. 3, pp. 35-81.

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