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A Fase De Transição Entre Cutting E Bulking

Por Lyle McDonald

Recebi uma questão, no meu e-mail, relacionada à manipulação de calorias e macronutrientes para transição de bulking
para cutting e vice-versa, e isso me pareceu um ímpeto excelente para escrever sobre este tópico com certo detalhe. Porque
enquanto muitas pessoas tendem a pular de uma dieta para outra, adotar um objetivo a longo prazo, uma periodização
nutricional, pode ser benéfica ao lidar com a fisiologia inerente ao corpo.

Fase De Transição De Bulking Para Cutting: A Fase Pré-Dieta

Voltando para os primeiros dias do fisiculturismo, você ouviria os atletas dizerem sobre "fase de consolidação", a qual se
referia à transição do bulking off-season para a dieta de competição. Hoje em dia, isso provavelmente mudou muito devido
à substituição de drogas derivadas de andrógenos pesados por mais compostos anabólicos capazes de reduzir a retenção
de água, sendo basicamente denominada de "dieta de limpeza" para preparação oficial. Na verdade, isso sempre foi muito
mal definido, mas provavelmente tem a ver com a escolha dos alimentos, retirando junk food da sua dieta e comendo "mais
limpo". O pessoal dizia que perdia um pouco de gordura enquanto ganhavam um pouco de musculatura e, assim,
consolidavam os ganhos.

Particularmente, eu acho que há muito mérito nessa ideia, valendo a pena revisitá-la. Eu até mesmo escrevi, de maneira
extensa, sobre isso no Livro das Mulheres, embora eu tenha chamado de Fase Pré-Dieta lá. A ideia era ocasionar uma
margem de 2-4 semanas, em que as calorias eram trazidas para a manutenção e o treinamento era ajustado para a fase de
cutting.

Ao menos dentro do contexto feminino, é fundamental manter as mulheres distantes do que sempre fazem: cortar muitas
calorias de uma vez e adicionar muito cárdio, medidas as quais causam todos os tipos de problemas. As mulheres podem,
até, causar problemas com ciclos menstruais e disfunção da tireoide com apenas 5-7 dias de cárdio excessivo e restrição
calórica. A Fase Pré-Dieta é estruturada para evitar tais problemas, apenas permitindo a alteração de um ou de outro fator
por vez.

Mas o mesmo conceito se aplica aos homens (os homens não tem ciclo menstrual, muito embora alguns agem como se o
tivessem). As pessoas sempre esquecem que o crescimento e a recuperação são processos que demandam tempo e, pular
de uma dieta para outra, como de bulking para cutting, não permite o crescimento máximo que ocorreu durante a primeira
fase. Uma transição de duas semanas, ao menos, faz sentido.

Alterações na dieta na Fase de Transição

As mudanças que ocorrerão dependem de como a dieta anterior era. Obviamente calorias devem ser trazidas à manutenção.
Uma boa estimativa é de 31-35 kcal/kg do peso corporal atual, mas isso pode variar de acordo com a atividade. Mulheres
geralmente utilizam os valores menores, enquanto os homens, os maiores. A proteína deve permanecer igual ou aumentar
ligeiramente, uma vez que a necessidade de proteína é aumentada durante a fase de cutting. Quanta proteína depende da
porcentagem de gordura corporal do indivíduo. No entanto, para um homem com menos de 15% de BF, eu recomendaria,
talvez, 2.6g de proteína por quilograma de massa magra (NÃO do total do peso). Mulheres ou homens com valores de
percentual de gordura diferentes, utilizam valores ligeiramente diferentes.

Isto nos traz à manipulação de carboidrato e lipídeos e, quanto cada macronutriente deve ser reduzido, depende da dieta
anterior. Alguém com uma dieta com high-carb/low-fat deverá reduzir os carboidratos. Alguém que come toneladas de
gordura, irá reduzi-la. Muitos farão de metade em metade. Fisiculturistas, por muito tempo, utilizaram a ingestão de
carboidratos de ~2.2-3.3g/kg para propostas de perda de peso e é um bom começo de partida. Gordura deverá ser
estabelecida em cerca de 25-35% do total das calorias ou 0.91-1.33g/kg.

Alterações no treinamento durante a Fase de Transição

Bem, se o treinamento para a fase de cutting será ajustado, por exemplo, adicionando trabalho metabólico ou reduzindo o
volume do trabalho pesado, essa é a hora de fazer isso. Pular direto para um treinamento de high-heps quando você não
tem o hábito de fazê-lo é um crime e você pode usar a fase de transição para gradualmente inseri-lo na sua rotina de treino.
Reduzir o volume proporciona ao corpo um pouco de deload, de modo que o indivíduo conseguirá se recuperar. Sobre a
intensidade, e aqui eu quero me referir à carga na barra, é mantida, volume e frequência de treinamento podem ser cortados
por cerca de 2/3 sem perda de massa muscular. Alguém fazendo 6 séries pesadas por grupo muscular poderia fazer apenas
2 para manutenção.

Se o cárdio não estava sendo feito, essa é a hora de trazê-lo gradualmente. Comece com 20 minutos em baixa intensidade,
de 3 a 4 vezes por semana na primeira semana e aumente para 30 minutos na segunda semana. Eu sou um rígido crente
de que a besteira "cárdio queima músculo" é apenas verdade para aquelas pessoas que pulam da faixa de zero cárdio para
horas, de uma vez. O corpo perderá a habilidade de efetivamente utilizar gordura como combustível quando calorias e
carboidratos são altos e a atividade aeróbica é baixa e levam algumas semanas até que o corpo reaprenda a utilizar gordura
como combustível de uma maneira eficaz.
Reduzir os carboidratos enquanto se adiciona um pouco de trabalho de depleção trará o glicogênio do músculo para baixo,
e isso, somado ao aumento gradual de cárdio, ajuda a "reciclar" (por falta de uma palavra melhor) os caminhos da queima
de gordura. Assim, a dieta terminará sendo alta em proteínas com quantidades moderadas de carboidratos e níveis baixos
ou moderados de gorduras (entre 25-35% das calorias). De duas a quatro semanas fazendo isso, seu corpo estará em uma
posição sólida para perda efetiva de gordura. O próximo passo será reduzir as calorias para colocar a pessoa em um déficit,
a fim de começar a verdadeira fase de cutting, após esta fase de transição ter acabado.

Resumindo a fase de transição de bulking para cutting

1. Trazer as calorias à manutenção (31-35 kcal/kg)


2. Aumentar ligeiramente a ingestão de proteínas (~2.6 g/kg de massa magra para homens com menos de 15% de
gordura corporal)
3. Reduzir carboidratos a níveis moderados (~2.2-3.3 g/kg)
4. Reduzir a ingestão de gorduras para níveis baixos ou moderados (25-35% do total de calorias)
5. Trazer à rotina atividades aeróbicas gradualmente
6. Reduzir o volume de treinamento à manutenção
7. Adicionar treinamento metabólica é desejado

Exemplo de dieta para fase de transição


Vamos supor que temos um levantador de 81,6kg com 15% de gordura corporal. Ele possui 69,3kg de massa magra e o
restante de gordura.

1. Sua manutenção é estimada em 33cal/kg ou 2700 kcal/dia.


2. Proteína será 69,3kg * 2.6g/kg = 180g/dia. Sendo 4 kcal/g seriam 720 calorias.
3. Carboidratos são 3.3 g/kg * 81,6kg = 270 g/dia. Sendo 4kcal/g seriam 1080 calorias.
4. 2700 calorias por dia com 180g de proteína, 270g de carboidratos e 93g de gordura, ficando 27% proteínas, 40%
carboidratos e 32% gorduras. Se desejado, proteínas podem ser elevadas ligeiramente e, as gorduras, reduzidas
até atingir a proporção mágica de 30/40/30.

Fase De Transição De Cutting Para Bulking: A Completa Quebra Da Dieta

Então, essa é a transição para o cutting (e claro, se alguém está sob alguma agenda para ficar em forma, o exposto acima
deve ser fatorado para o tempo de quando começar a dieta), mas e sobre a transição do cutting para o bulking? Aqui, o
problema é que, ao seguir uma dieta, o corpo é instruído para recuperar a gordura. Há infinitas adaptações metabólicas a
partir de um gasto reduzido de energia para aumentar o potencial de armazenamento de gordura a fim de diminuir a sua
oxidação. Já escrevi bastante sobre isso.

Lembro que há uma afirmação muito veiculada de que dieta com déficit muito alto aumenta a quantidade de massa magra
ganha em um excedente, mas isso não é correto. Indivíduos naturalmente magros ganham uma proporção maior de massa
corporal magra quando ganham peso, mas aquela afirmação é falsa devido às alterações na fisiologia.

Uma afirmação similar também é muito feita pelos fisiculturistas após os campeonatos, noticiando um efeito anabólico
extraordinário após a dieta de competição. Eles aparentam ganhar massa corporal magra e quase nenhuma gordura. Isto é
verdade, com exceção de que tudo o que estão fazendo é apenas readquirir qualquer músculo perdido, glicogênio, etc. Eles
nunca terminam maiores do que estavam e esse anabolismo não é verdadeiro se você simplesmente está readquirindo o
que perdeu (praticamente glicogênio e IMTG).

Alterações na dieta na Fase de Transição

Em qualquer caso, pular direto de uma dieta de cutting para um excedente calórico é um erro enorme e somente resultará
em ganho de gordura excessivo. O método seguro é primeiro trazer as calorias de volta para a manutenção; isto é apenas
meu conceito de Completa Quebra da Dieta, mas aplicado à transição para bulking, ao invés de cutting. Aqui, eu recomendo
o uso de 31-35 kcal/kg do peso atual com uma redução de 10% como válvula de segurança.

Aqui, há um decréscimo adaptativo no gasto de energia, o qual ocorre durante o cutting, que torna a estimativa da
manutenção muito alta. Então, se nosso levantador perdeu 4,5kg de gordura (e nenhuma massa magra, desde que tenha
feito uma boa dieta) e está com 77,1kg, sua nova manutenção seria de 77,1kg * 33kcal/kg = 2545 kcal. No entanto, eu
ajustaria um decréscimo de 10% ou 250kcal, levando em conta a taxa adaptativa de diminuição do metabolismo. Assim,
2300kcal seria um melhor alvo, ao menos para o começo.

Seria ideal atingir isso o quanto antes, como trazer as calorias a este nível imediatamente após o cutting ter acabado e
manter a manutenção por 2 semanas. Isso pode causar, para muitas pessoas, estresse mental e uma enorme retenção de
água. Para bitolados, aumentem as calorias a cada dia, mas não demorem mais de 2 semanas para atingir a estimativa de
manutenção. Seria ainda melhor permanecer nesse nível de calorias por mais 2 semanas, a fim de proporcionar às
adaptações metabólicas tempo para dissipar mais (pode levar uma semana inteira para T3 exercer seus totais efeitos
genômicos, por exemplo), mas nem todo mundo é tão paciente.

Em relação aos macros, muito embora a necessidade de proteínas tecnicamente diminua conforme as calorias aumentam,
eu recomendaria manter a ingestão protéica no mesmo nível que estava no cutting. Isso é primariamente para o controle
das calorias. A fome pode ser enorme depois que a dieta tenha acabado e manter as proteínas em níveis altos ajuda a
controlá-la. Também, manter a ingestão de proteína alta quando o ganho de peso ocorre logo após o cutting, não só limita
o ganho total de peso como garante que a maior parte desse ganho será de massa corporal magra. Este efeito será ainda
mais pronunciado se o treinamento com pesos for bem realizado.

No tocante aos outros macronutrientes, um aspecto crítico é que a ingestão de carboidratos deve ser trazida à faixa de 120-
150 gramas por dia como um mínimo (2.2-3.3 g/kg seria uma boa estimativa). Isto tem a ver com os efeitos hormonais na
leptina e, especialmente, no eixo da tireóide. Manter os carboidratos muito baixos não permitirá a melhor recuperação da
conversão de T4 para T3 no fígado. Não cometa erros, os carboidratos podem ser maiores, mas não menores.

Quanta gordura será aumentada dependerá do total de ingestão calórica conforme os carboidratos são aumentados. Dada
a tendência da gordura ser estocada após a fase de cutting, manter a ingestão de lipídeos um pouco menor (talvez 20-25%
do total das calorias) faz algum bom sentido. Conforme o ganho de gordura não ocorre no ajuste de estimativa da
manutenção, as calorias podem ser gradualmente aumentadas.

Alterações no treinamento durante a Fase de Transição

Sobre o treinamento, seria uma boa hora para eliminar o HIIT caso ele esteja sendo feito ou, ao menos, reduzir o trabalho
aeróbico para recuperação. Manter algum cárdio pode ajudar a queimar algumas calorias para compensar qualquer perda
do controle de ingestão de comida e manter aeróbico durante a fase de bulking pode ter seus próprios benefícios.
Treinamento metabólico/depletivo também pode ser eliminado e substituído com um aumento gradual de volume de trabalho
pesado. A intensidade aqui pode ser reduzida; uma vez que as calorias estão na manutenção, o músculo não será perdido
e isso funciona como um ótimo deload/rampa para começar a fase de bulking. A intensidade do treinamento aumentará
paulatinamente durante essa fase, quando a transição tiver acabado (novamente, de 2-4 semanas) e as calorias forem
aumentadas ligeiramente acima da manutenção (não mais do que 10-20% acima da manutenção).

Resumindo a fase de transição de cutting para bulking

1. Trazer as calorias para a manutenção e diminuir 10% (31-35 kcal/kg - 10%)


2. Manter a ingestão de proteínas em 2.6 g/kg de massa corporal magra
3. Aumentar os carboidratos para um mínimo de 150g/dia
4. Manter as gorduras baixas
5. Reduzir os exercício aeróbicos
6. Eliminar o treinamento metabólico
7. Aumentar o volume de trabalho pesado, mas com pesos submáximos

Exemplo de dieta para a fase de transição


Vamos imaginar que nosso levantador terminou seu cutting com uma perda de 4,5kg. Ele agora tem 77,1kg, com 69,3kg de
massa corporal magra e o restante de gordura.

1. 77,1kg * 33cal/kg = 2545 kcal -10% = 2300 kcal.


2. Proteínas serão 69,3kg * 2,6g/kg = 180 g/dia. Sendo 4 kcal/g, serão 720 calorias.
3. Carboidratos serão considerados como 3.3 g/kg ou 255 gramas/dia. Sendo 4 kcal/g, serão 1020 calorias.
4. 2300 calorias - 720 calorias - 1020 calorias = 560 calorias de gordura. Sendo 9 kcal/g, serão 62 gramas de gordura.
5. Então, a quebra da dieta será com 2300 calorias, 180 gramas de proteína, 255 gramas de carboidratos e 62 gramas
de gordura, o que signifca 30% de proteínas, 45% carboidratos e 23% de gorduras.

Comentários Finais Sobre A Fase De Transição


Para muitos leitores, o exposto acima não somente soará como muito trabalho, mas eles se rebelarão contra qualquer fato
que intefira em suas impaciências a fim de atingir seus objetivos. Quando as pessoas querem emagrecer, elas querem
emagrecer AGORA. Gastar de 2-4 semanas em uma fáse de pré-dieta (onde pequenas quantidades de gordura podem ser
perdidas) é tempo gasto sem emagrecer. Mas isso ainda é uma ideia melhor do que ficar pulando de dieta em dieta
(pequenos cuttings seriam uma exceção). Permita que os ganhos do ciclo de treinamento anterior estabilizem e retreine seu
corpo para usar a gordura de forma mais eficaz e a dietá funcionará melhor.

O mesmo é dito para a transição de cutting para bulking. Enquanto todo mundo quer voltar a comer após a dieta ter acabado,
o resultado será ganho de gordura rápido, a menos que algumas adaptações metabólicas tenham permitido a dissipação.
A parte mais difícil da transição é, na verdade, fazê-la. Quando a dieta acaba, frequentemente há uma mudança psicológica
que torna mais difícil restringir calorias do que durante a própria fase de dieta; isso é somado com as adaptações
metabólicas. Mas, se a pessoa quiser evitar o ganho rápido de gordura novamente, é crítico que ela faça o exposto para a
garantia dos melhores resultados.

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