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REIS BOOK’S DIGITAL

EM
DA pÉ

Cr is t a
Tra duz ido por Le na A ra n h a

&CR4D
Todos os di reit os reservados. Copy right © 20 06 para a língua portug uesa da Casa Publicadora d
Assembléias de Deus. Aprovad o pelo Conselho de Doutrina.

Título do srcinal em inglês: In De fe ns e o f t he Fai th


Harv est Hou se Publishe rs, Eugene, Oregon, EUA
Primeira edição em inglês: 1996
Tradu ção: Lena Aranh a

Preparação dos Originais: GJeyce Duque


Revisão: Daniele Pereira

Cap a, projeto g ráfi co e editoração: Ed ua rdo Sou za


Foto de capa: Solmar Garcia

CDD: 248 - Vida Cristã


ISBN: 85-263-0745-2

As cit ações bíbl icas foram extraídas da versão A lme ida Revista e Corrigida, edição de 19 95 , da
Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

Para maio res informaçõ es sobre li vros, revistas, periódico s e os últimos la nçam entos da CPAD,
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Casa Publicadora das Assembléias de Deus


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20001-970, Rio de Jan eiro, R], Brasil.

V edição/2006
UMARIO

Por que Crer? 7

1. Ev idê nc ia, Ra zã o e Fé 15
2. Quem É Deus? 35

3. A Bíbli a É Co nfiáv el? 61

4. Há Co ntrad ições na Bíblia? 89

5. Desafios à Fé 117

6. Evidências de A utenticid ade e Inspir ação 147


7. E quant o à Or ação ? 177

8. E qu an to ao Mal, Sataná s e os Demônios? 205

9. E quanto ao Sofrimento e o Inferno? 231

10. Um "Arreba tame nto" e uma "Segun da Vind a"? 257

11. Ev angel ho qu e Salva 287


12. Ce rteza da S alvação 315

N otas 335
Não é pecado duvidar de algumas coisas,
mas acreditar em tu do p ode ser f atal.
— A W. Tozer

Há espaço par a cetici smo como há espaço p ara a fé;


e±ao considerar um investimento ou a adoção de um a reli gião,
o ceti cismo dev e vir primeiro.
— Irwin H. Linton
Em A Lawyer Examines the Bible ("Um Advogado Examina a Bíblia")
i/ ORQUECRER?

Se perguntássemos à maioria das pessoas a razão por que


crê em, m uitas delas teriam difi culdade d e ofer ecer um a base só
lida para sua opinião. De m odo geral , as convi cções pessoais re
ferem-se à lealdad e a um a heran ça o u a um a tradição esp ecí fica.
E surpreendente notar o quanto a fé fundamenta-se na submis
são a uma instituição, a um partido político, a uma igreja, ou a
um sistema reli gio so, mas não em fat os. M uitas vezes a fé rel igi
osa é mais um a d em onstra ção de lea ldade aos pais , ao sacer dote,
ou ao p asto r, do que um a convi cçã o re al fund am enta da e m evi
dência sólida.

Cientistas — os Sumos Sacerdotes de Hoje?


O me sm o acontece em relação ao m un do secul ar. As cr enças
existem por razões sociais, a fim de ser aceito em um círculo de
amigos o u entre os co legas . Por exemplo, não acreditar na ev olu
ção levaria alguém a ser ridicularizado por seus colegas e, até
mesmo, a perde r sua posiçã o na com unida de acadê mica . Robert
Jastrow, um dos astrônomos mais importantes do mundo, foi o
fundador (e por muitos anos o diretor) do Instituto Espacial
Goddard, que lançou as sondas Pioneer e Voyager no espaço.
Jas trow, agnóst ico, chocou seus colegas em um a conferênci a na 
cional da Associação para Ciências Avançadas ao admitir que
8
havia evidênci as de u m Criador Superior do univer so. El e tam 
bém teve coragem d e esc rev er:
Os astrônomos, curiosamente, ficam contrariados... com a
pro va de q ue o universo teve um início. A reação deles f orne ce-
nos uma demonstração interessante das respostas da mente ci
ent ífica — sup ostame nte um a mente b astante obj etiva —, qu an
do a evidência revelada pela ciência entra em conflito com os
artigos de fé professa dos p or sua profis são. .. a ci ênci a é um a es
pécie de religião (gr ifo do autor ).1

Colin Patterson, paleontólog o sênior do M useu Bri tân ico de


História Natural, confessou: "Os evolucionistas — como os
cri aci oni stas, com que m periodicam ente travam batalhas — não
pa ssa m de crent es. Trab alhe i com ess e assu nto [ev olução ] p or mais
de vintetomado
tivesse anos, econhecimento.
não houve umaE coisa [factual]
um grande sequer
choque da qual
saber que
alguém p ode ser enga nado por tanto tem po".2 Wat son , D.M.S., o
homem que tornou a evolução popular na televisão britânica,
(como Carl Sagan o fez na televisão norte-americana), ao falar
diante de uma platéia de biólogos, ressaltou que todos ali com
parti lhavam da mesma fé religiosa:
A evolução em si mesma é aceita por zoologistas não por
que ob servaram sua ocor rênci a... nem porq ue ela po de ser pro 
va da logic amente por m eio de evidências coe rent es, mas p orque
ela é a única alternativa; a criação especial é claramente
inacreditável [alg o que muitos cientist as não que rem adm itir].3

Fred Hoyle , im portante astrônom o bri tâni co, lembra-nos do


fato matemático, muito bem conhecido de que "mesmo se todo
universo consist iss e de um a sopa orgânica", a chan ce de essa s opa
prod uzir as enzimas bás ica s da vida, por m eio de processo s alea
tórios sem uma direção inteligente, seria de aproximadamente
um a em dez, com 4 0 mil z eros depois dele. Em outras palavras,
iss o jamais pod eria acontecer — jam ais! Ho yle di z: "A E voluçã o
Darwiniana provavelmente não o al can çar á nem mesm o em um a
seqüência exata, sem fal ar nas m ilhares de célul as vi vas que d e
pe nd em da m esm a para a sobre vivên cia" . Portanto, por q ue es sa
Po r .- Cxer ? s
teoria totalmente impossível é ainda muito prestigiada? Hoyle
acusa os evol ucioni stas de defend er um a fé religiosa:
A sit uação [a impo ssibilidade m atemática] é bem conh ecida
dos geneticistas, mas parece que, mesmo assim, ninguém põe
um ponto final decisivo nessa teoria...
A maioria dos cientistas apóia-se no darwinismo por causa
do poder que exerce no sistema educacional... Você precisa acre
ditar nos conceit os ou será consider ado u m herético.4

Ninguém Gosta de Estar Errado


Portan do, con sidera ndo a concepção de que os ci entist as su
postamente abraçam as crenças por razões fundamentadas em
fatos, não é de surpreender que até mesmo uma pessoa comum
também faça isso. Uma afirmação típica é: "Nasci hindu e per
manecer ei hindu at é morr er! " A palavra "hindu " pode ser s ubs
tituída por "muçulmano", "católico", "batista", "mórmon" ou
m uitas outras designações reli gios as. Infeli zmente, o que parece
ser um a "fé" profun dam ente e nraizada é, m uitas v ezes , ali me n
tada pelo orgu lho e pela obstinação i nata.
Ning uém gost a de estar er rado. É particularmente hum ilhante
admitir que a fé religiosa de toda a vida de uma pessoa tenha
sido col ocad a em luga r errado e que a f é he rda da de seus ances
trai s (ou que o po nto de vista "cie ntí fic o" ap ren did o na un ivers i
dade ), na v erd ad e, é fal sa. Afina l, a ci ência (como vários cientis
tas agora admitem) e o ateísmo algumas vezes também criam
"crenças" religiosas.
Muitas pessoas acei tam o que é divulgado p or meio do rádio
ou da televisão ou dos jornais e revistas como se a mídia não
come tesse erros e estivesse li vre de preconceito. É claro qu e am bas
as pressuposições são t olas. Ne nh um a pessoa ou a gência noti ciosa
é infalível ou não tendenciosa. Isso também vale para escolas,
educadores e livros de estudos. Sabemos que uma falsa história
tem sido ensinada nos países co munistas, porém, m uitas veze s,
não reconhecemos que um a falsidade sim ilar foi insti lada no oci
dente por causa cie um preconceito igualmente perigoso e deso
nest o. É necessário te r coragem e hu m ilda de pa ra enc arar os f a-
10
tos, especialmente quando eles frustram tendências e lealdades
existentes há muito tempo.

A Ingenuidade Univers al
Se um a pessoa não presenci a um incident e no mo m ento em
que ocorre, parece que n ão tem outra escolha a não ser acredit ar
no relato de um a testem un ha ocu lar. Nessa circunstânci a, par ece
razoável acreditar no relato de alguém que você conhece pesso
alm ente e em qu em confia de forma pl ena. Seri a desl eal duv ida r
de um bom amig o. Na verdade, d uvida r dessa pess oa, aparente
me nte, eqüivale acusá-l a de m entir ou, pelo menos, de n ão saber
sobre o que está falando e, porta nto, n ão ser c onf iáv el.
No entanto, é necessár ia um a pa lavra de advertência. Err os
fatais podem se cometidos mesmo quando a testemunha ocular
é um amigo pr óximo em quem conf iamos completa mente. Uma
pessoa prudente faz perguntas inteligentes para ter certeza de
que o ocorri do fo i relatado de m aneira a curad a e de que a teste
munha compreendeu o acontecido da maneira como isso real
mente aconteceu. Apenas quando os fatos são claramente esta
belecidos, a pessoa pode acreditar no relatório sem se importar
com qu em o tenha rel atado.
Na maioria das vezes, muitos de nós somos ingênuos. Por
essa razão, os artistas da vigarice acham alvos fáceis e defrau-
dam milhões de vítimas a cada ano nos Estados Unidos. Todos
precisamos ter um a dose s audá vel de ceti cismo . H á u m a hist ória
que conta sobre um homem que passava por uma rua e jogou
um a mo eda na can eca de lat a que um hom em segura va, usando
ócul os es curos e mo strando um cart az que di zia: "Ajude um po 
bre c ego". Após d ar mais alguns passos o hom em que de u a moed a
virou-se e fi cou chocado ao ver o "cego" tirar seus óculos escuros
e exam inar dentro da can eca. O hom em que de u a moe da retor
nou rapidamente e declarou com raiva: "Você não é cego!", ao
que o "cego" replicou: "Não, senhor, não sou cego. O cego está
de fol ga; estou a pena s em seu lug ar. Geralmen te, eu sou o surdo-
m ud o que fi ca na outra esquina".
C r e r :j / /

Não havia necessidade de fazer muitas pe rgunta s ao "cego" para


descobr ir a verda de antes de jogar a moe da n a caneca de lat a. Tam 
bém não são nec essár ias muitas pergu ntas pa ra descobrir a verda de
sobre um a reli gião específica, em bora pouc as per gun tas sejam us u
almen te fei tas. Q ua nd o se referem à re ligião , no entanto, na maioria
das vezes ela s não são nem me smo perm itidas. Nesses vár ios anos
de viagens ao redor do m un do para palestrar a di ferent es pl atéi as
em países e culturas dis tin tas, sempre valor izei o mom ento e m que
os ouvintes têm a opo rtunida de d e desafi ar-me com perguntas. En
tretanto, disseram-me que a maioria dos pregadores e professores
raramente oferece essa oportunidade aos ouvintes.

Qual É a Razão de sua Fé?


Tod as as reli giões em a lgum m om ento o u outro exigem fé —
e, freqüentemente, não em Deus, mas no sistema religioso, na
igreja em si, no fundador ou no líder religioso. O resultado de
depositar a confi ança em algo ou alguém que não seja Deus, em 
bora esse a lgo ou es se alguém po ssa reivindicar que rep resenta o
Sen hor , a decepção inevitave lmen te apa rece. Um ind ivídu o pode
tornar-se cínico e dar as costas a toda religião e, a partir desse
momento, rejeitar a possibilidade da verdade. Ou o indivíduo,
para que possa conhecer Deus, pod e tornar -se um seguidor mais
dili gente e cautel oso, mais sábi o e dete rm inad o do q ue cos tum a
va se r, poré m agora, mais cauteloso sobr e as prom essa s e ens ina
me ntos de meros homens.
Como veremos nas páginas seguintes , qualque r "fé" que não
for fund am entad a na razão, a poiada e m evidências i rre fut ávei s, é
um a v erd ade ira loucura. A Bíblia apre senta o reg istr o daq uilo que
cham a d e "fé", es se el emen to fund am enta l que ofer ece a única r es
posta confiável a todas as questões supremas da vida. Queremos

encarar
po, essas
termos q uestões
o maior cuid deado
formde estarm
a hon esta
os ecerto
aberta e que
s de , ao as
mesm o tem
r espostas
às quais chegam os são válidas. Permitiremo s q ue os cr ítico s des a
fiem a Bíblia de todo ângulo possível e descobriremos que a evi
dência em favor da "fé" é abs olutam ente invencí vel .
42
Não há n ada errado em formular q uest ões em busca da ver
dade. Na realidade, apresentar questões é essencial no processo
de descoberta da verdade . Q uaisquer respostas que seja m ofer e
cidas têm de ser que stionad as até que o ind ivídu o este ja sa tis fei
to de que a ver da de foi enco ntrada. Portanto, este l ivro é apenas
um a séri e de perg un tas q ue os investigadore s sincer os ( e mu itos
críticos, céticos e ateístas) têm feito e de respostas que apresen
tam um a razão para cada u m des ses quest iona mentos.
As questões enco ntradas nas páginas seguint es foram feitas
a este autor por muitas pessoas sinceras do mundo inteiro, as
quai s estavam honestamente buscand o a evi dênci a que pudesse
sustentar em si a fé verda deira ou estavam fazendo o melhor que
po dia m pa ra d estru ir a Bíblia e "f é" que a me sm a ofer ece a toda
a hum an idad e. As preocupações. expressas pelos questionadores
abrangem um a variedade de tóp icos, desde como alguém pode
sabe r se a B íblia é ve rd ad e e se Jesus Cristo realm ente existiu até
se Ele é ou não o Salvador dos pecado res e como alguém po de ter
certeza da salvação. A precisão da profecia bíblica é outro dos
mu itos tópicos qu e exigi rão nossa atençã o. A va lidad e cient ífica
e histórica da Bíblia também serão examinadas com as questões
referent es à exist ência do Deus da Bíblia e outras preocupa ções
de im portân cia vit al.
O plano geral é m uito simples: Um a per gu nta é feit a e a res
posta é oferecida conforme a compreensão que o autor conclui
sobre as sun tos referen tes à Bí blia, à ciê ncia, à história e à expe
riência pessoal. Os capítulos são divididos de acordo com o
assunto geral a ser discutido.
Aquele que deseja filosofar deve começar
por du vid ar de todas as co isas.
— Giordano B ru n o '

Qua ndo o funda dor de um a nova religião reclamou que es ta fe z pouco


progresso en tre as p essoas, Ta lleyrand re plicou: "Apre sentar u ma nova
relig ião não é um assunto fácil. No entanto, h á algo que o aconselhari a a
fazer [...]. Vá e seja crucificado, depois enterrado e, a seguir, ressuscite no
terceiro dia; e depois faça milagres, ressuscite os mortos, cur e tod as as
doenças e e xpulse dem ônios — e assim é possível que você alcance s eu
objetivo". Esta foi a maneira astuta de Talleyrand dizer que aquela religião
era um embuste, a qual deveria es tar fundam entad a em u ma mentira.
— S a m u e l P. P u t n a m 2

Como p ôd e um carpint eiro, [...] nascido em meio a um pov o cujo s


grande s mestres eram limitados , am argos, intolerantes , legali stas
pedantes, ser o supremo Mestre religioso que o mundo já conheceu, [...] a
figura mais importante na história do mundo?
— W . S. Peake3

Ne nhu ma revol ução que j á acont eceu na socie dade pod e ser comparada
àquela que foi pro du zid a pelas pala vras de Jesus Cr isto.
— M a rk H opkins4

Para a mente teórica, [o cristianismo] pode abrigar tudo que a ciência


pud er descobrir e ainda desafia a ciên cia a aprofunda r-se mais e ma is.
— G ordon A llp o r t5
/

pVIDÊNCIA,
RAZÃ O E FÉ

Um Salto no Escuro

Questão: Sempre compreendi que há uma diferença entre


crença e f é — a crenç a está fun da m en tad a n o fato , e a f é, um a vez
que se rel acion a à rel igi ão, deve estar divo rciada da evidên cia e
da raz ão. Is so parece ra zoável, mas ultimam ente tenho pensa do

se isso
pod eriadeveria ser verdade
me ajudar ? e por que deveria ser verdade. Você

Você est á lutan do com um a com preensão equivo 


R e sp o s ta :
cada, que é mu ito séri a e que levou m ultidõe s à escravidão reli 
giosa ao longo da históri a. A B íblia con side ra q ue crença e f é es
tão no me sm o nível , que nã o exis te dif erença entre el as. Um po u 
co d e bom senso e um pouco de refl exão l he dirão q ue fé deve ser
um fun dam en to factual seguro tan to qu anto a cr enç a. A fé não é
um salto no escuro. Além disso, fé em Deus e em sua Palavra,
por envolver assuntos eternos, é m uito mais importante do que a
crença sobre os assuntos referentes a esta vida.
A fé, porta nto, d eve ser um a base mais sólida do que a mera
crença. A lguém p ode estar disposto a perm iti r algum a incert eza
em relação ao s assun tos terrenos, ma s ape nas um tol o se sentir ia
16
confor tável com, até mesmo, o meno r grau de dúv ida quanto às
coisas que o afetam eternamente. Não é de surpreender que o
apóstolo Pa ulo tenha esc rito: “E xaminai tudo. Retende o bem "
(1 Ts 5.21; grifo do autor).
Luca s nos relat a que nos qua renta dias que Jesus passou com
seus discípulos após sua ressurreição, Ele "se apresentou vivo,
com muitas e infalíveis provas" (At 1.3; grifo do autor). Clara
men te, Cristo não ac hou que seri a sufici ente ape nas m ostrar-se a
seus discípulos sem provar com evidências irrefutáveis sua res
surrei ção. El e considerou tanto legítimo qu anto essenci al prova r
que El e era exatame nte o mesm o que for a cruci ficado e que res
susci tara dos mo rtos no mesm o corpo (mas agora em um a nova
e glor iosa fo rma) que fora sepu ltado sem vida.
"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo,"
Cristo disse
apareceu aosdepo
-lhes discípulos
is de estupefatos
sua ressurreinação.
primeira
"Tocavez quee Ele
i-me vede, pois
um espírito [fant asma] não tem c arne nem ossos, como vedes q ue
eu tenho" (Lc 24.39; grifo do autor). Eles pensaram que estavam
vend o u m fantas ma, m as Je sus prov ou o co ntr ári o. O incrédulo
Tomé não estava prese nte ne sta prim eira ocasião, e Cristo decla
rou posterior mente: "Põe aqui o teu dedo e vê as minhas m ãos ;
chega a tua mão e põe-na no meu lado..." (Jo 20.27) Ali estava a
tangível evidên cia irrefutável .
O senso comum diz que a prova irrefutável deve ser exigida
antes de se fa zer um comprom isso, um investimento nesta vi da.
Portanto, é ainda mais importante estar absolutamente certo e
fu nd am en tad o em p rovas sólidas antes de acei tar , pela f é, as coi
sas que afet am o dest ino eterno de u m indivíduo. A verdad eira
"fé" como veremos, pode apenas estar fundamentada sobre fa
tos — não sobre sentimentos, intuição ou emoção. E, tam pouco,
a fé surge da submissão cega a algumas autoridades religiosas.

Ver Significa realmente Crer?


Questão: Um famoso adágio diz: "Ver para crer". A Bíblia
diz: "Porque andamos por fé e não por vista" (2 Co 5.7). Essas
duas idéias parecem estar em conflito direto uma com a outra.
Qual delas está correta?
47
A primeira afirmação, embora possa ser parcial
R e s p o s ta :
mente verdadeira, pode da r um a impress ão err ada; a segunda é
total m ente verdadeira. Embora "ver" com os próprios olhos ou
testemunhar uma ocorrência possa ajudar a pessoa a crer, nem
sempre a pessoa "vê" de m aneira acurada. Portanto, "ver" não é
sempre uma razão suficiente para crer em alguma coisa. Como
também "ver" não é essencial para crer, pois, obviamente, cre
mos em muitas coisas que nunca vimos.
Por exemplo, muitas pessoas nunca estiveram na China e,
portanto, nun ca v iram este paí s com seus próprios olhos . Conse
qüentemente, eles acreditam que este lugar existe por meio de
abundantes testemunhos dos que já estiveram lá e de muitas
outras evidências. Ninguém jamais viu a gravidade, embora já
tenhamos observado o que acreditamos que sejam seus efeitos.
Bem como ne nh um cienti sta já viu a energia, em bora hoje acredi
temos que ela seja a matéria de que todo o universo é feito.
Além disso , a aparência pod e ser enganosa, como todos sa
bemos por experiência. A miragem pode fazer com que a areia
escaldante de um árido deserto par eça ser águ a. U m mágico em
cena pod e iludir a audiênc ia pa ra qu e "vej a" algo i mpossível. Na
verdade, em nenhuma instância nós realmente "vemos" o que
estamos olhando. O leitor, na ve rdad e, não vê as página s e a im
pressão deste li vro. O que el e "vê" é a impre ssão criada em suas
células cerebrais de um reflexo conduzido por pequenas ondas
para dentro de seus olhos e depois ao longo de conexões nervo
sas para seu cérebro. O que quer que essa impressão seja exata
mente, com o que a página e a tinta realmente se "parecem" ou
realmente "são" po de nun ca ser c onhecido por nós , meros mor
tais. Portanto, "ver" não é o que alguém julga que a coisa seja e
certam ente não é o melhor fu nd am en to par a a cr ença. James J ean s,
astrôno m o brit ânico, declaro u:
A grande conquista física do século XX não foi a teoria da
relatividade... ne m a teoria quântica. .. tamp ou co a divisão do áto
mo... [mas] é o r econhe cimento geral de que n ão estam os aind a
em con tato com a realidade última... 6
An dam os por Fé e não por V ista
As palavra s de Jesus qu an do Ele se revelou a para Tomé f o
ram m uito instrutivas: "Po rque me viste, Tomé, creste; bem -aven -
E\: D e e :-.>a d a F e C xíjtâ

turados os que não viram e creram!" (Jo 20.29) Pedro escreveu


sobre o Cristo ressurrecto que agora está no céu à direita do Pai:
"Ao qual, não o hav en do vist o, amais; no qual, não o vend o ago 
ra, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (1 Pe
1.8). Se "v er é crer", então to dos que v ive m hoje que, ao c ontrário
de Tomé, nunca viram ou tocaram Cristo fisicamente, não pode
riam crer nEl e.
De fa to, se "ver é c rer" fo sse verd ade , ning ué m po deria acre
ditar em Deus, pois Ele habita "na luz inacessível; a quem ne
nhum dos homens vi u nem pode ver" (1 Tm 6.16; grifo do autor).
O apóstolo J oão declarou que "Deus nu nca foi vi sto por a lguém"
(Jo 1.18; 1 Jo 4.12). A ind a a ssim , ac red itam os em Deu s, e m ilha res
de pessoas inte ligentes tamb ém crêem nEl e sem que jamai s o te
nh am vist o com seus próprios olhos . P ortant o, obviamente, a f é
não e nvolve ve r com os olhos , pois a f é faz contato com o que é
invisível . O m aio r cap ítulo s obre a fé na Bíblia inicia- se com: "O ra,
a fé é [...] a prova das coisas que se não vêem" (Hb 11.1; grifo do
autor).
Essas afi rmações bíb licas revelam o gran de logro do ensino
fund am entad o na visual iza ção. Por exemplo, o pas tor da ma ior
igrej a do m un do insis te que é impossível ter f é e receber resposta
para um a oração sem que visuali zemos claramente o o bjeto ou o
resultado pelo qual alguém est á ora ndo .7 Ao contr ári o, a tentati
va de visualizar e, conseqüentemente, de "ver" destrói a fé, que
apenas po de envolver o que não vemosl Lembr e-se, "and am os por
fé e não por vis ta ", e as duas são incompatíveis.
Os elementos mais importantes desta vida física (amor, ale
gria, paz, propó sito, conte ntam ento, verd ade , just iça, e tc.) não p o 
dem nem ser vistos nem explicados. Não muito tempo atrás, o
m un do acadêmico acreditava am plam ente que a ci ênc ia f ísica, um
dia, explicaria tudo, inc lusive a consci ênci a. Essa espera nç a vã não
é mais admitida pela maioria dos cientistas. John Eccles, prêmio
Nobel, apontou que o recente reconhecimento de que a mente é
um ente não-físico causou o colapso do materialismo científico.8
Erwin Schroedinger, outro prêmio Nobel, que desempenhou pa
pel v ital na pesquis a, apresentando ao mun do contemporâneo um a
nov a fís ica, expressou isso de m aneira ba stan te diret a:
13
A descri ção cien tífica do m un do real que m e rodeia. .. silen
ciou assustadoramente sobre tudo... que se encontra realmente
perto de nosso coração, tudo que realmente é importante para
nós ... [el a] não sabe nada... sobre o be m e o mal, sobre D eus e a
eternidade...
De onde
questão par aven
c adaho
ume para onde
de nós. A civoênci
u? aEst
nãoa étem
a gran de e insondável
resposta p ara isso.11

O "v er" tem sérias l imit ações , além de ter mu ito pouco a ver
com o "crer" e nada a dizer a respeito d a "fé". De vemos te r fé se
quiserm os saber sobre as cois as mais imp ortan tes d a vida (am or,
aleg ria, paz , propó sito, conten tame nto, ve rdad e, just iça, e tc.), as
quais a ciência não pode revelar e a respeito das quais ela nada
tem a es clarecer. P orém essa afirmação ime diatam ente suscita a

importante questão
ou em alguém quedenunca
como um a pessoa
viu e q ue, podede,acredit
na verda ar em
não p od e vealr. goA
fé deve estar fu ndam en ta da em evidências que independem de sinais
físicos ou comprovação científica, mas que são irrefutáveis. O restante
deste l ivr o tratará ba stante desse as sunto.

É Errado Querer Evidências para sua Crença?


Questão: Desde cri ança f ui criado em u m a determ inada igreja
e acr edi tei e m tud o que o pastor e meus pais m e ensinaram qu an 
do eu era jovem. Conseqüentemente, quando fiquei mais velho
comecei a ter muitas dúvidas; mas quando perguntei ao pastor
sobre elas, el e disse que e u tinha de ace itar a s declarações d e no s
so santo Pai e dos pastores. Eu queria acreditar, porém essas que s
tões continuavam a me incomodar. E errado querer alguma evi
dência e, até mesmo, alguma prova sobre o que a igreja ensina?

E surpree nde nte a qua ntidad e de pessoas que


R e sp o s ta : vai
regularmente à igreja e aceitou a perigosa e ilógica idéia de que
quan do vem para a rel igião a pessoa não pode nu nca questionar
nada, pois isso demonstraria uma "falta de fé". Ao contrário, as
questões precisam ser formu lada s e a pesso a não deve ficar satis
feita até que se sinta segura em relação à resposta recebida. O
ceticismo, na verdade, é essencial como um primeiro passo em
20
direção à f é, desde que ele não se revi sta de orgu lho ne m se t ran s
forme em um pretexto para o preconceito. A credulidade ingê
nua não ajuda a fé verdadeira; na verdade, é sua inimiga.
A fé é a confiança absoluta e total. Certamente, ninguém ou
na da além de D eus é merecedor de nossa absoluta e tot al conf ian
ça e, portanto, de nossa fé. Jesus disse: "Tende fé em Deus" (Mc
11.22). Portanto, quando a fé é associada a alguém (pastor, sacer
dote, g uru ) o u a algo (ig reja, religião, instituição) qu e nã o seja Deus,
está mal direcionada. Apenas Deus é onipotente, onisciente e
onipresente e , portanto, não nos d esap onta qua ndo cremos n Ele.
Ap ena s El e é me rece dor de n ossa confiança tot al; e Ele respo nsa bi
liza cada de u m nós p or conhecê -lo pessoalme nte e, c omo princí
pio fun dam ental, de positar nossa total con fia nça apenas nEle.
Conhecê-lo pessoalmente? Sim. Tanto a Bíblia quanto o senso
com um no s m ostram isso. N en hu m past or, s acer dot e, gu ru o u ig reja
que reivi ndicam atuar como m ediado r ent re Deus e o hom em nos
diz: "Confie em m im" , estão po r meio de sta reivindicação exigi n
do nossa total co nfi ança , qu e deve ser dir igida ape nas a Deu s. O b
viamente, se for pa ra u m a pessoa agi r como med iado r entre Deus
e a humanidade, esta precisa também ser Deus, já que ninguém
mais é m erece dor d e nossa confiança i ncondicional . Jesus Cris to é
Deus que se tornou ho m em por m eio do nascimento vi rgi nal . Por
isso é que a Bíb lia diz: " Po rqu e há um só Deus e u m só [apenas um]
mediador entre Deus e os homens, [que também é Deus] Jesus
Cristo, ho m em " (1 Tm 2. 5; gri fos do autor).
Qualquer sistema religioso que demanda fé em seus
ensinamento s — funda m entado em sua alegada autoridade em vez
de fu ndam entar-se em fir me evidênci a —, e o qual é relut ante em
perm itir que suas doutrina s e afir mações sej am livremente exami
na da s po r me ntes sinceras e inquisit ivas, não po de ser co nfi ável. A
idéia de que apenas a elite do sacerdócio ou clero é qualificada
pa ra determ inar a ve rdad e em rel ação à r eligião, moral ou fé e de
que seusque
m entira dogmas devemaser
já custou aceitos
muitos suasem questionamento
liberdade e paz deé espírit
uma o na
terra e os condenou a pass ar a eternidad e no inf erno . D eus mesm o
disse à humanidade: "Vinde, então, e argiii-me" (Is 1.18; grifo do
autor). Esperamos seguir esse aviso ao longo deste livro.
21
Qual É o Papel da Evidência e o da Razão?
Questão: Posso ver que não faz sentido e que seria muito
perigoso cr er em algum a coi sa simplesm ente porq ue a lgum a igr e
ja ou líder religioso diz que assim devo fazer. Obvia m ente , deve
haver outros fundamentos para a crença. Por esta razão, estou
confuso , pois se a "fé" está fund am en tad a em raz ão e evi dências,
não parece ser a verd ade ira f é.
R e sp o sta :Sua conf usão é result ado de im aginar que a razão
e a evidência estão en volvidas em toda a fé, o que po de ria to rna r a
fé totalmente racional — e a í, eu c oncordo, isso nã o faria sentido.
Certam ente, a fé não é necessária pa ra se acreditar em coi sas que
são evidentes em si mesm as ou que pod em ser de todo com pro

vadas,
calor patais
ra como o fato de que o sol está no céu e enviando seu
a Terra.
Por outro lado, a razão e a ev idênci a po de m legit imam ente
apontar a direção que a fé deve seguir — é necessário fazer isso.
Na verdade, a fé não deve transgredir a evidência e a razão, ou
ela seria irracional. A fé está um passo além da razão, portanto,
segu e ap enas a dir eção ap ontad a pela razão e pela evid ênci a.
A idéia de "salto de fé" (em que a fé deve ser irracional) foi
difundida por algumas escolas de filosofia e religião. No entan
to, se is so f osse verd ade não hav eria outros funda m entos p ara a
fé, e esta ser ia apena s fun da m en tad a em sentim entos e em i ntui-
ções da p essoa que crê . Em conseqü ência, a pess oa po de ria acre
ditar ou ter fé em qualquer coisa. Como diz o ditado: "Se isso
funci ona para você, es tá corret o" — um a idéia insensata qu e nega
a incondicionalidade da verdade.
De acordo com essa teoria, a f é em si mesm a é que se torna
importante, não o objeto da própria fé. Não importa em que al
guém acredita. A pessoa precisa acreditar em alguma coisa, para

depois dar o salto. Essa é a crença que c ausa o efe ito que a lguém
busca — uma teoria que contém alguma verdade temporária e
limit ada. Si m, acreditar na Força da G uerra das Estrela s ou que
Deus é uma espécie de gênio mágico que existe para comandar
alguém pode, na verdade, trazer uma temporária sensação de
bem-estar . Por fi m, essa cr ença se torna um a d esilusão e a bolha
de eufori a se rompe, deixan do a pessoa em um a situaç ão pior do
que a anteri or.

Fé É a Res pos ta para a Verdade De mo nst rad a


A primeira vista pode parecer norm al rejei tar mos a razão e a
evidência, pois Deus está muito além de nossa capacidade de
comp reensão tot al e , dessa maneira, está além de qu alquer prova
que possamo s compreender. M uito me nos que a prova, como po 
deria a evidência ter qualquer participação na crença em Deus?
Com o já vimos, de qua lquer m odo, se a razão não tem qualquer
participação na fé, assim a pessoa pode acreditar em qualquer
tipo de "de us" — um a idéia claramente fal sa. A pessoa deve ter
alguma evidência até mesmo para crer que existe um Deus. De
outra m aneira, como a i déia de Deus po deria se sustent ar?
Felizment e, a evidência sobre El e está em tod o lug ar a nossa
volta: "Os céus ma nifes tam a gl ória de Deus. [...] Po rque as suas
coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno
po de r como a s ua divinda de, se en tende m e claramente se vêem
pelas coi sas que estão cr iada s, para que ele s [toda a hu m an ida 
de] fiquem inescusáveis" (SI 19.1, Rm 1.20; grifo do autor). Nin
guém pode aprender muito sobre a incrível natureza do univer

so, nem sobre


elemento s, nema bel
sobeza
re da simplici dade da
a incompreensível e strutura atômica
complexidade de dos
um a
célula viva com dez mil reações químicas, acontecendo em per
fei ta harm onia u m as com as outras, sem se dar conta de que iss o
não poderia acontecer por acaso.
A estrutura de um a folh a (e quan to mais a do cér ebro hu m a
no) requer um Planejador inteligente, que está além de nossos
mais altos pensamentos ou Ele não seria capaz de criar e gover
nar o universo. Certamente é apropriado que observemos a in
crível ordem do universo e que, diante de tal evidência, chegue
mos à conclus ão de que o uni verso, bem como nós mesmos, não
somos frutos do acaso, mas devemos ter sido planejados e cria
dos por um Ser com inteligência e capacidade para fazer tudo
isso. Evidência e razão ap ontam para Deus. Isto não é apenas o au
tênt ico prime iro passo p ara conhe cê-l o, ma s tam bém o es sen cial.
E vidè \ ci a R azão e Fe 23
Est e Deus, entretanto, a fi m de s er o C riado r e o Sus tentad or
do universo deve ter habilidades que estão infinitamente além
de nossa capacidade d e com preensão . A razão po de seguir a evi
dência apenas até es se ponto e depois per cebe que a com preen
são de tudo está muito além de sua capacidade. Neste ponto é
que a f é dá o próxim o passo p ara conhecê-l o, u m passo que está
além da capacidade da razão acompanhar, mas que é dado (e
precis a ser dado) n a direção apo ntad a pela razão e pela ev idê nci a.
O ateu vê est a m esm a evidência, e ele tam bém dá o passo de
"fé", para além da razão. Infelizmente, entretanto, ele dá este
passo tentand o escapar d as conseqüências de adm iti r a exis tên
cia de Deus e, deste modo, de suas responsabilidades para com
seu criador. O ateu dá o "salto de fé" em direção oposta para a
qual a razão e a evidência claramente apontam. Ele escolhe ne
gar a evidência e, conseqüentemente, sua "fé" é totalmente irra
ciona l, embora, de q ualq uer m odo, sej a um a fé genuína.
Há m uitas ou tras evidências esp ecí ficas pa ra se cr er em a m 
bos , em D eus e na Bíblia como sua Pa lavra, mas tratarem os d es
sas evidências mais tarde.

Evite Tentar "Coagir" a si mesmo a Crer


Questão: Tenho me esforçado com essa coisa chamada "fé"
du
masran
nãoteconsig
tod a a min ha vida.
o coagir -meEu
a i que ro "crer" sen
sso. Continuo e m Ddoeus
imeportu
na Bínad
blia,o
por dúvidas. O que devo fazer ?
De for ma a lguma "se obri gue" a acredit ar em Deus
Resposta:
ou na Bíblia. Deixe- me s ugerir que você in icie enc ara ndo a necessi
dade racional de que Deus exi sta. Ne m o universo nem nós m esmos
existiríamos ou teríamos qualquer propósito ou significado sem
Deus. A Bíblia inicia- se assim: "N o princíp io, c riou De us os céu s e a
terra" (Gn 1.1). Ela nã o q uesti ona a existência de Deus, pois este fato
é evidente em si mesm o po r meio do universo que nos rodeia e que
foi inserido po r D eus na consci ênci a de cada pessoa.
A Bíblia declara de m an eira inapelável: "D isseram os néscios
no seu coração: N ão há D eus " (SI 14.1; 53.1). Q ua lqu er ser h um a
E:.: D i ff v , : - F f . C: ;:^ t à

no racional deve concordar com este pronunciamento. Apenas


um tol o po de ria pen sar que o universo exist e por acas o. Confor
me Linus Pauli ng, gan had or do p rêm io Nobel , declar ou, apenas
um a célul a vi va do corpo hum ano "é mais complexa que a cida
de de Nova Iorque". É um absurdo imaginar que a vida em si
mesma (a qual é um mistério que está além da capacidade de
sondagem da ciência) e a incrível complexidade da substância
que m antém a vida t enh am aconte cido por ac aso.

Todas as Evidências Apontam para Deus


Suponha que dois sobreviventes do naufrágio de um navio
tenh am ficad o, por dias, à deriva em u m bote salva-v idas no oceano
Pacífico e, por fim, são arrastados para a praia de uma ilha. A
gra nd e esp erança deles, claro , é que a il ha est eja ha bitad a pa ra
que possam ter alimento, cuidados médicos e meios para
retornar a sua d ist ante terra nat al. Seguindo seu cam inho para
dentro da floresta, repentinamente encontram uma fábrica
automatizada op erando a pleno v apo r. Apesar de ne nhu m a pessoa
apar ecer , o s pro du tos est ão sendo m anu faturado s, emb alados e
rotul ados p ara embarque .
Um deles exclama: "Deus seja louvado! A ilha é habitada!
Alg uém dev e ter fei to esta fábr ica e a supervisiona!"
"Você está louco", seu companheiro replica. "Você esteve
exposto ao sol por muito tempo. Não há absolutamente nenhu
m a razão p ara acreditar que esta coi sa foi plane jada e posta pa ra
funcionar por qu alquer ser pensante. Ist o apenas aconte ceu por
acaso sab e-se l á há q uan tos bilhões de ano s."
O pri meiro homem deu um a olhada para os pés e viu um reló
gio com a pulseira q ue bra da caído sobre a s ujeira. N ovam ente, ele
excla ma: "Olhe ! U m relógio! Isso pr ov a qu e a ilha é habita da!"
"Você deve estar brincan do", seu co m panh eiro rep lica. "Est a
coisa é apenas uma conglomeração de átomos que, por acaso,
cheg ou a essa forma após bilhões de a nos de sel eção aleat ória."
Ne nhu m a pessoa em sã c onsciênci a pode imaginar que um a
fábrica ou um relógio poderia surgir por acaso. Portanto, como
qualquer pessoa racional poderia insistir que o universo veio a
E vidl \\_ía R azão e Fe

existir por acaso e , muito m enos, qu e as complexas forma s de v ida


da Terra possam ter surgido por acaso! Uma simples célula viva
de um a folh a ou de um animal é milh ares de vezes mais comple xa
do que u m a fábr ica e um reló gio juntos. O corpo hum an o consi ste
de tri lhões de célu las, de m ilhares de tipos diferentes, t oda s tra ba 
lhando juntas em perfeito equilíbrio. Nossos melhores cientistas
não podem produzir um cérebro humano mesmo com toda
tecnologia e computadores disponíveis hoje. Apenas Deus pode
fazer isso. Ce rtam ente , isso nã o se dev e ao ac aso!
Também nã o faria sentido D eus criar o hom em se não tivesse
um propósito definido pa ra el e. N ad a é mais frustrante pa ra um a
pessoa in tel igent e do que não ter propósito alg um n a vida. Ne m
mesm o a idéi a de propó sito poderia surgir po r ac aso , poi s pro pó 
sito e acaso são op ostos. N ão existe pla no s em planejador. P ortanto ,
sabemos qu e Deus tinha u m prop ósito pa ra no s criar. E assim, E le
preci sava ter uma ma neira de nos com unicar seu propósit o.
A Bí blia afir ma ser a palavra de Deus para a hu m an ida de e
exp lica os prop ósitos e planos divinos. Não se espera que acre di
temos nessa afirmação sem evidências sufici entes, mas, de fat o,
essa afirmação é fundamentada por um vasto número de evi
dênci as. Muitas delas est ão nos mu seus do m un do todo e são t ão
irrefutáveis que qualquer pessoa capaz de ler a Bíblia não tem
desculpa para du vida r dessas af irmaçõe s. Apresentarem os m ui
tas dessas prov as ao longo deste livro.
A m aior p rov a d a existência de D eus q ue a Bí blia of erece é o
cumprimento de centenas de profecias específicas. Em
Isaías 46.9,10 Deus diz que prova sua existência ao anunciar o
que acontecerá antes que aconteça. Em Isaías 43.10, Deus diz à
nação de Israel que ela precisa ser sua testemunha de que Ele é
Deu s, tanto para si me sma qua nto pa ra o m und o. C omo iss o acon
tece? Por causa das muitas profecias que Deus fez em relação a
Israel e que se cum priram: que os judeu s seri am e spalhado s por
todas as nações da ter ra; que seriam o diados e perseg uidos e m or
tos como nen hu m outro povo (ant i-semi tismo); que seri am p re
servados apesar dos milhares de tipos de Hitler que tentaram
exterminá-los; que, nos últimos dias, seriam trazidos de volta a
terra del es... e mu itas outras profeci as qu e foram claramente cum-
26 Em Dh a F rC r at A

pridas e estão no processo de serem cumpridas bem diante de


nossos olhos.
N ão ab orda rem os esses detalhes aqui, pois, em outros li vro s,
já tr atam os detalhadam ente com a profecia. Entretanto, o objeti
vo é que ninguém deve acredi tar em na da sem uma razão sól id a
para isso e que a evidência que leva a humanidade a acreditar
em Deus e na Bíblia é absoluta m ente inconfundível.

Se Temos a Evidência e a Razão, por que a Fé?


Questão: Se a evidênc ia e a raz ão são part es es senciais da fé,
não vejo p or que D eus dev e nos exigir a fé. Por que nã o nos dá a
prova de tudo? Ter de dar este passo de fé parece ser irracional
para mim.

R esp o sta: A resposta para sua questão é ditad a po r nossos l i


mites pessoais, não por alguma exigência exorbitante que Deus
faz. Teríamos de ser como Deus para que tudo fosse provado e
racionalizado pa ra nós. Obviam ente, não som os como E le: somos
finit os, e Deu s é infi nito. Simp lesmen te não temos a capa cidade de
compreender tud o sobre Deus e seu universo. Portanto, precisamos
conf iar nEl e qu and o nos fal a sobre co isas que não pod em os co m
pree nde r de form a plen a. E ne sse mo m ento que a fé entra em ação.
O que podemos compreender em relação ao universo e de
nossa responsabilidade pa ra com Deus a partir de nossa razão e
consciênc ia é s ufi cient e pa ra no s pô r na d ireção cor reta. Para sa
ber, fundam entad o na evidên cia, que Deus exi ste, temos de pe 
dir-lhe para revelar -se a nós e mo strar se u desejo pa ra no ssa vida.
Estamos dispostos a confiar nEle e em qualquer coisa que nos
diga, mesmo que não a compreendamos de forma alguma. Des
cobrimos (conf orme veremos) que Ele nos falou de forma clara e
compreensiva por intermédio da Bíblia.

A Fé Revela um UniversoHumana
que Está além
da Compreensão
A fé verdade ira esc larece para nós um conhecimento de Deus
e de sua verdad e que não pode ríamos descobri r de outra for ma.
E vidf .\c í R azão l Fe 27
Esse é o valor da fé em Deus. Assim que o conhecemos e temos
conf iança de que realm ente o es tamos ou vindo, então com preen
demos sua verd ade ao acredi tar no q ue El e di z. Como resultado,
conseguimos conhecer e comp reender o que, de ou tra forma, se
ria impo ssível de captar. P or exe mp lo, a B íblia declara: "P ela fé ,
entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram cria
dos ; de m ane ira que aquilo que se vê não fo i feit o do que é apa 
rente" (Hb 11.3).
Ess as palavra s, escrit as qu ase dois mil anos atrás, relata-nos
clarame nte qu e o unive rso foi fei to de um a s ubstânc ia in vis ível .
Ninguém naquela época nem durante os muitos séculos que se
seg uiram tinha o conhecim ento ci ent ífico par a oferecer a evidê n
cia que fundamentasse essa afirmação. A prova teve de esperar
até que a ciênci a m od er na alcançasse o que a Bí blia dissera mil e
oitocentos anos antes. Hoje, sabemos que o universo inteiro é
composto de um a subst ância in vis íve l denom inada ene rgi a. Ape
sar dos avanços bril hantes da ciên cia, embora conheçamos m ui
to sobre energia, ainda não conhecemos exatamente o que ela é.
No enta nto, pela fé , o crente conheceu tud o que precisava sab er:
Que Deus falou e o universo passou a existir por meio de seu
infinito poder, como também sabemos que Ele o fez a partir de
algo que é invisível.
O fato de essas palavras serem encontradas na Bíblia é uma
das muitas razões par a se acredit ar nel a em vez de em qualque r
outra escrit ura que seja sagrada p ara as m uitas rel igiões do m un 
do. Est as ou tras escrituras, ao contrário, longe de conter a firma
ções que a c iên cia po de a pen as co nfirmar e não c onsegue re futar
(co mo é o caso da Bíblia), con têm nu m ero sas idéias ridícula s que
refletem o grau de entendimento da humanidade naquele mo
mento e a cultura de onde e de quando foram escritas.
Já se acreditou que a Ter ra era plana e sus tenta da e m su a parte
inf eri or as sim como um cas co de um a tartarug a flutuand o em um
mar.
versoOs
emgreseus
gosbraços.
pensa Ovam quedos
relato Atlegípcios
as, um gigan
sobre ate,crisegurava
açãooenvo
un il
via deuses (co mo o deus sol que nasceu em um a fl or), alguns dos
quais eram compo stos com partes de anim ais e de home ns. Platão
achava que o mundo era um ser vivo e que os terremotos eram
E. \: D t r H S 1--. F;-. C kistâ

causados quando ele se balançava. A Bíblia, embora tivesse sido


esc rita no me smo período e por hom ens provenientes dessas m es
mas culturas, é completamente destituída de tais mitos. Até mes
mo o Alcor ão, cu ja srcem é bem mais recente , contém mitos á ra
bes. C onform e é salientado com freq üênci a:
A Bíblia é o único livr o antigo q ue é acu rado em todos os d eta
lhes c ientíficos. Ou tros livros sagrad os antigo s do Oriente incluem
lendas e erros muito infantis para serem levados em considera
ção. Até mesm o livr os comp arativamen te moderno s, como o Al
corã o, po ssu em erros histór icos e cronológicos em a bun dân cia.10

Há muitas outras razões para crer que a Bíblia é, conforme


ela afir ma ser , a palavra infal ível de Deus. C onside rarem os essas
razões nas páginas a seguir em resposta a nume rosos outros ques
tionamentos.
A Fé É um Poder da Ment e?
Pe rg un ta : Um dos meus livros favoritos é The Power of the
Positive Thinking ("O Poder do Pensamento Positivo"). Nesse
livro, o autor diz que "pen sam ento positi vo" é apenas u m a outra
palav ra pa ra "fé ". Per ceb o que seu discípul o principal diz a mes
m a coisa: a "fé " é o que ele den om ina "pen sam ento da possibili

dade".
de todosEleoschamou JesusIsso
temp os". Cristo
é al de
go "o
quemaior pensador
me inco mod a,possível
ma s não sei a
razão. E possív el explicar isso ?
R e s p o s ta : Já mencionamos que Jesus disse: "Tende fé em
D eu s" (Mc 11.22), e que só pod em os ter f é em Deu s, pois ap ena s
Ele é digno de nossa total co nfi ança. No entanto, u m ateísta po de
ensinar "pensamento positivo" em seminários, e muitos ateus
assim fazem. Obviamente, o pensamento positivo não diz res
peito à f é. Na ve rdad e, é exatam ente o oposto d a fé.
A teor ia do pensam ento positi vo é que o pens am ento do in
divíduo, inde pend entem ente de ser posit ivo ou negati vo, infl uen
cia o corpo, a personalidade e, conseqüentemente, a sua saúde.
Além diss o, acredit am que o pensam ento do ind ivíduo p ode in-
E videncia . R azaã e Fe 23
fluenciar, até mesmo, outras pessoas e o mundo ao seu redor.
Portanto, o sucesso ou insucesso é supostamente gerado pelo
pod er da mente. Esta é, na v erdade , um a an tiga crenç a ocult a da
qual seus proponen tes mod erno s reivi ndicam obras por meio de
algum pod er psíqui co misteri oso que todos nós possuímos, mas
temos de aprender a usar.
Portanto, a fé é posta em Deus e em sua onipotência, não no
suposto po de r d a mente, quer cons cie nte quer inco nsci ent e. Que
diferença ! Para o pen sam ento po sitivo não im porta se Deus é re al
ou não; o que im por ta é a crença do indivíduo. Portanto, "Deus" é
transformado e m um plac ebo que ativa a c rença. O indivíduo p ode
acredit ar em alguma fonte de energi a cósmi ca ou qualqu er ou tra
coisa. Tudo que intere ssa é ape nas que ele creia. E o po der da crença
que su postam ente causa o efe ito desej ado. O qu e desenca deia essa
cren ça é irrel evante. Assi m, percebe-se clarame nte qu e aqu ele que
confunde fé com pensamento positivo como possibilidade afas
tou-s e de Deus, de sua ve rda de e de seu poder, e f oi terrivelmen te
engan ado tanto em questões t empo rais quanto eterna s.

Uma Escolha Inevitável e Vital


Eis aqui a escolh a com a qual nos d efrontamos: ou confiamos
no pode r de um a cre nça que temos e que ati va algum p od er psí
qui co
nito misterioso
poder, o que da m ente o demonstrado
é obviamente u confiamos em
em Dtodos
eusose luga
em seu inf i
res do universo. Apenas um tol o esco lher ia o po de r da m ente em
vez do poder de Deus. A fé verdadeira busca a Deus para que
est e fa ça o que nem a m ente do indiv ídu o (consci ente ou incon s
ciente), nem seus talentos e seus esforços podem realizar.
Um elemento imp ortante d a fé, portanto, é a submissão à von
tade de Deus.
Difi cil mente a fé po de ria ser exi gida pa ra cre r que Deus fari a
oEleque é contrário
assim à sua
o fizesse. A févontad e; tam
confia que Deuspou co essasua
cumprirá fé palavra
desejarie a que
realizará a vontade dEle na vida do indivíduo.
Eis aqui u m outro err o: Muitas pessoas rel igi osas tentam usar
"fé" para fazer com que Deus realize a vontade delas. Muitas
30
pessoas acham que a oração é um a técnic a rel igi osa para fazer a s
coisas de sua própria maneira. Eles colocam sua visão naquilo
que querem e depois utilizam a oração como um meio de con
vencer Deus a fazer com que essa visão se realize. E se alguém
aparecer e oferecer um seminário sobre técnicas para conseguir
com que suas orações sej am "res po nd idas " (co mo a visuali zação
daqu ilo pelo que se ora ou dec larar com confiança que algo sobr e
o que es tou o ran do já f oi obtido, e tc.), have rá m ilhares de pessoas
que gostarão de aprender como conseguir realizar as coisas de
sua próp ria maneira.
Jes us, por meio de seu exemplo, deixou cla ro que n inguém
jamais começou a orar ante s que prim eiro dissesse do fundo de
seu coração a Deus: "Não se faça a minha vontade, mas a tua"
(Lc 22.42). Paulo exemplificou a mesma verdade. Ele teve uma
aflição a que se referiu como "um espinho na carne", do qual
pe diu que C rist o o lib ert asse:
Acerca do q ual três vezes orei ao S enho r, para que se desviass e
de mim. E diss e-me: A m inh a graça te basta, porq ue o m eu p od er
se aperf eiçoa na fraque za. De boa v onta de, pois, me gloriarei nas
minhas fraquezas, para que em m im habite o pod er de C ri st o
(2 Co 12.8,9).

Ninguém pode ter fé em Deus — isto é, a absoluta e total


confi
fato aança
Deus, nEle
então—sincera
sem conhecê-
me ntelo.
quEerqua an
vondotada pessoa
e dEle conhece de
pa ra si , não
a su a. Obviamente, D eus é mais sáb io do que qualqu er m ero ser
hum ano. Além diss o, E le prov ou que nos ama. Portanto, não faz
mais sentido que, em vez de tentar que nossa vontade finita e
fal íve l se ja realizada, confiemos na sabe doria infini ta e no am or
de Deus para realizar o que é melhor em nossa vida? Essa é a
verd ade ira "fé em D eus". Na da mais f az sen tido.

Confrontando o Dilema de Lênin


Questão : Ob viam ente, tod a a idéia de fé em D eus fo i inv en 
tada po r líderes rel igi osos a fi m de iludir e escravizar seus segui
dores. Essa é uma coisa que todas as religiões têm em comum:
E videncia ,R azào e Fe

um a clas se de el ite forma da p or clér igos que a rreban ham pessoas


para acreditar em algum Deus mítico e depois fingem que são
intermediár ios desse Deus para manter as pessoas sob re seu pode r
— e cobram m uito p ara assim faz er!

Não Re sp os ta : Essa é a teoria de Lênin. El e ta mbé m era m aterialista.


existia nada para Lênin, exceto o mundo físico, e a única ma
neir a pa ra conhe cer es se m un do era entrar e m contat o com el e. Lên in,
ass im co mo Freud, acred itava que o hom em era um mecanismo de
estí mulo- respo sta, sem espíri to nem alma , apenas u m p un ha do de
moléculas de proteínas ligadas por nervos. O comportamento do
homem foi aprendido por meio da experiência e, conseqüente
mente, poderia ser reprogramado por meio da "modificação
comportamenta l", um a pa lavra educ ada p ara "lavagem cer ebral",
que o s comunist as transformaram em um a art e primorosa — em
bora ela s ó funcionasse por meio d a d estruição da pessoa.
E claro, não havia espaço para Deus nessa teoria e foi preci
samente is so que cr iou problemas pa ra Lênin qua ndo ele ousou
pensar sobre essa concepção. O homem pode apenas conhecer
aquilo que exi ste no reino fí sico. Os an imais não têm d euses, p or 
tanto, por que o homem em seu processo evolucionário desen
volveu tal fantasia?
De acordo com sua teoria, o homem é um mecanismo estí
mulo-resposta e, portanto, pode apenas conhecer aquilo que o
estimula. Quando ele toca algo quente ou frio e aprende sobre
"quente" e "frio". Quando ele toca ou é atingido por algo duro
ele apr en de sobr e " duro ". T udo que pod e conhecer sobr e as coi
sas é o que já experimentou: o estímulo do mundo físico e sua
resposta instintiva que foi herdada através de milhões de anos
de evolução e que de pois fo i mod ificada e repro gra m ad a de acor
do com sua experiência pessoal. Até mesmo a ciência não tem
outra fonte de conhecimento.
De acordo
mo pensar ou co m ess a teor ia, o hom em n ão consegue nem m es
fantasiar sobre algo que nã o exist e no m un do físico.
E óbvio, que com a ajuda de um pouco de bebida alcoólica ele
po de ter visões de elefantes cor-de-rosa, mas a cor-de-rosa exi ste,
e os elefant es também . El e po de son har com o "pa raíso" o u com
32
o "céu", mas is so est ari a sem pre em conform idade com sua ex
periência: uma "terra boa para caça" para o índio americano ou
um a terra d e luxo para os f araós, cuj a evidência seriam os a rcos e
flechas ou as vestes e jóias enterr ad as com os mortos.

Que "Estímulo" Causou a Resposta "Deus"


nas Mentes Humanas?
A teoria parecia consistente e poderia ser demonstrada aos
céticos provocadores p or m eio da visualizaç ão de um a no va cor
primária para o arco-íris. Ninguém conseguiu fazer isso. Obvia
mente, não exi ste nad a exc eto o m un do material e ningu ém pod e
conce ber na da que n ão exis ta e que não tenh a sido experimentado.
Havia apenas uma falha: as pessoas tolas tinham essa fantasia
em relação a Deus. Qual a o rigem dis so?
Aqueles cl éri gos desprezí veis devem ter i nven tado "Deus" e
desde que assim o f izeram encheram as mentes d as pessoas co
m uns com ess a il usão a fim de m antê-l as aprisionadas. O com u
nismo as l ibert aria desse ópio do pov o! Tudo bem, ma s de onde
os clér igo s obtiveram essa i déia s e ning ué m po de p ens ar em na da
que não exist a? Qua l foi o "estímu lo" que c auso u essa "resposta-
Deus? " Esse é o po nto essenci al. Conform e a teoria de Lênin, Deus
tinha d e exis tir ou nin gu ém seri a capaz de so nha r com essa i déi a.
N ão é interessan te no tar que a Bíblia, ao contrário dos fil óso
fos que estão tentando desenvolver provas da exi stênci a de Deus
há séculos, não perca seu tempo com explicações desse tipo? A
Bíblia é o único livro em que alguém certamente esperaria ver
muitos argumentos complexos apresentados em favor da exis
tência de Deus, mas n en hu m deles é ofere cido!
Certam ente, aq uele fato diz algo i m por tante sobre a B íblia e
sobre Deus: Ele já fe z contato com a consciência de cada pessoa. Todos
sab em qu e D eus exis te, e i sto inclui você . Portan to, a Bíblia nem
mesm
m an idao adergum enta
p ossu sobre
i ess a questão,
e conc eit o com pois
provao fat o de ência
a exist que toda
d Ele.a h u 
Se devemos ad orar um pod er muito supe rior a nós me smos, não fa z
sentido v ene rar o Sol e as est relas?
— Carl Sagan 1

A única diferença entre o panteísmo e o ateísmo é no uso da palavra


Deus. O ateísmo afirma que toda existência é única;
afirma a unive rsalida de da lei e assim como o panteís ta,
afirma a moralidade natural.
— Samuel P. Pu tu am
Líder ateísta do século XTX2
UEMEDIiUS?

"Um Poder Superior qualquer que Seja o Nome?"


Questão: Por que os cris tãos s e opõ em tão ve em entem ente a
outros conceit os de D eus qu e são respeitado s em o utras reli giões?
Concordo com o que o vice-presidente, Al Gore, disse em uma
Oração P residenc ial no desjejum, em W ashington, D.C., em 1993:
"Fé em D eus, confi ança em um po de r superior, qualquer que sej a o
nome que este poder receba é, em m inh a opinião, essenci al". Pense

na
esseunião quee honrassem
assunto exis tir ia s etodos
as r eli
osgiões pa rass
conceitos de em
Deusdedediscutir
forma sobre
aberta e fraternal!
É verd ade , pense na u nid ad e qu e exis tiria s e todos
R e s p o sta :
concordássemos que dois mais dois é igual a cinco — mas isso
não funciona. Um "Poder Superior?" De que maneira superior?
Superior a quê? E o que isso significa?

Com todo o respeito que devo a você e ao vice-presidente,


sua proposta é totalmente irracional. Além disso, você não está
sendo "aberto" nem "fraternal", conforme acredita. Ao insistir
na aceitação de qualquer "Poder Superior" e, portanto qualquer
deus, desse modo , você r ecusa hon rar o único e verd ade iro Deus
ou, até mesmo, admitir sua existência.
36 E m D m .^A ::v\ F e CsbT

Esta fal ácia f oi exposta n o livro d e Alan Bloom, The Closing of


the American Mind ("O Término da Mente Americana")- Bloom
aponta que a "franqueza" tornou-se a nova moda nos Estados
Unidos, principalmente na educação. Todas as idéias têm de ser
resp eit adas, nada pode ser consi derado errado e ninguém deve
ser "interiori zado" ao sugerir que alguém pod e estar errado. E le
expl icou que os nort e-americanos, na v erdade , tornaram -se tão
abertos a tudo que se fecharam à idéia de que uma coisa pode
estar certa e outra errada. O término da mente americana... por
meio da abertural Da m esm a forma, você e o vice-presidente tor
naram-se tão abertos para todos os deuses que se fecharam à
possibili dade de q ue é poss ível de que haja apenas u m verdadeiro
De us e os outro s sejam falsos.

Algum as Consideraçõ es Prá ti cas


Vamos apresentar nossa proposta de forma prática. Como
você se sentiria se todos negassem sua individualidade única e
sua ide ntida de pessoal espe cíf ica e olhassem p ara você como sim 
plesmente um representante do conceito geral de humanidade?
Você gostaria de ser confundido com um assassino, um
estuprador, um impostor, um ladrão ou algum outro criminoso
simple smente por que cada um del es também represent a a hum a
nidade? E,que
fosse dito para"qu
justificar
alqueresta
sercaricatura,
hum an o"oserve
que você
? Poracharia
que nãoseachar
isso se "qualquer Poder Superior" serve?
Não pode haver maior insulto do que essa negação da ver
dade sobre você como uma pessoa única! Você tem qualidades
definidas e aspectos que o disting uem de todas as outras pessoas
que já exist iram ou exist irão nesta terra. V ocê é um indivíd uo e
não deve ser confundido com ninguém mais. Negar sua indivi
dualidade seria o mesmo que negar sua existência.

tivesSuponh
sem n enahu
q ue
msua espos a, ou m
relacionamento arido,cou om
pessoal filhos, oumas
vo cê, am simples
igos não
me nte observ aram você como algum tipo ge néri co de representa
ção de humanidade. Suponha que não fizesse a menor diferença
para seu cônjuge se compartilhasse a intimidade da relação mari
Q . hv. :
I D i:. '0 37
tal e a con vivênci a no m esm o lar com voc ê ou qualqu er outra forma
de humanidade! Afinal, esse tipo de relacionamento não precisa
ser com um a pessoa em particular, mas m eramente co m qualquer
pessoa — assim como qualquer "Po der Superio r, qualq uer qu e seja
o nome que este pod er receba", é o qua nto nos basta .
E será que a farsa não é ainda maior se sugerirmos que as
qualidade s e atri butos pessoai s de Deus, que é sepa rado p or um
abismo intransponível de sua criação e todos os seres, são sem
signi ficado ? Qu e paródia dizer que "qualqu er Pod er Superior ",
"qualquer deus", serve! Como ousa dizer que o amor de Deus
po r você não sig nif ica nada , e que adorar, e c onf iar , e am ar alg u
ma fonte de energia cósmica, ou um ídolo, ou, até mesmo, o de
mônio o deixa igualmente feliz!

Criar o Universo Ex ig e Qu alidade s D efin idas


O fa to é que nenh um ser pensante pod e abraçar "qualquer
de us " com o Cria dor deste universo — é preciso e xistir um Criador.
A lógic a de nossa p róp ria exi stên cia e do incrí vel plano e estru tura
do universo que nos rodeia força-nos a tirar certas conclusões
sobr e Deus. F und am entad os em tai s conc lus ões, precisamos re
jeitar qualquer conceito de deus que viola esses requerimento s.
Não é verdade que "qualquer deus" serve. E nenhum "poder"
independentemente
verso e a hum anidadede.quão "maior"
A penas u mpoderia ter criado
Deus pessoa o uni
l com poder, sabe
doria e am or infini tos pod eria realizar ess a obra.
Certamente, ningu ém poderia, de forma raci onal , atribuir a
cri açã o deste universo a algum ídolo f eito por m ãos hum an as em
argi la, pe dra ou madeira! E meno s ainda, um ídolo pode ria criar a
hum anidade . Tampou co, qualquer ídolo poderia nos amar ou ser
digno de nosso amor. Tampouco, qualquer ídolo estab elec e o p a 
drão de bom e mal que reconhecemos que foi posto em nossa
consciência. Q uem
lo que foi fe ito pelas possivelmente
m ãos hu m anpoderia acredit
as e pr ecisa ar que u mteri
ser carregado ídoa
qualque r pod er pa ra fazer quer o bem quer o mal ?
No entanto, a maioria da humanidade ao longo de toda a
história tem confiado em ídolos. Até mesmo hoje, um mundo
38 Em D efesa da Fe Cr

supo stam ente m oderno , com rádio e tel evis ão que noti ciam am 
plam ente os avanços surpreen den tes d a ciê ncia, b ilhões de pes
soas ainda ad oram ídolo s. Tampouco, i sto é verdade apenas na
Ási a, Áfr ica e América do Sul. M ilhares de-cidad es m od ern as dos
Estados Unidos e Europa tam bém confi am em ído los palpáveis e
os adoram . Esta confiança distorcida leva às trevas espirituais e à
escravidão.
A hum an ida de será julgada, e de forma j usta , por essa grande
tolice. A consciência e inteligência que Deus nos deu, contradiz
tamanha loucura supersticiosa. A Bíblia aponta para a loucura
de se confiar em ídolos :
Os ídol os deles são pra ta e ouro, obra das mã os dos homens.
Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvi
dos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos,
mas não apalpam ; têm pé s, mas não andam; n em som a lgum sai
da sua garg anta. Tornem-se semelhan tes a el es o s que os fazem e
todos os que neles confiam (SI 115.4-8).

No entanto, o indivíduo deve considerar os ídolos e todo


outro conc eit o de "deu s" como igualme nte váli do se "qualquer
Poder Superior" serve. Caso contrário, como e onde traçar a li
nh a divisóri a? Q uan do , em Assi s, It áli a, o pap a João Paulo I I reu
niu adorad ores de serpentes, ado radore s do fog o, es piri tual ist as,
animistas,
manos, fez feiticeiros,
a surpreen como
den tetambém hindus,
afir mação budistas
de que e muçul
todos estavam oran 
do para o mesm o D eu s!3Obviamente há inúmeros deuses e f al
sas r eli giõ es, e a Bí blia de nun cia c ada um destes, pois sedu zem a
humanidade e impedem que esta venha a conhecer e obedecer
ao Deus único e verdade iro.

Quem É "Alá"?

Questão:
salém: Um cálice"Alá", ao contrário
de Tontear e em oudo tras
q publi
ue você escr éeveu
cações, Jeru
em úni
o Deus
co e verdad eiro da Bíblia. Ist o pod e ser com prov ado pelo fat o de
que a tradu ção d a Bí blia pa ra a língua Ha usa, na região norte da
Nigér ia, onde h á m uitos mu çulm anos, util iza Al á como a desig
Qitv. É D el s"J 33
nação pa ra o Deus verd ade iro de Ab raão, Isaque e Isr ael, o Jeov á
do Antigo Testamento e o Deus e Pai de nos so Se nhor Jes us Cri sto .
Que m elhor forma pode ria exi stir pa ra encoraj ar o s muçu lman os
a acreditar na Bíblia?

R e s p o s ta : Inf eli zmente, es te é um erro com um, tam bém en


contrado nas traduções para o árabe da Bíblia, que é usada em
alguns países muçulmanos. Este é um grave erro. Longe de aju
dar os muçulmanos, isso permite que eles continuem a confiar
em seu d eus falso, Alá. A identificação d e Alá com Jeová causo u
grande confusão e dano.
Um a do s m aiores prom otore s de ssa ilusão é a igrej a cat óli ca
romana. O Vati can o imagina que a difer ença entre o Deus do cri s
tianismo e o Alá do isl amism o pod e ser va rrida p ara debaixo do
mesmo tapete ecumênico. Por exemplo, Os Cânons e Decretos do
Vaticano II decla ram que Alá é o "Criado r.. . o Deus ú nico e mise
ricor dio so, o jui z da h um an idad e" — em outras palavras, o Deus
único e verdadeiro da Bíblia.4Portanto, isso não poderia estar
mais longe da verdade.

O De us Lua da Trib o de M aom é


Alá não é um a palav ra árabe genéri ca para Deus, mas o nome
de um d eus particular dentre mu itas deidade s que foram t radici o
nalmente reverenciadas na antigüidade por tribos nômades da
Arábia. Alá era o principal deus dentre aproximadamente tre
zentos e s essenta ídol os na Caaba, em Mec a. Na quele tem plo para
ídolos pagãos, ainda hoje de pé em Meca, mas agora o foco da
adoração muç ulma na, havia um a deid ade q ue se ajust ava a cada
um dos milhares de viajantes que por ali passavam nas carava
nas mercantes.
Alá é uma contração de al-Ilah, o nome do deus lua dos
qitraishes
islamismo nativos, a tribo
ser inven tado,deera
Maomé, queo por
a do rad comséculos, antes
sacr ifíci os dedeanimais
o
e seres humanos. Ibn Ishaq, o biógrafo mais antigo de Maomé,
relat a que o av ô de M aomé estava prestes a sacr ifi car um de seus
filhos, Abed Alá (que posteriorm ente se torna ria o pa i do profeta
40 E.\ . D r. ! F.SA DA F f . C r i st

Maomé), quando uma feiticeira o persuadiu a sacrificar um ca


melo em luga r de se u fi lho.
O nome do pai de Maomé, Abed Alá, é uma contração de
A bd ul Alla h, que signif ica servo de Alá . É fato histórico que Alá
era adorado m uito tempo antes do nascimen to de Mao mé. Qu ando
Maomé rejeitou o politeísmo, adotou a deidade tradicional de
sua tribo, o deus lua, como a designação para o Deus único do
islamismo, supostamente sua nova religião.

As Práticas Pagãs Persistem no Islamismo da Atualidade


De fato, muito do islamismo é uma transposição das leis e
costum es tribais prim itivos j á existent es à época de Maomé. Até
mesmo o mês sagrado do Ramadã fora estabelecido muito tem
po antes da época de M aomé.5 Tampouc o, o s muçu lman os p o
dem negar que Alá, séculos antes de Maomé, já era uma das
muitas deidades pagãs (como Baal e Moloque), a quem o Deus
da Bíblia, Jeová, proibira que seu povo, os israelitas, adorasse.
Certam ente, Alá e Jeová não são o mesm o Deus !
O símbolo de Al á era a lua crescent e, que M aomé tam bém
adotou no islamismo. Esse símbolo pode ainda ser observado
em m esquitas, minaretes, t emp los e band eiras árab es. Q uand o
Maomé conquistou Meca, após encontrar um pretexto para
quebrar o tratado de paz que fizera com os líderes daquela
cidade, d estru iu os í dolos na C aaba, inclusi ve Al á, e começou
a pre ga r contra a i dolatria. No e ntanto, esse novo profeta que
proclamara a si mesmo como tal, manteve o templo de ídolos
e reteve o ritual pagã o de beij ar a pe dr a neg ra (há mu ito tem 
po um a p arte integrante da adoraçã o de ídol os) , que estiv era
embutida no canto sudoeste da Caaba, "cerca de um metro e
meio acima do solo , na altura exata para ser beijada", co nfor
me o relat o de Wil l D ura nt.6
Aquela pedra, na realidade feita de um "material vermelho
escuro, de forma oval e com cerca de dezoito centímetros de diâ
m etro",7 ainda perman ece na me sma posi ção desde a antigüidade
até h oje, e tem de ser beij ada pelos muçu lman os no c um prime nto
da exig ênci a de peregrinação a Mec a, co mo parte da s upo stam en
Qvr \: E Dr: ^

te nova rel igião do Is lã. Par ece que Mao mé m ante ve a ped ra neg ra
como o deus Alá (sem sua imagem) como um a concessã o pa rcial a
fim de pres erva r algo que fosse f amiliar aos árabes .

Confusão Grave e Enganosa


Os tradutore s d a Bí blia, ao usar Alá para den om inar Deus,
não só não ajudaram, com o tam bém criaram conf usão . Alá não é
me ra designação lingüíst ica para Deus, como D/os, em espanh ol,
ou Dieu , em francês. Alá é o nome de um ídol o pagão d a antigüi
dade que foi adotado como o deus do islamismo. Se em árabe
Alá fosse meramente a palavra genérica para Deus, então esta
palavra, qu and o o Alcor ão é t rad uzid o pa ra outras línguas, ser ia
substituída, sem qualqu er hesi tação, pela palavra "Deu s" de cada
língua. Ao contrário, eles insistem que Alá deve ser usado em
todas as l íng uas. Se ria um a bl asfêmia chamar o deus m uçulm ano
de q ualque r outro nome. E a punição pa ra a blasf êmia contra Alá
é a pena de*morte no Paquistão e em outros locais.
O Deus de Israel também tem um nome, YHWH, hoje pro
nu ncia do Jeov á, mas Iavé na an tigüidad e. A ma ioria dos cris tãos
desconhece o nome de Deus, pois o Antigo Testamento su bstitui
YHW H po r Se nho r. Deus disse a Moi sés : "M as pelo me u nom e, o
Senhor [YHWH], não lhes fui perfeitamente conhecido" (Êx 6.3;
grifo do autor); e na sarça ardente, Deus explicou o significado
de seu nome: "EU SOU O QUE SOU" (Êx 3.13,14). YHWH não
sig nif ica apena s aq uele que é, mas aquele que tem exi stênci a pró 
pria que é em si mesmo e por si mesmo.

Contrastando "Alá" e "Iavé"


Fica muito clar o qu e Alá não é o De us d a Bí blia po r um a série
de ou tras raz ões, pois seu ca ráter e características são opostos. O
Alcorão diz que
três fi lhas, Alá não
Al-Uzz é pai teenão
a, al-La tem repre
M anah, um senta
filho (embora tivessaose
das em meio
ídolos na Caaba), e ele não é um ser trino, mas uma entidade
sozinha e im possível de ser conhecida. Al á de strói os pecadores
em vez d e salvá- los, t em apena s com paixão pelos j ustos, não lida
E m Dkh-.sa d a F f G u >

com as pessoas por meio da graça, pois apenas recompensa as


boas açõe s e não tem n enh um a forma justa e reta para redimir o
pe rdi do como o Deus d a Bíblia. A idéia de Alá tornar-se um ho 
mem para morrer pelos pecados do mundo seria uma heresia
para os muçulmanos. Fica muito claro nos ensinamentos sobre
Alá, do Alcorão e do H adite (da tradição islâmi ca), que ele não é
o Deus da Bíblia.
Antes, o Deus da Bíblia é amor, uma impossibilidade para
Alá. Alá, um a en tidad e u nitária, é incomplet o: ele estava sozinho
e não pode ria am ar nem ter comu nhão até que outras entidad es
come çassem a ex istir. O mes mo não acontece com YHWH ou Iav é.
YH WH são três pess oas em uma: Pai, Fil ho e Espírito Sant o, com
pletos em sua perfei ção, e não n ecessi tam de n ingué m mais para
am ar e t er com unhão ("o Pai am a o Fi lho ", há com unhã o na Trin
dade). Somente
Ele é amor em sia mesmo.
respeito de Deus é possível dizer o seguinte:
Alá jamais pode ria diz er: "Façamos o hom em à noss a im a
gem" (Gn 1 .26). O estudioso mu çulm ano não tem nen hum a ex
plicação para essa expressão, embora também seja encontrada
no Alcorão uma paráfrase desse versículo bíblico. Poderíamos
apon tar o utras razões, ma s iss o deveria ser sufi cie nte para m os
trar que o uso do nome Alá para o Deus da Bíblia na tradução
para o H ausa ou q ualque r outra traduçã o é um gran de eq uívoco!

Conceitos Contra ditó rios sobr e D eu s


— qual E o Correto?
Questão: Os conc eit os mais antigos e mais populare s de Deus
são o pante ísmo , a crenç a de que tud o — ist o é, o universo — é
Deus, ou o pol iteísmo, a cr ença de que h á m uitos deuses. Por que
um desses doi s ou am bos não po de ser verdade? Por que a Bí blia
é tão veem ente con tra ess as cr enças e po r que con den a com tanta
fir meza aqueles a que m c hama de pagãos, que sinceramente têm
essa crença há milhares de anos, decerto, desde muito antes do
apare cim ento de Jesus C risto ?
R e s p o s ta : O panteísmo
é, na ve rdade, o me smo que ateí smo.
Obviame nte, s e tudo é Deu s, então nada é Deus porque o termo
Q l f v . É D ei

perd eu qualque r si gni ficad o. O panteísmo lev a a num erosas con


tradições: Deus seria tanto o vazio de um vácuo quanto a subs
tânci a da matéria; E le seria t anto a doe nça qu anto a saúde, tanto
a morte qu anto a vi da; tanto o mal qu anto o bem. Além disso, s e
o uni verso m esmo for Deus, então não há u m pon to de refer ênci a
exter no do qu al o universo pode ser avaliado e o qual lh e dá p ro
pósito e significado. Tampouco há esperança de mudar o curso
descendente d ele ou da human idade.
Nada tem significado nem valor em si e por si mesmo, mas
apenas se algum ser pessoal conceder um a utilidade p ara isso e
valorizá-lo. Essa é uma verdade universal que vale igualmente
para tudo. Um carro não tem significado nem propósito em si
mesmo, a não ser que haja alguém para dirigi-lo. O anel de dia
mante mais caro não tem valor, a não ser que haja alguém que
queira comprá-lo, possuí-lo e u sá- lo. .. e assim p or diante. O bvia
mente, o que é verdadeiro em rel ação a cada parte do universo é
d# igual modo verdadeiro em relação ao todo. De acordo com a
segunda lei de termodinâmica (a lei da entropia), este universo,
como um relógio, está perdendo sua força. Se abandonado a si
me smo e sem algum a intel igên cia externa com pod er infin ito para
recuperar o universo de sua ruína previsível, todos os sonhos e
esquemas do homem, quer pessoais ou corporativos, serão um
dia como castelos de areia destruídos pelo oceano cósmico do
nada. Todo o universo estará se aprox ima ndo do zer o absoluto e
tudo será como se jamais tivesse existido. Que tipo de deus é
esse? Sem um Criador que tivesse um propósito eterno para sua
criação e que fosse capaz de alcançá-la de fora (não por meio da
reencarnação ou da evolução), mas pela ressurreição e nova cria
ção, nem o universo nem o hom em pod eriam ter um sig nif ica do
supremo. O p anteísmo pode ofere cer apenas a ausência de signi 
ficado, a desesperança e o desespero supremo.
No mundo da academia de hoje, há o neopanteísmo, deno
minado de ecoteologia. E o antigo panteísmo, sustentado agora
por algumas pessoas altamente escolarizadas. O professor da
universidade de Georgetown, Victor Ferkiss, um de seus defen
sores, diz que "a idéia s e srcina com a prem issa de que o univ er
Ev. D irtv x da Fk Cr i st .'

so é Deus". Ferki ss, como m uitos ou tros ecologis tas de hoj e, pa 


rece pensar que a adoração panteísta da natureza "impedirá a
explor ação ambiental do unive rso".8

Neo-Paganismo e o Retorno à Natureza


O indivíduo não po de ado rar ao me smo tem po a cr iação e o
Criador; e a B íblia adve rte q ue há sérias conseqüências cau sadas
pel a ad oraç ão d a criação em ve z d o Cr iado r (Rm 1 .18-32). A cons
ciência do indivíduo torna-se embotada e a humanidade torna-
se uma presa fácil para todos os tipos de maldade e comporta
mento cruel, porque não há moral na natureza. Procure encon
trar um leão compass ivo ou um a águia honest a — ou um fura
cão solidário.
Herbert Schlossberg, historiador e filósofo, lembra-nos: "Os
animais não a gem d e forma m oral nem imor al; eles apenas agem
naturalm ente. U m sistema de ét ica que diz qu e os ser es hum anos
precisam tom ar como base o comp ortam ento n a na tureza ju stifica,
portant o, qualqu er comportamento, poi s a natureza não dem ons
tra ética".9S ir John Ec cles, ga nh ad or do p rêm io Nobel, concor da:
Os conceit os de injust iça, de iniqüidade... a obrigação de h on 
rar e de respeitar... são compreensíveis apenas em um contexto
moral e para seres morais.
No un iverso sem propósito da mera natureza. .. não há nem
ju stiça nem misericórdia , nem liberdade nem equidade. Há ape
na s f ato s..." 10

A tenta ção de a dora r o universo parece ser praticamente um


risco ocupacional pa ra os cienti stas ateus. Se us argum ento s con
tra Deus, com freqüência, traem a adoção quase subconsciente
tanto como um a d esculpa p ara n egar o Criador in finit o (a quem
o hom em , de ou tra forma, teri a de prestar cont as) como um a ten
tativa de enco ntrar algu ma base pa ra o propós ito e o signif icad o.
Considere essa s palavras no front isp íci o de um enorm e com pên
dio sobre o ateísmo (mais de oitocentas páginas! , intitulado 400
Years of Freethought (400 anos de Livre-Pensamento), publicado
em 1894: "No entanto, não duvido que, através das eras, haja a
Q-.t v . ÉDrv-?

exi stênc ia de u m propósito cresc ent e, e o pen sam ento do hom em


é am plia do c om os po de res d os sóis ".11
A pedra angular do livre-pensamento, conforme explicado
no livro, é a rejeição de "toda autoridade" e "a conquista da na
ture za" .12 Portanto, a pa rtir desse "p ropó sito", quais são o s po
deres ch eio s "dos sóis" e que parte ele s po de m d ese m pen har na
ampliação do pensa m ento do hom em? A contradição é quase ri
sível, mas que opção o ateísta tem ao tentar reprimir seu reco
nhec ime nto inato d e que o prop ósito e o signi ficado ex ist em? El e
é forçado a atribuir algo desse tipo à mes m a naturez a.
Carl S agan , um ateí sta mod erno, tornou-se muito reveren te
e adorad or diante d a presença do Cosmos, a que m ele dá o cr édit o
por ter gerado a nós e a toda a vida. Conforme citado no início
deste capítulo, ele diz que faz sentido reverenciar o sol e a lua.
Reverenciar o sol e a lua? Fundamentado em quê? Em que isso é
difer ente do incl ina r-se diante de um pedaço de m adeira ou p e
dra como se f oss e um deus? O que o sol ou a lua têm a ver com a
moral, com p ropó sito e signi ficado , com am or e be leza?

A Loucura do Politeísmo

Qu anto ao pol iteís mo, se há mais do que um deus, então quem


está no comando? Os muitos deuses do politeísmo entram em
guerras e roub am as e sposas uns dos outr os, e ning uém est abel ece
um pad rão n em cham a o universo a prestar cont as di sso . Não há
fundamento para a moral, a verdade ou a paz no céu, portanto,
isso também não pode ocorrer na terra.
Se um deus é mais forte ou tem mais autoridade do que os
outr os, port anto, ne nh um dos outros deuses pod e realmente se r
Deu s. Assim, retorna mo s ao m onoteísmo. Confo rme a Bíblia diz:
Entre o s deuse s não há se melha nte a ti , Se nhor , nem há obras
como as tuas. [...] Porqu e tu és gr an de e ope ras m arav ilhas; só tu
és Deus (SI 86.8,10).

Se há muitos deuses, para que deus devemos orar? Para o


deus favorito da pessoa? Qual o fundamento de um deus em
particular para se tornar o favorito de uma pessoa? Deve-se ao
Ev. D:-rtí-\ da Fr Cm?'

fato de que alguma vez essa pessoa orou a ele e parece que res
po nd eu à or ação ? Como pode h aver qualq uer cert eza de que um
deu s em p articu lar po de fazer o que lhe fo i ped ido? Iss o se asse
melha a orar para vários santos. No entanto, São Cristóvão, o
santo patrono dos via jan tes , a quem milhares de pessoas pedem
proteção foi recentem ente retirad o do pa nteã o cat ólico . A hierar 
quia d a igr eja adm ite hoj e que Cristóvão foi um mito e que qu al
quer pod er que el e aparentava ter dem onstra do em favor de seu s
devotos era obviam ente um a ilusão.
O mes m o acontece com todos os deu ses da s mu itas rel igi ões
do mundo. De fato, elas são piores do que mitos; são represen
tantes de Satanás e seus sub ordinad os. Por trás de cada ídol o há
um dem ônio que o uti liza para desviar a pessoa do Deus verd a
deiro, conforme Paulo afir ma: "Antes, digo que as cois as que os
gentios
dem ônios[pagãos]
e não a sacrificam
Deus. E não[a seus deuses],
q uero as sacrificam
que sejais aos com
particip antes
os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos
demônios; não podeis ser participantes da mesa do S enhor e da
mesa dos demônios" (1 Co 10.20,21; grifo do autor).
Deus nã o faz conces sões, po rqu e o que está em jo go é o des 
tino eterno de cad a pessoa que j á viveu, vive ou viver á. S uponh a
que um certo homem convence um grupo grande de pessoas a
lhe dar as posses que têm e a segui-lo, pois o que ele promete é
um verdadeiro paraíso na terra — mas em vez disso, leva-os a
um pântano onde todos são tragados pela areia movediça. Ele
não d everia ser processado como m entiroso e ass ass ino ? Q uanto
mais sério é promover deuses falsos e vender entradas para o
céu que na v erda de levam as pessoas para o inferno!

Conhecer a De us
Questão: Gostaria de conhecer Deus e pedi-lhe que se reve
lasse a mim, mas n ada acontece. N enh um a luz se acend eu, nen hu 
ma mensagem foi escrita no céu, nenhuma revelação repentina
aconteceu. Para m im, parec e qu e se Deus rea lme nte exist isse, E le
gostaria qu e acred itássemos nEle e , portanto , faria al go tangível
par a qu e soubéssemos de sua existência. E errado ped ir po r alguma
evidência inquestionável da existência de Deus?
Q- . k .v .IÍD l s ? 47

Não, e a evidência está a seu redor — mais do


R e sp o s ta : que
você necessita. No entanto, o tipo de evidência que você espera
não acontecerá de forma alguma. Imagine que alguma mensa
gem com seu nome repentinam ente aparecess e no cé u. Como voc ê
saberia que foi Deus quem a pôs ali? Suponha que você, neste
momento, escutou uma voz audível dizer em alto e bom som:
"Eu so u Deus ! Adore-me!". O que isso lh e diria sobre Deus? Com o
você saberia que Ele realmente falou?
Na verdade , D eus/á fal ou com v ocê. O pro jet o do universo é
uma mensagem de Deus que lhe transmite sua existência como
Criad or e sua sabed oria e po de r infin itos. Estas coi sas — amor,
alegria, paz, moral, pureza, bondade, confiança, justiça, genti
leza —, que você valoriza acima de tud o e que, em se u cora ção,
sabe que fazem com que a vida valha a pena, transmitem a você
o caráter de Deus. Sua consciênc ia lhe di z q ue você é mora lme nte
respon sáve l diante de Deus, q ue você violou suas leis e que fi cou
aquém de seu padrão perfeito. Sua consciência também lhe diz
que não há forma alguma de você compensar por ter desobede
cido às leis de Deus. Você não pode comprá-lo com sacrifício,
oraçõ es, boas obras n em rit uais.
Supon ha que você rec ebeu um a m ulta po r exc ess o de velo ci
da de . Você gastaria tem po te ntan do convencer o juiz de q ue dirigiu
naquele trecho da rodovia m ais dentro do limit e de velocidad e do
acima del e? Se rá que e le dispensaria a multa
queteoria fun dam
na de que suas "boas ações superam as más?" Você sabe entad a
que aquilo não funcionar ia com u m juiz terreno e cert ame nte não
func ionaria com Deus. Você lhe diria que, se el e o l iberasse d esta
vez, j ama is infring iria a lei nov am ente ? Você sabe o que o juiz lhe
diria: "Se você jamais infringir a lei novamente, apenas estará
fazendo o que a le i exige. Vo cê não gan ha n en hu m crédito extra
por assim faz er. Isso não com pensa po r ter violado a lei no pa ssado.
A pe nalid ad e terá de ser pag a conforme a le i prescreve". Isso fun 
ciona da mesm a m aneira com Deu s.

A Testemunha da Consciência
Sua cons ciênci a lhe diz que a única forma de você possivel
mente escapar da severa penalidade exigida pela justiça infinita
E m Di-.FhSA da Fe C r is t

de Deus, por causa da violação de suas leis, seria o perdão do


Senhor. E você sabe que Ele não pode zerar suas ofensas sem
mais nem menos. P or um a sim ples razão, is to di ficil mente o enco 
rajaria a melhorar seu comportamento. Além disso, violaria as
leis do Senh or. El e tem a lgum a forma p ara que Ele me sm o pag ue
a penalidad e — a pen alidade que voc ê não pod e pag ar —, para
que voc ê possa ser perd oad o p or sua graça.
Você não sabe qual pode ria ser ess e método , m as sabe que u m
Deu s cu jo amo r e justi ça são perfei tos poderia , de algu ma forma,
ofer ecê-lo a você. S e há um a explicação pa ra essas boas no vas, cer
tam ent e está n a Bíblia. De fato , De us já explicou isso tudo naquela s
páginas. Você já estudou á Bíblia seriamente e buscou verificar a
evidência que dem onstra qu e ela é a Pa latr a infal ível de Deus ?
H á evidê ncias suficientes — históricas, arqueológ icas e cie n
tíficas — para provar que a Bíblia é a Palavra infalível de Deus.
De fato, apenas neste livro fornecemos evidências irrefutáveis
desse fato. Mas você realmente não precisa disso. Esse tipo de
pro va é como cob ertura d e u m bol o. Se você apen as ler a Bí blia
com a mente e o coração abertos, saberá que Deus fala ao seu
coração como só Ele pode falar.
Recom endo q ue você comec e com o Evangelho de Joã o e con
tinue a ler os l ivros segu intes, Atos e Romano s. D epois leia e sses
três livros novamente. Deus prometeu em sua Palavra: “E bus-

car-me-eis e me
coraçã o" (Jr achareis
29.13). Essaquando
é um ame buscardes
pr om ess a nadequtodo o vosso
al você pod e con
fiar! Busque a Deus de todo o seu coração e teste-o ao buscar na
Bíblia para que Ele se revele a si mesmo!

Devo Acreditar que Deus Existe antes de Buscá-lo?

Questão: Em minhas leituras diárias da Bíblia defronto-me


com um versículo que realm ente deixa-me intr igado: "Ora, sem
fé é impossível agradar-lhe [a Deus], porque é necessário que
aqu ele qu e se aprox im a de D eus creia que el e exist e e que é gala r-
doador dos que o buscam" (Hb 11.6). Em vez de Deus revelar-se
a si mesmo a um coração que o busca, parece que a pessoa já
deve acreditar em D eus antes de buscá- lo. Como po de r ser i sso?
Q- i.v, E D e;

Alguém buscaria a Deus a não


R e s p o s ta : ser que j á acredi
tasse que El e exi ste? I sso seri a um a pe rda de temp o. N a verd ade ,
todos, inclusive você, sabem que Deus existe.

Conta-se uma história verdadeira sobre um pregador das


ruas de Londres que anunciava a seus ouvintes de que todo
ateíst a era u m tol o porq ue a Bí blia assim o dizia . U m a teu ba s
tant e renom ado que estava na m ulti dão grit ou para aquel e pre
gador que aquilo era um insulto difamatório, o qual ele consi
derou como um a ofen sa pessoal e , portanto, processari a o pre
gador p or danos. "Não é dif amaçã o fal ar a verd ade ", o preg a
dor respondeu.
"E não há v erd ad e a não ser que se possa prová-l a!", o ateu
contra-a rgum entou, "Você terá de prova r no tribunal que eu sou
um tolo ou exigirei cada centavo do seu bolso!"
"Não preciso ir ao tribunal para provar isso", o pregador
disse cal mam ente."Você diz que é ateu?"
"Sim, e não apen as po r mero acas o. Pass ei min ha vid a ten 
tand o pr ov ar qu e Deus nã o exi ste. Is so é um mito pernici oso!"
"Você gastou su a vida te nta nd o prov ar qu e Deus nã o exi ste?",
o pre ga do r repl icou . "Diga-me o segui nte: se não é tol o um ho mem
que g asta a vi da te ntan do lutar contra algo que não exi ste, quem
é realmente tolo?"
Da mesma forma, alguém precisa ser tolo para gastar al
gum tem po busc ando a Deus se m estar convenci do de que E le
existe. Deus espera que o primeiro passo para conhecê-lo seja
admitir o fato óbvio de que Ele existe. Além disso, Deus espera
que cada pessoa se aproxime dEle para ter um conceito apro
priado de quem Ele é. Ele não honrará quem faz orações a um
ídolo ou a alguma "força" ou "poder superior". Toda pessoa,
graças ao fundamento da evidência, é responsável por vir a ter
um a compreensão apropriada de D eus e por não buscar nen hum
falso deus. Deus também exige que aqueles que se aproximem
dEl e acredit em v erdad eiram ente que El e não é um Deus cap ri
choso nem embusteiro, mas um Deus que "é galardoador dos
que o buscam ".
50 Em D efesa da F e C rista

Que "Deus" Você Busca?


O que q ualque r pessoa que busca sinceramente a Deus j á deve
ter concluído sobre este Deus que deseja conhecer? A razão e a
evidência de claram o se guint e: pa ra criar o universo, Deus deve
ser Todo-p odero so (onipoten te) e conhe cer tud o (oni scient e) e ser
capaz de tocar todas as partes do universo ao mesmo tempo
(onipresente). Ele precisa ser tão pessoal quanto nós para que
seja capaz de nos criar. Ele precisaria personificar perfeitamente
tudo o que reconhecemos como as qualidades mais subl imes à s
quais a humanidade aspira — amor, verdade, justiça, paciência,
gentil eza, compaixão, et c. — ou não h ave ria n en hu m a jus tificaçã o
para a admiração que sentimos por esses atributos. Além disso,
Ele pr ecisaria conhecer as conseqüências fu turas de tod a ação em
seu universo. De outra forma , Ele pod eria com eter equívocos ter
ríveis. E, é claro, Ele existe eternamente como Deus. Certamente
não p oderia evoluir ou desenvolver-se a partir de alg o ou alguém
que fosse men or do que Deus .
O verdad eiro Deus preci sa ser capaz de cri ar tudo a partir do
nada e não ape nas construir ou m anu fatura r seu universo a partir
de ma teriais já di sponíveis. Apen as Deus , não a energia, a matéria,
a gravidade ou a eletricidade, deve ter existência própria a fim
de po de r ser a causa de tudo. Finalmente, El e precisa ser perfei
tam ente bo m e justo ou não ha veria expli cação pa ra o reconheci 
mento da noção de certo e errado impresso na consciência de
toda a hum an ida de sobre toda a terr a. Essas são as q ual ifi cações
mínim as do Deus verdade iro sem as quais não poderíam os con
fiar nEle, adorá -lo e amá-lo.
Em bora possam os com preender as necess idades das habil i
dades acima descritas, também está totalmente além de nossa
capacidade compreender um Ser como este: um Deus que sem
pre existiu e , po rtan to, não te m com eço nem fim; que não só cr iou
tud o d o nad a, mas, a fim de não per de r o control e de su a cri açã o,
sabia onde cada partícula subatômica de cada átomo existente
estava, está ou estará; Ele conhece os pensamentos e ações de
cada pes soa qu e já viveu, vi ve ou viverá. Obviame nte, esse Deus
est á além d e nossa capacidad e de compreens ão.
Q l t m É D el: í 0 54

Entretanto, ao mesmo tempo que este Deus está além de


nossa compreensão, já vimos que tanto a razão quanto a evi
dência exigem, com o a única explicação pa ra a exist ência do ser
hum ano e do universo que nos rodei a, que exi sta um Deus como
esse. Negar esse Deus, embora Ele seja incompreensível, seria
uma afronta à razão e ao senso comum. E incompreensível e
irr acional pen sar que exist iu um períod o em que nad a exis tia e
achar que tudo, inclusi ve Deus, surgiu de algum a forma d o vazio
do nada. E totalmente irracional sugerir que a vida e a inteli
gênc ia surgiram sem qu alquer a juda do espaço morto e vazio e
que, daí em d iante, evolu iu por acaso .
Aquele q ue busca a Deus, ao chegar a essas conclus ões sobre
Ele, funda m enta do em toda evidênci a que o rodei a e em sua pró 
pria consc iên cia, está agora pron to pa ra clam ar pa ra q ue esse Deus
se revele a si mesmo. Os passos precisos, as circunstâncias e con
vicções internas por meio das quais Deus se revelará variam de
acordo com cada indivíduo. Entret anto, é por meio de sua palavra
que ch egam os à revel ação mais com pleta e mais clara de Deus. E
na Palavra de Deus vem os qu e Ele se revelou a s i me sm o em Jesu s
Cristo, que declarou: "Q ue m me vê a m im vê o Pai" (Jo 14.9).
Jesu s tam bém disse: "N ingu ém v em ao Pa i sen ão por m im" (Jo
14.6). Qu em quiser con hecer a De us te m qu e conhec er a Jes us. Ele
foi revelado na Palavra d e Deus, e revela a si me sm o àqueles q ue
abrem
[de todoseu coraçãhumano]
coração o pa ra Elee.bato;
Conforme disse:
se alguém "Eis
ouvir que estou
a minha vozàepor ta
abrir a porta, entrarei em sua casa..." (Ap 3.20; grifo do autor)

Jesus Cris to Foi realmente D eus?


Questão: Nosso professor das aulas de estudos bíblicos para
adu ltos disse qu e Jes us era meio Deu s e meio hom em. Ele insis te
que Deus pode apenas agir em resposta a nossas orações e que,

qu uv
ho an edoorações
o indivídu o orasuficient
e jejuns po r algoes.e não
Essasé idéias
curado ,são
sig bí
nifica
blicasque
? não
Não. Até que haja evidênc ia contrári a, dare m os ao
R e s p o sta :
professor o benefício da dúvida e assumiremos que aquilo em
que acredita é cer to, embora ele e steja ap rese nta nd o dificuldad es
Ev. Dite .-a lv , FeC:;

para expressar suas idéias. É i sso m esm o, D eus é o pa i de Jesus , e


Maria sua m ãe, mas isso não o torna m eio Deus e meio homem.
Esse erro é similar ao ensinamento da igreja católica romana de
que M aria é "a mãe de Deus". Jesus exis te como Deus po r toda a
eternidade e, portanto, muitos séculos antes do nascimento de
Maria. Desta forma, ela não está no mesmo nível de Deus por ser a
mãe de J esu s, mas apenas do corpo humano por meio do qual Ele
nasceu nes te mund o.
Maria era vi rgem q ua nd o Jesu s nas ceu. Conseqüe ntemente,
conforme a Bíblia nos relata, o bebê que ela deu à luz não foi
concebido por nenhum homem, mas pelo Espírito Santo. E im
possível compreendermos totalmente o que isso significa, mas
sabem os o que nã o sign ifica . O nascim ento virginal não é o mes 
mo que ter um pai irlandês e uma mãe francesa e, deste modo,
ser meio irlandês e meio francês.
Jes us é totalmente D eus e t otalmente homem : "Aquele que
se manifestou em carne..." (1 Tm 3.16) Ele não é um meio Deus
que se man ifestou com o meio carne. Es se m esm o versículo afi r
ma: "G rand e é o mistério. .." Isaí as disse que a criança nascida de
um a virgem rec eberi a o nome de "E manu el", que signi fica "Deus
[não meio Deus] conosco" (Is 7.14; cf. Mt 1.23; grifo do autor) e,
conforme Isaías relatou, Ele seria: "Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9.6). Se esse
não fosse o caso, Jesus não poderia ser nosso Salvador.
Em todo o Antigo Testamento, Deus d iz que é o único Salva
do r (Is 43.11; 45.15,21; Os 13.4). Ob via m en te, isso é ve rd ad e, p o r
que a salvação é um trabalho infinito, incluindo o pagamento
total da penalidade infinita pelo pecado, algo exigido pela jus
tiça infinita de Deus — algo que apenas Deus poderia realizar.
Por consegu inte, para Jesus ser nosso Salva dor, precisa ser Deus.
Paulo o chamou de "Deus nosso Salvador" (1 Tm 1.1; 2.3; Tt
1.3,4; 2.10,13; 3.4), da mesma forma que Pedro (2 Pe 1.1) e Judas
(v. 25) também o fizeram.
No entanto, era necessário que o Salvador viesse como ho
mem, sendo que o homem é pecador e não Deus. A penalidade
pelo pecad o fo i proferida contra o homem, não contra De us; po r
Q . em f; D f l ^ 53
tant o, deve ser pag a por u m homem. No entan to , nenhu m homem
fin ito pode ria pa ga r essa pen alidade . Assi m, Deu s em seu infi nit o
amo r e g raç a, tornou-se hom em po r meio do nascimento virgi nal
para que Ele, como homem, pudesse receber o julgamento que
merecíamos,
Para sertornan do ador,
nosso Salv o perdã o possí
Jesus tinhavel
de para
sernóstotalmente
. Deus (Is
43.11) e totalmente homem (Rm 5.12-21), nã o u m com pos to híbrido ,
meio a meio, de cada um deles. Pergunte ao seu professor se é
isso que ele quis dizer.

Nossas Orações
E óbvio que Deus não precisa de nossas orações para agir.

Eleoscons
anj eguiu
e a hu m anexisti
ida der por
semunossas
m a e ora
tern idad
çõe s.eCertamente,
e cr iar o univ
nãoerso e os
foram
nossas or ações que fizera m com q ue Crist o nasce sse no m un do e
morresse po r nossos pecados. Tampouco são noss as oraçõe s que
conduz irão a um novo universo, embora Deus nos dê o pri vil égio
de orar: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10).
Se Deus pudesse apenas agir em resposta a nossas orações,
estar ia à nossa mercê, suas mãos estariam atadas a maior parte
do tem po, inca pazes de fazer o que Ele em sua infinita sabedoria
e conhecimento sabe o que precisa ser feito, mas que nós, em
nossa compreensão limitada, desc onhecemos ou nem sequer che
gamos a pensar. Além disso, Ele não poderia resolver as emer
gênci as que não soubéssemos que ocorre riam, poi s não oram os a
respeito del as. A idéia de que Deu s " pod e apen as agir em resposta
a nossas orações" não só não é bíblica, como também é ilógica.
Dizer que o não ser curado é o resultado de pouca oração e
jeju m é igualmente falso. Este ensinamento im plícito é que pode
fazer com que Deus execute, por meio de nossas orações, o que
queremos, desde que oremos e jejuemos com empenho por um
tempo suficiente — em outras palavras, podemos impor nosso
desejo a Deus. E qua nto à von tade de Deus? I sso t am bém sugere
que a von tade de Deus é cu rar todos o temp o todo. Ao cont rário,
Ele tem algo melhor para nós do que perpetuar nossa vida por
tem po indeterm inado neste corpo de pecado .
Em D u t .s a d a F e C h :^ t .

"Nada Existe, exceto Deus?"


Questão: Assisti a uma entrevista com Sir John Marks
Templeton na revista de Robert Schü ller, Possibilities ("Possibili
dades"). Ele é o homem que concede o prêmio anual Templeton
Prize para pro m over um a apre ciaç ão dos b enef íci os de todas as
rel igi ões do m un do . Fiquei chocado ao ler em u m a entrevista que
Templeton acredita q ue "na da existe, e xcet o Deus". Estou conf uso.
Pensei que isso fosse panteísmo, no entanto, foi divulgado em
uma revista que pertence a um homem considerado um líder
evangélico. C omo isso é possível?
R e s p o s t a : Isso é panteísmo. E também a doutrina básica de
cultos co mo ciência da mente , ciência religi osa e ciênci a cris tã. O
que el
tivo deesPeale
ensinam
e o épensa
basicamente o mesm
m ento da o que o pensa
po ssibilidade m ento oposi
de Schüller, que
expl ica po r que este po deria pro m ov er iss o em sua revis ta. Aqui
está como funciona o "n ad a exis te, exce to Deu s" na área da m ente
cie ntífica e do pe nsam ento p os itiv o/d a possibi lida de: Deus é bom
e Deus é t udo. Po rtanto, tudo é bom. E ntret anto, nada que não é
bom — pecado, doença, sofrimen to, m orte, et c. — é real, mas, tão
somente, um a ilusão do pensa m ento negati vo. A ma neira de ser
libert o dessa ilus ão do pen sam ento negativo é tor nar-s e um pe n
sador po siti vo ou da possi bil idade.
A Bíblia, entretanto, ensina que o pecado, o sofrimento, a
doenç a e a morte são, na verda de, rea is. "A alma que pecar , essa
morrerá" (Ez 18.4) é o pronunciamento do julgamento justo de
Deus e, certamente, trata tanto o pecado quanto a morte como
algo re al. Jesus curo u os do ente s e ressu scitou os mortos. Ele não
ensinou as pessoas a negar a realidade desses fatos por meio do
pensamento positivo ou do pensamento da possibilidade. Tais
conceitos são totalm ente con trários à Bí blia.
Nossa liber taç ão do peca do e da mo rte não vem por meio da
negação da reali dade desses maus pensam entos atravé s do p o
der d a m ente, ma s pela fé em Jesus Cri sto, que sofreu a agonia da
cruz e pagou a pena que sua própria justiça proferira contra o
pecado. El e mo rreu po r nosso s pecados e "ressusci tou para nos
Q i t .m ÉD el s ?

sa justificação" (Rm 4.25). Se o pecado e a morte não existem,


então a morte de Cristo por nossos pecados e sua ressurreição
são meras alegorias e não eventos reai s — al go que se opõe aos
fatos históricos.
Se "n ad a exis te, ex cet o Deus", então o universo é Deus, e nós
somos parte de Deus e, portanto, seres divinos e perfeitos. Na
verdade, se "nada existe, exceto Deus", então Satanás, apresen
tado na Bíblia como u m ser r eal, é Deus . N ingu ém pode ria im a
ginar um a ilus ão m aior do que es sa.
O Deus da Bíblia está separado de sua criação e é distinto
dela; cri ação essa qu e Ele criou a pa rtir do na da . A criação, como
um rel ógio, est á per den do sua força, pois est á se para da do Senhor
por causa da rebelião de suas criaturas (Satanás e seus subordi
nados, aos quais a hu m an ida de aderiu), um a rebel ião que levou
Deus a pro nu ncia r seu julgam ento sobre toda a cr iaç ão. Se Deus
fosse o universo, então Ele também, como um relógio, estaria
perdendo sua força. Esse não é o Deus da Bíblia!

E quanto à Trindade?
Os cr ist ãos geralm ente ac reditam n a Trindade, um
Questão:
"Deus" que é tr ês pessoas e apenas um Ser supremo. N o entanto,

aque
palavra
afirma"Trindade"
claramentenão há apenas nem uni
queaparece umaDeus,
vez sequer na Bíblia,
não três. Como
voc ê pode ria jus tificar a c ren ça na "Trindade" fu nda m enta do n a
Bíblia?
Há apenas dois conceitos básicos de Deus: (1)
R e s p o s ta :
panteísmo/naturalismo — em que o universo é Deus; e (2)
sobrenaturalismo — em que Deus ou os deuses exist em de forma
distinta e separada do universo. Já demonstramos a tolice desse
primeiro conceito, o que nos deixa apenas com o último. No
sobrenaturalismo há duas visões opostas: (1) politeísmo — em
que há muitos deuses (tanto os mórmons quanto os hinduístas
são poli teí stas) ; e ( 2) monote ísmo — em q ue há apen as um Deus.
Já demo nstra mo s que o pol iteísmo tam bém tem falh as desast rosas.
O problema bási co é a diversidad e sem unidade.
56 E m Defesa da F f . Ciíistà

Há tam bém dua s visões opostas no monoteísmo: (1) a cren ça


de que Deus é um ser unitário, como no islamismo e judaísmo
que insistem que Alá ou Jeová é "um", o que significa um ser
sozinho. A mesma crença também é defendida pelas seitas
pseudocristãs como As Testemunhas de Jeová e Pentecostais
Unitaristas, que negam a Trindade e afirmam que Pai, Filho e
Espírito Santo são três "títulos" ou "funções" de Deus. Aqui, a
falha desastrosa é a unidade sem diversidade.

A Necessidade de Unidade e Diversidade


Está claro que Deus po ssu i tanto a unidad e qu anto a diversida de.
O Alá do Isl ã, ou o Jeová das tes tem unh as de Jeov á e judeu s, ou o
Deus dos grupos "cristão" unitarista seriam incompletos em si
mesmos. Eles seriam incapazes de amar, t er comu nhão ou ami
zade antes de criar outros seres capazes de interagir com eles
dem ons trand o es sas qualidades. Por sua próp ria natureza, a qua 
lidade de am ar e a capacidade pa ra com unhã o e am izade exi gem
um outro ser pessoal c om qu em compart ilh ar. E Deus não po deria
com partilhar a s i mesmo de forma plena a não ser com um outro
ser igual a Ele. A Bíblia diz que "Deus é caridade [amor]" em si
mesmo. Isso só poderia ser verdade se Deus mesmo consistisse
de uma pluralidade de ser que, embora separados e distintos,
foss em um .
Apesar da palavra "Trindade" não ocorrer na Bíblia, o con
ceito é claramente ali expresso. A Bíblia apresenta um Deus que
não precisou criar nem um ser para experimentar amor, comu
nhã o e amizade. Esse Deus é completo em si m esm o e tem exi s
tência pró pr ia e etern a em três pessoas: Pai, Filho e Espírito S anto,
individualmente distintos um do outro, mas, ao mesmo tempo,
eterna m ente u m. Ess as t rês pesso as j á exi sti am antes me smo que
o universo, os anj os ou o hom em fossem cri ados.
Em contraste, o Deus do islamismo e o Deus do judaísmo
contemporâneo não pod em ser am or em si mesmos e por si mes
mos, poi s quem pod eria am ar na soli dão antes da cri açã o de ou
tros seres pessoais? Tal deficiência em Deus afetaria o homem,
que em todos os aspectos de seu ser f oi feito à imag em de Deus.
Q ; . t \ ! É Dr.;.

Pluralidade e Singularidade: ambos se Aplicam


O prim eiro versículo da Bíblia apre senta Deus Gomo um ser
plural: "N o princíp io, criou D eus os céus e a terra" . Se De us fosse
um personagem unitário, então a palavra singular para Deus,
Eloah
plural, seria utilizada. No entanto, em vez da forma
Elohim, que literalmente significa
singular, o
Deuses é usada. No en
tanto, o verbo, bara, utili zado com Elohim, está no singular. Esse
substantivo plural (Elohim ) é utilizado para se referir a Deus mais
de 2.500 vezes no Antigo Testamento e, quase sempre, com o
verbo no sin gula r, indicando assim tanto unid ade e diversidade
qua nto sing ular idad e e plu ralid ad e no Deus da Bí blia. Foi Elohim
(Deu ses) que, nesse prim eiro cap ítulo de Gênesis, disse posterior
mente: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança" (v. 26; grifo do autor).
Na sarça ardente, Deus ( Elohim — literalmente Deuses) disse
a Moisés: "Eu Sou o que Sou" (Êx 3.14). Aqui, Elohim (Deuses)
fala, mas nã o diz: "Nós somos o que somos". An tes di z: Eu sou o
que sou. Tampouco a palavra Elohim é a única forma na qual a
pluralida de de Deus é apresentada.
Observe, por exemplo, Salmos 149.2: "Alegre-se Israel na
qu ele que o fez" (em heb raico, "fa brica ntes "); Eclesiastes 12.1:
"Lembra-t e do Criador nos dias da tua m ocidade" (em he bra ico ,
"criadores"); e em Isaías 54.5: "Porque o teu Criador é o teu

marido" (em hebraico, "criadores" e "maridos”). O unitarismo


não tem expli cação para esta apresentaçã o consist ente, ao l ongo
de todo o Antigo Testamento, tanto da unidade quanto da
pluralidade de Deus.
Bem no cerne da confissão de Israel, em Deuteronômio 6.4,
em que declar a: "que Deus é o único SENHOR" (conheci do como
shema), ess a é a for ma plura l para D eus (elohenu): "O uve , Isra el, o
Senhor, noss o Deus, é o único Sen hor" ( Shema yisroel adonai elohenu
adonai echad). A palavra utili zada para úni co, echad, signifi ca, co m

freqüência,
ção, então ayachid,
unidadeque
de mais de um.
significa Se essa enão fosse
o unitário o umaabsoluto,
inten seria
utilizada. A palavra echad, por exemplo, é utilizada em
Gênesis 2.24, em que homem e mulher tornam-se "ambos um a
carne"; em Êxodo 36.13 (gri fo do autor), qu an do as vária s par tes
58 Em D efesa da Fe C r i stã

tornam-se "assim, u m tabernáculo" (grifo do autor); em


2 Samuel 2.25, quando muitos soldados "fizeramwm batalhão"
(gri fo do autor); e, assim, em v ários o utros text os.
Isaía s, o gra nd e profeta hebreu, declarou a respeit o do nasc i
m ento do Mess ias: "Porque um men ino nos nasceu, um filho se
nos deu ; e o principad o está sobre os seus ombros; e o seu nom e
será Maravilhoso, Conselheiro, De us Forte, Pai da Eternidade..."
(Is 9.6; grifo d o a uto r) Esse concei to não é enc ontra do em ne nh um a
ou tra literatura de outras religi ões mu ndiais, m as é exclusi vo da
Bíblia: Um filho nasceria neste mundo, e apesar de ser homem,
seria o De us Fort e. E mb ora fosse F ilho, Ele seria ao me sm o tem po
o Pai da E ternidade.
Isaías apresenta claramente a deidade de Cri sto , a pate rnid ad e
de Deu s e a un ida de do Pai e do Fil ho. Todas as três pessoa s da
Trindade
se gu inte (Pai,
texto:Filho
" ... edeEspírito Santo)
sd e o pri são[...]
nc ípio claramente
eu es tavvistas
a ali; no
e, agor a, o
Senhor Jeová me enviou o seu Espírito" (Is 48.16). Só poderia
ser Deus que m está fal ando, esse único que exis te desd e o pr in
cípio; no entanto, Ele diz que foi enviado por Deus e por seu
Espírit o. N a Trindad e, du as p esso as são invisíveis (Deus Pa i e o
Espírito de Deus) ao passo que uma é visível, o Filho de Deus
que se tornou hom em.

Algumas Analogias Útei s


Como po dem os en tend er com pletamente este con ceito das t rês
pessoas, em que cada uma é separada e distinta (o Pai não é o
Filho, e o Filho não é o Espírito Santo), mas que são um Deus? E
impossível com pree nde r isso. Os crítico s arg um en tam que como a
Trindade não pode ser completamente explicada pela razão hu
mana, não pode, portanto, ser verdadeira. No entanto, quem
po de ria expl ica r total men te Deus me smo se El e fosse apenas uma
entidad e unitár ia? Ninguém . N ão conseguimos sequer expli car a
alma e o espíri to humanos, mu ito m enos o Espíri to de Deus, embora
todos esses termos seja m usa dos repe tidam ente n a Bíblia.
Entretanto, podemos ver analogias à Trindade em todos os
lugares. O universo é composto de três el ementos: espa ço, temp o
e maté ria. Os pr im eiro s dois são invisí veis, mas a maté ria é v isível.
Q :. h \: E D l .. 59
Cada um desses t rês é dividido em três: com primento, largura e
altura; passado, presente e futuro; energia, movimento e fenô
meno. Comprimento, largura e altura são separados e distintos
um do outro, portanto, são um, pois cada um é o tod o. O com pri
me nto co ntém tod o o espaç o, assim como a largura e a alt ura. O
mesmo acontece com o tempo: passado, presente e futuro são
distintos um do ou tro e , porta nto, c ada u m é o todo. E aqui mais
uma vez, dois deles (passado e futuro) são invisíveis, ao passo
que o prese nte é visív el.
O homem, que foi feito "à imagem de Deus" (Gn 1.27; 9.6;
etc.) é for mad o de três elemen tos: corpo, alm a e espírito, dos quais,
mais u m a vez, do is (alma e espírito) são invisí veis, e um , o corpo,
é visível. A for ma como o hom em funciona como um ser tam bém
ref let e a m esm a analogia da T rindade. Concebem os algo em no s
sa mente (invisível), talvez um poema ou uma sinfonia; expres
samos isso por meio da fala, ou da escrita, ou da música e isso
passa a faze r parte d o presente, o mu nd o vis ível; depois é apreciada
pela emoção, também, mais uma vez, invisível.
Poderem os ofer ecer algumas anal ogias , mas essa s de vem ser
suf ici ente s. N ão há d úv ida de que a Bí blia apre senta clara me nte
trê s pessoas distint as, e cada um a delas é D eus . Ao me sm o tempo,
a afi rmação cl ara de que há ape nas u m único e verdad eiro Deus
é aprese ntad a re petid am ente p ara nós. Crist o ora ao P ai. El e está
ora nd o p ara si mesmo? A B íblia nos diz : "O Pai env iou seu Filho
para Salv ado r do m un d o " (1 Jo 4.14). Ele env iou a si me sm o? O u
será que algum "po der" orou por um "tí tulo" e o enviou, co mo a
Igreja Pentecostal Unitária quer nos fazer crer?
Cristo disse: "As palavras que eu vos digo, não as digo de
mim mesmo [de minha própria iniciativa], mas o Pai, que está
em mim, é quem faz as obras" (Jo 14.10); "E eu rogarei ao Pai, e
ele vos dará outro Consolador, [...] o Espírito da verdade" (Jo
14.16,17). E m to do o No vo T estam ento, Pai, Filho e Esp írito Santo
são honrados separadam ente e agem como Deu s, mas apenas em
concordância um com o outro.
Com talvez algum as pou cas exce ções, pode-se dizer que o tex to de cada
versículo do Novo Testamento foi estabelecido pelo consenso geral dos
estudiosos de forma que qualquer discussão de sua leitura deve se
relacionar preferencialmente à interpretação das pa lavras em vez das
dúv idas relacionadas às palavras em si .
Mas em cada uma das trinta e sete peças teatrais de Shakespeare [escritas
apen as há quatrocentos anos] há provavelm ente centenas de leit uras
ainda em discussão, e grande parte das quais afeta diretamente o
significado da passagem em que elas ocorrem.
— John L e a 1
CONFIÁVEL?

Os Manuscritos do Mar Morto Repercutem


negativamente na Bíblia?
Questão: Conforme minha compreensão, a descoberta dos
manu scritos d o m ar M orto fo i um golpe contra a Bí blia. As cópi as
mais an tigas de a lguns text os do Antigo Testamento qu e já foram
descobertas estav am incluídas nesses achados e descobriu-se que
são muito diferentes das cópias posteriores que já possuím os. Se
os copistas cometeram tais erros naqueles poucos séculos, a Bí
blia de hoje deve estar muito mais distante dos manuscritos ori
ginais do Antigo Testamento!
R e s p o s t a : Não sei onde você obteve essa informação, mas
ela é falsa. Foi antecipado pelos críticos da Bíblia que grandes dife
renças seriam encontradas, mas não foi o que aconteceu. Consi
dere, por exemplo, o manuscrito de Isaías agora em um museu
de Jerusal ém. A cópia mais antiga qu e tem os d e Isaí as, ant es da s
descobertas d o m ar Morto, era data da de 9 00 d.C ., e aque la des 
coberta na cole ção do m ar M orto era da tad a de 10 0 a.C. Portanto,
ali se apresentava uma oportunidade para ver que mudanças,
em um espaço de mil anos, poderiam ter ocorrido por meio de
erros inadvertidos dos copistas.
62 Hv. D e ?e s .\ L-'A F e C r

Essa comparação revelou algumas variações de ortografia,


algumas mudanças estilísticas e raramente uma palavra, aqui e
ali, que foram deixadas de fora ou adicionadas, mas que não
mo dificav am o si gnifi cado do texto. Po rtanto, esses mil anos de
cópi as desse t ext o mo straram que o mesm o fo i preserva do sem
ne nh um a m ud an ça real ou sig nifica tiva. O f ato é que a descoberta
dos manuscritos de Isaías na caverna de Qumran ofereceu uma
evidência contundente de que o Antigo Testamento que temos
em nossa s mã os hoj e é como o dos doc um entos ori gin ais .

E quanto à Inspiração Divina?


Questão: A Bíblia cristã-judaica nã o é o único livro q ue alega
ser inspirado por Deus. Há também o Alcorão, o Vedas do
hinduismo,
prov o Livro
enie ntes de Mórmons
de Deus. O f ato dee outros questiani
que o cri afirmam
smoque são que os
e nsina
outros livros não são verd ade iros não lança séri as dúv ida s sobre
a Bíblia também? Se muitos outros livros podem estar errados,
por q ue não esse t ambém ? Af inal, um ate íst a apen as d uvid a de
um livro a mais do que os cr ist ãos .
Qu er as escrituras das outra s rel igi ões sej am ver
R e s p o s ta :
da deira s que r f als as, isso não tem ne nh um a influênci a na vali
dade ou não da Bíblia. Portanto, o fato de que dez dos onze
com petidores não conseguiram ganh ar um a corrida di ficil mente
pode se r consi derado um argum ento plausí vel de que ninguém
po de ria ter gan ha do a cor rida. O fat o de exi sti r m uito dinheiro
falso não sugere, nem por um momento, que o dinheiro real
não exi sta. Na ve rdad e, isso contribui para confirma r sua exi s
tência, pois de outra maneira não haveria propósito em
falsificá-lo. O fato de que bilhões de pessoas aceitem que os
escritos sagrados de várias religiões tenham sido inspirados
por Deus demonstra a profunda sede que a humanidade tem
da revelação divina, que sempre existiu em todas as épocas,
raças cu lturas e em todo s os lugares .
Est a sede pod erosa e universal não pod e ter s ido desenvolvi
da po r meio da evol ução . O corpo hum an o não tem fome ou sede
3
A B-. LÍA E CON-rIA\-r.? es
de aliment os ou bebidas que não exist em e que sustentariam sua
vida. A única exceção seria se alguém experimentasse algo que
fosse danoso, mas delicioso, ou que produzisse sentimentos ilu
sórios de bem-estar ou poder e depois o almejassem de forma
não natural. A necessidade p or essa droga ou bebida int oxic ante
jamais te ria nascido se ela não fosse realm ente saboreada ou
experimentada. Portanto, ninguém pode afirmar que a crença
em D eus era "o ópio do povo" sem a dm itir a exist ência de Deus.
E necessá rio que alguém tenha "exp erimen tado" alg o re al, con
forme a Bíb lia nos desa fia a fa zer: "Pro vai e vede que o Sen hor é
bom..." (SI 34.8)
Logicamente, a sede universal por Deus é um argumento
pers uasiv o de su a exist ênci a; e a sede por revelação prov enien te
dEle demonstra que tal revelação existe também. Se aquilo que
afirma ser proveniente de Deus realmente o é, entretanto, pode
apenas ser determ inado se funda m enta do nos fat os — e apenas a
Bíblia passa nesse teste como veremos.
O fato de que o mundo está cheio de falsas profecias que
afir ma m ser provenientes de Deus é exat ame nte o que um a pes 
soa deveria esperar , da da essa sede i nata por Deus e a propensão
do coração humano de iludir-se a si mesmo e aos outros.
Tam pouco po de ser i nferido do fato de que m uitas falsas prof ecias
foram proferi das que, portanto, ne nh um a profe cia verdadeira j á
foi feita. Que a hu m an ida de , de m od o geral, em todo s os l ugares,
em tod as as épocas e em todas as r eli giões tem sido suscetí vel a
fals as previsões é evidência de u m a crença i ntuitiva de que a ver
dad eira profec ia sej a possível e importante.
A Bíblia necessita ser examinada conforme seus próprios
mérit os. Se rá dem onstra do que é verd ade ira ou f alsa, funda m en 
tada nas evidênci as internas e ext ernas toma das em conjunto —
não pela com paração dela com o s escri tos sagrados d e outras re

ligiões. Alémpara
ção de Deus disso,aahu
afirmação
m an idaddaeBíblia
implicadeque é a o súnica
quetodos outrosrevela
es
critos sagrados são falsos. Portanto, a falsidade desses escritos é
um argu m ento a favor da Bí blia, e não u m a pro va de que ela não
possa ser verdadeira.
Em D k h -s a d a E i- C s > t .

Até que Ponto os Documentos Bíblicos São Confiáveis?


Questão: Ensinaram-m e no seminário, e li tam bém a mesm a
acusaçã o em u m bo m nú m ero de liv ros acadêmic os, que o Novo
Testamento não é confi ável , pois fo i escr ito po r hom ens que ne m
mesm o foram con tempo râneos de Je sus, sé cul os depois da época
de Cristo. O "Seminário de Jesus", um grupo de estudiosos com
tít ulos impression antes, faz esta afi rmaçã o hoje. Há algum a evi
dência em contrári o?
R e sp o sta :Essa acus ação é refutada não apenas pelos m an us
cri tos, mas pelas cit ações que temos de tod o o Nov o Testamento
em outros escritos do final do século I e início do século II. Há
prov as até m esm o em escritos dos ini migos do cristi anismo. Por

exemplo, Celso,
ceu no início um amargo
do século oponente aos
I I, referiu-se do cristianismo
quatro Evaque nas como
ngelhos
pa rte d o liv ro sagra do dos crist ãos, o s quais já eram bem conhe
cidos em sua época. A pen as essa peq ue na evidência refuta a afi r
mação que o Novo Testamento foi escrito apenas séculos mais
tar de! Além disso, há m ais do q ue pro vas sufic iente s no próprio
Novo Testamento de que o mesmo existiu, conforme seus escri
tores af irmam , escri to po r con tem porâ neo s de Je sus.
Os autores das Epístolas de Pe dro e João tes tificam que co nhe
ceram Jesus pessoalmente e que foram testemunhas oculares de
tudo que Ele fez em seu ministério terreno. Pedro escreve: "Por
que não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor
Jesus Crist o, seg uind o fábulas arti ficia lmente compostas, m as nós
mesmos vimos a sua majestade" (2 Pe 1.16). João, ao falar por si
mesmo e pelos outros apóstolos, testifica que teve um relaciona
mento íntimo com Cristo: "O que vimos com os nossos olhos, o
qu e tem os co ntem plad o, e as noss as mã os tocaram ..." (1 Jo 1.1)
Se o Novo Testament o que inclui tais testemunhos ju ram ent ado s
não foi escr ito pelos pró prio s apóstolos, ma s foi forj ado por o u
tros grupos séculos (ou até mesmo apenas décadas l mais tarde,
ele todo é um a frau de! Q uem que r que sej a que escreveu t ais fá
bulas estava mentindo e estava assim fazendo com a intenção
deliberada de eng anar incontáve is multidões ao longo dos sécu
A B i bl ía E C o .s ; i.wtL?

los vind our os. E, tragica me nte, se esse f or o ca so, a ilusão foi aceita
por bilhões de pessoas desde aquela época. Entretanto, aquele
cenár io contém num erosos problem as intransponí veis.

Evidência Interna Irrefutável


Primeiro, há uma consistência interna nos sessenta e seis
livros da Bíblia, embora tenham sido escritos ao longo de mil e
quinhen tos anos po r mais de qu arenta pessoas, e a ma ioria de las
ja mais teve conta to um a com a outra. Esses escritores das Escri
turas, que pertenciam a épocas históricas distintas e a regiões e
culturas totalmente diversas, tinham apenas algo em comum: a
afirmação de que o que escreviam era inspirado pelo único e
verdad eiro Deus. O int rincado pad rão da ve rdad e que foi teci do
sem contradições ao longo da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse,
produz um poderoso testemunho em relação à validade dessa
afi rmação, que não po de ser explica da de nen hu m a o utra for ma.
Quanto às aparentes contradições, lidaremos com elas.
Essa continuidade e concordância ao longo da Bíblia é um
dos argum entos m ais poderosos de que el a é a Palavra de Deu s.
Para demonstrar o quanto este argumento é notável, Josh
McD owell conta-nos ess a história verdadeira:
Um repres entant e da Great Books ofthe Western World ("Os
Grandes Livros do Mundo Ocidental"), veio a minha casa a fim
de recrutar ven de dor es par a essa s éri e... Eu o desafi ei a que pe
gasse apenas dez desses autores, todos com uma mesma posi
ção, da mesma geração, do mesmo lugar, da mesma época, da
mesm a disposi ção, do mesm o conti nente, da mesma linguagem
e que abordassem apenas um assunto controverso (a Bíblia fala
de centenas deles com harm on ia e concordância). A seguir , per
gu ntei a e le: "Eles (o s autore s) con cor dar iam ?" Ele he sitou e de 
pois replicou: "Não".2

Obviamente,
sobre aqu
vidaalquer
e obraescr
itor fraudu
terialento
(por ex aemplo,
escrevesse de Cristo), de conhecer Bí que
blia intimamente e ser capaz de manter sua consistência interna
sobrenatural. E altamente improvável que qualquer mentiroso
deliberad o teri a a motivação o u a hab ilidade p ar a assim fa zer.
66 Em D efesa d a F k C r ;s ~.

Há um problema a mais. Um estudo cuidadoso do Novo


Test amento r evel a sinceridade e veracidade praticam ente im po s
síveis d e falsificar. Além disso, a B íblia tem d em on stra do u m po de r
sobrenatural, acessível a todos aqueles que acreditam em sua
men sagem, na recuperação de seres hum an os que são l ibe rtos de
seu pecado e degradação e que passam a desfrutar da alegria,
amor , li berdade e transf ormaçã o de vida. Que um a frau de deli
bera da p ude sse causar tam anho ben efí cio é absurdo. Seri a pr eci so
mais fé pa ra acredit ar nesse cenário do que aceit ar a afir mação da
Bíblia, a saber, que é divinamente inspirada!

Corr obor ação C ontempo rânea


Há a bund ância de provas adicion ais de natureza dis ti nta.
Tomamos conhecimento através das descobertas arqueológi
cas de citações em outros escritos de que o Novo Testamento
já estava totalm en te em circula ção, pelo m enos, até o fim do
sécul o I. M uitas pessoas que ainda es tavam vivas naq uela época
conheciam os apóstolos e, para elas, os escritos deles soavam
verdadeiros conforme os fatos ocorridos. Se as Epístolas não
dissessem a verdade, haveria um protesto veemente — mais
uma vez, não temos essa evidência. Inquestionavelmente, os
rabinos jude us teriam se apega do à m eno r men tir a ou exager o
a fim de desacreditar essa "nova religião”, conforme eles a
concebi am, a qual estava mina nd o a l iderança que tinham so
bre o povo e levava milhares de judeus a se converter a ela.
Não há registro de qualquer ataque a esses fundamentos por
parte daquele grupo.
Além disso , há evidências abu nda ntes e inquesti onáveis no
Novo Testamento que foram escritas por testemunhas oculares.
Lucas, po r exem plo, ref ere- se aos outros escritores dos Eva nge
lhos c omo testem unha s ocul ares "desde o pri ncípio" e afir mou
que eles registraram os "fatos que entre nós se cumpriram". Ele
não era um idiota ingênuo que estava disposto a acreditar em
qualqu er fábula com a qual se deparasse, mas afir mou que já havia
se informado "minuciosamente de tudo desde o princípio" (Lc
1.1-3). Ele declarou que estava desempenhando essa tarefa de
A B:?:ia EG 'n : í .ãvel ? 67

escrever a hist ória d e Jesu s pa ra seu a migo Teófilo, pa ra que ele


pudesse conhecer "a certeza das coisas..." (Lc 1.4)
As descobertas a rqueo lógi cas da m ode rnida de confirmam a
veracidade do testem unho de Lucas e o fat o de que ele realmente
foi contemporâneo dos apóstolos, Portanto, tinha condições de
conhecer e relatar os fatos. No capítulo 2, Lucas refere-se a um
"decr eto da parte de César Augusto, para que todo o mu nd o se
alist asse" e afirma que isso "f oi feito sen do Cirênio go ver nad or d a
Síria " (v. 1,2). Alg un s crít icos co nti nu am a afir mar do gm atic am en te
que Cirêni o, també m conhecido como Quiri no, tornou-se go ver
nador da Síria apenas em 6 d.C., uma data muito tardia para o
nascimento de Cristo. Eles ignoram que os achados mais recen
tes dem onstra m que Qu irino f oi governa dor d a Sí ria duas vezes, a
prime ira, talve z, de um a d ata tão rem ota qu anto 7 a.C. at é 1 d.C.
Lucas estava ob viam ente se referindo a seu primeiro governo, não
ao segundo.

A Veri fica ção Histórica Con fiáve l


No c apítulo 3 , Lu cas for nece um a list a com informações de 
talhad as q ue con tinha nom es, lugares, car gos e datas, a qual cer
tamente uma pessoa não seria capaz de fornecer algumas déca
das (e muito menos séculos) depois:

E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio


Pilatos governador da Judéia, e Herodes, tetrarca da Galiléia, e
seu irmã o Fil ipe, t etrarca da Ituréia e da pro víncia de Traconi tes,
e Lisâni as, tetrarca de Abilene, send o Anás e Caif ás sum os sacer
dotes... (Lc 3.1,2)

Observe que as referênci as de Lucas não são apen as a Cés ar,


mas a Tibério. Até me sm o a época do decreto nos é forne cida: no
"ano qu inze" do reinado desse i mpe rador. Esse s fa tos f oram ve 
rificado s por historiadores mo derno s e não pode riam ser conhe
cidos de ninguém que escrevesse séculos mais tarde, conforme
os céticos afirmam que aconteceu. Os títulos técnicos dos cargos
ocupado s pelas outras pessoas — governador, t etr arca, sumo sa
cerdote — nos são fornecidas, juntamente com a localização de
cada um del es. Ca da fato apres enta do foi verificado em anos re
68 Evi D efksa da Fi-. (_ r ;<:

centes após escavações e pesq uisas labori osas. Seri a impossível


fazer afirmações tão precisas até mesmo cinqüenta anos depois
do fato. Portanto, temos todos os motivos para acreditar que
Lucas, conforme ele afirma, estava ali presente quando os even
tos relatados ocorreram.
Sim, e quanto a Pôncio Pilatos, que Lucas afirma que era o
gove rnador da Judéia na época ? Os cét icos negaram sua exist ên
cia por m uitos anos , pois não era po ssív el encontrar ne nh um ves
tígio de sua existência. Josefo mencionou Pilatos em sua obra
Antig uidades Judaicas, mas suspeitava-se que esta foi adição pos
terior, feita por alguém que adulterou o texto. Mas, certo dia, a
comprovação p osit iva fo i descober ta em u m a escavação arqueo
lógica: um a ped ra, d e cer ca de dez centíme tros de espessu ra, f oi
extraída nas ruínas reviradas de um anfiteatro romano antigo,
em Cesaré ia.
Descobriu-se que César, por ter sido ofendido por Pilatos,
decretou q ue tod a evidência de sua existê ncia fosse apag ada. N o
entanto, est a ped ra e m parti cular , exatamente em virtude de seu
tamanho , fo i pres ervad a e uti lizada como um assento e m um te
atr o. Pilat os havia sido rej eitad o, porta nto, n ão p ode ria ser vi sto
— até es sa desc oberta nas ruínas. Essa ped ra está ho je em Cesaréia
(Israel moderno) como mais um testemunho, dentre muitos
outro s, da confiabilidade d o registro b íblico.
Hoj e, a evidência acu m ulad a qu e auten tica a Bíblia em todos
os aspectos é irrefutável. Qualquer crítico que continue a
papagaiar as acusações ilusórias que antigamente foram levan
tadas contra a Bíblia assim faz apesar dos fatos e não por causa
desses fatos. Até mesmo o bispo Robinson, famoso por ser um
"teól ogo da m orte de Deus" e, alguns anos at rás, um dos pri nci
pais proponentes de uma datação de séculos mais tardios para
os escritos bíblicos, reconhece agora a historicidade dos docu
mentos do Novo Testamento e que os mesmos foram escritos,
po r teste m unh as oculare s, no iní cio do século I .

Devemos Ser Especialistas em todas as Religiões?


Questão: Se há tantos livros sagrados de várias religiões, os
quais afirmam ser verdadeiros, como alguém pod e ter cert eza de
A B:p: ia E Co nfiav ül? 69
que a Bíblia é a verdadeira palavra de Deus sem primeiro exa
m inar todos os o utr os? Em bora um outro escr ito sagrado possa
ser, em sua m aior parte, fal so, não p od eria m esm o assim conter
verdades suficientes, o que significa que talvez valha a pena
em pen har nosso tem po e esf orç o para exam inar todos os e scr i
tos religiosos?
R e s p o s ta : Essa filosofia leva à conclusão do liberalismo, a
saber, não há verdade definitiva nem resposta conclusiva para
qualqu er ques tão exi stent e. Por exemplo, como alguém pode ria
ter certeza que dois mais dois só pode ser quatro, sem primeiro
examinar se também não poderia ser três, ou cinco, ou seis, ou
sete, ou qu alque r outro núm ero? Com o os núme ros são i nfi nitos,
ningu ém jamais vi ria a terminar essa bus ca. O m esm o aconte ce
com
todasa rel igião:
as afir ningué
mações d emtodas
pod eria
as relviver o bastante
igi ões paraem. Taexaminar
que exist mpouco
tal esforço é necessário.
Graça s a Deu s, não chegamos à verda de p or um process o de
elimin ação. O fato de que dois mais dois é i gual a qu atro e apenas
quatro pode ser comprovado sem que examinemos todos os
ou tros núm eros. E o mesm o acontece com a B íblia: sua va lidade
pode ser determinad a a partir de um exame del a mesma.

A Ex clusividade das Afirmações Bíblicas


Se a Bíblia é verdade ira ou n ão d ep en de dos fatos rel acionados
nesse livro em particular. Não é por meio do exame de todos os
outros livros sagrados que se conclui que nenhum dos outros
liv ros é verda de iro e, por esta r azão, aceitar a B íblia porq ue é o
único livro religioso que sobrou. Todo livro sagrado, inclusive a
Bíblia, poderia e seria falso se Deus não existisse e/ou se Deus
não tiv esse escolhido r evelar a s i me sm o e seu desej o à hu m an i
dade por meio da escrita. Se Ele fez isso ou não é uma questão
que não pod e ser respon dida po r meio de um process o de el imi
nação, mas deve ser determ inada factual mente.
Além disso, se a Bíblia é a pala vra de D eus, confo rme a firma
(ter mos como " Assim diz o Senhor", "E eis que veio a pa lavr a do
70 E m D efesa l ia F k C r ií t .

Senhor veio a...", etc são encontradas cerca de 3,8 mil vezes na
Bíblia), então todos os outros livros sagrados devem ser falsos,
como todos os outros deuses são. O Deus da Bíblia diz que Ele é
o úni co e verda deiro D eus. "Eu sou o prim eiro e eu sou o úl timo,

eNão!
foraNão
de mim não há
há outra Deus.que
Rocha [...]euHáconheça.
outro Deus
[...] além
E nãodehámim?
outro
Deus senão eu [...] por qu e eu sou Deus, e não h á ou tro" (Is 44.6,8;
45.21,22 ). Se só E le é Deus, e ntã o só a Bíb lia po r me io d a q ua l Ele
nos fal a po de de ser també m sua Pala vra .
Assim que a lguém conh ece o Deus verdade iro não há necessi 
da de de checar t odo s os outros deu ses possíveis para veri fica r se,
po r um acaso , um dele s pode ter algum a legi timidade. Essa possi
bilidad e é elimin ada ao se con statar que o Deu s da Bíblia é o único
Deus verdadeiro. E assi m que alguém verif ica r — por m eio de pro 
vas internas e externas, por evidê ncias arqueológicas , histórica s e,
acima de tudo, ao ter um encontro com o Cristo e Deus da Bíblia
— a afirma ção d e q ue a Bíblia é a única Palavra de Deus, então não
há necessidade de examinar qualquer outro livro sagrado para
saber s e um del es pode também cont er alguma ver dade.
A única razã o par a tornar-se familiar co m o utras rel igi ões e
outros escrit os r eli giosos ser ia para m ostra r àqueles que se guem
esses sistem as falsos qua l é o erro e, a pa rtir d isso, resgat á-los.

O que a Arq ueolo gia D iz sobre a B íbl ia


Questão: Fi que i sabendo que há um a grande q uantidade de
evidências arqueológicas que p rov am que a Bíblia nã o é co nfiável.
Não me lembro dos detalhes e, t alv ez, nenh um dele s tenha sido
dado, mas a impressão que vários professores da universidade
me p ass am é que a evidência a rqueológica contra a B íblia é m ui
to contundente.

R e s p o s t a : Há m uitas afir mações d e que a Bí blia não é ver da 


deira, mas nenhuma delas se sustentou após um escrutínio cui
dad oso . A Bíblia afirm a ser a Palavra d e Deus, e que El e insp irou
os profetas e apóstolos em seus escritos para o benefício de toda
a humanidade. Como tal é preciso que ela seja infalível e sem
A B íbua É C onhável ? 7/
qualqu er er ro. Portanto, não seri a ne cessári a "u m a gran de q ua n
tidade" de evidências arqueológicas ou de qualquer outro tipo
pa ra refu tar a B íblia. Apen as u m a evidên cia bast aria.
Paulo escrev eu: "Toda Escrit ura divina me nte ins pira da " (2 Tm
3.16), e Pedro declarou
[ou escreveram] insp iradoque: "Os Espíri
s pelo hom en tosSanto
santos d e Deu
[Espír s falaram
ito de Deus]"
(2 Pe 1.21; grifo do autor). Apenas um erro na substância da Bíblia
(não um erro do copista ou do im pressor) prova ria qu e ela não é o
que afirma se r, a Palavra Santa de D eus. Vo cê não me de u ex em
plos espe cíficos, porta nto, posso apen as re spo nde r de form a ger al.
A Bíblia á, sem som bra d e dúv ida, o livr o mais no tável como
também o mais controverso do mundo. Sua afirmação de que é
inspirada p or Deus levou aquele s que não ac reditam em Deus e o s
que segu em
ela, como religi outro
nenhum ões rivais
livro adaatacar suafoi
história, credibilidade.
atacada porNcéticos
a verda de,
dete rm inad os e críticos profi ssionais por sécu los. Em todas as oca
siões, entretanto, quando os fatos foram estabelecidos por meio
das descobertas arqueológi cas, provou-se que a Bíblia estava cor
reta, e seus críticos, equivocados. Isso aconteceu 100°o das vezes
— como d eve ria ser , já que a Bíb lia é realm ente a Palavr a d e Deus.
Apenas para dar um exemplo, o primeiro capítulo da Bíblia
tem muito a dizer sobre os heteus. De acordo com o registro bíblico,

est e era
perm aneum
ceupovo nu mea roso
na região e poderoso
té, pelo men os,na
naépoca
épocade
d Abraão e . Sabe
o rei Davi que
mos que um dos capit ães do exér cito de Davi er a um heteu, cha
m ad o Urias . Davi planejou que U rias f osse morto, a fim de cobrir
seu pecado de adultério com a esposa dele que ficou grávida. No
entant o, décadas de escava çõe s não conseg uiram descobri r nen hu 
ma evidência a rqueológica dos heteus. P or conseguinte, os cé ticos
afirmaram que a Bíblia era um livro de mitos, pois apresentava
detalhes fictícios em relação a um povo que jamais existira.
Mais tarde, as descobertas começaram a aparecer. Hoje, te
mos evidênci as arqueol ógicas em abun dância d e que aquil o que
a Bíblia relata em relação aos heteus é absolutamente verdade.
Um museu inteiro em Ancara, Turquia, é dedicado às relíquias
dos heteus.
7^ Em D efesa da Fe C r a '

Algumas confirmações mais recentes foram possíveis por


meio do achado do "agora famoso fragmento de inscrição
aram aica [um a ped ra], q ue se refere à casa de Davi, em 1993, em
Tel Dan . Algun s estudio sos [...] nega ram que Davi foss e um a pe r
sona gem histórica ou que o reino unido pre ced eu Judá e Israel".5
Mais uma vez, a Bíblia foi justificada. Em 1994, mais dois frag
me ntos da m esm a insc rição em p ed ra foram descobert os, e est es
no vam ente m enc ionav am a casa de Davi.4 M uitos outros exem
plos similares podem ser dados.
Hoje , nin gu ém du vid a d a exist ência do rei Davi e da histó
ria de seu reino conform e reg istrado na Bíblia. Em setemb ro de
1995, toda a naç ão de Israel começou a celebração, cu ja duraçã o
foi de quinze meses, do aniversário de três mil anos da funda
ção de Jerusalém p or Dav i.
A Bíblia, como resultado de sua comprovação contínua por
acha dos arqueológi cos, é utilizada po r meios arqueólogos da atuali
dade como um guia para localizar cidades da antiguidade. Na
verd ade , as esc olas públicas de Israel ensina m os alunos a histó
ria de su a terra e seus ancestrais a partir do A ntigo Testa mento,
pois sabem que é infalivelmente acurado.
A verd ade é que em vez da evidênci a arqueol ógica apontar
contra a Bíblia, é toda a favor dela. Qualquer pessoa que diga o
contrário ignora as evidências atuais ou é totalmente tendencioso
e não está disposto a se defrontar com el as.
E quanto aos Manuscritos?
Questão: Segundo minha compreensão, a Bíblia que temos
srcina-se de alguns manuscritos antigos que são cópias das có
pias das cópias do srcinal que já se pe rd eu h á m uito tempo. Es
ses o rigi nais, especialmen te os do Antigo Testamento, pode riam
ser milhares de anos mais antigos do que os manuscritos mais

antigos
hoje estáque co nhecemos
próxim o d o q ue. Com o podem
foi escri to nosos saber que
srcinai s^ o que t emos
Bernar d R amm nos lembr a: "Os judeus o preser
R e sp o sta :
varam [o tex to do Ant igo Tes tame nto ] como ne nh um outr o m a
nuscrito já foi pres erva do [...] eles tinham um a c orra ^em do nú m e
A Bib i.i A H C ontiávf .l ? 73
ro de let ras em cada d ocum ento. Ele s tinham um a cla sse especi al
de hom ens em sua cu ltura, c uja única taref a era prese rvar e trans
miti r ess es docu m entos com p raticamen te perfeit a fidelidade —
escr ibas , m estres d a lei e massoretas. Q ue m já contou as letras e
sílabas e pa lav ras de P latão ou Aristót eles, Cíce ro ou Sêneca [co mo
os judeus o fi zeram para o Antigo Testament o]?"5Nã o é de ad 
mirar, portanto, que os manuscritos de Isaías encontrados com
os do ma r Morto não aprese ntavam n en hum a variaç ão sig nif ica 
tiva em mil anos de cópias. Em contraste, conforme já observado,
há muitas questões que dizem respeito ao texto de Shakespeare,
que tem a penas q uatrocentos anos de i dade.
F. F. Br uce, estu dio so bíbli co, escr eve: "N ão h á n en hu m cor
po de literatura antiga do m un do que desfrute de tão ri ca e boa
com provaexplica:
Greenlee ção textual como de
"O número o Nmanuscritos
ovo T estam ento".6
do Novo J. Haro ld
Testa
mento disponíveis são impressionantemente maiores do que
qualquer outra obra da literatura antiga... [e] os mais antigos
manuscritos existentes do Novo Testamento foram escritos
mui to pr óx imos d a d at a da es crita o r i g i n a l P a r a o benefício
da comparação, eis aqui algumas obras seculares bem aceitas
da an tiguidade, qu e mo stram o au to r, a data em que foram es
critas, e o número de manuscritos ainda existentes e o número
de
dataanos em quesrcinal:
do escrito o manuscrito mais antigo foi copiado após a

Sófocles 496-406a.C. 100 1400


H e ró d o to 480-425 a.C. 8 1300
Eurípedes 480-406 a.C 9 1500
Tucides 460-400 a.C. 8 1300
P latão 427-327a.C. 7 1200
A ristó teles 384-322 a.C. 5 1400
De mó sten e s 383-322 a.C. 200 1300
C ésar 100- 44a.C. 10 1000
L ucrécio 60a.C. 2 1600
Tácito 100a.C. 20 1000
7b E m Df.fesa da Ff C r

Em con traste, há cerca de 2 4.600 cópias do s m an usc ritos do


No vo Test amento , alguns dos quais chegam a datar até um sé
culo depois do s srcinai s e mu itos ou tros até ce rca de trezentos
a quatrocentos anos após os srcinais. Portanto, por que se es
cuta continuamente
bíblicos a falsa afirmação
nã o são confiávei de qque
s? O fat o de os manuscritos
ue essa m en tira persiste
nos círculos acadêmicos demonstra um tremendo preconceito
con tra a Bíbli a por causa do que ela diz. A Palavra de Deus condena
a consciência. Como é interessante notar que questões sobre a
exatidão dos manuscritos jamais são levantadas em relação a
outros manuscritos da antiguidade — a não ser que ofereçam
provas da validade da Bíblia. Antiguidades Judaicas, de Josefo,
oferece considerável comprovação do Novo Testamento e da
vida e morte de Jesus; portanto, essa obra também recebe ata
ques violentos.
A Bíblia é o livro mais citado do mundo, milhares de vezes
mais do que qualquer outra obra secular. Isso não apenas é ver
dade hoje, mas sempre foi assim. Conseqüentemente, o indiví
duo pod e re prod uzir todo o Novo Testament o e m uito do Ant igo
Testamento por meio de citações em cartas e epístolas pessoais,
escritas um século depois de Cristo comissionar seus discípulos
pa ra a pregação do evangelho.

Confiabilidade Imcomparável
Q uanto à validade dos m anuscritos do Anti go Testame nto e
sua confiabil idade, considere a seg uinte afirmação de Robert D.
Wilson, de Princepton, em seu livro Scientific Investigation ofthe
Old Testament ("Investigação Científica do Antigo Testamento").
Ele era f luente em m ais de q uare nta língua s semíti cas e tam bém
um dos maiores especialistas e estudiosos de linguagem de to
dos os tempos. O professor Wilson escreve:

Por quar enta e ci nco anos contínu os... devotei-me a um gran de


estudo do Antigo Testamento, e todas suas línguas, e todas as
evidências arque ológicas, e todas su as traduções.. .
A B í b í. í a E C onf i ável ?

Os críticos da Bíblia que o organizaram para encontrar fa


lhas... afirmam que pos suem todo o conhecimento e virtude d a
verdade , e todo o am or pela verdade. U ma de suas fra ses f avori 
tas é: "To dos o s estudiosos concordam". Q ua nd o um ho me m [diz
isso]... quer saber q uem são os estudiosos e por que eles concor
dam. De onde eles obtêm essa evidência...? Desafio qualquer
homem fazer um ataque ao Antigo Testamento fundamentado
na evidência que não pode ser investigada...
Após aprender as línguas necessárias, iniciei a investiga
ção de toda consoante do hebraico do Antigo Testamento. Há
cerca de 1 milh ão 250 mil delas; e foram nece ssários m uito s ano s
para completar essa tarefa. Eu tinha de observar as variações
do tex to... dos ma nuscr itos ou em notas d os massoretas. .. ou de
várias versões, ou em passagens paralelas, ou nas emendas
conjecturais do s crít icos ; e dep ois tive de classifi car os resu lta
dos...
ciêncipara reduzir
a absolu tameo nte
criticismo do algo
obj etiva; Antigo Testamento
fund am en tad ao uma
na evidência,
e não na opinião...
O resultado desses quarenta e cinco anos de estudos que
dediq uei a este te xto foram os s eguintes : po sso afirmar q ue não
há uma página do Antigo Testamento sobre a qual precisamos
ter qualquer dúvida...
[Por exemplo, para ilustrar sua exatidão]: há vinte e nove
reis da antiguidade, cujos nomes são mencionados não apenas

na Bí blia,
e nov enta mas tambconsoa
e cinco ém em m nesses
ntes on um ento
vinte sede nov
sua época ... próprios.
e nom es Há cento
No entanto, descobri mos que nos d ocum entos hebraicos do An
tigo Testamento há apenas duas ou três de todas essas cento e
nove nta e c inc o sobr e as quais pod e have r algum a dú vid a se fo
ram escri tas da mesm a forma conforme escri tas em seus m on u
mentos [que os arqueólogos até agora descobriram]. Algumas
destas rem onta m a 4 mil anos e es tão tã o bem gra vad as qu e cada
letra está clara e correta...

Com pare essa exatidão co m... a do maior estud ioso de toda s


as épocas, o bibli otecário de A lexand ria, d e 200 a. C. El e com pi
lou um catálogo com os reis do Egito, em que constam trinta e
oito deles. De todos esses reis apenas três ou quatro são
identificáveis. Ele também fez uma lista dos reis da Assíria; em
76 Em D efesa da F e C k :>

apen as u m caso pod em os d izer a quem se refer e; e este único não


está grafado corretamente. Ou compare Ptolomeu, que fez um
regist ro de dezoito rei s da Babi lônia. Ne nh um destes nom es est á
corretamente grafado; você pode não saber a quem ele se refere
se não os conhecer por meio de o utras fon tes .
Se alguém falar da Bíblia, pergunte-lhe sobre os reis mencio
nados nela. Ela se refere a vinte e nove reis e a dez diferentes
países aos quais pertencem estes reis; todos estão incluídos na
Bíblia e em mo num ento s. Na Bíblia, o nom e de ca da u m deles está
correto, bem como o de seus pa íses e a ordem cronológi ca ta m 
bé m está correta. P ense n o q ue isso s ignifica...!
Embora o estudo dos sistemas religiosos dos povos da anti
guid ade dem onstre que havia entre e les um a tentativa de chegar a
Deus, em nenhum lugar percebe-se que eles alcançaram um a com
preensão clara do único e verdadeiro Deus, o Criador, o A
Preservador, o Juiz, o Salvador e o Santificador de seu povo.
rel igiã o deles era do tipo que exigia um a de mon straçã o exteri or; a
reli gião do Antigo Testamento é essencial mente vo ltada à m ente e
ao coração; a religião do amor, alegria, fé, esperança e salvação
po r meio da graça de Deus. Como p ode m os jus tificar tud o is so?
Os profet as de Israel declararam que seus ensinamen tos eram
provenientes de Deus. A escola da crítica moderna antagoniza
essa af irmação. El es dizem que os profetas de ram voz às idéi as
de sua pró pria época e que eles eram limitados por seu am bien
te. Mas, se esse é o caso, como essas mensagens de esperança e
salvação não vieram dos oráculos de Tebas e Mènfis, nem de
Delfos e Roma, nem da Babilônia, nem dos desertos da Média,
mas são provenientes dos apriscos e casas humildes de Israel,
sim , dos cativos ao longo dos rios em um a terra estrangei ra?

Onde essa Profecia se Encaixa e por quê?


Questão: Ou vi dize r que as profeci as da Bí blia são estru tura da s
de ta l for ma que seu alegado "cum prime nto" poderia se ajus tar
a quase qualquer acontecimento. Isso é verdade? E se não for,
qual é o propósito da profecia? Parece-me que o fato da Bíblia
envolver-se com profecia a coloca no domínio da especulação e
dim inui sua c redibilidade e confi abili dade, assim como deprecia
seus excel ente s ens inam entos m orai s.
A ÉConfiavh? 77
R e sp o sta : A Bíblia é aprox
im ada m en te 30 % de profecia e ap e
nas por essa razão é absolutamente única. Não há profecias no
Alcor ão, no Ve das ou no B aghav ad Gita do hind uísm o, nos dize-
res de Buda e Confúcio, no Livro de Mórmons, em qualquer ou
tro livro, exceto na Bíblia. Tampouco há qualquer profecia em
rel ação à chegada de Buda, Krishna, Maom é, Zoroastro, Confúci o,
ou o fund ad or ou líder de qualquer ou tra re ligiã o do mun do. O
Messias judaico é abso lutam ente único a esse r espeit o. Sua vind a
foi prevista em d ezen as de profecias es pecí ficas que foram c um 
pridas nos mínimos detalhes na vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
Há um número de razões para a profecia bíblica: provar a
exis tênci a de Deus ao dizerm os o que acontecerá antes que acon 
teça; identificar
que dize o Messias
m respeito ao especificar
a sua vinda, incluindoos
aténumerosos
mesm detalhes
o a ép oca e o
local; avisar os fiéis sobre as condições e perigos existentes nos
últimos dias. (Lidamos com esses elementos das profecias em
outros li vro s.) Q uan to às prof ecias da Bíb lia serem "e stru turad as
de t al forma que seu alegado 'cum prim en to' pod eria se ajust ar a
quase qu alquer acontecimento", i sso si mplesm ente não é verdade,
conforme qualquer exame das profecias bíblicas comprova.

Um Regist ro Profétic o Imp ecável


As pro fec ias cum pridas c om provam conclusivamente tant o
a existência de Deus quanto a Bíblia, que é sua Palavra; por esta
razão elas têm sido criticamente examinadas em muitas tentati
vas vigorosas para refutá-las. Por exemplo, no livro de Daniel,
muitos detalhes factuais em relação aos impérios medo-persa,
greg o e romano foram dados, m as os c éticos tentaram ardua m ente
comprovar que essas profecias foram, na verdade, escritas de

pois queque
adm itir os aeventos
Bí blia,ocorreram. Caso
de fat o, pre viu contrário,
o futuro. Aelesdata
teriam deD aniel
ção de
foi, portanto, atacada de todo ângulo possível e imaginário nos
últimos dois sécu los. N o entanto, to do a taqu e falhou, e o liv ro de
Daniel perma nece incontestável até ho je.
Em D k i -f .s a d a Fe C r

Obviamente, fo i um a tot al perd a de temp o tentar provar que


Daniel fora escrito depois da ascensão e queda desses quatro
impérios m und iais que el e prev ira. Até mesm o a ma iori a dos crí 
ticos c éticos t ive ram de a dm itir que esse li vro fazi a parte do c ânon
do Antigo Testamento, pelo menos, antes da vinda de Cristo e
que os eventos subseqüe ntes ao nascimento de Crist o foram apre 
senta dos de form a acura da. O livr o de Daniel , po r exemplo, (co mo
verem os posterio rme nte), p rev iu o d ia exato ( 6 de abril de 3 2 d.C.)
em que Je su s m ontari a um jumen tinho para entrar em Jeru sal ém
(conforme f oi pro fetizad o em Zacarias 9.9) e seria aclam ado como
Messias — o dia que hoje é celebrado como Dom ingo d e Ramos .
Daniel previu a divisão do Império Rom ano em d uas partes (ori 
ental e ocidental) séculos antes que ela ocorresse. Essa divisão
política e militar entre o Império Romano Oriental e Ocidental
ocorreu em 3 30 d.C ., quan do C onstantino m ud ou sua capital para
Con stantinopla. A divi são religi osa ocorreu em 1054 d. C., qua n
do o papa Leão IX excomungou Miguel Cerulário, patriarca de
Constantinopla.
A bord arem os profeci as espe cíf icas posteriorm ente. Antes de
continuar, entretanto, c onsiderem os um a breve cit ação , do fasc i
na nte livr o A Law yer Ex amines the Bible ("Um Advogado Exami na
a Bíblia"), que diz respeito à profecia:
As profecias sobre os judeus, assim como as da vinda do
Messi as, ... [s ão] es pecíficas (em com par açã o com os orácu los de
Delfos e outros oráculos pagãos que... resguardam-se contra os
erros)... e tão numerosos que tornam o cumprimento acidental
quase que infinitamente improvável,... como também são de tal
natureza que os eventos previstos parecem de antemão
destrutivos e sem paralelos na história humana...
[Considere] o fato de que a Páscoa dos judeus é celebrada
continuamente há três mil e quinhentos anos (embora os fogos
sagra dos da Pérsia e o s que são of erecidos às virgens vestais de
Roma, os quais deveriam permanecer acesos para sempre, esti
vera m ap ag ado s por sécul os) ... à luz das nar rativas nós a encon
tramos n esse mesm o velho li vro: "E este di a vos será por m em ó
ria, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo" (Êx 12.14).'
A B í bl ia É C on fiavf.l? 79
Uma Mentira Esmerada
Questão: Meu professo r de psico log ia na u niversidade afi rma
que q ualq uer pe ssoa po de extrai r a idéi a que quiser da Bíblia. Isso
pode ser entendido como qualquer coisa que a pessoa leia e queira
acreditar. Conform e ele d iz, essa é a razão pela q ual há tantas dife
renças entre aqueles que afirmam seguir a Bíblia: entre católicos e
protestan tes e entre as centenas de denom inaçõe s protestantes. Como
algu ém p od e confiar na Bí blia em rela ção a qualq ue r assunto?
U m m om ento de re flexã o dem onstraria o absurd o
R e sp o sta :
da p rem issa bási ca desse argu me nto. A linguag em tem signi fica do.
Um a afir mação pod e ser estrutura da de forma que seu sig nific ado
seja incerto ou ambíguo e, portanto, parece apoiar duas idéias
contraditórias. Nesses casos, a incerteza ou ambigüidade será
pron tam ente reconhecida por qualque r pessoa que lei a ou esc ute
essa afirmação. Ninguém seria enganado por aquilo que não
tivesse um signi ficado cla ro nem p restaria atenção nel e.
Essa surpreendente afirmação do professor, entretanto, vai
muito além de afirmar que a Bíblia é contraditória ou ambígua.
Ele está afirm and o q ue é possível extrai r dela qualquer idéia que,
aparentemente, pode ser justificada logicamente. Se isso fosse
realme nte v erdad e, som ente po r essa razão a Bí blia s eri a o liv ro
mais notável do m und o, pois é a úni ca obra escri ta que não p ode
signi fica r qu alqu er coisa que o indiv íduo esc olh a.
Quanto às numerosas diferenças de interpretação e opinião
dou trinais entre p rotestan tes e cató licos roma nos — e me smo as
várias denom inações pro testa nte s, como também dentro da ig reja
católi ca —, isso é previsível. É i nevitáv el q ue as inte rpreta çõe s e
opiniões hu m an as difir am, pois som os meros sere s fi nitos. Trag i
camente, a teimosia e o orgulho também entram nessa equação.
Essas são diferenças normais, dadas as fragilidades humanas, e
certam ente não exigem essa expli cação refer ente à idéia ridícula
de que a Bí blia é capaz a pena s de qu alqu er interpretaçã o de acordo
com o qu e o ind ivídu o deseja a li encontr ar.
Desafio seu professor, ou você, ou qualquer outra pessoa a
construir uma sentença que possa logicamente ser considerada
80 Em D efesa da Fe C r at

da m aneira que a pess oa quiser i nterpr etá-l a. N enh um a palavra


tem u m a va riedad e infini ta de signi ficado s, e mu ito menos uma
sentença ou parágrafo com muitas palavras reunidas com uma
seqüência si gni fic ati va pode ser construída a fi m de fund am entar
numerosas idéias contraditórias. Eu também já escutei muitas
vezes essa acusação contra a Bíblia. Ela demonstra o quanto as
pessoas q uerem ser capazes de descartar as Escri tur as, abraçando
idéias tolas neste processo.

Inspira ção D ivi na É Essenci al?


Questão: Não há dú vid a d e que a Bí blia contém alguns dos
mais subli mes ensinam entos morais que pode m ser encontrados
na lit eratura do mu ndo . Q uer ess as palavras sejam em prestadas
de outras relig iões , quer sejam prov enien tes da p ena de Salomão
ou do s lábi os de Crist o, qu er ten ha m sido escr itas sé culos depois
e equivocad am ente a tribuídas a el es, parece- me ser al go que não
tem mu ita importânci a. E o ensinamento que dev e ser consi derado .
Tam pouco o fat o de q ue a Bí blia obviam ente tem mu itos erros e
contradições diminui seus ensinamentos morais. Não vejo por
que a Bíblia precisa ser defendida como infalível.
R esp o sta : Há muitos problemas com sua tese. A Bíblia não
apenas apresenta
faz muitas algunsque
afirmações ensinamentos
não podemmorais sublimes,
ser ignoradas mastêm
e que ela
um a relaç ão com seus ensinamentos. El a afirma repetidam ente que
é a Palavra de Deus inerrante e que seus ensinam entos são inspi
rados por Deus, não inventados por homens n em em prest ados de
ne nh um a o utra rel igião. Se ela mente sobre seu fundam ento, então
po r que e u deveria aceitar qua lque r outra coisa que ela me of erece?
Além disso, tal mistura de mentiras e preceitos morais sublimes
apres entaria um a contradição difícil de exp licar.

A Bíblia também afirma que conta a verdadeira história dos


judeus e de outr as nações da antiguidade; o verdadeir o registro
da vida, m orte e ressurreição de Cris to; o verd ade iro regist ro da
Igr eja Primitiva, a perse guição que esta sofreu dos rabinos e au 
toridades romanas; a conversão de Paulo e suas viagens missio
A B: sl :a E C ov el- w f : 1 8/
nárias, e os ensinamentos, que ele afirmou ter recebido não de
outros apóstolos, mas d iretam ente d o Cristo ressur recto. S e essas
e muitas outras afirmações não são verdade, então a Bíblia está
pratica m ente chei a d e me ntiras. V ocê não adm itiria que se a B í
blia está che ia de m entiras, esse f ato r eflet iri a neg ativam ente em
seus ensinamentos morais ?
Além disso, esses outros elementos apresentados na Bíblia,
em comp lemento aos seus ensinam entos morais, est ão entre laçados
de tal forma com o t odo que constit uem um a pa rte integrante da
fé cristã. E necessário que a Bíblia seja totalmente aceita ou total
mente rejeitada. Se ela não for verdadeira em uma área, então o
cristianis mo pass a a ser indefensá vel e insustentável. C ada pa rte
da Bíblia está tão intimamente ligada a todas as outras que se
uma delas não se sustenta o todo também não se sustenta. A Bí
blia não contém erros e contradições, conforme você sugere; se
esse fosse o caso, ela não seria digna de nossa confiança.
O promotor Irwin H. Linton examinou cuidadosamente a
Bíblia, exa tame nte como fari a com u m caso l egal. Ele fun da m en 
tou sua fé na Bíblia a partir das evidências. Linton explicou a
im portânc ia vital da Bíblia ser ou não em su a tota lidade rea lmen te
a Palavra d e Deus :
A exatidão do registro de um caso legal é algo que precisa
ser estabelecido sem qualquer dúvida antes que o Tribunal de
Apelação aceit e a causa ou um a op inião se ja form ada a respei to
do julgam ento em q uestão; e a infalibi lidade do registro s obre o
qual repo usa m os princípios eternos de nossa fé — a deida de de
Cri sto , sua morte volu ntária e vicári a, a ressurreição corporal e o
iminente retorno em poder e glória — são todos interpretados
como incertos em uma mente para a qual a exatidão do registro
bíblico foi posto em dúvida.
Se não der mo s fé e crédito total à Pala vra Escrita qu e vimos,
a exper iênc ia comprova que corremos gra nde peri go, mais cedo

ou mais
Viva [Crtarde,
isto],que nosso amor
a quem e
não vimos, hon ra quuam
d imin e dedicam os à convic
; pois nossa Palavr a
ção de que.. . Deus torn ou-se ca rne e habito u entre nós ... está fun 
da m en tad a nos fatos sobr e os quais es sa conclusão repousa; e s e
o regist ro dos fat os f or i m pu gn ad o, qu em p od e ater-s e à conclu
são fund am entad a nel es?
Em Defe sa d a Fe C ni' 7.

O efeito mortal sobre minha fé e as dificuldades insuperá


vei s com as quais me encontro envolvido qua nd o fi z um a tenta
tiv a de julgam ento da vis ão. .. de qu e a Bí blia po ssa estar e rrad a e
é apenas hu m an a em todos seus aspecto s, e xce to o s ensi name ntos
religiosos, tornou para sempre esse assunto claro para mim.9

Quem Poderia Acreditar nos Milagres da Bíblia?


Questão: Parece-m e qu e o caso ma is forte contra a Bí blia re
fere- se aos milagre s qu e ela descreve. Eles são tão fantásticos q ue
torn am não confiável qua lque r outra coisa que a B íblia diz . Co n
forme Reinhold Seeberg d iz: "O m ilagre já foi todo o fun dam ento
de toda a apol ogét ica, depois tornou-se um a m uleta apolog éti ca
e hoje é [...] um a cru z que a apolo gética precisa ca rregar" . O bvia 
mente, a Bíblia foi escrita por homens bastante ingênuos e su
persticiosos, para quem a fantasia era normal e que, portanto,
não ficavam enve rgonh ados ao contar s obr e ess es alegados mila
gres. Como você possivelmente pode confiar em um livro que
apresenta fábulas obviamente fictícias, especialmente quando a
ciê nci a m ode rna já provou que os mil agres não acont ecem?
R e s p o s t a : Ao contr ário, não apen as a ci ênc ia nun ca "pro vou
que os milagres não acontece m", m as tal pro va seri a categorica
mente impossível, uma vez que a ciência lida apenas com os fe
nômenos naturais. Obviamente, os milagres não acontecem na
natureza nem naturalmente. Um milagre, por sua própria defini
ção, é sobrenatural. Ele desafia to da s as lei s da física ou não seria
um mil agr e. Um milagre está al ém d a hab ilidade d e expl icaçã o da
ciência e, portanto, também deve estar além da habilidade da
ciênci a pa ra refut á-lo.
Por consegui nte, não há nen hu m a base válida, l ógica ou cie n
tífica, pa ra d izer que os milagres não ocorrem exa tame nte da for
ma como a Bíblia os descreve. A insistência em uma posição se
me lhante trai um precon ceit o que em si mesm o imp ede um a pes
soa de encarar as evidências abundantes em favor dos milagres.
Q uan do pe rgu ntara m a Albert Ei nste in que ef eito sua teor ia da
relatividade teri a na reli giã o, el e respo nd eu de form a diret a: "Ne-
A. B:fi ia É Co nha vel? 83
nhum. A relatividade é meramente uma teoria científica e não
tem n ad a a ver com religiã o".10
Milagres são impossíveis ape nas se o universo for um sistema
fechado e não exist ir na da além dele. Nesse caso , obviam ente, o
que quer que seja que aconteça deve ser uma ocorrência natural
que funciona de acordo com as leis que governam o universo.
Thomas H. Huxley, famoso evolucionista e ateu, "comprovou"
que os mil agres não pod eriam aconte cer ao defi nir a "naturez a"
como "aquilo que é — a soma dos fenômenos apresentados a
nossa experiência; a totalidade dos eventos passados, presentes
e futuros" .11Entretanto, ap esar da afirmação de h on rar a evidên cia
e a lógi ca, Hu xley não forne ce nenh um a evidên cia ou razão para
apoiar s ua asse rção . Ele apen as d escarta os milagres ao estabelecer
regras que os tornam impossíveis, algo que seria similar a com
pro va rM
existe. o ateísmo pela declaração
ilag res seriam de q no ue
im possíveis panD eus, po r pdefin
teísmo, ois éição,
um não
sis
tema de cre nça em que a naturez a é tudo.
Entretanto, se Deus, o infinito e transcendente Criador do
universo, exis te de forma d istinta e se pa rad a de sua criaç ão, então
os mil agres são poss ívei s. N a verda de, são inevitáveis, se f or par a
Deus intervir no declínio dos assuntos humanos e da natureza.
Semp re que Deus nos alcança de fo ra para e fetuar qu alqu er coi sa
que não est á de acordo com o cur so norm al dos eventos (como a
salvação e a ressurreição), isso é um milagre. Portanto, se você
acred ita em Deus, acredita em milag res.

Apena s o Cristianismo Exig e Milagres


O cristi anismo nã o fi ca em bara çad o com o regis tro dos mila
gres na Bíblia. Ao contrário, o cristianismo é fundamentado no
maior milagre de todos: a ressurreição de Cristo. Jesus afirmou
que ressuscitari a dos m ortos, de forma d istinta de Maomé, Buda,
Confúci o ou qua lquer ou tro lí der re ligioso, de form a que ne nh um
deles ousaria
mentiros o, e ofazer
cr isttal
ianiafirmação.
smo, u m Se Ele não
a fraude. A ressuscitou
tent e pa ra oé testem
um u
nho de Paulo:
Também vos no tif ico, i rmãos, o evang elho que j á vos tenho
an unc iado , [...] que Cristo mo rre u po r nossos peca dos, [...] e que
Em D efesa d .\ Fr. Cs

foi sepu ltad o, e q ue r essu scitou ao terceiro dia, [. ..] e que foi vi sto
po r Cefas e dep ois pelo s doze. [...]
E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e
também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados
como fals as testem unh as d e Deus, pois te stif icamos de Deus, que
ressuscitou a Cristo (1 Co 15.1,3-5, 14,15).

O cri sti anismo não se desculpa pelos milagres nem recua ou


dá de o mb ros como se realmen te esse fat o não foss e im portan te,
a sabe r, se milagres acontecem ou não. O cristianismo exige mila
gres. Ess e não é o caso de reli giões como o bu dism o, o hindu ísm o,
o islamismo, ou qualquer outra religião do mundo, as quais se
sentem confortáveis sem os milagres. Seus líderes abandonaram
uma filosofia de vida e certas regras para seguir uma religião
sem nenhuma comprovação de que Buda, Krishna, Maomé e
outros estão vivos ou m ortos ou se realm ente exis tir am.
A fé cristã se sustenta ou cai diante da vida imaculada, da
m orte sacr ifici al e da ressurreição m iraculosa de Jesus Crist o —
e todos os outros milagres são ocorrências menores em compa
ração a esse. Se a ressurreição realmente aconteceu, então, para
Deus, fazer o cego enxergar, ou curar qualquer outra doença,
ou fazer com que o coxo ande, ou abrir o mar Yerm elht/é obvia
m ente possí vel.

O Testemunho que Passa nos Testes mais Severos


Quanto à afirmação tendenciosa de que aqueles que regis
traram os milagres não pa ssava m de pessoas si mples e igno ran
tes , as quais a cha vam que essas cois as eram no rma is, a evidênci a
é totalme nte contr ária. O s discípulos ficaram assustado s qua nd o
viram Crist o a nd an do sobre a água (Mt 1 4.26), fi caram com m edo
dEl e, como tamb ém qu estionaram que tipo de pessoa era qua ndo

acalm ou
depois de asua
temressurreição,
pes tade com um a pala
apareceu vra deles
no meio (Mc 4.41). Q ua
vivo, de inínd o Ele,
cio acharam que estavam vendo um fantasma e ficaram petrifi
cado s (Lc 24.37). N a v erd ad e, eles era m tão cético s qu e Jesus teve
de pro va r que era El e mesm o que estava a li!
A B: s ; ia É C on f i ável 85

Esse não era o com portam ento de pessoas ingê nuas qu e viviam
em u m m un do fan tas ios o. Ao c ontr ário , os di scípul os tinham um a
cla ra p ercepção do que era norm al e f icav am am edron tados com
os milagres de Cri sto, os quais, inusitada mente, a balav am o m un do
deles. Escutamos o soar da verac idade em seus rel atos dess es eve n
tos q uan do confess am seu m edo e descr enç a.
Consideraremos a evidência esp ecí fica da ressur reição em um
capítulo post erio r. Nesse mom ento, entretanto, citaremos alguns
dos mais im portantes especial ist as do m un do em evid ências , os
quais foram convenc idos da ressurreição de Jesus Cristo precisa
mente graças ao fato de esta fundamentar-se na evidência. Lord
Lyndhurst, reconh ecido como um a das mais i m portantes me ntes
juríd icas da histó ria britânic a, declarou: "Sei m uito bem o que a
evidência é; e eu lhe digo, evidência existente como esta da res
surreição ainda não foi de rru ba d a" .12Simon Greenl eaf, um a das
maiores a utoridad es norte-americanas sobre evidênci as jur ídi cas
durante o período de sua vida, chegou à mesma conclusão, e o
me sm o aconteceu com Si r Robert An derson, chef e da divisão de
Investigação Crim inal da Scotland Y ard, assim como m uitos o u
tros aos quais não temos espaço suficiente para nomear. Profes
sor Thomas Arnold, que foi catedrático de história moderna em
Oxford, escreveu:
Tenho o hábito, há muitos anos, de estudar as histórias de
outras époc as, examinan do e pesando a evi dência daqueles que
escreveram sobre e las, e não conheço nen hu m fat o na história da
humanidade que tenha sido provado por evidências, as melho
res e mais completas capaze s de satisf azer a com preen são de u m
investigad or honesto, do que o grande sina l que Deus nos deu: a
mo rte e ressurreiç ão de C risto.1 3

Muitos jovens que buscam a verdade foram levados à des


crença por declarações desdenhosas — feitas por clérigos libe

rais oude
lidade professor es universitários,
demonstrar uma sabedoria que as proferiram
superior com a fina
—, como afirmar
que "ne nh um a pessoa inteligente acredita em milagres da B íblia
e muito menos na res sur rei ção! " Mas, na verdad e, na da p od e es
tar mais longe da verdade. As poucas afirmações acima devem
Em Deffsa. da Fl Chat.

ser sufi cientes pa ra con trapor-se a essa desinformação. N a reali 


dade, muitos dos cristãos mais simples e honestos são os mais
brilhantes, os mais reconhecidos e os m ais be m qu alif icados par a
exam inar e avaliar a evi dência que estaremos consideran do cui

dadosamente.
A Bíblia não é um livro que um homem escreveria
se pud esse ou que ele poderia escrever se quis esse .
— Lewi s S. Cha fer

Os infiéis, por dezoito séculos, refutam e desbancam esse livro, mas


mesmo assim el e permanec e hoje tão f irme quanto um a rocha.
Sua circulaç ão cresc e, e ele é mais a mad o, p restig iado
e lido hoje do que em qualquer outra época...

Quando o monarca francês propôs a perseguição dos cristãos [...],


um velho estadista e guerreiro disse-lhe: "Senhor, a Igreja de Deus é uma
bigorn a q ue d estruiu muitos martelos". Assim , os martelos dos in fi éis
estão pro cur and o d estruir esse li vro há mu ito tempo, mas os martel os
estão
Se essegastos, e a fosse
livro não bigo rna ainda
o livro resiste.
de Deus,
os homens o teriam destruído há muito tempo.
— H. L. H a stin g s 1
" 'v / /
•# ( A CONTRADI ÇÕES
NA BÍBLIA?

Em que Ano Jesus Nasceu?


Questão: Ma teus diz que o nascim ento de Cristo f oi du ran te
o reinado de Herodes [o Grande] (Mt 2.1). Herodes, conforme
todos os registros, morreu em 4 a.C., logo, Cristo não poderia
nascer depois dessa data. No entanto, Lucas diz que Jesus com
pletou trinta anos no ano quinz e do im pério de Tibér io César (L c
3.1,23), que começou a reinar em 14 d.C. Portanto, isso significa
que Jesus tinha trinta anos em 29 d.C.? E que, por conseguinte,
nasceu em 1 a.C., três anos depois da morte de Herodes, o que
destrói totalmente a datação de Mateus! Lu cas, em mais um a outra
contradição, data o nascim ento de Cristo à época em q ue Cirêni o
era go vern ado r da Síria, mas ele só ocup ou esse car go em 6 d.C.
O bispo episcopal John S. Spong, de Newark, New Jersey, diz
que essas contradições c om prov am que a Bíblia não é conf iável .2
Acredito que a Bíblia é verdadeira. Você poderia me ajudar?

R e sp o s ta : As aparen tes contradições que você m enciona (as


sim como m uitas outras) for am leva ntadas de forma ferrenha (na
verdade muito ferrenhas) por um número de céticos como uma
"com prova ção" de qu e a Bíblia contém erros e , portanto, não po de
ser a Pal avra de Deus. Temos que nos lemb rar que já " foi prov a
Ev. DfcH.SA DA F e C r ;í

do " m uitas vezes que a Bíblia est á errad a, com base no conheci
me nto, cient ífico ou histórico, disponíve l à época d essas contes
tações. Entretanto, em todo caso, quando todos os fatos foram
finalmente revelados, a Bíblia foi justificada, e todos os críticos
foram en vergo nha dos. O me sm o acontece em rel ação a esse f ato.

Quirino — Cirênio Foi Governador da Síria duas Vezes


Primeiro, as datas que o bispo Spong e outros crí ticos uti lizam
nessa pres um ida refu tação j amai s, por meio algum, eram exatas.
Os historiadores não as aceitam. Seria tolo descartar a confiança
que u m indiv íduo d eposita na B íblia fund am enta do em d atas que
são, na melhor das hipóteses, questionáveis. Por exemplo, Will
Durant, em The Sto ry o f Civilizati on ("A História da Civilização"),
volu m e III, indicou qu e ele nã o sabia qu an do Q uirino (um a outra
grafia pa ra Cirênio, que enc ontram os em L uc as) inic iou seu go
vern o na Sír ia. Se Durant, u m dos mais resp eitados historiadores,
disse que a da ta exata é desconhecida, eu su speitaria de u m crítico
que, a fim de "comprovar" que a Bíblia está errada, afirma
dogmaticamente que Quirino iniciou seu reinado em 6 d.C.!
Além disso, com base em n ovas evidências, surgidas depois
que D ura nt escreveu sua históri a, como já observad o, outros his
toriadores com o A. W. Zu m pt estão convencidos de que Q uirino
foi governador duas
iniciou em umada Síria
data, pelo menos,vezes, na primeira,
tão remota quanto seu governo
4 a.C. Seu se
governo terminou em 1 d.C. John Elder acredita que a primeira
vez que Quirino governou foi em da ta tão remota quanto 7 a .C .3
O nascimento de Crist o, obviamente, não po de ter si do posteri or
a 4 a.C., que teria sido quando Quirino foi governador pela pri
m eira vez, exatam ente como Lucas afir ma.

E quanto a Tibério César


— os Fato s São ainda ma is Interessant es
Q uan to ao problem a alegado e m relação ao reinado de Tib ério
Césa r, a evidência hist órica pa ra sua resolução já é bem conheci
da há muitos anos. Isso mesmo, Augusto César morreu em 14
H A CüXTR ADICÒFS NA B iBLI A?

d.C. e essa data é, porta nto, gera lmen te m enc ionad a como o iní
cio oficial do re ina do de seu sucessor, Tibé rio Cés ar. N o en tanto,
os c éti cos são tão áv idos por achar um a falha na Bíblia que d ei
xam de esc avar mais profundam ente pa ra encontrar a r azão per
feitamente idônea para uma data mais anterior. Na verdade,
Tibér io, em bora tecnicamente aind a nã o fos se Cé sar , já havia co
meçado a governar o império alguns anos antes da morte de
Augusto, pois este último já estava bastante idoso e sua saúde
bastante fragilizada. As rebeliões custaram a vida daqueles pos
síveis sucessores, os mais próximos de Augusto. Este, sem aju
dante nem sucessor, adotou em 2 d.C. Tibério como filho e co-
rege nte. Subseqüe ntemen te, Ti bér io foi enviado por Aug usto p ara
debelar as rebeliões e desempenhou maravilhosamente essa
tarefa. Will Durant escreve:
Q ua nd o ele [Ti bério] retor no u em 9 d.C. , apó s cinco anos d e
campanhas árduas e cheias de êxito, toda a Roma, que o odiava
por seu pu ritanism o austero, resi gnou-se ao fat o de que, embo ra
Au gusto ainda fos se príncipe, Ti bér io já c omeçara a governar.4

Considerando o início de seu governo em 9 d.C., "no ano


quinze do império de Tibério César" (Lc 3.1), corresponderia a
24-25 d.C. S e Jesus na sceu em 4 ou cinco a. C., logo a ntes da morte
de H erode s e dura nte o prim eiro govern o de Cirênio, na Sí ria, de
acordo
rio, em com essa
24 -25 data
d.C. Ele teriaqu29e Lucas
O bserve anos no
deinício
clara deque
seuEle
ministé
" inicio u por
volta dos 30 anos d e idad e". Ob viam ente, se Ele nas ceu e m 6 a.C.,
teria 30 anos em algum momento no curso do ano 24 d.C. Não
dispomos de datas precisas, mas o que sabemos confirma o
acurad o testem unho de Lu cas.
O exposto acima demonstra, mais uma vez, quão obliqua
m ente erra da s e enga nosa s são as crítica s tenden ciosas de su po s
tos estudiosos como os do Seminário Jesus (e de líderes religio

sos apóstatasnão
Testamento como
podeoser
bispo Spong), pois
confiável, o s quais afirm séculos
foi escrito am quede
o Nov o
pois da época em que Je sus viveu. Na v erdad e, a datação fornecida
por Lucas, que as descobertas arqueológicas levaram anos para
confi rmar, não pod eria ser conhec ida e registrada com tal preci
92 Em D h ; ^ Fe Cs

são décadas mais tarde, muito menos séculos depois dos aconte
cimentos com o os cr ítico s insistem em dizer qu e fo i o que ac onte
ceu. Ela só poderia ser determinada por testemunhas oculares
que vivera m nessa época e presenciaram os aco nteci mentos, co mo
os escritores da Bíblia afirmam que aconteceu.

Por que Deus Permitiu Aparentes


Contradições na Bíb lia?
Questão: Vocês cr ist ãos parecem ter semp re um a m ane ira de
"conciliar" qualquer contradição ou inconsistência que os "incré
dulo s" p ossa m d escobrir na Bí blia. Entretanto, não imp orta quã o
convincente possa parecer a "conciliação", tenho uma pergunta
pessoal que é re corr ente: po r que parece hav er tantos problem as
na Bíblia que vocês se esforçam tanto para resolver? Parece-me,
na verdad e, que há tantas in cons istênc ias (mesmo que s upo sta
me nte vocês consigam resolver algum as) que isso em si me smo é
um a evidência de que a Bíblia é muito falh a e, portanto, n ão pod e
ser a Palavra de Deus.
R e s p o s ta : Ao contrário, as muitas contradições e
aparentes
inconsistências da Bíblia são provas convincentes de sua
credib ili dade. Se três testem unha s atestam que presenciaram u m
acidente e cada uma delas o descreve exatamente da mesma
maneira, palavra por palavra, quem ouvir o relato terá bons
m otiv os par a suspeitar de fraude e descartar o testem unho des tes.
Entretant o, se cada um descr eve com suas próprias pa lavras e a
partir de sua perspectiva pessoal, a pessoa passa a acreditar
nelas. Além disso, s e parece ha ve r con fli to em seus testem unho s,
mas este foi resolvido por meio de uma sondagem profunda do
incidente, iss o acrescenta signi fican te credibilidade ao testem unh o
deles. É o mesmo que acontece com as aparentes contradições
encontradas na Bíblia.
Irwin Linton, em A La wye r Ex am in es the Bible (" Um A dvoga
do Ex amina a Bí blia") , expõe isso m uito bem: "As narra tivas is en
tas e sem art ifícios da Bí blia, obviam ente tão de spre ocu pa das de
H a Cc na B íb i ; a ? 93
querer dar uma aparência de consistência, mostram com muita
cla reza aquelas ir regularidade s que são a s marcas honestas qu er
no trabalho de artesão em um tapete oriental quer na esponta
ne ida de de um testemunho hum ano, as qua is, muitas ve zes , atr aí
ram oponentes que tentavam colocá-la sob um destrutivo fogo
cruzad o que, ent retant o, trouxe mais claramente à luz a verdade
e a consistência da Bíblia".5
Um dos pontos mais fortes da Bíblia, em sua reconciliação,
portanto, é o poderoso reforço das aparentes inconsist ências que
prov am a veracidad e de suas nar rati vas.
Will iam Paley cham a a atenção p ara este fat o em seus escr itos:
Agora, em p esqu isas históri cas, um a inconsistência reconc i
liada torna-se vim argumento positivo. Primeiro, por que um
impostor geralmente se pr evine a fi m de não dar u ma aparência
de inco nsi stê nci a. Segundo, po r que q uan do as aparentes incon
sistências são encontradas, é raro que algo, exceto a verdade, os
torna capaz de reconciliação.
A existência de dificuldade comprova a ausência daquele
cuidad o que geralmente aco mp anha a consc iênci a de fraude; e a
solução comprova que não é o conluio de proposições fortuitas
com os quais temos de lidar que prese rva cada circunstância em
seu lugar, mas que o fio da verdade envolve o todo.''

As duas Genealogias de Jesus


Questão: Há d uas g enealogias contrad itórias pa ra Crist o que
traçam seus ance strais até José. M ateus d iz q ue o pai de Jo sé era
Jacó, ma s Lucas diz que seu pai era fil ho de El i. Como am bos não
podem ser verdadeiros, pelo menos um deles está equivocado,
mas não p odem os saber qual de les. Provavelmente, am bos est ão
errados. Tampouco consigo perceber como os cri stão s con seguem
defender essas duas genealogi as, um a vez que ambas d izem que

José é o pai de Jesus e , portan to, ne ga m o nascime nto virgina l.


R e sp o sta : Se alguém estiver determ inado a comprov ar que a
Bíblia é falsa a fim de justificar sua relutância em acreditar em
Deus , então supo nho que esse argume nto possa parecer um a boa
E m D efesa l ia Fe C

possibilidade, embora seria necessário uma considerável ginás


tica men tal pa ra m antê- lo. Por outro lado, um pou co de refl exão
— e i m parcialidade — pode resol ver est e apa rente problema.
Em primeiro lug ar, nem Mateus nem Luca s diz ou deixa im
plícito que José é o pai de Jesus. Ao contrário, ambos fazem um
relato claro de que Maria era virgem quando Jesus nasceu. O
indivíduo pode rejeitar o nascimento virginal de Cristo, mas é
absurdo justificar essa rejeição ao afirmar que Mateus e Lucas,
ape sar da s afirmações clar as de q ue Jo sé não era o pai, distorcem ,
não obstante, a verdade e apresentam uma genealogia em que
dizem que Jo sé era o pai.
Examinemos as genealogias. Mateus, de forma cuidadosa,
denomina José de "marido de Maria" não o pai. Ele explica essa
aparente anomalia: "Maria, sua mãe, desposada com José, antes
de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírit o Santo". E le
explica que "José [...] não a conheceu [não teve relações sexuais
co m ela] até* qu e d eu à luz se u filh o" (Mt 1. 25; cf. 1.16,18). Além
dis so, Mateus declara que o nascimento de Jes us cum pre a profe
cia do An tigo Test ament o: "Ei s que a virge m conceberá e dará à
luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL.
(EMANU EL tra du zid o é: Deus conosco)" (Mt 1. 23).
A genealogia de Mateus é definitivamente a de José. Isso é
claro por causa do uso de "gerou " pa ra cada geraçã o, e a té acab ar
com "Jacó gerou a José, marido de Maria" (1.16; grifo do autor).
José, emb ora n ão seja o pai de Jesu s, era o chef e da casa e des em pe 
nha va o papel de "pai adoti vo". Com o a linhagem real era he rda 
da através d os hom ens, Jo sé tinha de ser da casa de Dav i.
A genealogia da linhagem materna de Jesus feita por Lucas é
tão cl ara qua nto a de Mateus. A palavra "gerou" não é usada. Lucas
afirm a que Jesus "se nd o (como se cu ida va [isto é, imagina va]) filh o
de José, e J osé, de Eli" (Lc 3.23). A pa la vr a filho nã o está no srcinal.
Ob viam ente, José era genro d e Eli, o pai de Maria.

A Consistência Lógica
Lucas r elata a exper iência da apa rição d o anjo Gabriel pa ra d i
zer a M aria qu e ela daria à luz o Mess ias. A resposta a tônita dela é
H a CO NTR AOI CÒE ? NA B i Pi.; .A?

registrada: "Como se fará isso, visto que não conheço varão?" (Lc
1.34) Em vez de sugerir que José era o pai de Jesus, Lucas deixa
claro que ele não é: que ela era uma virgem e que o Messias seria
concebido nela por meio do "Espírito Santo" (Lc 1.35). Imediata
mente depois disso, Lucas não apresenta uma genealogia em que
José, ape sar de tudo , era o pai de Je sus! Demos crédito a Mateus e
Lucas p or, pelo me nos, possuír em um a razoá vel in teligên cia.
Ne m Luca s contradiri a M ateus e apresentaria uma genealog ia
pa ra Jo sé completa me nte diferent e. M ateus diz-nos qu e Jacó era
o pa i de Jos é e apresen ta tod a a sua genea logia. Os regist ros estão
disponíveis no Te mpl o e onde tam bém cada famíl ia a guardou.
Luc as, mesm o sem consultar nen hu m regi stro, sab e os nom es do
pai e do avô de J osé me rame nte po r meio de conversa s com am i
gos e vizinhos del e. E ele não apres entaria u m a genealogia com
pleta
Lucasa não ser queo tive
conhecia s fatosse
s, "jcer teza de que
á inform ado era acuradasam. ente
m inucio Certam
de tuente
do
de sde o princ ípio" (Lc 1.3) e tivera gra nd e cu ida do ao investigá-
las tanto que notificou seu amigo Teófilo sobre "a certeza das
coisas..." (Lc 1.4) A pessoa só pode concluir que ele traçou a
genealogia por meio de Maria, mãe de Jesus, e há boas razões
pa ra que ele assim tenha feito.
O fato de Je sus ter nascido de um a virge m sig nif ica que El e
não tinha em suas vei as, pela descendência masculina, o sangue

do re
ao reii Dav
Davi i., era
Portanto, p ara
necessário queque
su Ele
a mfos se fis descen
ãe fosse icamentedente
relacionado
de Davi .
Lucas, conseqüentemente, cujo foco nesse ponto esteve quase
totalmente voltado para Maria, supriu a falta dessa informação,
da ndo -nos a genealogia de Maria. Afirmar qu alqu er cois a diferente
disso é considerar M ateus e Lu cas possuidores de um a estup idez
que está claramente c ontra a int eli gênci a e hon estidade ostentada
em seus testemunhos.

Confusão a Respeito do Canto do Galo?


Em Mateus, Lucas e João, Jesus diz a Pedro que
Questão:
antes que o galo cante uma vez na m anhã seguint e, el e o negará
três vezes. Já em Marcos 14, Jesus diz a Pedro, tão claramente
E.v. Fl O .

qu anto fizer a antes, que ele o negará antes que o galo cante duas
vezes. Essa aparente contradição me perturba. Você pode aju-
dar-me?
R e sp o sta : Essa é mais uma das numerosas aparentes contra

dições, as quais
desacreditar os céticos
a Bíblia. e críticos
No entanto, exploraram
uma na tentativa de
pequena investigação e
uma clara reflexão demonstram que, por fim, elas não são con
tradições. Na verdade, o fato de que uma linguagem diferente
seja utilizada nos qua tro Evan gelhos pro va que os escr itor es não
estavam copiando de "Q" ou de alguns documentos similares
como os crí ticos especulam . Ist o tamb ém dem ons tra que a i nsp i
ração do Espírito Santo não destrói a liberdad e de expressão das
disti ntas testem unha s (a liberdade das distint as testemu nhas pa ra
expressar a si mesmas). E, essa mesma liberdade de expressão,
expli ca as m uitas contradições aparentes.
Com pararemos cuidadosam ente as quatro hi stó ria s conta das
em todo s os qua tro Evangelhos. M ateu s 26.34 diz: "Antes que o
galo cante", enq ua nto Lucas 22.34 e João 13.38 us am á or m a n ega 
tiva: "Não cantará hoje o galo". Obviamente, Jesus não está se
referindo a um galo específico nem ao galo cantando uma vez,
mas àquele mom ento da m anhã que é c onhe ci do como “hora do
galo cantar" . Essa é a express ão usa da e m Marcos 13.35, po r exe m
plo, quando se refere à hora ("se à tarde, se à meia-noite, se ao
cantar do galo , se pela m an hã " [grifo do autor]), em que Jesu s de 
verá retornar. Portanto, Jesus adverte Pedro de que antes da ha
bitual hora do canto do galo, na m an hã segui nte, e le t erá negado,
três vezes, o Senhor. Na verdade, os quatro Evangelhos concor
dam que isso foi o que aconteceu.
Longe de contradizer os outros Evangelhos, Marcos dá-nos
um detalhe adicional à advertência que Jesus fez a Pedro e, por
meio disso, fomece-nos um a percep ção adici onal. El e nos faz saber
que Jesus também disse a Pedro: "Antes que o galo cante duas
vezes, três vezes me negarás" (Mc 13.40; grifo do autor). Essa é,
em si mesma, uma afirmação singular. Quando o galo começa a
cocoricar, o primeiro som é rapidam ente seguido d o segun do, do
terceiro, do quarto e de tantos cocoricós subseqüentes quanto o
número de galos, na vizinhança, que formarem o coro.
H a Ca.n : ':ía :x v Sm > n a 0 37
Marcos, portanto, revela que apesar de a primeira negação
de Pedro ter ocorri do no período an tes da "hora do gal o cantar"
naquela m anhã, já um gal o (ou tal vez alguns) o fizer am im edia
tame nte após Pedro pronun ciar as palavras. Como sabemos que
esse prim eiro cocor icó foi no pe ríodo antes d a "ho ra do gal o can
tar?" Lucas, apesar de não relatar o lapso de tempo entre a pri
meira e a segu nda negação, nos informa que havia passad o " quase
uma hora" (Lc 22.59) entre a segunda e a terceira negação.

O Ignorar da primeira Advertência Benevolente


O co cor ica r incom um d e um gal o, uma h ora ou m ais antes do
horário normal e imediatamente antes da primeira negação de
Pedro , po de tê-lo indu zido à repet ição — o que não deixa dú vida
quanto à razão de o Senhor fazer ess a advertência incom um e pro
ver um a circuns tânc ia i ncomum . Apesar de Pedro ter jurado m or
rer por Cristo, ele ainda negou, por mais duas vezes, o Senhor e,
na última, com extrema irreverência (Mc 14.71). Imediatamente
antes d a terceira negação, s oou o cor o de galos do alvorecer (a ‘'hora
do galo cantar") e, por fim, após repetir a negação, Pedro sai para
ficar sozinho e chorar amargamente (Mt 26.75; Lc 22.62).
A veracidade do relat o é r evelada pelo fat o de que nen hum a
delas repete a outra, mas cada uma delas fornece uma parte da
informação que é necessária pa ra o todo. E a inspiração de Deus,
orientando o que cada um deles diz, apesar dos pontos de vista
indepen dentes, é percebida na notável harmonização de todos o s
quatro testemunhos, os quais são necessários ser vistos em con
ju nto para que possamos ter o panoram a completo do episódio.
Ao inve stigar , de m aneira suficient emente profun da, p ara con
ciliar o que, à primeira vista, parecia uma contradição, aprende
mos uma lição valiosa. Vemos a graça de Deus para com Pedro,
qua ndo Ele faz c om que u m o u mais gal os cocor iquem prem atur a
mente, paDraeus
adiant e. evnão
itarfaquez tam
Pedro,
bémapós a prime
a cada um deiranós,
negação,
à s vezf es,
osse mais
adver
tênc ias simil ares para no s fazer recuar do preci píci o de d eson ra e
desgraça em que estamos prestes a cair? Algumas vezes, presta
mos atenç ão à advertência de Deus, enquan to, outras vezes, co mo
98 Ev. Dr

Pedro, prosseguimos, impetuosam ente, até sermos completamente


dom inados pelo remorso e chorarmos de arrependimento.

Há mais Contradições Envolvendo a Negação de Pedro?


Questão: Li algo em um artigo publicado por um grupo de
ateíst as sobre Pedro ter ne gad o o Senhor que m e deixou espa ntado.
O artigo apon ta que, de acordo com o relat o de Marco s, a segund a
negação de Pedro ac ont ece qu and o respond e à mesma criada que
provocou a primeira negação (Mc 14.69). No entanto,
M ateus 26.71 diz que a seg und a negação f oi prov oca da por outra
criad a, e Luca s 22.58 diz que foi po r xxmhomem. Marcos 14.66-69
e Mateus 26.58,71 relatam que, após a primeira negação, Pedro
saiu de perto d a fogueira no pátio e encam inhou-se para o portão
ond e foi que stiona do po r alguém. Mas Joã o 18.25 relat a que Pedro
estava no pátio, esquentando-se na foguei ra, qua ndo foi questio
nado. Com o po dem os conci liar tudo isso?
R e s p o s ta : Sempre fi co impressionad o com a qu antidad e de
tempo e esforço que os críticos gastam para tentar achar falhas
na Bí blia. A pessoa preci sa trabalhar ardu am ente para encontrar
essa sér ie de apa rentes contradi ções. Eis aqui mais u m a instância
em q ue o aparen te desejo de e ncon trar discrepâncias cri a zelosa
mente problemas inexistentes.
Marcos 14.69 diz clara me nte 'h criada", não a mesma criada, o
que é consist ente com Mateu s que diz "outra criada". Lucas 22.58
não diz que foi um homem quem o inquiriu. Pedro respondeu:
"Homem, não sou", que pode ria ser um a expressão que el e usava
habitualm ente; e, se não era esse o caso, Pedro p ode ria ter dito iss o
por causa do hom em , ao l ado dele , que ouvira a pergu nta d a cri ada.
Ela não estava suss urran do ao ouvido de Pedro, em um a tentati va
de não deixá-lo embaraçado! A principal preocupação de Pedro
era, obviamente, defender-se frente ao homem que estava ao seu
lado na fogueira, o qual ouv ira a acusação condenatória.
De fato, precipitando a segunda negação, a criada, como se
ria de espera r, es tá, na ve rda de, fa lando não s om ente com Pedro,
mas também ao homem que está se aquecendo, na fogueira, ao
H A C o XTRALM l Õ E' XA BlBi.IA? ,9,9
lado dele. Isso fica claro tanto em Mateus 26.71 ("disse aos que
ali estavam ") q uan to em Marcos 14.69 ("começou a dizer aos que
ali estavam "). J oão 18.25 m ostra claram ente que o hom em que
no questionam ento fei to a Pedr o. N ão é de surp reen der que ele
tenha dito: " H om em..." Não há nada contraditório nesse relato,
em bora eles sej am relatados d e perspe ctivas d istint as. Insistir que
isso é contradição revela o de sejo de ser o dono da v erdade.
Como também, em ne nh um dos rel atos, não há nenh um a afi r
mação de qu e Pedro esteja "indo pa ra a porta", nem isso f ica im
plíci to. J oão na rra que P edro ficou , assim qu e chegou, do lad o de
for a por um curto período de temp o até que f oi levado para dentro
da sala. Mateus, Marcos e Lucas são consist entes qu anto ao fato de
Pedro estar no palácio, depois ir até o pórtico, mas ainda assim
estar no palácio no m om ento em que faz as t rês nega ções.

Quem Viu o Jesus Ressurrecto — quando e onde?


Questão: Uma das mais estrondosas contradições na Bíblia
está no relat o da sup osta ressurreição de Cristo, sobre a qual todo
o cristianismo está fundamentado. Marcos 16.12, por exemplo,
diz que Maria M ada lena foi ao sepulcro ao nascer do sol . João 20.1
diz que ela foi ao sepulcro enquanto ainda estava escuro. Qual
deles é verdad eiro?
R e s p o s ta : Che que i algu mas versões de Marcos 16.1,2 em que
o text o grego fo i trad uz ido por: "ao d esp on tar do sol" e " ao nas
cer do sol ". Apenas em um a versão encontr ei: "de pois do nascer
do sol"; todas as outras versões dizem: "ao nascer [ anatello ] do
sol" ou "ao despontar do sol".
A palavra grega anatello não é um a afi rmaç ão e xat a de tem po
e signi fica, ma is prec isam ente, o iniciar da ação do n asce r do sol.
A palavra grega sig nif ica que o so l acabou de surgir no ho rizon 
te. Qualquer
permitiria quepessoa,
o termoa não ser que
"o nascer doqueira criar uma opolêmica,
sol" englobasse período
pouco antes de o sol raiar no horizonte como também o período
logo após. Além disso, em João 20, a exp ressão " Ma ria Ma dale na
foi" poderia referir-se a toda a jornada, desde sua casa até o se
100 E m Dr.:E>A F iO : ” .

pulcro. Como esse percurso deveria envolver alguma distância,


ela pod eria ter se levantado naqu ela ma nh ã "e nqua nto ainda es
tava escuro" (Jo 20.1) para chegar ao sepulcro quando o sol esti
vesse surgindo no horizonte.
Obviamen te, Maria Mada lena vê a algum a dist ânci a, assi m
que tem u m a clar a vi são da e ntrad a do sepul cro, que a ped ra foi
remo vida. João não registra que ela esteve no sepulcro até muito
mais tarde. Além disso, a palavra grega skotia, traduzida por
"escuro" , sig nifica também "pe num bra", "indisti nto", o que não
significa nece ssariam ente breu, pre to com o carvão . P ara ser t otal
mente honesto, se v ocê l evar essas duas afi rmações par a um a corte
a fim de tentar provar que elas são contraditórias, o juiz rapida
m en te rejeitaria o ca so.

Quando e onde Foi o Sermão da Montanha?


Questão: Lucas 6.12,17, a respeito do famoso serm ão da m on 
tanha, diz que Jesus desceu de uma m ont anha e parou em um lugar
plano pa ra discurs ar a sua audiência. Entretanto, M ateus 5.1 di z
que Jesus "subiu a um monte" e assentou-se para discursar para
sua audiência. Qu anta s contradições como essas serão necessári
as para que o cristianismo admita que a Bíblia não é a Palavra
infalí vel de D eus?
Seria possível que, em sua ânsia de provar que a
R e sp o s ta :
Bíblia é falível, você tenha negligenciado o óbvio? Certamente,
você deve saber que os Evangelhos não narram cada evento na
seqü ência em q ue oc orreram . Em Lucas 6.12-19, Jesus vai a um a
montanha e ora durante toda a noite, depois, no dia seguinte,
encon tra seus doze discípulos. Es sa circunstância tam bém é des
cri ta em Mateus 10. Ela não tem li gação com o sermão da m on ta
nh a — e, muito men os, como você sugere, é seguida p or ele — o
qual é narrad o anteriormente, no cap ítulo 5 , por M ateus.
Em Lucas, no ca pítulo 6, entre os versículos 19 e 20, há um a
lacuna. O versículo 20 inici a-se com u m a circunstân cia anteri or,
e o sermão da montanha é citado fo ra de seqüência dos aconteci
mentos. Nã o há conex ão entre a parte do Evangelho narra da do
H . \ Cv'-N 7K -,^ kY 'l- > X.\ BiBi.I A?

versículo 12 ao 19 com o Sermão da Montanha, que se inicia no


versícul o 20. N ão h á con tradição entre M ateus e Luca s.

Outra Tentativa Veemente de Provar uma Contradição


Questão: As his tóri as d as assim cha m adas "transf igurações"
de Jesus no mo nte pare cem ter séri as contradições. Ma teus 17.1 e
Marc os 9.2 diz em qu e ela ocorreu se/s dias depois q ue o incidente
se apre sen tou. Mas Lucas 9.28 diz que toramo/í o dias depois do
incidente. Estou perplexo. Você pode me ajudar?
R e s p o s ta : Na verd ade , M ateus e Marc os di zem: "E s eis di as
depois {meta, em greg o)", o que pod eria sign ificar, pelo m enos, o
sétimo dia ; e Lucas diz: "Q ua se oito di as depois... " "Em oito dias"

é uma
um expressão
a semana idiomática
depois (como "quase"
, e a palavra "quatro noites") parao dizer
indica que espaço d e
tem po n ão é pr ecis o. Essa crí tica ao rel ato do Evang elho perde-se
em m inúcias sem sentido e, mais um a vez, o s céti cos que a cusam
a Bíblia de contradição s eriam m otivo de riso em u m a cort e.

Esclarecendo a Questão dos Anjos


Questão: A ressurreição de Crist o é fund am enta l para o cris 

tianismo;
apre senta ainda assim,
m confli aqueleso que
tos mesm escreveram
em relação os Evangelhos
a esse assu nto da m aior
importância! Mateus diz que um anjo desceu do céu, retirou a
pe dra e sentou-se sobre e la. Maria Mad alena e a outra Maria ap ro
ximaram-se e ficaram amedrontadas. O anjo disse-lhes para que
não tiv essem m edo e convi dou-as para entrar no sepulcro e ver o
local ond e Jesus estiv era (Mt 2 8.1-6).
Em contrast e, Marcos diz que Maria M adalena, Maria, a mãe
de Tiago, e Salomé não viram o anjo até o momento em que en

traram no sepulcro. O a njo, depois, apo nto u pa ra o nde Jesus esti 


vera (16.1-6).
Lucas, em outra contradição, diz que as mulheres entraram
no sepulcro e, enquanto buscavam o corpo de Jesus, dois anjos,
repe ntina me nte , ap are cer am a elas ( Lc 24.1-4). Ob serve q ue Marcos
402 F. m D eff ía :'a Fr C r

também diz que o anjo, quando se dirigiu às mulheres, estava


sentado, enquanto que Lucas afirma que os dois anjos estavam
de pé (Mc 16.5; Lc 24.4).
Um relato diz que as mulheres viram Jesus e, depois, foram
contar a seus disc ípulos ; outro diz q ue Jesus as encontro u enqu anto
cam inhav am pa ra contar as novida des aos discípulos (Mt 28.9); e
a tercei ra versão d iz aind a que elas "fugiram do sepu lcro" e não
co ntaram par a n ing ué m que viram Jesus (M c 16.8). Os discípulos
foram informados de que Jesus os encontraria na Galiléia (Mt
28.7; Mc 16.7) e, ainda, Lucas e João dizem que ele foi encontrá-
los em Jerusalém. O que você po de fazer desse im possíve l em a
ranh ado de contr adi ções?
Examinemos os re lat os mais cuidadosam ente, lem 
R esp o sta :
bra nd o que cada um dos escr itores dos Evangelho s apresenta um a
versão resum ida do que acontec eu. Nem todos os m ovimentos e
palavras dos anj os, das m ulheres e dos discí pulos são narradas
em cada um dos Evangelhos. Além disso, cada relato é feito a
partir de u m a perspectiva dist int a.
Antes de qualqu er coi sa, Mateus não diz que as m ulheres viram
um anjo do lad o de fora e que ele as conv idou p ara entr ar. I sso não
é afi rmado em pa rte alguma em ne nh um dos Eva nge lhos.
Mateus ini cia a hist ória do p onto de vis ta dos soldados ro m a
nos. E le relata que a gu ard a mili tar , vend o o anjo retirar a pe dr a e
sentar- se sobre el a, fi cou petri ficada: ele s "ficaram m uito a sso m 
br ad os e com o m ort os " (28.4). Dep ois fu gira m p ar a a cida de (28.11).
Obv iame nte, os soldados já tinha m p artido , e o anj o que reti
rara a pedra deveria estar dentro do sepulcro no momento em
que as mulheres chegaram e encontraram a pedra retirada (Mc
16.4; Lc 24.2). Sabemos que os solda do s não po de ria m ain da e star
lá enq ua nto o anj o estava do lado d e fora do sepulcro, sentado na
pe dra , com "se u aspecto [...] como um relâ m pa go " (Mt 28.3). Será
que alguém pode ria imagina r ta l cena , em que a quelas mulheres
tiveram a coragem de caminhar através de um pelotão de soldados
aterrori zados e diri gir -se a um anjo i m pone nte pa ra pe rguntar-
lhe ond e estav a Jes us?
No relato de M ateus, o convite feit o pelo anj o: "Vinde e vede
o lugar onde o Senhor jazia" (Mt 28.6), é similar ao relatado por
103

Marc os: "Eis aqui o lugar o nd e o pus er am " (Mc 16.6). Amb as as
narrativas são compatíveis com as instruções, provenientes do
interior do sepulcro, dadas às mulheres, que examinavam com
cuidado seu interior e, depois, hesitantemente entraram nele. O
fato de um Evangelho se referir especificamente a um anjo em
uma determinada posição (e silenciar sobre o outro, que estava
em u m a posição dis tin ta) , enq uanto o outro menciona ambos os
anjos, não representa um a contradição de m aneira alguma, mas
a vari ação norm al qu e se espera d e dois relat os verdadeiro s sobre
o mesm o evento, feitos a pa rtir de diferentes perspecti vas.

Mulheres Distintas Fazem Coisas Distintas


Nenhum Evangelho, relatando a ação a partir das mulheres,
disse que elas viram Jesus antes de ir contar o ocorrido aos discípu 
los. Tampouco há qualquer contradição no fato de que algumas
mulheres fugiram para suas casas, e outras foram contar aos discí
pulos sobre o sepulcro vazio. Havia algumas mulheres ("e foram
elas", Lc 24.1; "as o utr as q ue c om elas es tav am "; v. 10), e não a pe na s
as três que foram nom eadas; e Maria Madalena agiu por conta pró
pria e não em conjun to com o grupo de mulheres. Ela não entrou n o
sepulcro, mas imediatamente foi contar aos discípulos. As outras
mulh eres e ntra ram n o sepulcro e vira m os an jos, os quais as i nstru 
íram para contar aos discípulos que Ele havia ressuscitado. Algu
mas das mulheres fugiram aterrorizadas, enquanto outras foram
contar aos discípulos e, no caminho para a cidade, Jesus as encon
trou. Nã o há nen hu m "em aran had o de contr adições" nisso.
Maria Madalena já havia alertado os discípulos e retornara
ao sep ulcr o c om P ed ro e João (J o 20.1-11). D epois qu e eles vira m
que o sepul cro estava vazio e saíram anu nci and o o milag re, el a,
confusa e de cor ação partido, dem orou-se lá, e, nesse mom ento,
foi que Jesus veio até ela .
Alguma s das mulheres, assusta das e desnorteadas, retornara m
para suas casas e não disseram nada sobre o ocorrido. Outras
delas foram contar aos discí pulos. Não h á ne nh um conf lit o aqui ,
mas a penas a diferença norma l de atitudes que seri a de se esperar
em um grupo de mulheres.
/( % " Em D ít f ^ a Ff. Cí :' \

N em h á qu alqu er conf lit o entre a instrução pa ra q ue os discí


pulo s fossem pa ra a Gal ilé ia e o fato de que ele s não fizeram ime
diatam ente as malas e for am pa ra lá , mas estavam, n aquela noit e,
no interior de uma sala em Jerusalém, quando Cristo apareceu
par a ele s. Er a com preensível a relutância deles em obe decer mais
ess a ordem d aquEle que pensaram ser o Mess ias, mas q ue parecia
não mais o ser, apesar dos rumores de que havia ressuscitado.
Nã o há conf lito, de forma algum a, nos relat os.
Um fato é incontestável: na manhã do terceiro dia após sua
morte, o sepulcro em que o corpo de Jesus foi colocado estava va
zio. Tod os os relat os deixa m isso be m claro, e todas as evidências
fundamentam esse fato. Tampouco as autoridades romanas ou os
rabis pod iam exib ir o corpo de Je sus, em bora am bos o teriam exibi 
do a fim d e p arar a revolução que estava cri ando alvoro ço em todo
lugar e que, ma is tarde, tom ou-se c onhecida como crist ian ismo .

Esqueça a "Sexta-feira da Paixão"!


Questão:A Bíblia diz que Cristo foi crucificado no dia antes
de sábado, o que quer dizer na sexta-feira. A igreja aceita esse
fat o, o que p od e ser com prov ado pela celebração da "Sexta- fei ra
da Paixão". A Bíblia diz também que Ele ficou "três dias e três
noites" no sep ulcro, o que é claram ente im possível, j á que El e foi
crucif icado na sext a-fe ira à tarde e ressuscit ou be m cedo, na m an hã
de domingo, conforme a Bíblia afirma, e os cristãos acreditam.
Ess a contra dição não po de lançar dú vida sobr e tud o o mai s que a
Bíblia diz e, ma is precisa men te, sobre o cerne d o cristi anismo: a cr u
cificação e a ressurreição de Cristo?
Nesse caso, os críticos estão corretos: Cristo não
R e sp o sta :
poderia ser crucificado na tarde de sexta-feira e nem a Bíblia diz
que fo i. Os que d efe nde m essa posição fazem iss o, mais o u menos,
dessa parte
Uma m aneira:
do dia"Oé contada
dia jud como
eu se um
inicia
diaeinteiro.
term inaPortanto,
com o pôr-do-
o dia sol.
que se iniciou no pôr-do-sol da quinta-feira foi o primeiro dia; do
pôr-do-sol de sext a-fe ira até o de sábado, o se gu nd o dia; e do pôr-
do-sol de sáb ado até o am anhe cer de dom ingo, o t ercei ro di a".
H.\ C. wtra aiaói -a n a B ibl í a ? 105
Conforme esse cálculo, há três dias, mas somente duas noites
(sext a-fei ra e sábado). Mas C risto, especificamente, declarou: "...
assim estará o Fi lho do H om em três dias e três noites no seio da
terra" (Mt 12.40). O fato de que Cristo ressuscitou no domingo
de m an hã fica cla ro em todos os qu atro Evangelhos. E ntret anto,
Ele teria de estar mo rto e enterr ado n o sepulcro na noite de quinta-
feira, como tam bém nas n oites de sext a-fei ra e sábado.

Cristo Foi Crucificado na Quinta-feira


De fat o, fi ca ba stan te claro nos E vang elhos q ue C risto f oi cru 
cificado na quinta-feira e morreu várias horas antes do pôr-do-
sol (qu and o a sexta-fei ra se inicia). Po rtanto, Ele pa sso u pa rte da
quinta-feira, toda a sexta-feira e todo o sábado (três dias) no se
pulcro. Também passou as noites de quinta-feira, sexta-feira e
sábado (três noites ) no sepulcro e ressuscitou no alvorecer do
dom ingo. A confusão srci na-se do fat o de que sua cruci ficação
deu-se à "véspera de sábado" (Mc 15.42). Lucas e João concor
dam: "E ama nhe cia o sáb ad o" (Lc 23.54); para que "nã o ficassem
os corpos na cruz, vi sto que era dia de prep araç ão (para o gran de
dia de sábado)" (Jo 19.31).
Portanto é um engano concluir que, como o dia depois de
sua crucificação era o sábado, que Ele foi crucificado na sexta-
feira. Sábado não c o único sabá. Há outros sabás es peciais que p ode m
cair em qualquer dia da semana, dependendo do calendário. De
fato, João nos relata que o dia após a crucificação não era um
sábado sagrado qualquer, mas um sabá especial: "Pois er a gran de
[especial] o dia de sábado" (Jo 19.31). Também não resta a menor
dúvida a respeito de que sábado especial aquele se tratava: a
Páscoa dos judeus.
Quando os rabis, na manhã de sua crucificação, trouxeram
Jesus diante de Pilatos, "não entraram na audiência, para não se
contaminarem e poderem comer a Páscoa" (Jo 18.28). Essa é a
manhã depois da Última Ceia, mas os rabis ainda não haviam
comido a Páscoa — nem Jesus e seus discípulos. A Ultima Ceia
não era a Páscoa, como comumente se pensa. Esta deveria ser
E v, D : f l ^ a z -a F;C:

celebrada na noite seguinte, a qual, para choque e espanto dos


discípulos, torno u-se a noite da crucifi cação de Cr isto . (Lida remos
com is so de forma m ais detalha da p osteri ormente.)

Na Cruz,da
noPáscoa
Momento
Foi em que o Cordeiro
Sacrificado
Em notável cum prim ento da profeci a de Êxodo 12.6, Cris to
— a quem João Batista chamava de "o Cordeiro de Deus" (Jo
1.29,36), e Paulo, de "nossa páscoa" (1 Co 5.7) — foi crucificado
na mesma hora em que o cordeiro da Páscoa era sacrificado por
toda a nação de Israel: "E era a preparação da Páscoa" (Jo 19.14).
Depois, conforme d eterm ina do em Êxodo 12, os cordeiros eram
assados e comidos, naquela m esm a noit e, com o pão asmo. A Pás
coa marca
como o início
a Festa da festa,
dos Pães com oduração
Asmos, de dia
primeiro setedos
dias,quais
conhecida
era o
sábado, no qual nenhum trabalho poderia ser feito: "Sete dias
com ereis pã es asmo s; [...] e ao prim eir o di a [da fes ta] [...] ao sétim o
dia [...] nenhuma obra se fará" (Êx 12.15,16; grifo do autor).
Portanto, o pôr-do-sol da quinta-fei ra (espec ifi camente nesse
ano, 32 d.C., quando Cristo foi crucificado) marcou o início da
Festa dos Pães Asmos, quando se come nessa noite o cordeiro da
Pásc oa. Aqu ele primeiro dia d ura ria até o pôr-do-sol de sexta- fei ra
e era um sábado especial, um "grande dia", o primeiro dia da
Festa. Isso era imediatamente seguido pelo sabá normal, do pôr-
do-sol de sexta-feira até o de sábado. As mulheres não puderam,
portan to, ir ao sepulcro at é o dom ingo d e man hã. Cristo esteve no
sepu lcro três dias e três noites. Ele f oi crucificado na quinta-feira, o
mesm o dia que os prof etas predisseram (como ve remos ). Não h á
contradi ção nen hum a qua nd o conhecemos os f atos.

Paulo não Sabia Contar?


Questão: Par ece haver um a gran de falh a no testemunho de
Paulo em relaç ão à ressurreição de Crist o. El e diz que depois que
Cristo ap arec eu a Ped ro, El e apa rec eu aos "d oz e" (1 Co 15 .5). No
entanto, os Evangelhos afirmam claramente que Judas, um dos
primeiros d os doz e apóstolos, suicidara- se antes da ressurreição
H.\ C cxt r adí cüí a a a B ; b :. i a ? 107

e que havia apenas onze discí pulos viv os para quem Cri st o po 
deria aparecer. Há alguma saída para essa contradição? Caso
contrário, esse fato põe em dúvida todo o resto da história da
ressurreição.

R e sp o sta : Obviamente, Cristo "apareceu aos onze, estando


eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incre
du lida de e durez a de coração" (Mc 1 6.14); "E acha ram congreg a
do s os onze [...] E, [...] o mes mo Jesu s se apre se nt ou no m eio d ele s"
(Lc 24.33,36). No entanto, Ele também "foi visto, uma vez, por
mais de quinhentos irmãos" (1 Co 15.6). Sem sombra de dúvida,
entre el es estava Matias , que foi escolhi do pa ra tom ar o lugar de
Judas para que o núm ero de discípul os vol tass e nova m ente a se r
doze. Sem dúvida, a partir do que Pedro disse (citado abaixo)
quandoem
Cristo Matias
outrasfoiocasiões.
escolhido, esse homem também havia visto

Em Atos 1.15-26 vem os q ue há "q ua se cen to e vin te" (v. 15)


discípulos reunidos. Pedro os lem bra que os profetas previram
a tr aição de Je sus por Judas e a subse qüe nte m orte deste, como
tam bém prev iram que " outro " tom aria o seu lugar (v. 20). Para
ser após tolo, conforme Paulo nos lembra, o indivídu o precisava
ter vis to "a Jesus Cri sto, Senhor nosso " (1 Co 9:1). Porta nto, q ua nd o
os onze discípulos estavam prestes a escolher o sucessor de
Judas, Pedro dec larou que a substit uição pod eria ap enas ser f eit a
dentre os "varões que conviveram conosco todo o tempo em
que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde
o batismo de João até o dia em que dentre nós foi recebido em
cima" (At 1.21,22). Fica bem claro, porém, que embora o foco
dos q uatro Evan gelhos seja o círculo especial dos doz e discípulos,
havia outras pessoas que també m estavam com Cri sto o tem po
todo, e uma delas era Matias.
Matias preenchia os requisitos e foi escolhido para tomar o
lugar de Judas. Assim, tornou-se um dos doze apóstolos e teste
m un ho u tudo que os outros onze testemunh aram , in clus ive a res
sur reição. N a verdade , el e provavelm ente estava presente qu and o
Cristo apareceu pela primeira vez aos onze. Não há registro de
quantos outros discípulos estavam presentes naquele momento.
108 E.v. D r EtC;

Quer ele estivesse presente naquela noite quer não, o fato é que
Crist o apareceu pa ra M atias , e e le t om ou-se u m dos doze.
Paulo tornou-se cristã o alguns anos de pois d a substituição de
Judas p or Matia s. Ser ia bastante razoável, portanto, que qua ndo
Paulo declarou que Cristo foi visto "pelos doze" (1 Co 15.5), ele
queria dize r os doze (inclusi ve Mati as) que, naque le dia, estavam
ali presentes, nã o os primeiros doze dos quais Judas fazia par te.

Erros de Copistas até mesmo


na Versão Almeida Revista e Corrigida?
Questão: Deparei- me com um a lis ta de num erosas co ntradi
ções na B íblia. Eis aq ui apen as algum as: 2 Sam uel 8.4 afirm a que
Dav i t omou de H adadezer “mil e seiscentos cavaleiros", mas em
1 Crôn icas 18.4, qu e Dav i tom ou Sete mil cavale iros" . U ma d iscre
pância similar ocorre entre 2 Samuel 10.18 '( setecentos carros e
quarenta mil ho m en s de cava lo") e 1 Crônic as 19.18 (Sete mil ca
valos de carros e quarenta mil homens de pé"). Essas são apenas
algumas das discrepâncias — e elas se encontram na Almeida
Revista e Corrigida, que sempre acreditei que fosse perfeita em
cada u m a das palavras. Aj üde -me!
R e s p o s ta : A Bíblia é infalível em seus m anu scrito s srcinais,

não emi escrita.


que fo toda cópia quetodo
N em alguém produziu
copist a, comodesde
tam obém
momento em tradutor,
nem todo
trabalhou de forma tão precisa a ponto de toda cópia da Bíblia,
em todas as lí nguas, ser perfeit a em todas as palavras. Esse s er
ros que v ocê apo nto u foram feit os po r alguém ao l ongo dos sécu 
los passados, qua ndo os docu m entos eram copiados à mão .
Alguém deveria buscar os manuscritos disponíveis para de
term inar qu an do esse s erro s, em parti cular , acontecer am. E, indu 
bitavel mente, ao comp arar os muitos manu scritos que ainda temos,
seria possível de term ina r o que o ori ginal realmen te disse — s e mil
e sei scento s ou sete mil , se quaren ta mil hom ens de caval o ou qu a
renta mil home ns d e pé, et c. Entret anto, não valeria a pena invest ir
todo o tempo e o esforço necessários para determinar isso, pois
esses erro s não afeta m n en hu m ensinamento doutr inári o.
H a C.'N-:- r a :);,:- ò l > \ a Bíbi í a ?

Alguns tipos de erro de cópia ou tradução que, teoricamente,


afetam a doutrina, poderiam também ter se infiltrado em um
manuscrito em particular, mas temos tantas cópias dos manus
critos, de datas de muitos séculos atrás, que, pela comparação
entre eles, esses erros podem ser descobertos e corrigidos. Na
verdade , ne nh um a das mais imp ortantes tradu ções da Bí blia exi s
tentes hoje contém erros doutrinários. Embora haja algumas
diferenças impo rtantes nas traduções exis ten tes , que r nas mais
antigas quer na s m ode rnas (inclusi ve mu itas defi ciênci as nessas
últ imas), qualque r discrepânci a na maioria dessas traduções são
corrigidas por outros versículos da mesma versão.

Estê vão Confundiu-se ?


Questão:Estêvão, em seu discurso perante o conselho de
rabis , em Atos 7.15,16, afirmo u que Jac ó foi en terr ad o em S iquém,
"na sepultura que Abraão comprara [...] aos filhos de Hamor".
Essa afirmação apresenta uma clara contradição com o texto de
Gênesis 50.13, em que se diz que Ja có foi leva do " à terra de C ana ã"
e sepultado "na cova do campo de Macpela, que Abraão tinha
comprado [...] a Efrom, o heteu". Estêvão confundiu-se? Acho
isso muito perturbador. Por que Deus não o inspirou para dizer
tudo corre tamente?
Como Luca s est á escrevendo inspirad o pelo Espí
R e sp o s ta :
rit o Sant o, pode m os ter certeza de qu e Estêvão disse o que Lucas
regi strou . N ão po dem os cu lpar Luc as por qu alquer equí voco . A
possibilidade mais óbvia, portanto, é que Estêvão realmente se
confundiu. N o entanto, aquele fa to não ref let e nega tivamente na
Bíblia e, tampouco, prova que a Bíblia não é a Palavra de Deus,
conforme os céticos gostariam de sustentar.
Lembre-se, a Bíblia registra as palavras de muitas pessoas
que claramente não foram inspiradas po r Deu s: as desculpas de
Adã o e Ev a, a men tira de Ca im sobre sua inocência em relação a o
assassinato de Abel, os longos discursos feitos por aqueles que
vieram "confortar" Jó, as muitas vezes que o faraó voltou atrás
na palavra que dera a Moisés e Arão, as explosões do rei Saul
HO Em Dei-nsa d a Eh C

contra Davi, as acusações do sumo-sacerdote contra Jesus, e as


sim por diante. A Bíblia não garante a veracidade de toda fala
que registra, a não ser que fique cla ro que a pessoa falava inspi
rad a por Deus.

N ãopelo
pirado fi caEspí
exp rito
lícitSan
o queto,ocomo
discurso
tambd ém
e Estêvão tenh dea m
as palavras sidouitas
ins
outra s pesso as re gistradas nas E scrit uras. A Bíblia não tenta es
conder os pecados ou err os, at é mesm o de seus maiores pe rson a
gens, co mo Abraão e Dav i. Portanto, po r que Estêvão dev eria ser
resg uarda do de u m lapso em seu disc urso ? Entret anto, exam ine
mos um pouco mais profundamente para saber se Estêvão real
me nte confundiu-se ou não, e quanto .
Primeiro, Estêvão não afirmou especificamente que Jacó) foi
en terrad o em Siqué m. Ei s aqui aquele trecho de seu discurso : "E
Jacó desceu ao Egito e morreu, ele e nossos pais; e foram trans
portados para Siqúém e depositados na sepultura que Abraão
com prar a por certa soma de dinh eiro aos fil hos de Hamor, pai de
Siqué m" (At 7 .15,16). A referência de Estêvão a " nossos p ais" não
inclui Jacó ("ele e nossos pais"; grifo do autor), mas seus filhos.
Foram os "pais" que foram en terrados em Siqué m. Sabemos que
Jacó foi enterrado na cova do campo de Macpela, ao lado dos
ossos de Sara, de Abraão, de Isaque e sua esposa, Rebeca, e da
esposa de Jacó, Lia. Sabemos se algum dos doz e filhos de Jac ó, os
"pais" dos judeus, foram realmente enterrado s em Siq uém? Si m.
Foi-nos relatado, especificamente, que José foi enterrado em
Siqu ém: "Também ente rrara m em Siquém os os sos de José, que
os filhos de Israel trouxeram do Egito, naquela parte do campo
que Ja có com prara aos fi lho s de Ha mor, pai de Siquém, po r cem
peça s de p ra ta " (Js 24.32). Isso está de acord o com a afirmação de
que "cheg ou Ja có sal vo à cidade de Siquém [...] E com prou um a
pa rte d o cam po [...] dos fil hos de Hamo r, pai de Siquém, po r cem
peça s d e d inh eiro " (Gn 3 3.18,19). Se José, um dos "pais ", foi en 
terrado em Siquém, é bem possível que alguns de seus irmãos,
que também eram "pais" dos filhos de Israel, estivessem tam
bém ali enterrados. O Antigo Testamento não nos diz onde eles
est avam en ter rados, portant o não temos funda m ento para dize r
que Estêvão foi impreciso em relação a esse aspecto.
H a C o \ : r a d :Có e > n a B:bl ; ? ///

Uma Exp li caç ão Po ssíve l


O único problem a que aind a temo s é a afir mação de Estêv ão,
a saber, que Abraão comprou o campo em Siquém. Embora não
haj a ne nh um regi str o de que Abraão estiver a em Siqu ém, e le pode
m uito
pois bem zava-se
locali ter passaemdoum
p or ess a cidade
a região centr em suas
al. El m uitas
e pode ria atévime
agens,
sm o
ter com prad o um cam po al i, do qu al Jacó, alguns anos m ais tarde,
comprou uma porção adicional. Portanto, não podemos ser
dogmáticos ao afirmar que Estêvão não foi preciso em sua afir
mação. Ele, naquela época, poderia saber algo que hoje não po
demos saber.
Por outro lado, é possível que Estêvão tivera u m lapso, e est e
foi registrado na Bíblia exatamente conforme ele disse. Ele estava
sob grande
tariam . Elepressão,
reu niu rodeado
todos ospoelementos
r aqueles que oade,odmas,
da verd iavam e o m a
compreen-
sivelmente, confundiu-se um pouco em relação a eles. Estêvão
era apenas um mero mortal. Ele poderia cometer erros como nós,
e a Bíblia é honesta, algo tremendamente animador, ao permitir
que conheçamos alguns equívo cos que acont ecer am, não a penas
com Estêvão, mas com outras pessoas também.
Sim, sabe mo s que Estêvão estav a cheio 'do Espírito Santo
de sabedoria [...], cheio de fé e de poder, [e] fazia prodígios e
grandes sinais
estar ch eio do entre
Espírito povo"
o Sant (At 6.3,S>.
o e ser Portanto,
inspirado p ersabemos queo tom a
Deus n ão
uma máquina robotizada, incapaz de cometer erros humanos,
desde que a pessoa não estej a proferindo prof ecia s, as quais não
po dem conter e rros.

Por que Deus Permitiu que Estêvão Errasse?


Se Estêvão cometeu um grave erro, por que Deus não o im
pe
de,diu
is sodenão
assim
fari fazer? Por dif
a a me nor queerença
Ele deveria fazer
. Os rabis nemi sso
me? sm
Naovreagi
erd a
ram. U ma raz ão pa ra pe rm itir ess e erro (s e foi isso o que ocorreu)
e seu regist ro pod eria ser o de en sinar-nos a li ção que acabam os
de mencionar. Uma outra razão, sem dúvida, é fortalecer a
m H m D h FhS A DA Fc C =,

credibilidade da Bíblia aos olhos dos que buscam a verdade ho


nestam ente e que a estã o exam inando, para saber s e eles pode m
ou não confiar nela. Na ve rdad e, o re gistro hone sto dessa peq uen a
imp recisão co nta a favor da Bíb lia.
Se a Bíblia tivesse sido reunida com a intenção deliberada
de fraude, séculos ou mesmo anos mais tarde, e esse discurso
tiv esse apena s sido elab orado c omo pa rte de um a história fi ctícia,
os forjadores certamente não teriam cometido esse grave erro.
Eles po de riam ter exa m inado o An tigo Tes tamento, e certame nte
o teriam feito, para resolver qualquer dúvida ou imprecisão a
fim de certificar-se de que a estavam apresentando de forma
correta. O Antigo Testamento é consistente, e os forjadores cer
tame nte teriam se apegad o àquela hi stór ia e evit ado essa apa 
rente contradição.
O fato de que, no discurso de Estêvão, há esse equívoco é
uma prova a mais de que a Bíblia é um registro honesto. Além
disso, dem onstra pa ra nós que nen hu m esc riba posteri or ousou
"corrigir" esse e rro . E esse f ato dem ons tra m ais um a vez a reve
rência com a qual os copistas lidaram com aquilo que sabiam
que era a Pa lavra infal ível de Deus, como tam bém eles s e absti
veram de adulterar o texto, mesmo quando parecia haver um
equívoco qu e necessitava de corr eção .

O Milênio É o Reinado Derradeiro?


Questão: Em relação à profecia que diz respeito ao reino fu
turo de C rist o sobre o m un do , a partir d e Jerusal ém, a Bíblia a fir 
ma: "Do incremen to deste principa do e da paz, não h averá fim. .."
(Is 9.7) No entanto, a Bíblia também diz que seu reinado durará
apenas mil ano s e que term inará com um a gu erra m und ial ( ,Ap
20.6-9). Qu al é a afirm ação correta: o reino que du ra rá p ara sem 
pre ou o de mil anos; a paz ou a guerra? Certamente, ele não
pode ser ambos. Como alguém pode acreditar que a Bíblia é a
Palavra infalível de Deus, quando contém tantas contradições;
em particular, contradições relacionadas aos conceitos funda
mentais como o Reino de Cristo, que supostamente é a
culminação de tudo?
H a C'..:N 'ív '''’!.' '. a B ík i ; a ? 113

Há uma explicação simples e óbvia: o Reino


R e s p o s ta :
Milenar de Cristo não é "principado e [...] paz", que a Bíblia diz
que jamais terá fim. Esse fato f ica claro po r mu itas razões. Ce rta
mente, mil anos não são intermináveis, e a guerra não pode ser
iguala da à paz. No en tanto, a ma ioria dos cri stãos ima gina que o
milênio á o "Rei no" pelo qual d evem os orar: "Venh a o teu Reino"
(Mt 6.10), que é assun to d e m uita s profecias bí blicas. Na v erd ad e,
não é.
E su rpre en de nte que as contr adições óbvias sejam ignora das
pelos cris tãos que insistem em igualar o milênio a o Reino eterno
de Cris to. Os c ríticos, porém , que diligentem ente busc am p or cada
contradição aparente que possam encontrar, perceberam esse
problema, mas em sua avidez por condenar a Bíblia, negligen
ciaram um a solução simpl es: o milênio não é o Reino.
Cristo disse: "Aquele que não nascer de novo não pode ver
[ou] [...] ent ra r no Reino de D eu s" (Jo 3.3,5). Obv iam en te, h av erá
muitos indivíduos que não nasceram de novo e que viverão no
milênio, caso contrário, estes não seguiriam Satanás: "E, acaban
do-se os mil anos, Satanás será solto da sua pris ão e sairá a en ga 
na r as nações que estão sobr e os qua tro cantos da terr a, Gogue e
M agogue, c ujo núm ero é como a areia do mar, par a as ajuntar em
batalha. E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial
dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devo
rou" (Ap 2 0.7-9). Esses rebeld es, obv iam ente , não são cristãos na s
cid os de no vo! N o entanto, apenas aquele s que nasceram n ova 
me nte po de m estar no Rei no.
Além disso, Paulo nos diz que "carne e sangue não podem
herdar o reino de Deus" (1 Co 15.50). No entanto, a terra estará
habitada no milên io por um grande nú me ro de pessoas consi de
radas "carne e sangue". Eis aqui uma outra razão pela qual o
milênio não pode ser o Reino. (O papel singular e único que o
mil ênio tem a d esem penh ar será discutido post erior mente.)
Assim, o que é o Reino? O fato de ele ser eterno indica que
existirá no novô universo eterno que Deus criará após destruir
est e: "M as o Di a do Senhor virá como o ladrã o de noite, no qua l
os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo,
se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão. [...]
E.V. D ef

Mas nó s, segund o a sua promessa, agu arda m os novos céus e nova


terra, e m qu e ha bita a justiça " (2 Pe 3.1 0,13).
Obviamente, nem u m reino nem n ad a mais desta t erra pode
ser eterno até que o universo atual seja destruído, e um novo,
cri ado. Apen as naquele mo m ento pode m os dizer que é chegado
o Rei no eterno, cu ja paz jamais terá fim e que não p od e ser her
dado por carne e sangue, em que a exigência para ali entrar é
nascer de novo. Conforme Paulo nos informa:
Depois, virá o fim [consumação], qua nd o tiver entreg ado o
Reino a Deus, ao Pai , e qu an do h ou ve r aniquilado todo império
e toda potestade e força. [...]
E, qua nd o to das as c ois as lhe esti verem suj eit as, ent ão, ta m 
bém o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe
sujeitou, pa ra que Deu s seja tudo em todo s (1 Co 15 .24,28).

* M ateus i ndica cl aram ente que M ari a eJ os ét iver am u m rel aci onam ento

m at ri m onial norm al depois do nascim ento de J es us , neg and o, port anto, o dog m a
d a virgindade pe rpé tua de M ari a, que f oi inven tado séculos m ais t ar de. I ss o é
consist ente com as descr iç ões de Jesus , f ei t as p or M ateus e L ucas, com oo
p r i m o g ê n i to de M aria (M t 1 . 25 ; Lc 2 . 7) , o qu e de ixa i m plí cit o o nasc im en to su b 
seqüen te de outr os f i l hos , que, com f re qüênci a, aco m pa nh av am sua m ãe (M t
12 . 46 ; M c 3. 32 ; Lc 8 . 20 ) , do s qu ais al gu ns no m es foram regist rado s pa ra nó s
(M t 13. 55, 56).
Todo estudante cuidadoso e todo leitor atencioso da Bíblia acha que
existe m algum as coisa s dif íceis de com preen der nas palavras do apóstolo
Pedro, aquelas que dizem respeito às Escrituras... (2 Pe 3.16),
mas que são tremendam ente verdadeir as.

Quem de nós não descobriu coisas na Bíblia que nos desconcertaram,


coisas essas que
r seno
início de nossa experiência
a Palavracristã
nos levaram a
que stiona a Bíblia, afin al, era de Deus? \ a Bíblia,
descobrimos algum as cois as que parecem impossí veis de ser
reconciliadas com ou tras qu e tam bém estão na Bí blia. Descobrimos
alguma s cois as que parecem incom patíveis com a i déia de que toda a
Bíblia é de src em d ivina e totalmen te inerrante...

[A Bíblia é] uma revelação da mente, e do desejo, e do caráter, e do ser de


um Deus infinitamente grande, perfeitam ente sábio e totalmente sa nto...
[mas] a revelação... [é] feita para seres finitos cujo conhecimento é

imperfeito e cujo caráter


seres são imperfeitos emtambém é imperfeitoespiritual...
seu discernimento e, por conseguinte,
Portanto,esses
em
virtud e das nec essidades espec íficas do caso , deve ha ver dificuldades
nesse tipo de revel ação proveniente desse tipo de fonte transmitida a tais
pessoas. Quando o finito tenta compreender o infinito
é normal hav er difi culda des.. .

Não é pr ud en te ten tar ocultar o fat o de q ue essas dificuldades exi stem.


Faz parte da sabedoria, como também da honestidade, encarar
francamente essas diferenças e as levar em consideração.
— R. A . Torr ei /1
A FE

Como De us Pode se Arrep end er?


Questão: Em Gênesis 6.6, está escrit o que: 'Ar rep en de u-s e o
Senh or de hav er fei to o ho m em ". Jonas 3.10 diz: "E Deu s se arre 
pendeu do mal que tinha dito lhes faria". Um bom número de
vezes, ao longo de todo o Antigo Testamento, a mesma palavra
hebraica exp ressa um arrepen dim ento simil ar da parte de Deus .
Como Deus, que supo stam ente é perfei to pode se arrepende r? E
p or q ue nece ssit aria fazer i sso s e Ele sabe de an tem ão tu do o que
acontecer á, ma s perm ite que cois as assi m aconteçam?
E verdade, conforme você afirma, que se Deus é
R e sp o s ta :
perfeito e sabe de antem ão tu do o que acont ecerá, certamen te E le
não poderia se "arrepender" no sentido de haver cometido um
erro. Na verdade, há tantos versículos na Bíblia que declaram
que Deus não pode se arr epend er dessa for ma, que podem os ter
cert eza de que, nesse sentido, E le jamais se arrep en de u ou se ar
rependerá.
nem Porhomem,
filho de exemplo:
para"Deus nãoarrependa:
que se é homem,porventura,
para que minta;
diria
ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?" (Nm 23.19)
Portanto, o que devemos entender quando a Bíblia diz que
Deus se arrependeu ou se arrependerá? Inúmeros versículos
H8

fornecem a necessária compreensão. Por exemplo: "Agora, pois,


melhorai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do
Senh or, vosso Deus, e arrepend er-se-á o Senhor do m al [julgame n
to] que falou contra vós" (Jr 26.13). Quando Deus se oferece para
se
dor,"arrepen der" do
se este deixar suajulgamento que El está
pecaminosidade, e pronuncio u sobr
claro que seu e o peca
"arre
pen dim ento" é si mplesmen te sua resposta c hei a de graça e m rela
ção ao ho m em arre pe ndid o de seu pecado. Esse fato fica bastan te
eviden te por meio de m uitas passa gens das Escrituras c omo es tas:
Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que
cometeu, e gua rd ar todos os m eus estatutos, e f ize r juízo e justi
ça, certam ente viverá; nã o m orre rá (Ez 18.21).
No m om ento em q ue eu fal ar c ontra um a nação e cont ra um
reino, pa ra arrancar, e pa ra derribar, e pa ra destruir, s e a ta l na 
ção, contra a qual fal ar, se converter d a sua m alda de, tam bém eu
me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe (Jr 18.7,8).

Uma Mudança de Ação , não de Pensame nto


Obviamente, depois que as condições que Deus estabeleceu
fore m cu m pridas, se E le se " arrepen der", nã o qu er dizer que Ele
m udo u sua atit ude ou aç ão porque est ava errado ou porque não
previu o futuro. Ele apenas mudou sua ação em relação aos que
se arrependeram, exatamente como prometeu. Não há nem re
morso nem arrependimento. Tampouco, nenhuma dessas duas
atitudes é possível para Deus. Essa foi a natureza de seu "arre
pendimento" ao não destruir Nínive, conforme Jonas declarara
que Ele faria. Em todos os casos em que o "arrependimento" é
atribuído a Deus, sua ação é bastante consistente com o princípio
apresentad o reiteradam ente po r El e em sua Pal avra. Sempre que
há arrependime nto e abandono do mal por parte de um a pesso a
ou nação , Deus perd oará e não execut ará o julgamento que p ro
nunciou previamente.
E quanto ao "arrependimento" de Deus em Gênesis 6? Evi
dentem ente, é o inverso desse descrito aci ma. Em vez de as pes
soa s aban don arem o mal e s e vol tarem pa ra o bem e, em conse
D esa :--U'; a Fe

qüência di sso , Deus "arrepende r-se" do julgamento que pro nu n


ciara em relação a elas, as pessoas que Deus criara e declarara
boas se voltaram para a maldade. Por conseguinte, Deus "arre
pendeu-se ", da bênção que lhes prometera. N a verdade, tão grande
era a maldade delas que toda a humanidade que criara merecia
ser destruída.
Felizmente, um homem, Noé, "achou graça aos olhos do Se
nhor" (Gn 6.8). Esse fato nos diz que embora a graça seja livre,
como deve ser, há condições para recebê-la. Deus disse: "Não
contenderá o meu Espírito para sempre com o homem" (Gn 6.3).
O tempo p ara o julgamento chegara, m as um hom em , di ferent e de
todos os outros, estava disposto a arrepende r-se e obedecer a Deus
e, po rtanto , pod eria ser o recipi ente da graça divi na.
Os pais devem padronizar sua disciplina de acordo com o
exemplo de Deus . Há u m p onto em que o retorno s e tom a mais
improvável e, por fim, há o ponto sem retorno no oferecimento
do perdão a um filho que erra e sempre implora piedosamente
por misericórdia. Se nunca existir uma punição, então a graça é
sem sentido, e a lição exigida nunca é aprendida. A graça que
Deus estendeu a Noé tem significado apenas em relação ao jul
gamento proferido contra todas as outras pessoas. E o mesmo
acontece com a salvação que Deus nos oferece em Cristo: ela é
signi ficat iva e des ejável apenas à luz do julgam ento e terno que,
de o utra forma, t eríamos de enfrentar por nossos pecados .

Jesus Estudou na índia com os Gurus?


Os Evangelhos si lenc iam sobr e ap roxima dam ente
Questão:
dezoit o anos na vida de J esu s, o períod o que se estende desde a
últi m a vez que escutamos falar de Jesu s no Templ o, qua ndo era
um m enin o d e d oze anos (Lc 2.41-52), e o iníci o de seu m inistério
com cerca de trin ta a nos d e ida de (Lc 3.23). Já encontre i inúm era s
vezes o relato — não apenas no Evangelho de Aq uá rio, mas tam
bém nos jornais — de que Jesus, nesses anos dos quais não há
reg istro, est ava na índia e studa ndo com o s gurus. Sup ostam en
te, a sabedoria que Ele conquistou ali se tornou a base para seu
ministério. Por que não?
r2o Ev D F e C s.

O registro mais amplamente divulgado envolve


R e s p o s ta :
um tal Nicholas Notovitch que afirmou que, enquanto viajava
no Tibete, nos fins do século XIX, os lamas tibetanos lhe conta
ram que existia um registro que relatava a visita de Jesus a um

m ona stério
a mesma do foi
coisa Himalaia.
relatadaNa um
o iníoutro
cio doviajante
século X
queX,esteve
supo stam
no ente,
Tibete. Entretanto, ning uém capaz de ler e trad uz ir esses "regis
tros" jamais os viu ; tampouc o, nen hum a cópia fo i trazida p ara o
ocidente a fi m de ser exam inada. E, agora, parece que esses "re 
gist ros" foram destruídos.2
Se a Bíblia não fosse fu nd am en tad a em evidências m elhores
do que essa, os críticos, justificadamente, a teriam descartado
muito tempo atrás. Portanto, essas afirmações especulativas re
ceb em, instantaneamen te, crédit o po r parte da queles que exi gem
prova para tudo que a Bíblia diz. Esse padrão de dois pesos e
um a m edida tem um profu ndo viés da parte dos c éticos que afi r
m am estar interessados apenas na ver dade.

Toda a Evidência Aponta para o Lado Oposto


Primeiro não há a mínim a evidência históri ca ou arqueológica
de que Jesus visitou a índia e, muito menos, de que lá estudou.

Além disso, essa t eoria é refutada p or tu do que Jesus dis se e f ez


em seu ministério. Os ensinamentos que Jesus apresentou aos
judeus estavam em consonância com toda a E scritu ra desse povo
(que El e, com freqüência, cit ava como fonte de a utorida de) e não
exi bia o menor sinal de alguma infl uênci a do h induísm o o u bu 
dismo. Se Ele tivesse estudado com os mestres da índia ou do
Tibete, Ele seri a ob rigado a susten tar o ensinam ento deles e ho nra r
seu guru. Na verdade, os ensinam entos d e Jesus eram a antí tese
de qualquer tipo de misticismo oriental.
Além tente,
ma consis diss o,não
o reléato do N ovocoTestamento,
compatível m o fato deque
Jesusseterjunta
feit de for
o via
gens tão extensas. As pessoas de sua cidade natal, Nazaré, o co
nhe ciam como "o carpinteiro, fi lho de Maria e irmã o de Tia go, e de
José, e de Judas, e de Simão" (Mc 6.3). Certamente, fica claro que
D ksa f ioí a Fe

Ele era um a person alidade bastante conhecida em sua cidade na 


tal, que cresceu e vive u na c om un ida de loc al, e não que Ele era um
Marco Pólo jude u que viaj ou para lugares exóti cos e dist antes.
Os amigos e conhecidos ficaram perplexos quando Jesus, re
pentinam ente, começou a vi aja r pela Gal iléia e pregar para gran
des m ultidões. O fato de Jesus apresentar-se como u m líder r eli
gioso foi um escândalo para a família e para os vizinhos. Eles os
tratavam com um cer to desdém, proveniente da famil iar idad e, não
com a rever ência que certamente teriam d ado a alguém que vi ajar a
m uito e es tuda ra em terras tão distantes como a índia e o Tibete.
Todo gu ru que vem pa ra o ocidente el ogia e honra se u mestre,
pois t odo hind u, inclu sive o s próp rios gurus, deve ter um gu ru a
quem seguem. No entanto, o suposto "guru Jesus " jamais s e re
feriu a seu guru nem citou qualquer escrito religioso, exceto as
Escrituras judaicas. Ele afirmou que foi enviado por seu Pai no
céu (Jo 5.23,30,36; etc.), um term o des con hec ido d os g ur us e odiad o
pelos rabis , e não p or a lgum me stre do orient e.
Os gurus afirmam ser homens que alcançaram, por meio da
ioga e de prática s acéti cas, a "realiza ção" m ística em qu e o Atm ã (a
alma individual) é idêntico ao Brâman (a alma universal) e, por
conseguinte, tom ara m-se de uses "auto-realizado s". Se Jesus ti vesse
estud ado com el es teria ensinado essa mesma ilusão. Portant o, em
total contradição com esse sonho impossível e longe de afirmar
ser um hom em que lutava pa ra alcançar a natureza divi na, J esu s
apresentou-se como o EU SOU (Jeová) do Antigo Testamento, o
Deus de Israel que se hum ilhou a si mesm o pa ra tornar-s e homem:
[...] Se nã o crerd es qu e eu sou, morre reis em vosso s pecados.
[...] Antes que Abraão existisse, eu sou. [...] Antes que aconteça,
pa ra que, q ua nd o acontecer, acrediteis que eu sou. [...] Um po uco,
e não m e vereis; [...] po rq ue vo u p ar a o Pai. [ ...] Saí do Pai e vim ao
mu ndo ; ou tra vez, deixo o mu nd o e vou p ara o Pai. [...] Eu e o Pai
somos um (Jo 8.24,58; 13.19; 16.16,28; 10.30; grifo do autor).

Diferenças Irreconciliáveis entre Cristo e os Gurus


Os gurus negam a existência do pecado ou de qualquer pa
drão absoluto de moral. O darma de cada pessoa é distinto, a
122 E m D f .f e s .a d a Fe C e

saber, um a substância individua l que deve ser descoberta na jor 


na da místi ca rum o à união com o Br âman. Crist o, de forma total
m ente oposta, afirmo u ser a "luz do m un do " (Jo 8.12), cu ja vida
expôs a m aldad e da hu m anida de. Além diss o, Ele prom eteu e n
viar o Espírito Santo para convencer o mundo do "pecado, e da
justiça, e do ju ízo" (Jo 16.8). Jesus anunciou que veio para cha
mar os pecadores ao arrependimento (Mc 2.17) e para salvá-los
do julgamento eterno por meio do sacrificar a si mesmo pelos
pecados de todo o mundo.
A vida e os ensinamentos de Cristo se encontram em total
contradição com o hinduísmo que teria aprendido na índia. Se
Ele ali tivesse estudado, quando retomasse a Israel, certamente
teria pratica do e ensina do aos jude us o que teria aprendid o. Essa
teoria não encontra apoio algum nos registros do Novo Testa
me nto que nos foram entregues po r testemun has ocu lares.
Os gurus ensinam um ciclo contínuo de m orte e encar nação,
enquanto Jesus ressuscitou, conforme disse que aconteceria, e
pro m eteu a mesm a li bertação da morte a s eus seguidores. Re en-
carnação e ressurrei ção são opostas; nin gu ém pod e crer em ambas.
Os gurus ensinam um retorno contínuo a esta terra, vida após
vida, para melhorar o suposto "carma" de cada indivíduo, en
qu an to Jes us ensina o pe rdã o d os pecad os pela graça, a exigê ncia
para que uma pessoa vá para o céu. Para os gurus, o céu é um
estado
ensinoumístico de no
que estar unidade
céu é com o absoluto.
habitar Jesus,
para sempre na ao contrário,
casa de seu
Pai em que há "muitas moradas" (Jo 14.1-4). Os gurus são todos
vegetarianos, Jesus com eu o cordeiro da Pásc oa, alimen tou m ul
tidões com peixe e , at é mesm o, depois de sua ressurrei ção com eu
peixe como uma demonstração para seus discípulos de que
havia ressuscitado em corpo, e não era um "fantasma", como
eles supunham.
Há mu itos gurus, m as Jes us afirmou qu e era único e o ú nic o
Filho de Deus, o único Salvador dos pecados. Os guru s ensina m
que há muitos caminhos que levam a Deus. Jesus declarou: "Eu
sou o cam inho, e a verd ade , e a vida. Ning ué m v em ao Pai senão
po r m im " (Jo 14.6). Tudo que Jesus disse e fez opõe-se aos e nsi
namentos do hinduísmo e do budismo, e contradizem as falsas
afir mações d e que Ele es tud ou na ín dia ou no Ti bete.
D E :■ A i IC) 5A F H 123

Essa t eoria fraudulenta dem onstra, mais um a vez, como ser ia


impossível inventar uma história fictícia sobre Jesus e ajustá-la
aos eventos reais desta terra. A teoria equivocada de que Jesus
estud ou na índia com o s guru s simp lesmente não se aj usta ria de
forma algu m a com os r egistr os do No vo T estamento — e se e las
se ajustassem a el e, o Novo T estamento seria i ncom patível com o
Antigo Testamento, em vez de ser, como tinha de ser, seu cum
primen to. T ampouco os r egistros do Antigo ou Nov o Testament o
se ajustari am à hi stóri a do m und o, a não ser que ambos foss em
verdadeiros. A harmo nia perfeita das Escri tur as com a h ist ória é
revel ada por qualquer estudo cuidadoso e honest o dessas duas
fontes, as E scrituras e a história.

A Relação entre as Mitologias e a Bíblia


Questão:A Bíblia afirma ter sido inspirada por Deus. No
entanto, enc ontram os registr os si milares de algu ma s das históri as
que ela relata (Adão e Eva, a tentação no jardim do Éden, Noé e o
dilúvio, e tc.) em mitos de muitos pov os antigos do m un do todo.
Alguns desses mitos parecem muito mais antigos do que a Bí
blia. Por exemplo, há relatos em placas assírias, anteriores aos
livros de Moisés, que narram a criação, a tentação no jardim, o
dilúvio e a torre de babel, em uma linguagem muito similar ao
registro de Gênesis. O primeiro homem dos mitos babilônicos
chamava-se Adami. Não é possível, portanto, que pelo menos
par te da Bíb lia, em vez de ser inspiração divina, se ja proven iente
da mitologia pagã?
Sugerir que a Bíb lia em pre sto u os relat os de G ênesis
R esposta:
de mitos pagão s cri a mais problem as do q ue soluç ões. Ain da nos
restam du as questões: Qual fo i a fonte dos relat os pagão s e qual
é a exp lic ação para as semelhanças em tod os esses regi stros, in
clusive os da Bíblia? E matematicamente impossível que raças
distintas
um as come culturas
as outrasespalhadas
desenvo pelo mundo
lvessem todo
todas elae sem contato
s, e de f orma inde 
pen den te, ess es regist ros mito lógicos semelhantes sobr e a srcem
e a hist ória da hu m anida de. As probabilidades contra um acon
tecimento dessa natureza são astronômicas.
E m D e f e

Portanto, todos os relatos, incluindo os da Bíblia, precisam


ter a mesm a fonte em comu m, a qual se srcinou fora de qua lquer
raça ou cultura. Nã o há d úv ida qua nto a is so. Ess e fa to nos con
fronta, mais uma vez, em relação ã questão da identidade dessa
font e em com um e de como todas essas pess oas que estavam es
palha das por vastas áreas tiveram contato com el as — ou como a
fonte alcançou as pessoas.
De man eira bastante interess ante, os próprios rel atos prop i
ciam a única expli cação pl ausível : tod as a quelas pesso as de várias
raças e cores eram descendentes de um grupo de pais criados
por Deus e houve um dilúvio que espalhou novamente pelo
m un do u m a famí lia, da qual todas as pessoas descendem. M ate
matic am en te, a evolução é i mpossível, como já vimos. Além disso,
se, durante milhares de anos, a evolução gradual de qualquer
símio para o homem tivesse ocorrido, teria deixado milhares de
fósseis de elos esquecidos (criaturas que não eram nem símios
nem hom ens) espalha dos na vasta áre a da ter ra, embo ra nenhum
tenh a sido achado. E se a evolução foss e um fato, não haveria um
único casal de pais com uns pa ra to das as pes soas; haveria centenas
ou talvez milhares desses casais de pais e, por conseguinte, não
hav eria expl icação pa ra que u m a simples m itol ogia f oss e conhe
cida po r toda s as pessoa s.
No entanto, Adão e Eva t eriam certamente contado a histó
ria de sua criação, o engano da serpente e a expulsão do jardim
do Éden para seus filhos, e estes para seus filhos, e assim por
diante. Essa história seria, com certeza, conh ecida p ela família de
Noé que a teria passado ao longo de toda sua descendência com
o relato do dilúvio, conforme el es vi venciaram. N ão há outra expli
cação racional possível para que essa mitologia, que as pessoas
têm em comum , tenha se espal hado pelo mu nd o a não ser por
me io do reco ntar esse s eventos .
Além diss o, hoj e, na Turqui a, próxim o ao m onte Ar ar ate, on de
a Bíblia diz que a arca de Noé repousou depois do dilúvio (Gn
8.4), os nativos que vivem naquela região ainda se referem ao
cume d o mon te como "o mon te de Noé". M esmo sem os v ári os
rel atos daqueles que afir mam ter vist o um a eno rme embarca ção
no cume con gelado do m onte Ararat e, que só pod em ser os res
Di:s-.xrit"'-; a Fe 125

tos da arca de Noé, temos ou tras fort es evidênci as. U ma tradição


loc al basta nte antiga harm oniza-se com essa história l argam ente
difun dida pelo m undo . Essa conf irmação é bastante fir me, e não
pode ser ignorada.

Mitologias Deturpadas Trazem uma Luz mais


Esplendorosa para a Bíblia
Onde quer que os arqueólogos escavem ao redor do mundo
encontram antigas repr esent ações de um a m ulher , um a se rpente e
um a árvore em íntima rela ção umas com as out ras, o que corrobora
o relato de Gênesis. Além disso, sabemos que há, pelo menos, um
cern e de verda de nessa hist ória muito difundida. Entretanto, qua n
do vem os os relat os não -bíb lico s, sabemo s que existem obvia me nte
muitos elementos mit oló gicos que foram d eturpa dos n a transm is
são de um evento histórico. Um fato de grande significância (ao
qual retornaremos em um capítulo posterior) é que a serpente é
univ ers almente apre sentad a como o símbolo da sabedoria ou o deus-
Salvador, exatamente o oposto do que a Bíblia diz.
Em acréscimo à deturpação do papel da serpente, todos os
rel atos pagãos incorporam elementos obviamente mit ológ ico s e
fantásticos. Apenas o relato bíblico apresenta um grupo de his
tórias reais, em vez de mitos. Isso se ajusta com o restante da
Bíblia e correspon
da de até h oje. Entredetanto,
ao que sabe mos
o relato sobre
bíbli a história
co coloc a-se dedaum
h um an ei
lado,
todos os outros re lat os, apesar das similaridad es que ap resen tam
com a história de Gênesis, estão juntos em oposição a ela.
Essa distinção en tre a Bíb lia e todo s os outro s relatos é signi
ficativa. Isso indica que o relato bíblico não foi emprestado de
outros relatos. Evidentemente, todos os relatos não-bíblicos fo
ram srcinados nos mesmos eventos históricos, e as diferenças
apa recera m m ais tarde. Tod os os mitos pag ãos são variações uns

dos outros,
Eles devemportanto, nenhum deles
ter sido deturpados de éuma
confiável como
maneira ou autêntico.
de outra.
Visto que o relato bíblico é consistente com o restante da Bíblia,
pod e rei vindi car a me sma inf ali bili dade da inspi ração de tod a a
Palav ra de D eus. Os r elatos pag ãos são similares o suficient e para
126 Ev. D h f l >a r s F: Cs

confirmar o relat o bí bli co, mas d iferent es o bastante pa ra dar sus


tentação ao fat o de que apen as o regist ro mais a ntigo é aut ênti co.
O relato bíblico não se srcinou da tradição oral transmitida de
geração a geração (e, portanto, ele não é vulneráv el a esse inevi
tável erro que é inerente a es se processo de transmissão), mas da
inspiração de Deus .

O que Significa M over Montanhas p ela F é?


Questão: Jesus di sse clar amente : "Porque e m verd ade vos digo
que, se tiverdes fé como u m grão de m ostard a, direis a est e monte:
Passa daq ui para aco lá — e há de passar; e na da vos ser á imp ossí
vel" (Mt 17.20). Aind a não ouvi falar de um cris tão que ten ha m o
vido um a m ontanha ou que tenha tom ado isso possível. No en
tanto, não há absolutame nte nenh um a condi ção; ess a promessa é
um equívo co. M ateus e Lucas ( e este dá sua versão do o corrido em
17.6) mentiram, ou Jesus mentiu. Qual deles mentiu? Ambos os
casos pro va m que a Bíb lia é contraditória, não é mesm o?
N em Ma teus nem Lucas nem Jesus mentiram. Te
R e s p o sta :
nham os c uidado e m a borda r a B íblia co m a reverênci a ap ropria
da. Mesmo que não possam os expli car rapidam ente o u conc iliar
cada dificuldade que a Bíblia apresente, as evidentes corrobora-
ções da autenticidade e exatidão daquelas passagens que pode
mos enten der são esm agado ras e apon tam pa ra a or igem divi na
da me sma . R. A. Torrey lembra-n os:

O que po deríamo s pen sar sobre um ini cian te em álg ebra que,
após ten tar em vão, por meia hora, resolver um prob lema difícil
declara que não há solução possível para o problema, pois ele
não p od e ach ar nen hu m a sol ução ! [...] As dificuldades com que
se defrontam as pessoas que negam que a Bíblia tem srcem e
auto rida de d ivinas são, de longe, mais num erosa s e mais signi fi
cati
ditamvasem
do que
suaaq uelas
srcem e com que sede
autorida defrontam
divinas. 3 as pessoas que acre 

Nesse caso, o aparente conflito é resultado da compreensão


errada de fé. Ela não é algum poder que pode ser atirado em
D eíaüos a Ff 127

circunstâncias, ou pessoas, ou coisas, a fim de torná-las alinha


das com a ambição ou desejo de alguém. Se esse fosse o caso,
Cristo t eria nos dito que esse po de r misterioso é tão i ncrivelmente
poderoso, que s ó precisamos de um a qua ntida de minúsc ula de le
(do tamanho de um grão de mostarda) a fim de realizar o que
quer que desejamos. Portanto, o universo seria controlado pelo
homem, e não por Deus. Seria terrível se os homens tivessem a
sua disposição tal p oder. F elizment e, ele s não o têm, ne m Jesus
prom eteu isso.
A fé não é um poder que a pessoa possua, mas a completa
confianç a e depen dên cia em rela ção a outra pe ssoa ou objeto. A fé
deve ser dirigida a um objeto. Não há nada nem ninguém mai s mere
ced or de no ssa total confiança além de Deus. Jesus d isse: "Tende fé
em De us" (Mc 11.22). Po rtan to, o que é a fé ? Ela é a confia nça se gur a
no am or e na graç a do p ode r e sabedoria de De us.
E fácil mos trar o absurd o da idéia de que a "fé" é algum p o 
der que o hom em possa dominar. Supon ha que doi s homen s quei
ram m over uma m ontanha, mas cada um del es para um a dir eçã o
difer ente do outr o. Q ual deles cons eguirá move r a montan ha, em
que exat o mo m ento e pa ra on de ele quer que ela v á? O home m
que tiver mais fé? Essa má compreensão, bastante comum, é re
je itada pela afirmação de Jesus, a saber, de que é necessário ape
nas uma peq uena quan ti dade de f é para m over uma m ontanha .

De us apenas — n ão a Fé — Pode M over Montanhas


A m ontanh a (ou qu alquer ou tra co isa) não ser á mo vida pelo
poder da fé, porqu e a f é não t em pod er em si mesm a, nem po r si
mesma. A montanha só pode ser movida pelo poder de Deus.
Portant o, el a ser á movida, apen as qu and o e pa ra onde Deus qu i
ser qtie se mova.
Sem dúvida, ninguém p ode ter aquel a f é que move m onta
nhas
salvoem
se uforma mo me ntodee Deus
vontade spe cífico e emfaça
que ele u messe
a determ inada Edireç ão,
movimento.
como alguém pode adquirir esse discernimento e convicção?
Obviamente, apena s por meio do conhecimento pessoal de Deus
e do aprender a confiar nEle. Seria uma tolice completa confiar
128 E- ■ D:-. F: O

em um estranho ou em alguém que ainda não t enha dem onstrado


sua confiabilidade.
A fé põe o hom em em contat o com Deus, levando-o a conh ecer
e a confiar em Deus e saber os desejos dEle. Pela fé, o homem
pode tornar-se um instrumento efetivo do desejo de Deus aqui
na terr a. Rara m ente as m onta nha s reai s precisam ser movidas, se
é que isso acontece. Entretanto, isso seria possível se fosse o de
sejo de Deus . Je sus uso u o exemplo extr emo de move r um a m on 
tanh a em resp ost a à fé em Deus para mostrar que nada é impossíve l
para aqueles que est ão em contato com Deus e que obedecem a
seus propó sitos e seu poder.

Por que Jesus, após a Ressurreição,


não se Mostrou aos Romanos e Rabis?
Questão: Se Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos,
por que não se mostrou abertamente aos rabis, aos judeus co
muns e aos romanos? Dessa forma, não ficaria claramente esta
belecido o fato de que Ele voltou do sepulcro? E uma aparição
pública de Cristo desse tipo não teria convertido todos, naquele
dia, ao cristianismo? O fato de que mesmo a Bíblia admita que
Ele não fez isso, não é um a p resum ível evidência co ntra a suposta
ressurreição? Se Ele estava realmente vivo, por que não provou
claramente isso?
R e s p o sta : Você subestima a tei mosia e a ma ldad e d o coração
hum ano. Além dos di scíp ulos, houv e muitas testemun has ocula
res que atestara m às mu ltidões d e am igos e famil iares , bem como
aos rab is, sobre o fato de qu e Cristo ressuscit ou Lá zaro dos m or
tos depois de seu corpo ter ficado por quatro dias na sepultura
(Jo 11.43-46). Não há dúvida de que esse incrível milagre ocor
reu. Na verdade, os rabis admitiram entre si, no conselho, que
Cristo fez "muitos sinais" (v. 47,48). Ainda assim, esse fato não
amoleceu o coração deles nem os fez desejar encarar a verdade
sobre Cristo.
Ao contrário, o fa to de qu e Cristo ressuscitou Lázaro na fren
te de m uitas te stem unh as (e po r causa desse milagre irr efutável ,
D í . - af í os í Fr 123

muitas pessoas acreditaram que Ele era o Messias) apenas au


m en tou a determ inação dos rabis de m atar Crist o. E , agora, el es
estavam de terminado s em m atar Lázar o também , para evitar que
ele fosse uma prova do poder divino de Cristo (Jo 12.9-11)! Essa
oposi ção fanáti ca a Crist o não era racional e, portanto, nã o p od e
ria ser m ud ad a, ind epe nde ntem ente de que fat os posteri ores e les
pudesse m tes temunhar .
Não, iss o não teri a m ud ad o a mente ne m as aç ões dos lídere s
religiosos e secul ares , m esm o que o própr io Cristo , aquEle que eles
crucificaram, aparecesse na frente deles, vivo novamente. E por
que Ele deveria ter fe ito iss o? Por meio de sua reali zação das p ro 
fecias do Antigo Testamento e dos milagres que foram co nfirmados
po r tantas te stemu nhas (as quai s, como os e spi ões, r elataram tudo
aos rabis — Jo 11.46), Cristo deu aos líderes religiosos de Israel
evidências ma is do que suficien tes de que Ele era o Messi as. Ind u
bitavelmente, alguns dos próprios rabis testemunharam seus mi
lagres. N o e ntanto, m esm o assim eles o cru cif icar am.

Os Romanos e os Rabis Tiveram


mais Provas do que Precisavam
Além disso, os rabis tiveram evidências mais poderosas da
ressur rei ção de Cri sto, do que o testem unho das pessoas com uns
que viram com seus ol hos quan do Lázaro s aiu da sep ultura " tendo
as mãos e os pés ligados com faixas..." (Jo 11.44) Eles tinham o
relato de teste m unh as ocular es, os discipli nado s e treinado s sol
dad os rom anos que g uard aram o sepul cro de Cr isto, que conta
ram sobre sua confrontação aterradora com o anjo que afastou a
pedra para expor o sepulcro vazio. O coração dos rabis era tão
duro que, a despeito do testemunho de um pelotão — que fora
val ent e, mas, agora, mal consegu ia para r de trem er de m edo —
suborn aram os guardas p ara que diss essem que os disc ípul os rou
ba ram o corpo de Cristo enqu an to eles dor m iam (Mt 28.13).
Tan to o s rabi s qu anto as autorida des roma nas sabi am m uito
bem que Crist o ressusci tara dentre os mortos . Fornecer mais pro 
vas da ressurreição para aqueles que estavam determinados a
negá- la, não teri a m ud ad o nada . Is so apena s teri a tornado todo o
130 Em D efesa e\ a F e Cãist.

ju lgam ento deles mais severo ainda graças às evid ência s adic io 
nais pelas quais poderiam ser responsáveis. Portanto, Cristo es
tava sendo indulgente em não aparecer para os rabis e para a
m ultidã o de pe ssoas que, em h ipótese a lgum a, crer iam. El e, cla
ram ente, estava seguindo seu próp rio consel ho de não deitar "aos
porc os as vossas péro las" (Mt 7 .6).
Eles, como também as outras pessoas, foram confrontados
por muitos indivíduos que foram ressuscitados e que, indubita
velmente, testemunharam a eles sobre a ressurreição de Cristo:
"E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dor
miam foram ressuscitados. [...] depois da ressurreição dele [Cristo],
entraram na Cidade Santa [Jerusalém] e apareceram a muitos"
(Mt 27.52,53; grifo do autor).
Depois disso, o s rabis e todas as pessoas, no m ilagre realizado
po r interméd io dos discípu los, em no me de Crist o e po r meio de
seu poder, tinham provas adicionais da ressurreição:
E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça (At 4.33).
E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas
mã os do s apó stolos. [. ..] [e] o po vo tinha-os em gra nd e estima. E
a multidão dos qu e criam no Senh or, tant o hom ens como mulheres,
crescia cada vez mais, de sorte que transportavam os enfermos
para
me nosasa ruas e osdpun
sombra ha m qua
e Pedro, em lei
ndtos e em
o este camilhacos, bris
passasse, paraseque ao
alguns
deles. E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a
Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos
imundos, os quais todos eram curados (At. 5.12-16).

Essa grande transformação dos discípulos, que os fariseus


reconheciam, era prova mais do que suficiente da ressurreição.
Os dis cípul os, medrosos como eram, haviam aba ndo nad o Cri sto
no jardi m e fugido para salvar suas vidas . N o entanto, aqui estão
eles, "homens sem letras e indoutos" (At 4.13), agora não mais
medrosos, mas a cusan do os r abi s, de forma ousad a por ter entre
gado Cristo para ser crucificado. Apesar das ameaças de surras,
prisão e mort e, esses hom ens, anteriorme nte covardes , agora se
colocaram corajosamente dian te dos rabis e , com gra nde convic
/jy
ção, testemunharam que o Senhor havia ressuscitado dentre os
morto s. Além disso , em n om e dEle , estavam fazendo espantosos
mila gre s que persuad iam multidões . N enh um a outra prova er a
necessária.

Uma Grande Injustiça?


Questão: Alguns de meus amig os pensam que o ensi namento
sobre Cristo morrer na cruz para pagar por nossos pecados, o
cerne do cristianismo, é em si mesmo uma razão para rejeitar o
cris tian ismo. El es arg um enta m qu e é inju sto que um a pessoa ino
cente seja presa e executada no lugar de um criminoso e que essa
prática encorajar ia o pecado. Iss o me deixou perplexo. Você p o
deria me ajudar?
R esp o sta : O problem a deles é a falta de compree nsão d o que,
na verdade, aconteceu na cruz. Primeiro, Cristo é absolutamente
único. Ele é Deus e homem em uma pessoa, o único que pode
morre r pelo pecado dos outro s. Al ém disso , sua morte em nosso
lugar não é para ser entendida como um a sugestão de que "um a
pessoa inocente sej a presa e execu tada no lugar d e um criminoso".
Além disso, Cristo fez mais do que simplesmente morrer
em nosso lugar. E se tudo que aconteceu se resumisse a isso,
então Barrabás seria a maior testemunha "cristã" de todos os
tempos. E uma verdade literal que Cristo morreu no lugar de
Barrabás e, por isso, este foi solto. No entanto, Barrabás nada
sabia sobre o verdadeiro significado da cruz. Ele não podia en
tender , at é ond e sabemos, que Cristo morre u po r seus pecados,
como tam bém n ão creu em Cristo como seu Salvad or. Tudo que
a morte de Cristo realizou para aquele criminoso foi colocá-lo
fora da prisão para que continuasse a levar sua velha vida de
pecado. Isso não é o evangelho!
O trabalho redentor de Crist o fe z mais do que simplesm ente
pag ar por
fiavam quenosso p ecado.
Ele era Qu andmorreram
seu Salvador, o Cris to morreu,
nEle. Osaquele
crentes sacei
que con
taram a morte de Cristo como se fosse a morte deles mesmos e,
nesse ato de fé, desistiram da vida que levavam. Assim, o Cristo
ressuscitado po de vive r nel es. Paulo, em seu testem unh o, decl ara:
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas
Crist o vive em mim; e a vida que agora vivo na carne viv o-a na
fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo
por mim (G1 2.20).

Portant o, os c rent es não escapam m eram ente da morte, mas


são t razidos, por meio da morte de Cri sto, para a vida da ressur
reição, a vida que não é mais deles, mas a vida de Cristo que
trazem em si; "Se um morreu por todos, logo, todos morreram
[isto é, morreram nEle] [...] para que os que vivem não vivam
mais para si, mas pa ra aquele que po r ele s mo rreu e ressusc ito u
[...] Ass im qu e, se alg ué m es tá em C risto, nova criatu ra é: as coi 
sas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.14-17;
grifo do autor).
Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com
Cristo em Deus. Q ua nd o Cristo, que é a nossa vida , se manif estar ,
então, tam bé m vós v os m anifesta reis com ele em glória (C l 3.3,4).

Uma Injustiça, embora Fosse a Justiça Suprema


Sim, em cert o sen tido fo i um a injus tiça par a Cristo ter morrid o
em nosso lugar. Nenhuma pessoa comum teria cumprido a exi
gência de justiça ao cumprir a punição prescrita a outra pessoa.
Um a pessoa com um, ao se r pre sa e executada no lugar de algum
criminoso, também não obteria os resultados gloriosos que a
mo rte de Cristo alcançou para nós.
Muitas vezes, esquece-se que a morte que Cristo sofreu na
cruz não foi meramente o resultado do que o homem fez a Ele,
mas, do julgamento eterno que Ele próprio, em sua reti dão, decretou
contra o pecado. Ele tom ou nossos p ecad os sobre s i mesmo. Por
tanto, a derradeira justiça foi consumada porque a penalidade
pelo pecado foi integralmente paga, uma penalidade que não
poderia ser paga de ne nhu m a outra maneir a.
Além dis so, àqueles que crêem em Cris to f oi da da a vida eter
na, como um dom voluntário da just a graça de Deus . Ess e proce
dim ento não seria possível de outra m aneira. Em Cri sto , vemos a
perfei ta retidão e o justo perdão pelo pecado, alg o que nen hum a
das religi ões do m un do pod e oferecer.
133
Por que os Evangelhos não se Harmonizam?
Questão : Os cristãos tentam explicar as contradições encon
tradas nas narrativas dos quatro Evangelhos, dizendo que são
result ado de quatro testem unhas dist int as, cada um a delas apre

sentando ão
explicaç suanão
perspectiva
se apl ica do que aconteceu.
à variação No entanto,
de palavra essa a J esus.
s atribu ídas
Ele usou as palavras re gistradas po r Mateus, ou , na verdade , pro 
feriu as palavras escritas por Marcos, ou as que Lucas ou João
nos oferecem? As palavras não podem ser mudadas! Se esses
escritores realmente foram testemunhas oculares, por que não
há concordância em suas lembranças? E se eles foram inspirado s
pelo me sm o Espírito S ant o, por que há contradi ções?

R esposta:
gelhos. Primeiro,
Há variações nos não contradições
relatháos, mas eles são entre os quatro
exatame nte o Evan
que se
espera do relato independente de uma testemunha ocular. Além
disso, conforme já observado por nós e outros estudiosos, essas
vari ações pro vam que os escr itore s do Evangelho não estavam em
conlu io nem copiaram os relat os de a lgum docu me nto trivial, como
os críticos os acusam de ter feito. Eles oferecem relatos indepen
dentes, exatamente conforme cada um deles declara.

As va ria ções sã o, na verdade, u m a impo rtante evidência da


autenticidade da Bíblia. Elas oferecem muitas provas de que os
copistas posteriores ou tradutores não alteraram os registros a
fim de levianam ente faze r com que houv esse concordância entre
os relatos.
O fato de que as aparentes contradições tenham sido deixa
das no E vangelho é uma confirmação de que esses regi stros i ns
pirados pelo Espírito Santo, conforme a igreja aceita, não foram
por ess a razão revist os, mas revere ntem ente deixad os como el es
foram escritos. Obviamente, não havia, como insistem os críti
cos, uma "rev elaçã o progressi va" e ne nhu m "desenvolvim ento"
no registro.
Por que há exatamente quatro Evangelhos? Se o registro é
inspirado por Deus, por que Ele o fez dessa maneira? Por que
134

não apenas um relato, o que teria economizado espaço e papel,


como també m tem po de leitur a, um a vez que os quatro Evan gelh os
parecem tão repetitivos? O Espírito Santo, que inspirou esses
rela tos, tinha boas razões p ara assim faz er.

o fatoUmquedos maiores de
acabamos propósi tos demonstrar
assinalar: para hav eraquatro Evangelhos é
autenticidade
dos registros, o que não teria sido possível de outra maneira.
Quatro testemunhas dão um testemunho que uma apenas não
pod eria dar. Além dis so, contar a história de qu atro perspectivas
distintas oferece uma visão mais ampla da obra de Cristo e de
seus ensinamentos do q ue apena s um rel ato pode ria da r.
Tampouco, os discípulos confiaram em sua m em ória fal ível.
Se esse fosse o caso, teríamos pouca confiança no registro que
fizeram. Obviamen te, el es não tin ha m transcri ções manuais, m uito
menos u m grava dor para lançar mão. El es não ou sariam pretende r
dar-nos as verdadeiras p alavras de Jesu s a menos que tivess em o
apoio da inspiração do Espírito S anto. Portanto, po r que há v aria
ção naquelas palavras u ma vez que seus rela tos pro vêm do mesmo
registro correto sob a inspiração de Deus?
Há muitas possibilidades razoáveis para isso. Jesus, segura
mente, ministrou ensinamentos similares sobre certos assuntos,
algumas vezes, em lugares distintos para pessoas diferentes.
Nesse caso, o palavreado não poderia e não era exatamente o
mesm o. Je sus, conhec endo o c oração de seus ouvintes, sem dúvida ,
introduz ia, em um a localidade, algum as variações espec ífica s e,
em ou tra localidade, outras variações distint as.
De qualque r modo, há ocasi ões em que um a explanação pode
não se a justar. Algumas vez es, quan do o mesm o ensinam ento é
dado em um Evangelho distinto, fica claro que cada um dos
evangelistas descreve o mesmo local e ocasião; ainda assim, há
dif erenças no registr o da forma nos diferent es Evangelhos. Como
isso é possív el?
Aqui, como exemplo, cit are i uma daq uelas ocasiões que nos
são da da s pelos três prime iros Evangelh os. Joã o, que fornece inci 
dentes e ensi namentos, que não encontramos nos outros Evange
lhos, não menciona essa ocasião específica. Os outros três Evan
gelhos registram o mesmo ensinamento e no mesmo local — na
435

presença de publicanos, na casa de Mateus (também chamado


de Levi), a quem Jesus acab ara de cham ar p ara ser s eu discípul o.
Os fariseus criticaram Jesus pelo fato de seus discípulos fazerem
ref eiçõ es com p eca dore s, e Jesus repli cou:

Nã o nece ssitam de m édico os sãos , mas sim, os doen tes. Ide,


porém , e apren dei o qu e sig nifica: Misericórdia quero e não sa
crifício. Porque eu nã o vim par a cham ar os j ustos , ma s os pec a
dores, ao arr ep en dim en to (Mt 9.12,13).
Os são s não necessitam de médico, mas sim os que estão doen 
tes; eu n ão v im ch am ar os justos, mas sim os peca dor es (Mc 2.17).
Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os
que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim os
peca dore s, ao arre pe nd im en to (Lc 5.31,32).

Uma Expl icaç ão Razoável


Em bora essas três d eclarações dad as p or Cristo variem leve
me nte no uso d as palavras, todas elas têm o me sm o sign ifi cado .
Ap enas Ma teus acrescenta algu m a co isa: "I de, poré m , e apren dei
o que sig nifica: Miseric órdia quero e não sacr ifício ..." Po r qu e os
outros não re latam iss o? Por que ele s deve riam assim faz er? Uma
vez não é sufici ente? E i rônico que, p or um lado, os cét icos criti
quem os Evangelhos por repetir o s mesm os incidentes e ensina
mentos, e , por outro lado, qu an do há algum a variação l egít ima
eles protestam !
O relato de Mateus diz que Cristo fez um comentário con
tun de nte em benefício dos fariseus. Em O séias 6.6, Ele se r efere
aos mesmos com uma reprovação em razão da falta de miseri
córdia del es. E os f ez saber qu e precisav am se arre pe nd er e que o
perdão do pecado apenas seria dado da mesma maneira que a
cura física — pela m isericórd ia de D eus.
Temos
ça é que doistrês
dosrelatos em perfeita
três relatos não nosconsonância.
dizem Atudo
únicaque
diferen
Jesus disse.
Na verdade, talve z ne nh um del es o faça. Não sabemos realmen
te se isso ocor reu. N ão há co ntrad ição nos três relat os, como tam 
bém não há na da que indique conl uio o u adulteração nos rel ato s
ou que contradiga a inspi ração do Espírit o San to. P ode-se chegar
à mesma conclusão por meio do exame completo de todos os
Evangelhos. Uma investigação pessoal pode constatar essa ver
dade para todas as outras aparentes inconsistências.

E sobre Salomão, aquele Velho Pecador e Idólatra?


Questão: Contaram-nos que "qu and o Salomão esta va velh o",
idolatrava falsos deus es e deusas, tentou ma tar Jer oboão (qu e Deus
escolhera como seu sucessor), além de praticar outras maldades.
Portanto, como Deus poderia tê-lo inspirado para escrever partes
da Bíblia; e como pod eria ser o "m ais sábio hom em que j á vivera";
e como poderia afirmar ser ele que "dormira com seus pais". O
que pres umive lmente garante que ele f oi pa ra o céu?

Salomão com eçou bem. Seu coração era ret o com


R e sp o s ta :
Deus, e Deu s o am ou e abe nço ou ab un da nte m en te (1 Rs 3.11-13).
Deus o inspirou p ar a escrever (Provérbi os, Ecles ias tes e Cantares
de Salomão), mas iss o ocorreu a ntes de ele cai r em peca do. Sua
ruína / que ocorreu mais tarde em sua vida, fo i seu am or por m u 
lheres bonitas. Ele nu nc a estava sati sfeito:
E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas [estran

geiras],
edomitas,e sidônias
isso aléme hetéias,
da filhadas
de nações
Faraó, de
moabitas, amonitas,
que o Senhor tinha
dito aos filho s de Israel . N ão entrare is a el as, e elas não entra rão
a vós; de outra maneira, perverterão o vosso coração para
segu irde s os seus deu ses. A estas se uniu Salomão co m amor. [...]
Porqu e suce deu que, no temp o da velhi ce de Salomão, suas
mulhere s lhe perverteram o co raçã o para seguir outros deus es;
[...] Porque Salomão andou em seguimento de Astarote, deusa
dos sidônios, e em seguimento de Milcom, a abominação dos
amon itas. [...] Então, edificou Salomão um alto a Que mos , a abo
mina ção dos mo abitas, [...] e a Moloq ue, a abo min açã o dos filhos
de Amom.
E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras,
as quais que im ava m incenso e sacri ficavam a seus deuses. Pe lo
que o Senhor se ind ign ou contra Salomão, [...]. Pelo qu e disse o
437

Senhor a Salomão: [...] certamente, rasgarei de ti este reino e o


darei a teu servo (1 Rs 11.1-11).

Como ele poderia ter sido o mais sábio homem (à parte de


Jesus Crist o) que já viveu e cair em tal insensate z e grave pec ado?

Xa verdade,
plo esp ecial por
paraessa mesma
todos nós : u raz ão, Sal
m hom emomão
sábio,sermais
ve como
sábio um
queexem
qua l
quer outro pode ria sequer pre tende r ser, pôde desvi ar-s e para tão
longe do Deu s qu e ele amara. Torna -se necessário que esc utemos
com bastante atenção a admo estaçã o de Paul o: " Aquele, pois, que
cuida estar em pé, olhe que não caia" (1 Co 10.12).
A razão para o peca do de Salomão ta m bém é séria: ele deso
bedece u ao Sen hor . P recis amos ser séri os para p erceber que um
passo na direção da desobediência leva a outro, até que acumu
lamos tal monumento em caminho descendente que há pouca
esperanç a de recuperação!
O fa to de que a Bíblia apresen ta hon estam ente os peca dos de
Sal omão e de outras im portantes pessoas é mais um a evidênc ia
de sua a utentic idad e. Um relato fictício tenta ria glorifi car o s pe r
sonagens mais imp ortan tes e encobrir suas fal has. Na que la épo ca,
essa era a natureza dos relatos escritos sobre os faraós e outros
soberanos e administradores. El es eram tratados como divindades.
Além disso, a menção dos pecados de Salomão, Davi e outros
provoc a qu estion am ento s e cr ia c onf lit os, alg o que um relat o fi c
tício ev itar ia. Aqui temos mais um a evidência d a au tenticid ade e
da impecável integridade do registro.
Qu anto à af irmação "e adorme ceu Sal omão com seus pai s"
(1 Rs 11.43), ela não faz referê ncia ao fato d e q ue e stiv ess e no céu.
Refere-se ao fato de ele estar no sepulcro com seus ancestrais.
Por exemplo, quando Jacó estava para morrer, ele disse a seus
filhos: "Depois, ordenou-lhes e disse-lhes: Eu me congrego ao
m eu povo; sepultai-me com m eus pais, na cova que está no cam
po de Efrom, o heteu , na cova q ue está no cam po d e Macpe la, [...]

eAli, sepultara
Rebeca, sua mmulh
Abraão
er; e,eali,
Sara,eusua
sepmulte
ulher; al i, sepulta
i Leia" ram Isaque
(Gn 4 9.29-31).
Salomão está no céu ou no inferno? Eu penso que ele está no
céu , mas, sem som bra de d úvid a, não poss o afirmar is so. Salomão
não é m encion ado em He breus 11, em com pan hia de Davi , se u
138
pai , e de outros heróis da fé. Todavi a, aquele capítulo ho nra aquele s
que particularmente triunfaram em fé, portanto, não é de sur
preender que Salomão não seja citado ao lado deles.

Somos todos Pecadores que


da Misericórdia Precisamos
de Deus
Seria estranho, na verdad e, se Salomão — que escreveu partes
da Bíblia sob inspiração do Espírito Santo e construiu o Templo
srcinal em Jerusalém, em qu e a glór ia de D eus se manifestou por
tantos anos — fosse para o inferno, em vez de ir para o céu. Deus
disciplinou Salomão nesta vida ma is da forma como faz com seus
seguidores do que da forma que trata com os incr édul os.
O pe cad o d e Salomão era injustific ável e excessivamente grave.
Na verdade, pela lei, esse pecado merecia pena de morte. Xo
entanto, seu pai, Davi, também pecou, e, ainda assim, Deus o
perdoou. E, da mesma maneira, o adultério da mulher que os
fariseus trouxeram até Jesus merecia a pena de morte. E, ainda
assim, em sua misericórdia, Ele a perdoou também. Não há
dúvida de que a misericórdia de Deus, que se tornou possível
po r meio do sacr ifício de Je sus na cruz pelos pecados do m und o,
também foi estendida a Salomão.
Ouçam os novam ente e pr estemos atenção às palavras de Je sus
aos far iseus, que não queriam ne nhu m a m iseri córdia para a m u
lher adúltera: “Aquele que dentre vós, está sem pecado seja o
prim eiro qu e atire pe dr a contra ela" (Jo 8.7). João nos diz: "Q ua nd o
ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até
aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher..." (Jo 8.9)
Ca da pessoa que precisas se por si pró pria receber o misericor
dioso perd ão de D eus não ousaria impedir o perd ão pa ra Sal omão
ou qualquer outra pessoa. O destino de cada um de nós está nas
mão s de Deus apenas. D escansam os na seg uranç a de que "[...] não

faria justiça [de fa to] o Juiz de to da a terra ?" (Gn 18.25)


Não É Absurda a Importância que Deus Dá ao Homem?
Questão: Em comparação ao quase inf ini to taman ho do un i
verso que nos rodeia, este planeta, que o homem chama de lar,
439
não pa ssa de um a partícu la de suje ira. E m vist a desse fato , parece
o maior absurdo e presunção (ma is aprop riado d o que a hum il
da de que os crist ãos deve riam person ifica r) que tão in sign ifican tes
micróbi os alardeiem que Deus os ama e até vei o a est a terra para
tornar-se um deles e m orrer po r seus pecados ! Esse cenár io irra
cio nal não lhe parece o auge d o ab surdo?
R e sp o s ta : Ao contrári o, o am or de D eus não seria genuíno se
Ele só o desse pa ra nós se fossemos tão im porta ntes p ara merecê -
lo. Xa verdade, o amor não po de ser dad o po r méri to. A ver da 
deira natureza do amor é dar-se mesmo ao indigno. Hoje isso é
difícil pa ra a pessoa m ed iana com preender, po r causa da aceitaç ão
popular da enganosa idéia hollyivoodiana de amor. Uma pessoa
"se apaixon a", mas, com a me sm a facilida de, "deixa de am ar" e,
a seg uir , ess a pesso a "está a m and o" um a ou tra pessoa. Es se não
é o amor apresentado pela Bíblia.
Se o amo r de Deus por mim depen desse de predicados como
quão amável, atraente ou merecedor de seu amor Ele acha que
sou, na verd ade , sentir- me-ia inseguro d e seu amor . Com o estou
longe de ser perfeito e sou sujeito a m ud an ças , ficar ia receoso de
que qualquer muda nça m inha poderia faze r co m que Deus não
me am asse mai s. No entanto, como me u relacionam ento com E le
está fundamentado em seu amor, em sua fidelidade e em sua
imutabilidade, e não em meu amor ou meu apelo para Ele, fico
em paz. Tenho total segurança de que seu amor por mim jamais
defi nhará, como tamb ém m e sint o seguro em m eu relacionament o
com El e por toda a eter nidade.
Além disso, nossa débil insi gnificância em relação à vas tidão
do universo a pena s torna tod a misericórdia e graça de Deus mais
merecedora de nosso louvor e gr atidão e , portanto, mais mag ní
fica. O mais indigno de ser am ado é envolvido em seu am or como
se fosse o favorito e imaculado.
Do começo
de Deus ao me norao fdetalhe,
im da vasquer
tidão
sejdoa nouniverso
de senh ovemo
de ums a floco
atenção
de
neve quer seja no interior do átomo. Apesar de Ele ter poder, co
nhecimento e sabedoria inf initos, nada é muito peque no p ara ter
importância para Deus. Está longe de ser ridículo ou presunção
do cristão acreditar que Deus o ama e enviou seu Filh o pa ra m orrer
po r ele. Ao contrário, esse fato reverbera a ve rd ad e do cará ter de
Deus como esperamos que Ele seja, como a Bíblia o descreve e
como o universo o reflete.

Deus Aceitou o Sacrifício da Filha de Jefté?


Questão: A Bíblia registra algu ns d os m ais horríveis atos que
já foram cometidos pelo s homens. Há, por exemplo , o voto de
Jefté de sacrificar sua filha ao Senhor, um voto que ele cumpriu.
Como po dem os con cil iar um "Deus de am or" com a ace itaçã o do
sac rifício de u m ser hum ano ?
Essa trágica histó ria é co nta da e m Juizes 11.30-40.
R e s p o s ta :
Mais uma vez, com certeza, vemos a honestidade da Bíblia em
apresentar não apenas o pecado, mas também a insensatez das
pessoas importantes em seus relatos. Entretanto, não deve ser
esquecido o fato de que a Bíblia nunca fecha os olhos aos peca
dos, sem pre fielment e registrados. Deus nã o ficou mais sat isf eito
com o temerário voto e a ação de Jefté do que com a idolatria de
Salomão ou o adultério de Davi com Bate-Seba.
O voto em si mesmo não apenas é temerário, mas também
insano. Ele ofereceu sacrificar ao Senhor o holocausto de quem
quer que saísse primeiro pela porta de sua casa qua ndo retomasse
vitorioso de um a batalha. El e não im aginou que sua fil ha, a men i
na de seus olhos, sua única filha, pod eri a ser a prim eira a sair pel a
porta? Ce rtame nte que não. Aind a assim, como pôd e negligenci ar
essa possibil idade? E le espe rava que um a ovelha, ou um a galinha,
ou seu cachorro favorit o foss e o primeiro a sair para saudá-lo ?
Qu alquer que tenha sido seu pensam ento tortuoso e c onf uso ,
o voto fo i feito por Je fté, não p or Deus, e este último n ão p od e ser
blasfemado por isso. Além disso, não fica claro que Jefté matou
sua filha e a ofereceu em holocausto como sacrifício para Deus.
Por que, portan to, po r dois meses , el a and ou de lá para cá, lame n
tan do sua virgindad e? Isso sign ificari a que seu pai consagrou-a ao
servi ço do Senhor como virgem? N ão po dem os ter cer teza.
A Bíblia di z que após esse período de lam entação, Je fté "c um 
pr iu n ela o seu vo to q ue ti nh a feito" (v. 39). Se, de fato, ele a ofe
receu co mo um sacrifíci o hum an o, tal oferenda seria uma abom i
nação para Deus e não seria aceita. Na verdade, isso traria a ira
de Deus contra ele.
O voto de Jefté, bem como sua ação, não foram inspirados
por Deus, não estavam de acordo com os desejos do Senhor, e
certamente D eus não p ode ser blasfemado por isso. Ainda ass im,
a Bíblia faz o registro sincero dessas ações insensatas e pecami
nosas . Ess e fa to, em ve z d e reflet ir de m ane ira nega tiva sobre a
Bíblia é, na verdade, mais uma evidência de sua autenticidade e
honestidade.

Qu em realment e Matou Golias?


Questão: Em 1 Samuel 17 afirma que Davi matou Golias,
porém 2 Samuel 21.19, que Elanã matou Golias (se eliminarmos
o itálico, que não estava no texto srcinal). Esse versículo fala
que Elanã matou o irmão de Golias, porta nto, as palavra s em itál ico
foram, obviamente, acrescidas posteriormente para permitir a
contradição. Is so me preoc upa. Li a declaração de um bispo que
disse que a inserção do irmão de, em itálico, era uma ocultação
desonesta que provava que a Bíblia foi adulterada não apenas

nessa passagem,
voc ê resp ond e amas
essaem qualquer
acusaçã o? outra parte também. Como
R e sp o s ta : Primeiro, podemos rapidamente descartar a acu
sação de ad ulteração deson esta d a Bí blia. Alguém que estivess e
tentando mudar o sentido da passagem poria sua emenda em
itálico ? Isso ser ia o mesm o que u m falsifi cador escrever tran sve r
salm ente em ca da face de suas cédu las fals as: "Isso é um a falsi fi
cação". Xa verdade, o itálico foi acrescido pelos tradutores para
esclarecer o que estava implícito, mas não fora expresso.
Com freqüência, parece que uma ou mais palavras foram
deixad as de for a em virtud e da falt a da palavra eq uivalente exa
ta entre as línguas. Nesse caso, de qualquer maneira, era neces
sário ao tradutor acrescentar "o irmão de" por uma série de ra
zões. Primeiro, porque essa era a única coisa que fazia sentido.
Obv iamen te, esse de quem se fala não era Goli as. Imagina r que o
manuscrito srcinal dizia que era Golias eqüivale a acusar o es
critor de 1 e 2 Samuel de ter uma memória incrivelmente ruim.

Depois
hav de tudo, ouns
ia registrado, escritor,
trinta esob a inspiração
quatro capítulosdo Espírito Santo, que
anteriores, já Davi
matou Golias, quarenta e cinco anos antes desse incidente espe
cífico. Ness e ponto , só po de mos dizer aos cé ticos: "Ach o qu e vocês
foram longe demais!"
O indivídu o fica extremam ente tentado a perde r a paci ênci a
com os críticos que, por pelo menos duzentos anos, apresentam
essa suposta contradição na Bíblia. Como eles podem pesquisar
tão diligentem ente c ada pá gina da Bíb lia pa ra tra zer à bai la ess as
numerosas aparentes discrepâncias e, ao mesmo tempo, negli
gencia r o fato de que 1 Crônicas 20.5 registra o me sm o incidente
e afirma, sem itálico, que o gigante ferido por Elanã er a "irm ão de
Goli as"? Além dis so, nessa pas sag em é dad o o nom e do gig ante .
Seu nome não era Golias, mas Lami.
Que Lami seja irmão de Golias é algo menos interessante do
que o fat o de que, nessa passagem, apre ndem os que ele era apenas
um dos quatro irmãos de Golias. Portanto, à época em que Davi
m ato u Gol ias , havia cinco desses espan tosos fili ste us vivend o em
Gate! Com pree nde mo s, assim, por que Davi , qu an do fo i executar
Golias, proc urou cu idados am ente, no riach o, po r exatam ente cinco
pedras polidas para sua funda (1 Sm 17.40)! Esse fato também
nos dá um a co mpreensã o mais clar a da incr íve l pr ecisão que Davi
consegue com sua fund a — e le s ó pr ecisav a de um a pe dra para
cada gigan te.

Cr isto Montava u m Jumento, um Po tro ou ambos?


Questão: Na suposta profecia em Zacarias 9.9 e em sua
alega da real ização em Mateus 21.2-7 am bos dizem que Jesu s en
trou em Jerusalém "montado sobre um jumento, sobre um
asninho, fil ho de jum enta" . Os rel atos registrados em Marcos 11
e Lucas 19 me ncion am um potro, portanto, há um a óbvia contra 
dição. Além disso, é claramente absurdo pensar que Jesus pu
Deí-:--aFf 443

desse montar u m po tro e sua mãe ao mesm o tempo. Como voc ê


pode tornar isso compreensível?
Mateus simplesmente cita Zacarias 9.9. Essa afir
R esp o s ta :
mação pode ser facilmente explicada como uma ênfase poética

com um ente
tava sen tadous adaum
sobre à époc a do Antigo
animal. Testento.
E um jum amen to. OdoMess
Mais que isiasso,
esé
um potro, a cria de um a jumenta, significando que era muito novo.
A expres são " m ontad o sob re um jumento, sobr e um asninho, f i
lho de jum enta ", descrevia o animal sobr e o qual o Messias esta
va sentado, o que fica claro com a substituição, feita por Marcos
(11.2) e Lucas (19.30), daquela frase, respectivamente, por: "so
bre o qual ainda não mon tou hom em algum", e : "um jume ntinho
em que ne nhu m hom em ainda montou". É muito improvável qu e
ne nh um h om em ainda não tive sse sentado sobr e o jumento. Por
tanto a afirmação era apenas verdadeira no que se referia ao
jumentinho, cria da ju menta .
Marcos e Lucas focam a atenção no anim al sobre o qual Cristo
estava sentado. N en hu m dos dois f az citaç ão de Zacar ias, em que
tant o o jumentinho quan to sua m ãe são cit ados , portanto, não há
necessida de de citar a jume nta. M ateus, que cita Zacarias , tam bém
menc iona a jumenta. M ateus explica que a jum enta e sua cri a esta-
vam am arra das juntas e as dua s foram soltas. Fic a claro que a ju
menta
temente,aco
elasmp an
anho u sua
da va cr ia,a lpoi
m lado s esta
ado, poiseorasmuito
panos nova, e , aparen
es tavam coloca 
dos sobre ambas. Você conseguiria imag inar Cristo, com u m braço
desca nsa ndo sobr e a jume nta, en qua nto ele cavalga sua cr ia.
Longe de ser absurda, a cena mostra duas coisas. Primeiro,
ela revela o controle que o Senhor tinha sobre a natureza e todos
os ser es cri ados. Um potro, tão peq ueno , que nu nca for a mo nta 
do e que ainda nece ssi ta se r acom panh ado po r sua mãe, subm e
ter-se a carregar Cristo, enquanto sua mãe segue obedientemente
de perto. Segundo,
exatamente isso enfat
como Zacarias iza a b rae nd
diz: "Pobre, ur a com
montado que [...]
sobre Ele filho
cavalg a,
de jumenta". Esse não é um rei conquistador que destruiu os
inimigos de Israel e cavalga triunfalmente para Jerusalém lide
rando um a armad a, mas que caval ga um ju menti nho que m al con -
1U

segue s upo rtar seu peso. Ess e é o Salvador que veio morrer pelos
pe cad os d o m un do : "Eis que teu rei virá a t i, justo e Salvad or... "
(Zc 9.9)
Conforme rela ta o p rof eta, apesar de sua hu m ilde entrada na

cidade, aque
notável. la mu
E claro, queltidão aclamou-o
a mesma comoo Mess
multidão que ias,tão
aclamou o que
entufo i mais
siasticamente nessa ocasiã o, virou-se contra El e e pe diu sua c ru
cificação apenas quatro dias após esse acontecimento. Esse fato
não é menos notável, pois é o cumprimento de uma profecia.
Falaremos mais a respeito disso posteriormente.

Os Liberais Procuram Culpar o Próprio Jesus


Questão: Em m inha opinião, o mais censurável sobre o c ris
tianismo é a insistência de que sua fórmula específica para en
contrar Deus seja o único cam inho possível . Esse pon to de vist a
tão estrei to é ultrajante pa ra milhares de crentes e seguidore s de
outras religiões. Em vista dessa intolerância dos cristãos, que es
perança podemos ter de que haja paz entre os líderes políticos e
militares?
Os cristãos insistem que Jesus Cristo é o único
R e s p o s ta :
cam inho não graç as a algum a fórmula que inventaram. Cri sto mes 
mo afirmou:
morrereis em "Se nãopecado
vossos crerdessque eu soonu de
[...] Para [Deus,
eu voouúnico
[céu]Salvador ],
não pode is
vós i r. [...] Eu sou o cam inho, e a ve rda de , e a vida. N in gu ém vem
ao Pai senão por mim" (Jo 8.24,21; 14.6). Portanto, seu confronto
nã o é com os cri stãos, mas com o próp rio Jesus Cr isto .
A sugestão de que Jesus não fez realmente nenhuma dessas
decl araçõ es não trará ne nh um benefício, pois temos o testem unho
de testem unh as ocul ares. Além diss o, o que Jes us disse concorda
com declarações feitas, ao longo dos sécu los, po r profetas heb reus
que testemunharam uníssonos (embora muitos deles não se co
nhecessem ne m jamais s e encontraram) que apen as Deus é o Sal
vador da humanidade e que, de fato, veio a terra, por meio de
nascimento virg ina l, a fi m de p aga r a pena que sua ju sti ça im pu 
nh a para o perdão dos pecados da hum anida de. E que a Bíblia é o
U5
doc um ento mais completo exis tent e, com manusc ritos centenas ( e
em alguns casos, milhares) de vezes mais confiáv eis do que q ual
quer outra literatura da antiguidade.

Lunático, Mentiroso, ou Deus Veio como Homem?


Não há dú vid a sobre o que Jes us di sse. Portanto a questão de
que ning uém pod e escapar é saber s e Ele estav a ou não dizendo
a verdade. Se Ele não estav a d izendo a verdade, há apenas duas
outras opções: Ele era um ególatra sincero, tão insano que real
mente pensava que era Deus em carne e osso e o único Salvador
dos pecador es; ou El e era um impostor de liberado que sabia que
era uma fraude, mas persistiu em seu disfarce maquiavélico, e
era tão esperto que en gan ou bilhões de pessoas ao longo de vinte
séculos.
tido. El eNa
só verdade , nen
podia e star dizehum
ndoa dessas duas. alternat ivas fa z sen
a verdade
O problem a com m uitos críticos é que, longe de exam inar com
cui da do as declarações de Cristo e de ho ne stam en te rej eitá-las, eles
têm preconceitos profundamente enraizados (mas totalmente
irraciona is) contra os absolutos morais que não perm item q ue el es
conside rem com s erieda de as declarações de Cristo. Eles rejei tam
a rea l possi bili dade de que há somente um caminho pa ra a salva
ção. Xão querem adm itir que Deus tem p adrões m orais e espiri
tuai s, nem
direção mesa.smo
p reci (A que
lei dao gra
unive rso fí ,sico
vidade por não funciona
exemplo, ria sem
é muito um taa
restri
e sem exceções. Ela opera quer acreditemos nela quer não. E isso
também ocorre com as leis da química e da física.)
O caminho para o céu também não poderia ser mais bem
definido. E, desde que o preço foi pago e é oferecido livremente
pela gra ça de Deus a que m quer que a re ceb a, não há fundam entos
pa ra queixas d aqu ele s que rejeitam is so. Além do ma is, os crist ãos,
os seguidores de Crist o, estão obrigados, pela subm issão, e pel o

amor, e pela inquietação


verdadeiramente em Cristopara
e a com os persuadir
buscar perdidos, oa perdido
permanecer
de
que Ele é o único Salvador para os pecadores.
As marcas essen ciai s da difer ença entre a verd adeira narrativ a de u m
fato e os trabalhos de ficção são evidentes e inconfundíveis... os atributos
inerentes à verdade são visíveis e chamam a atenção do começo ao fim
nas histórias do evangelho (no Xovo Testamento)...
— Siinoíi Gree nleaf,

H a r c a r d L n ir S c h c c l

Imagine tenta r juntar... a tremend a história do Home m do Calvário se


fosse ficção — em vez de uma história totalmente voltada para a
realidade — e... que estivesse, definitivamente, ligada a finais felizes; e
imagine a futilidade desse esforço para remover essa vida elevada e essa
morte cataclísmica (e a triunfante ressurreição) dessa cadeia de eventos
que sustentam a história e a situação atual do cristianismo e do mundo!
— Iri ci u H . U n i o n
Em A Lainjer Examinei the Bible ("Um Advogado Examina a Bíblia")
* VIDÊNCI AS DE
AUTENTICIDADE
E INSPIRAÇÃO

Paulo Era Ignorante ou Sarcástico?

Questão: Em Atos 23 Luca s conta-nos que Paulo com pare


ceu ante o conselho de líderes rabis. Paulo chamou o sumo sa
cerdote de "parede branqueada". Quando foi repreendido por
isso, se desculpou, dizendo que não havia percebido que
A
denanias
ficçãoera
malo sumo
escrita. sacerdot e. Essa leitura
Paulo, supostamente, eraeqüivale a um O a obra
um ex-rabi.
sumo sacer dote devia est ar vestindo seu man to e com and and o
o procedimento. Portanto, Paulo teria que ser muito estúpido
pa ra não sab er quem era o sum o sacerdote, não é mesm o? V ocê
acredita que isso é uma alegoria? E se for, em quantas passa
gens Lucas as utilizou?
Mais um a vez essa ap are nte falha no relato bíbl ico
R e s p o sta :
é, na verdade, outra prova convincente de sua autenticidade. A
passagem em questão encontra-se em Atos 23.1-5. Paulo, que é
prisioneiro e foi autorizado pelos juristas romanos a confrontar
seus acusadores, abre sua defesa ao declarar ao sumo sacer dot e:
"Var ões i rmãos, até ao di a de hoje tenho an da do diante de D eus
com tod a a boa consciê ncia" .
448
Ananias, que como sum o sacerdote presidia a sess ão, m an da
bater na boca de Paulo, provavelmente por que ele não acredita
que ninguém possa viver sempre com "toda a boa consciência".
Paulo, que conhece as leis judaicas e estava longe de poder ser
intim idado
queada! , replaqui
Tu estás ica imediatam ente:julgar-me
assentado para "Deus teconforme
f eri rá, par
a leiede
e, bran-
contra a le i, me m an da s feri r?"
Algu ma s pessoas que estão a o redor de Paulo exclamam cho
cadas: "Inj urias o sum o sacerdote de D eus?"
Paulo então replica: "Não sabia, irmãos, que era o sumo sa
cerdot e; porqu e está esc rito: Não dirás m al do príncipe do povo".
Essa é a mais intrigante mudança de atitude. Sim, alguém
pode se surpreender com isso, mas Lucas simplesmente apre

senta os fat os sem expli cações.


Percepções de Josefo
Ao ler Josefo, tu do isso se torna mais clar o e, até mesm o, mais
fasci nante . Ele nos conta que A nanias, na ve rdad e, era o sumo sa
cerdote , m as fora deposto. A seg uir, seu su bstituto fo i morto e ni n
gué m havia sido indicado pa ra seu lu gar. Ananias, ne sse meio tem 
po, entrou e, ilegalmente, usurpou o lugar do sumo sacerdote.
Ao ter conhecimento desses acontecimentos anteriores, o
negócio se c omplica. So b essas circunstâncias é mais do que p ro 
vável que Ananias não po dia vesti r o manto de sum o sacer dot e,
portanto Paulo está desculpado por não o reconhecer. Além dis
so, é totalme nte possível que Paulo, que esteve ausen te de Jeru
salém por algum tempo, não soubesse que Ananias est ava na épo 
ca atua ndo como sum o sacer dot e.
No entanto, sabendo o quanto Paulo era astuto, é bem pro
vável que após algu ns dias em Jerusalém d epois de sua ausência,
ele soubesse quem estava desempenhando o ofício de sumo sa
cerdote. Paulo, portanto, assim falou por conhecer a situação, e
nã o po r ignorância. E mais lógico e mais de ac ordo com seu car áter,
que esse homem, que "tem alvoroçado o mundo" (At 17.6), esti
vesse usando de agudo sarcasmo para apontar o desconfortável
fato de que Ananias não era o legítimo sumo sacerdote, mas um
449

usurpador e, portanto, não tinha autoridade para comandar o


julgamento dele.
Em qualq uer u m dos cas os, é óbvio que, pa ra qual que r pessoa
honesta, esse relat o não foi escr ito décadas, m uito m eno s século s,
mais tarde, com o os cr íticos insiste m qu e aconteceu. Ele só po dia
ser esc rito por um a testem unha ocula r que estava relatando com
exatidão o processo e o que Paulo disse. Além disso, longe de
desacreditar o testemunho de Lucas, esse incidente específico
foi conse ntido pelo Espíri to Sant o e registrado como m ais um a
prova única e interessante da autenticida de do registr o do Novo
Testamento.

Res post as à Mentira Favo rit a do s Crí tico s


Questão: Se a Bíblia é verdadeira como se afirma, o cristia
nismo foi fundado por Cristo, não deveria haver, pelo menos,
algu ma confirmação nos escri tos não-cristãos daqu ela época? Na
verdad e, n ão há n ad a sobre i sso. Como você j ulga i sso? Como o
cristianismo, conforme o Novo Testamento afirma, causou tre
mendo impacto e pôde ser completamente ignorado por todos
os escritos de toda aquela época?
R e sp o s ta : Ao contrário, a sobrevivênc ia de escritos não-cri s-

tãos daquele período,


do cristianismo, inclusive contundente
é corroboração de alguns inimigos declarados
para o Novo Testa
mento. Ess as fal sas acusações de que n ão há evidência do crist ia
nismo nos escritos daquela época, a não ser no Novo Testamen
to, é repetida de modo ditatorial por ateístas, que se gabam de
que esse ataque nem mesmo foi respondido. Na verdade, isso
tem sido respon did o p or milhares de escritor es cri stãos há, pelo
menos, centenas de anos .
Só para apresentar evidências que refutam essa alegação ir
responsável , cit are i Mark Ho pkins, um dos mais bri lhantes ed u
cadores e pensadores do século passado, que escreveu muitos
livros. O presidente James A. Garfield declarou que sua idéia de
um a universidade er a "um a tor a co m um estudante em um a das
pontas, e Mark Hopkins, na ou tra" .1H opkins não fo i apenas u m
150
educador notável, mas um enérgico e vigoroso apologista da fé
cristã. Hopkins, nas trezentos e setenta e uma páginas de seu li
v ro Ev idence s ("Evidên cias") esc rev e:
O Talmude [compil ação oral das tradições rahínicas datad as
de cerca de 20 0 d.C.]... me ncion a Cristo e vários de seus dis cíp u
los, cit ando -os pelo nome... su a cruci ficação. .., como tam bém que
Ele realizou muitos e grandes milagres, mas imputa seu poder
às... artes mágicas que Ele (supostamente) aprendeu no Egito...
[Flávio] Jose fo ( historia dor jud eu , c. 37-10 d.C .) viv eu n a é po 
ca em que muitos desses eve ntos ... ac onteceram e estava pre sen 
te na destruição de Jerusalém... [e] ele confirma a exatidão dos
livros (relatos do Novo Testamento). Tudo que foi escrito a res
peito da sei ta judaica, de He rode s e Pi lat os, e a di visão das pro 
víncias, e F élix, e Drusila, e Bereni ce está em conc ordân cia com
nossos relatos, algo que deveríamos esperar de historiadores
independentes.
O relato feito por Josefo, a respeito da (estranha) morte de
Herodes, é surpreendentemente similar ao que Lucas relata (At
12.21-23)... Josefo confirma tudo que é dito (no Novo Lestamen-
to)... sobre o s fariseus, sadu ce us e herodiano s... (e mu ito do que
foi escrito sobre Cristo).
[Cornélio] Tácito (historiador romano, c. 55-117 d.C., que
go ve rno u a Ásia como p rocô nsul 112-113) conta-nos q ue Pôncio
Pilatos... abaixo de Tibério, condenou Cristo, como malfeitor, à
morte; que as pessoas eram chamadas de cristãs por causa do
seu nome; que essa superstição surgiu na Judéia e difundiu-se
par a Roma, onde. .. ape nas trint a anos após a morte de Cris to, o
nú m ero de cristãos já era basta nte grande..., [e ] os cristãos eram
objeto de desprezo e das mais terríveis agonias... alguns eram
crucificados; enquanto outros eram emplastrados com material
inflamável e eram acesos para ilu mina r a noi te e , portanto , eram
queimados até morrer. Esse relato foi confirmado por Suetônio,
Marcia l e Juvenal...
Plínio (o mais jovem ) er a p re to r de Po nto e Bitínia (1 12 d.C.)...
Muitos (cristãos) foram trazidos a sua presença por causa da fé
em Cristo. Se eles permaneciam firmes, recusando-se a oferecer
incenso aos ídolos, os condenava à morte por sua "obstinação
inf lex íve l". (Algun s, para escapar da morte) diziam que hav iam
sido cr ist ãos, mas que aba nd on ara m aquela rel igião.. . alguns, até
151
vinte anos ant es,... mas d iziam q ue eles tinham o costum e de se
encontrar em u m lugar determ inado antes de clar ear o dia e can
tar entre ele s... hinos p ara Cristo, que é Deus, e par a ligar-se, po r
meio de juramento, a fi m de não cometer maldad e, nem ser cul
pad os de roubo ou furto, ou adultér io e de nu nca falsi ficar s uas
palavras... [e] fazer jun tos a refeição que c om iam em conjunt o...
Quã o fort e dev em ter si do essas evidências do crist ianismo
primiti vo que ind uziam pessoas de bom sen so, de todas as posi
ções sociais, a abandonar a religião de seus ancestrais e, assim,
defrontando-se com o po der imper ial , persisti r em sua fidelida
de a alguém que teve a mesm a m orte qu e os e scr avos !
Podemos também nos referir a Celso, e Luciano, e Epicteto,
e o imperador Marco Antônio, e Porfírio — que lançou luz em
toda a história do cristianismo primitivo, e todos confirmam , at é
ond e esses relatos abran gem , os relatos [no No vo Testament o].. .
me smo em relação às mo edas, m eda lhas e inscr içõ es.

Ficamos um pouco cansados da propaganda, ensinada nas


universidades e mesmo em muitos seminários, que é divulgada
em liv ros e na míd ia por “conhecedores" q ue declar am falsidades
contra a B íblia com ar de aut or id ad e incontestável. Infelizmente, a
pessoa desp repa rada n unca se para o temp o neces sário pa ra ver ifi 
car a exatidão das afirmações detrativas e, ingenuamente, repete
ess
dosas
n afacitaçã
lsi dade s. Apenas
o acima é suficia pequ ena qua
ente para mo ntidad e deCristo
strar que d adoes oforn ecia
cristi
nismo fora m, na verdade , menc ionado s e que os regist ros do Novo
Testamento são endossados por escritores seculares da mesma
época que el e ou de um período bem me nor depois di sso .

Verificações Abundantes e Intrigantes


Além disso , algun s desses escri tor es, apoiado s por de scober
tas arqueológi
ressantes srcenscas,
quefornecem evidências
dão autenticidade aoadicionais das
Novo Testamento.mais inte
Mais um a vez, há mais de cem anos essas evidências j á era m bem
conheci das e Mark Hop kins apres entou m uitas delas em seu l ivro
Evidences ("Evidências"). Eis aqui um breve extrato disso:
152

Lucas deu a Sérgio Paulo um título que pertence apenas a


um homem com a autoridade de procônsul (anthupatos — At
13.7,8, 12), e houve dúvida se o governador de Chipre tinha tal
autoridade. De qualquer modo, foi encontrada uma moeda cu
nh ada no reinado de Cláudio César (o mesmo soberano que Paulo
visitou em Chipre) e sob o reinado de Proc lo, que suc ede u a Sér 
gio Paulo, ao qual fo i da do o me smo tít ulo usa do por Luc as.
Lucas fala de Filipos com o um a colônia (kolonia — At 16.12),
e a palavra significa colônia romana. Isso não foi mencionado
por n en hu m outro hist oriador e, por iss o, a autoridad e de Lucas
foi questi onada. Mas um a m eda lha descoberta mo strava que ess a
distinção foi conferida, p or Julio Cés ar, à cidade. ..
Também foram encontradas nas catacumbas de Roma ins
cri çõe s que mo stram, de man eira como vente, em oposição à s in
sinuações de G ibbon
das perseguições e outros escrito
e a quantidade dos queres posteriores,
sofreram a crueldade
martírio no
cristi anismo primiti vo. M uitas evidências desse tipo pod em ser
acrescentadas.2

O espaço limitado de que dispomos não nos permite apre


sentar a gran de qu antida de de evidências ad icionai s que poderiam
ser citadas. A verdade é que há muito mais comprovações da
autenticidade e da exatidão da Bíblia, que pode m ser encon tra
das em fontes seculares primitivas, do que precisamos. E, além
disso, para apoiar os relatos bíblicos, os escritores seculares da
época nos fornecem visões suplementares intrigantes que pro
vam a impossibilidade do Novo Testamento ter sido fabricado
anos depois dos eventos.
Não h á como um fal sificado r pôr junto um a imit ação do regis
tro que, supostamente, foi escrito por testemunhas oculares dos
eventos que ocorreram em século s anterior es, pois não teri a o co 
nhecimento dos detalhes dessas informações, os quais seriam ne
cessários para comprovar a autenticidade delas. Faz muito mais
sentido acreditar que Lucas foi, de fato, uma testemunha ocular
que, à época, viajava com Paulo, em vez de imaginar que alguns
falsificadores séculos depois, apenas por mero acaso, usaram as
palavras exatas para citar apropriadamente uma designação
incom um em pregad a para Sérgio Paulo e pa ra a cidade de Fi lipos.
153

Um T estem unho Bom d ema is par a Ser Verda de?


Questão: O livro Antig uidades Judaicas, de Flávio Josefo, é
com freqüência citado pelos cristãos como prova de que Jesus
Cris to, conforme o Novo Te stamento declara, realmen te viveu,
fez milagres,
entanto, foi crucificado
contaram -me que etodos
ressuscitou dentre
o s verda os mortos.
deiros No con
estudiosos
cordam que a seção no livro de Josefo que se refere a Cristo é
um a adulteração que fo i introd uzid a depois, provav elm ente por
Eusébio, que foi o prim eiro escritor a citar ess es fato s. Essa pa s
sagem não é encontrada em nen hu m dos manuscri tos mai s an
tigos. O fat o de qu e essa adulte raç ão fosse nece ssária indica qu e
o ma terial que dá sustentaç ão legítima aos registr os não existe.
Esse não é quase q ue u m golpe fatal pa ra a apologética cr istã?
R e s p o s t a : Já mostramos que há mais do que suficientes evi
dências corroborantes de vários tipos, incluindo outros escrito
res da época, não havendo, portanto, necessidade de adultera
ções. Os críticos ad ora m dizer que "todos os verdade iros estud io
sos concordam" com isso ou com aquilo quando, na verdade,
pretendem se referir a certos estudiosos tendenciosos. O fato é
que essa passagem a que você se refere foi encontrada em cópias
antigas do trab alho de Jo sefo. Ela s foram aceit as pela ma ioria do s
estud iosos e são citadas com o autênticas, não só po r Eusébio, mas
tam bém po r o utros escritor es antigos. Ape nas isso já seri a sufi ci
ent e para com provar que ess a passag em não fo i acr esci da poste
riormente, como os c rítico s qu erem acreditar e t êm te ntad o sem
sucess o, dem onstrar.
Aqueles que contestam essa seção no livro de Josefo não o
fazem baseados em nenhuma evidência, mas porque o que ele
diz é muito favorável à causa de Jesus Cristo. Eis aqui a referida
passagem:

Agochamá-lo
legítimo ra fo i pordeessa
umépoca queele
homem; Jesus,
era um um h om em
executor sábio, se for
de obras
maravilhosas, um mestre de quem os hom ens recebiam , com pr a
zer, a verdade. Ele conquistou muitos dos judeus e muitos dos
gentios. Ele era o Cristo.
■154

E quanto a Pilatos, conforme a sugestão dos principais ho


mens en tre n ós, o con den ou à cruz, e aqueles que o amav am de s
de o início não o abandonaram; e, no terceiro dia, Ele apareceu
par a ele s, vivo de novo; conforme os divinos profetas prog nos ti
caram esse fato e outras milhares de coisas maravilhosas a res
peito dEle.
E o grupo de cristãos, assim denominados por serem seus
seguidores, não está extint o em n ossos dias.3

Não é de adm irar que os anti cri sto s não qu eiram admitir que
o texto acima é autêntico! Se eles, por qualquer meio, se defron
tarem com a evidência não têm esco lha. Na ve rdad e, há duas pas
sagens sobre Je sus na obra d e Josefo. A autenticida de da segu nda
pas sag em (que tam bém é citada em obras ant igas) nun ca fo i con
testada, a qual não Jesus
tivesse mencionado far ia Cristo
o m enopreviamente
r sentido, a e m enosmais
com quedeta
o auto r já
lhes. A segu nda passag em á:
Anan ias re uniu o Sinédr io jude u e tro uxe, diante deles , Tiago,
o irmão de Jesus, que é chamado de Cristo, com alguns outros,
aos quais livrou de serem aped rejados como infratores da lei .4

Está bastante claro que Josefo já mencionara Jesus e fizera


algumas observações a respeito dEle. Caso contrário, não seria
razoável que ele fizesse referências tão superficiais a respeito de
uma pessoa tão importante que, conforme essa passagem mes
m a adm ite, er a, no mínimo, "ch am ado de Cristo ". Iss o é pa rticu 
larmente verdadeiro, pois, em outra parte, Josefo menciona com
alguns detalhes vário s embusteiros que se proclam avam como o
Messi as. Entretanto, nessa breve pa ssage m, seu "sil êncio" sobr e
Jesus seria altamente suspeito se ele já não tivesse explicado
alg um a coisa sobre El e.

Verificação de Josefo através seus Contemporâneos


Will iam Whiston, no final de sua v ersão de The Life and Works
ofFla vins Josephus ("A Vida e Obra de Flávio Josefo" ), pu blic ada
em 1737, inclui; "Sete dissertações [apêndices] referentes a Jesus
Cristo, João Batista, Tiago o Justo,... etc." Neles, são citados nu
455
merosos escritores seculares e cristãos, de 110 d.C. ao fim do sé
culo XV, que relata m Jos efo como au tor ida de q ua nto ao que afir
mou acerca de Jesus João Batista e outras pessoas e eventos cita
dos no N ovo Test ament o.
O professor Hopk ins fez um comentário ulterior nesse sent ido.
Ele explica po r que seria impossível que a p assag em contestada no
livro de Josefo fosse adu lter ad a po r Eusébio ou qu alq uer outro:
Se houvesse adulteração, ela, inquestionavelmente, seria
detectada por alg um dos afiados e invetera dos inimigos do cri s
tianismo: J ose fo e sua ob ra for am tão bem aceitos entre os ro m a
nos que ele foi registrado com cidad ão d e Roma, e at é havia um a
estátua erigida em sua h omena gem. A lém disso , sua ob ra fo i acei 
ta na Biblioteca Imperial.
Mai s tarde, o s romanos foram considerados os guardiões de
seus textos; e os judeus, algo que podemos assegurar, usariam
de toda diligência para prevenir qualquer interpolação a favor
da ca usa cri stã. Além disso, não foi descoberta, na antigu idade ,
nen hu m a objeção f eita em rel ação a es sa passage m po r qua lquer
dos opositores da fé cristã; por conseguinte, o silêncio deles em
rel ação a ess a acusação é uma pro va decisiva de que a pass age m
não é um a adulteraçã o nem falsificação. Na verd ade , a causa cri stã
est á long e de precis ar de qualqu er fraude pa ra fu ndam entá-la e
nada seria mais destrutivo ao seu interesse do que uma fraude
tão palpável e importuna."

Existe, pelo men os, u m a atestação e spú ria sobre Jesus que é
atribu ída a Josefo. Ela é enc ontra da na obra Josephus — the Jeivish
\ \ Jar ("Josefo — a Guerra Judaica"), com introdução e tradução
de G. A. Williamson (Penguin Books, 1959). Infelizmente, esse
relat o esp úrio foi fome ntad o po r cris tãos bastante zelo sos , pois é
mais exagerado e par ece um testemunho, m ais comple to, da dei-
dad e, dos milagres e da ressurreição de Jes us, i nclusive afirman 
do que seu sepulcr o fo i guarda do por trinta soldados romanos e
mil judeus! A última afirmação, obviamente, é falsa, pois os ju
deus não ponoderiam
cialmente sá badoficar guarda.and
d a Pásco o odis
Além sepul
so, cro no sag
a pas sábaemdo, espe
e spúria
contém o utros ado rnos que entra m em confl ito com o No vo Te s
tamento, enquanto que a autenticidade do relato citado acima
harmoniza totalmente com os relatos dos quatro Evangelhos.
156
E sobre os Livros Perdidos da Bíblia?
Questão: Havia, pelo menos, quinze apóstolos. Que apenas
qua tro deles (Pedro, Tia go, João e Paulo) ten ha m s ido inspira dos
para escrever o Novo Testamento é um tanto estranho. Logica
mente, poderíamos esperar que muitos outros deles fossem
"inspirados" para escrever os relatos. Como sabemos que não
há m uitos outros regist ros es cri tos que foram perdido s — ou m es
mo que todas as obras genuínas não foram perdid as ou destruídas
—, e que as que temos não são fraudes colocadas no lugar das
srcinais?
R esp osta : Nã o esqueça de Mateus, Marcos e Luca s, o prim ei
ro apóst olo, e os outros dois verdade iros discípulo s. Por que de ve 
ria haver algum outro escr ito r dos regist ros divinamente inspira
do? O Nov o Testamento está completo em si me smo e não necessi
ta de mais testem unh as inspiradas. E qua nto a saber se o s regist ros
que temos são autênticos, respondemos, ao longo destas páginas,
às legítimas questões sobre vários ângulos distintos com a apre
sent ação de evidênci as esma gadoras. O utra observação de Mark
Hop kins, do último sécul o, trata dessa questão:

É inacreditável que não haj a ne nh um doc um ento escrit o [re


lato verdadeiro] sobre o cristianismo — um movimento que se
ini ciou naque la época e naque le lug ar e que ... relacionou-se com
a srcem de tan tas novas inst itui ções e c om as mud anç as eclesi 
ásticas e sociais — que tenha sido passado adiante. E é impossí
vel que o verdad eiro rel ato tenha pereci do, não deixand o nen hum
vestígio, e que os falsos relatos, bem como outros como esses
últimos, os tenham substituído.
É de esp erar que haja algu m rel ato sobre o i níc io dessa insti
tuiç ão. Os relatos feito s em n ossos livr os [Novo Testamento] são
adequados e satisfatórios. Não há contradição e, até mesmo, os
escritos espúrios confirmam a verdade desses livros, e não há
vestígi os de n en hu m outro liv ro."
Bem, há outro livr o que afir me ser um regis tro inspirad o d o
cristianismo primitivo: o Livro de Mórmon. Ele pretende ser um
relato do aparecimento de Cristo para os norte-americanos que,
157
supostamente, são descendentes de alguns judeus que teriam
atravessado o oceano em dir eção ao Novo M undo, co nstruído
grandes cidades, travado batalhas, etc. Aqui temos o exemplo
cl ássico de um a com plet a fraude que apresen ta o mais im pres
sionan te con traste com a Bí blia. O Livro de M órm on é pu ra fic
ção, como o Bhagav ad Gita, o Vedas, do hinduísmo, e muitos
outro s com teor de escritos sagra dos de ou tras religiõ es. A Igr eja
de Jesus Cristo dos Últimos Dias não poupou esforços arqueo
lógicos em sua tentativa de autenticar seus relatos espúrios e
falhou completamente em seu intento, como é o caso de cada
um a dessas menti ras.

O Livro de Mórmon: Uma Comparação Instrutiva

das; As
seusruínas de cidades
habitantes, mencionadas
identificados; suas na Bíblia foram
histórias, localiza
verificadas; fatos
que c om prov am os r elatos da Bí blia. M useu s seculare s, ao redor
do m und o, contêm vasta quan tidad e de ins cri çõe s ant igas , docu 
mentos, moedas, utensílios e armas com datação anteriores à da
Bíblia e que c onfirm am s eu con teúd o. Esse excesso de evidê ncias
confere, acima de qualquer dúvida, a autenticidade e exatidão
do registro histórico em relação aos povos, culturas, regiões e
eventos encontrados na Bíblia.

Em notável nenhuma evidência de qualquer tipo


encontrada paracontraste,
dar sustentação a o Liv ro de Mórmon. Isso pe rfoi
manece até hoje, apes ar de déca das da s mais agressivas verifi ca
ções arqueológicas por tod a a América do N orte, América Cen tral
e América do Sul. Esse esforço hercúleo, patrocinado pela vasta
riqueza e determinação da Igreja Mórmon, nã o deixou p edra sobre
pedra na pesquisa feita para comprovar o Livro de Mórmon, a
qual foi, porém, infrutífero. Nenhuma peça de evidência que
pudesse comprovar o Livro de Mórmon foi encontrada — ne
nhum traço das grandes cidades que ele cita, nem ruínas, nem
moedas, nem cartas, ne:n documentos, nem monumentos, nada
que está em seus escritos. Nem mesmo um dos rios ou monta
nhas ou outros aspectos topográficos mencionados no livro fo
ram identificados!
158

O Liv ro de M órm on é um excel ente exemplo da im possibili 


dade de se construir um cenário fictício e depois tentar conven
cer o m un do de qu e isso de fat o acontec eu. Simplesm ente, a fi c
ção não se coad una à hist ória e nen hum a evidência pode ser en
contrada para sustentá-la. Para uma exposição completa sobre o
mormonismo, recomendamos o livro e o vídeo, The God Makers
("Os Criadores de Deus").

Uma Autenticação totalmente Lógica e Irrefutável


Questão: Tenho amigos que foram convencidos pelos pro
fessores da universidade ou do seminário de que o Novo Testa
mento não é historicamente exato, mas é uma história de ficção
escrita muito depois da ocorrência dos eventos relatados. Eles
não pud era m pro var is so para mim; eu , porém, tamb ém não pud e
provar que eles estavam errados. Há alguma maneira simples,
sem lançar mão de estudos de talhado s de evidênci as arqueológi
cas e de pesquisas históricas, para ajudá-los a ver que o cristia
nismo começou da forma como o Novo Testamento relata?
R e s po s ta : Sim. Há um famoso argumento, totalmente lógico,
de M ark Hopkins, emb ora não tenha se o riginado n ele , que pode
ser útil . E m seu livro Evidences ("Evidênc ias"), ele refere -se a um a
obra anterior, de Leslie, intitulada Short and Easy Method ivith the
Deists ("Método Fácil e Rápido p ara Lidar co m os Deí stas "). Aquele
auto r a prese nta qua tro crit éri os essenci ais que, se sati sfei tos por
qualquer evento registrado, podem determinar se é realmente
histórico: "(1 ) qu e o ass un to a qu e se refere o fato sej a de tal form a
que os sentidos externos do homem, seus olhos e ouvidos, pos
sam ser juizes dele; (2) que os fatos aconteceram publicamente
aos olhos do mundo; (3) que não apenas monumentos públicos
sejam testemunhos dele, mas que também haja alguma ação visí
vel; e (4) que tais monumentos e ações ou cerimônias tenham
sido instituídas e com eçado na m esm a época em q ue o fa to rela
tado aconteceu".
Leslie explica que "as duas primeiras regras tornam impos
sível que qua lque r fat o trivi al tenha eng ana do o hom em na época
159

em que se deu, pois os olhos, os ouvidos e o senso de cada ho


mem contradiriam esse fato". Sabemos que os Evangelhos e a
maioria das Epístolas foram escritas poucos anos depois que os
eventos registrados neles ocorreram. Portanto, existiam muitas
pessoas a inda vivas que, s e os eventos não corre spon dess em aos
verdadeiros fatos testemunhados por eles, refutariam o relato
desses eventos. Por exem plo, se o relato de Je sus, em que c ham a
Lázaro para for a do sepulcro , não fosse verdadeiro, ele teri a sido
conte stad o por inúm eros amigos e pa rent es, que tamb ém po de
riam replicar indignados que Lázaro ainda nem havia morrido,
nem for a posto em um sepulcro, ou ainda, se e le est ivesse morto,
que ele ainda estava morto e sepultado.
É inconc ebível que algu ém, em u m a pe qu en a região de I srael
e logo após os sup ostos ev entos, ou sasse p ubli car relatos fic tícios
sobre suposto
dões de pessoass milagres,
da mesma no m eaend
época o as pessoas
região em queese
os deram
locaios
s. Multi
eventos, que ainda estivessem vivas, rejeitariam os relatos por
serem mentiras. Em vez de ajudar a validar o cristianismo, tais
relatos falsos seriam conhecidos como fraudes, e o novo movi
me nto seri a pública e prontam ente desacredi tado.

Marca "Registrada"

lém. Lembre-se: o cristianismo


El e foi fun da m en tad o nacomeçou exatamente
afirmação eme Jerusa
de que ess Jesu s, o car
pinteiro de Xazaré que se tornou um profeta aclamado como
Cristo pelas multidões e cujos milagres foram comentados por
todo o Israel e o qual os romanos crucificaram, tendo morrido
pelos pecados do mundo, estava vivo. O fato real é que 3 mil
pessoas, no coração de Jerusalé m, se conve rteram a Cri sto no dia
de Pentecostes, e mais milhares de pessoas, em Jerusalém, dia
após dia, continu aram a abraçar essa "nov a fé "; é um a evidência
irr efutável de que esses fa tos realmente aconteceram. A oposição
não nega os fatos. Ho uve oposi ção ao cris tianis mo, ap enas po rque
ele contradizia a autoridade e os ensinamentos dos rabis.
Não há como escapar do fato de que isso não era um movi
mento político funda m entad o em ideo log ias dis cutí veis nem u m
16'0

movim ento rel igioso fund am entad o em encantam ento emoci onal
para improváveis teorias espirituais. O cristianismo é fundamen
tado em eventos que aconteceram no pequeno país de Israel e que
foram consumados exatamente ali, em Jerusalém. As afirmações

(de que Jesus


ressusci tou osdemortos,
Na zaré curo
como tamu doentes,
bém eleabriu
mesmosoolhos
ressusaos c egos,
citou de n
tre o s mortos, deixa ndo atrás de si o sepulcro v azio ) não p ode riam
ser aprese ntad as exa tame nte al i em Jerusalém e por tod a a Judéi a,
a menos que os eventos realmente tivessem ocorrido. Por essa
razão, Jesus disse a seus discípulos para iniciar a pregação em
Jerusalém, para prime iro estabelecer a Igreja naq uele lu gar e de 
pois pregar a Palavra às grandes multidões.
Obviamente, as multidões que ouv iram a pregação de Pedro

emensagem.
dos outrosAquel
a póstolos conheciam
a peque na camosinhada
f atospara
e nãforo pod iammuros
a dos refutar da
a
cidade para verificar o sepulcro que, como era de conhecimento
de todos em Jer usal ém, for a guar dad o por g uardas romanos, mas
estava vazi o, dev eria ser aceit a por m uitos cét icos. R apidam ente,
a palavra que confirmava esse enorm e milagre espalhou-s e, e ess e
era o milagre que pu nh a o car imbo de aprovação do pró prio Deus
sobre as afirma ções de Jesus Cri sto.

Por que o Cristianismo não Poderia Ter Sido


Inventado posteriormente
Leslie cha ma a atenção pa ra o fato de q ue o logr o ap ena s seria
possív el se a narrativa fos se "inventad a algum temp o depois, qua n
do os homens daquela geração, em que os fatos aconteceram, já
tivessem morrido, e se os crédulos de épocas posteriores fossem
convenc idos a acreditar que os f atos ocorreram, em tempo s a nte
riores, de uma maneira diferente da que realmente aconteceu".
Esse nã o é o caso do cristianismo, pois o me smo , de sde seu in ício,
foi proclamado abertamente em Jerusalém.
Como podemos ter certeza, sem confirmações históricas e
registros arqueológicos, de que o cristianismo iniciou e foi pro
clamado na mesma época em que Jesus e os apóstolos viveram?
161

Leslie chama a atenção para os dois últimos critérios, que ele fi
xou para prevenir a invenção de histórias fictícias posteriores à
suposta data do evento declarado, as quai s pod eriam ser i nser idas ,
como se fosse verdade , p or gerações post eriores. E le contin ua com
a explicação:
Sempre que algo é inventado , caso não a pen as se afi rme que
monumentos sobreviveram a isso, mas também que atitudes e
observações públicas são constantemente vistas desde que o su
posto fato t eri a ocorrido, o eng odo p od e ser detectado p elo não
aparecimento de tais mon um entos, bem como pela exper iênc ia
de cad a homem, mulher e cr iança que sa bem que nen hum a da 
quelas atitudes ou observaçõe s foram, por eles , usadas.
Por exemplo, imagine que eu invente uma história de que,
milhares de anos atrás, a junta do dedo mindinho de todo ho
m em com
ditem idade de
em mim..., poisdoze a nos
todas as fo i cortapodem
pessoas da.. . é contradizer-me
impossível que acr e
em relação à seqüela deixada pelo corte da junta do dedo
mindinho; e, como esse fato é parte da história srcinal, isso de
monstra que a coisa toda é falsa.

Hopkins, ao aplicar essa linha de raciocínio ao Novo Testa


mento e seus testemunhos sobre Jesus Cristo e a fundação do
cristi anismo, argum enta:
Se qualque r hom em tives se inventado o Novo Test ament o
depois da época de Cristo e tent asse impingi-lo à fo rça pa ra que
fosse aceito, seria o mesmo que um homem escrever a história
da Revolução (norte-americana) e da celebração desse dia (4 de
julho de 1776) desde o início; se, na verdade, nunca se tives se
ouvido falar de uma revolução e ninguém celebrasse o dia 4 de
julho. M esmo quando essa data foi cele brada pela prim eira vez,
seria possível introduzir um relato sobre sua srcem essencial
mente diferente da v erd ade dos fa tos.
No entanto, o caso do... cristianismo é mais sólido, pois te
mos
tir dodiversas insti otuições
mesmo), pois disti
batismo ntas do
e a ceia queSenhor
surg ocorreram
iram juntascom
(e a par
maior freqüência, e, por fim, porque sempre foi considerado o
principal ritual de um a reli giã o, à qual o hom em semp re esteve
mais ligado do que à liberdade ou à vida.7
162

Não Há como Escapar da Verdade


Nã o há como refuta r ess es argum entos. O fat o de que o cris 
tianismo envo lve costum es estabeleci dos, igr ejas e t em um a h is
tória pregressa que se estende até sua fundaç ão p or Cristo é alg o
que está além de qua lque r contest ação. A s evidências hist óric as
seculares que dão sustentação a essas afirmações, até onde con
seguim os traçar sua srcem, estão f ora de questioname nto. Além
diss o, pod e ser mo strado, em vários estági os da histó ria, que sur
giram disputas sobre o que a verdadeira prática do cristianismo
deveria envolver. Em todos esses casos, os contendores se volta
ram para a autoridade da Bíblia.
Mesm o ho je, em virtud e das grandes diver gênci as nas p ráti
cas entre católicos e protestantes, entre as várias denominações
protestantes e entre as facções da igreja católica romana, apela-
se, a f im de dirim ir essas dúvid as, con tinuam ente p ara a Bíblia e
para a história. Enquanto os protestantes consideram a Bíblia
como a autoridade final, os católicos adotam a tradição, mas, de
qua lqu er man eira, essas r eivindi cações vo ltam até Cris to e às de
cisões dos Concílios da Igreja, que mantêm essa continuidade.
Hopkins conclui seu argumento:
Já vimos que é impossível que os apóstolos foss em en ga na 
dores ou tivessem sido enganados e que os livros [Novo Testa
mento] nã o pod eria m ter sido autenticados, se o s fat os registrados
não tivessem ocorr ido, nem à época em que surgiram, nem em
qualquer mom ento subseqüente.8

O testem unh o do No vo Testamento é o desta que m ais l ógi co


dos argumentos acima. Em mais de uma ocasião vemos os rela
tos de acusações feitas pelos líderes religiosos judeus que que
rem executar Paulo e a defesa de Paulo. A s denún cias contra Paulo
são em razão do cristianismo ser contrário ao judaísmo. Nunca
acusaram Paulo de estar apresentando fatos falsos ou de que o
cristianismo estava fundamentado em uma fraude.
Paulo apelou para o conhecimento que os oficiais romanos
tinham dos fatos. Relata-se que o governador Félix disse: "Ha
vendo-me informado melhor deste Caminho" (At 24.22) — isto
1G3

é, o crist ianis mo. N a ve rdade , ao contrário de ver algo con trad i


tório nos fatos testemunhados por Paulo, "Félix, [ficou] espavo-
rido " e nq ua nto P aulo a rraz oav a com ele ( v. 25). E qu an do P aulo,
antes da substituição de Fé lix, defend eu-se dian te dele, como ta m 
bém de Festo e de rei Agripa, afirmou:
Por que o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas
coisas, pois não creio que na da disto lhe é ocul to; porque isto não
se fez em qualquer canto (At 26.26).

O Desafiador Mistério da Luz


Questão: Já fui desafiado por vários ateístas a respeito do
primeiro capítulo de Gênesis — não com os argumentos usuais,
se a criação do un iver so aconte ceu em literalm ente seis d ias, pois
acho que pu
qual não há explicações científicas,
de respo nder. Os versímas com 14
culos uma argumento
19 dizem aoque Deus
criou o s ol, a lua e as est relas no qu arto dia. Portan to, no prim eiro
dia, "Deus disse: Haja luz. E houve luz" (v. 3-5). De onde veio a
luz se o sol, a lua e as estrelas só foram criados no quarto dia?
Esses são , de ntre o utros, uns dos versículos mais
R e s p o s ta :
usados pelos críticos como mais uma "prova" de que a Bíblia
contém contradições e, portan to, não po de ser a Palavra de Deus.
Como sempre, entretanto, eles são muito rápidos em tirar con
clusões. N a verdade, essa passa gem apresenta mais um a evidênci a
singular da autenticidade e inspiração da Bíblia. Abordemos,
logi camente, es se assunto por um mom ento.
Se iss o realm ente é um a co ntradiçã o, ela é decerto tão óbvia
que qua lquer um que tenha escri to es sas palav ras teri a sido i m e
diatamente alertado disso e teria revisado a ordem da criação
para corrigi-la. E se, inexplicavelmente, o escritor srcinal ti
vesse falhado em consertar isso, então esse erro imperdoável
ser ia "co rrigido" m ais tarde po r um copista p oster ior. Portanto,
não houve nenhuma revisão. O simples fato de que essa apa
rent e contradição pe rm ane ceu no texto a té h oje, nos impõe um a
conclusão lógica.
46U

Ob viam ente, Moi sés, que srcinalm ente escreveu es sas pa la
vras e por certo era bastante perceptivo e inteligente para não
perceber esse problema, acreditou que era inspirado por Deus e,
portanto, registrou o relato da criação do modo exato como lhe
fora revelado, apesar de ele, provavelmente, não ter entendido
tudo que registrou. Além disso, conforme já observamos, tam
bém os esc ribas post eriores — que copiaram e preserv aram com
esmero ess es regi stros antig os — tinham tanta certeza de que essa
era a Palavra de Deus que não ous aram adulterá-las, deixan do as
apar entes "contradições", vá rias e fl agrantes, i ntac tas.
Quer o próprio Moisés tenha entendido totalmente o que
Deus o inspirou para escrever quer não, essa é uma questão so
bre a qual não devemos nos inquietar. Os profetas que Deus
inspirou para registrar sua Palavra não ousaram, em co nseqüê n
cia de sua co mpre ensão impe rfeita ou de mitos existen tes na épo ca,
criticar o que Deus dissera. Por exemplo, na época em que as
explicações supersticiosas para os abalos sísmicos eram deriva
das d as mais varia das lendas, de sde a cr ença de que a terra esta va
asse ntad a sobre a s cost as do deus Atlas até a teori a de qu e a me s
ma estava apoiada sobre uma tartaruga flutuando em um imenso
ocean o; a B íblia, no en tanto, decla rou que Deus "sus pen de a terra
sobre o n ad a" (Jó 26.7). A Bíblia, distin tam en te de o utra s religiõe s
ou, até m esm o, de antigos escritos cien tífi cos e fi losófico s, longe
de refletir o limitado conhecimento e superstições populares da
cultura d a época em que foi escr ita, contém verd ade s e compreen-
sões às quais a hu m an ida de nã o tinha conhecime nto nem acesso.
Esse f ato sozinh o já é um a d as m aiore s prov as de que a Bíblia foi
inspirada por Deus.

A Bíblia Revela Conhecimento Superior ao da Época


Além dis so, a B íblia contém sabed oria "oculta em mistério"
(1 Co 2.7) que não foi totalmente revelad a ne m me smo pa ra aqu e
les "homens santos de Deus" (2 Pe 1.21), que foram inspirados
para escrevê-la. Apesar de seus escritores, provavelmente, não
enten dere m o que foram inspirados para decl arar. Em Hebreus 11.3
afirma que, muitos séculos antes de a ciência chegar a essa con-
165

clusão, o universo "não foi feito do que é aparente". Afirma-se


especificamente que aqueles qu e escrev eram o Ant igo Testamento
anun ciam coi sas a respeito das quais não têm total com preens ão
(Rm 1.1,2; 16.25,26; Ef 3.3-5). Portanto, também Moisés pode não
ter entendido todo o significado do que escreveu: "Deus disse:
Haja luz. E houve luz".
Nas Escrituras, em relação ao mistério q ue env olve a luz, at é
hoje a ciência não foi capaz de explicá-la. A luz atua como uma
ond a e um a partícula, o que parece impossível — ma s é verdade.
O que é a lu z? Aind a não sabemos.
Nesses poucos primeiros versículos de Gênesis, é dado um
vislumbre da verdade, que só é revelada mais plenamente nos
últimos capítulos da Bíblia. O segredo da "luz" que cerca a terra
antes da criação do sol, da lua e das estrelas é desvendado na
descrição da nova criação, depois que o presente universo (com
seu sol , sua lua e suas estrel as) for de stru ído e refei to:
E ví um no vo céu e uma n ova ter ra. Po rque j á o prime iro céu
e a prime ira terra p as sa ram [...]. E eu, Joã o, vi a Santa Cid ade , a
nova Jerusalém, que de Deus descia do céu [...]
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeç am, p orq ue a glóri a de Deus a tem alumiad o, e o Co r
deiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz [...]

abomEinação
não entrará nela mas
e mentira, coisa alguma queestão
só o s que contamine
inscrit e os
cometa
no livr o da
vida do Cordeiro f...]
E ali não hav erá m ais noi te, e não nec essitarão de lâ m pa da
nem de luz do sol, po rqu e o Senh or Deu s os alum ia [...] (Ap 2 1.1,2,
23,24,27; 22.5).

A Bíblia nos diz qu e "Deu s é lu z, e não há nele treva ne nh um a"


(1 Jo 1.5). Essa luz per m eia o unive rso des de antes d a eternid ade .
Antes de o pecado entrar no mundo e até os corpos celestiais
serem criados, a luz sobrenatural que iluminava esta terra, apa
rentemente, provinha de Deus. Após o pecado, foi removida a
luz qu e é De us e com a qual Crist o, que é Deus , tam bém encherá ,
mais u m a vez, o novo univer so.
166
Saulo/Paulo Era Sincero, mas Estava Iludido?
Questão: A conv ersão p ar a o cristianismo de Saulo de Tar so,
um rabi, parece ser o argumento mais forte que os apologistas
cristãos apresentam para comprovar a ressurreição. Mesmo que
aceitemos o livro de Atos como um texto escrito por Lucas, o
me sm o apres enta o rel ato da conversão de Saulo que não é nad a
convincente. Bem, ele afirma que viu Jesus Cristo vivo em seu
cam inho p ar a Damasco; e certamente, ele morre ria po r essa cr ença.
Po rtan to isso não p rov a qu e Paulo, de fato , viu Crist o. Iss o ap e
nas pro va que ele sinceramente pensou ter visto Cristo vivo alg uns
anos após sua crucificação. Ele poderia imaginar que viu Cristo.
Provave lmente, ele teve um a alucinação de que o vi u, em conse
qüência da culpa por ter perseguido os seguidores de Cristo.
Como os c ris tão s pod em dar tanto desta que à conversão de Paul o,
qu an do esta repous a em sol o tão fr ágil?
R e s p o s t a : Primeiro, é um tanto duvidoso que um homem
como Paulo, obviamente estável intelectual e emocionalmente,
pude sse ter experim entado u m a alucinaç ão tão vivida e perm iti
do qu e isso muda sse toda sua vida . Além disso, o evento fo i acom
panhado por um fenômeno visível — um "resplendor de luz"
sob rena tural mais b rilhan te d o que o sol do m eio-dia (At 9.3; 26.13)

ePaulo
uma também
voz vindaviram
do céu — que as(At
e ouviram pessoas
9.7). que acompanhavamde
Os companheiros
Paulo teriam refutado essa história se também não tivessem tes
temunhado essas coisas.
Houve também a súbita cegueira de Paulo e a miraculosa
recuperação de sua vi são , em Damasco, por meio de um disc ípul o
que pod eria confirmar os fatos. Muitas testem unh as viram Paulo
ser deixado, em Damasco, completamente cego. Poderiam ter
surgido refut ações de todos os l ados pa ra desacreditá-l o, mas não
há nad a que invali de o t estem unho de Pau lo. No ent anto, quan do
ele testemunhou diante de líderes religiosos e seculares e de
multidões de judeus, que s e opunh am a sua mensag em nos fun
dam entos rel igi osos , nin gué m contestou seu rela to. A e vidência
se impõe.
E yidè I x >p ; r .a

No início Saulo de Tarso era um líder inimigo da igreja que


cap turav a e pren dia m uitos crentes e perse guia alguns até a mort e.
Esse processo diligente de perseguição deve tê-lo tornado muito
popular entre os religiosos judeus. Quando Saulo ainda era um
jovem rabi, já era um heró i bem conhecido por seu ardor contra os
cristãos. Ele tinha tod os os mo tivos pa ra pe rm ane cer fiel ao juda ís
mo. O fato de que perderia um futuro brilhante, ao se tornar um
dos que ele perseguia, e de saber que as mesmas punições —
açoi tament o, a prisionamento e, por fim, martír io — tamb ém acon
teceri a com el e, é, na v erda de, u m a evidência pod ero sa d e que es
tava convencido, sem a menor sombra de dúvida, de que Jesus
Crist o estava vivo e de que ele o vira pessoalme nte. U ma aluci nação
simples men te nã o se ajusta aos fat os conheci dos.

Evidências Convincentes de outra Natureza


Outra evidência ainda mais convincente é o papel de líder
que Paulo ass um iu no expl osivo cresci mento do cristiani smo pr i
mi tivo. Ele ti nha conhecim ento interior e ensin ou nov as dou trinas
completamente e stranhas às que seriam condizent es com seu trein o
e prát ica no judaísmo, doutrinas que ele não pod eria ter adqu irido
a não ser por meio do próprio Cristo. Mesmo que nunca o tenha
encontrado antes da crucificação, Paulo afirmou que aprendeu

tud o que
Paulo sabia sobre
escreveu es sa nova fé direta me nte do Cristo ressurr ecto.
aos Coríntios:
Porque eu recebi do Senhor o que tamb ém vos e nsi nei: que o
Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo
dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo
que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, di
zendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei
isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim (1 Co
11.23-25; grifo do autor).

Paulo não estava presente naquela ocasião, portanto, como


pod ia saber o que aconteceu nesse último encontro íntimo entre
Jesus e seus doze apóstolos? Por que coube a Paulo explicar o
que aconteceu na Ultima Ceia e o significado dela? Por que não
168
coube a Pedro, ou Tiago, ou João que estavam presentes na ceia?
Ob viam ente, o Espírito Santo f ez com qu e Pau lo escrevesse ess as
palavras como parte da prova da ressurreição de Cristo. Ele
testificou que recebeu "do Senhor" tudo que agora ensinava.

Repetimos:
na va com taltudauto
o qu e Paulo
ridad e, elesabia sobre
afirma queessa nova
recebeu fé e eagoradireta
pessoal ensi 
mente do Senhor Jesus Cristo ressurrecto. Não há nenhuma
ou tra exp licação .
Inquestionavelmente, Paulo nunca foi instruído, com os ou
tros discípulos, po r Cri sto . Ele er a u m rabi antagônico a Cristo, no
fin al da vida dest e. Assi m, rep entina m ente, ele s e torna não só o
porta-voz do cristianismo, mas a principal autoridade. Ele até
m esm o repre en deu Ped ro fa ce a face, e este reconheceu que Pa u
lo estava certo, e ele, errado (Gl 2.11-14). De onde surgiu esse
repentino conhecimento a utorizado?
É claro que os céticos sugerem que Paulo foi, precipitada
me nte, até os apóstolos e d isse: "A gora sou u m crente em Jes us,
ma s não com pree ndo essa coi sa de cris tian ismo. Eu quero prega r
isso, portanto, é m elho r eu t er um curso i ntensivo. De outra m a
neira, posso fazer uma enorm e best eir a!" Iss o poderia ser verdade?
Paulo aprendeu o que sabia sobre o cristianismo com Pedro ou
com os outros apóstolos e cristãos?

Inegável Prova Interna


Ao contrário, Paulo fo i até Jerusalém três anos apó s sua con
versão. El e pro cura va "ajuntar-se aos discípul os, mas todos o te
miam, não crendo que fosse discípulo" (At 9.26). Paulo solene
mente testifica:
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim
foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi,
nem apren di de hom em algu m, mas pela reve laç ão de Je sus Cris
to. [...], não consultei nem carne nem sangue, nem tornei a Jeru
salém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas
pa rti p ar a a Arábia [...]
Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia. E não era
conhecido de vista das igrej as da Judéia, que estavam em Crist o;
169
mas som ente tinha m o uvido diz er: Aquele que já nos persegu iu
anunc ia, agor a, a f é que, antes, destruía. E glorificavam a Deus a
respeito de mim (Gl 1.11-24).

Qu e Pau lo estava dize ndo a verd ade fica claro, pois el e rev ela

ve rdad pes ara


revelou aos Paulo
outros (Ef
apóstolos
3.3-10)que estes que
o "mistério desconheciam.
des de te mpCos eternos
rist o se
esteve oculto" (Rm 1 6.25) e deu-lh e o privilégio d e en sina r isso
(1 Co 15.51; Ef 5.32; Cl 1.25-27). Ele se to rn ou o pr in ci pa l apó sto lo e
au torid ad e do cri stiani smo, e os outros apóstolos adm itiram que
ele sabia mais do que eles e que, de fato, aprendera isso direta
me nte do Cristo ressur recto.
Paulo escreveu a maioria das epístolas, mais do que todos os
apóstolos srcinais juntos. Ele levantou-se contra as falsas dou

tri
de nas que estavam
Jerusalém, onde ossendo ensinadas
apóstolos pelos
ainda j udaizantes
viviam. que vieram
Em Jerusalém,
Paulo confrontou os apóstolos e os líderes da igreja com suas
heresias (At 15) e mudou a maneira de a igreja pensar.
Nã o há explic ação para o conhecimento d e Paulo, a não ser a
de que Cri sto ressuscitado dentre os mortos, na verd ade, reve lou a
si mes mo e a se us ensin ame ntos a esse antigo in imigo . U ma aluci 
nação não pod e exp licar taman ho conhecimento e autoridade.

OsTestemunhos
de mais Convincentes Tipo s
de Martírios
Questão: Não nego que os cristãos primitivos eram atirados
aos leões, crucificados, queimados vivos e mortos de outras ma
neiras e m razão de su a fé. Entretan to, faço obje ção ao desejo deles
de suportar tal tratamento como prova de sua fé cristã. Os segui
dore s de m uitos o utros lídere s reli giosos, mes mos líderes de cult os
posteriores, comprovam que é fraude ou pecado querer morrer
por sua fé. Observe os novecentos seguidores de Jim Jones que
morreram na floresta da Guiana. Os mulçumanos (por exemplo,
os hom en s-bo mb a e outros terroris tas) que rem sacr ificar- se po r Alá
e Maomé. Co mo você pod e dizer qu e o martírio dos cris tãos pro va
sua cristandade mais do que o martírio de outras religiões?
170

Uma Distinçã o Essenci al


R esposta: Há gran des diferenças entre o martírio dos cristã os e
outros que você mencionou. A maioria daqueles que morrem por
líde res de cultos como Ji m Jones e David Koresh têm po uca ou ne
nh um a escol ha. Além dis so, o martírio de les não pod e ser comp a
rado com o dos cr istãos, a que m era da da a oportun idad e de salvar
a vida se negassem a Cristo, mas eles persistiam em sua fé nEle,
me smo qu an do isso significava mais tortura e mort e.
O islamismo, que se espalhou pela espada, mantém-se, agora
também pela força. Hoje, a pessoa precisa ser muçulmana para
ser cidadão da Arábia Saudita. Lá, como em outras nações
islâmic as, há pen a de morte pa ra o mu çulm ano que se co nvert er
a outr a relig ião. Ten te imaginar, isso seri a co mo se alguém tive sse
de ser batista ou metodista (ou membro de que qualquer outro
grupo religioso) para ser cidadão dos Estados Unidos, e a con
versão para qualquer outra religião acarretaria a pena de morte!
(Na verd ad e, isso é o que aco ntecerá se o Islã conse guir concretizar
seu obj eti vo de transfo rma r os Estados Unido s e todas as outras
nações em países islâmicos.)
A lealdade ao Islã é man tida sob a ameaç a de morte, ao passo
que a lealdade a Cristo é mantida pelo amor. Jim Jones e outros
líderes de cultos enganaram seus seguidores para que eles mor
res sem . Ele s não foram m ortos por p erseguidores em co nseqüên
cia de sua fé . El es se subme teram à morte na crença de que nada , a
não ser isso, poderia ser feito para que não perdessem o céu. As
sim também pensam os muçulmanos que sacrificam sua vida na
jihad. Eles sã o ensinado s que esse é o único caminh o seguro p ara o
céu , portanto ele s dão sua vida p ara gan har a vida etern a.
Em contraste, os seguid ores de Cristo são certificados de que
terão acess o ao céu sem q ue lhes se ja exigida nen hu m a boa obra
ou sacrifício. Cristo pagou todo o preço para a salvação deles.
Eles sabem que têm a vida eterna e não precisam morrer para
obtê-la. Sua submissão à perseguição e à morte resultam de seu
am or pelo Senhor e da relutância em negá-lo ou de transigir com
o que e les acreditam ser verdade .
474

Morrer por Fatos versus Lealdade a uma Religião


Para reconhecer a gra nde distinção entre o s má rtires cr istã os
e todos os outros, é necess ário voltar à época d os ap óstolos e dos
cristãos primitivos. Eles morreram não por lealdade a uma reli
gião,
desse mas
fato par a testifi
parece
car a ressurreição áe Jesus Cristo. A importância
ser negligenciada pelos céticos. Por exemplo,
Robert Ingersoll, famoso ateísta do século XIX, escreveu:
Ne m todos os mártires na história do mu nd o são sufi cient es
para estabelecer a exatidão de uma opinião. O martírio, via de
regr a, est abelece a si ncerida de do m ártir — nunca a exatidão de
seu pensam ento. As cois as sã o verd ade iras ou fals as em si me s
mas. A verdad e não pod e ser afetada por opiniõe s; não pod e ser
mudada, nem estabelecida e, tampouco, afetada por martírios.
Um erro não po de ser sinceramente acei to a po nto d e transformá-
lo em uma verdade.

O que ele di z é verd ade até onde essa concepç ão alcan ça, mas
ele não percebe a diferença do martírio cristão. Os apóstolos e
discípulos primitivos mo rrera m po r insi sti r que Cristo hav ia res
suscitado den tre os mortos; e eles insistiram ni sso, não m eram ente
como um dogm a rel igioso, mas como u m evento em tem po real
do qual eles foram testemunhas oculares. Ingersoll admite que,
geralment e, as pess oas não mo rrem pelo que acreditam ser um a
mentira, contudo, todos os apóstolos (com exceção, talvez, de
João) morrera m como márt ires. N enh um del es retr ocedeu daquele
ponto em que tiveram de enfrentar a morte para comprar sua
liberdade com a confissão de que os apóstolos sonharam com
ess a história da ressurreição e que ela realmente não acontecera
— ou que talvez eles não tivessem certeza cie que o viram vivo,
mas, talvez, tenham apenas pensado que o viram.
Sabemos com certe za, mesm o pelos padrõ es de Inger soll, que
os apóstolos eram sinceros — não só no que diz respeito a sua
crença de que
renta dias que pas
Jesussara
é o mMess
comias,
E lemas ta mb
depois deém
suaem relação aoe qs quue,
ressurreição a
na ve rda de, estav a viv o. Esse é o ponto. Para refuta r o solene teste
munho deles, é necessário provar que todos eles simplesmente
imaginaram que Cristo passou quarenta dias com eles e revelou
172

que estava vivo "com muitas e infalíveis provas" (At 1.3). Todos
eles teriam m orrido p or u m a históri a imaginada? Nunc a!

Testemunhas Oculares da Ressurreição


Os apóstolos sofreram persegu ição quase insu portáv el e foram
para o sepulcro como mártires, afirmando que os eventos que
hav iam te ste m un ha do de fato o correram. To dos test ifi caram, at é
a morte, os milagres de Cristo, seus ensinamentos e sua ressur
reição como fatos reais que eles mesmos testemunharam e, por
tant o, não pod iam negar , quan do, na verdade, po deriam ter con
seguido sua liberdade se negassem isso. Greenleaf argumenta:
Desses absurdos [de um homem querer morrer por uma
mentira]
adm issãonão
d ehá
quecomo
ele sescapar,
eram ho mas,
me nscom perfeita
bons, convicção
que testifi e sobr e
cavam
o que cuidadosamente observaram, consideraram e sabiam ser
verdade.M

Esqu ece-s e, com freqüê ncia, que não apen as aque les a quem
Cristo apareceu durante aqueles históricos quarenta dias
testificam a ressurreição de Cristo, mas todos os cristãos. O cerne
do cristi anismo é a ce rte za de q ue cada u m est á em conta to pes 
soal com o Cristo ressurrecto, que reside em seu coração. Linton
pega esse ponto q uando, como advogado, adota um argumento
similar ao de Greenleaf:
Nada na história é mais bem estabelecido do que o fato de
que os escr itor es do Evangelho, como tam bém a queles que acre
ditam em seus relat os e c onvertem -se ao crist ianismo, foram po r
toda a vida submetidos à perseguição, às freqüentes torturas e,
por fim, à morte. Isso ocorreu pelas mãos dos judeus enraiveci
dos, pois lhes diziam que hav iam ma tado seu Messi as, e dos pa 
gãos enfurecidos, pois lhes diziam que todos os deuses de seu

Panteão
Roma eraeram mit os,de
perpetrador o Pontifex
quelogro Maximu
e que o único s (sumo
Deus pontífice) de
verdadeiro
era aquEl e que veio encarnado como judeu e morreu na cru z.
Assim, tão certo quanto a compleição humana se encolhe
diant e do sof ri mento e da mort e, também nen hum hom em men 
tiria qu an do o resultad o na tural e úni co dessa m entira foss e ex 
173
por-se a t odos as m alda des possíveis para sofrer nessa vida, e a
pun ição de sua m entira fos se a impo ssibilidade d a vida por vir.10

Eis aí em que re pou sa a grande difer ença. Os apóstolos mo r


reram para tes tif icar a ressurrei ção, um a que stão de realidade, não
m eram
posi çãoente
para de
m forrer
é. Eles estavam
para testemconvencidos o evento.
unha r es sedevento é mu Eitosua dis
mais
convinc ente do que o des ejo de outros para morrer por u m a m era
crença ou por lealdade a uma religião ou líder religioso. Como
Linton aponta: "Cristo é o único personagem de toda a história
que tem quatro biógraf os e histor iadores contem porâneos, tend o
cada u m deles sofrido perseguição (e martíri o) a fim de atestar a
veracidade de s ua narrati va".

Profecia, a Grande Prova


Questão: Em vários de seus livros, você apresenta profecias
cumpridas como prova de que Deus inspirou os escritores da
Bíblia. Portanto, esse mé todo de pro va r a Bí blia po r meio d a p ró 
pria Bíblia não passa de um raciocínio circular. Nenhuma reli
gião pode apresentar uma “prova" similar, por meio do uso de
suas Escrituras.
R esp o s ta : Há um a qu antidade esm agadora de evid ênci as de
todos os tipos sobre a inspiração das Escrituras. As profecias são
apenas parte das evidênc ias . Também não há nada de errado em
comprovar a Bíblia pela própria Bíblia, não mais do que provar
um teorema matemático por meio da matemática. De qualquer
modo , a profecia cum prid a prov a a Bí blia não po r si mesm a, mas
pela veri ficação , por meio d a história secu lar, de que, na verd ade ,
o que a B íblia predisse ocorreu. Assim como sugerir que "n en hu ma
outra rel igião pode apresentar um a 'prova similar' , por meio do
uso de suas Escrituras", é simplesmente absurdo.
Dê-me apenas um exemplo de uma pro fecia, ao meno s uma,
proveniente de Buda, Confúcio, Zoroastro, Krishna ou Maomé
que tenha se cumprido! Simplesmente não há nenhuma! Por ou
tro lado, há no Antigo Testamento um grande número de profe-
m
cias específicas sobre o Messias judeu. Além disso, temos docu
mentação detalhada sobre o cumprimento de cada uma dessas
profecias de Jesus por meio de testemunhas oculares que regis
traram os eventos, de Jo sef o e de outr os. H á m uito ma is ev idên 
cias sobre a vida, m orte e ressurreição de Jesus do que sobre qua l
quer um dos Césares, de Platão, de Alexandre, o Grande, ou de
qualquer outro personagem histórico da antiguidade. Os céticos
rejeitam Jesus Cristo mais por preconceito pessoal do que em
conseqüência de uma investigação e de evidências completas e
imparciais.
Há um grand e núm ero de pr ofeci as e eventos úni cos que fo
ram preditos e que, literalmente, foram cumpridos e impressos
na história factual dos judeus como povo. Não há nada seme
lhantedetalhadamente
mos na hi stóri a dedas
n enprovas
hu m outro povo ou
fornecidas pelasgrupo étnico. Trat a
profecias
bíblicas em outros livros.
Já escutamos conversas suficientes. Ouvimos todos os sermões
cansativos... insípidos que queríamos escutar. Já lemos sua Bíblia e os
trabalhos das melhores mentes de seus adeptos. Ouvim os suas orações,
seus gemidos solenes e seus améns reverentes.
Tudo isso não signi fica nada.

Querem os u m fato. Suplicamos às portas de suas igrejas por ap enas um


peq uen o fat o... Sabemos tudo sobr e suas ma ravilhas bolorentas e seu s
velhos milagres. Queremos, há muito tempo, um fato... e o exigimos
agora. Deixe a igreja fornecer pelo me nos u m e depois
ela pode ficar em paz pa ra tod o o sem pre.

Orar tornou-se um negócio, uma profissão, um comércio. Um pastor


nunca fica tão feliz como quando ora em público. A maioria deles é
excessivam ente familiar com seu Deus. Por saber q ue Ele sabe tudo, eles
lhe contam sobre as necessidades da nação, sobre os desejos das pessoas,
aconselhando-o sobre o que fazer e quando fazer.
— Robert Gre en Ingersoll,
u m fam oso advo gad o, agnóst i co e orado r do sécul o XI X
À ORAÇ ÃO?

Razões para as Orações não Respondidas


Questão: Jesus prometeu: "Se dois de vós concordarem na
terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito
por meu Pai, que está nos céus" (Mt 18.19). Jamais vi a demons
tração desse fato, a saber, se dois cristãos concordarem, eles po
dem ter tudo que quiserem de Deus. Então, o que Cristo prome
teu não era verdade ?
R e sp o s ta : Talvez na da seja mais mal c om preendido pela pes
soa comum, cristã ou não-cristã, do que a oração. Geralmente,
pensa-se que a or ação é um a m aneira de persu adir Deus a real i
zar os sonhos e a s ambições de um a pessoa, satisfaze ndo os seus
desej os. Portanto,, apenas u m m om ento de reflex ão dissiparia ra
pid am en te essa il usão fa tal.
O problema básico do mundo é o conflito entre os desejos
pessoais e a resultante competição por poder e supremacia. Por
tanto, a oração apenas pioraria a situação se ela libe rasse um p o 
der sobrenatural a que cada pessoa pudesse recorrer a fim de
impor seu desejo sobre os outros e sobre o universo. Nesse caso,
a oração, em vez de trazer unidade e paz, traria apenas uma
Í78 E.v, D eflí

crescente divisão e conflito ao dar a cada pessoa o poder de


impingir seu desejo sobre os outros.
Deus permanece no comando do universo. Obviamente,
muitas coisas que acontecem não estão de acordo com o desejo

de Deus,
lha. pois Deus
Portanto, Ele, nan verdade,
ão é umdeu ao homem
parceiro ativ oopoder
com adefi esco
nalidade de
realizar os desejos do homem. Ele não emprestará seu poder
me ram ente pa ra realizar nossos dese jos e goís tas. A or ação deve
concordar com o desejo de Deus: "... se pedirmos alguma coisa,
seg un do a sua vo ntad e, [...] sabemos que alcança mos as petições"
(1 Jo 5.14,15). A oração também deve obedecer a outras condi
ções a fim de que Deus conceda a petição.
A concordância de dois ou m ais juntos é apen as um a das con
dições para que a oração seja respondida. Eis aqui algumas das
outras condiçõe s ap rese ntad as na Bíblia: "E tudo o que pedirdes
na oração, crendo, o recebereis" (Mt 21.22); "Se vós estiverdes em
mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que
quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7; grifo do autor); "Pedis e não
recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites"
(Tg 4.3; grifo do autor); "[...] qualquer coisa que lhe pedirmos,
dele a receberem os, porque guardamos os seus mandamentos efa zemos
o que é agradável à sua vista” (1 Jo 3.22; grifo do autor).
Essas não englobam todas as condições para que a oração
seja respondida. Portanto, servem para d ar u ma idéi a de por que
muitas oraç ões não são respondidas apesar da determinação d a
queles que se reúnem para ped ir a seu Pai c elest ial por qua lquer
coisa que seja o desejo deles.

Três Condições para que as Orações Sejam Respondidas


Questão: Fui cri stão por m uitos anos e compareci a centenas,
talvez milhares, de encontros de ora ção. Ouv i muitas orações fe r
vorosas que almejava
ções respondidas. m bonsmuito
Isso afetou p ropósit os, mas
a minha fé. raram Por
enteque
vi ora
há tão
poucas orações respondidas?

R es p o sta : Primeiro você admite que viu pessoalmente, pelo


menos, algumas orações que foram re spon didas. Além disso, você,
/7.9
com certez a, já ouv iu ou leu o t este m unh o de ou tras pessoas que,
inquestionavelm ente, obtiveram respostas miraculosas pa ra suas
orações. Considere, por exemplo, George Müller, cuja vida foi
um incrível testemunho de oração respondida. Ele acolheu, ves
tiu e alimentou milhares de órfãos e determinou para si mesmo,
como um a regra , nunca pedir n enh um a ajud a finance ira à s pessoas,
mas apen as a Deus; e e le registr ou m ilhares de res postas específ i
cas de orações em seu diário. Müller escreveu:

Bem, eu, um pobre hom em, simplesme nte por meio da ora
ção e da fé, obtive, sem pedir ajuda a nenhum indivíduo, os meios
par a estabelecer e cuida r de u m orfanato; i sso é al go que, com a
bênção do Senhor, deve ser um instrumento para fortalecer a fé
das cri anças em Deus , al ém de ser um testemunh o d a realidade
das cois as de Deu s par a a consci ência dos nâo-conve rtidos.
Essa , porta nto , foi a razã o inici al para estabelecer o orfanato.
Eu, certamente, obedeci ao desejo do meu coração, a saber,
ser usado p or Deus pa ra auxiliar e sse gru po de pobres crianç as,
priva das dos pa is, além de minh a pretensão com a ajuda de Deus
de torná-los, em outros aspectos, pessoas boas para esta vida...
[como também] quero ser usado por Deu s para con seguir que os
órfão s que ridos sejam criados no tem or do S enhor —, ma s o pr i
meiro e principal objetivo do trabalho era (e ainda é) que Deus
seja exaltado pelo fato de que todas as necessida des de [mil hares
de] órfão s, s ob o s meus c uidad os são supr idas sem qu e ning uém
[além de Deus] seja solicitado, por mim ou por meus compa
nheiros de trabalho, [para ajuda r ou dar dinheiro]...1

Poderíamos aumentar os exemplos para mostrar que Deus


atende a muitas orações. Robert Ingersoll, que foi o epítome do
agnosticismo e r idiculariz ou os cr ist ãos por orarem , exi ge "a pe 
nas um pequeno fato" que prove que as orações são respondi
das. Há milhares de fatos que ele e outros agnósticos e ateístas
recusaram -se a aceitpois
sejam respondidas, ar —
issonão
foip reiteradamente
orqu e não é possível
provado,quemas
orações
po rqu e o p reconceito dele s não lhes permitiria encara r a verdade .
Xa ve rdade, toda um a bibl iot eca pod eria ser pree nchida com
testemunh os de ora ções r espond idas, o que não pod eria ser e x
480

plicado como mera coincidência. A questão, portanto, não é se


Deus é capaz de responder às orações, ou se sempre o faz, mas
por que Ele responde a muitas orações com um não. De acordo
com a Bíblia, há pelo men os três fator es para dete rm inar se uma
oração deseja responder-lhe;
(2) se oserá
temporespondida
de Deusou não: (1) ésechegado;
responder Deus e (3) se aqueles que
oram têm um relaci onamento tão bom com Deus que ser ia apro
priado pa ra Ele res pon der às o raç ões .
Muitas de nossas orações não são respondidas, e podemos
agradecer a Deus por isso. Espera-se que oremos o tempo todo
para que "Não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22.42).
Contudo, m uitas de nossas ora çõe s de qualquer forma não segu em
ess e espí rit o, mas, na ve rdade, ten tam p ersu adir a Deus a concr eti 
zar o desejo do homem, para abençoar ou realizar os planos hu
manos. Como estamos longe da perfeita sabedoria, isso poderia
nos traze r infortúnio s e Deus se mpre fizes se o que l he pedimos.
■Há tam bém o assu nto d o tempo . C onsidere, por exem plo, a
oração de Ana pedindo por um filho. Isso aconteceu anos antes
de o S enhor dar-lhe o filho pelo qual ela orara. Finalmente, Samuel
foi concebido e trazido ao mu nd o. Ess a deve ter sido um a longa
e inexplicável espera para seus futuros pais; mas Samuel tinha
de viver em um determinado tempo para que cumprisse uma
missã o específica em Israel .
Ou considere a oração de Neem ias pela reconstrução de Jeru
sal ém. Pod em os ler a respeito de um a ocasião em q ue ele chorou
e lamentou p or alguns dia s, enqua nto j ejuav a e orava pera nte o
Deus dos céus pela restaura ção d e Jerusalém (Nm 1.4). A conclusã o
é clara, apesar de Jerusalém estar o tempo todo em seu coração,
ele est ava ora ndo havia meses e provavelme nte havia anos sem
nenhuma resposta. A resposta veio no tempo de Deus, e quão
imp ortan te fo i a escolh a da quele m omento! Aquilo tinha de ocorre r
no dia específico que fora predeterminado por Deus. A partir
daquela data, ocontar-se-iam
determ inar 69 semanas
dia em que Jes deem
us entraria anos
Jer(483 anos)
usal ém, para
m ontado
em um jum ento e seria sau da do como o Messi as (Dn 9 .25). Em 
bora Neemias não pudesse suspeitar da importância da escolha
desse momento, a profecia de Daniel que relatava esse fato incrível
já fora registrada.
/<Si

Por fi m, a resposta a firmativa pa ra a oração qu an do ela v em,


é, no mínimo, um a bênção de Deus p ara indicar que o petic ionári o
está vivendo de acordo com o desejo dEle (1 Jo 3.22). Como
alg ué m po de saber qual é o dese jo de Deus? George Mü ller, fun
damentado em sua vida e na experiência de muitos anos cami
nhando com Deus, dá-nos alguns conselhos e explica um dos
segredos para ter as orações respondidas:
Nu nc a me lembro, em tod a a minha traj etória cri stã , de um
longo pe ríod o (em març o de 1895) de 6 9 anos e qua tro meses, de
não ter pr ocurad o, sincera e pacien teme nte, saber o desej o de D eus
no s ensinamen tos do Es pírito Santo, com o auxílio da Palavra de Deus ,
mas sempre fui corretamente direcionado.
Mas se faltar a honestidade de cora ção e a lealdad e a Deus , ou
se não esp erar pacientemente pelas instruções de Deus, ou prefe
rir o cons elh o do home m, meu compa nheiro, em vez das declara
ções da Palavra de Deus, estou come tendo u m gra nde erro ( grifos
do srcinal).2

A or ação não é um a via de mão única em que conseguimos


tudo o que queremos, e Deus não obtêm nada. A or ação , na ver
dade, tem a funç ão de nos col oca r em con formidad e com o dese
jo de Deus. Se Deus respondesse às orações daqueles que sepa
ram um tempo para saber o desejo dEle, mas são negligentes a

respeito de obedecer-lhe
encorajando-os emnessa
a continuar sua vida
vida diária, Ele estaria apenas
de desobediência.

Disciplina e Maturidade por meio da Oração


Questão: Com pree ndo q ue o cris tão deve orar de acordo "com
o desejo de Deus". Por que Deus apenas não realiza seu desejo
sem ser informado de como fazer isso? E se Ele sabe tudo, por
que precisa de alguém para lhe contar o que precisa ser feito? Se
Deus "cuida dos que são seus", como habitualmente ouço em
preg ações, ent ão po r que "os seu s" sempre precisam clamar para
que as suas necessidades sejam atendidas?
Xinguém que verdadeiramente entenda
R e sp o s ta : a o ração
acredit a que ess a se ja um a ma neira para informar a Deus de qual
482

quer coisa que Ele já não saiba, ou de como ou quando realizar


seu desejo. A or ação é um a ex pressão de nosso desejo para Deu s,
mas a verdadeira oração não é a insistência em relação a esse
desejo. Tampouco alguém que conheça a Deus poderia preten
der persuadi-lo
dEl e, mesm o que a fazer
essaqualquer
pers uascoisa que seja
ão fosse p ossícontra o desejo
vel . Acima de tud o,
Deus é mais sábio que nós. Expressar em oração da mesma for
m a q ue Cri sto , como hom em , o f ez: "Não se faça a min ha von ta
de, mas a tua" (Lc 22.42), é reconhe cer a finitud e da com pree nsão
hu m an a e subm eter seu des ejo ao de Deu s, que t em sabedori a e
am or infi nit os, sabe ndo que o caminho dEle é o melh or.

Ent ão, por q ue devem os orar ? Olhemos u m exemplo especí 

fico. Sup onh


cura dessa a que
pessoa é umuma apesso a está
m aneira seriam ente
de expressar nosdoente.
so amO orrare pel
pre a
ocupação. Também é a adm issão d e que a cura está nas mã os de
Deus e a confissão de que dependemos totalmente dEle. Supo
nh a que a p essoa se r ecupere de ma neira tão miraculosa q ue não
possa ha ve r dú vid a de que fo i gra ças à i ntervençã o de Deus . Ser á
que El e teria curado a pessoa sem oraç ão? Um a vez que a recup e
ração total era claramen te o des ejo de Deus, pod em os ter c erteza
de que ela teria ocorrido.sem oraçã o, mas talvez não de u m a m a
neira tão obviamente miraculosa.
Portanto, qual a necessidade d e orar se basicam ente o me sm o
resultado, com ou sem oração, seria alcançado? Toda oração que
não fo r autocentrada é , an tes d e tudo, um a opo rtunida de para lou
var e agrade cer a D eus e para expressar am or po r Ele. Paulo disse:
"... antes, as voss as petições sej am em tud o conhec idas dian te de
Deus, pel a oração e súplicas, com ação de gra ças" (Fp 4.6). P orta n
to, a ador ação , a ação de graças e o lou vo r a Deus, na oração, vêm
prim eiro e, decer to, são motivos mais que sufi cient es par a orar.
A oração tamb ém é uma opor tunid ade pa ra a pessoa exp ressa r
seu amor por Deus e sua preocupação para com os outros e, ao
me smo tem po, submeter-se obe dientem ente ao seu desej o. A ora
ção pod e ter um efeit o poderoso na construção do caráter de um a
pessoa e t razendo-a p ara pe rto de Deu s. A s ora ções de um a pe s
soa devota começam a refletir mais e mais a vontade de Deus à
m
m ed ida qu e El e m ud a o cará ter , os pensa m ento s e as obras dessa
pessoa para que estejam de acordo com a vontade dEle e com
seus planos em todas as coisas. O Espírito de Deus nos move
para orar por todas as coisas que Ele fará. Dessa maneira, o peti-
cionári o torna-se um parceiro de D eus na terra em relaç ão à exe
cução dos desejos dEle.
Há m uitas razões pa ra que aquel es que são de Deus e de quem
Ele cuida não ten ham n en hu m a necessid ade. Prime iro, ao retardar
a resposta da oração por necessidades específicas, nosso Pai
cel est ial , como qua isque r pais amorosos da terra fazem p or seus
filhos, está en sina ndo paciência e m old an do o nosso cará ter. Pode
ser também que haja condições que devem ser encontradas na
vida da pessoa para que D eus ve ja que el a é digna de ter algumas
necess idades realizadas .
Na vida, uma
autodisciplina criança
ou outras nunca
lições aprenderá
essenciais o autocontrole
se os ea
pais satisfizerem
instantaneamente todos seus desejos. A pessoa, ao saber disso,
além de ter confiança no amor e cuidado de Deus, não se deses
pera por não ter suas orações respondidas, mas esforça-se para
aprender o que Deus está lhe ensinando. E claro, há também a
diferença entre o que pensamos que são neces sidades reais e aquelas
coi sas que Deus, em sua sabedo ria, considera desejos supérfluos
ou, at é mesm o, prejudi ciai s. Felizmente, esperam os e m vão que
Ele realize estes para nós.

Orar É muito mais que Pedir


Questão: Jes us dis se que não devem os usa r "vãs repetições"
em orações e que não seremos ouvidos por muito falar (Mt 6.7).
Ele também disse que devemos persistir em oração. Isso parece
ser uma contradi ção. Por que não é su fici ente pedir a Deus ape 
nas uma vez? De qualquer maneira, Ele atenderá ou não à peti
ção. Por que repetir a oração?
Resposta: A oração é um a m aneira de comunicar -se com Deus
e, portanto, envolve conhecê- lo intimam ente em um a relaçã o de
amor celestial. Compreensivelmente, Ele não responde às inda
gações casuai s, ma s à paixã o do coração. No Antigo Testamento,
Í8U
Deus diss e: "E buscar-me-eis e me achare is qua nd o m e buscarde s
de todo o vosso coração" (Jr 29.13; grifo do autor). No Novo Testa
mento, Deus fala que é o "galardoador dos que o buscam" (Hb
11.6). A oração requer diligente e apaixonada persistência. Nada

demnosso
em onstra relacionam
m ais o ferv ento
or dacom
sinceridade
Ele. e do am or que Deus des eja
Jesus disse que deve ríam os sem pre persistir em oração e não
desistir (Lc 18.1). Ele disse que uma característica dos eleitos por
De us é qu e eles "c lam am a ele de dia e de no ite " (Lc 18.7). Ele nos
enco raj a a perm anece r pedindo, busc ando e baten do à porta do
favor e graça de D eus até que re ceba mo s nos sa petição (Lc 11.5-
10). Tal persistência não é o mesmo que a "vã repetição", que
Cristo condena.

mas Essa
pode últim a necessidade,
ser repetida a " vã repetição
mecanicamente ", não ve
sem envolver m do coraçã o,
qualquer
pensamento e muito menos a paixão. Como Cristo disse, a vã
repetição age na premissa de que Deus nos ouvirá apenas em
virtude do volume de nossas palavras — isto é, quantidade em
vez de qualidade. Isso é o muito falar que Ele rejeita. O fato de
repetir um a oração vez após vez não é, portan to, "vã repetição",
mas graças a paixão que reflete a sinceridade e a dedicação que
Deus gosta de recompensar.

um aPor
vezque não é suficiente
é , muitas pedir
vezes, s ufi uma
cien vez? Na
te. Davi pedverdade, pedir
iu apenas u m a vez
pa ra que Deus d esb ara tass e " o conselho d e Ait ofel" (2 Sm 15 .31).
Aquele des baratam ento era a chave para a vi tóri a sob re aquel es
que, liderad os pelo pr óp rio filh o de Davi, Absalão , o tirassem de
seu trono. Mas Jesus indicou que Deus, algumas vezes, embora
não responda logo escuta o clamor do eleito (Lc 18.1-8). A con
clusão é que Ele retarda a resposta não pelo fato de não querer
respo nder ao cl amo r, mas por que des eja amadurece r e moldar a
petição ao seu desejo.

"Em Nome de Jesus": O que isso Significa?


Questão: Jesus disse: "Se pedirdes alguma coisa em meu
nome, eu o farei" (Jo 14.14). Já ouvi milhares de orações sinceras
485

de pessoas simples que foram ofer ecida s em confi ança a esta pro 
messa, "em nome de Jesus" ou mesmo "no poderoso nome de
Jesus", que nunca foram respondidas. Essas muitas orações ofe
rec ida s "em nom e de Jes us" que não foram respond idas não pro 
vam que Cri sto não quer ou não po de m anter sua palavra?
R es p o s ta : "Em nome de Jesus" não é uma fórmula mágica
como: "Abre- te, Sésamo", que apena s necessi ta ser pron unc iad a
um a vez p ara q ue a porta secre ta da sala do tesouro dos ladr ões
gir e e f ique totalmente aberta. A m era repetição das p alavra s "em
nome de Jesus" não faz com que isso aconteça. Para que uma
oração realmente seja fei ta "em nom e de Jesus ", dev e ser como se
fosse Ele que estivesse orando. Ela deve ser para promover sen
interesse e sua gló ria . Seu nom e deve ser esta m pad o no caráter e

gravado no cor ação e na vida de quem ora "em seu nome".


Muitos anos atrás adm inistrei negó cios de multimilionários.
Para que pudesse fazer isso, foi-me dada autoridade para agir
em nome de um a outra p ess oa. A procur ação que me dava po de 
res para ter o direito de assinar o nome e conduzir os negócios
em nom e dela estava reg istrada em vários países e estados. Não
havia nada no conteúdo dess es documentos que pudesse im pe
dir que eu fiz ess e um cheque de u m milhão de dólares, assin asse
o nome nele e o depositasse em minha conta bancária. Se tivesse
feito is so, portan to, essa pesso a pod eria levar-me a um a cort e de
justiça e re aver tudo que perdera.
Apesar de os documentos não especificarem isso, ficou
subtend ido que eu tinha o pod er de usar o nom e da o utra pesso a
apenas no interesse dela, não em meu próprio interesse. É isso
que tam bém ocorr e com nosso Senho r. Não há condições restri ti
vas em sua promessa de que Ele fará qualquer coisa que pedir
mos em seu nome. Entretanto, está subentendido que devemos
orar em seu nom e pa ra ped ir o que El e ped iria pa ra seu inter esse
e suaTragicamente,
glória. muitos cristãos também imaginam que "em
nom e de Je sus" são palavra s mágicas que, acr escida s de um a ora 
ção, não im po rta quã o egoísta sej a a solic itação, habilitarão a pes 
soa a obt er de Deus o que que r que des eje. Q ua nd o o pe did o não
486
é respon dido po r Deus , há, co m freq üênc ia, um a gra nde confu
são quan to às razões pelas quais u m a oração sincera não fo i res
pon did a, como també m, às ve zes, at é mesmo, rancor contra C rist o
po r não ter cum prido o que é enten dido como sua promessa. Tia go

expli ca m uito bem isso:


Pedis e não re ceb eis , porq ue pedis mal, para o gastardes em
vossos deleites (Tg 4.3).

Como "Acreditar que Você Recebe" quando Ora


Questão: Cristo prometeu: "Por isso, vos digo que tudo o
que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis" (Mc
11.24). Ele nã o me nc ion a con diçõ es tais como p ers istir em Cristo,

ser obedient
outra coisa. Ve,ocê
pedir de acordo
co nhece algumcomcris
o d tão
esej
paoradeque
Deus
m ou quprom
essa alqueesr
sa t enha sido cum prida de m aneira que el es s empre obtêm qua l
quer coisa que pedem em oração? Não conheço nenhum para
quem isso seja verdade. Como você explica a omissão de Cristo
em cum prir essa promessa?
Primeiro, a pessoa precisa entender exatamente o
R e s p o sta :
que significa "crede que o recebereis". A frase de Jesus "tudo o
que pedirdes, orand o" é importantíssi ma. A or ação é pa ra Deus.
Obviamente, portanto, se é para a or ação ser respondida, é Deus
que m deve respondê-l a. Logo , "crede que o recebereis" significa
acreditar que Deus concederá ou fará aquilo pelo que a pessoa
est á orando. C laramente, tentar acreditar que D eus far ia alguma
coi sa que a pessoa não tem certeza de ser o dese jo dEl e seria pre
sunção.
Assi m, sobr e que fund am entos alguém ter ia tudo o que dese
ja sse ao crer que recebe ri a essa s coi sas? Há algum pod er m iste
rioso da mente que é ativado pela "crença" e que literalmente
realiza o que alg uém "crê"? Essa f oi, po r milhares de anos, a idéia
central do oculti smo. E sse ensinam ento fo i pop ulariz ado no m un 
do secu lar po r vários palestr ante s motivacionais e escr itore s como
Claude Bristol The Magic of Believing ("A Mágica da Crença"),
Denis Waitley Seeãs of Greatness ("A Semente do Poder") e ou
487

tros. Essa mesma crença no poder mágico da crença também se


torno u po pu lar na igre ja po r meio dos esc rit os de No rm an Vinc ent
Peale The Poioer of Positive Thinkmg ("O Poder do Pensamento
Positivo" ) e da série de livros The Powe r ofPossibility Thinkin g ("O
Poder do Pensamento da Possibilidade”), do principal discípulo de
Peale, Robert Schüller. Esse último afirma:
... po r meio do pe ns am en to d a possibilidade... [ e] do incrí
vel pod er revelado em nossa vida...'
Você não sabe o po de r qu e te m em seu interior...! Você po de
transformar o mundo em qualquer coisa que escolha. Sim, você
pod e transform ar seu mun do em qualque r co isa que vo cê quei ra
qu e ele sej a!4

Port anto, podem os peg ar o m un do de Deus para refo rmá-l o


e refazê-lo da maneira que quisermos por meio do pensamento
da possibilidade? Há, aqui, uma séria e fatal contradição. Se o
que oramos para que aconteça se realiza porque acreditamos nis
so, então Deus não tem participação real na resposta a nossas
pre ces . Na ve rdade, estamos pro duz indo os result ados pelo po 
der de nossa pró pria crença.
Há um a diferen ça enorme entre acredit ar que o ped ido para
o qual estou o ran do se r ealizará porque acredito que isso acontecerá
e acreditar que Deus fa rá com que isso aconteça em resposta a mi
nha fe uEle. Para reconhecer essa di ferença (que é tão am pla q uanto
a distância entre o céu e o inferno) é crucial que entendamos a
prom essa de Jes us, citada acima .
Se a crença em si mesm a, po r si só, não pr od uz a resposta pa ra
a oração, não pode, ao menos, fazer com que Deus responda ? E ne
cessário pensar muito pouco para perceber que não podemos
obrigar Deus a fazer alguma coisa meramente pela "crença" de
que Ele fa rá is so. Portanto, se pud ésse m os, estaríamos no c om an
do de no ssa vida e de todo o universo, não Deus .
A fé genuína (em contraste com o po de r da cren ça) é u m dom
de Deus (Ef 2.8). Só po de m os concluir qu e Cristo esta va fala ndo
da verdadeira fé em Deus. Quando Deus nós dá a fé, podemos
ter certeza de que Ele nos concederá nosso pedido, então só nos
188

resta crer que Ele atenderá nossa petição. Então, de uma forma
maravilhosa, descobrimos que nossos desejos mais e mais coin
cidem com os seus.

Os Cristãos sempre Esperam Ser Curados?


Questão: Com o é que os cren tes, co mo um grup o, não vivem
com mais saúde do que as outras pessoas, uma vez que tantas
orações sobem aos céu s por sua sa úde e cura?
R e s p o s ta :
Não conheço nenhuma pesquisa autorizada que
tenha estabelecido que os crent es, em méd ia, não vivem mais que
as pessoas de qualquer segmento da sociedade. Entretanto, não
há razão (além da dieta mais saudável e do estilo de vida) para
que isso ac
os crent es, ontec
assimesse.
comoA Bíblia
não hánão p rom
f und am ete m bí
en to aisblilon
co gev
paraidad
orare pa
porra
isso. Antes, aos crist ãos é prom etid o perse guição e martí rio.
Há em certos movi mentos um ensinamento popular de que o
cris tão que está cheio do Espíri to e and a em fé nunca deveria ficar
doen te ou sentir d or. El es afirmam que "a cura está na redenção",
uma idéia que é derivada da declaração de Isaías: "... pelas suas
pisa du ras , fomos sa rad os" (53.5). Pedro, toda via, nos faz s aber que
essa afirmação não se refe re à cura de doenças, ma s do pecado:
Leva ndo ele [Cr isto] m esm o em seu corpo os nossos peca
dos sobr e o madeiro, para que, mo rtos para os pecados, pu dé s
semos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados
(1 Pe 2.24).

Isaías 53, no versículo 4, lida com a cura de males físicos:


"Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
as nossas dores levou sobre si..." Além disso, essa promessa foi
cum prida no ministér io de cura de nosso Senhor na terr a e, po r
tanto não seEssrelac
almente. iona à co ntinuid
a interpretação nos foade da cura
i apres entadedanosso
comcorpo atu
clar eza: 
E, chegada a tarde, tr ouxeram-lhe muitos end em oninhado s,
e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou to
dos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que for a
189
dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e levou as nossas doenças (Mt 8.16,17).

E claro, cada bênção que recebemos está "na redenção". A


verda de é que, por meio da morte reden tora e da ress urrei ção de
Cristo, temos a promessa de algo muito melhor e superior que a
cura perp étua desse corpo corrompido pelo pecado a fi m de pro
longar nossa vida aqui neste "presente século mau" (G11.4). Te
mos a prom essa de um nov o corpo, como o de Cris to r essurrect o,
um corpo gl ori ficad o, e da v ida eterna em um novo u niverso sem
pecado nem sof riment o.
Todos aqueles que pen sa m que "a cura e stá na redenção" como
uma "garantia de que os cristãos nunca ficar ão doentes nem mo r
rerão", estão eles mesmos mortos ou em vias de morrer. Nenhum
deles foi capaz de prolongar sua vida substancialmente. Alguém
poderia pensar que se esse ensinamento fosse verdadeiro, assim,
pelo menos alguns que advogam isso, de fato, poderiam ter pro
longa do sua vida ac ima da m édia, m as esse não é o caso.
Quanto às orações pelos que estão doentes ou morrendo,
muitas delas são resp ond idas po r Deus de forma miraculos a. Por
tanto, no fim, todas as pessoas m orre m e, usua lm ente , não muito
depois dos setenta. Isso é o que Bíblia ensina.

Jesus nunca Fez a Oração do Pai Nosso


Questão: Jesu s em sua famosa "Oração do Pai Nosso", orou:
"Nã o nos ind uz as à tentação" (Mt 6.13). Portanto, sabem os que
Ele "foi co nd uz ido [...] pelo Espírito ao dese rto, par a ser tenta do
pelo diabo" (Mt 4.1). Assim, nem mesmo a oração dEle foi aten
dida! Como você pode explicar isso?
R e s p o s t a : Antes de tudo, essa or
ação não de veria ser cha m a
da "Oração do Pai Nosso". Essa não é a oração que o Senhor

mesm o orava
ninguém. Essenem
era umdeveria se r repeti
padrão da, palavra
de oração por palavra,
— "Portanto, pororareis
vós
assim" (Mt 6.9; grifo do au tor) — que Ele ensin ou a seus d iscíp u
los em res po sta à solicit ação: "Se nhor, en sin a-n os a ora r" (Lc 11.1).
Ela deveria chamar-se a "Oração dos Discípulos".
490

Qu an do Jesu s ensinou esse pa drã o ou m odelo de oração, disse


a seus discípulos: "Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o
teu nome ..." (Lc 11.2, grifo do autor) Xão há sugestão de que o
pró prio C rist o sem pre fez essa or ação . N a verd ade, isso se ria t o
talm en te ina pro pri ad o par a Ele, pois a or ação inclui a frase: "P er
doa-nos os nossos pecados" (Lc 11.4), algo que Jesus, sendo sem
mácula, nunca ora ria. Portant o, em resposta a sua pergunta, en 
tend o que essa or ação era pa ra seus seguidores orarem, e não para
Crist o. Esse fato li da com a que stão relacion ada à fr ase: " Nã o nos
ind uz a em tentação", no qu e diz respeito a C risto.
O que significa essa frase para seus seguidores? Ninguém
que pe de a Deus: "N ão nos ind uz a em tentação", recebe ess a ga
rantia de im un ida de em relação a ela, como o próp rio Cristo que
foi tentado por Sata nás. Essa fra se, bem como o restante da ora
ção, está no c ontex to da afirmaçã o: " Venha o teu Reino. S eja feita
a tua vontade, tanto na terra como no céu" (Mt 6.10). Assim, a
pessoa, ao repetir essa oração, está preparada para submeter-se
ao des ejo de Deus, qualq uer que sej a, até me sm o ser tentado por
Satanás.
Portanto, por que ped ir para não ser induz ido à te nta ção? E
a voz da hu m ildad e adm itindo nossa fragi lid ade. Is so é o contrá
rio de orar orgulhosamente: "Induza-nos a toda tentação que
quiser , Senh or, pois estamo s pre par ad os pa ra lidar com isso !" Orar
como a Bíblia ensina é reconhecer a conveniência d a ad vertência
de Paulo: "Aque le, pois, que cuid a estar em pé, olhe que não caia"
(1 Co 10.12). Ao m es m o tem po , isso é a voz d a confia nça em Deu s
no caso de a tentação sur gir.

O que e por que Cristo Orou?


Questão: Lucas relat a-nos que C rist o "su biu ao monte a orar
e pa ss ou a noit e em oraçã o a De us" (6.12). Se Jesus é Deus, j á que
Ele noso?diz
mesm E que orou
s e Ele a Deus,
é Deus issoque,
, por querdedizer que Ele
qu alqu orou
er ma paraorou
neira, si —
em esp ecial a noite toda? Isso soa como se E le estivesse de ses pe 
rado em busca de ajuda, o que não repercute bem para Ele que,
supostam ente, é Sal vador do mundo!
E O:-, a

Orar é f undam entalmente um a m aneir a de se c o


R e sp o sta :
mu nicar com D eus em adoração, e louvor , e a mor . Infelizmente,
a maioria das pessoas (e entre essas está inclusa a maioria dos
crentes) pensa que a oração é quase de modo exclusivo para su
plicar algum favor, ou intervenção ou ajuda de Deus, e apenas
oramOpara
ção. fatoesses fins. Essa
de Jesus não é aa noite
ter orado finalidade
toda primordial
não indica da
queora
Ele
estava d eses pera do po r ajuda. Antes, i sso i ndica a sua agonia por
saber o que enfrentaria e o quanto era íntima e profunda a sua
comunicação com seu Pai.
Além dis so, Jesus era Deus em carn e. N a ve rdad e, Ele era
carne, um homem real. E impossível compreendermos esse
fato. Na verdade, Paulo chama isso de mistério: "E, sem dú vi
da alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se
m anifesto u em ca rne fo i justi ficado em espíri to, vis to dos an 
jos, preg ad o aos gentios, crido no m u n d o e recebido acima, na
glória" (1 Tm 3.16).
Q ua nd o Cristo orou ao Pa i, não o fe z como o eterno Filh o do
Pai, um com o Pai, mas como um hom em que habitualm ente diz:
"Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; [...] porque
não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me en
vio u" (Jo 5.30). E mais: "A s pa la vr as que eu vos dig o, não as dig o
de mim mesmo [por minha iniciativa], mas o Pai, que está em
mim,Sim,
é quem fazcomo
Cristo as obras" (Jo 14.10).
homem, em virtude de sua profunda ne
cessidade, também orou. No jardim do Getsêmani, em intensa
agoni a, brado u "e o se u suor tornou-se em grandes gotas de san
gu e" (Lc 22.44): "Me u Pai, se é possív el, pas sa de m im este cál ice
[de sup ortar todos os pecado s do m undo ]; todavia, não se ja como
eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39). Mas Ele jamais orou:
"Não m e induz a à tenta ção".

O que É "Oração de Fé"?


Questão: A Bíblia afirma claramen te, em lingua gem ine quí
voca, sem im po r condições: "[ ...] e a oração de fé salva rá o do en 
te..." (Tg 5.15) Portanto, milhares dessas orações por saúde fo
ram dirigi das a Deus e não obtiver am res post a. Como podem os
concil iar ess a prom essa com os resultados?
R espo sta :Mais um a vez, a ex plicação é entend er que "fé" não
é algum p od er que dirigimos a Deus para obter dEle nosso d esejo.
Ao contrário,
Deus, a verdadeira
a qual, por definição,féinclui
é a total e completa
submissão ao seuconfiança em
desejo. Isso
nos ajuda a ente nde r o que a Bí blia pre ten de dizer com "a oração
de fé". Iss o obvia men te signi fica absoluta e total confiança em Deus
para curar o doente, e a total certeza de que Ele assim o fará.

Fu nda m enta da em que um a oraç ão dess as poderia ser ofe re


cida a Deus? Obviamente, apenas se a pessoa que está orando
tem fé total de que Deu s fará o que lhe est á send o ped ido. Como
alguém poderia ter tanta confiança sem saber que o desejo de
Deus é esse? Não há versículo na Bíblia que sempre prometa a
alguém a cura pedid a ou que diga que a vontade de Deus é que
todo cristão seja curado de qualquer doença.
Portanto, o tipo de fé sobre a qual Cristo está falando só po
deria surgir como dád iva de Deus . Experime ntei essa dádiva, em
raras ocas iõe s, algumas vezes nos outros e algum as comigo qu an 
do estiv e doente. Nessas ocasi ões , em que orava po r um a pessoa
doen te (ou po r min ha cura), eu tinha tot al con fiança de que aquela
cura ocorrer ia insta ntan eam ente — e foi o que aconteceu.
N ing ué m po de "planejar" esse tipo de fé. Seria presu nção ten
tar "crer" que Deus cura ria algué m a menos qu e a pessoa estive sse
absolutamente certa de que esse era o desejo de Deus. A "fé
curadora" ensina que a cura pode ser reivindicada o tempo todo
por q ualquer u m e para qualquer pesso a. Na telev isã o ou em g ran
des reuniões é tão evidente o fracasso deles em colocar isso em
prática, que causa esp anto o fato de e les conseguirem continu ar a
reunir grande s qu antida des de pess oas. A completa segurança de
que a cura será alcançada, em qualquer situação, em resposta à
oração, só pode
Assim, não vir diretamente
devemos de uma
orar por revelação
alguma doençadea Deus.
menos que
tenh am os recebido tal revel ação? Não. Cristo fal ou sobre o "de 
ver de orar sempre e nunca desfalecer [isto é, desistir]" (Lc 18.1,
grifo do autor). Há muitos exemplos na Bíblia de pessoas devo
433

tas (até mesmo o próprio Cristo) que oraram por alguma coisa
que Deus recusou con ced er. Sempre pode m os pe dir a Deus para
fazer o que acreditamos ser para o bem dos outros e para a sua
glóri a. E po dem os persistir no pe did o até que saibamos qu e não
é a von tade de D eus concede r essa pe tiç ão.

E quanto ao Desejo de Deus na Fé e na Oração?


Questão: Já ouvi, na televisão, muitos pregadores cristãos
dizerem que pedir alguma coisa em oração e depois dizer: "Se
esse fo r seu desejo , Senh or", ou: "D e ac ordo com s eu desejo, S e
nhor", destruiria a fé da pessoa. Sinto-me forçada a concordar
com isso. O que você acha disso?
Infel izmente, embo ra ten ha m uita cois a boa na te
R e s p o s ta :
lev isã o, há tam bém mu ita here sia . Esse ensinam ento não se apóia
na Bíb lia, ma s a contradiz. Depois de fazer um a petiçã o a seu Pai
celeste em oração, Jesus acrescentou: "... todavia, não seja como
eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39). Isso soa muito pareci
do com: "Se esse for seu desejo, Senho r", ou: "De acordo com seu
desej o, Senhor" . As palavra s são apen as le vemen te distintas, mas
o signi ficado é exatam ente o mesmo.
Em vez de a subm issão ao dese jo de Deus ser um impedimen

to ter fé. A fé em Deus faz com


queà fé, ela é confie
a pessoa o únicon caminho para o que
Ele e deseje Ele que r acim a de tu do e,
po rtan to, essa pe ssoa pa ss a a obede cer ao Senh or. V ocê desej aria,
mesm o se pudesse, pers uad ir Deus a f azer alguma coi sa c ontra a
vontade dEle? Já tratamos anteriormente dessa questão de ma
neira mais profunda, portanto, não a abordarei outra vez.
Questão: Jesus disse a seus discípulos para orar: "Pai nosso,
que estás nos céus, [...] venha o teu Reino. Seja feita a tua vonta
de..." (Mt 6.10) Deus não fará sua vontade independentemente
de nosso pedido? Por que pedir a Ele para que apresente seu
Re ino7 Xã o é isso que E le pr ete nd e fazer de qu alq ue r maneira ?
A oração é toda sobr e ped ir a Deus p ara que faça o
R es p o sta :
que Ele planejou fazer. A oração é nossa admissão na parceria
1M

com Deu s e, por tan to, no ssos desejos são refl exos dos dEle. Orar :
"Pai noss o, q ue estás nos céus, [...] venha o teu Reino. Seja feita a
tua vontade, tanto na terra quanto no céu ..." (Mt 6.10) é afirmar
nosso desejo veemente de que os planos de Deus sejam realiza
dos e que seu propósito se realize do começo ao fim no universo
para promover a alegria e a esperança do homem. Que oração
poderia ser melhor do que essa?

A Oração não Respondida de Cristo no Getsêmani


Questão: Penso que u m exem plo cl áss ico de oração não res
po nd ida é aquela que Jes us supostam ente orou no Getsêmani em
seu cam inho pa ra a cruz : "Se é possív el, pass a de m im est e cáli 
ce" (Mt 26.39).
(ir para a cruz) Fomos
não foiinformados de que
afastado dEle. Poro que
"cálice"
Ele que Elecom
estava teme
tanto me do da cru z? Milhar es de pessoas eram cruc ifica das pe 
los romanos, muitos suportavam bravamente e alguns até de
maneira desafiadora. O fato de que Cristo estivesse com tanto
m ed o e de que sua oração não fo i res po ndid a não invalida a afi r
mação de que Ele era Deus encarnado?
Jesus não temia a cruz. Não foi o pensamento do
R e sp o s ta :
intenso sofrimento físico que fez com que seu suor caísse como
gotas de sangue. Em vez diss o, sua s anta alma encolheu-se com a
chegada daquilo que Ele mai s abominava: o pec ado. Com o Pa u
lo explicou: "Aquele [Cristo] que não conheceu pecado, o fez
[Deus] pe cad o [Ele] po r nós, pa ra que, nele, fôssemos feitos justi
ça de Deus" (2 Co 5.21).
Qu anto a es sa or ação ser um exemplo de oração não respon 
dida, você está muito errado. O fato de que a oração de Cristo
não tenha sido respondida, fala alto para nós. Por meio disso,
sabemos que não havia outra maneira de nossa redenção ser
alcançada. S e hou vesse outro cam inho p ara isso, Deus nã o teri a
insistido na cruz.
Somos certificados de que nem mesmo o infinito amor de
Deus por seu Filho podia fazê-lo voltar atrás em sua promessa
de salvar o m un do da pena que sua própria lei jus ta determ inou
Eq a o?.

pa ra o pecado. A cruz que Jesus sof reu em obediência a seu Pai e


por amor à humanidade encontra-se para sempre como prova
do am or de Deus e assegura-nos de que nunca estaremos per di
dos. Pau lo disse a esse respeito:
Porque estou cert o de que nem a mort e, nem a vida, nem os
anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente,
nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma
outra criatura nos poderá separar do amor de Deus , que est á em
Cristo Jesus, no sso Senhor! (Rm 8. 38,39)

Os Católicos realmente Oram aos "Santos"?


Questão: Não consigo obter uma resposta direta de meus
am igos cató lico s em relação às orações dirig idas a santos. Ele s são
ambivalentes
para em relação
Maria, enquanto ao assunto.
outros Alguns
negam isso. Qualadmitem que oram
é a verdade?
R espo sta :Não é de surpreender que você os tenha achado
amb ivalentes. Os apologistas cató licos romano s, em geral, neg am
que oram p ara M aria ou outr os santos e insis tem em que apenas
ped em a Mari a e ao s santos para orar por el es, como alguém po 
deria pedir a u m amigo . Essa mentira é amp la e ef icazmente in
centivada para combater as válidas críticas dos protestantes em
relação a esse assu nto vital.
Por exe mplo, um impo rtante artigo publi cado recentemente
na c apa da rev ista of icial da Christian Booksellers Association ("As
sociação dos Livreiros Cristãos") faz a seguinte afirmação: "Os
cat ólico s apen as pe de m aos sant os pa ra qu e orem p or ele s — da
mesm a mane ira como ped imo s a outros s ere s hum anos p ara orar
por nós ".' O próp rio autor, católico e professor universitário, com
certeza sab e que não está dizen do a verd ade . E por q ue a Christian
Booksellers Association ("Associação dos Livrei ros Cristãos"), um a
asso cia ção evangél ica, passa adiante essa informação errada?
Eis aqui apenas um pouco dos fatos. Primeiro, considere a
"Oraç ão pa ra o Ano d e M aria do Santo Pad re [Pap a] [1988]". Essa
era a oração oficial para Maria de todos os católicos por um ano
inteiro e srcinou-se na maior autoridade da Igreja Católica Ro
mana. Nela, o Papa João Paulo II nem uma vez pede que Maria
496

ore pelos católicos. Em vez disso, ele pede para fazer o que ela só
poderia fazer se fosse Deus : p ara confort ar, guiar, fortalecer e pro 
teger "toda a humanidade..." Sua oração termina: "Assiste-nos,
Ó Vir gem Maria, em nossa jorna da d e fé e obtém p ara nós a gra

ça da salvação eterna".
Maria: E Grande como Deus e mais Solidária?
Para Maria guiar e proteger toda humanidade e assistir to
dos os ca tólicos em sua jor na da de fé , ela teri a de ser onipotente ,
onisciente e onipresente. Que poderes sobrenaturais ela deveria
ter para poder ouvir milhões de orações simultaneamente em
centenas de línguas e dialetos distintos, guardá-las em sua me
mória e resp on der a todas elas po r meio de seu poder! Além di^ x-
so, o pior tipo d e blasfêmia é ped ir a M aria para obter a sal vação ,
que Cristo sozi nho j á proporcionou po r meio de sua morte e res
surreição e , agora , ofer ece volu ntaria m ente p or sua graça a todos
aqueles que crêem nEl e.
Em Denve r, próximo da data da Missa de Dom ingo para o Dia
M un dial da Juv en tud e de agosto de 1993, João Paulo I I consignou
todos os jovens e o m un do inteiro à proteção e orientação de Maria.
Eis aqui novam ente um a oração do Papa para Mari a, pedindo-lhe
para faze r o que el a pode ria real izar sendo um a deidade:
Maria do Novo Adve nto, imploramos po r sua prot eção para
a preparaçã o do qu e agora se ini cia par a o próximo encon tro [Dia
Mu ndial d a Juventude]. Maria, cheia de graça, confiamos o p ró 
ximo Dia M und ial da Ju ven tud e a vo cê. Mari a, que está no céu ,
con fiam os os jovens do m u n do [...] [e] o m und o in teiro a você!1 ’

Os ca tólicos apenas pe de m a Maria pa ra orar por eles? Quan


do alguém pede a um amigo que ore, ele não diz: "Eu imploro
sua proteção e con fio o mu nd o intei ro a vo cê!" Ain da mais, ess as

petições,
cat óli cosque apenas
fazem Deusque
a Maria, pode érealizar,
exaltadasão típicas
como on das que ose consi 
ipotente
derada com carinho por todos aqueles que confiam nela.
O novo Catecismo da Igreja Católica (aprovado pelo Vaticano)
e o Segundo Concilio do Vaticano (Vaticano II) se referem a Ma
ria como "a Mãe de Deus pa ra cuja proteção fi el todos se mov em
197
em seus perigos e necessidade s".7 Por que s e move r para a pro
teçã o dela qu an do a proteção de D eus está disponível? S e a M a
ria ca tólica pode me smo proteg er todo s os cat óli cos de todos os
perigos e suprir todas suas necessidades, ela deve ser, no míni
mo, tão pod erosa qua nto Deus. Além disso , aparen tem ente, ela é
considerada mil vezes mais solidária do que Deus, no mínimo,
tantas vezes quantas as orações que são oferecidas a Maria em
relação às oferecidas a Deus e Cristo juntos.
Maria é a "Mãe d e D eus" ? Sim , Jes us é Deus e ela é sua mãe.
Entretanto, ela é apenas mãe dEle em sua encarnação. Ela é mãe
do corpo do qual Jes us s e apro priou qua ndo vei o ao mu ndo . O b
viamente, entretanto, ela não pode ser mãe do Filho eterno de
Deus (Cr isto como Deus antes de tornar-se homem ), pois El e já
‘ exi sti a na eter nida de antes de Maria nasc er. Assi m, orações p ara
Maria, inclusi ve ped ind o salvaç ão, são fun da m en tad as sobre s ua
suposta posição como Rainha Mãe do paraíso.

Salvação por meio de Maria?


O cardeal e santo Afonso de Liguori escreveu The Glories of
M ary ("As Glórias de Maria"), o livro mais autorizado sobre a
"Virge m M aria" do cat oli cismo . Esse livr o é um v erda deiro com
pên dio sobre o que os maiores "sa ntos" da Igrej a Cat óli ca Rom a
na têm a dize r sobre Ma ria ao l ongo d os século s. O capítul o inici al
é inacreditável, pois r econhece em M aria atributos, habilidades,
tít ulos e atividad es que pe rtenc em a pen as a Cr isto: "M aria, nos 
sa V ida, nossa Graça; Maria, noss a Esperança; Maria, nossa A u
xili adora ; Maria, nossa Ad voga da; M aria , nossa Guardiã; M aria ,
nossa Salvação". Eis aqui uma amostra das citações de Liguori
do que os principais "santos" da Igreja Católica Romana disse
ram, ao longo dos séculos, sobre a Maria do catoli cismo, mas que ,
na verdade, são apenas verdadeiras em relação a Cristo:
Os pecadores recebem pe rdã o p or mei o... apen as de Maria .
Se não ped ir o auxílio de Maria, el e cairá e estará pe rdid o. Maria
é chamada... o portão do céu, pois ninguém pode entrar nesse
reino abençoado a não ser por seu intermédio. O caminho da
salvação não está abert o para n ing ué m a não ser por interm édio
198

de Maria... a salvação de todos depende de ser protegidos e fa


vorecidos por Maria. Aquele que é protegido po r Maria será sal
vo; o que não est iver, se perderá ... Nos sa salvação d ep en de del a...
Deus não nos salvará sem a intercessão de Ma ria... não recebería
mos nenhuma graça, se não fosse por ti, O Mãe de Deus...? '

Isso deixa bastante claro que os católicos romanos são ensi


nado s a procu rar em Maria não apenas a proteçã o sobrenat ural,
a or ientação e o aux íli o que ape nas Deus po de prover , como ta m 
bém a sal vação que só Deus, por interm édio de Cri sto , pod e p ro
ver e que, na v erda de, prove u. Eis aqui, de novo, um a típic a ora 
ção para Maria tirada de um livreto popular de orações a Maria
que po de ser obtido em q ualq uer livrari a ca tólica:
Colo co em tuas mão s m inha salvação eterna e te conf io mi
nha alma... Querida Mãe, sob tua proteção eu nada temo; nem
de meus pecados, pois obterás o perdão deles para mim; nem
dos de mônios, pois és mais pod eros a do qu e todo o inf erno; nem
mesmo de Jesus, meu Juiz, pois por uma oração de ti ele será
apaziguad o. M as um a coi sa eu temo; que na hora da tent ação eu
possa esquecer de chamar por ti e assim desgraçadamente su
cumbi r. Ass im, obtém pa ra m im o perd ão de me us peca dos ..."

O Rosário: a mais freqüente Oração para Maria

Como exemplo final entre as centenas que poderíamos for


necer, cons idere o rosário. Essa é a mais co nhec ida e mais recita
da oração cató lica, repetid a m ilhões de ve zes pelos catól ico s do
m un do todo a cada di a. Ela term ina com essa petição f inal:
Salve, Rainha, Mãe de Misericórdia! Nossa vida, nossa do
çur a e noss a esperança! A t i, nós, pobre s crianças de Eva banida s,
clamamos; a ti, elevamos nossos suspiros, lamentações e pran
tos, neste vale de lágrimas. Dir ija, ass im, ó ad vo ga da m ais grac io
sa, teus olhos cheios de misericórdia sobre nós; e, assim, nosso
desterro ap resenOtará
sus; Ó clemente, sobreÓnós
amada, doceo frut
Virgemo ben dito de teu ventre, J e
Maria.

Os c ató licos , de ma neira clar a, não p ed em me ram ente a Ma


ria para orar por eles. Eles oram para ela. E por que não, se ela é
tud o qu e o rosár io diz que é: nossa vida e nossa esperança ? A Bíblia,
E QUANTO A O HA 1.9.9

poré m, diz que Cristo é "noss a vida " (Cl 3.4) e "esp eran ça noss a" (1
Tm 1.1)! Paul o, mais um a vez, declara que a "be m- ave ntur ada e spe
rança" do cristão é "o aparecimento da glória do grande Deus e
nosso Senhor Jesus Cristo " (Tt 2.13). Pedr o co nfirma que os cristão s
receberam "uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo
den tre os mor tos" (1 Pe 1.3). A Bíblia nunc a s uger e que M aria ta m
bém é nossa vida ou esperança! Cristo é mais do que suficiente!
Os "olhos de misericórdia" de Maria realmente vêem cada
um nest e m undo ? Essa capacida de não é um atributo excl usi vo
de D eus? El a é m esm o a "Mãe de Misericórdia"? A misericórdia
de Deus não exi sti a já muito antes de Maria nascer? Lemos sobre
o "Deus de m inh a m iseric órdia " (SI 59.17) e somos en corajad os a
confiar na misericórdia de Deus (SI 52.8; Lc 1.78; etc.), mas nunca
vimos um a pa lavra em tod a a Bí blia sobre a misericórdia de M a
ria em relação à humanidade. Aqueles que conhecem a miseri
córdia de Deus não nec essitam de Mari a.
Indep ende ntem ente d o qu e cada indiv íduo cat ólico pode crer,
o ensinamento da Igreja Católica Romana e a prática de grande
maioria de seus integr antes elevam Maria a um a posição em que
ela, no mínimo, tem iguald ade de pode res com D eus e é consi de
rada mais solidária do que El e. Não é de adm irar, porta nto, qu e as
centenas de milhares catól ico s rom anos ofereçam constante mente,
em relação a cada necessidade e desejo, orações para Maria.

Hoje quem Tem as "Chaves" para "Ligar ou Desligar"?


Questão: Jesus disse: "Eu te darei as chaves do Reino dos
céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o
que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16.19). Isso
soa como se tivéssemos autorida de não apenas p ara p edir a Deus
alguma coisa em oração, mas para comandá-lo. Por que, hoje,
não podemos conseguir que isso funcione?
Você misturou duas passagens das Escrituras. A
R e s p o s ta :
prom essa: "Eu te darei as chaves d o Reino dos céu s, e tu do o que
ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na
terra será desligado nos céus" (Mt 16.19), foi dada a Pedro indi
200

vidu alm en te, o sing ular "te" e "tu", deixa isso claro. Logo depois
diss o, a me sm a prom essa sobr e a autor idad e pa ra ligar ( exceto a
afirmação sobre as "chaves do Reino dos céus") foi repetida, pa
lavra por palavra, para todos os d isc ípu los : "Em v erda de vos di go
que tu do ona
desligardes queterra
ligardes na terra será
será desligado ligado(Mt
no céu" no 18.18).
cé u,Oeplural,
tud o o qu e
expresso pelo "vos", deixa claro que nessa ocasião a promessa
foi feita a todos os discípulos.
Com o é poss ível interpretar que as "chaves do Rei no dos céus"
sejam dadas individualmente a Pedro? Fica claro que Pedro não
tinha a "chave" ou " chaves" com as quais abr iria as portas do Reino
para todos que fossem entrar nele. A pessoa entra no Reino por
acreditar no evange lho e por m eio do re sultado de renasc er pel o
Espírito S anto (J o 3.3-5). Esse eva ng elh o foi pr eg ad o po r Cristo (Lc
4.43) e comissionado a todos os seus discípulos a fi m de que tam 
bém o pregasse m (Lc 9.2), muito ante s de as "chaves" serem da das
a Pedro. Cristo disse que A braão, Isaque e Jacó estariam no Reino
(Lc 13.28), mas certa me nte nã o foi Pe dro que os deixo u entrar, pois
eles já estavam no Reino séculos antes de Pedro nascer. Muitos
ent rara m n o Reino por interm édio da pregação de Fil ipe (A t 8.12)
e d e P au lo (At 14.22; 19.8; 20.25; 28.31) e, po r p res sup osto, em vi rt u
de da p regação de outros apóst olos em um a época em que Pedro
não estava presente nem tinha a "chave" necessária.

Quan do as C haves São Usadas


A única ação de Pedro que poderia ser associada à abertura
do Reino a alguém foi no dia de P entecostes na casa do centurião
romano, Cornélio. Essa foi uma ocasião histórica em que Pedro
indubitavelmente usou as "chaves do Reino": a chave para, por
meio do evan gelho, abrir o Reino aos jud eu s (At 2.14-41), e outra
chave p ar a abrir o Remo aos gentios (At 10.34-48). Ap esar de Paulo
ser o "após tolo dos gentios " (Rm 11.13), Pe dro foi o prim eiro pr e
gad or d o eva ngelh o a ofere cer a salvação aos não-judeus. Ele lem 
bro u esse f ato aos lí deres da ig reja qu an do se reunira m p ara dis
cutir o estatuto dos gentios:
201

E, have ndo gra nd e contend a, levantou-se Ped ro e dis se- lhe s:


Var ões i rmãos, bem sabei s que já há m uito tem po D eus m e ele
geu dentre vós, para que os genti os ouvissem da minh a boca a
palavra do evangelho e cressem. E Deus, que conhece os cora
ções, lhes deu testemunho, dando-lhes, o Espírito Santo, assim
como tam bém a nós; e não fez diferença algu ma entre el es e nós,
purificando o seu coração pela fé (At 15.7-9).

Obviamente, essas chaves dadas a Pedro por Cri sto , um a para


os judeus e outra para os gentios, precisam ser usadas apenas
um a vez. A porta do Rei no f oi abert a para toda a huma nidad e; as
"chaves" já serviram a seu propósito. A Igreja Católica Romana
ensina que as chaves que conferiram a Pedro autoridade única e
permanente depois foram passadas por ele a seus supostos su
cesso res, o s papas. N ão há funda m ento p ara essa c ren ça nem nas
Escrituras nem na história. Pedro nunca mais durante sua vida
usou as "chaves". Obviamente, elas não eram mais necessárias
após terem alcançado seu propósito. Nem há qualquer palavra
sobre os supostos sucessores de Pedro ou do subseqüente uso
das "chaves". Tanto a Bíblia quanto a história deixam claro que
os pap as não são nem p or u m esf orço da imaginação os sucess o
res de Pedro, fato que documentamos largamente no livro A
M ulher Mon ta da na Besta.

Hoje Há Sucessores dos Apóstolos?


Além disso, fica claro que todos os cristãos são os "sucessores"
de Pedro e cios outros apóstolos. Jesus disse a seus discípulos:
"Ide po r todo o m un do , prega i o evang elho a toda criatura" (Mc
16.15). Ele ordeno u-lhe s que e nsin ass em aos crentes o eva nge lho
para "guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt
28.19,20). Obv iam ente, isso incluía ens inar todo s os novo s discí
pulos a pregar o evangelho e formar discípulos que, do mesmo
mod
mos, o,ouvimos
tam bémo evangelho
ensina riamdeo outra
evangelho.
pessoa,Hoj
que e,por
todos
sua nós
vez que
o cre
ouviu de outra, e assim por todo o caminho de volta até os pri
meiros doze discípulos de Cristo. Desse modo, nós (e todos que
creram no evangelho desde o dia de Pentecostes até agora)
estamos obrigado s a obedecer a todas as coi sas que Cris to de ter
mino u aos doze primeiros d iscípulos. Isso inclui o com and o da do
a seus discípulos em relação a "ligar e desligar" em seu nome e
po r meio de seu pode r. N ão hou ve ne nhu m a exce ção em rel açã o
aos comandos que osroma
O catoli cismo apóstolos deviam
no afirma seguir.
q ue os bispos são os sucesso res
dos apóstolos e , portanto, ape nas ele s têm po de r para "lig ar e des 
ligar". De maneira similar, alguns carismáticos tentam extrair al
gum poder especial de "ligando e desligando" que estaria acessí
vel apenas a certos "profetas" ou àqueles que possuem esse dom
especi al. Observa-se qu e em M ateu s 18.18 o "ligar e deslig ar" está
ligado à promessa: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos
em m eu nom e, aí esto u eu n o m eio dele s" (Mt 1 8.20). Isso s e aplica

a todos
aos discíospulos
cri stão s, como
e os m andtam bém stodas
am ento as outra
que lhes foram sdados.
prom essas feitas
O contexto e todo o teor das Escrituras deixam claro que,
com o "ligar e desligar", Jesus não estava dando a seus discípu
los um poder único que poderiam exercer como quisessem. Ele
estava dizendo -lhes que, como seus representan tes, el es só po de 
riam agir em seu nom e. Isso não é difer ente de su a promessa: "...
tudo quanto p edirdes a m eu Pai, em m eu nome, ele vo- lo há de
dar " (Jo 16.23). Invocar o nom e de Deus não é um a fórm ula m á
gica por meio da qual receberemos automaticamente respostas
para nossos pedidos. O mesmo é verdade em relação a "ligar e
desligar". Em certas situações, quer para constranger espíritos
demoníacos quer para libertar alguém do poder do pecado em
sua v ida, isso deve ser fe ito em n om e d e Cristo, como Ele o faria,
par a sua glór ia, po r meio de sua P alavra e pelo po de r do Espíri to
Santo.
Um ho mem de pens ame nto e de bom senso não crê na exis tência de
Satanás. Ele está certo que duendes, gnomos, demônios e espíritos do
ma u existem apenas na imaginação de ignoran tes e amedrontados. ...
Por trás dessas crenças
não há evidências e nunc a houve.. .

Tire Satanás do N ovo Testamento e v ocê també m tirará a vera cidade de


Cristo;
divindcom
ade,essa veracidade,
a redenção a divindade
é retirada, também
e , quan do a éredenção
retirada;écom essa a
retirada,
grand e construção conhecida como cris tianismo
transforma-se em uma ruína disforme .
— R o b c r t G ree n I n g e r s ol l

Nós [demônio s] somos realmente de frontad os com um crue l dilem a.


Quando os seres humanos desacreditam em nossa existência, perdemos
todo o resultado agrad ável do terrorismo direto e não mai s somos
mágicos. Por outro lado, quan do eles crêem em nós , não pod emo s torná-
los mater ialistas e céticos. ... Tenho mu ita esp eran ça que ap rend erei, no
tempo ade quad o, a transf ormar a ciência de les em emoção e e m mitos , e
com tal abrangênci a, que, na verda de, a crença em nós (mesmo que não
sob esse nome) insinue-se na vida deles, e a mente hu ma na permaneça
fechada par a crer no Inim igo [Deu s]...

Se pud erm os p rod uz ir um a vez nossa obra perfeit a — o Mági co


Materia list a... uma adoração v erda deira que ele vaga mente cha ma de
"forças", enquanto nega a existência de "espíritos"
— então, o fim da g uer ra esta rá à vi sta.
— de S C R E W T A P E par a W O R M W O O D
The Screwtape Letters (" C art as do D ia bo ao seu Ap rendiz") , de C. S. Leieis
QUANTO AO MAL,
Uy
SATANÁS E OS DEMÔNIOS?

Q ual a O ri gem do Mal ?


Questão: Isaías 45.7 parece afirmar que Deus criou o mal.
Com o isso é poss ível se Deu s é totalm ente bo m? E se Ele criou o
pecado, por que o fez e de que maneira o mesmo se manifesta?
R esp o sta :Exa mine mo s esse v ersícul o: “Eu form o a l uz e c rio
as trevas: eu faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço tod as essas
coi sas" . Com o D eus pod e cria r as t revas? A s treva s, na verd ade ,
são o nada. Não foi "algo" que Deus criou; trevas são simples
me nte a ausência da luz . N ing ué m saberia que está nas trevas s e
nunca tivesse visto a luz. Portanto, ao criar a luz, Deus eviden
ciou a ausência dela como trevas.
Da mesma maneira, a perfeição de Deus evidencia tudo o
mais como mal. Portanto, o pecado é definido como uma queda
em qu e somos "d estitu ído s da glória de Deus" (Rm 3.23). Em sua
presença, os (Is
é o Senhor" anjos
6.3;clamam constantemente:
cf. Ap 4.8). A perfeição"Santo,
de DeusSanto, Santo
é o esplendor
da luz em contraste com tud o mais, aquilo que são trevas e o mal.
Na verdade , afirma-se que Deus "habita na luz inacessível; a quem
nenhum dos homens viu nem pode ver" (1 Tm 6.16).
206
Assim, como pode a perfeição de Deus revelar o mal se ne
nhum homem tem acesso à luz inacessível na qual Ele habita?
Porque Ele escreveu sua lei na consciência de toda a humanida
de (Rm 2 .14,15), faze ndo -nos reconhe cer o ma l em nós m esm os e

nos outros.
Dua lismo e a s Religiões do Mundo
A explicação bí blic a sobre o mal, na ve rda de , é úni ca. O a utor
do livro The Dead Sen Scrolls and the Bible ("Os Manus critos do Mar
Morto e a Bíblia") aponta que "a religião judaica, como também
outras teol ogias, considera q ue o único e onipotente Deus é o Cria
dor do bem e do mal, o Senhor do unive rso".1 A simpl es idéia de
que um Ser Supremo seja responsável pelo bem e pelo mal con
trasta nit idam ente com as cren ças das reli giões mundia is duran te
época d o Antigo Testa mento, que se inclinavam ao dualismo.
M anly P . Hall, especialista em religi ões ocu ltas e não-cristãs,
lembra-nos: "Em todos os mistéri os da a ntigü idad e vi a-se a subs
tância como a fonte de tod o m al e o espírito como fonte de todo
be m ".2 O mistério em ana de du as oposições i rre conc iliáv eis : Es
pírito Absolu to e Substância A bsoluta. P ara os gnósticos, es se era
o princípio " do po sitivo e do negativo". N a m itologia poli teís ta,
é claro , há deuse s bons e ma us q ue com batem u ns com os out ros.
A afirmação de Isaías de que o verdadeiro Deus dos hebreus é
respons ável pelo be m e pelo mal diferenci a-se de toda s as reli giões
mundiais e fornece mais uma peça de evidência de que a Bíblia
provém de fonte de inspiração independente da cultura ou da
religião que cerca seus escritores.

O que Torna o Mal Possível?


Na Bíblia, o mal está associado ao poder de escolha, e não
pod e exis tir de mod o indep endente. A penas sere s capazes de es
col her t êm responsabilidade moral ; e es se grand e p ode r de esco 
lha torna o mal não só possível, mas inevitável. E antiga a con
clusão de que as criaturas — fe itas "à nossa [Deu s] ima gem " (Gn
1.26,2 7), são menos do que D eus (co mo toda cri ação de Deus deve
E qu an to v> M a l Sa tan ,^ e :a Dk m .aaãO 207

ser) — têm pensamentos e cometem atos indignos de Deus e,


portanto, m aus po r defi nição.
Nesse caso, por que Deus daria à humanidade essa perigo-
síssi ma habilida de de esc olh er? Por que Deus, que é apena s bo n
dade, permitiri a, em seu universo, qualqu er tipo de m al ou, at é
mesm o, o me nor grau de maldade? Obviamente, a respost a é c la
ra: Deus quer ter um relacioname nto signi ficat ivo e amoroso com
a humanidade. Seria impossível para a humanidade receber o
amor de Deus e amá-lo sem a habilidade de escolher amar ou
odi ar, de dizer si m ou não, pois o amo r verda deiro vem do cora
ção. Tampouco pode haver louvor e adoração genuínos se não
forem voluntários.
Difi cil mente Deus po de ria ser glorifi cado por robôs q ue não
escolheriam o que dizer ou fazer, mas, ao contrário, cantariam
seus louvores de maneira ininterrupta. E não teria sentido para
esses seres programados dizer continuamente: “Eu te amo". O
amor e louvor a Deus devem vir de seres com a capacidade de
escolher não amar nem louvar, ou, até mesmo, odiar e denegri-
lo; seres cu jo coração fo i lev ado cativo pelo a m or dEle e que, ge
nuina m ente , o amam. E po r is so que se o islamismo, por me io de
ameaças de terrorismo e morte, forçasse o mundo inteiro a sub
meter-se a Alá — ou se o com unism o po r meio de am eaças simi
lar es tomasse hoje o mu nd o intei ro — i sso não seri a um a vitória
para
ria a os doisderrota,
maior sistemaspois
totalitários. Ao contrário,
fracassaram tal conquista
em conquistar o amor ese
a
lealdade dos su postos "convertidos".
E cla ro, Deus, ao dar ao hom em o po de r de escolha que torna
o am or poss íve l, também abriu a porta pa ra todo tipo de mal . E
por nossa esco lha pessoal que t emos pensa m entos m aus e pra ti
camos ações peca minosa s. D eus não fez com que Lú cifer, ou qua l
quer anjo, ou qualquer um de nós fizesse o mal. Essa tragédia
acontece por nossa escolha. Escolhemos satisfazer nossos dese
jos egoístas
guimos em rvez
alcança sua de glorificar
glória a Deus,
e mo stram o-nose,pecadores.
portanto , não conse
Assim, quão maravilhoso é que Deus, em seu amor e sabe
doria, seja capaz de pagar a pena por nossos pecados e, dessa
mane ira, perdoar-no s e tornar possível que estej amos em sua pre 
2 08
sen ça, amando -o e adorand o-o eternamente! Seu amor certamente
cap turo u nosso coração e criou em nós o am or real e eterno. Como
1 João 4.19, diz: "N ós o am am os po rq ue ele nos am ou prim eiro"
Iss o só po de ser di to de m aneira signi fica tiva por sere s que ta m 

bé m são capazes de escolher não ama r.


E quanto a Satanás?
Questão: A Bíblia culpa u m a figura mitológi ca, que deno min a
de de m ônio ou Sata nás, pel o mal exis ten te. Xão há absolutamente
evidência de que demônios, gnomos, duendes e diabos existam.
Além disso, não pre cisamos de ssas hipótese s. Tudo po de ser expli 
cado sem e las. Nomeie um a m alda de neste mu nd o que o homem,
sem a ajuda do assim chamado Satanás ou seus demônios, não
seja incapaz de cometer!
R e sp o sta : A Bíblia nuncamen cionou essa s criaturas imag iná
rias como diabos, gnomos, fadas, duen des , etc., nem esses p ro du 
tos da superstição que n ão tê m na da a ver com o cris tianis mo. Essa
procura obstinada, por parte dos críticos que querem que os cris
tãos acreditem em tais en tidades (por exemplo, a cita ção de Ingerso ll
no início deste capítulo), denuncia o preconceito arrogante deles.
Que eles achem necessário recorrer ao ridículo e ao exagero tam
bém revela quão débil realmente é a posição dos céticos. Que, ao
meno s, os crít icos sejam hone stos e se ate nh am aos fa tos.
A Bíblia não culpa Satanás ou os demônios p or todo mal . Na
verdade, ela efet ivamente di z: "Mas cada u m é tentado, qu and o
atraído e engo da do pela sua p róp ria concupiscência" (Tg 1.14). É
claro que o homem é capaz de toda maldade cometida no mun
do; é ele, na verdade, quem está fazendo isso. Isso não prova,
entretanto, que não haja uma influência externa em movimento.
Um jovem que rouba um banco é, obviamente, capaz de fazer
isso, o que não inv alida o fat o de q ue seu pa rceiro de crime intro
duziu a idéia e incitou-o a participar.
Eva certamente era capaz de comer o fruto proibido, e, na
verd ade , o f ez. Is so, no entanto, não anula a possibilidade de que
Satanás, falando por intermédio da serpente, instigou-a a fazê-
209

lo. Portanto, o fato de Satanás estar env olvido nisso não é descul
pa para Eva. Deus a considerou respo nsáv el por seu pecado. Sa 
tanás não pod e força r a hu m an idad e a peca r, mas, na reali dade,
desem penha o papel do tent ador , provocando o hom em com o s
desejos pecaminosos aos quais ele não é apenas suscetível, mas
tem inclinação para
Não é ob rig efetuar.
ação do hom em repel ir Sat anás , mas, par a conse
guir a salvação e vencer o pecado, deve descansar na vitória de
Cristo e confiar nEle. Enquanto reconhecemos a existência de
Satanás, resisti mos ao im pulso tenta dor de fica r fascinados com
ele ou d e ima ginar qu e podem os, sem rodei os, enga já- lo na b ata
lha. Como C. S. Lewis disse:
Há dois erros i guai s e opos tos em que a ra ça hu m an a po de
cair em relação aos demônios. Um é não acreditar em sua exis
tência.
tio por O outro
eles. é acreditar eeles
Pessoalmente, sentir um interesse
ficam excessivo
de igual modo e doen
satisfeitos
com ambos os erros e aclamam um materialista ou um mágico
com a mesma satisfação.5

O Colapso do Materialismo Científico


Questão: O fato de que ninguém na história do mundo ja
mais viu Satanás e os demônios é, para mim, argumen to suf i
ciente contra a existência dessas criaturas. Elas existem apenas
na m itol ogia. A Bíblia tenta se defen der de a lgum a m ane ira des 
se pr oblema óbvi o, afirmand o que não têm m atéria e , por conse
guinte, são seres espirituais invisíveis. Essa superstição antiqua
da sobre "espíritos" não foi abandonada há muito tempo pelas
pessoas de opinião? Realmente, se Satanás existisse deveria ha
ver alguma prova científica disso. Onde está ela?
R esp osta: A crença em "espíritos" não foi abandonada. Ao
contrári o, agora a com unid ade científica endossa iss o. O materia 
lismo es tá mor to. Os grandes pensa dores não mais imaginam que
este univer so físico é tud o q ue há ou qu e tod as as coi sas, inclusive
a consciência humana, podem ser explicadas em termos físicos.
Ken Wilbu r, em s eu livro Qua ntu m Questio ns: Th e Mystical Writings
of the World'* Great Physicists ("Questões Quânticas: Os Escritos
210

Místicos dos Maiores Físicos do Mundo”), compilou afirmações


feitas pelo s maiores fí sicos em todos os mome ntos em qu e d em ons 
travam acreditar em uma dimensão espiritual da existência. Sir
John E ccles, ganh ad or do prêm io Xobel por sua pesquisa sob re o
cérebro, em total c oncordância, escreve:

Se há eventos espirituais de boa fé — eventos que não são


em si mesmo s fís icos ou m ateriais — então, todo o progr am a fi
losófico materialista entra em colapso.
O universo não é mai s composto de "matéria e vácuo", mas
agora deve ser aberto espaço (sem limites) para entidades (sem
massa , imaterial) [isto é, as mentes].4

Obviamente, as idéias não são físicas. O mal em si mesmo



poro meio
é fí sico. El e po de envque
de pensamentos, r atos
olvesão físicos,Ama
imateriais. s começa
moral n a m ente
e a ética
são coi sas i materiai s. Ser ia t olice ped ir p ara algué m descrever a
textura, cor ou sabor da verdade, ou perguntar qual o preço de
quilo de jus tiç a ou misericórdia. Como A rthur Ed dington di z: "A
'obrigação m ora l' leva-nos par a fora da química e da física"."
Todos os atos intenciona is se iniciam com o pensa m ento , que
não exist e como pa rte físi ca de um órgão c orpóreo, o céreb ro. A s
idéias estão confinadas à mente. O cérebro é matéria, ma s a m en 
te precedem e causam a ativi dade n eural
donão. E óbvio
cérebro. Ela qu
s nãe oassão
idéias
resultado de nad a que acont ece na maté
ria cer ebr al, nem o pensam ento po de ser e xpli cado dessa m anei
ra. Idéias sobre verdade ou justiça, por exemplo, podem não se
srcinar de nenhum estímulo físico (e, portanto, podem não ser
resultado de nenhum processo evolucionário), pois estão total
mente desvinculadas de qualquer qualidade física como peso,
textura, sabor ou aroma.
O cér ebro hu m an o não desenc adeia as i déias, d ecisõe s ou pla
nos. Se o fizesse,
localizada em nossaseriamos prisioneiros
cabeça. Além dissdessa
o, separtícula de matéria
a evol ução, um proces
so impessoal ocorrido acidentalmente no decurso de bilhões de
anos, fosse verdade e o nosso cérebro resultado do acaso, então
nossos pensamentos seriam apenas resultado desse mesmo pro
2H

cess o casual e , portan to, s em sentido. O m esm o se po de aplicar em


relaçã o à teori a da evolução que, de acordo com sua p róp ria decla
ração, poderia apenas ser o resultado de movimentos casuais de
átomos no cérebro. C. S. Lewis, expressando com lógica precisa
sua rejeição ao materialismo e evolucionismo, escreve:
Se as mentes dependem totalmente do cérebro, e o cérebro
da bioquímica, e a bioquímica (com o tempo) do fluxo sem senti
do dos átomos, não posso entende r como o pensa me nto dessas
men tes possa ter ma ior sig nifi cânci a do que o som d o ven to nas
árvores."

Seres Espirituais?
Wilder Penf iel d, neurocirurgi ão m und ialm ente famos o, de 
clarou, fundamentado em anos de pesquisa sobre o cérebro: "A
men te é i nde pen den te do cérebro. O cé reb ro é um computador,
mas é programado por algo que está fora dele mesmo, a men
te". 7 O cé rebro é um com putador com tal complexi dade que o
gênio humano não consegue fazer uma duplicata dele; e, como
todo com putado r, reque r alguém pa ra fazê-l o func ionar . Essa é a
função do espírito humano, que usa o "cérebro/computador"
pa ra fazer a interf ace com a dimen são fís ica da vida e m que nosso
corpo funciona.
Em vista de que nossa mente não tem matéria, é muito tolo
negar a possibilidade de existência de outras mentes ou mesmo
insistir no fato de que todas devem estar atreladas a um corpo
físico! Robert Jas trow, um dos principais astrôno m os m un dia is e ,
decerto, altamente considerado por seus colegas nessa área, su
gere que a evolução pode ter acontecido em outros planetas por
dez bilhões de anos mais do que na terra e ter produzido seres
superiores ao home m n a esca la ev oluci onária , como o hom em é
superior à la rva. X ão estamos pro m oven do a falsa t eori a da ev o
lução, mas simplesmente observando que Jastrow não vê nada
nessa teoria ma teriali sta que ne gu e a exis tênc ia de seres espiritu
ais. De fato, Jastrow sugere:
A vida que se encontra bilhões de anos a nossa frente pode
estar tão além da forma de carne e os so que não a reconhece mos.
242

Ela pode... ter- se libertado de ssa carne m ortal pa ra tornar-se algo


que as pessoas antiquadas chamariam de espírito.
E como sabemos que existem? Talvez possam se materiali
zar e depois se desmaterializar. Tenho certeza de que, pelos nos

sos padrõ es, têm po dere s mágicos... '


Além de Jastrovv, Eccles e Eddington, muitos outros impor
tantes cienti stas tamb ém adm item a exi stên cia de seres espi ritu ais,
indep end entem ente de sua ori gem. Dentr e es ses hom ens de reno
me encontram-se um núm ero signi ficat ivo de ganhadores do pr ê
mio Nobel : Eug ene Wign er, prêm io Nob el e um dos m aiores fí si
cos do século passado; Sir Karl Popper, o mais famoso filósofo da
ciência de nossa época; John von N eum ann , m atemáti co, cha ma 
do de "o mais inteligente ho m em que já existiu”; e mu itos outros.
Portanto, as ridículas acusações dos c éticos de que a pena s pessoas
incultas e supersticiosas acreditam em espíritos não é nada mais
do que fanfar rice de livres-pensadores utópi cos.
Seria apenas lógico que os seres imateriais, se eles existem,
pudessem pensar e mesmo se comunicar com nosso cérebro da
m esm a ma neira que nosso espírit o o f az. C. G. Jung , famoso p si
canalista suíço, tinha um guia espiritual pessoal, Filemom, que
pareci a dem onstrar os podere s da materiali zação sugeridos po r
Jastrow e com q ue m ele teve longas conversas, e bem reais. Jung
escreveu:
Filemom rep resenta a força que não sou eu mesmo.. . Era el e
que me ensinava... a realidade da psique... ele parecia bastante
real. . .. Eu and av a pa ra cima e pa ra baixo no jardim com ele. .“

Jung queria desesperadamente acreditar que Filemom e


outras entidades que, literalmente, apareciam para ele e con
versa vam com el e eram n ad a ma is do que extensões fí sicas d e
seu subconsciente. Por conseguinte, como sempre, a quanti
dade de evidências forçou Jung a concluir que eram seres in
depe nden tes. El e co nfe sso u: "Com base em minha própria ex
periência... tenho de admitir que, na prática, render-me à su
posição de que são espíritos apresentou melhores resultados
do que qu al q ue r o u tr a ”. 11’
243

A Questão dos Espíritos Maus


Em vista do mal de que nossa mente é capaz, seria extrema
mente ingênuo imaginar que todas as outras mentes do universo
são benevole ntes. Algum as da s experiências de Jung fo ram tão ter

rívei s, que eram


entidades ele ficou convencido
excessi vamentede
más que, ao discuti
. Jung menos, ualgu ma ente
longam s dessas
ess e
tópi co com James Hyslop, professor de Ética e Lóg ica na Columb ia
University. Hyslop expressou suas convicções:
Se acreditarmos em telepatia [que Hyslop considera total
mente demonstrável], cr emos em um proces so que torna possí 
vel a invasão da perso nalid ade po r alguém que está à dist ância .
Isso não é de todo plausível... de que espíritos sãos e inteli
gentes são os únicos que exerc em [tal] i nfluênci a... não h á razã o
para que outros espíritos tam bém não o façam.1 1
Em virtude da conclu são ac ima , fund am enta da em evidênci
as que convenceram Jung , Hyslop e muitos outros investigado
res, não há raz ão p ara reje itar a idéia de que p ossa existi r um ser
com tal talento para a maldade, como Satanás. Na verdade, há
mu ita verif icação experime ntal concerne nte à exist ência de Sata
nás e demônios, evidência essa que foi aceita por psicanalistas
não-cristãos e cientistas, não porque a Bíblia assim o disse, mas

fundamentada em no
muitos exemplos; suasentanto,
experiências pessoais.com
concluiremos Poderíamos dar
a experiência
do psiqu iatra M. Scot t Peck , que, em anos recente s, pass ou a ser
conhecido como um especialista em assuntos do "mal".
Enquanto Peck era assistente chefe de psiquiatria sob o co
m an do do cirurgiã o chefe do Exérci to, e le foi indic ado p elo chefe
de pessoal do Exército para presidir um comitê especial de psi
quiatras que tinha a finalidade de estudar "as causas psicológi
cas de Mv L ai [o massa cre no Vi etnã ], como ta mbé m d e prev en ir

tai perim
ex s atroc ento
idades com
s no futuro".
exorcismo.Peck,
Elenesse processo,
refere- envolv
se a dois eu-se em 
casos específi
cos que o conven cera m d e qu e a posse ssão -demoníaca era rea l.
Ele decl arou, com p avor, que at é me smo "enc ontrou pesso alme nte
Sataná s, face a face".-2 Peck escreveu:
21 4

Quando, em um dos casos, o endemoninhado finalmente


falou de maneira clara, na face do paciente apareceu uma ex
pressão que só poderia ser descrita como satânica. Ele tinha os
dentes arreganhados, um a dem onstração de i ncr íve l desden ho e
de completa ho stilidade malévol a. Passei muitas horas diante do
espelho te ntan do imitar o que vi sem o men or su ces so...
Q ua nd o o demô nio, por fim , revelou-se no exorcismo de [ou
tro] paciente, o fez com um a exp ressão aind a mais assustado ra.
O paciente repentinamente contorceu-se em convulsão e ficou
parecido com uma grande e poderosa cobra , que ferozmente ten
tou mo rder as pessoas da equi pe.
Entretanto, sua face era mais assustadora do que o corpo
contorcido. Os olhos escondiam-se sob o lento torpor reptiliano
— excet o qua nd o o répt il dá o bote para ataca r, mom ento em que
os olhos
mo se de
me ntos dilatam
bote, ocom
queódio
maisardente.
me pertuA rbopesar
u foidesses freqüentes ia
a extraordinár
sensação de opressão, com cinqüen ta milhões de anos de idade,
que aquele ser serpentiforme transmitia.
No momento dos dois exorcismos, quase todas as pessoas
da equipe fic aram convencidas de que estavam em presença de
algo abso lutame nte aliení gena e inumano. O pró prio fim de cada
exorcismo foi assinalado pela partida daquela presença de den
tro do p ac ient e e da s ala.1'

A concl usão a que Peck e sua equ ipe ch egara m não é matéria
de "p rov a cien tíf ica ", mas, me diante c uida dos a observação, t ive
ram a convi cção intuitiva da cons ciên cia. Eddi ngto n cham a a aten
ção para o fato de que se u m físico tenta r aplicar métod os cientí
ficos, mediante o exame do cérebro, no estudo do pensamento,
"tud o que descobrir á é um a col eção de átomos e elétrons e cam
pos de força arranjados no tempo e no espaço, aparentemente
similares aos enco ntra do s em obj etos i norgânicos... [e , porta nto]
po de estabel ecer que o pensa m ento é uma ilusão..."1 4

sa serAdefinida
personalidad e hum an cientificamente.
ou demonstrada a exi ste de fa to,Omesmo
mesmoque não pos 
se dá
com a manifest ação do p ode r demoníaco. Infel izment e, ainda que
um crescente número de psicólogos e psiquiatras estejam agora
ad m itind o a realida de e o horror da posse ssão demoníaca, a ten -
215

tativa de encontrar uma explicação "científica" mina a compre


ensão do mal que eles têm. Se há uma explicação psicológica para
o ma l, então a es colha moral e respons abilidad e pessoal não m ais
estão rel acionadas ao mesmo. A lém disso, se o mal pod e ser ex 
pli cado como u m com portamento psi col ógico program ado, o que
significa, portanto, a presença que Peck diz que ele e sua equipe
pu de ram "senti r" de maneira palpável e cuja saída tam bém po de
ser sentida?

E quanto a Satanás em Forma de Serpente?


Questão: Penso que uma das maiores evidências contra a
auten ticidad e d a Bí blia é o tratam ento que ela dá à ser pente. N a
Bíblia, a serpe nte é a i ncorporaç ão d o mal, enq uan to antigos mi
tos
par ea areligiões
serpen tetinham
com oexatamente a visão oposta.
dem ônio, entretanto, A Bíblia
a maioria com giõe s
das reli
da antiguidade, algumas das quais inclusive ainda são pratica
das hoje, quase sem exceção, identifica a serpente como o Salva
dor ou, pelo menos, como um ser benevolente e que deve ser
adorado. Como a Bíblia pode ser verd adeira e, ao mesm o tempo,
estar tão afastada do que é claramente a intuição universal da
humanidade?
Re s p o s ta : Esse é um assunto fascinante e suas implicações
vão além de nossa total compreensão. Não há dúvida de que a
Bíblia reiteradamente identifica Satanás com a serpente e o dra
gão, n ão apenas em Gênes is 3, como també m em outras pa ssa
gen s. Por exemplo : "E foi precip itado o gra nd e dra gão, a antiga
serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mun
do" (Ap 12.9). Em vist a da reação e do m ed o usu ais do ser h um a
no frent e à serpente e ao dragão , poder íam os pe nsa r que Satanás
far ia todo o possível pa ra ne gar tal con exão, ainda que, por a lgu
ma estranh a razão, o contrário pareça ser o caso. Q ue intrigan te
que os dois estejam tão intimamente ligados em quase todas as
reli giõ es pa gãs! Em m ilhares de templos, na Ásia, encontram os o
dragão, enquanto a serpente permeia e, até mesmo, domina as
religiões da índia.
24 6
Em vista da reação humana natural ante tais criaturas, essa
associação dificilmente pode ser de srcem humana e exigiria
outra explicação. A indicação bíblica de que Satanás é o "deus
deste m un do " e, portan to, de q uem se srcina toda reli gião f alsa

poderia explicar
descobriram isso. Além disso,
representações, arqueólogos
da antiguidade, em eque
exploradores
uma mu
lher, uma serpente e uma árvore estão estreitamente relaciona
das, um a conexão que indu bitav elm ente refl ete a hist ória, relata
da e m Gênesis, da tentação no j ardim. M esmo hoj e, são enc ontra 
dos anti gos templos hindu s, nas profu ndeza s das sel vas do nort e
da índia, que exibem, em seus muros seculares, afrescos
esma ecidos em que aind a se po de d istingu ir a mulher, a serpente
e a árvore. Os habitantes dos vilarejos, que adoram a serpente,
explicam a quem pergunta sobre o significado desses símbolos
que a se rpente traz a salv ação.

A Serpente É Adorada em todos os Lugares


Nos antigos templos do Egito e de Roma, o corpo do deus
Serápis era envolvido, por movimentos espiralados, pelo corpo
de um a gran de serpente. No hinduísmo , Sh iva, um dos tr ês prin 
cip ais deuses, tem serpentes entrelaçadas e m seus cabe los. A ioga
é simbo lizada como u m a jan gad a fei ta de c obras que tem a fina
lidade de acordar o kundalini, o po der en rolado na b ase da espi
nha h um ana na for ma de um a serp ent e. Podem ser dados out ros
num eroso s exemplos des de a serpente de plumas , a Quetzalco atl,
o deus-Salvador dos Maias, até a dança anual da serpente, dos
índios Hopi . Um a das m aior es autorida des em ocult ismo (sendo
ele mesmo um praticante) escreveu:
Algu m tipo de adoração à serpente in sinua-s e em quase to
das das partes da terra. A colina da serpente, dos índios norte-
americanos; a serpen te esculpida em p edra , da América Centr al
e do Su l; as cobras ven da das da índia; Píton, a maior serpen te da
Grécia; as serpentes sagradas dos Druidas; a serpente Midgard,
da Escandinávia; as Nagas, de Burma, Sião e Cambodja...; a ser
pente mística, de Orfeu; a serpente do oráculo de Delfos...; as
serpentes sagrada s, preserv ada s nos templos egí pci os; a s Uraeus,
>D hx 217

enrolad as sobre a s test as de Faraós e sacerdotes — tudo isso dá


testemun ho da pe rmanê ncia de veneração universal em rel ação
à serpente.
A serpente é. .. o símbolo e o protó tipo d o S alvador Un iver
sal, que, ao da r à cri ação o conhecimento de si mesm a, redim e o
m und o... Ela há muito tem po é consi derada como um símbo lo
da im ortalid ade . Ela é o símbolo da reenc arnaçã o...15

Na m itologi a grega, a serpen te era enrolada em volta do ovo


órfico, o símbolo do cosmos. Em Delfos, na Grécia, (por séculos,
o local mais procurado e o oráculo mais influente do mundo da
antiguidade, consultado por potestades que vinham de longe,
como, por exemplo, da África do Norte e Ásia Menor ), enco ntra
mos tam bém as tr ês perna s do trípode oracular no santuário do
interior do templo entrelaçadas com serpentes. Como mais um
exemplo, observe Esculápio, o deu s da me dicina entre os greg os
e romanos, cujo símbolo era uma bengala com uma serpente
entrel açada, o qual deu srcem ao caduceu, o símbol o m ode rno
da m edici na.
Esculápio era adorado com serpente no templo erguido em
sua honra, em virtude de um mito anti go que dizi a que ele havia
receb ido um a erva curado ra da boca de um a serpent e. Aqui , no
vamente, a história de Gênesis foi desvirtuada: a serpente, em
substituição a Jesus Cristo, não é enganadora nem destruidora,
mas a Salvadora da humanidade. Ao redor do mundo, em ceri
môn ias de gra dua ção de esc ola s de medicina, em que orações ao
Deus da Bíblia ou a Jesus Cristo não seriam permitidas, os
gradu ando s ainda repit em, uníssono s, o juramento de Hipócrates
antes de receberem seu título de graduação. Ele inicia-se assim:
"Juro por Apoio, por Esculápio, por Higéia e Panacéia e por to
dos os deuses e deusas..."
Sem dúvida, a representação bíblica de Satanás como a ser
pente e o dragão, os destruidores e enganadores da humanida
de, que depois surgem como os deuses deste mu nd o que dera m
srcem às religi ões pagã s, qualifica essa evi dência. Além disso, o
simples fato de a Bíblia permanecer sozinha contra todas as reli
giões da antiguidade proporciona mais uma evidência de que
218

estas têm um a fonte co m um e que a inspiraçã o sob a qual a B íblia


foi escrita é, exatamente como ela afirma, independente das ou
tras religiões. Na verdade, as duas fontes de inspiração são
diam etralmente opos tas .

Por que Satanás Deveria Existir?


Questão: Por que Deus , sabendo de todo o pecado que po de 
ria advir diss o, criou um ser que po deria tornar-se Sat anás? Qual
po der ia ser o propó sito para a exist ênci a de Satanás? O dem ônio
bíblico, na verda de, tem tanto p od er q ue parece igualar-se a De us.
Caso contrário, por que Deus demorou tanto para subjugá-lo?
A lgué m q ue lei a mu ito a Bí blia não p od e concl uir
R e s p o s ta :
que S atanás se iguala a Deus. Além diss o, a razão para sua exis
tência, como também o motivo pelo qual não foi ainda trancado
em um lugar seguro , torna-se cla ra qua ndo entende mo s as ques
tões envolvidas. Deus deseja conquistar o coração daqueles que
criou à sua imagem. Ele os quer ter em sua presença por toda a
eternidade, onde demonstrará completamente "as abundantes
riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em
Cr isto J es us " (Ef 2.7,8).

não poPara
deque
ha Deus conquiste
ver coer ção. Ogenuinam
hom em deveente ter ototco alração do homem
l iberdade para ,
rejei tar a De us e escolher ado rar o utro ser ou objeto. Satanás a pre 
senta-se ao homem como a derradeira alternativa para Deus, e
convence bilhões de pes soas a rej eit ar ao Senhor e a dedicar sua
obediência a ele. Tal alternativa é essencial para determinar o
verd ad eiro desejo do homem . A intenção de Deus, difici lmente, é
ter no céu aqueles que não querem de fato estar lá, e isso seria
contrap roduc ente para seu propó sito e ter no.

Satanás como o Pretendente Rival


Podem os escl are cer o ponto desta manei ra: su pon ha que um
rei queira casar- se com a m ulh er m ais bonita de seu rei no. A fim
de ter certeza de ganhar seu coração, ele expulsa de seu reino
M a :. S.-.t . Di 219
todos os homens que poderiam ser seus rivais na afeição desta.
Obviam ente, essa não é a ma neira de certi ficar- se do am or since
ro d ela ; ela deve ter a liberdade de escolher outra pessoa. Ap enas
qu an do tiver essa liberdad e e, após rejei tar todos os outros, e con 
sentir em casar-se com o rei, ele pode estar seguro de que, na
verdade, conquistou seu coração.
Deus, pela mesma razão, não trancou Satanás em lugar se
guro, mas perm itiu que el e cont inuasse a ludibriar a hu m an ida 
de com suas falsa s promessas. Com o o mais pod eros o e brilhante
ser depois de Deus, Satanás estab elece a última tentativa. A ba ta
lha entre Deus e Satanás pela alm a do h om em é m uito rea l. Di fi
cilmente, um campeão peso-pesado ganharia algum crédito no
m un do do bo xe por d errotar um a crian ça de quatro anos no rin
gue; o opo nen te dev e ser conceituado. Satanás é o opo nen te mais
poderoso p ara Deus enfrentar em sua derrade ira competição na
batalha pelo cor ação e pela mente da hu m anida de.
Sim, no que diz respeito ao poder absoluto, Deus poderia
ime diatam ente lançar Satanás "n o abism o" (Ap 2 0.1-3) para qu e
ele não enganasse a humanidade. Na verdade, isso acontecerá
no reino milenial de Crist o sobre a terra, qu an do será totalmente
prov ado que o homem , por sua escol ha pessoal e sem infl uênci a
de Satanás, é um pec ado r rebe lde. Nesse meio tempo , entretanto,
a batalha pela alma da humanidade, em virtude das questões
envolvidas
vencida come aso pod
quaiser não
absosão dessa
lut o. Ess natureza, não é parapelos
a é um a competição ser sen
timen tos e pela lealda de do coração; e, p ar a esse f im, Satan ás está
autorizado, com total liberdade, a ludibriar a humanidade com
todas as man obras que p ud er trama r.
Satanás não é apenas o "deus deste século" (2 Co 4.4), mas
este reino pertence a ele (Mt 4.8-10). Ele é capaz de recompensar
aquele s que o seguem com grandes riquezas e suces so neste m un 
do. Entretanto, Satanás está condenado, e todos aqueles que se
submDeus,
etem naa ele participarão
batalha tamb
pela alma e peloém dessada
destino condenação etern
humanidade, é a.
totalmente hones to e abert o, en qu anto Satanás distor ce e ludi bria.
Portanto , a batalha a pres entad a na Bíblia é entre a verd ade de Deus
e a mentira de Satanás. Deus deseja que todos aqueles que esco-
220

lheram acolher a Cristo como Salvador e Senhor o façam funda


mentados em fatos. Se Satanás tiver mais para oferecer, se seu ca
minho for o melhor, então deixe a hu m an ida de segui-lo.

A Queda de Satanás
Questão: Sem pre f ui ens inado, s eg un do Isaí as 14, que Sata
nás era u m anj o caído que, srcinariam ente, cham ava-se Lúcifer.
Há puco tempo, aprendi que isso não é assim, pois o ser citado
em Isaías 14 é obviamente "o rei da Babilônia" (v. 4). Portanto,
Satanás foi criado por Deus como ele é atualmente, a criatura
mais nociva de todas?
Satanás, como é agora, não foi criado por Deus. O
R e s p o sta :
Senhor não criou criaturas más. Satanás era ori ginalm ente como
a Bíblia o descrev e em Isaía s 14, em Ezeq uiel 28 e em o utra s pa s
sagens. Ele é um querubim caído que tem grande poder e astú
cia. Parece que os quer ubin s e ram os an jos mais próx imos de Deus,
os quais g ua rd av am sua real presença, e Satanás era srcinal mente
o principal querubim. Conforme Salmos 99.1 afirma a respeito
de Deus: "Ele está entronizado entre os querubins". (Veja tam
bém Gn 3.24; Êx 25.20; 37.9; Ez 10; Hb 9.5, etc.)

tanto,Sim, emseIsaías
o que afirma14 há um
sobre eleanão
m enç ão ao rei
se aplica da Babi
apenas a ele,lônia.
mas Entre 
basicamente a Satanás. Por exemplo, quando o rei da Babilônia
teve u m a pos ição no céu d a q ual ele caiu ? A Bíblia, às v ezes, indica
Sat aná s por meio de algum governante m und ano incr édulo para
m ostrar q ue este é o poder real por trás del e, como tam bém ele é
o poder por trás do Anticristo, de quem se diz: "... e o dragão
[Satanás] deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio"
(Ap 1 3.2; grifo do au tor). De fa to, todos esses go ver nan tes d es pó 
tico s e í mpios são tipi ficações do Anticristo ou símbolos dele.
Ezequiel 28.2-19 deixa claro com o Satanás é ind ica do po r in
termédio de tais soberanos. Ali o "príncipe de Tiro" é apontado:
"Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua
cobertura: [...] Tu eras querubim ungido [a mais alta categoria de
anjo] [...], e te estabelec i [...] Perfeito era s nos te us c am inho s, d es de
E QL AN 70 .'-a: \ t Ai S.A7A\-.; í a ; D e í IÓMO í ? 221

o dia em que foste criado , até que se achou in iqü idad e em ti" (vv
13-15, grifo do autor). Obviamente, nada disso, ao pé da letra, era
verdade a respeito do "príncipe de Tiro", mas a respeito de Sata
nás que o inspirou e o dirigiu em sua impiedosa atividade.
Observe as si milarida des entre o que é dito em Ezequiel 28 e
em Isaía s 14 sobre o "rei da Babilôn ia": "E u subirei ao céu, e, aci
ma das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da
congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subi
rei acima das mais altas nuve ns e se rei sem elhante ao Altíssi mo"
(v. 13), etc. C laram ente, h á a indica ção d e qu e S atanás é o pod er
por trás do rei da Babilônia e do príncipe de Tiro. Na verdade,
Isaías 14 retra ta a qu ed a de Sat anás.
Satanás é o "deus deste mundo" (2 Co 4.4). Cristo não con
testa sua reivindicação de domínio sobre o sistema do mundo
quando Satanás, na ocasião da tentação do deserto, oferece dar-
lhe o reino deste mundo se Ele se prostrasse e o adorasse (Mt
4.8,9). Isaías 14 e Eze quiel 28 co ntê m a mes m a men sag em .

E quanto a Satanás na Presença de Deus?


Questão: O mal su postamente não é permitido na presen ça
de Deus, pois El e é totalm ente santo. No en tanto, de a cordo com
o livro de Jó, Satanás aparece diante do trono de Deus. Como
pode ser isso?
Resposta: Sim, Satanás apare ce dia nte d o trono d e D eus (Jó 1.6;
2.1) como "o acusador de nossos irmãos" (Ap 12.10). Ainda está
por vir o dia quando "a antiga serpente, chamada o diabo" será
ba nid o do céu (Ap 12 .9). Até esse mom ento , ele continua a acus ar
os crentes " dia nte d o no sso D eus [...] de dia e de noite" (Ap 12.10).
Antes de sua queda, foi dada a Sa tanás uma posição de po
der e autoridade, e ele preservará algum resíduo disso até que a
batalha pela alma e destino do homem chegue a seu final. O de
safio que Satanás apresenta a Deus só pode ser completamente
resolvido através da redenção da humanidade por intermédio
do sa ngue de Cris to quan do Sataná s será totalmente venci do. At é
esse mom ento , o rela ciona me nto de Deu s com o mal é de re jeiç ão
e aversão, não de total separação. Por exemplo, sabem os que Deus
é "tão puro de olhos, que não [pode] ver o mal e a vexação" (Hc
1.13); ainda que Ele veja tudo que acontece na terra e conheça
todo o mal, pois, caso contrário, não poderia ser o juiz disso.
O mal
hab itar foi concebido
n a prese no coração
nça de Deus. de fala
A B íblia Satanás,
do “apesar de ele
mis tér io da injusti 

ça" (2 Ts 2.7; grifo do autor). Na verdade, o fato de o mal ter se


srcinado n a presença de Deu s e ter se iniciado no perfeito paraíso
terrestre, que circunda o jardim do Éden, é um mistério. E esse
mistéri o apenas se ap rofu nda q uan do c onsideramos o fato de que
o pec ado envolve rebel ião contra o infi nito e Todo-poderoso Cri
ado r de tudo. Na verd ade, o f ato de que Sataná s e o hom em pos 
sam estar tão ce gos pelo egoísmo a pon to de seguir a impossível

utopia
O de
fat derrotar
o de queDeus é umcontinua
Sat anás mistério.aparec endo dian te do tro no
de Deus, como tam bém o fat o de que as criaturas fei tas por Deus
(das quais Ele conhece todos os pensamentos, palavras e obras)
voltaram-se, aos bilhões, para o mal, não envolve Deus no mal.
No entanto, está se aproximando o dia em que Deus criará um
nov o un ive rso "e m que ha bita a justiça" (2 Pe 3.13) e onde, a pa r
tir desse momento, "não entrará [nele] coisa alguma que conta
mine e cometa abominação" (Ap 21.27).

Qual Foi o Primeiro Pecado?


Questão: A Bíblia nos conta que o pec ado en trou no m un do
qu and o Adão e E va comeram do fruto pr oibi do. Porém, Ev a co
biçou e deve ter olhado para o fruto proibido com desejo antes
de comê-lo. O fato de fazer isso já não era pecado? Sendo assim,
havia p eca do antes de Adã o cair.
R esp o sta : Você pode estar tecnicamente correto. Entretanto,
a Bíblia con sidera a tentaç ão de Eva cobiçar e com er o fruto pr oi
bido e a participação de Adão como um ato ún ico. De f ato, Adã o
é considerado responsável: "... como por um homem entrou o
pecad o no m un do , e pelo pecado, a mo rte" (Rm 5.12).
Fica cla ro que o pec ado de Adão era mesm o m aior que o de
Eva. Ela fora enga na da , ma s Adã o não foi enga na do (1 Tm 2 .14).
M D emox ::?5° 223
Aparentemente, Adão sabia o que estava fazendo e o fez para
não fic ar sep ara do de sua esposa. E le estava dete rm ina do a com
partilh ar o destino dela , ape sar de saber que, ao fazer i sso, esta
ria se rebelando contra o Deus que o criara.

E a Respeito da Batalha Espiritual?


Questão: Há um novo ensinamento na igreja, denominado
de "batalha espiritual", que está rapidamente se tornando bas
tant e popular . Ensin a-s e que por meio do " am arrar" em nom e do
Senhor o "espírito territorial" que controla a cidade, os cristãos
po de m conquistá-la pa ra Deus . A refe rênci a em Daniel 10 sobre
a oposição do príncipe da Pérsia ao anjo Gabriel parece funda
m en tar esse ensinam ento. Com o você r eage a i sso?
R esposta: Hoje o ensina me nto sobre "batalha espiritual", quer
po r meio da pres cri ção quer por meio d o exempl o, não tem fun da
mento bíblico. E verdade, "o príncipe do reino da Pérsia" impe
diu, por três semanas, que o anj o (presum ivelmen te, Gabr iel ) vies
se até Daniel (Dn 1 0.12,13). No enta nto, D aniel esta va as pir an do à
visão profética, e jamais pensou em "amarrar" o "espírito
terr ito rial " da Pér sia. N em o anj o o instruiu pa ra emp reend er tal
"batalha". Na verd ade , em lug ar alg um d a Bíblia sugere-se a idéia
de que certo s dem ônios te nha m autorid ade espec ífica sobr e cer tas
cidades ou terr itóri os e que dev am ser "amarrado s".
A missão do anjo é informar Daniel sobre os eventos que
acontecerão em Israel nos dias derradeiros (Dn 10.14) — infor
mação essa que se tornará parte da Escritura e que o "príncipe
da Pérsia" tentou impedir que chegasse até Daniel. Não há ne
nh um a alusão a que o "am arrar" esse demô nio libe rtar ia a Pér sia
dessa influência satânica, ou q ue a vitória de Gabriel sobre esse

demônio
sobre (com
o cli a ajuda
ma esp doda
iritual arcanjo
PérsiaMiguel)
ou ajud teveouqualquer efeitode um
n a salvação
tini co pe rsa sequ er.
Paulo nunca tentou "am arrar espíri tos terr ito riai s" para en
sin ar o evangelho a o m un do de sua époc a, portanto, por que de-
veríamo s faz ê-l o? E, apesar de todos os apóstolos terem "alvoro
çado o mundo" (At 17.6), não há alusão a nenhuma cidade que
tenha sido "conquistada pa ra Deus", como h oje alguns preg ado 
res falsamen te prom etem . Em Corinto , por exemplo, onde Paulo
perm
bênçãoanec eu p or
porque Eledezoito
tinha meses , Deuscidade"
"muito nesta lhe deu (At
esp18.9,10).
eci al protAeção e
questão não era libertar Corinto, mas chamar um grupo de crentes
para fora de lá. Tampouco Paulo teve s uces so em m ud ar o des tino
de Corinto ou de qu alqu er outra c idade ou nação. T al ensinam ento
simplesmente não tem fund am ento bíbl ico e é resul tado da ima
ginação e ambição d os homen s.

Por que Deus Endurece os Corações?


Questão: Fiquei muito perturbado com duas afirmações da
Bíblia: (1) que Deus endureceu o coração do Faraó (Ex 4.21; 7.13,14
etc); e (2) que Deus dará às pessoas "a operação do erro, para que
creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não cre-
ram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Isso parece tão obviamente injusto
que abalo u min ha fé! Além disso , parece tom ar D eus responsável
pelo m al ou, pelo menos, u m parceiro del e. Você po de me ajudar?
Re s p os ta : Primeiro, vejam os os f atos cor retos. An tes qu e Deus
endurecesse o coração de Faraó, ele recusou um simples pedido
para deixar o povo de Deus ir a "caminho de três dias ao deser
to" p ar a oferecer sac rifí cios ao seu Deus (Êx 5.1-9). Obviam ente ,
esse desejo para adorar não era despropositado, pois partia de
pessoas que, por sécul os, foram escravizadas e im ped idas de ofe
recer ao seu Deus os sacrifícios prescritos. Eles precisavam sair
do Egi to, pois o sa crifíci o de anima is que faziam pa ra seu Deus
po de ria ser altam ente ofensivo p ar a os egípcios (E x 8.26). Assim,
a resposta de Faraó não era apenas para n egar categoricamente o
pedido , mas pa ra au m entar de forma cr uel o rigor da escr avidão
dos israelitas.
Precisamos l em brar que Deus não forçou Faraó a fazer na da
que já não estivesse determinado a fazer. Deus apenas ajudou o
Faraó a persist ir no camin ho que ele firmem ente escolhe ra. Deus
E 0 ,A --A .:- SA TA X - £ o > ^ 225

endureceu "o seu coração", não para mudar o desejo do Faraó,


mas para ref orç ar nel e sua resol ução de não pe rmitir que o povo
fosse ao deserto. R. A. Torrev, em relação a essa mesma questão,
escreve sobre a conduta dele:
Os fatos são esses: Faraó era um tirano cruel e opressivo,
que su bjugava o povo de Israel à mais horrível escravidão, sof ri
mento e morte . Deus olhou para seu povo humilha do, o uviu seus
lam ento s e em sua mise ricór dia d ec idiu libertá-l os (Ex 2.25; 3.7,8).
Ele enviou Moisés como seu representante para requerer junto
ao Faraó a libertação de seu povo, e Faraó, em arrogante rebe
lião, desafiou-o e, até mesmo, dedicou-se a oprimir mais cruel
mente ainda essas pessoas. E foi nesse mom ento, e ape nas nesse
momento, que Deus end ureceu seu co ração .
Esse... [ é] o m éto do un ive rsal de D eus lida r com o homem...
se o homem escolhe o erro, Ele o entrega ao erro (2 Ts 2.9-12).
Essa é um a c ond uta severa, mas é só uma con du ta.10

Podemo s e ntende r melhor o que signi fica o endurece r "seu


coração" ao con siderar p or que isso er a necessár io. Faraó estava
aterrori zado p or causa das prag as q ue Deus sentenciou sobr e os
falsos deuses do Egito, as quais tiveram conseqüências tão de
sastrosas e foram tão obviamente causadas de modo sobrenatu
ral. Seu coração não havia mudado, porém ele já não teria cora
gem pa ra persistir em seu desej o de m anter o povo de Deus em
escrav idão.
min ar seu No entanto,
julgam Deusos
ento sobre ainda nãodeuses
f alsos estava pron to para
do Egito. Ass ter
im, Deus
fez com que o Faraó persisti sse em sua recusa em deixar o povo
de Israel ir at é Ele, a fi m de concluir su a expo sição e pun içã o aos
fal sos deuses, os quais serviram como linha d e frent e par a Sata
nás e nga nar o povo egípcio.
E impo rtante também c om preende r que o endurec imen to do
coração do Faraó srcinou-se exatamente de cada novo pedido,
feito por Moisés e Arão para que deixasse o povo ir. A cada vez,
era-l he da da a esco lha de subm eter-se a Deus ou não, e cada re 
cusa representava um endurecimento de seu coração por meio
da qual Faraó continua va a cavar mais fundo, p ara si mesm o, um
túmulo de rebelião. Cada ato de rebelião contra Deus e de rejei
ção a E le end urec e m uito mais o cora ção.
O mesmo também acontece com todos aqueles que se recu
sam a aceitar a verdade que Deus tornou conhecida para eles.
Como poderia ser injusto o fato de que Deus os ajude a acredi
tar na mentira em que eles mesmos se determinaram a crer?
Não, é apenas justo fazer isso; e essa é uma lição importante
que aprendemos.

Deus É Justo em sua Demanda por Obediência?


Questão: A Bíblia diz que devemos obedecer a Deus, pois
este é seu universo . Isso não o torna um tirano? Vo cê diz que Ele
de u ao hom em a liberdade de escolher entre o bem e o mal, mas
as cartas d Ele não est ão marca das um a vez que o hom em é força
do a ir pelo cam inho de Deus ou será conde nado? Isso é justo?
R e s p o s ta : O comando que Deus deu a Adã o e Eva apenas o s
proibia de comer de uma árvore específica do jardim. Não há
como conceber um comando mais fácil de ser obedecido. Havia
nesse magnífico jardim de perfeição, milhares de árvores de to
das as variedades. A árvore da qual Deus lhes disse para não
comer , sem dú vida, era u ma das mu itas árvores carregadas com
o me sm o tipo de fruta. O fruto da árvore nã o >possuía poderes
mágicos que trar ia pecado e morte pa ra Ad ão e Eva. A desobedi
ência deles, ao comer o fruto em rebelião à proibição de D eus, fo i
que constituiu o pecado e trouxe a morte a eles e a todos os seus
desc ende ntes até hoj e.
Devemos concordar, portanto, que não havia nada despro
positado na primeira ordem que Deus deu à humanidade.
Tampouc o podem os achar alguma desculpa para a desobediên
cia de Adão e Eva. O mesmo é verdade em relação a todos os
peca dos e todos os pecadores.
No primeiro pecado da humanidade, vemos toda a verdade
sobre o pecado. O ato em si pod e nã o parecer tão m au assi m. O ato
de meramente comer algum fruto não é pecado em si mesmo. A
fornicação pode levar o casal a desculpar-se a si mesmo, pois, afi
nal , est ão apenas expressando seu amor um pelo out ro. O pecado
E q la x . ,? ao Ma l. Sayaxa> í >Di v .ò .v o ^ 227

encontra-se na rebeldia contra Deus, que, como nosso Criador, não


só tem o direi to de estabel ecer o s man dam ento s par a gov ernar nos 
sa conduta, m as ap enas o faz para nosso bem.
Além disso, essa rebeldia significa a rejeição da autoridade
de Deus, e a negação de que Ele realmente nos ama e que seu
caminho é o melhor. Ela é a afirmação egoísta e autocentrada do
hom em , a s abe r, que e le po de ser seu pró prio D eus e decidir se u
próp rio desti no. Ess a reb eli ão não pod e ser perm itida no u niver
so d e Deus, da m esma man eira que os árb itr os no camp o de fute
bol ou na quadra de basquete não permitem a violação das re
gras do j ogo. No caso de Adão e Eva també m observa mo s as ter
ríveis conseqüências do pecado de um indivíduo sobre as futu
ras gerações. Aquele fato aterrador deveria ser suficiente para
fazer todos nós evitarmos o pecado.

Duas Alternativas Lógicas


Deixe-me esclarecer a c oloc ação. A pes ar de isso t er oco rrido
há trinta anos, lembro-me, de forma bem nítida, de dois jovens
que m e visitaram tard e da noi te. Um deles estava brav o com Deus,
pois , na m an hã seguinte, seri a enviad o pa ra o Vie tnã . Seu amigo
o trouxera at é mim para ver se pod ia respo nder algum as de suas
queixas contra Deus.

pa raOser
quecria
serido,a envia do aoestou
mas aqui V ietnã disse
eu se mamargam
que tivesseente: "N ãodoped
escolhi es i
tar aq ui. E agora Deus m e pe nd ur a sobre a s chama s do inferno e
diz: 'D ireita volver. Faça isso do m eu jeito ou eu o colocarei lá!'".
A hostilidad e parecia o estar consumindo.
Sugeri: "Olhemos para isso da seguinte maneira: suponha
que você apenas acabou de en trar na exi stên cia, em a lgum lugar
do universo, e que tenha a au torid ad e e o po de r de cria r seu des
tino. Depois de gastar três ou qua tro bil hões de anos plan ejando
sua utopia suprema, você põe os toques finais em seu projeto
para a vida e reclina-se muito satisfeito com você mesmo. Deus,
imediatamente, põe o projeto dEle para sua vida ao lado do seu,
e você o exa mina c om cuida do. A gora, diga-m e que projeto seria
melhor?"
228 E:..Díf:--?eC-A

Ele olho u pa ra o ch ão, dep ois p ara o teto, depo is pa ra o fo go


na lareira e, finalmente, para mim, e com uma expressão infeliz,
por fim , admitiu: "Su pon ho qu e teri a de ser o maior egotista do
m un do p ara d izer que me u proj eto é me lhor do que o de Deu s".

vocêRetruquei:
e o ama de"Exatamen te. Deus
verdad e. Além é infinitame
disso, seu pr ojetonte
é mais
m uitosábio que
m elhor
que os nossos. Assim, do que se trata isso de: 'Vire-se ou quei-
mar-se-á. Faça isso do m eu jeit o ou eu o colocare i lá' ? O que você
deve d izer é : 'Deus, obrigado, apesa r de eu ser um tolo egot ista a
ponto de imaginar que meu caminho seria melhor que o seu, e
apesa r de eu ter me rebelado contra ti , o Senhor env iou seu Fil ho
pa ra pa gar a pen a total por me u pecad o e agora me oferece, co mo
dom espontâneo de sua graça , seu perf eit o plano de vida em lu
gar do meu. Obrigado, Senhor!"
Tentei persuadir esse jovem a receber a Cristo como seu Sal
v ad or e entreg ar-se ao amor, ã graça e ã proteç ão de Deus. Tragi 
camente, ele não estava querendo desistir de suas queixas e dei
xar Deus ser Deus. Não sei o que lhe aconteceu ou se jamais re
torn ou salvo do Vie tnã. Anos m ais tarde, o outro jovem, que trou xe
o amigo, ao final de um encontro em que eu estava palestrando,
procurou-me e disse-me quem era. Ele tornara-se um pastor.
Ele contou-me: " Deu s tratou com igo em conseqüênc ia do que
me disse naqu ela noit e. C omo resu ltado disso ,’ entregu ei m inha
vida totalmen te a Cris to".
Os fatos são c laros: o pe ca do e Satanás, na v erd ade , são reais
e fazem oposição a Deu s. Exi ste um a batalh a ge nuína e fer oz por
nossa alma e nosso destino. Cada um de nós tem uma escolha
mu ito i m portante e eterna para fazer a qual determinará o resul
tado dessa batalha, pelo bem ou pelo mal .
Não há nenhuma dúvida de que a única escolha inteligente
possível de ser feita é deixar que Deus tome a direção total de
nossa vida. N ad a mais faz sent ido. Não é "s acri fíci o" obedecer a

Deus privilégio tornar-se fi lho de Deus po r meio da


fé em ;Cé risto
um gran de çar
e come já, nesta vida, a de sfru tar a bênç ão ete rna
que El e pre par ou pa ra todos que o amam.
Se este universo foi criado por um a divin dad e to talmente sábi a,
onisciente e onipotente, dessa maneira, essa divindade sabia o que estava
fazendo quando criou o universo e, portanto, é responsável por tudo que
ele é e po r tud o o que será; e, por conseguinte, é respo nsáve l por todo
sofrimento no universo, ela o fez. Ela é a autora disso, e em relação a um
Deus assim, tenho apenas sentimentos de extrema aversão. Eu o odeio.
Eu o detesto. Eu o desprezo.

Qualquer Deus que cause uma partícula de sofrimento é merecedor de


nossa con denação , como também o homem que voluntariamente cau sa
sofrimento é merecedor de condenação, pois se D eus causa sofrim ento,
volunta riame nte o causa . Deus, por defini ção, não é um a criatura de
circunstâncias. Ele é onipotente... e, portanto, quando causa sofrimento,
faz o que não era obrigado a fazer.
— S a m u e l P. P u t n a m , lí der ateí
sta do séc ulo X IX1
QUANTO AO
SOFRIMENTO E O INFERNO?

A Culpa É Real ou meramente uma Invenção da Mente?

Questão: A dor e o sofrimento causados pelo crime já são


suficientemente ruins. No entanto, o cristi anismo au m en tou essa
dor e sofri mento ao convencer a hu m an ida de de ter s e rebe lado
contra Deus e violado seus mandamentos. Em conseqüência, a
ameaça de punição eterna assom bra a todos que cam inham sob a
influ ência do crist iani smo. O m un do não seria melhor se m essas
decep ções para atorm entar as pessoa s?
Não é verdade que o cristianismo tenha criado o
R esp o s ta :
sentimento de cul pa m oral e o julgame nto vindou ro que asso m
bra a humanidad e. O homem á uma cri atur a irre mediavelmente
religiosa, e todas as práticas religiosas que são encontradas em
todas as raças e culturas ao redor do mundo envolvem o senso
de culpa e aIss
sacrifício. tentativa de apagar
o acontece no m auculpa mediante
nd o inteir algum
o. Isso tipo
po de serdede line a
do, em cada cultura, até sua srcem no passado , milhares de anos
atrás e, portanto, não se pode responsabilizar o cristianismo de
maneira alguma por isso.
O mesmo é verdade em relação àqueles que tem srcem nos
chamados "países cristãos", como os Estados Unidos. Embora
seu senso de culpa possa ter si do reforçado por meio do contato
com o cristianismo, essa não é a única fonte para sua existência.
A culpa universal que assombrava até mesmo o hom em primiti
vo poderia também assombrar os norte-americanos mesmo se
não conhecessem o cristianismo. Jacques Ellul chama de "noção
trivial" a idéia de que o cristianismo seja responsabilizado pela
culpa e sali enta:
O sacr ifício, enco ntra do em tod as as religi ões, é propiciatório
ou a inda é um sac rifício de reden ção ou de absolv ição. Em qual
que r cas o, o sac rifício é subs titutivo e procede de um pro fund o
senso de culpa...
Qu anto às si tuaçõ es que provoc am culpa, nad a p ode escla
recer isso mais qu e o em ara nh ad o de proibições entre os , assi m
chamados, pov os primitivos...2

De f ato, apena s o cri stianismo pod e libertar o hom em da cul


pa que, por outro lado, o assombra. Virar uma nova página e
dedicar -se a vi ver de forma m oralme nte reta n o futuro não p ode
liber tar da culpa dos p ecados passados. A verda deira libert ação
da culpa apenas pode vir por intermédio da fé em Cristo como
aquEle que pagou a pena total pelos nossos pecados e realizou

sobreperceber
mos fundamentos
a ma justos
gnitudo perdão completo.
e de nossa culpa e,Só depois
ass im, pode
agradecer a
Deus tanto m ais pela no ssa salvaç ão. Ellu l situa iss o mu ito bem:
Devemos també m lembrar d e m odo constante que ... bi bli-
camen te, e no vago pen sam ento cri stão , o pec ado é conhecido e
reconhecido pelo que é apen as depois da identi ficaç ão, procla ma 
ção e experiência do perdão. Porqu e fui per doa do, percebo q uão
pec ado r eu e ra. O pecado é percebido como pecado p or meio da
graça, e não de o utra m aneira, assim como o escravo inesp era da 
mente liberto percebe, quando vê as correntes que o prendiam,
quão grande era sua miséria. ’
Deus não É Sádico
Questão: A Bíblia afirma que Deus conhece o futuro. Ele sa
bia que Adão e Eva pecariam e que incomensurável mal e sofri
me nto se seguiriam. O Deus da Bí blia sabia de cada estupro, as
sassinat o, guer ra e de cada partícula d e do r e pesa r que se segu i
riam. Mesm o assim, E le foi adiante e, de qu alqu er ma neira, criou
o homem . Com o Ele pod e ser qualquer cois a além de um mo ns
tro ou u m sádi co?
A despro positada e blasf ema idéi a de que Deus é
R e s p o s ta :
cruel, deve ser instantaneamente rejeitada. Por um motivo, há
muito pouco pecado e sofri mento no mu nd o pa ra sustentar ess a
teoria. Se Deus fosse esse espírito maligno que os céticos pre
tendem que Ele seja, a vida seria infinitamente pior do que é.
Não haveria alegr ia e tud o estaria mist ura do com a do r, porta nto,
toda a vida pod eria ser um tormento. Em vez de j úbil o e êxt ase,
have ria ape nas d epres são e mis éria. Lint on expressa i sso da se
guinte maneira:

[Se Deus fosse um sádico], poderia nos infligir infinitamen


te mais dor do q ue sofremos neste mund o. Em vez do impu lso
prazeroso da fome saudável, poderia nos forçar a comer, como
um vici ado é f orçado a usar a droga p or causa da d or da absti
nência. Todas as funções físicas poderiam ser estimuladas pela
dor , em vez de pro voc ada s pelo pr azer.
Se Deus fos se i ndiferente, por que criaria a va ried ade de sa
bores dos frutos para o paladar, a constante harmonização na
exuberân
no cia d cidad
ar e a capa e corese de
nasvflo
ibrarresd ee no pôr-do-sol,
alegria o cheiro
com essas co de sal
isas? Por
que p ermitiria q ue a sutil alegria e a absoluta sensação de bem-
est ar que aquele que acredita em Cris to constantemente experi
menta e a qual el e nem m esmo consegue nom ear ou desc rever ?
Se Deus ama suas criaturas, tudo está explicado, exceto a
morte, a dor e o p esa r, e essas c ois as deveriam , na verd ade , ap on 
tar, como apontam, para todos que crêem em dir eção a um p ro
blema insolúvel: "A morte vem pelo pecado", e o glorioso fim
eqüivale ao que é sucintam ente da do nessa explanaç ão: "E Deus
limpará de seus ol hos toda lágr ima ".4
Claramente, o universo não foi criado por um sádico. Deve
mos a ba ndo na r essa t eoria como um a possível expli cação l egít i
ma para o pecado e o sofrimento. Contudo, a ilógica e irracional
234

queixa contra Deus, culpando-o pelo pecado e pelo sofrimento


tem sido, por séculos, reiteradamente expressa por ateístas.’Eis
aqui como Sam uel Putn am , no último sécul o, expressou isso:
Em vez de sofrimento Deus poderia ter feito felicidade. Por
sua vo
Ele nta de
é além de,ue sem coer ção,
m espírit El e fezSuas
o maligno? o sofrimento.
boas obras Portan
não to, o quel
descu
pa m suas m ás obras, não mais do que as boas obras de um assas
sino podem perdoar seu crime... Deus deve ser completamente
bo m ou, ao contr ário, não ser bom de mo do algum. ’

Putnam parecia ser um homem inteligente. Portanto, como


pode partir dele um argumento tão obviamente tolo? Ele estaria
cego pelo preconcei to? Ous o dize r que Pu tnam (se não ele, com
certeza muitos ateístas que levantaram a mesma objeção) teve
filhos. Será que sabia que os filhos que ele e sua esposa trouxe
ram a este m un do sofreriam dor e possí vel morte? El e não sabia,
como mu itos pa is, que era inteiram ente possível que um ou mais
de seus fil hos pud ess e se torna r um criminoso e trazer mu ito so
frimento para os outros? E claro que ele sabia. O bom senso o
faria sabe r.

Deus não É o Autor do Mal

No entanto, Pu tnam é responsável por todo mal e sofri mento


que po ssa ter sido i nfli gido a seus f ilhos e /o u pelo qual ele s pos 
sam infligir sobre os outros? E claro que não. Havia alguma ma
neira de Putnam e sua esposa saberem que seus filhos experi
m en tariam apena s sati sfa ção, e nun ca dor, apena s alegr ia, e n u n 
ca pesar? Ce rtame nte que não. El es po dia m ter cert eza de que os
filho s que trouxe ram a es te m un do tornar-se-iam honestos e bons
em toda s as suas açõ es, nunc a c ausa riam da no aos outros e nunc a
seriam merecedores de prisão o u m esm o execuçã o por seus cri mes?
Mais um a vez, a r esposta é clarame nte nã o.
Qualquer pessoa honesta concluiria que nem Putnam nem
qua isque r outros pais que fazem ess as ob jeções contra Deus pod e
riam estar cert os a respei to de que tipo de vida seus filh os viveriam,
quer boa quer má, o u de que tipo de sofrimen to teriam de suportar
E QUANTO AO So 235

ou infligiriam aos outros. Entretanto, eles poderiam ter certeza


absoluta de que seus filhos sofreriam, ao menos, algum tipo de
doença, e dor, e pesar. Portanto, esses críticos e todos os outros
pais não são t ão culpados quanto Deus por trazer sofri mento aos
outros? S e Deus é um sádico po r cria r o hom em , tam bém não o são
todos os pais por trazer filh os a est e mu ndo ?
Pode-se argu m enta r que a dif erença é que D eus est á no con
tro le do m un do , e El e podia fazer i sso como lhe aprouvesse. Ele
está? Ele pode? Ao contrário, o mundo como é hoje, não teria
sido criado, não por Deus, mas pelo pensamento voluntarioso,
pela am bição, pel a luxú ria e pelos atos i m puro s (e, muitas veze s,
heróicos e bons) da humanidade ao longo da história? Este é o
m un do fei to pelo hom em , não como D eus o fe z e o planejou. S e
alguém deve ser culpado pela dor, e pesar, e pecado, e maldade
existentes
frimento nãono são
mundo atual
obras essa pessoa
de Deus, mas doé homem!
o homem. Pecado e so
Deus pode ria for çar al guém m esmo contra a vontade da pe s
soa a se r sábi o, e bom , e fel iz mais do que q ua isq ue r pais terren os
podem forçar seus filhos a se comportar exatamente da maneira
que eles determinam? É óbvi o que não, um a vez que é permitido
ao homem ter o poder de escolha. E se lhe fosse tirado esse po
der, e le não m ais seri a um ser hu m ano , m as um a espécie i nferi or
de moral aleijada.e tão responsável por seus atos quanto uma
marionete mov ida por meio de c ord éis. Pu tnam ou qualque r ou
tro ateíst a desejaria iss o? Decerto que não. Po rtanto, qu e eles p a 
rem de injust amente culpar Deus pelo mal nest e mundo!

O Lamento Paterno de Deus


O profeta Isaías, inspirado pelo Espírito Santo, expressa o pe
sar de Deus pelas ações dos hom ens, as quais são tão contrári as ao
seu desej o benevo lente pa ra com eles. Ou çam o lame nto de Deus:

nhor:Ouvi, ó céus,
Criei fil hos ee epresta ouvidos,
xalc ei-os , mas tu,
elesó pre
terra,vaporque falacontra
rica ram o Se mim.
O boi conhece o s eu possuidor, e o jumento, a ma njed our a do seu
dono, mas Israel nào tem conhecimento, o meu p ovo não entende.
Ai da nação pecadora, do povo carregado de iniqüidade da se-
236 F; O,
r

mente de malignos, dos filhos corruptores! Deixaram o Senhor,


bla sfe ma ram do Santo d e Israel , volta ram pa ra trás (I s 1.2-4).

Essas não são as palavras de um sádico que, de maneira vo


luntariosa, trouxe sofrimento e pesar ao mundo. Ao contrário,
esse é o lamento de um Deus de amor que deseja o melhor para
aque les que criou e s e afli ge com a cond uta destes, aos quais ch a
m a de seus filh os. Já existiram pais que não te nh am se desg osta
do do c om portam ento de seus fi lhos, pel o menos algumas vezes
e sob algumas condições? E qual seria a solução para isso? Os
pais poderiam , m esm o tendo trazido os fi lhos ao mundo , forçá-
los a obedecer? El es pode riam obrigar o fi lho a s e com porta r de
acordo com seus ditames? E óbv io que não .
Mesmo se os pais pudessem executar essa tarefa, isso não
resolveria
correspondero problema que flagela
por seu livre a humanidade.
desejo ou O filho
a "obediência" devea
imposta
ele seria sem sentido. O mesmo acontece com Deus. Ele nos deu
o poder de escolha para que possamos amá-lo e para impedir a
hu m anida de da pretens ão que destruiri a o homem , como Deu s o
fez e como o hom em que r ser. O mal não é obra de Deus, m as do
homem por meio do uso egoísta e, portanto, maligno do poder
de escolha q ue lhe foi c onferido.

"Ser ou Não Ser: Eis a Questão"


Questão: Um amigo que cos tumava afirmar ser cris tão e agora
se inti tula at eu, apresentou-me um problema q ue não pud e so lu
cionar. Ele pretende admitir (para benefício do argumento, ape
sar de ele não acreditar nisso) que o pecado é conseqüência do
uso errado que o home m faz do p ode r de escol ha que lhe é dado.
Mesmo assim, ele insiste que não podemos isentar Deus, pois,
m esm o saben do da m ald ad e e do sofrimento que se seguir ia, E le
escolheu criar o hom em. Ain da pior , Deus criou bi lhões de seres

que não
sabia quesó
lhessabia que sofreriam
destinava nesta terra,
o sofrimento eternocomo
em também
um lagoEle
de fo go!
Você po de m e ajud ar a responder-lhe?
O que a tese de seu am igo se r efere ( a qua l é m er a
R e s p o s ta :
men te outra variação de u m tema j á exces sivament e debatido) é
assustadora: a conveniê ncia da inex ist ênci a da raça h um an a como
sere s capazes de esc olh a. N ão é possível exis tir ser hu m an o v er
dad eiro sem a possibilidade do mal. Portanto, a questão é a exis
tênc ia ou inexist ência da raça hu m ana : "Se r ou não ser". A única
man eira de o mal e o sof riment o serem eliminados pa ra sem pre
da terra ser ia não ter cr iado o home m de ma neira alguma. Sem
contar o fa to de que isso eliminaria todo so frimento e pes ar, pe n 
se na beleza , alegria e am or que tam bém seriam eliminados.
Admitamos, meramente para ilustrar essa teoria, essa cena
imposs ível : Milhões de anos atrás, bi lhões de sere s hum an os ain
da não-criados em um espírito de hipotética pré-criação fazem
um desf ile diante d o trono de Deus, exigindo não serem criado s.
Eles gritam em protesto: "Irem os todos p ara o infern o, um lago
de fog o! Portanto , exigimos o direito de n ão se r cr iados! Ser á sa 
dismo
sobre o da p ior espécie
tormento se você nos
que sofreremos trouxer à exi stên cia, sabendo
eternamente!"
A réplica de Deus seria algo como: "Vocês inevitavelmente
de ve m ser as mães e pai s, os tio s e t ias, o s fil hos e netos e prim os
de m ilhões e milhões dos que crerão em Crist o e c ujo destino é a
eterna bem -ave ntura nça e alegria do paraíso. Se vocês não exi sti 
rem, então, tampouco eles existirão. Não permitirei que seu de
sejo egoísta d e inexistência elimin e a existência e o deleite eterno
de bilhões de almas que serão redimidas pelo sangue de meu

Filho
sençae,emporque
conseguinte, passarão
há 'abund ância de aalegr
eternidade
ia' e 'deem minha
lícia s perppre
etu am en 
t e '" ^ 16.11).
Eles continuar ão a protest ar: "Assim, você está destinand o-
nos, por toda a eternidade, ao tormento do lago de fogo! Seus
inimi gos , portanto, p ode rão dizer qu e você não á um bom Deus
de amor, mas um espírito maligno que criou os homens para o
inferno!"
Deus po de ria repl icar: "Ao contrário, o lago de fogo foi feito
pa ra 'o diabo e seus anjos' (Mt 25.41) e se um ser h um ano a lgu ma
vez entrar ness e lugar de tormento eterno , será contr a m eu dese
jo. M eu Filho morrerá em pagam ento da pena que m inha justiça
exige por qua lquer pecado que qualqu er ser hum an o cometa . A
exigência para qualquer um estar no céu, onde quero que todos
23 8
estejam, será totalmente satisfeita. Se alguém, mesmo assim, for
para o inferno, isso será por causa de sua teimosia em recusar a
salvação que eu providenciei".
Os reclamantes insi stem: "Mas nós sofreremos eternamente!"

nha. Deus
Eu nãoreplicaria: "Se assim
privarei bilhões for, isso
de almas será suadaescolha,
redimidas alegria não
etermi
na apenas para atender a obstinada rebelião de vocês".

Deus Criou o Homem para Sofrer?


Questão: Não há nenhuma maneira de Deus ficar isento da
acusação de que Ele é um sádico espírito maligno. Ele diz que
não quer que ninguém sofra; no entanto, sofremos nesta vida e
fomos prevenidos de que nosso sofrimento pode ser ainda pior
na eternidade. N a verdade, o sofri mento que Deus planejou para
a eter nida de é horr ível, es tá além das palavras. C omo você pode
dizer que é bom o Deus que criou o homem para queimar nas
chamas pe rpétua s do inf ern o?
Deus não criou o homem para ter tal destino, e
R e s p o s ta :
qu and o o hom em po r seu próp rio desej o egoís ta re jeita a salva
ção desse de stino, qu e Ele tão grac iosa me nte oferec e, i sso ofende
a Deualguns
que s. A Bíblia diz de (2forma
se percam" claramas
Pe 3.9), quequer
Deus nã todos
"que o estáos"qu
hoeren do
mens se salvem" (1 Tm 2.4).
A Bíblia claramente nos diz que Cristo pagou a penalidade
pelos pecados do m un do int eir o, mesmo pelos pecados daqueles
que o rejeitam: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo" (Jo 1.29); e de novo: "E ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não som ente pel os noss os, mas tam bém pelos de todo
o mundo" (1 Jo 2.2).
Devemos descansar seguros de que ninguém sofrerá no in
ferno sem que pude sse ser conquistado por Crist o de algu ma for
ma nesta vida. Deus não deixa pedra sobre pedra para resgatar
todos que respondem à sentença e à súplica do Espírito Santo.
Paulo deixa iss o claro: "Porqu e os que dante s con heceu [respon
Sorx:Mi;x-:. f . ■- ■I \ 23 9
deria m ao evangelho] [...] a esse s tam bém cha mo u [com o ev an
gelho]; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou" (Rm 8.29,30; grifos do au
tor). Deixe-me tentar esclarecer.

Como um Peixe Fora cTÁgua


Um peixe vê um ho me m à margem , sentado sob re uma cadei
ra com as pernas cruzadas, fuman do u m cigarr o e segura ndo u m a
vara de pes car. O peixe chega à conclusão de que não p od e deixar
passar essa oportunidade real e resolve ser como o homem. Ele
ma nobra p ara pu lar fora d'água, arremess a-se s obr e um a cadei ra,
cruza as nadadeiras e acende um cigarro. Mas antes que possa
entender como manejar uma vara de pescar, fica sem oxigênio e,
com a vida se esvaindo, cai da cadeira e enterra-se por todos os
lados na sujei ra e no cascal ho, abrindo e fechando ra pid am en te as
guelras em uma vã tentativa de puxar oxigênio do ar.
Um ateí sta que c am inhava p or ali exclama com esc árn io: "Qu e
tipo de Deus criaria um peixe para sofrer dessa maneira?"
A ver da de óbvi a, eviden teme nte, é que Deus não fez o peixe
para sofrer daquela maneira. Ele criou o peixe para nadar em
exub erante liberdade nos rios , lagos e o ceanos . Esse sofrimento
horrível que é c ontrár io à vontade de D eus aconte ceu porq ue o
peixe rebelou-se contra o propósito divino para ele. O homem,
ao rebelar-se
peixe de sua maneira contra Deus, também é como um
fora d'água.
Deus fez o ho m em pa ra nad a-r no oceano de seu am or e para
desfrutar a vida plena e a liberdade de expressão daqueles que
segue m os desej os de Deus. Is so s eria maravilhoso, po rém o ho 
mem escolheu rebelar-se contra Deus e fazer suas próprias coi
sas. Os se res hu m an os qu e se rebelaram co ntra Deus encontram -
se, em conseqüência de seu egoísmo, também em conflito uns
com os outr os. O que u m a pessoa teimosa q uer fazer inevitavel
mente conflita com o que outra pessoa teimosa quer fazer, pro
vocando raiva, ciúme, ódio e todo o mal que acompanha isso.
Mas não culpe a Deus po r isso . Ele cri ou toda s as cois as em graça
e perf eiçã o. Fo i o hom em que m perv erte u a perfeição e dá largas
à destruição sobre a criação de Deus.
240

Por que o Condenado Deve Arder no Fogo?


Questão: Estou angustiado com o pensamento de que qual
quer pessoa sofra eternamente. Isso está perturbando minha fé,
em especial quanto ao fato de que o mesmo Deus que criou o
homem com a capacidade para o contentamento, alegria, tam
bém lhe deu a horrível e desnecessária capacidade para o sofri
mento, não apenas nesta vida, mas também na eternidade. E o
sofrimento que aguarda o condenado é do tipo mais horrível:
arder para sempre no que a Bíblia descreve como um "lago de
fog o". Com o vo cê pod e concili ar isso com u m Deus de bo nda de?
Muitas pessoas nesta vida sofreram a excruciante
R e s p o s ta :
e terrível dor de serem queimadas. De acordo com seu raciocí
nio, Deus deve ser acusado pelo sofrimento deles, pois consti
tuiu o c orpo hu m an o com nervos que pode m sent ir dor. No en
tanto, esses nervos foram projetados para prevenir doenças ou
outras for ças destrut ivas que se formam no corpo hum an o e, as
sim, salvar a vida.
Nas sociedades primiti vas, mais de u m lepr oso te ve parte ou
todo o pé que im ado e m fogueiras antes de perceber o que estava
acontecendo porqu e não pod ia sent ir d or. U m médico po de lhe
dizer que a dor é um dos prodígios que ajudam a preservar o
corpo; ela e a vida estão tão inextricavelmente ligadas como se
fossem inseparáveis. A dor envia a mensagem vital de que há
necessidade de prestar atenção.

O "Ardor" da "Sede" Insaciável


O "fogo" do inferno e o tormento do "ardor" do maldito e
cond enad o estão consi stentemente li gados à s ede . Q uan do olha
mos iss o dessa maneira, alcançamos um a m elhor compreens ão:
o sofrimento do inferno não exis te pelo des ejo de Deus de punir,
mas em virtude de seu amor. Ele ama tanto o homem que o fez
etern am ente capa z de conhecê- lo e de habitar com El e par a sem 
pre. Em seu a mor , Ele formou o hom em para que sua com unhão
com De us não sej a um a m era opção e, portanto, pou co satis fató ria.
A..- S.' Fs:v. r.N" e . ■K ü .rn .-? 241

Não, isso é vital para sua existência real e, por conseguinte, traz
infinito prazer e satisfação.
Se Deus nos cri ou para que tivéssemos co m un hão com E le e
para traçar nossa vida e propósito a partir do com ando que El e
nos dá, então, no momento, em que separamos dEle qualquer
parte de nossa vida , qu er isso se ja sabedoria q uer seja amo r, i sso
se torna contaminado ou deturpado, uma caricatura do que foi
pretendido. Podemos observar esse fato em qualquer lugar. O
homem, quando está rodeado de amigos da mesma opinião e
dos prazeres deste mundo, pode não experimentar nesta vida a
sede por Deus. Ele é como um homem no deserto do Saara que,
de m an hã cedo, se recusa a beber a água que lhe é ofe reci da; p o
rém, no calor do dia, está morrendo pela falta da água anterior
mente desprez ada.
A Bíblia faz um a conexão entre a separaç ão da vida e com u
nhã o com Deus e a sede que arde, fornecendo um a m etáfora que
nos dá um a m edid a que ajuda a com preend er co mo serã o o céu e
o infer no. Ao seguir essa analogia, percebem os q ue o sofrimento
no inferno será tão olor oso pela mes m a razã o que o céu será tão
intensa me nte jubi los o. Esse é o cam inho com a sede insaci ável —
ou satisfei ta.
E fácil ente nde r que a pessoa que está m orre ndo d e sede arda
em tormento pela mesm a razão que beber águ a fre sca s acia a s ede,
algo que dá um a sensaçã o boa e agradável. Nossa percepção tor
na-se mais clara quando lembramos que a sede queima e ator
menta e que, ao saciá-la, reconforta e alegra, pois a água é abso
lutamente essencial para a vida. Da mesma maneira, o inferno
será percebido como tão ruim qua nto o cé u, como tão bom , pois
a intimidade e plenitude da presença e do am or de Deus é essen
cial para nossa vid a espiritual com o a águ a pa ra nossa vida física.
Aqueles que vão para o inferno, e que Deus nunca preten
de u que fossem sepa rados, queim arão com a sede i nsaciáve l pelo
amor de Deus em conseqüência pelo que fizeram. Para aqueles
que estão no infern o, não há absoluta me nte com o sacia r essa sede
espiritual e moral, pois, por escolha própria, eles se separaram
de Deus por toda a eternidade.
E a Respeito do "Lago de Fogo"?
Questão: Conforme compreendo, a Bíblia diz que há duas
ressurreições: uma daquele que foi salvo, e outra daquele que foi
perdido. E esse último apresenta-se diante de Deus, em seu cor
po físico ressurrecto e é lançado em um lugar de tormento cha
m ad o de “lago de fogo" (Ap 2 0.15). Qua l é o objeti vo do to rm en 
to eterno do perd ido?
A Bíblia descreve o condenado que se encontra
R e s p o s ta :
dian te de Deus n o G rand e Tron o Bran co do julgam ento e é lança
do dentro do lago de fogo nesses termos: "E vi os mortos, gran
des e pequenos, que estavam diante do trono, [...] e os mortos
foram julgados [...], segundo as suas obras" (Ap 20.12). Apesar
do aparec ime nto deles diante de Deus, diz- se que é um a “ressur
reição da con de naç ão" (Jo 5.29; grif o do autor), e parece qu e fi ca
claro que eles não estão diante de Deus em seus corpos físicos
que foram reconstituídos das sobras deterioradas e consumidas.
O fat o de se r eferi r dua s vezes a el es como "m ortos" parece ind i
car mais que são espíritos desencarnados.
De fato, a Bí blia nos diz que a do r sofrida pelo con den ad o não
tem nada a ver com o corpo e os nervos. Está evidente naquela
descrição de Cristo sobre o homem rico e o mendigo, em que um
est á no céu e ou tro, no in fer no, que não se trat a de u m a m era p ará 
bola pelo f ato de que o nome do m endigo é mencionado; por tanto,
ele devia ser um a pe ssoal re al. Ob serve as palav ras de Cri sto:
E aconteceu q ue o me ndig o m orre u e fo i levado pelos anj os
par a o seio de Abraão; e mo rreu tamb ém o rico e foi sepultado.
E, no H ad es, er gu eu os olhos, estan do em torme ntos, [...]. E, cl a
ma ndo , di sse : [...] man da a Lá zaro que m olhe na águ a a pon ta do
seu ded o e me refres que a lí ngua , porq ue estou ato rme ntado nesta
chama (Lc 16.22-24).

Um a vez que as palav ras "olhos", e "língua", e "cham a" são


m enc ionada s e o torm ento da sede po r águ a está i mplíc ito, es sas
palavras têm claramente um senti do difere nte daquele que está
ligado a ela s nesta vida. O corpo físico de Lázaro e do ri co estava
I\ o
243

apodrecendo na sepultura. No entanto, os citados olhos, língua,


ded os e chama não po de m ser f ísicos. Portanto, se a "cham a" do
inferno que atorm enta o rico não é física, então temos razões pa ra
acreditar que a chama do lago de fog o tam bém não é física.
Além disso, somos claramente informados de que o lago de
fogo f oi "pr ep ar ad o p ar a o diab o e seus anjos" (Mt 25.41). O fogo
físico não tem efeito algum sobre seres espirituais. Além disso,
ess e deve ser um tipo esp ecia l de fogo pa ra espírit os, sem d úv ida
mu ito mais ho rroroso do que o fogo f ísico. N a ver dad e, se o con
denado estivesse em seu corpo físico e as chamas fossem físicas,
seria necessária, instante após instante, a contínua reconstrução
de suas car nes queim adas p ara que o tormen to dele s pudess e ter
continuidade.
Esse tipo de tormento físico dificilmente parece ser a punição
apropriada. Faz mais sentido, lógica e biblicamente, que o sofri
me nto se srci ne d a sede p or Deus que queim a e do fato d te estar
separado dEle juntamente com a intensa dor do remorso. O incrí
vel tormento físico do calor do fogo queimando continuamente a
carne recons tituída seria tão terrí vel que não possibilitaria a con
templação dos erros passados, o remorso, o arrependim ento pela
rejeição da sal vação of ereci da por Deus. N ão ha veria um a dim en
são moral para tal tormento; seria simplesmente físico e tão
irres ist ível que n ão p ermitiria contemplação ou arrependimento.
Isso dificilmente par ece convir ao crime de rebelião e re jeição.

Por que o Tormento Eterno?


Questão: Se realm ente exis te tal luga r como o i nferno ou o
lago de fog o, por q ue as pessoas não p od em sem pre ser sa lvas
desse destino? Parece tão injusto que elas devam sofrer eter
namente. Esses que estão no inferno não poderiam ser os me
lhores candidatos à salvação? Se tudo isso é real, certamente
deveriam conhecer a verdade e querer arrepender-se e acreditar
em Cristo.
Ao contrário, o inferno é um lugar em que seria
R e s p o sta :
impossível o arre pe ndim en to e , al ém diss o, de onde não há como
escapar. Por intermédio de algumas poucas referências bíblicas
parece óbvio que o lago de fogo é um lugar de terrível tormento.
Afi rma- se, por exemplo , que o home m rico imediatam ente após
m orre r estava " em torm entos " (Lc 16.23) e que os dem ônios "de
dia e de noite serão ator me ntad os p ara todo o sem pre" (Ap 2 0.10).'
Em re laç ão ao s hum ano s que são enviados para lá é dito que " a '
fuma ça do seu torm ento sobe para todo o semp re" (Ap 1 4.11).
O fat o de sofrer tão gran de torm ento (e o torm ento espiritual
seria ainda mais excruciante do que o físico) tornaria, como já
comentam os, o arrep end ime nto impossív el. Certamente, ele s não
poderiam se arrepender pelas razões corretas. Sem dúvida, um
dos pi ores t orme ntos que assom bram os conden ados é o conhe
cimento de que não há esper ança.
Em relação ao sofrimento deles ser eterno, não poderia ser
de o utra m aneira. A morte não é a c essaç ão da exist ênci a, ma s a
continuação do existir eterno com que Deus amorosamente do
tou o hom em — que agora se encontra dolorosamente sepa rado
de Deus e, além disso, em total escuridão e solidão. Como seres
espirituais, os condenados ao inferno continuarão a existir eter
nam ente em um a mo rte co nsci ent e, poi s a natu reza da alma e do
espír ito do hom em, como Adão e Eva f oram srcinalmente cria
dos, é a existência eterna.

Deus É Ignorante ou Impotente?


Questão: Para mim , a ma ior prova de que Deus não ex ist e é
o sofrimento que o mal causa ao mundo. Os milhões de judeus
torturados e queimados nos fornos de Hitler, como também os
milhões de b ebês e cri ança s que m orrem constantem ente de ina
niçã o ou doença são apenas u m a gota no oce ano de dor e ma lda
de ao longo da his tór ia! S e Deus po de evitar o s ofrimento da h u 

m an
nã id ad ,eentão
o pode e nã oéoi faz, entã teo eEle
mpoten nãoé éo dem
dignoônio, e nã
de ser o Deus.
vist o comoEDeus.
se Ele
Há alguma solução para esse dilema?
Mais uma vez, a resposta a essa objeção é tão ób
R e sp o s ta :
via que só podemos questionar a sinceridade dos céticos que,
E oi A \ n ■ao S : ' í 'H:\: e \7 u F. o Inffk v, -? 245

mediante as questões relatadas, continuam a incitar isso. Se o


homem tem liberdade de escolha, então o mal não é culpa de
Deus. Mesmo assim, os críticos continuam a exibir essas queixas
ilógi cas e i njustas contra Deus. C omo um exem plo disso, consi 
dere o que Ingersoll diz:

Não h á regi str o de nen hu ma ocas ião em que a mão levan tada
da m orte tenha sido paralisada — em toda a lit eratura mun dial
não há n en hu m rel ato verí dico sob re um a cri ança i nocente sen
do salva por Deus. Milhões de crimes são cometidos todos os
dias — os homen s est ão nest e m om ento rep ousa ndo à es pera de
sua vítima humana — esposas são surradas e oprimidas, leva
das à insanid ade e à morte — cri ancinha s imp loram por miseri
córdia, exaltam suplicantes, com olhos lacrimejantes voltados
para as faces brutais dos pais e das mães — doces meninas são
iludidas, logradas e ultrajadas, mas Deus não tem tempo para
impedir essas coisas — não tem tempo para defender o bom e
proteg er o puro. E le está mu ito ocup ado, c onta ndo fios de cabe
lo e olhando pardais.

Tal sarcasmo entra em conflito com a lógica e a integridade,


como tam bém trai o preconceito do ateu, um preconceito t ão vin
gativo que não pode ser movido pela razão. Ingersoll quer que
Deus pare a mão da morte, mas não quer que Ele impeça sua
própria mã o de fazer o que sua men te débil pensa que é legí timo,
ma s que n ão está de acordo c om o de sejo de Deus. El e quer que
Deus faça o que ele des eja , e como D eus se recusa ser con strang i
do p elas lim itações d e Ingersoll, este o reje ita.
Ao contrário da im pessoal For ça Gue rra nas Est rel as, ou Re
cursos Cósmicos Ener gético s, ou ou tras energias im pessoais que
dominam o universo e que são o "Deus" de Einstein e outros, o
Deus da Bíblia,está pessoalmente inquieto com o sofrimento da
hum anid ade. Em contr aste , com a i mpessoal "lei do carma", que
traz sofrimento e não se impo rta com o s er huma no, temos o Deus
da Bíblia, que se preocupa tanto que veio a esta terra como ho
me m e sofre u as ex igênc ias de sua próp ria jus tiç a em pag am ento
por cada pecado, não importa quão cruel, já cometido ou que
será cometido por qualquer pessoa. O próprio Cristo, a fim de
246 -^:

nos redimi r, não pod ia ser l ibertado do so frimento na cruz e "p a


dec eu u m a v ez pelos pec ado s, [Ele] o justo [úni co] pelos injus tos
[nós], para levar-nos a Deus" (1 Pe 3.18), portanto, deve-se pen
sar mais profu nda m ente ante s de condenar Deus pelo sofr imen
to que flagela o mundo.

Sofrimento, Escolha e Salvação


Deve haver u m a boa razão pa ra o sofri mento em vist a de que
Deus não salvou milhares de mártires que foram ví timas de m or
tes indescriti velmente cruéis em conseqüência de sua lea ldade com
Deus e com Cristo, e os quais Deus certamente ama. Esse fato é
reforçado pela oração de Crist o, no j ardim de Ge tsêmani, em que
Ele pedia para ser salvo da cruz se isso fosse possível. O fato de
que Ele teve de sofrer a cruz, apesar de sua oração, é prova sufici
ente de que não há um caminho fác il pa ra o hom em ser sal vo do
pecad o e do sofrimen to. Na verdade , isso nos d á conf ianç a no am or
de Deus. Como Paulo escreveu: "Aquele que nem mesmo a seu
próprio Filho po upo u, antes, o entregou p or todos nós, como nos
nã o dará tam bém com ele todas as cois as?" (Rm 8 .32)
Além disso, o sofrimento, para aqueles que o aceitam para
esse propósito, traz m atu rida de e purif icação. Marco Aurélio dis
se: "A m á ven tura bem nutrid a é boa ventura" , pois o efeito mo
ral sobre o s que a sofrem é saudável. O prêm io p or tal sofri mento
vai, inclusive, além des ta vida, até a eternid ade . Jesus di sse: "Bem -
aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai -vos, porq ue é grand e o vosso galardã o nos céus;
porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós"
(Mt 5 .11,12). L inton coloca isso d es ta ma neira :
É consenso entre os hom ens que ape nas o caráter elevado e
heróico resultante da adversidade e da privação é uma ampla
compensação para tudo que deve ser suportado para se obter
esse r esultado, c omo tam bém enriq uece a eternidade mediante a
exist ência de ser es glor ifi cados qu e "por m eio de m uita tri bula-
ção entram no reino de Deus" e recompensarão mil vezes o tra
balho árd uo e m que o hom em e Deus estão envolvidos.1 ’
E

Todo o mal e o sofrimento que foram traz idos sobre nós são
resultados do exercício, pela humanidade, do poder de escolha.
Tanto o mal qua nto o pecado po dem ser eliminados me diante o
impedimento da livre escolha. Entretanto, se Deus fizesse isso,
como j á foi comentado, a hum an ida de ser ia total men te destruída.
Deus tem um a solução melhor — uma q ue proporciona a salva
ção enquanto preserva a liberdade de escolha e mesmo o amor
que a pena s tal escolh a torna poss ível .
E, nesse ponto, devemos honestamente confrontar a rígida
afirmação do calvinismo, que afirma que Cristo não morreu por
todos, que E le não m orre u pa ra pag ar os peca dos de todos; c omo
tam bém que o hom em apenas po de escolh er o mal e é incapaz de
arrepender-se e de confiar em Cristo sem que Deus estenda a
irresistível graça a ele. Se esse for o caso, mesmo que o mal não
possa ser atribuído a De us, é Ele quem im ped e que sua reden ção
alcance a todos. Aqueles que estão no inferno, de acordo com a
rígida afirmaçã o calvinista, lá estão nã o po r rejeitar a Cristo , pois
iss o é tudo que p od eria m fazer . El es es tão l á po r que D eus não os
am a o sufic ient e pa ra este nde r a e les a ir resis tíve l graça que p o 
deria fazer com qu e escolhesse m a C rist o. Conc ordo com o ateísta
de que tal Deus não é amoroso e bom. Nem é o Deus da Bíblia,
mas um a invenç ão do homem.

A Salvação É par a os P ecadores — por me io da Gr aça


Questão: Assum amo s que o mal não é cul pa de Deus . Posso
admitir isso pelo que me toca esta existência terrena. O que me
preocupa é que a punição de Deus para o mal é má em si mesma.
Por que Deus esco lhe pu nir as pessoas no inferno eter no, qu and o
é muito tarde pa ra resga tá- las para q ualquer bem nesta vi da, em
vez de pu nir o mal nest a vida, quan do iss o pode faz er algum bem
(até a Bíblia admite que homens maus abundam na terra)?
Você está certo ao dizer que quando a pessoa está
R e sp o sta :
no infer no é mu ito tarde para o arrependime nto. U ma razão ób
via para isso é, como já com entam os anteriorm ente, q ue o sofri 
mento é tão grande que os habitantes do inferno poderiam ser
compelidos a se arrepender não por remorso genuíno, mas por
que o desejo de escapar daquele lugar horrível poderia ser
irresistível.
Entretanto, sua proposta sobre a limitação do castigo a esta
vida, presumpara
tar pessoas e que vocêAsaidéia
Cristo. be melhor do que
de punir Deus como
os mal-feitores conquis
nesta
vida, como um meio de corrigir seu comportamento e assim
convertê-los a Cristo, é falha por muitas razões, as quais já co
mentam os. A batalha é pelo cor ação do hom em e, portanto, não
pode ser vencida com coerção. O amor não pode ser imposto.
N em a questão é fa zer o hom em comport ar-se . A punição ou
a corr eção aplicadas pelos pais e auto ridad es civis têm essa fin a
lidade, ma s o com portam ento não tem nad a que ver co m rede n
ção. Na verdade, imaginar que basta o bom comportamento é
um a das maiores il usõ es, al go que impede o hom em de conver
ter-se "a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (At 20.21). A
questão inicialmente não é sobre o comportamento , mas o relacio
namento do homem com Deus ; e p ar a que este se ja correto é nece s
sári o que o hom em recon heça seu pecado e se arrependa, e não
se escond a n a auto- sufi ciênci a.
Muitos cristãos, com boas intenções, promovem e aumen
tam esse er ro, gastan do seu tem po e energia ao tentar fazer deste
mundo um lugar melhor para se viver. O plano de Deus não é
limpar este mundo; na verdade, o mesmo está destinado à des
truiç ão. O plano de D eus é chamar os seus pa ra fora des te m un 
do pa ra que se tornem cidadão s do céu.
E com o iss o de ve ser feit o? Esse obj etivo p od e ser alcança do
po r meio d a pu niçã o nesta vida? Ao contrário, a B íblia assegura
que: "A benignidade de Deus te leva ao arrependimento" (Rm
2.4) e isso é "a g raç a de Deus [...] tra ze nd o salv açã o" (Tt 2.11). A
bon dad e e a graça s ão apr eciadas e adotadas apenas po r aquel es
que sabem que esses dons de Deus são a única esperança que
têm de salvar-se do just o julgam ento de seus pecados.
Culpando Deus injustamente
Questão: Acho que não é necess ári a mais nenh um a prov a de
que não existem deuses além do fato de o mal ter sido feito em
243

nome deles. Algumas das mais devastadoras guerras, das mais


cruéi s torturas e dos ma is danoso s preconceit os exist em em nom e
da religião. Como também não há dúvida de que mais pessoas
inoc ente s foram tortura das e mo rtas em nom e do d eus cris tão d o
que em nome de qualque r outro deus — e simplesmente por que

essas pessoas
torturado res. tinham
Com o crenças
você podreligiosas diferentes
e jus tif icar das mal
e sse óbvio de seus
que é co
metido em nome de deus?
Esse é um antigo e sin cero argum ento. Considerei
R e s p o sta :
o problema proposto , que, entretanto, est á amp lame nte baseado em
um engano que pod e ser remov ido com faci lidade me diante um a
breve meditação. Não é razoável cu lpar Jesus Cr isto por sej a lá o
que for que alguém que afirme ser cristão faça, a não ser que o
pró prio Jes us tenha ens inado e pratica do a mesm a co isa. Da me s
ma maneira, é i rra cion al culpar Deus po r tudo que aqueles que
afirmam represent á-lo fazem em seu nome.
Embora não acreditasse no Deus da Bíblia, mas em algum
"es pírito d o univ erso ", Percy Shelley (1 792-1822), o maio r poe ta
inglês e um radical, há mais de cento e oitenta anos, apontou a
inconsi stência do m al fe ito em n om e d e Deus :
Persegui ção ape nas graças à opinião de u m a pessoa é alg o
injusto. C om q ue consis tênc ia, portanto, p od em os adoradores
de
ga um a d ênci
a exist eidade,
a decuj
seusa com
benevo lênci
panh a, conforme
eiros, alardei
apen as po am,sam
r que sua ar
id éias
sobre es sa deid ad e são distintas da s que ele s cel ebram?
Ai de mim ! Nã o há consistênci a naq ueles perse guid ores qu e
ador am u ma deidad e ben evolent e; poi s somente aquel es que ado
ram um demônio pod eriam agir c onsoant es apenas aos seu s prin
cíp ios ao aprision ar e torturar em seu no me.7

Alg uém com esse raci ocín io, que é per feitam ente bíbli co, não
pode argumentar. Um cristão verdadeiro deve amar mesmo os
seus inimigos e nunca perseguir, torturar ou matar aos outros.
Tragicamente, a Igreja Católica Romana (à qual obviamente
Shel lev se refere) e outros g rup os religiosos engajaram -se em cru
zadas mortais contra quem não concordasse com eles.
25 0
Tristemente, o catolici smo rom an o é o único cristianismo que
a maioria das pessoas do mundo já conheceram. Poucos foram
advertidos de que sempre houve milhões de verdadeiros segui
dores de Crist o que n ão fazem parte da Igr eja Catól ica Romana,

ou que esses
Sugerimos vermilhões de cristãos
mais docum sofreram
entos naslivmãos
em nosso ro de Roma. M onta
A Mulher
da na Besta.
Devem os lem brar do abo rígine a que m foi da da a escolh a de
morrer nas chamas ou converter-se ao cristianismo e ir para o
céu. Ele indagou quem o estaria ameaçando, já que o céu era
inabitado por pessoas como aquelas. Quando lhe foi dito que
aquelas pessoas eram as únicas que poderiam alcançar o céu,
declarou que preferia mo rrer do que ir pa ra lá !

O Deus do Antigo Testamento É Não-cristão?


Questão: Li recentemen te a reedi ção de u m liv ro antigo que
contava a história que, em minha opinião, deve abalar a "fé" de
todo cristão: "Uma mãe estava conversando com sua filhinha
sobre a morte dos amalequitas. Ela explicou que naquela época
os inimigos eram mortos, mas a revelação era progressiva, e Je
sus nos disse que devemos amar nossos inimigos e fazer o bem
pa ra ele s, que maliciosamente nos usam. Am en inin ha diss e: 'Agora,
eu entendo: essa época f oi antes de D eus se t orna r u m cris tão! '"
Parec e-me que a Bíblia ap rese nta do is Deuses : o Deus guerre iro e
vingativo do Antigo Testamento e o divino Pai compassivo,
perdoador e amoroso do Novo, que foi apresentado por Cristo.
Com o você po de conci lia r os dois "Deu ses"?
Re s po s ta : Novam ente, temos um a antiga ob jeção que é fun da 
me ntad a em um a séria incompreensão da Bí blia. O Deus do Anti go
Test ament o é tão miseri cordio so qu anto o Deus do N ovo Testa men
to. Obviam
tamento ente, eles
deixam sã que
cla ro o u Deus
m e onão
mesmo.
sent Os profetasem
ia prazer dosub
A ntigo
meterTjules
gam ento sobr e os pecadores. O livro de Salmos es tá repleto de lo u
vores a Deus por sua misericórdi a, bond ade , graça e a mor. Em cada
um do s 26 versículos do salmo 136 é dec larad o sobre Deus que "su a
E 251
benignida de é para sem pre". Observe est es poucos exemplos den 
tre o s muitos m ais que p od eri am ser f ornecid os:

Mas eu confi o na tua ben ignidade ; na tua salv ação, m eu co


ração se alegrará (SI 13.5).
Certamen te que a bon dad e e a mi seri córdia me seguirão to 
dos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por
lon go s d ias (SI 23.6).
Tod as as veredas do Senhor são miser icórdi a e verd ade para
aqueles que guardam o seu concerto e os seus testemunhos
(SI 25.10).
... confi o na misericórdia de De us par a sem pre, eterna me nte
(SI 52.8).
Poi s tu, Se nhor , és bom , e pronto a perdo ar, e abu nd an te em
benignidade para com todos os que te invocam. [...] Mas tu, Se
nhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, e sofredor, e
gra nd e em ben ign idad e e em ve rda de (SI 86.5,15).
Por qu e o Senhor é bom , e eterna, a sua misericórd ia; e a sua
ve rd ad e es tend e-se d e gera ção a gera ção (SI 100.5).
Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande
em benignidade (SI 103.8).

É instrutivo ir ao monte Sinai, onde Deus se revelou ao seu


po vo Israel e intim am en te a Mo isés. Fo i lá que D eus falou a Moisés
sobre a lei para seu povo do meio do fogo e fumaça no topo do
monte, qu e treme u em su a presença. Foi um a cena t errif icant e qu an 
do Deus, na base do monte, também executou severas punições
sobre aqueles que se voltaram à idolatria e imoralidade mesmo
enq ua nto Moisés estava no Sinai f alando com El e.
Mesmo no meio daquela revelação assustadora de seu po
der, majestade e justiça, Deus se revelou misericordioso e
longânimo. Moisés pe diu a Deus que se r evelasse a e le e voltou
ao monte para encontrá-lo. Eis aqui como Deus se revelou a
Moisés nessa ocasião:
E o Senhor d esceu n um a nu ve m e se pôs ali junto a ele; e ele
apreg oou o nom e do Sen hor . Passand o, pois , o Senhor peran te a
sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedo
so, tardio em ira s e grand e em beneficênci a e verdade; q ue g ua r
da a beneficência em milhares; que perd oa a iniqü idad e, e a trans
gressã o, e o pec ado ; qu e ao cu lpad o... (Ex 34.5-7)

Da mesma maneira que Cristo apresentou Deus como um


Pai amoroso, El e não po de ria fazer o Deus am oroso e misericor
dioso mais cla ro do q ue já t inha sido apre senta do no Antigo Te s
tamento. A lém disso, das 5 4 vezes em q ue o infer no é men ciona 
do em toda a Bíblia, a maioria ocorre no Novo Testamento. O
pró prio Cristo repetid am ente , nos Evangelhos, alertou dezessete
vezes em relaç ão ao inferno e ao julgam ento por vir.

E a Respeito da Destruição de Nações Inteiras?


Questão: Deus disse a Israel para limpar completamente as
cida des a fi m de que “cois a algu ma que [tenh a] fôlego [f osse dei
xada] com v id a" (Dt 20.16,17). Qua l é a justificação poss ível p ar a
uma carnificina indiscriminada como essa?
Essa é uma questão difícil — não só porque se
R e s p o s ta :
refere a adultos, mas também, às crianças. Esse também era o
cas o com Sodo ma e Gom orra (Gn 1 3.13). Q ua nd o essas cidad es
foram de struíd as pelo fogo (ainda hoje em pa rte de Israel pode-
se ver evidências disso), os bebês e crianças também foram
destruídos.
Entretanto, que o desejo de Deus não era destruir esses po
vos ficou claro mediante sua afirmação a Abraão quando, pro
me tendo-lh e a terra de Canaã, di sse : "A m ed ida da inju sti ça dos
amorreus não está ainda cheia" (Gn 15.16). Isso nos mostra que,
naquele momento, Deus consider ava que a maldad e do povo ain
da n ão era gr an de p ara justifi car seu extermínio. Tal vez, com esse
entendimento, possamos confiar que quando Deus os destruiu,
inclusi ve as c rian ças, já não hav ia outra ma neira de limp ar aq ue
la regiã o terrivelmente corrompida .
Não devem os esquecer de que Deus havia sido pacient e por
mais de 400 anos com a maldade daquele povo que aumentava
cada vez mais. Por fim, Ele teve de destruí-los para o bem do
25 3
restante da raça humana. Podemos estar certos de que isso foi
feito com relutância. Deus nos assegura:
Dize -lh es? Vi vo eu, diz o Senhor Jeov á, que n ão tenh o pr aze r
na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu cami
nho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus cami
nhos; po is po r q ue razã o mo rrereis, ó casa de Israel? (E z 33.11)
Também sabem os que Deus não foi arbit rário; E le cond uziu -
se com m ão serena. O julgame nto sobre essas nações tinha de ser
um exem plo para Isr ael , poré m eles não se acau telaram com iss o.
Conseq üentemen te, Deus fo i obri gado a executa r um julgam en
to similar me sm o sobre seu povo escol hido .
Não podem os entender de fo rma plena a s everidade de seu
julgamento, em especial em relação às crianças, que não eram
mora lmen te resp onsávei s; contudo, é muito provável que aq ue
las crianças, em virtude da moral pecaminosa da sociedade em
que foram concebidas, est ivessem toda s infectadas pela moléstia
mortal . N ão podem os saber t odos o s det alhes, mas pode m os pe
dir permissão a Deus sobre o que não e ntendem os totalmente, e
apoiarmo-nos nesta confidência de Abraão: "Não faria justiça o
Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25)
Não ousamos questionar o direito de Deus de fazer julga
me nto q uan do Ele jul ga que deve. Porquanto, aqueles que m or
reram antes de ter idade para intencionalmente rejeitar a Deus,
foram salvo s, sabemos que essa clemênci a foi este ndid a tam bém
às crianças de Canaã.

Feliz em Destruir Bebês?


Questão: Este é um versícul o do Antigo Testamento que nu n 
ca consegu ir conc iliar com min ha crença em D eus e que, além d is
so, pertu rbou -m e po r ano s: "Fel iz aquele que pega r em teus fil hos
e der com eles nas pedras!" (SI 137.9) Deus está dizendo a Israel
que fique feliz por destruir bebês inocentes? Um pregador disse
que aqueles pagãos estavam tão i nteiramente possuídos pelo de
mônio que mesmo os bebês tinham de ser mortos. Decerto, Deus
pod eria resgatar os bebês do dem ônio s em ter de mat á-los!
Ao contrári o, Deus nã o está dize ndo a Is rae l para
R e sp o sta :
que esmague a cabeça das crianças contra a rocha. De toda ma
neira, Ele não está falando com Israel. Ele está pronunciando o
julgamento sobre a Babilônia por seu grande pecado de não de
monstrar misericórdia quando destruiu Jerusalém e por ter tor
nado os judeus cativos. Eis aqui o Deus disse:
Ah! Filha da Babilônia, que vais ser assolada! Feliz aquele
que te retribuir consoante nos fizeste a nós!
Feliz aquele qu e pe gar e m teus filho s e der com eles nas p e
dras (SI 137.8,9)!

Essa é a profecia em que Deus alertou a Babilônia de que


seria tratada da mesma maneira como tratou Israel, de que ela
seria destruída de maneira cruel como havia destruído outras
nações. Estava chegando o dia em que um inimigo (outro que
não Israel) se regozijaria com seu triunfo sobre a Babilônia, um
inimigo que fica ria feli z com a carnifi cina. N ão foi Isr ael que de s
truiu a Babilônia.

Por que Deus simplesmente


não Aboliu a Doença e a Morte?
Questão: Independentemente de qualquer ceticismo em re

lação à existência
curas que sup ostam de milagres, tenho
ente Cri sto efet problemas em relação
uou enq uanto est eveàs
na terr a.
Alguns relat os parecem tão h onestos enqu anto outros dão margem
a questionamentos. Por exemplo, a "cura" não pareceu funcio
nar p ara um ho m em e teve d e ser fei ta novam ente (Mc 8.22-25).
Isso di ficil mente deixa parecer que C rist o era D eus na carn e. Além
disso , se E le po dia realm ente cur ar, po r que Ele não cu rou todos?
Melhor ainda, s e Deus de f ato ama toda a hum an idad e, por que
não acaba completamente com a doença e o sofrimento?

R es p o sta : Você se refere àquele h om em que, dep ois d e Jes us


tocar seus olhos e perguntar-lhe o que via, disse: "Vejo os ho
me ns, pois os v ejo como árvores que an da m " (Mc 8.22-25). A ex
pressão "árvores que anda m " parece se r a razão para o segundo
toq ue d e Cri sto: a visão do cego estava restau rada , poré m ele não
255

entendia o que via. Por ser cego de nascimento, ele nunca tinha
vis to nem um hom em n em um a árvore , portanto estava c onf uso .
Com o segundo toque, ao que parece, Cristo curou sua mente;
então ele entendeu o que via. Independente da explicação, esse
fato dificilmente lança dúvida sobre o poder de cura de Cristo,
em vista
vra dEl edos
foi outros m te ilhares
o bastan de casos
não a pena s pa raem q ue, mas
curar o toque ou ressusci
p ara a pa la
tar o morto.
Em rel ação à razão p or que Cristo não aboliu de todo a do en 
ça, a resposta, lógica e biblicamente, é bastante clara. Primeiro, a
doença, o sofrimento e a morte são conseqüências do pecado. En
quanto a hum anid ade continuar vivendo em r ebel ião pecaminosa
contra Deus, a doença vigorará. Aqueles que Cristo curou ficar am
doen tes o utra vez, e is so tam bém aconteceria h oje.
Além disso, se Deus agisse dessa maneira insensata, curan
do con tinuam ente os pecadores, El e tiraria todo o i ncentivo para
que esses s e arrepen dessem . Você gostaria que Deus tivesse m an 
tido Hitl er vi vo, sem j ulgamento, para que ele pud esse dar conti
nuid ad e a sua maldade? Acho que nã o. Portanto, onde traçarí a
mos a li nha que divid e entre os que Deus de veria sem pre curar e
aqueles que não? Não existe tal separação, como todos sabemos
e a Bíblia diz: "Porque todos pecaram e destit uídos estão da gló
ria de Deus" (Rm 3.23; grifo do autor).
Além disso, aqueles que Cristo ressuscitou da m orte, tal como
Láz aro , m orreram de nov o. D eus em sua j ust iça decretou que "o
salári o do pe cado é a mo rte" (Rm 6.23), e en qu anto o pec ado con
tinuar na terra, as pessoas continuarão a morrer. Se Deus impe
disse a morte, estaria removendo injustamente a penalidade
exigi da p or sua ju sti ça. Além disso , isso perpe tua ria a exi stên cia
da humanidade em seu corpo corruptível e neste mundo mal.
Deus tem algo melhor em mente: a ressurreição do corpo para a
imo rtalidade e o êxtase eterno em u m novo universo que El e criará
e onde o pecado nunc a entrará .

nov aApenas
c riaturaàqueles que,Crist
em Jesus pela fé
o (2emCoCristo, se tornaram
5 .17) será umah abita r
pe rm itido
no novo universo de alegri a. A salvação eterna de Deus é ofere
cida e está acessível a todos. Recebê-la é uma escolha que cada
pessoa deve fazer.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arreba tados juntam ente com ele s nas nuvens, a encontrar o Senho r nos
ares, e assim estar emos semp re com o Se nhor.
— 1 T es s nl oni ce ns es 4 .1 6 , 1 7

E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro


da sua boca e aniquilará pelo esplen dor da sua vinda;
— 2 Tessalonicenses 2.8

E vi o céu aberto, e ei s um cavalo branco. O que es tava asse ntad o sobre


ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. [...] E vi a

besta,leeque
àque os reis da terra,
e stava asseentad
os seus exércitos
o sobre reunidos,
o cavalo e ao seupara fazerem
exércit o. Eguerra
a besta fo i
presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que
enga nou os que receberam o si nal da best a e ado rara m a sua ima gem.
Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.
— A p ocn lips e 1 9 . 1 1 ,1 9 ,2 0
í f M ARREBATAMENTO"
E UM A “SEGUNDA VIN DA?

A Igreja não Enfrenta o Anticristo?

Questão: Como poderia ser mais claro o fato de que a Igreja


enfrentará o Anticristo? Paulo disse: "Ninguém, de maneira al
guma, vos engane, porqu e não será assi m sem que antes venha a
apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdi
ção" (2 Ts 2.3).

R e s po s ta : Paulo afirma especificamente que a apostasia acon


tece primeiro, mas não que o aparecimento do Anticristo acontece
primeiro. Na verdade, ele está realmente nos dizendo que o
Anticri sto será revelado dep ois q ue esse dia chegar — na rea lida
de, naquele dia. Ilustrarei com um simples exemplo: "O domingo
não chegará a não ser que o sábado chegue antes, e teremos um
gran de jan tar. Agora você já sabe o que im ped e esse j antar d e aco n
tecer, e isto não ac ontecerá até qu e esse obstác ulo sej a rem ovido" .

Ficouente,
Obviam claroo indiv
que o íduo
sábado
poacontecerá primeiro,
de ficar confuso s e onão o jantar.
jantar acontece
rá no sábado ou domingo, pois isso não ficou totalmente claro.
Entretanto, quando o indivíduo toma conhecimento do que im
ped e a real iza ção do jant ar e que ess e im pedim ento não p ode rá
ser remov ido antes da m eia-noite de sábado, ele sabe que o jan
tar se realizará no dom ingo.
Paulo prossegue com sua argum entação e afi rma que alguém
está imp ed ind o a manifestação do Ant icri sto, e que est e não po de 


queserdomanifestado, pois "somente
meio seja tirado" há Aquele
(2 Ts 2.7). um que,que
agora, resiste
obstrui até
é eterno,
pois im pe diu que o Anticristo assumisse o co ntrol e nestes dois m il
anos. Apenas Deus é eterno; e apenas Ele é poderoso o suficiente
pa ra prevenir Sat anás de emp ossar seu home m como governante
mundial. O Espírito Santo, entretanto, não pode ser tirado "do
meio", pois Ele é onipresente. Portanto, o que Paulo quis dizer?

A Presença Única e Retardadora


H á um lugar em que o Es pírit o Santo habita desd e o Pent ecos-
tes, qua nd o foi envia do à terr a. O Espírito Sa nto estava com os san 
tos do Antigo Testamento, como uma unção que estava sobre eles.
Aque la presença, no entanto, pode ria ser reti rada. Antes do Pent e-
cost es, o Espírito Santo nã o hab itav a no inte rior dos crentes, como
um a presença perm anente, que jamais o s abandonaria. Esse lo cal
de habitação é exclusivo da igreja, fato que fica claro em muitos
textos das Escrituras. Essa nova presença, que era desconhecida
antes do Pentecostes, pode apenas ser retirada com a remoção da
Igre ja — aque les nos quais o Espírito Santo habit a.
Davi orou: "N ão retires d e m im o teu E spírito Santo " (SI 51.11),
uma oração que seria totalmente desprovida de significado hoje
e refletiria uma indesculpável descrença. Cristo, ao se referir ao
Espírito Santo, disse a seus discípulos: "O Espírito da verdade
[...] vós o conheceis, po rqu e h abita convosco e estará em vós" (Jo
14.17). João nos diz que, enquanto Cristo ainda estava na terra,
"o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter
sido glorificado" (Jo 7.39). Depois de Jesus ser glorificado, Ele
env iou o Espírito Santo " da pa rte do Pai" (Jo 15.26) par a que este ,
de um a forma totalmente nova e ainda desconhecida até aquele
momento, ficasse com sua Igreja.
E essa presença singular do Espírito Santo na Igreja que será
remov ida no arrebatamen to, o que permitirá a manifes tação do
L \: " A sr V ;n: V ’ 259

Anticristo, cujas rédeas ficarão livres para governar o mundo.


Obv iamen te, o Espírit o Sant o, por ser onipresente, perm anec erá
na terra para convencer os pecadores da verdade do evangelho
com a finalidade de ganhar multidões de pessoas para Cristo
du ran te o período da tribul ação. Est es serão os santos da tri bula-
ção, os quais serão martirizados por sua fé.

Uma "Teoria Escapável" Não-bíblica?


Questão: Em minha opinião, é um engano imaginar que a
Igr eja será levad a ao céu antes d a m anifestação do Anticrist o e a
tomada de poder deste, como também é um engano conceber o
iní cio do pe ríodo de sete anos, conforme profetizado. Cristo dis
se que sofreríamos por sua causa. O ensinam ento sobre o arreb a
tamentopara
bíblico pré-tribulacionista
o so fri mento .parece
Por queoferecer um escapismo
um determ não- to da
inado segmen
Igr eja seri a perm itido escapar deste sofrimento?

Em que local está escrito que a tribulação do


R e s p o s ta :
Anticri sto está reserva da pa ra u m a fraç ão da Igrej a que estar ia viva
qu an do o Anticristo t om ar o poder? E po r que se exig iria que u m
certo segmento da Igreja enfrentasse o sofrimento nas mãos do
Anticristo, algo que nenhum outro cristão experimentaria?
Obviamente, poderia acontecer. Distintos segmentos da
Igreja, de pe nd enisso
do do m om ento e do loc al em que os fat os histó 
ricos aconteceram, sofreram tribulações e perseguições, que va
riavam qua nto ao ti po e à intensidade . Os crentes norte-america-
nos, por exemplo, j amais (pel o men os até o mom ento) foram cha
mados a enfrentar os horrores daqueles que, por séculos, foram
torturados e mortos pela Inquisição. Tampouco, aqueles que fo
ram queimados nas estacas enfrentaram os anos de aprisiona-
me nto e mo rte lenta de milhões de pessoas, em conseqüênc ia dos

trabalhos
ou forçados
Mao. Mas o quee da fome, diz
a Bíblia queasobreviveram a Stalin,
respe ito d a Igrej a e doHitler
Anticristo?
Nas Escritura s há muita s afirmações evidentes de qu e a Ig reja
não estará na terra quando o Anticristo tomar o poder. Antes de
tudo, a Ig reja Primiti va, inqu estionave lmente, vivia na expect ati -
260

va do aparecimento iminente de Cristo: "donde [dos céus] tam


bém esperamos o Salvador" (Fp 3.20; grifo do autor); "como [...] vos
convertestes a Deus [...] e esperar dos céus a seu Filho, a quem res
suscitou dos mortos, a saber, Jesus, que no s livra da ira fut ur a (1 Ts
1.9,10; grifo Senhor
do autor); aguardando [...] o aparecimento da glória
" Cristo"
do [...] nosso Jesus (Tt 2.13; grifo do autor); "assim
tam bém Cristo [ ...] aparecerá se gu nd a vez, sem pecado, aos que o
esperam para a salvação" (Hb 9.28; grifo do autor).
Essa expectativa de seu retorno iminente foi pela primeira
vez ensinad a por Cris to, que tam bém assoc iou ao mal qualquer
atraso em sua vinda:
Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas
candeias. E sede vós semelhantes aos hom ens que esp eram o seu
senhor, [...] quando
tanto, estai vós tam vier
béme bater, logo possam
apercebidos; porqu abrir-lhe.
e virá o F[...]ilho
Por
do H o
mem à hora que não imaginais (Lc 12.35,36, 40).
Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor
tarde virá (Mt 24.48).

Se Crist o não fos se arreba tar su a Igr eja aos céus antes do p e
ríodo de tribulação, então E le não po de ria ser espera do até que o
fim chegasse. Nesse caso, não haveria esperanças para a vinda
ou aparecimento de Cristo, a não ser depois do término desse
perío do de sete anos d e tribulaçõ es, e Jerusalém estives se cerca
da pelos exércitos do mundo, e Cristo tivesse de intervir para
interromper a matança. Apenas nesse momento, Cristo poderia
voltar. Portanto, se assim fosse, hoje ninguém ficaria olhando e
espe rando por seu aparecimento, e muito m enos iss o acont ecer ia
no primeiro século. Essa linguagem, que traduzia essa espera,
não teria sido, de forma alguma, utilizada no Novo Testamento.
Isso nã o faria sentido.
Também fica claro que, antes da Segunda Vinda de Cristo, no
Ar mage dom , a Ig reja já estará no céu. Lemos em Apocalipse 19.7,8:
"Vindas são as boda s d o Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E
foi-lhe da do que se vesti sse de linho fi no, pur o e resplandecente".
Esse cas am ento entre C risto e a I greja acontece nos céus, enquanto
o An tic ris to está no comando da ter ra. Certame nte, a Igr eja não pod e-
L'.v. A RR Se . r . s ? a V ; s ? ^ 26y
ria estar em dois lugares ao mesmo tempo: na terra, para morrer
em con seqüên cia da tirania do Anticris to, e, ao me sm o tem po, nos
céus, onde particip a do casa me nto do Cordeir o.

Os '"Santos" Vieram dos Céus para


Execu tar o Julgam ent o
A Seg unda Vinda de Cristo em po de r e glóri a para des truir o
Anticristo é descrita no fim do capítulo 19 de Apocalipse (como
em 2 Ts 2.8), onde lemos: "E seguiam-no os exércitos que há no
céu em [...] vestid os de lin ho fino, bran co e pu ro " (v. 14). Essa é a
vestimenta da Noiva de Cristo, a Igreja. Portanto, deve ser ela
quem o acompanha para o cumprimento da promessa de que
um dia encontraremos "o Senhor nos are s, e assim estaremos sem
pre com o Senhor " (1 Ts 4.17; grifo do au tor ). E ssa co nc lus ão é co n
firmad a pela declaração de Paulo, a sab er, que "os santos hão de
julgar o m und o" (1 Co 6.2), como tam bém a afirmação de que os
santos executa rão a "vingança das nações" e darão "repreens ões
aos povos'' (SI 149.7).
Em outros trechos das Escrituras, temos a confirmação de
que os santos virão com Cristo do céu para e xecutar o julga m en 
to. Como está escrito: "E destes profetizou também Enoque, o
sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com
milhares d e seus san tos" (Jd 14). A expressão "milhare s" apena s
significa inumeráveis pessoas. Em Daniel também está escrito:
"... e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo" (Dn 7.18,22).
Aqueles "vestidos de linho fino, branco e puro", os quais
ac om pan ha m o Cris to, sã o os santos . Aqui há mais evidências de
que "os exér citos que há n o céu " é a Igreja. Em todo o Nov o Tes 
tamento, aqueles que estão na Igreja são, de forma consistente
intitulados de "santos": "... aos teus santos em Jerusalém" (At
9.13); "... veio também aos santos que habitavam em Lida" (At
9.32); "A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chama
dos santo s" (Rm
santificados 1.7); "A
em Cristo Jesigrus,ejacham
de Deu s qu
ad os e está
santo s"em
(1 C
Coorinto, aos
1. 2); "Aos
santo s que estão em Éíeso" (Ef 1.1), e assim p or diante.
Aqueles que verdadeiram ente conhecem a Deus s ão cham a
dos de santos também no Antigo Testamento: "Digo aos santos
que estão na terra" (SI 16.3); "Co ngre gai os m eus santos, a queles
que fizeram comigo um concerto com sacrifícios" (SI 50.5); "Pre
ciosa é à vista d o Se nhor a mor te d os seus san tos" (SI 116.15); "O
Deus, as nações [...] reduziram Jerusalém a montões de pedras.
De
e a ram
carn os cadáveres
e do dostos,
s teu s san teusàsservos por com
alim ária ida(SI
s da terr a" às 79.1,2).
aves dosAssim,
céu s
fica cla ro que ele s tam bém estarão nos exérci tos que aco m pan ha 
rão Cristo qu an do Ele vi er do s céu s.
Na ve rdade , Zacarias nos diz que, qu an do Cristo volt ar à terra
para resgatar I srael, em meio à batalha do Armagedom : "E, na 
quele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras" e Ele
trará "todos os sa nto s [consigo]" (Zc 1 4.4,5; grifo do autor). O bv i
amente, a alma e o espírito dos santos que já morreram foram
levados instantaneam ente para o c éu no mom ento da morte , pron 
tos pa ra a ressurreição de seus cor pos. Obviam ente, os ex érc itos
dos céus não são espíritos sem corpos, mas pessoas inte iras, em
seu corpo im ortal de glóri a, o que indica que a ressurrei ção deve
acontecer antes desse evento .
O arrebatamento, portanto, já deve ter ocorrido, por duas
raz ões . Primeiro Paulo nos assegura de que o arrebatam ento acon
tece simultaneamente com a ressurreição. Segundo, para que todos
os sant os ac om panh em Jesus Cr ist o qu and o El e vier do céu para
executar o julgam ento j á terão alcançado o céu com corpos tra ns
formados de glória. Aqui, temos mais evidências de que o arre
batam ento é um evento se parad o e anterior à Segund a Vi nda de
Cri sto, como tam bém serv e de forte evid ência do arrebatamento
da Igreja pré-tribulacionista.

Quem São os "Santos" que o Anticristo Matará?


Questão: Ap ocalips e 13.7 diz que o Anticristo recebeu au to
ridade (que só pod eria ser proveniente de Deus) para "fazer guer
ra aos santos e vencê-los". Isso não é uma prova de que a Igreja
enfrenta o Anticristo e passa pela tribulação? Se esse não for o
cas o, que m são os santos que o Anticris to ma tará?
R e s p o s ta : Cristo prometeu que "as portas do inferno não
prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Certamente, o inferno pre-
U m "A r r Se c a nzv , V ín - a "3 26 3
valeceria se o Anticristo, que é apo iad o po r Satanás e dele recebe
seu poder (Ap 13.4), pudesse "fazer guerra aos santos e vencê-
los". Ist o signi ficar ia que o arreba tam ento pós-tribulacionista se
ria praticam ente u m não-eve nto, pois quase não ha veria cris tãos
vivos para serem arrebatados. No entanto, a impressão é de que
multidões dos que fi caram "vivos" serã o arrebatados "juntamente
com eles nas nuvens" (1 Ts 4.17).
Portant o, e is aqui uma outra razão para conclui r que du ra n
te a tribulaçã o a Ig reja já estará no céu em seu corp o ressus citad o
e /o u glori ficado como o corpo de Cr ist o. O evangelho, no en tan 
to, por cerca de três anos e meio , aind a será pre ga do n a terra, nas
ruas de Jerusalém, por du as teste mu nha s, pelos 1 44 mil evang e
listas judeus, como tamb ém por mu itas outras pes soas. As almas
ainda serão salvas por meio da pregação do evangelho.
Aqueles que, antes do arrebatamento, escutaram o evange
lho e o rejeitaram não têm chance de serem salvos. Ao contrário,
eles receberam uma grande "mentira, para que sejam julgados
todos os que não creram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Multidões,
entretanto, que jamais escutaram o evangelho nem o rejeitaram
são salv as e pag am po r su a fé com su a vida. "E foi- lhe concedido
que desse espírito à imagem da besta, para que também a ima
gem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que
não ado rass em a ima gem da besta" (Ap 13 .15).

E quanto à Ressurreição e ao Arrebatamento


para os Santos da Tribulação?
E quanto ao santos da tribulação? Como eles vão
Questão:
pa ra o céu? E les terão seu pró prio arrebatam ento?
Praticam ente todos os santos da tri bulação, se não
Pergunta:
todos eles, serão mortos pelo Anticristo e seus seguidores: "Vi

debaixode
palavra doDeus
altareas por
almas
amdos quetestemu
or do foram mortos porderam.
nho que amor Eda clama
vam com grande voz, dizendo: At é qua ndo, ó verdad eiro e sa nto
Dom inador, não j ulgas e vingas o nosso san gue dos que hab itam
sobre a terra?" (Ap 6.9,10)
264

Está escrito que o espírito desencarnado dos mártires deve


esperar “ainda um pouco de tempo, at é que também se com ple
tasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de
ser mo rto s com o eles fora m" (v. 11). Clara me nte, o Antic risto co n
tinuará a matar,o.até
sam a adorá-l o fim
Fi ca do Armagedom,
igualm aqueles
ente cla ro que nen huque
m se recu
deles se rá res
suscitado individualmente enquanto são martirizados, mas to
dos juntos serão ressuscitados no fim do períod o da tri bulaçã o.
Portanto, o s mártir es da tribul ação "que foram de golados pelo
testem unho de J esu s e pela palavra de Deus, e que não ad oraram
a besta ne m a sua imagem , e não receberam o sin al na test a nem
na mão" (Ap 20.4) ressuscitam juntos, como um grupo. Eles rei
narã o com Cristo no m om ento em que o Anticrist o fo r derrotado,

egove
Cristo,
rno de Jerusalém,
terreno . tomará o trono de Davi para iniciar seu

A Ressurreição não Ocor re no Últ imo Dia ?


Questão: Cristo, quando falou da ressurreição daqueles que
acred itam nEl e, disse que Ele os ressuscitará "no último D ia" (Jo
6.40,44,54). Apo calipse 20.4,5 não no s ensina qu e "a p rim eira res
surreição" acontece depois da batalha do Arm age dom , e isso não

po
comdeesses
ria sertextos,
o quecomo
Cristoalguém
quis dizer
podeporaceitar
" último Dia"! De
a ressurreição (e acordo
o
arrebatam ento qu e a acom panha) no iní cio da gran de tribu laç ão?
R esp o sta :Tampouco o arrebatamento pós-tribulação poderia
ser "no último Dia", se essa expressão se refe rir a um perío do de
24 horas, pois após esse fat o há u m milênio int eiro de dias subse
qüentes. O que "primeira ressurreição" e "último Dia" realmente
signif icam? A resposta po de ser encon trada n o context o de tod a a
Escrit ura. Em Joã o 5.28,29, Jesus falou de du as ressurreições: “Por
que vem a hora em que todos os que est ão nos sepulc ros ouvirão a
sua voz. E o s que fizeram o bem sairão para a ressurrei ção d a vida ;
e os que fize ram o mal, para a ressurreição da condenação". É cla
ro que tudo isso não acontece na mesma “hora", pois a ressurrei
ção do iníquo não acontece até o fim do milênio.
'bE. . Y;> 265
É verdade, o texto diz que a ressurreição depois do Armage
do m é daque les que foram m artirizad os pelo Anti cri sto: "Est a é a
prim eira re ssurreição" (Ap 20.5). Ob viame nte, essa não po de ser
toda a "p rimeira ressurreição", ou We sley, Spu rgeon e até me sm o
Paulo (embora tenha sido martirizado, não foi morto pelo Anti
cris to) jamais re ssuscitarão, pois a única ressurreiç ão que no s resta
é aquela descrita nos versículos 12 a 15. Como veremos abaixo,
aquel es que ressu scit arão naquele m om ento serão julgados e envi
ado s ao lago de fogo . E quan to a Abraão, Moisés, Daniel e milhõe s
de outros santos, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento,
que viv eram e mo rrera m antes que o Anticri sto entrasse em cen a?
Assim, só é possív el chega r à conclus ão de q ue a afirmação: "Esta
é a primeira ressurreição", significa que este é parte da ressurreição,
assim como conclui a ressurreição que aconteceu no arrebatamento. Por

conseguinte, esses mártires ta mbém são parte d a Ig reja.


Que o arre bata mento e a ressurreição, descritos em 1 Coríntios
15.50-52 e 1 Tessalon icenses 4.1 3-17, aconte ce an tes d a re ss urr ei
ção e dos mártires da tribulação fica claro pelo fato de que, em
Apo calipse 19.7, temos a Igreja no céu, como a No iva d e Cristo
nas " bodas do C ordeiro" (grifo do autor) — e não "à ce ia das bo
das do Cordeiro" (v. 9), que acontece posteriormente na terra,
qua ndo Crist o apresenta sua n oiva àquel es que viverem o milê
nio. A Noiva de Cristo, composta dos santos de todas as épocas
até
céuaquele m sto
c om Cri omeento (confor
o acom panhme veremos),
a no já ressuscitou
Arma gedom , confor eme
está
declano
ram Zacarias 14.5 e Judas 14.

A "Segunda" Ressurreição É para a Condenação


Visto que aqueles mar tirizados d ura nte a tribulação serão res
suscitados depois que o Anticristo for lançado vivo "no ardente
lago de fogo e de enxofre" (Ap 19.20) e Cristo estiver reinando

sobre
na a terr
terra, a, an
pelos ele sjos
não(c serão arrebatad
om o rem anesce os
ntepavivo
ra odos
céuj , ude
ma susreunidos,
que a in
da não e stão em Israe l) na pre senç a do Senhor: "E , logo dep ois da
aflição daquele s d ias [...] apare cerá no céu o sinal do Filho do H o
me m [...] e verão o Fil ho do H om em vindo sobre a s nuve ns do céu,
266
com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo
clamor de trombeta, os quais ajuntarão [em Jerusalém] os seus es
colhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos
céus" (Mt 24.29-31; grifo do autor).
A única
mil anos maisressurre
tarde e ição
serádep ois que
aquela de Ap ocalips
Cristo denoe 20.4,5
m inouacontecerá
de " res
surreição da condenação" (Jo 5.29). Aqueles que, nesse momen
to, forem ressuscitados ainda são descritos como os que estão
"mortos em ofens as e pec ad os " (Ef 2.1; Cl 2.13; grifo do autor). "E
vi os mortos, grande s e pequen os, que estavam diante do tro no, e
abriram-se os livros. E abriu-se outro livro [...] e os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros" (Ap 20.12;
grifos do autor). Esse é o julgamento do grande trono branco,

o(Ap 20.11) que julg


arrebatamento ará os perd"ante
comparecem ido s.o Qtribunal
ua nto de
aosCristo"
crist ãos,
(Rmlogo após
14.10; 2 Co 5.10).
Se a ressurreição dos crentes que viveram e morreram antes
da tribulação aconteceu sete anos antes, por que a ressurreição
daqueles que foram mortos pelo Anticristo, em Apocalipse 20
chama-se "a primeira ressurreição"? Obviamente, a intenção é
indicar q ue aqueles m ártires fazem pa rte da Igr eja, que j á ressus
citou. Diz-se, especificamente, que "serão sacerdotes de Deus e
de Cristo e reinarão com Ele mil anos" (Ap 20.6), como também
todos os santos de todas as épocas: "sobre dez cidades terás a
autoridade" (Lc 19.17); "E eu vos destino o Reino" (Lc 22.29);
"ta m bé m c om Ele rein arem os" (2 Tm 2.12).

O que Significa "Último Dia"?


E qu an to a Cristo ressuscitar todos os crentes do "ú ltimo Dia"?
Ess e "último Dia" não pod e ser um período de 2 4 hora s, d urante
o qual os mártires serão ressuscitados, pois no milênio há pelo
me nos m il anos de dias após esse evento. Ess a expressão ref ere-
se àquilo que em outros textos é chamado de "últimos dias" ou
"fim dos dias", expressões encontradas em toda a Bíblia para
designar os "últimos tempos". Por exemplo, Jó testifica: "Meu
Red entor vive , e que por fim se levantará sobre a terra" [...] "Vê-
L\: A rr e : n :.\ 'S í- ovnda Y ;n :v , ^ 267
lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos [...] o verão" (Jó 19.25,27).
"E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne
verei a Deus" (v. 26).
Certam ente Jó , que j á estará em seu sepulcro há milhares de
anos antes da vinda do Anticristo, não pode ser um dos que
será martirizado pelo Anticristo nem ressuscitará depois do
Arm agedom . N o entanto, el e anteci pa sua ressu rrei ção em u m
m om ento poster ior. O termo "último D ia" incl ui um p eríod o de
anos no fim da presente época, o qual levará à Segunda Vinda
de Cristo e, indubitavelmente, inclui a ressurreição pré-
tribulacionista e o arrebatamento dos santos como também o
Milênio.
Na verdade, o "último Dia" é uma a referência ao que é de
nominado de "dia do Senhor [JEOVÁ]" (Is 2.12; Jr 46.10; Ez 30.3;
J11.15;
Fp 1.10;etc.)
2 Tsou de Ele
2.2). "Diavedem[nosso
"co moSenhor
o ladrJesus]
ão de Cristo"
no ite" ,(1enCo
qu1.8;
an to os
ho men s ac ha m q ue estã o em "p az e se gu ra nç a" (1 Ts 5:2, 3) e, em
vez de e spera r o retorno de Cristo ou o julgam ento de Deus, j ac-
tam-s e de que "todas as co isas perman ecem como desde o prin
cípio da criação" (2 Pe 3.4). Esse "último Dia" deve também du
rar até o f ina l do milênio, at é a destruição do a ntigo unive rso e a
cria ção do novo, pois Pedro diz: "M as o Dia do Senhor virá como
o ladrão d e noite, no qua l os céus pas sa rão [...] a vin da do Dia de
Deus, em que
promessa, agu osardam
céus [...]
os se desfarão
novos céus e[...]nova
Mas terra,
nós, segundo a sua a a
em que habit
justiça" (2 Pe 3.10-13). P o rta n to , ta n to a ressu rre içã o pré-
tribulacionista no arrebatamento quanto a "primeira ressurrei
ção " pó s-Arm aged om daqueles m artirizados pelo Ant icr ist o ocor
rerão durante o período denom inado de "último Di a".

E quanto à Ascensão de Maomé ao Céu?


Questão:Os cri stãos afirmam que C rist o ascen deu ao céu do
monte das Oliveiras e retornará àquela localidade na "Segunda
Vin da" . Os m uçulma nos, de m odo similar, afi rmam que Maom é
ascen deu ao céu de J erusal ém. C omo os cris tãos pod em ter tanta
certeza de que Cristo ascendeu ao céu de Jerusalém (e para lá
26 8
retornará) e negar que a mesma coisa poderia acontecer com
Maomé? Há mais de um bilhão de muçulmanos que acreditam
na ascensão de Maomé. Isso não é suficiente?
R esp osta: Se a proposição é verdadeira ou falsa depende das
evid ênci as, não da quan tidad e de pessoa s que , indepen dentem ente
da lea ldad e a um a religi ão es pecí fica confessem qu e iss o é um pr in 
cípio de sua fé. E quando a fé, em vez de ser fundamentada em
evidências, é impo sta sob a c oerção do me do d a m orte — como é o
caso do islamismo — torna-s e m uito mais suspeita.
O islamismo, desde os primórdios, foi propagado pela espada.
A escolha era a conversão para o islamismo ou a morte. Obvia
mente, qualqu er "fé" que alguém deve ado tar a fim de escapar à
execução não é genuína. O islamismo, lamentavelmente, conti
nua a manter-se sob ame aças simil ares . Tal barba rism o odioso é
mais difí cil de ser im ping ido no m un do de ho je, em q ue a mídia
e várias agências de direitos humanos estão vigilantes. No en
tanto, ain da ocorre nos reg imes islâmicos, em vários loca is, como
a Nigéria e o Sudão, onde milhares de "infiéis" (i.e., não muçul
manos) foram, em anos recentes, mortos pelos muçulmanos. Eis
o que o Alco rão prescr eve e que um m uçulm ano devoto tem de
obedecer sempre que possível:
Mate os idólatras [aquel es que não ad ora m Al á] sempre que
você os encontrar e pegue-os (capture-os), e sitie-os e prepare
um a em bosca da pa ra el es. Se eles se arrepe nd erem e começarem
a adorar [i.e., converter-se ao islamismo] e pagar a obrigação ao
pobre [taxa], então deixe o caminho deles livre. Veja! Alá é
perdoador, misericordioso [para aqueles que se convertem ao
islamismo] [grifos do au tor],

O Alcorão, de form a coeren te com a idéia de forçar a con ver


são sob ameaça de morte, também exige que o islamismo seja
mantido da mesma maneira: "Se eles voltarem atrás (aos inimi
gos) [aba ndo nan do o islamismo], então pegue-os e mate-os onde
qu er que você os encontre..." (Sura 4.89; gri fos do autor) Em obe 
diênc ia ao Alc orã o, na Arábia Saudit a, qu alquer mu çulm ano que
se conv erter para qua lque r outra religi ão será morto. Ess e med o
da morte resultante de abandonar o Islã invalida o testemunho
U v. A r S k ;,:. Y ;\- a ^ 269
de todos os muçulmanos. O indivíduo pode jurar fidelidade a
qualquer coisa quando sofre essa ameaça.
Mesmo nos países que professam algum a liberdade de rel i
gião e con sciência, como a Turquia e o Egit o, e ond e a mort e nã o
é uma pena lidade leg al par a a convers ão, um convertido ao cr is
tianismo ainda pode ser ameaçado com a execução pela família
ou amigos. E essa ameaça é algumas vezes levada adiante até
mesmo na atualidade.

Não Há Evidência para a Suposta Ascensão de Maomé


Não há base histórica nem no Alcorão para a crença de que
Maom é fez um a jornada para o céu, partind o da rocha sob re a qua l
o Domo da Rocha foi construído. O islamismo afirma não haver
testemu
tado pelonhas p ara Há
Alcorão. ess eapenas
supostoumeven to, e , tampouco,
versículo no Alcorãoisso é susten
sobre o
qual esse artigo de fé repousa , m as esse versí culo não é nad a claro:
Glorificado seja aquele que carregar seu servo à noite do
Local I nviol ável de Ad oraçã o pa ra o Loc al de Adoraçã o distante
[al-Aqsa], a vizinhança que nós abençoamos, para que pudésse
mos mostrar a ele nossos testemunhos! Veja! ele, apenas ele é
aquele que ouv e e que vê (Sura 1 7.1).

Não há nad a sob re um caval o mágico nem sobr e a as censã o


ao céu. O "Local Inviolável de Adoração" obviamente é Meca,
mas Jerusalém, certamente, não pode ser o "Local Distante de
Adoração", conforme agora se afirma. Nunca foi um local de
adoração pa ra os muçu lmano s, nem jamais fo i considerado como
um local com qua lqu er significado religioso até que essa idéia f oi
inventada, muito recentemente, para justificar a desejada tomada
de Jerusalém pelos árabes. Na verdade, Jerusalém não é mencio
nada uma vez sequer em todo o Alco rão . P ortanto, como um a cida 
de que não foi me ncionada de forma ne nhu m a no Al cor ão, que
jamais foi recom endada como local de adoração por M aomé e
que não fo i uti lizada nem m esmo u m a vez como lo cal de ado ra
ção à época dele p od e ser identificada com o o "L ocal Distante de
Adoração" para o qual Maomé supostam ente via jou? Obvi amen-
27 0
u
te, isso não é possível. Sustentar essa ficção é um ultraje ao Alco
rão, ao islam ismo e à hist ória.
Além disso, Sura 17.1 é notável pela aus ência de ntre os versí
culos do Alcorão inscritos em árabe no interior desse majestoso

domo. al-Aqsa
como Esse fatonão
é prova
tinha suficiente
nem mesmo de sido
que imaginada
a idéia de quando
Jerusalém
o
Domo da Rocha foi construído, em 691 d.C. Por que, portanto,
devem os acreditar em um a histór ia que não tem bas e fac tua l? Não
há testemunhas desse suposto evento. Ele não é sustentado pelo
Alcorão nem é consistente com a história. Na verdade, a suposta
ascensã o de M aomé ao céu de Jerusa lém não é de forma alguma
essencial ao islamismo. Essa religião não precisa desse fato.

A Evidência para a Ascensão de Cristo


Em vivi do contra ste, há pelo menos onze testem unhas para
a ascensão de Cristo ao céu e, provavelmente, muito mais (At
1.9-11). Cristo previu sua ascensão (Jo 6.62; 20.17). Além disso,
esse evento e o que os anjos declararam na ocasião concordam
com as profecias do Antigo Testamento que dizem respeito ao
Messias retornar ao monte das Oliveiras com todos os seus san
tos para executar o julgam ento desta terra e est abelecer seu Re i
no (Zc 14.4,5; Jd 14). Além do mais, a ascensão de Cristo ao céu,
em um corpo ressurrecto e glorificado, é uma parte integral e
essencial da Bíblia sem a qual o cristianismo desmorona.
O verdadeiro cristianismo não é mantido nem imposto pela
força. Não há coer ção para tornar-se cr ist ão ne m pa ra p erm anec er
na fé. Aquilo em que o cristão acredita fundamenta-se na evidên
cia, consistente com o relato histórico apresentado na Bíblia. Há
mu ita razão p ara crer que Cri sto , de fato, ascende u ao céu do m onte
das Oliveir as exatamente como as testemu nha s oculares declaram,
e que Ele retorna rá àq uele loca l em su a Se gund a Vin da.
Entret anto, não há razão para cre r que Maom é ascend eu ao
céu da rocha do monte Templo. Na verdade, há muitas razões
para contestar essa alegação. Tampouco Maomé prometeu
retornar, nem poderia fazê-lo, uma vez que seus restos decom
postos estão em u m túm ulo e m M edina, que, até hoje, é visit ado
L'v, A r So : x ?a \ ' : x :'a '° 271

por devotos m uçulman os. O túm ulo de Crist o, no ent anto, est á
vazio, pois Ele ressusc itou ao terceir o dia.

O Arrebatamento e a Segunda Vinda


São dois Eventos Distintos?
Questão: Você distingue arrebatamento e Segunda Vinda
como s e fossem dois eventos separad os. Co mo po de ser que ain
da haja duas vindas de Cristo? Especificamente, em que trecho
do Novo Testamento isso está escrito?
Em que trecho especificamente do Antigo Testa
R e sp o s ta :
me nto está escr ito que ha verá duas vindas do Mess ias? Na verd a
de, não está. No entanto, todo cristão pré-milenarista (indepen
dentemente de abraçar a visão de que o arrebatamento será an
tes, du ran te ou dep ois da tribul ação) adm ite que Cristo veio um a
vez e que El e retornará, co nforme Ele prom eteu : "Virei outra ve z"
(Jo 14.3). Como, portanto, poderiam seus discípulos, ou os rabi
nos ou João B ati sta saber que hav eria du as v inda s do Messi as? E
claro que eles não sabiam.
A falha em perceber que haveria duas vindas foi motivo de
grande mal-entendido. Se os rabinos tivessem compreendido o
teste mu nho de João B atista, a sab er, que Cristo viera como o "Cor
deiro de Deus, qu e tira o pec ad o do m und o" (Jo 1.29) e de q ue Ele
precis a ser cru cific ado como os profetas pre viram , eles não teriam
zom bado de Cris to quan do Ele estava na cr uz. Tampouco sua cru
cificação levaria os discípulos a perder a fé. Que decepção deses
pe rad a ref lete-se nestas palavras: "E nós espe ráva mo s [mas agora
percebemos que estamos enganados] que fosse ele o que remisse
Israel ; mas , [...] é já hoje o terceiro di a d es de qu e essa s coisas aco n
teceram [i.e. Ele foi crucificado]" (Lc 24.21; grifo do autor). Os dis
cípul os es tavam tão c erto s de que Cristo viera para estabel ecer seu
Reino no trono de Davi que sua crucificação os deixou arrasados.

A Vinda do Me ssia s Está cl aramente Implícita


Embora o Antigo T estament o não af irme com m uitas p alavra s
que o Messias viria duas vezes é algo que está claramente implíci-
to. O indivíduo não poderia incluir em um fragmento de tempo
ou em um evento tudo o que os profetas disseram sobre a vinda
do Mess ias. Em Isa ías 53 é expressa um a contradição aparente que
não poderia ser reconciliada de uma outra forma a não ser pelas
duas vindas. Lemos: "E puseram a sua sepultura com os ímpios
[...], pr ol on ga rá os dias, [...]. Pelo que lhe dare i a par te de m uito s, e,
com os poder osos, repartirá el e o de spo jo; porqu anto derra m ou a
sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele
levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores interce
deu " (Is 53.9-12). N ing ué m po de m orrer e, ao mesm o tempo, p ro 
longa r seus di as. Tampouco po de rep artir os despoj os da vitória s e
fora morto pa ra alcançar essa vitória — a não ser que haja a ressu r
reição e a Segunda Vinda à terra.
Isaías declarou que "n ão haverá fim" p ara esse pri ncipad o e
paz e que Ele estará "sobre o trono de Davi [...] desde agora e
para sempre" (Is 9.7). Por outro lado, Isaías afirma claramente
qu e o Messias seria "c orta do d a terra d os viven tes" (53.8). Decer
to, ninguém poderia ser simultaneamente morto e reinar para
sempre. Ess e fato jamais foi afirma do de m ane ira explí cit a, mas
estava implícito.

O mesmo Acontece no Novo Testamento


Um evento e um fragmento de t em po não podem dizer tudo
que o Novo Testamento diz sobre o retorno de Cristo. Aparen
tes contradições sobejam, embora não possam ser harmoniza
das de nenhuma outra forma do que pelo reconhecimento de
que o retorno de Cristo envolve dois eventos separados, um
chamado de arrebatamento, e o outro, a Segunda Vinda. Por
exemplo, Cristo declarou que, quando chegar o tempo de sua
vinda, todos saberiam disso porque todos os sinais teriam sido
cumpridos: "Igualmente, quando virdes todas essas coisas [si
nais], sabei que ele [minha vinda] está próximo, às portas" (Mt
24.33; grifo do autor). Porém, momentos mais tarde Ele disse
simp lesm ente o opost o: "P orque o Fil ho do Hom em h á de vir à
ho ra em que n ão pe nse is" (v. 44) As condições sobre a terra não
L \ A R~ F.:'•> S: C'./ n :\\ Y ■;>
27 3
pod eriam ser aquel as em que todos saberiam que El e es tá pres
tes a retornar nela, mas, ao mesm o tem po as condições não po
deriam ser tais que jamais suspeitassem que Ele está prestes a
retornar. Essas condições contrárias não podem ocorrer simul
taneamente; el as i ndicam doi s eventos separado s em dois t em 
pos distintos.
Uma razão óbvia por que ninguém poderia ser tomado de
surpres a na ocas ião da Segu nda Vin da é que el a ocorre rá em m eio
à maior guerra da história, quando os exércitos do Anticristo ti
verem sitiado Jerusalém e o pov o de Isra el est iver prestes a des 
truí-los. Ninguém deixará de perceber esse sinal! No entanto,
Cri sto d iss e que sua v inda seria em um período de paz e prosp e
ridade, tranqüilidade e negócios como de praxe:
E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos
dias do Fil ho do Hom em. Comiam, bebiam, casavam e davam-se
em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca [...] Como
tamb ém da m esma mane ira aconteceu n os dias de L ó: comiam, be
biam, co mp rava m, ven diam , pla nta vam e edificavam (Lc 17.26-28).

Na ocasião da Segu nda Vinda no fim da gra nd e tribulação


a terra estará em gra nd e af lição . Já em Apoca lipse 6.8, um qu ar
to da população da terra já estará morta, e incríveis desastres
acontecerão na terra e no céu, incluind o terrem otos tão de va s
tadores
lugar" (v.que14).
"todos os montes
Haverá e ilhas
períodos foram
de fome removidos
e pragas sem do seu
prece
dentes , e um colaps o bancári o internacional que o mu ndo ja
mais experim entou — e agora a guerra mais des trutiva da his
tó ri a am eaça varrer a hu m an idad e do gl ob o, de forma que "s e
aquel es dias não foss em abreviados, nenh um a carne s e salva
ria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles
dias" (Mt 24.22).

Contradições que Exigem dois Eventos,


dois Fragmentos de Tempo
As condições, na ocasião do Armagedom, que acabamos de
descrever são principalm ente o oposto de paz e pro spe rida de que
prev alec era m no s dias de X oé e Ló, conforme Jesus descreve esse
período. Tampouco a parábola das dez vir gens, e m que, " tarda n
do o esposo, tosquen ejaram todas e adormeceram" (Mt 25.5; grifo
do autor), não pode ser harmonizada com as condições do Ar-

ma gedom.conforto
qüilidade, Tal complac ênci a não ocor rer ia em u m período de tran 
e fartura.
Cri sto voltar á em tem po de guerra, mas ainda ass im em tem 
po de pa z. El e voltará em um tempo em que o m un do já sofr eu
um a deva stação sem preced entes, e es tá prestes a s er totalmente
destruído, mas, mesm o assi m, E le virá em um tempo de tran qüi
lidade e negócios, como de praxe, e grande prosperidade. Em
uma época em que todos saberão que sua volta está às portas,
mas em u m tempo em que ape nas os que e stão e m contat o com
Ele suspeitariam de tal evento. Certamente as aparentes contra
diçõe s são tão grand es que exigem dois eve ntos.
No arrebatamento, Cristo vem para sua Noiva, a Igreja, para
levá -la ao cé u e apresentar-se d iante dEle no "tribu nal de Cristo"
(Rm 1 4.10; 2 Co 5. 10), par a ser lim pa e ves tida com vestes b ra n
cas e pa ra se casar com E le po r toda eternidade . N a Se gund a Vi n
da, Cristo vem com sua Igre ja para Israel, a fi m de res gata r os últi
mo s no Arm ag ed om e estabel ecer seu Re ino . Esse s dois propósi
tos não se aj ustam em um evento e em um fragmento de tempo.
Por conseguint e, por m eio das m esmas impl ica ções que deve ri
am alertar os santos do Antigo Testamento para as duas vindas,
o Novo Testamento também deixa implícito essas duas diferen
tes "vindas" de Cristo, que até o momento não aconteceu.

Por que Armagedom?


Questão: Ensinaram-me (e isso parece ser bíblico) que nós,
cristão s, retor narem os com Cri sto no Arm aged om e destruir emos
aqueles que estão atacando Israel. Como cristão, matar alguém é
algo repugnante para mim. Por que essa matança é necessária?
Tal des truiçã o nã o é desejo de Deus. El e nos asse
R es p o s ta :
gur a: "N ão tenho pra zer na morte do ímpi o, mas em que o í mpio
se conv erta do se u ca minho e viva " (Ez 33.11). Infelizmente, ne s
U m "A x r f .r a S kgavfm \ ’i \ d a '^

sa época não haverá possibilidade de interromper a destruição


de Israel — e, na ve rda de , de to da a carne sobre a terra —, excet o
destruir os exércitos que a estão atacando.
Por milhares de anos Deus suportou pacientemente a rebe
lião da humanidade. Entretanto, em vários momentos ao longo
da história, Ele teve de destruir os ímpios e até mesmo cidades
inte iras, pois o pecado tornara-se tão gran de que já não seri a mais
possível to lerá-los. Es se seri a o cas o no Arm aged om , q ua nd o D eus
será forçado pelos seus j ustos a julgar os rebeldes intransigentes.
Qu anto aos cr ist ãos confrontarem pessoalmente e participa
rem da batalha do Arma gedom , isso não será n ece ssá rio. Q ua n
do Crist o retornar para des truir o An ticri sto , não haverá batalhas
nem lutas. Aqueles exércitos serão destruídos com apenas uma
palavra de Cris to. Nós, cri stãos, simplesmente repousarem os na
vitória que Cristo conquistou em um instante:
E a vós , que sois atribulados, desca nso conosco, qua nd o se
manife star o Senhor Jesu s desd e o céu, com o s anj os do seu p o 
der, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não co
nhecem a Deus e dos que n ão obedecem ao evangelho de nosso
Senhor Jesus C ris to; o s quais, por cast igo , pade cerão eterna pe r
diç ão, ante a fac e do Senhor e a glória do seu poder, q ua nd o vier
para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável,
naquele Dia, em todos os que crêem (2 Ts 1.7-10).

Reavivamento nos Ú ltimos Dias — ou Apos tas ia?


Escut ei muitas referênci as à últim a déc ada d o sécu
Questão:
lo XX (que culminou com o ano 2000) como um período de
reav ivam ento sem prece dentes. Isso é bíb lico? Qual é sua opinião ?
A Bíblia, obviamente, não tem nada específico a
R e sp o s ta :
dizer sobre a última década do século. Entretanto, se estes forem
de fat o os últ imos dias, ent ão pod em os esp erar exatam ente o opos 
to de reavivamento. A Bíblia nos indica isso: falsos profetas,
apostasia e decepção sem precedentes, todo s os quais serão indi
cados p or meio de "sina is e prodígios " que serão tão convincentes
que, "se possível fora, eng an aria m até os escolhido s" (Mt 24.24),
276
além da "op eraçã o do erro" (2 Ts 2.11,12) que Deus e nvia rá p ara
que o mundo creia na mentira satânica na qual deseja acreditar.
Infelizmente, muitos líderes cristãos estão promovendo um oti
mism o que, de fat o, contradiz as Escri turas e favorecem a ope ra
ção do erro que apor
Considere, Bíblia predisse.
exemplo: "Washington para Jesus '88'". O
pre siden te do comitê anfit rião do Washington D. C. declarou que
a marcha de 10 mil cristãos na capital da nação serve de aviso
"pa ra S atanás de que seus dias estão no fim ".1 Se esse fo r o c aso,
qualque r um pod e im aginar a ra zão pela qua l, n os oi to an os sub
seqüentes, não ho uve qua lque r evidência para o fim de Sata nás.
Ao contrário, o ma l ap ena s crescerá , con form e a Bí blia declarou:
"Nos últimos dias [...] os homens maus e enganadores irão de
ma l para pior, en gan an do e sendo eng ana dos " (2 Tm 3.1,13).
Promoção de uma Perigosa Ilusão
E preciso também pensar sobre o que Cristo quis dizer
qu an do fez a seguinte pergu nta: "Q ua nd o, porém , vi er o Fi lho
do H om em , po rv en tur a, ach ará fé na terra?" (Lc 18.8). E dif íci l
imaginar que Ele estivesse se referindo a um grande
reaviv am ento nos últimos dias! Parece cla ro que Crist o, a pa r
tir de seus av isos sobre o en gan o religioso, estav a se referindo
à propagação de um falso "cristianismo" que, como as ervas
daninhas da parábola do semeador, cresce e sufoca a verda
deira fé. Carecemos desses avisos sobre a decepção, dos quais
necessit amos u rgentemente.
A últi m a coisa de q ue a Ig rej a realm ente necessit a são essas
fal sas promes sas sobr e a derro ta de Satan ás. O reino de Satanás
está crescendo em toda a terra, e ele ainda governará o mundo
po r interm édio do Anticr ist o. Seus dias não terão fi m até o ret or
no d e Cristo para de struir a el e e ao seu rein o mal, e pa ra tran cafi á-
lo no poço do abismo (2 Ts 2.8; Ap 20.1-3).
Assim, sugerir que uma marcha cristã ou que nossos esfor
ços podem , de algum a forma, terminar com os dias de Satanás é
o mesmo que negar o ensinamento claro da Bíblia e promover
uma perigosa ilusão.
O indivíduo não deve falhar por causa do zelo entusiástico,
mas ao mesm o tem po, po de ima gina r se o século XXI não se tor
nou quase um símbolo mágico que promove o engano. Por que
tantas co isas que não foram conq uistadas antes deveriam repen 
tinamente ser alcançadas hoje? Ainda mais perturbador é o si
lêncio que diz respeito ao arrebatamento. Será que a esperança
foi esquecida por aqueles que promovem várias marchas para
Jesus e para celebração apoteótica planejada para o século XXI?
Em vez da esperança de ser levado ao céu para estar com
nosso Senhor , há m uitos co me ntários sobre a en trad a do terc eir o
mil êni o. Em todo ess e planej amento, não parece hav er ne nhu m a
dúvida de que a Igreja estará aqui indefinidamente e de que a
sal vação do mu nd o, pa ra que est e não tenha de enfrentar o julga
mento que D eus pretend e lançar s obre e le, depe nde de nó s.

O Arrebatamento Foi Incluído


no Discurso do Monte das Oliveiras?
Questão: Conforme aquilo que sempre m e ensinaram, o ar
rebatamento não foi incluído no discurso do monte das Olivei
ras. A s palavras de Cris to, em que m enciona que se dua s pessoas
estiverem "moendo no moinho, será levada uma, e deixada ou
tra", etc . (Mt 24.41), po de m ap en as referi r-se a Cristo e a sua Se
gu nd a Vinda, em que retira o iníquo da terra e deixa o s santos da
tri bulação. No en tanto, você ensina qu e isso ocorr e no arreb ata
me nto antes da g rand e tribul ação . P oderia expl icar isso pa ra m im?
Há muitas razões po r que Crist o não pod e estar s e
R es p o sta :
referindo ao iníquo que é retirado para ser julgado, m as aos san
tos que estão sendo levados ao céu. Os iníquos são julgados na
Segunda Vin da, que ocor re em meio ao Arm agedom , em Ap oca
lip se 19. Conform e já me ncionado , at é me sm o antes do A rm age 

dom,
quartoa da
terra estará totalmente
população do mundodesolada. Emdizimada.
já terá sido Apocalipse 6, um
Haverá
fome, pestes e terremotos que farão com que montanhas e ilhas
sej am de slocadas de seus lugares, de forma q ue a Terr a será pra 
ticamente destruída. E, na ocasião do Armagedom, Cristo deve
intervir (por meio de sua Segunda Vinda) para interromper a
destruição, ou nenhuma carne sobreviverá (Mt 24.22).
Q uan do Crist o diz que ser á "levada um a, e deix ada o utra", as
condições na Terra ser ão como nos dias de Noé, em que as pessoas

"comiam,
como tam bebiam, casavam
bém ocorreu e davam
nos dias de L -se em que
ó, em ca same
ela snto" (Mt 24.38),
"comiam, b e
biam, c om prav am , vendia m, p lan tava m e edificavam" (Lc 17.28).
Essa descrição não se ajusta a um fato que ocorrerá em meio ao
Armagedom, quando Cristo virá com sua Noiva para executar o
julgamento sobre o Anticristo e seus seguidores. Pode apenas refe
rir-se a algum tem po anterior à tr ibulação, e esse é o mo mento em
que o arreba tame nto deve ocorrer.

A Igreja Precisa Ser Purificada para Ser Arrebatada?


Questão: Par ece haver a germinação de um ensinam ento de
que apenas os cristãos que estiverem vivendo de forma santa e
vitor iosa na ocas ião do arreba tame nto serão arrebatados por Cris
to para o céu. Os demais terão de enfrentar o Anticristo e ser
purificados pelo martírio. Será que poderia ser isso que Cristo
quis dizer pela parábola d as dez virgens — as c inco "pru den tes"
são arrebatadas e as cinco "loucas" são deixadas para trás a fim
de enfre ntar o Anticr ist o?
Conc ordo com o anseio de que os cri stã os dev am
R e s p o s ta :
levar uma vida santa, de submissão a Cristo, a sua Palavra e à
liderança do Espírito Santo. Entretanto, em relação às cinco vir
gens louca s, o prob lem a não foi fal har em viver totalm ente pa ra
Cristo. Elas não "eram salvas". Não havia óleo (simbolizando o
Espírito Santo) em suas lâmpadas e, portanto, nem no coração e
na v ida del as.
Também concordo que necessitamos de mais ênfase na san
tidad e e separação do m und o. Porém, a Bí blia não ensina qu e os
crist ãos genuínos que, na oc asiã o do arrebata me nto, não es tej am
viv en do p ar a Cristo serão de ixados pa ra trás. S e esse fos se o caso,
e quanto aos cristãos que morreram antes do arrebatamento e
que, na ocasião de sua morte, não estavam vivendo totalmente
Sr.-._MV, Y 273

par a Crist o? El es não po de m ser "deixados p ara trás". O esp írit o


e a alma deles, sem um corpo vivo em que possam habitar, de
vem ir para alg um outro lugar.
Se, qua nd o o corpo morre, essas almas não vão pa ra o céu, en
tão para onde vão? Te ríamos de propor u m tipo de purgatório eva n
gélico! Isso nã o é bíblico. A Bíblia nos garan te qu e to do s os cristãos,
fund am en tad os n a fé salvífica em Cris to, vão pa ra o céu assim que
morre m. "Deixa r este cor po" é "hab itar com o Senhor" (2 Co 5.8). O
céu não é conq uistado pelas boas obras, mas pela fé em Cristo.
Portanto, por que nem todos os cristãos serão arrebatados?
Além disso, se no arrebatamento os que são deixados para trás
são purificados pelo martírio que suportarão ao enfrentar o
Anticr ist o, como serão purificados os que morr era m an tes desse
event o? N a verdade , seremos todos purificados no céu e da me s
ma forma : "Po rque todos devem os comparecer ante o t ribunal de
Cristo" (2 Co 5.10; grifo do autor).
E exatamente o espírito e a alma dos que morreram confiando
no Senh or q ue Cristo traz com Ele (1 Ts 4.14) na ressurreição, p ar a
que possam se reunir a seus c orpos. Observe que "os que m orreram
em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vi
vos, seremo s arrebatados juntamen te com ele s nas nuvens, a encon
trar o Senhor nos ares" (v. 16,17). Cer tam ente , "os q ue m or rer am em
Cristo" significa todos que morreram com fé em Cristo. Portanto,
"os que ficarmos vivos" signifi ca todos os vi vos qu e confiam em Cris
to. Parece que seri a um a afronta à just iça divina ensina r qu e os cri s
tão s vi vos na ocasi ão do arrebatamen to devem ter um a vida m elhor
do que mu itos que já morrera m, p ara juntar-se a el es no cé u.

E quanto ao "Sono da Alma"?


Questão: Não é verdade que quando o corpo morre, a alma
dorm e ap enas p ara acordar na ressurr eição do corpo? Não é i sso
oemque significam
Jesus dormem"as (1
expressões "dos que já dormem" e "aos que
Ts 4.13-15)?

Ao contrário, de acordo com o que a Bíblia diz,


R e s p o sta :
fica claro que a alma, que foi sep ara da de seu corp o na ocasião da
28 0
morte, está consciente. Temos, por exemplo, o caso do homem
rico que após sua m orte conversa com Abraão, que tamb ém est á
morto (Lc 16.19-31). Também temos "as almas dos que foram
mortos por am or da palavra de Deus" que clamava m ao Se nhor
po r vinganç
Paulo a contra até
foi "arrebatado aqueles qu e céu"
ao terceiro os havia
ondem"ouviu
m atadpalavras
o (Ap 6 .9-11).
inefáveis" (2 Co 12.2,4) e diz que não sabe se estava "se no cor
po" ou "se fora do corpo" (2 Co 12.2,3)
O verbo " do rm ir" é usado n a Bí blia como sinônimo de morte
(Mt 9.24; Jo 11.11; 1 Co 15.6) e refere-se ao corpo, não à alma nem
ao es píri to. No céu, o s redim idos estão em um estado consci ente
de alegria na prese nça de Deus, à espera d a ressurreição do cor
po que está sepultado, que "em Jesus dormem" (1 Ts 4.14). E a
alma consciente e o espírit o dos qu e "m orre ram em Cristo" e que
"Deu s os torna rá a trazer com ele ", qua nd o Ele vier pa ra a terra
para ressuscitar o corpo deles (1 Ts 4.14). O desejo de Paulo era
"pa rtir [desta vida] e estar com Cri sto, porq ue isso é aind a m uito
melhor" (Fp 1.23), embora ele estivesse disposto, pelo bem da
queles que precisav am de seu ministério, a continu ar "na carne",
ser vin do às pesso as e a Cristo aq ui na terra (v.24).
Paulo não gostaria de deixar a vida de serviço a Cristo e à
igr eja ape nas pa ra cair no s ono da alma. Tam pouco el e diria que
estar com Cristo é "muito melhor" do que ficar em um estado
inconsciente em que a alma dorme, conforme alguns ensinam
equivocadamente.

A Igr eja D ev e Ser Reu nida antes do Arrebat amento?


Questão: Muitos ensinam que a Igreja deve ser reunida e
pur ifica da antes da vo lta de Cristo. Isso é bíb lico?
Isso não é bíbli co ne m lógic o, pois ach ar q ue a pe 
R e s p o s ta :
quena fração da Igreja que está viva na terra à época do arreba
tamen to deve ter a lcançado uma posição desconhecida por mu i
tos cr istãos que já mo rreram , a fim de encontrá-los naque le casa
me nto celest ial c om nosso Senho r. E verd ade , a Noiva está pron 
ta e vestida com linho fino e resplandecente (Ap 19.7,8), pois a
No iva é a Igrej a toda. Se ess a purificação for um pré-requ isito para
Um "A:{ !<t BAr AMt\ To" e i:\ia "Segunda V in d a "3

ser levado ao céu, então o que dizer sobre aqueles que m orrerão
antes do arrebatamento? Claramente, eles devem preparar-se
depois que c hegam ao c éu. Portanto, p or que iss o não se aplica
ria a os cri stãos que são arrebatados? Por que ele s não se pre pa ra
riam da mesma forma?

bun alDecer to, e ssa


d e Cristo (2 limpeza
Co 5 .10),final
qu anpo
dodeprestare
apen asmo
acontecer
s contasante
ao onosso
t ri
Senhor e nossas obras serão reveladas pelo fogo (1 Co 3.11-15). É
nesse momento que somos recompensados ou sofremos a perda
da recompensa, embora não percamos a salvação. Não há base
bíbli ca para u m "reavivam ento nos últimos dias" , que torna rá os
cristão dignos de ser arrebatados para o céu. Somos dignos do
céu por meio d a obra a caba da de Crist o, e apena s por ela.
Além disso, a Bí blia refere- se aos últim os dias da Igr eja como

apostasia
volta r, en (2
conTstrará
2.3).féCristo até mesmo
na terra questiona
(Lc 18.8). Até me se,
smquando
o o sábioEle
d orm e
enquanto o noivo tarda (Mt 25.5). Esse dificilmente é "o
reaviv am ento d a Igr eja nos últ imos dias" d o qual nos fal am! Por
tanto, devemos observar e estar prontos para o retorno do nosso
Senhor a qualqu er mom ento.

Cristo não Predisse o Cumprimento


de tudo em sua Geração?
Questão: Confo rme Mateu s 24.34, Cristo declarou: "Não pa s
sará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam"(Mt
24.34). N ing uém po de neg ar que o "eva ngelho d o Reino" não foi
pregado "em todo o mundo" (v. 14); e que "todas as tribos da
terra" não viram Cristo "vindo sobre as nuvens do céu" (v. 30);
ou que os anjos não reuniram "os seus escolhidos desde os qua
tro ventos" (v. 31) antes que a geração para a qual Jesus falou
morresse . Que essa , obviam ente, é um a falsa profec ia é alg o que
não pode ser negado. O que você tem a dizer sobre isso?

R e s p o s ta :
A palavra grega genea, traduzida por "geração"
pode ter mais do que uma interpretação. Há, entre os cristãos,
du as teori as principais sobre o que Jesu s quis dizer po r "esta ge
ração". Os "preteristas", assim como os críticos, acreditam que
28 2
Ele quis dizer a geração pa ra a qual se diri gia. Entre tanto, de for
ma distinta dos céticos, aqueles crentes insistem que tudo que
Cristo profetizo u, inclusive todo o liv ro de Apocalipse até o meio
do capítulo vinte, aconteceu naquela geração, com a destruição
de Jerusalém e a dispersão dos judeus. De acordo com esta teo
ria, N ero era o Anticri sto.
Obviam ente, a ger ação viva na que la época não corria o per i
go de que toda a humanidade fosse destruída com a utilização
de arcos e flechas e lanças ( Mt 24.22), como nossa geração com
suas arma s m ode rna s corre ess e ri sco. E , agora, em retrospectiva,
sabemos que muito daquilo que Cristo profetizou (conforme ob
servado acima) não ocorreu em 70 d.C. Portanto, a geração que
estava viva na época de Cristo certamente não poderia ser a ge
ração à qual Ele se referia.

Duas Teorias igualmente Indefensáveis


A teoria mais popular (até recentemente) é sustentada por
aqueles crist ãos conhecidos como "futuris tas". Eles acred itam que
"esta geração" refere-se à geração que estaria viva na época em
que Israel f oss e trazido, nos "último s dias", de volta a sua terr a,
conforme os profetas claramente profetizaram. Essa crença foi
fortalecida pelo fato óbvio de que muitas das profecias da Bíblia

não
parapoderiam
sua terr a.ser cumpridas até que Israel, de fato, retornasse
Por essa razão, havia grande expectativa de que o arrebata
mento pré-tribulacionista ocorreria em 1981, data calculada a pa r
tir de 1948, quando Israel foi restaurado a sua terra, somando-se
quar enta anos (a dura ção es timada d e um a geração ) e, depoi s, sub
traindo-se sete anos, correspondente à tribulação. Quando 1981
veio e pass ou sem que ho uvesse o arrebatamento, m uitos cri stãos
ficaram decepcionados e sentiram-se obrigados a optar pelo arre
batam ento pós-t rib ulaci onist a. Alguns , até mesmo, aba ndon aram
a crença de que o arreb atam ento realm ente aconte ceri a.
Fica bem claro, a partir do fun dam ento moral , que n enh um a
dessas d ua s teori as é defensável . N ão ser ia justo se o julgamen to
de todos os pecados pa ssad os de Israel viessem "sobre esta gera
ção" (Mt 23.36) ou se "o san gue de tod os os profetas que, des de a
L ' m A xrb eatam lva.' r. S k -:.:\:?a \ 28 3
fundação do mundo" fosse "requerido desta geração" (Lc
11.50,51) que e stav a viva na é poc a de Cristo. Tam pou co seria jus
to que qu alqu er julgam ento viesse sob re a geração viva na época
em que Israel fosse restaurado a sua terra. Certamente, Cristo
usou o termo "geração" para referir-se a todas as pessoas iní
quas, incrédulas e m ás de tod as as époc as.
A Única Explicação para o que Cristo Quis Dizer
Na verdade, eis aqui a única maneira para compreender o
que Cristo quis dize r por "esta geração". El e espe cifi cou, em d i
versas ocasiões, que a geração à qual se referia como "raça de
víboras" (Mt 3.7), "má e adúltera" (12.39), "esta geração má"
(12.45), "um a geraç ão má e ad últ era " (1 6.4), "gera ção inc réd ula"
(17.17; Lc 9.41), "geração adúltera e pecadora" (Mc 8.38); "gera
ção incrédula"
Ess es não (9.19) e "maligna"
são termos (Lc 11.29).
agradáveis e, obviamente, descrevem a
humanidade pecadora de todas as gerações. Portanto, podemos
apena s concluir que Crist o está indic and o (diverso da expec tati
va do grand e reavivam ento dos últ imos dias ou da conquista do
m un do pelos c ristãos ) que a raça hum ana , como u m todo (exceto
pelos poucos que crêem), permanecerão na incredulidade e em
rebelião contra Deus até o último momento.
Há u m a outra variação dessa inter pretação que se ha rm oni
za com as Escrituras. V isto que Cristo estav a fala ndo p ar a Israe l,
podem os também con clu ir que sua s palavras tiver am um a expli 
cação especial para os judeus. Ele estava dizendo que, embora
alguns judeu s acreditassem nEl e e, desse modo, seriam parte da
Igreja, Israel, como um todo, permaneceria na descrença e em
rebeli ão até que tud o foss e cump rido. Portanto, Zacarias profeti
zou q ue Is rael, como um todo , perm aneceria como u m a geração
"inc réd ula " (Mc 9.19) e não a cred itaria até que Cristo ap arecesse
em meio ao Arm aged om para resga tá-los:
E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém
derram arei o Es píri to de graça e de súpli cas; e olharão pa ra m im,
a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por
um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora
amargamente pelo primogênito. [...] Naquele dia, haverá uma
fonte aberta para a ca sa de Davi e par a os habitantes de Jerusa
284

lém, contra o pecado e contra a impureza. [...] E farei passar essa


terceira par te pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata,
e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e
eu a ouvirei; direi: E meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus
(Zc 12.10; 13.1,9).

Temos de Estabelecer o Reino para Cristo Governar?


Questão: Tenho, com freqüência, entrado em contato com
cristãos que parecem amar o Senhor e que crêem que temos de
tomar o mundo e estabelecer o Reino antes da volta de Cristo.
Estão convencidos de que Cristo voltará à terra para governar
aqui, não para nos levar ao céu, e que Ele não pode assim fazer
até que tenhamos estabelecido o Reino para Ele. Eles dizem que
aqueles que acreditam no arreba tam ento fic arão tão chocados ao
se defrontarem com o Anticristo que serão iludidos e pensarão
que ele é Cristo. Isso faz muito sentido, não é mesmo?
R e s p o sta :O verd ad eiro Senhor Jesu s Crist o, conforme a Bí
blia di z, ressuscitará os mo rtos e nos levará pa ra q ue nos en con
tremos com Ele nos ares (1 Ts 4.13-18). Por conseguinte, aqueles
cujo "Cristo" os encontrará na terra, quando aqui chegar para
governar o Reino que eles estabeleceram em seu nome, estarão,

na
alguverdade,
ém aceitservindo
a o que ao Anticristo.
a Bíblia ensinaIsso é muito
sobre claro quando
o arrebatam ento.

Quanto a ser iludido e passar a acreditar que o Anticristo é


Cristo, a crença no arrebatamento, mais uma vez, protege-nos
disso. Embora o Anticristo seja capaz de fazer grandes sinais e
pro díg ios p elo p od er de S atanás (2 Ts 2.9,10), há algo qu e ele não
po de fazer : el e não pod e ressu scitar o s morto s nem levar os cren
tes vivos aos céu s. Aque les que e stão à espe ra de Cristo, que nos
arrebatará para o céu, não po dem ser engan ados por um a falsifi
caç ão que pode apenas govern ar a ter ra.
A religião de Jesus Cristo tem o objetivo de derrubar todos os outros
sistemas de religião do mundo denunciando-os como inadequados às
necessidades do homem, falsos em seus fundamentos e perigosos cm
suas tendências... Essas não são afirmações comuns; e parece bastante
possível que um ser racional as trate com mera indiferença ou desdém.
— P r o fe s so r S i m o n G r e e n l e a f

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda


que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive
e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
— João 1 1 . 25 ,2 6

Disse -lhe Jesus: Eu sou o caminho , e a verd ade , e a vida.


Ning uém ve m ao Pai senão por mim.
— jo ão 1 4 .6
VANGELHO
QUE SALVA

Todos os Caminhos Levam ao Mesmo Local?

Questão: Acho m uito in gê nuo e objetá vel que os cris tãos afi r
mem que o cristianismo é a única religião verdadeira. Será que
não estamos todos pegando caminhos distintos para chegar ao
me sm o local?

R e s p o s ta : Você, como a ma ioria das pessoas, ap are nte m en 


te considera a noção popular de que "estamos todos pegando
cam inhos distintos para chegar ao mesm o local " como algo me-
recidam ente tolerant e. Ao contr ári o, é extremam ente dogmá tico
e inflexível — mais do que qualquer coisa que o cristianismo
ensina. No entanto, essa noção permite que todos peguem o
caminho de sua escolha, mas insiste que independentemente
de qual caminho pegamos, devemos todos acabar no mesmo lo
cal. Eu rejeito esse dogmatismo e reservo-me o direito de esco

lher meu destino


O cristi eterno.
anismo ensina q ue há dois destinos, e que cada pessoa
tem a liberdad e de escolher u m dos dois : o céu ou o inferno. Que
Jesus Cristo é o único caminho para o céu é algo que pode ser
facilmente comprovado. Tampouco algum fato pode justificar
28 8
qualquer reclamação, uma vez que Cristo ofereceu-se esponta
neamente pela graça como Salvador de todos que nEle acredi
tam . Qu e loucura insi sti r em pegar seu próprio cam inho para o
céu, um local em que você jamais esteve nem sabe como lá che
gar! Obviamente, apenas Deus pode decidir quem entrará ali, e
apen as Ele po de estabel ecer as condições para isso.
Todos nós sabe mos que violamos a lei de Deu s e que a ob ediên 
cia perfeita dess a lei no f utur o (mes mo se isso f osse possível) não
pode compensar pelo fato de não a ter cumprido no passado.
N en hu m a das reli giõ es do mu nd o (o cristi anismo não é uma reli
gião, mas um relaci onamento com Deus po r intermédio de Cris
to) of erece um funda m ento just o pa ra que D eus perdoe os peca
dos e acolha o pecador em sua presença. Nem Buda, Confúcio,
Zoroast ro, Maomé ou q ualquer outro fun dad or de um a rel igião
ja mais afirmou que pagaria a punição pelo s pecados do mundo.
Não po diam nem m esmo pagar por seus próprios pecad os e ain
da est ão em sua sepultura.
Ap enas Cristo (que é Deus e ho m em em u m a pessoa) fo i ca
paz de pagar a punição infinita que sua própria justiça exigia.
Sua ressurrei ção e ascensão ao céu provo u esse f ato. Ape nas fu n
dam enta do nisto o s pecadores pod em ser perdoados. A esc olha é
sua — ou voc ê acredita nas boas nova s cu ja pu niçã o já fo i paga e
recebe o Senhor Jesus como seu Salvador ou rejeita-o. Qual será
sua escolha?
culpar a DeusSeporforseu
essa última,Você
destino. lembre-se que você
o escolheu jamais pode
sozinho.

Inflexível e Dogmático?
Questão: Há milhares de religiões no mundo, e cada uma
respon de às necessidades de uma cultura ou indivíduo em p arti
cular. Insistir que apenas uma (conforme os cristãos afirmam)
está correta e todas as outras erradas é, em minha opinião, algo

tão inflexível
religioso violae odogm ático
direito do que deixade
homem de escolher
ser pl ausível. O exc seu
livremente lusiv ism o
sistema de crença?
Temo que você pressuponha a existência de um
R e s p o s ta :
deus que você criou e uma teologia que se ajuste ao seu deus.
E vangelho q u e Salva 28.9
Imagine se eu dissesse que a m atem ática é inf lexí vel e dogm ática
e que tivéssemos de ser mais tolerantes em relação à soma dos
números, perm iti ndo qualquer respo sta e m um teste de ma temá
tica des de qu e o alu no fosse sinc ero. Ta l sugestã o seria irracional.
Por quê? Porq ue acusar a matem ática de ser i nfl exível e dogm ática
é umAa natu
acusação
reza total mente sem
da realidade senti
exige quedo.haj a absolutos imutávei s.
Este universo não poderia funcionar sem leis físicas definidas e
previsíveis. Assim, não seria razoável que a realidade espiritual
fosse também tão exatamente definida?
Imagine que você fosse ao médico para ser examinado e ao
receber o diagnóstico, ele lhe dissesse: "Eu não seria tão inflexí
vel e dogmático a pon to de aprese ntar um diagnósti co preciso. O
que você prefere? A cirurgia de coração é bastante popular ulti

mamente;
todos têmou e u poderia
o direto de fazerfazer um transplante
a operaç ão de sua de ri m..Acho
escolha" Vocêque
con
fiaria nesse médico? E claro que não! Portanto, como você pode
confia r em um a idéia igualme nte tol a de que qua lqu er coi sa leva
a Deus e de que El e não tem um diagnóst ico exat o do pec ado e
nem um remédio específico?
Imagin e-se em u m aviã o escutand o esta comunicação prove 
niente da cabine do piloto: "Eu não sou inflexível e dogmático.
Assi m, ap ena s ap ertarei alg uns botões e verei onde isso nos l eva .

Todascom
voar as esse
direções levam
louco? Vocêaonão
mesmo
optariadestino".
por um Você
piloto gostaria de
inflexível,
dogmático e fundamentalista que sabe aonde está indo e segue
as regras para ali chegar?
Sua teoria sobre religião levaria ao caos e à des truiç ão se fos
se posta em prática em nossa vida cotidiana. Portanto, por que
ela deve ser aceitável quando se trata da coisa mais importante
em nossa vida — nosso destino eterno? Ser á que D eus se preo cu
pa m enos com a ordem no céu do que com a ordem aq ui na t er
ra? Será que Ele se preocupa menos com as coisas referentes ao
espíri to eterno do q ue com as do corpo tem poral? Difi cil ment e.
Todos sabem que para voar de avião ou praticar a medicina
ou até mesmo assar um bolo é preciso seguir procedimentos es
pec íficos. E até mesm o im possível participa r de um jogo sem re
230

gras. Portanto, por qu e tentar evitar as regras que Deus estabele


ceu pa ra o estad o de espír ito ? Por que não aceit ar as B oas Xova s
do e vangelho? As B oas No vas são explicadas nestes versíc ulos,
que geralmente são o s pri meiros que toda cria nça apren de de cor

na Escol a Dominical:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao
m un do não para que condenass e o mu ndo, mas para que o m un 
do fosse salvo por el e. Qu em crê nele não é condenad o; mas quem
não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus (Jo 3.16-18).

A sinceridade não leva os astronautas à lua, nem impedirá


que o arsênico mate a pessoa que o ingeriu por engano. A ioga
nem mesmo é capaz de pa gar u m a m ulta de tr âns ito. Tampo uco
o comparecimento à igreja ou as boas obras podem pagar por
pecados passados. N ão faz o m enor sentido vi ajar de um a cidade
no oes te do paí s para outra que fica no les te sem um mapa. Que
tolice se ria r ecusar-se a seguir o map a, a pena s po rqu e são restri 
tivos em insi sti r que qua lquer estrada que vá para qualquer dire
ção servirá a seu propósit o! Q ua nto m aior é a loucu ra de insi stir
que q ualqu er cam inho que seja seguido de forma sinc era leva rá
um a pesso a ao cé u!

E quanto aos que jamais Ouviram Falar de Cristo?


Questão: O melhor argum ento que conheço para não acredi
tar em Jesus é sua afirmação: "Eu sou o caminho [...] Ninguém
ve m ao Pai senão p or m im " (Jo 14.6). H á bilhões de pess oas vivas
hoje e que já viveram no passado que jamais escutaram falar de
Cristo e do cristianismo. Todos eles estão condenados?

R e s p o s ta : H á ta mb ém
milhões de pessoas, talvez bilhões, que
ouviram o evangelho de Cristo e o rejeitaram. Como podemos
saber s e os que não ouviram acreditariam cas o o ti vessem ou vi
do? Deus sabe quem creria e quem não creria no evangelho, e
E vange l ho q u e S alva 2âi
podemos ter certeza de que Ele, de alguma maneira, leva o seu
conhecim ento a todos os que o abraçari am.
Jesu s di sse : "Abraão, vosso pai, exultou po r ver o me u dia, e
viu-o, e alegrou-se " (Jo 8.56). No e ntan to, Abra ão cresceu no p a 
ganismo, de o nde D eus o chamou. Se Deus pô de fazer is so por
Abraão, pod e fazer por qualqu er pes soa.
Rom anos 1.18-32 afirma que toda pessoa, graças ao unive rso
que a rodeia, sabe que um Deus de infinito poder é o criador do
homem , mas, a despeito diss o, a gran de maioria das pessoas re
jeitou essa revelação e preferiu a adoração de ídolo s e a im orali
dade sendo, portanto, "inescusáveis" (v. 20). Romanos 2.14,15
acrescenta que toda pessoa sabe em sua consciência que violou
as leis de D eus e está sob o julg am en to divino. Todos que, graças
à convicção da consciência do Espírito Santo, clamarem a Deus
em arrependimento por sua salvação receberão, de uma forma
ou de o utra, o evangelho.

O Nascimento Virginal Foi Essencial?


O nascimento virgi nal de Jes us é apresentado, tan
Questão:
to por católicos romanos quanto por outros cristãos como um
dos fun da m en tos d o crist iani smo. N ão vej o po r que is so é essen 
cial. Meu pa stor diz qu e a Bí blia ne m m esm o e nsina iss o. A pala
vra
realmhebrai ca alma,
ente signi fic a traduzi
"m ulheda po r virgem,
r jovem". M eu na
pa maioria
stor estádas
cor Bíblias,
ret o?
Sim, é verd ad e que alma sig nif ica "m ulh er j ovem".
R e s p o sta :
Entretanto, ela jamais foi us ad a n o Antigo Testamento, ex ceto para
sig nificar uma jovem m ulher virgem. Em Isr ael um a jovem m u
lher soltei ra tinha de ser virg em. C aso contrário, el a seri a a pe dre 
jada. Alma jamais se r efe re a um a m ulh er casada.
Apenas o mais veem ente cr ítico argum entaria qu e alma, em
Isaías 7.14 ("Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis
que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho"), poderia sig
nifi car qu alq ue r coisa e xceto virgem. Dificil mente, esse seria um
sin al para que um a mu lher não virgem conc ebes se e desse à l uz
um filho. Além disso, a citação desse versículo, no Novo Testa-
23 2
mento (Mt 1.23), utiliza a palavra grega que, sem sombra de dú
vida, significa "virgem".
Se Jesus Cri sto não nasceu de u m a virgem, então ele era um
hom em com um que teri a de morrer por seus pr óprios pecad os e

não po deria
Salvador e pam ga
orrer
r a pel os pecados
puniç do exigi
ão infi nita m undo . Je sus,
da pela para
ju sti ser no
ça de sso,
Deus
tinha de ser Deus que veio a terra como homem. Por ser Deus,
seu corpo ["mas corpo me preparaste"] (Hb 10.5), quando tor
nou-se homem , não poderia ter sid o criado por meio de um a re
laçã o sexual norm al, mas ap ena s pelo pode r criat ivo de Deus que
fez conceber o ventre de uma virgem. Se Jesus não tivesse nasci
do de uma virgem, não haveria salvação, e o cristianismo seria
um a farsa.

O que Significa Ser Salvo?


Questão: O termo "salvo" não é muito claro para mim. Cer-,
tamente, não está em voga em muitos seminários e igrejas. Xo
entanto, eu o encontro na Bíblia e no Novo Testamento. O que
isto significa?
No reino físico, não é difícil compreender o que
R e s p o sta :
sign ifica ser salvo, que r de um afoga me nto, qu er da falênc ia, quer
de algum outro desastre, em que, pela ação de um indivíduo o
resgate é realizado e , desse modo , esse i nd ivíd uo é corretamente
de no m ina do de salvador . Sugerir que essa salvação pud ess e to r-
nar-se an tiqu ad a e sem signi ficado seria c ômi co. Se ria u m crime
pers uad ir alguém que está se afogando ou que necessi ta ser res
gatado de um prédio em chamas a rejeitar a ajuda do serviço de
emergência apenas porque ser salvo não está mais "em voga".
Crime ma ior se ria persu adir algu ém de que não há necessidade
para a salvação eterna!
O ind ivídu
necessidade não éo uma
precisa ser salvo
questão ou nã maso precisa
de gosto, ser sal
real. Cristo dissevo. Ess a
que Ele veio à terra para que "o mundo fosse salvo por Ele" (Jo
3.17), o que signi fica, porta nto , que todos pre cisam ser salvos. Para
confirm ar iss o, Ped ro dec larou o seg uinte a respeito de Cris to: "E
E vange l ho q u e Salva 293
em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenh um outr o nom e há, dado ent re os homens, pel o qual deva
mos ser salvos" (At 4.12). Paulo afirm a isso da se guin te forma:
Est a é um a p alav ra fi el e digna de toda acei taç ão: que C rist o
Jes us vei o ao mun do , para sa lvar os pecadores, do s quais eu sou
o principal (1 Tm 1.15).
Nossa consciência confirma o que a Bíblia declara: pecado
res (o que todos nós somos) precisam da salvação para escapar
ao julgamento que D eus decretou pa ra o pecado. U ma idéi a for a
de mo da? Algo que n ão está em voga? Imposs ível ! E aqueles que
assim afirma m neg am os elemen tos bás icos da exis tênci a de Deus,
nossa responsabilidade moral para com Ele, a violação de suas
leis e nossa necessidade óbvia da salvação que Ele nos oferece

amorosam ente como um d om gratuito de sua g raça.


O que Devo Fazer para Ser Salvo?
Estou confuso sobre como algué m obtém a sal vação .
Questão:
Sou c atól ico e meu catecismo fa vorito afir ma: "O q ue é necessário
para ser salvo? Você deve ser batizado, pertencer à igreja
estabelecida po r Jesus Cri sto, obedecer ao s dez ma nda m ento s, re
ceber os sacramentos, orar, fazer boas ações e morrer com a graça
santi fica dora em sua a lm a" .: Isso p arece impor u m fardo impossí
vel de ser carregado. Se perde sse a missa e morresse com esse pe 
cado mortal antes de me confessar, estaria perdido para toda a
eternidade. Desd e que a ban don ei o c atol icis mo, fi quei ain da mais
confuso com os ensinos contraditórios das igrej as protestante s de-
nomina ciona is. Alguma s dizem que o bati smo é es sen cia l para a
salvação, e outras afirmam o contrário. Algumas afirmam que a
santid ade e o fala r em línguas são necessár ios, e outras afirm am o
contrá rio. Como pos so saber qua l é a verdade?

R e sp o s ta
ser salvo?". Foi: Sua ques tãoaé mesma
exatamente a seguinte: "O que
pergunta quepreciso fazer para
o apóstolo
Paulo fe z. A resposta concisa que el e me smo de u é a verda de que
você bus ca: "Crê no Senh or Jesus Cristo e serás salvo , tu e a tua
casa" (At 16.30,31).
29b
Observe que Paulo não diss e nad a sobre batismo, mem bre-
sia, penitênc ia, missa, Maria e outros santos, boas ações ou qu al
quer outra coisa. A salvação vem ún ica e e xclusivamente por meio
da f é em Crist o. Sugerir que algo mais é necessário á o mesmo
que negar o ensinamento claro da Bíblia, a saber, que Cristo é o
único Salvad or dos pecad ores. A B íblia jamais su gere que C ris
to pode apenas nos salvar parcialmente e que dependemos de
nós o u de algum outro pseud o-salvador para com plementar o
que Cristo não foi capaz de fazer (e o senso comum também
rejeita essa idéia). Se Cristo não foi capaz de completar nossa
salvação, então não seria benéfico que procurássemos ajuda
com pleme ntar em outr os lugar es.
Obviamente, para crer em Cristo, a pessoa precisa conhecer
qu em Ele é, como E le conq uistou no ssa salvação e por que preci
samos ser salvos. A justiça infinita de Deus exige uma punição
infinita para violação de sua santa lei. Como seres finitos jamais
pode ríamos pag ar ess a punição infinita, e fic arí amos sepa rados
de Deus por tod a a eternidade. Deus, um ser inf ini to, pod eria de
certa forma pagar essa punição que sua justiça exige, mas isso
não seria correto, pois Ele não é um de nós.
Por conseguinte, graças a o seu gra nd e amor , Deus se tornou
homem por meio do nascimento virginal. Ele jamais deixou de
ser Deus (uma impossibilidade). Com seu amor, levou sobre si

nossos
sim, fu pecados
nda m entaedo pago u afatpunição
nesse o, E le infin
ofereceitaperdão
que merecí amos.e As
completo vi da
eterna no cé u para todos que se arrepe nde m de seu pecado con
tra Deus e recebem o per dã o q ue o senh or ofer ece em Cri sto.
A história a segu ir, um relato verda deiro, conforme me lem
bro daquilo que Billy Graham contou, ilustra esse ponto muito
bem. Qu ando est ava diri gindo atra vés de um a p equena cida de
no sudoeste dos Estados Unidos, um policial de motocicleta pe
diu que ele parasse no acostamento, multou-o e i m ediatam ente o
trouxe diante d o juiz l oca l pa ra que paga sse a multa. No entanto,
o juiz era o barbeiro e Billy Graham teve de esperar até que ele
acaba sse de a tender um fregu ês.
O juiz, após tirar seu avental de barbeiro e vestir sua toga,
tir ou um martelo da gaveta reserva da ao tribunal e ped iu ordem
no recinto. Ele perguntou ao policial: "Qual é a acusação"?
E vange l ho q u e Salva 235

O policial respondeu: "Excelência, este homem estava diri


gindo a ses senta quil ômetros em um a regiã o em que a velocida
de perm itida er a qua renta quilômetros por hor a".
O juiz , voltando-se pa ra Billy Gra ham , pergu ntou-lhe : " O que
o senhor tem a declarar?" Billv Graham disse: "Excelência, não
estava olhando para o vel ocí metr o, portan to tenho de aceit ar aqui
lo que o policial declarou".
Assim, o jui z, ba ten do seu m artelo declarou: "Isso lhe custa
rá vinte dólares. Um dólar por cada quilômetro em que você ex
ced eu o li mite". (O bviam ente, isso foi a muito, m uito tem po atrá s!)
Billy retirou sua carteira, abriu-a e come çou a conta r as notas
de dinheiro, qu an do o juiz o interrom peu: "Já o vi em alg um lu
gar?" Depois, ao exam inar mais de perto e antes que seu famoso
réu pudesse responder, ele exclamou: "E claro! Você é o Billly
Graham! Que grande honra! Eu já o vi na televisão..."
A segu ir, tiveram u m a co nversa amigável. Na v erdad e, ela tor
nou-se tão amigável que Billy Graham pôs sua carteira no bolso.
Q ua nd o a conversa parecia ter term inado , Billy virou-se par a sair.
O jui z bate nd o o martelo disse firmeme nte: "Isto lh e custará
vinte dól ares . Poss o se r, a maior parte d o tem po, apen as u m b ar
beiro, mas tento desempenhar minha função de juiz de forma
honesta. A mu lta foi escri ta e deve ser paga".
No vam ente, Bil ly G rah am tir ou sua carteira do bolso e come
çou procurar pela
Ele alcançou quantiadanecessária,
a gaveta barbea ria,mas o juizdali
retirou foi vinte
mais rápido.
dólares e os
pôs na gaveta reservada para o tribunal. A seguir, escreveu um
recibo e o entreg ou a Billv Graham , agora u m ho m em livre.
Iss o foi exatam ente o que Cristo fez po r nós. Um a m ulta fo i
escr ita no céu par a todos nós : "P orque todo s peca ram e des tituí
dos estão da glória de Deus" (Rm 3.23), e essa multa precisa ser
paga, pois Deus desem pen ha sua função de jui z de for ma hon es
ta. Nessa história, Billv Graham poderia facilmente ter pago os
vinte dól ares,
pesa sobre nósmas nós nãoDeus,
. Portanto, pode aom ostornar-se
p ag ar a hom
puniçem
ão pa
infini ta que
ra mo rrer
em nosso lug ar, pag ou a pun ição e dá-nos o re cib o que com prova
nosso pagam ento no m om ento em que recebemos o Senhor Jes us
Cristo como nosso Salvador.
2M

O Verdadeiro Evangelho Está nas Estrelas?


Questão: Li recentem ente dois liv ros, Witne ss of the Stars ("O
Testemunho das Estrelas"), de E.W. Bullinger, e The Gospel in the
Stars ("O Evangelho nas Estrelas"), de Joseph A. Seiss. Eles são
interessantes, mas algo a respeito del es me deixou u m tanto pe r
turba do. É ver da de que o evang elho está realm ente nas estrela s e
que o hom em da antiguidade, ant es do dilú vio, testem unhou isso
e sabia o qu e significav a?
Não. E mb ora a Bí blia, com freqü ência, afirme que
R e s p o sta :
o céu nos é dado por meio de "sinais", jamais afirma que esses
sin ais apresentam o evangelho. A Bíblia diz : "O s céus m anif estam
a gl ória de Deu s" (SI 19.1), e qu e toda s as pes soas, in de p en d en te 
mente da língua que falem, compreendem essa mensagem (SI
19.3). Na ve rda de, tod a a criação r evela a glóri a e o pode r de Deus,
pois podem ser claramente vistos "pelas coisas que estão cria
das" (Rm 1.20). No entanto, a Bíblia jamais nos diz que o céu ou
qualque r outra pa rte da cri açã o declarou o evangelho. Este só pode
ser apresentad o pela Palavra de Deus.
Aqueles que promovem essa visão admitem que o evange
lho não pode ser visto nas estrelas a não ser que haja uma inter
pretação bastante imaginativa. Seiss confessa que "o mundo das
estrelas
tampouco,nãopode
declara
assimnem mostra Cristo
fazer".3Mas como como
sem Cristo Redentor, e,
salvador
nã o há evangelho! D. James Kennedy, que pr om ov e a tes e de Sei ss,
adm ite e m seu sermão, The Gospel in the Stars ("O Evangelho nas
Estrel as"): "V ocê po de obse rvar as est relas na constelaç ão de Vir
gem empalidecerem, m as essa const elaç ão jamais ter á a a par ên 
cia de uma mulher!" No entanto, Paulo afirma que o céu pode
ser "clar ame nte" vist o por q ualque r um que os o bser va. O bvia
mente, ele está falando de algo diferente da idéia que esses ho

mens promovem.
Nenhuma Imagem Pode Apresentar o Evangelho
Se Deus quisesse que as estrelas pregassem o evangelho, Ele
teria de organizá-las de tal forma que elas formassem claramente
E vangelho q c e Salva 29 7
as imagens que Ele deseja sse que os hom en s vissem nela s. Obv ia
mente, Ele não fez isso. Além do mais, não é possível que meras
imagens visuai s, indep end ente m ente da clar eza com que as estr e
las foram posicionadas, poderia apresentar o evangelho. A ima
gem mais clara que as estrelas nos oferecem é o Cruzeiro do Sul.
No entanto, que m po deria saber apenas por olhar para ess a con fi
guraçã o no céu que Cri sto , no futuro, m orreria o u já morrera, em
uma cruz por nossos pecados e que Ele é o perfeito e imaculado
Filho de Deus que p ag ou a punição que sua p róp ria j ustiça infi nit a
exigia? N en hu m a im age m visual po der ia explicar esses fatos!
Na v erdad e, as "ima gens" associadas, de forma criat iva, com
algumas constelações estão abertas a incontáveis interpretações
e, portanto, não carregam dentro de si mesmas qualquer salva
guarda de sua suposta mensagem — uma m ensagem que S eiss
reconhece que foi profundamente corrompida, dando srcem à
astrol ogia e ao ocul tismo. O m aior pro pós ito pa ra a obra de Sei ss,
portan to, é di zer-nos o que esses supo stos "sinais" realmente sig
nificaram em épocas passadas. Ele afirma que recuperou esse
verdadeiro sig nif icado por meio de m uita pesq uisa — um signi 
ficado que el e, novam ente, adm ite que não foi comum ente atri
buído a elas por muitos séculos. Portanto, esses sinais maravi
lho sos, na ve rdad e, falha ram n a reali zação de seu propó sito, poi s
de fato é impossíve l para que ele s em si me sm os e po r si mesmo s
assim façam.
Sem a Bí blia e ape nas com as estrelas pa ra observar , jamais
poderíamos compreender o evangelho. Esse fato óbvio arruina
completamente essa tese. A palavra "evangelho" é utilizada 101
vezes em 95 versículos da Bíblia (todos no Novo Testamento), e
jamais são associados com as estrelas ou com o testemunho da
criação.O evangelho é sempre pregado por pessoas e deve ser
perfeitamente claro e bem compreendido para que cause qual
que r ef eito. O su posto "eva ngelho nas estrelas" falha em relaç ão
a esses critérios. Além do mais, em Mateus 24.14, Marcos 13.10
dentre outras passage ns indicam que o evangelho ainda prec isa
ser pre gad o par a tod as as n ações . Po rtanto, o me sm o não fo i pre 
gado nas estrelas — certamente não em "toda a sua extensão e
amplitude", conforme Seiss entusiasticamente declara.
29 8
A Bíblia afirma q ue o evang elho começou a ser preg ado com o
advento de Cristo (Mc 1.1; Fp 4.15; 2 Tm 1.10), como também
indica que fora anteriormente um mistério até que "a revelação
do mistério que desde tempos eternos esteve oculto" (Rm 16.25;

grifo do autor). Dificilmente isso é consistente com a teoria de


que o evangelho foi proclam ado nas estre las por milhares de anos
antes de Cristo. No entanto, Seiss declara veementemente que
"todas as grande s do utrin as da fé cri stã eram conhecidas, acredi
tadas, apreciadas e registradas [nas estrelas] desde as primeiras
gerações de nossa raça, provando que Deus falou com o homem
e ver dad eira m en te lhe d evi a revel ação das verd ade s e esperança
exatamente como foram escritas em nossas escrituras, as quais
são altam en te aprec iada s pelos crentes cristão s".4A Bíblia jamais
apresenta nenhum indício de tal fato.
Acaut ele-se con tra o Evan gelho Mer cenár io!
Questão: Algo me perturba em relação a algumas cruzadas
evangelísti cas e cul tos dos quais participei . Parece-me que o ape 
lo para "vir a Cristo" está ligado à libertação de problemas de
saúde, financeiros, emocionais etc. Em outras épocas, mesmo
qu and o o verdad eiro evangelho havia si do pregado, pareceu-me

que o ape
de. N ão háloalgo
fundamen tava-seOumai
errado nisso? eu ss na em oção
ou mu ito do
exigque na ?v erda
ente

R e s p os t a : Sua preocupação tem


fundam ento. Nossa geração
está obcecada com números e uma falsa visão de sucesso que
reflete os valores deste mundo, mais propriamente do que o
m un do p or v ir. Supõe-se que é possível convencer qualq uer p es
soa a comprar qualquer produto se a propaganda for espalhafa
tosa e se a apresentação do produto for correta. Grandes

corpor
que seuações gastam
produto sejabilhõ es empor
consumido pesqumuisa e propag
mercado and a a fim de
bastante
abrangente. Infelizmente, essa mentalidade foi introduzida da
m esm a form a na ig reja.
Para mu itos evang elistas e i grejas, Jesus Cris to tornou-s e u m
"pro du to" que deve ser emp acotado e negociado com as mesmas
E vange l ho q u e Salva

técnicas que, comprovada mente, obtiver am sucess o no m undo . Na


verdade, h oje há muitas atitudes que podemo s d enom inar de en
ganosas na apresentação do pro du to eva ngél ico . Cristo é aprese n
tado como um a panacéi a, em vez do único remédio para o pecado
e o livramento da condenação. Em vez da verdade, oferecem-nos
música e entr etenimento p ara q ue "o cl ima" fiqu e apropriado , e o
evangelho, m uitas vezes, é diluíd o par a tornar-se o ma is palatável
pos sív el. Conforme Jo yce Main H anks, d a unive rsidade da Cost a
Rica, declara no prefácio da tr ad uçã o q ue ela fe z da obra d e Jacques
Ellul, The Hum iliation of the Word ("A Hu milhaçã o da Pãla vra "):
Hoje, nos Estados Unidos, os políticos são "eleitos" apenas
se eles projetam u m a im age m atraente na tel evis ão. A reação aos
"debates" presidenci ais, por exempl o, dep en de q uase que tota l
mente da imagem, não da substância, verdade ou coerência do
argumento.
De forma simi lar , a i gre ja é cond escen den te com nosso dese
jo de n os "sentir bem ", em vez de responder a n ossa necessidade
de ser espir itualmente desfiado e alimentado por meio da expo
sição sólida d as Escrituras. A i greja eletrônica, em p articula r, ser
ve nosso desejo por entretenimento em vez de alimentar o
discipulado autêntico e a matu ridad e.5

Q uan do Crist o era abo rdado p or aquelas pessoas que se of e


reciam pa ra segui-l o, El e nã o dizia a seus discípu los: " Ped ro, faç a
logo a inscrição dele ! João , leve-o pa ra pa rtici pa r do coral! Tiago,
dê-lhe o cargo de diácono! Apressem-se, antes que ele mude de
idéia!" Ao contrário, C risto dizia o seguinte: "Bem, v ocê qu er me
seguir? Deixe-me lhe dizer para onde vou. Estou indo em dire
ção a um monte fora de Jerusalém chamado Calvário. Ali, eles
me cruc ifica rão . P ortanto, se vo cê realmen te q uer m e segui r, tam 
bém deve peg ar sua cruz imediatamente!" Isso mesmo, Jesu s dis
se: "Se algu ém quiser vir após mim, re nuncie-se a s i me sm o, tome
sobre si a sua cruz e siga-me" (Mt 16.24).
Cristo não pode ser apresentado como um líder inspirador
que nos ajudará a nos sentirmos melhor conosco mesmos, nem
como alguém que curará nosso corpo ou fará prosperar nosso
casam ento ou negóci o. Ao contrári o, El e pre cisa ser aprese ntad o
como o Salvador daqueles que sabem que merecem a punição
30 0
eterna de Deus e que não podem salvar-se a si mesmos. Temos
de cham ar o s pecadores ao arrepen dime nto e acredi tar no evan 
gelh o, porq ue ele é verdadeiro. Todo s que recusam a verd ade rece
berã o a gran de decepção de acreditar na mentira de Satan ás "pa ra

que sejampra
tiveram julgados
ze r na todos
iniqü os
idadque
e" não creram
(2 Ts 2.12).aAverdade;
serieda antes,
de do e va n
gelho precisa ser resgatada se, em vez da abundância de falsas
profissões de fé , quiserm os v er a salvação genuína.

Quem realmente É Salvo?


Questão: Se um católico romano crer de todo coração no Se
nh or Jesus Cri sto e est iver com prom etido a ser vi- lo como Senhor
e se crê que a úni ca ma neira p ara seus pecad os serem pe rdo ado s
é por meio da morte de Cristo, como expiação para esses peca
dos e se arrepende r, el e não ser á salv o? Supo nha que u m a pessoa
obtenha a salvação apenas pela fé; será que ele perderá a salva
ção ao acreditar no batismo inf anti l? Ser á que ele perd e a salva
ção ao crer que a comunhão é realmente o corpo e o sangue de
Cristo, conforme o Senhor disse que era? Será que ele perde a
salvação se acreditar no purgatório?
R e s p o s t a : Qu alquer pessoa que acreditar que o evangelho “é
o po de r de D eus pa ra salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16),
é salvo, independentemente de ser chamado católico, batista,
m etod ista ou q ua lqu er outro nom e. Se , entretanto, a i gre ja cat óli
ca "crer de todo coração no Senhor Jes us Cristo", conforme você
sugere, então ela se defrontará com um conflito irreconciliável
com as doutrinas e práticas de sua igreja. Pela lógica, é impossí
vel para um cat ólico r oma no ve rdade iram ente crer no evangelho
que salva e , ao me sm o temp o, a creditar nos pri ncípios do catol i
cismo , pois e les sã o diam etralm ente oposto s.
Por exemplo, como um a pessoa po de acreditar que o sacr ifí
cio de Cri sto na cruz po r seus pec ados é um fat o hi stóri co con su
mado e que Ele agora está à direita de Deus Pai no céu em um
corpo ressurrecto e gl orif icado, e ao mesm o tem po, a creditar que
Ele existe corp ora lme nte no altar cató lico na hóstia, sofrend o per-
E vange l ho q u e Salva 304
pe tua m en te as agonias d a cruz (conf orme o Co ncil io Vati cano II
afirma) "no sacrifício da missa"?6
Obviamente, essa s du as cre nça s contraditór ias não po de m ser
sustentad as ao mesmo tempo. Como voc ê pode saber qual é aque
la que os católicos verdadeiramente acreditam, se eles professam
ambas? O pe rman ecer n a igr eja cat ólica r om ana e continuar a par 
ticipar do "sacr ifício da m issa" certa me nte indica ria fé ness a igrej a
e em seus dogm as, em vez de um verdade iro evangelho bí blico.

O Evangelho Católico
Como alguém pode crer que Cristo, por meio de seu sacrifí
cio na cruz, obteve pa ra n ós "u m a etern a red enção " (Hb 9 .12) e,
ao mesmo tempo, cre r que "a obra de nossa redenção" ainda está
no processo de ser con quistad a por me io da eucaristia (con forme
o Concilio Vaticano II afir ma)?7 Com o um a pess oa po de crer que
a obra r eden tora de Crist o na cruz est á "c onsum ada" , confo rme
Ele me sm o disse (Jo 19.30) e, ao m esm o tem po, crer que a m issa é
a perpe tuaç ão do sacr ifíci o de Cristo? É difícil para qua lque r pe s
soa , se procu rar us ar raciocíni o lóg ico , crer nessas d ua s possibili
dades ao mesmo tempo.
O Concil io Va tica no II afir ma que, na missa, "C risto perp etu a
de uma forma não sangrenta o sacrifício oferecido na cruz ,.."8
Como alguém
passado? Issopode
é logi"perpetuar" um ato que
camente impossív el.foi consumado
Alguém po deno lembrar-se
ou comemorar um event o passado, mas ningué m pode perpetuá-
lo no p resent e. Com o alguém pod e crer que por meio da m orte e
ressurreição de Cristo ocorrida praticamente há dois mil anos,
a dívida de nosso pecado foi paga de forma total e, ao mesmo
tempo, parti cipar da missa que pretende ser um pagam ento adi
cional para essa dívida?
The Code of Canon Law ("O Código da Lei Canônica") declara

quesacrifício
do "a obr a de
daredenção é continuamente
eu ca ristia co Vat nsum
..." uO Conci lio ican o ada noque
II diz mistéri
a miso
sa é "um sacrifício no qual o sacrifício da cruz é perpetuado" e
ness a celebração "no sso S enhor é i mo lado, ao oferecer- se a si m es 
mo ao P ai para a salv ação do m und o p or intermédio do m ini stér io
302
dos p ad res ".10Eis aqu i um breve r esum o do e nsina me nto cató lico
oficial sobre a missa, o qua l foi retira do d e um dicionário católico:
A missa é ver da de iram ente um sac rifício propiciatório, o que
signif ica que por m eio dessa oblação "p od em os sati sfazer a exi
gência
to, e perdodo
Senh or, emEleásnos
a nossas d á aegraça
ações peca edosoaté
do mmedosmo
a rrep
os en dimgra
mais en 
ves . Pois a vítima é um a e a mesma: Ele que faz a oferta po r meio
do ministério dos padres e*Ele que, depois, oferece-se a si mes
mo na cruz" (Denzinger 1743).

No entanto, a Bíblia claramente afirma que o sacrifício de


Cristo não está continuam ente sendo ofereci do no presente, mas
foi consum ado de um a vez po r todas na cr uz.

...uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sa


cri fício de si mesmo. A ssim tam bém Cris to, oferecendo-se um a
vez, par a tirar o s pecados d e muitos, aparecerá segu nd a vez, se m
pecado, aos que o esperam para a salvação (Hb 9.26,28).
Mas este [Cr isto], ha ve nd o ofereci do um único sacrifício p e
los pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, [...]
Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são
santificados. [...] não há mais oblação pelo pecado(H b 10.12- 18; grifo
do autor ).

Uma Escolha a Ser Feita


Ninguém pode acreditar em Cristo, para obter a salvação,
enquanto estiver olhando para a igreja, quer seja católica quer
seja qualqu er outra. As muitas orações f eit as a Maria par a "a ob
tenção do perdão de seus pecados e da vida eterna" são em si
me smas um a prov a de q ue o ca tólico não cr ê em Crist o para sua
salvação. Se eu me oferecesse para pagar totalmente um débito

em seumais
guém lugar, será que
pagasse essesedébito?
você continuaria pedindo
Isso não seria para que
evidência al
sufici
ente de que você não creu em m inha oferta nem a ac eit ou?
Ninguém pode crer em Cristo e, ao mesmo tempo em ba
tismo, sacramentos e boas graças da igreja católica romana.
Paulo escreveu:
E vangelho q u e S alva 30 3
Mas , ainda que nós mesmos ou u m anjo do céu v os anuncie
outro evan gelho além do q ue j á vos tenho a nun ciado, seja anáte-
ma. Assim como j á vo -lo diss emos, ag ora de no vo [para enfatizar
a idéi a] tam bém vo-l o dig o: se algué m vos anu nciar ou tro eva n
gelho alé m do qu e já recebes tes, se ja an áte m a (G11 .8,9).

Paulo estava se ref erindo àqueles conh ecidos como juda iza nte s,
e também os amaldiçoava, pois eles ensinaram que em acrésci
mo à obra cons um ad a de Cristo era preci so gu ard ar a l ei judai ca.
Aquele pequ eno acr ésci mo des truía o evan gelh o. N o entanto, a
igreja catól ica teve 15 00 anos pa ra acrescentar m uito mais ao eva n
gelho do que os judaizantes. Esse evangelho falso não pode sal
var, e Paulo o condena.
No entanto, os c atólico s acreditam nos funda m entos do eva n
gel ho: que Cristo é Deus, que veio à terra po r meio do n ascim en
to vir ginal , viveu de m odo perf eit o e imaculado, m orreu n a cruz
po r nossos pecad os, ressuscitou d os m ortos ao terce iro dia e vai
voltar. No entanto, isso não é tudo em que os católicos precisam
acr edi tar . O catol ici smo rom ano acrescent ou, ao verd ade iro ev an 
gelho, a missa (como sacrifício propiciatório por meio do qual
nossos pecados são perdoados), o purgatório, as indulgências, a
intercessão de Maria e a necessidade do batismo, como também
o est ar na igre ja e o participar do s "s acram entos da n ova lei", o s
qua is o Concilio de Trento e o Concil io Vati cano I I dize m que são
essenciais à salvação.
um desses dois evang E elhos
preciso que o antes
conflit indiv: oídu o ape lho
evange nas bíbl
acredite
ico ouem
o
evangelho católico romano. Ninguém pode, ao mesmo tempo,
sincer amente crer em d uas proposi ções contr ári as. Q ualquer p es
soa que confia r ap ena s em Crist o é sal va. Infelizmente, é possí
vel, ao mesmo tempo, professar com os lábios os falsos ensina
mentos de um a ig rej a sem com preende r seus f alsos ensinam en
tos. Apen as Deus po de julgar esse c oraçã o.

Deus Predestinou alguns


e outros para para o Céu
o Inferno?
Questão: Um de meus amigos deu as costas para Deus de
pois do t erc eiro ano de estudo em um seminário de estudo con
304

servador. Ensinaram-lhe que Deus já decidiu quem será salvo e


que m p assará a eternidade no inf erno , assi m como quem passa 
rá nesta vida coi sas boas ou que m pass ará coisa s más. Vo cê po
deria au xili ar-me a ajudar esse me u amigo?

R e s p o s ta : Não há d úv ida de que Deus é soberano e poderia


ter predestinado alguns para o céu e outros para o inferno. Ou
Ele pode ria en viar todos nós p ara o inferno, pois é o que m erece
mos. A questão central não é a soberania de Deus, mas seu amor.
Algo que fi ca mu ito cl aro é que Deus quer que tod a a hum an ida 
de seja salva e vá pa ra o céu:

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu


Filho unigênito, [...] para que o mundo fosse salvo por ele.

(Jo mundo
do 3.16,17;(1grifo do autor);
Jo 4.14; grifoso do
Paiautor);
enviou seu Filho para Salvador
O Senh or [. ..] não q ue ren do q ue alguns se percam , senão que
todos ve nh am a arrep end er-se (2 Pe 3.9; grifos do au tor); que qu er
que todos os homens se salvem e ven ham ao conhecimento da v er
dade (1 Tm 2.4; grifos do autor).
O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos
(1 Tm 2 .6; grif o d o au tor). E el e é a propic iação pelos n ossos p e
cados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o

mundo (1 Jo 2.2; grifos do autor).

N ingué m irá para o i nferno apenas porqu e D eus assi m quis


ou porq ue El e não fe z tudo que pod ia pa ra persua di-lo a cr er n o
evang elho que Ele ofer eceu total e graciosam ente a todos. Aque
les que perecem só perecem porque rejeitaram a salvação que
Deus ofe rece c om toda sua persuasão. Sugeri r que D eus não quer
que toda a hum an idad e sej a sal va é um a difamação de seu cará
ter, e a Bíblia seria contraditória! Como poderia ser que Deus,

que
E diz que devel vem
inconcebí os am ar
que Deus nossos
tenha in imigos,
o desej nãoiaramasse
o de env os se
algu ém us?e
que El
realmente ama para o inferno. Na verdade, muitas pessoas vão
para lá pelo fato de rejeitarem a salvação que Deus, amorosa
men te, nos ofer eceu por meio de sua graça .
E vange l ho q u e Salva 30 5
Presciência Determina a Predestinação
Se for para crer que Deus predestinou algumas pessoas a ir
para o inferno, então devemos também acreditar que Ele
predestinou que Adão e Eva deveriam pecar e, portanto,

pre des tinou


absurdo. todo o ma
O calvinista l que sedizseguiu.
rigoroso Iss osomos
que todos é totalm ente ilóg ico e
totalmente
depravados e não podemos escolher se vamos receber a Cristo
ou não. No e ntanto, esse argu m ento não se apli ca a A dão e Ev a,
pois eles foram criados n a inocência. S e hoje, como nós, eles pu 
dessem escolher apenas o mal, então a recomendação de Deus
para que não comessem do fruto proibido (como também seu
apelo para que venhamos a Cristo) é uma farsa.
A rebelião das criaturas no jardim do Éden, até aquele mo
mento, eram inoce ntes e viviam em um ambiente perf eit o, pode
apenas ter sido o resultado do desejo que tinham de opor-se ao
desejo de Deus. E se essa não fosse uma escolha genuína, então o
pecado não poderia ter entrado no mundo por aquele ato, uma
vez que eles já dev eriam ser pecadores.
E verdade, Deus previu que Adão e Eva se rebelariam e Ele
tinha conhe cimen to de todo o m au que se seg uiri a. Portanto, El e
providenciou para que todo pecado e todo pecador fos se perdoa 
do por meio de Cristo mesmo antes de Ele ter criado o mundo
(Ap 13.8). Mas Ele não pr edestinou o mal que se inici ou no Éden e
que p erm eia o mundo ! Se Ele assim o fize sse, então tod as as vio
laç ões , assassinatos, ódios e ciúmes que já ocorreram na históri a
e continuam ocorrendo até hoje existiriam porque Deus assim
predestinou. Mais um a vez, iss o é totalm ente inconsistente com o
caráter de Deus, conforme revelado em sua Palavra.
Romanos 8.29,30 declara: "Porque os que dantes conheceu,
ta m bé m os pre de sti no u [...] ch am ou [...] justificou [...] glorif icou".
Deus, de forma clara , certi ficou-s e de que o evan gelho seri a ap re
sentado a todos que Ele sabia que creriam em sua Palavra. Por
tanto, a presciência é a chave da predestinação.
Os calvinistas rigorosos objetam de que o fazer a escolha "é
fundamentado em uma ação e a salvação não depende delas".
Entretanto, o fato de um homem escolher aceitar o perdão que
306
Deus oferece em Cristo não constitui uma ação humana. Se um
hom em que esti ver s e afogando, impotente pa ra salvar a s i me s
mo, aceitar um a ajuda de resgate será que el e, desse mod o, teria
feito alguma coisa para salvar a si mesmo? Será que ele poderia

dizer qu e fo(conforme
se orgulhar i sal vo po alguns
r sua s pró prias em
sugerem açõrelação
es? Se rá que eleque
àqueles poderia
receberam a Cristo por um ato de sua própria vontade) de que
seu resgate do afogamento ocorreu porque era "bastante esper
to, bastante amoroso, bastante sábio, bastante justo ou bastante
qualquer outra coisa"...? É claro que não.
A salvação é toda de Deus e toda pela graça. Aqueles que a
aceitam não têm nada a ganhar. Na verdade, um pecador, para
ser salvo , deve confessar sua total indig nid ad e e i nabilidad e para

merecer
como umoudomganhar a salvação.
gratuito Ele deve
da graça simplesmente
de De us. recebê-la
Um dom incorpora dois elementos essenciais: (1) a doação
desse dom; e ( 2) a recep ção de le. N ingué m pod e d ar u m dom a
alguém a menos que a pessoa esteja disposta a recebê-lo. Deus
não impõ e nem a si mesm o nem sua graça a ninguém . Devemos ,
deliberadamente e de boa vontade receber o dom da salvação.
Ess a é razão pela q ual o evan gelho é pregad o, e pa ra a pessoa ser
salva precisa acreditar nele.

Satanás É nosso Co-redentor?


Questão: Não sou seguidor da, ass im cham ada, "fé do s mes
tres" no que diz respeito ao "evangelho sadio e rico" deles. En
tretanto, parece-me que eles têm bastante fundamento, quando
ens inam que Cristo fo i ao i nferno para ser tortu rad o p or Sata nás.
De que ou tra mane ira E le pod eria pa gar a punição tota l por nos
sos pecados?

R e sp o s ta : A pun ição p ara o pecad o é decretad a pela perfei ta


lei de D eus e cob rada p or s ua just iça infi nit a. Satanás nã o é qu em
impõe a justiça de Deus. Ele não cobra a punição de Cristo. A
Bíblia nos diz que Deus "fez cair sobre Ele [Cristo ] a iniqüidade
de todos nó s" e que "ao S enhor ag rad ou o moê-lo" [...], fazendo
E vangelho q u e S alva 307
com que sua alma fosse "expiação do pecado" (Is 53.6,10). Não
há um a palavra sequer sobre a par tici pação de Satanás em qua l
quer parte desse processo de redenção.
Em contras te com o qu e a Bíblia tão claram ente afirma, eis aqu i
o que u m dos líder es do m ovim ento da confissão posit iva ens ina:
Ele perm itiu que o demôn io o arrastasse para as profund ezas
do inferno com o se E le fos se o mais iníquo de todos os pecad o
res... todo os demônios do inferno ali vieram para aniquilá-lo...
eles o torturaram mais do que qualquer pessoa jamais pudesse
conceber...
Em um estron do d e forç a espiritual, a voz de Deus falou a o
espírit o de J esus , mortalm ente açoitado, qu ebr anta do e punido...
no fosso de destruiçã o Deus fortale ceu o espírito de Jes us com o
pod er da ress urr eiç ão! Repentinamen te, seu espíri to alquebrad o

deu uma
vida... Eleguinada
estava eliteralmente
começou a nascendo
encher-se de
novamente
novo aose olhos
voltar do
à
demônio. Ele começou a flexionar seus músculos espirituais...
Jesus arrastou Satanás por todos os recantos do inferno... Jesus
ressuscitou um homem nascido de novo... o dia em que percebi
que um h om em nascido d e novo de rrotara a Sat anás , e a morte ,
fiquei mu ito em polg ado ...!12

Ensinar que nos sa redenç ão fo i alcançada p or m eio de Sata


nás que torturou Jesus no inferno, é algo sem sentido e

fantasioso,
fosse nossoectambém umaSe
o-redentor. heresia. Issotivesse
ele não faria com
tor que
tu raSatanás
do Jesus o su 
fici ente , não seriam os salvos — e se el e assim o fe z, deve ríam os
agradecê-lo? Como podemos saber se ele torturou a Cristo o
sufic ient e pa ra nos salv ar?
Satanás não é o proprietário do inferno. Ele nem mesmo já
esteve lá. Tampouco Satanás tortura os cond ena dos, pois el e me s
mo ser á con denad o com o "fo go et erno , pre para do pa ra o Di abo
e seus anjos" (Mt 25.41), quando "a morte e o inferno foram lan
çados no lago de fogo" (Ap.20.14).
Antes de Jesu s morr er, clamou em tri unfo : "Está cons um ado "
(Jol9. 30), indica ndo que nossa redenção fora co nsu mad a na cruz.
Crist o disse ao ladrã o da cruz q ue acreditasse n Ele: "Em v erd ade
te di go qu e hoje esta rás com igo no P araíso" (Lc 23.43; grifo do a u
30 8
tor), não no inferno! Ele disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito" (Lc 23.46) Ele não acabou nas mãos de Satanás!

Somos Salvos pelo Batismo?


Questão: Marcos 1616 diz: " Qu em crer e for ba tiza do ser á sal
vo " (Mc 16.16). Em seu serm ão no dia de Pentecostes, P edro in stou
seus ouvintes a serem batizados para que seus pecados foss em la
vados. Fico confuso. O batismo é essencial para a salvação ou não?
R e s p o s t a : Não há um só versículo em toda a Bíblia que diz
que deixar de ser batizado é uma condenação para a alma, mas
há inúm eros versí culos que declaram que os que se perd em são
os que não crêem no evange lho. Con forme Paulo diss e: "Po rque
Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar" (1 Co 1.17;
grifo do autor; cf. 15.1-4). Na afirmação clara de Paulo: "O evan
gelho [...] pelo qual também sois salvos" (1 Co 15.1-4), não há
menção do bati smo.
A pessoa deve ser batizada após crer no evangelho. O "que
impede que eu seja batizado? [...] E lícito, se crês de todo o cora
ção" (At 8.36,37). Cristo, depois de sua ressurreição enviou seus
discípul os para preg ar o evangelho no mu nd o todo. Para os que
se convertessem, Ele disse: " Batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Esp írito Sa nto" (Mt 28.19; grifo do auto r). Fica clar o, a
partir desse texto, que todos os que crêem (e apenas estes) de
vem ser bati zados.
O batismo simboliza a i dentif icação do crent e com Crist o em
sua m orte, sep ultam en to e ressur reição: "De sort e que fomos se
pultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo
ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
tam bém e m nov ida de de vid a" (Rm 6.4). Portanto, o batismo na
Igreja Primitiva era por imersão: "E desceram ambos à água [...]
E, qu an do saíra m d a á gu a" (At 8.38,39; etc.). A morte po de ria ser

simbo lizada nesse tipo de batis mo.


Inovações Deturpadas
Infeli zmente, várias inovações (aspersão, em vez de imersão)
e, at é mesmo, heresia s foram g radua lme nte ap resentada s na ques-
E vangelho q u e Salva 309

tão que diz respeito ao batismo: que o indivíd uo d eve ser batiza do
pa ra ser salv o e que o batismo e m si salva a alma, mesm o qu an do
adm inistra do em bebê s. Os cató licos at é praticam o batismo intra-
uterino do fe to quand o há dúv ida se o bebê nascer á com vida ou
não .13Tais her esias pa ssa ram a ser conhecidas com o a d ou trina da
regeneração batismal. A maioria dos protestantes que hoje acei
tam cren ças simil ares não estão conscientes de que essa concepção
srcinou-se na igrej a cató lica roma na, n a Id ade Médi a.
O Concilio de Trento (1545-63) afirma que embora Cristo,
"pa ra nós, mereça just ifi cação por sua m ais santa paixão ... a cau 
sa instrume ntal [da justi ficação/regeneração] é o sacram ento do
bati smo... se algué m disse r que o batismo não é necessário pa ra a
salvação , q ue ele se ja an át em a" .14O Co ncilio Vaticano II (1 962-5)
rea firm a t ud o o que o Concilio de Trento pr o pôs1:i e reite ra a ne 
cessidade do batism o pa ra a salvação ,16conforme afirma tam bém
o Catecismo da Igreja Católica, publicado pelo Vaticano, em 1993:
"O batismo é necessário para a salvação... a igreja não conhece
ne nh um [outro] meio para g arantir a entrad a na bem-ave nturan-
ça ete rn a. .." 17
O Concilio de Trento condena todos os que negam que o
mérito de "Jesus Cristo aplica-se, por meio do sacramento do
batismo infantil", também os bebês ou os que negam que, pelo
batismo, "a culpa pelo pec ad o srcinal é pe rdo ad a..." 18 The Code
ofthe Canon Law ("Odele
Códig o daforem
Lei Can ônica ") atu al (cân on 849)
declara que por meio os que batizados ficam "livres
de seus pecados, são nascidos de novo como filhos de Deus e...
inco rpo rad os à ig rej a". O câno n 204 af irma: "Os cristãos fi éis são
os que foram incorporados a Cristo por meio do batismo" e são,
po r meio dele, da única e ver da de ira igrej a católica.1 9

E quanto ao Batismo Infantil?

Por tada
foi rejei muitos
po rsécul os, antes
cat ólico da Reforma, a que
s não-praticantes regene raçãoam
en sinav batisma
fu nd al
m entados na s Escrit uras de que o batismo era apenas para a qu e
les que cressem no evangelho. O batismo infantil foi rejeitado,
pois os bebês não podiam nem compreender o evangelho nem
3 i0

cre r em Cri sto . Aqueles que p ratica vam o batismo inf anti l jus tifi 
cavam-no com a citação de um suposto precedente bíblico, em
que famí lias int eir as foram batizadas, partindo-se do pre ssup os
to de que havia bebês nessas famílias.
Pode-se facil mente co mp rovar que nã o foi isso que acontec eu.
Conside re a casa de Corn éli o: ele s esc utaram o evangelho, c reram
nele e foram batizados. Fica claro que não havia nenhum bebê,
pois e les todos estav am "presentes dian te de Deus, para ouvir tudo
quanto por Deus te ê mandado" (At 10.33), coisas que um bebê
não poderia entender. "Caiu o Espírito Santo sobre todos os que
ouviam a palavra" (v. 44), e eles falaram em línguas (v. 46).
O fato de que "receberam [...] o Espírito Santo" (v. 47) prova
que foram salvos. Pedro, portanto, os batizou (v. 48). Essa passa
gem prova que uma pessoa pode ser salva sem o batismo e que
apena s aq ueles qu e já foram salvos dev em se bat iza r.
Tampouco o batismo infantil pode ser apoiado a partir da
história do carcereiro filipense que "foi batizado, ele e todos os
seus [de sua casa]" (At 16.33; grifo do autor). Mais uma vez, fica
óbvio que não havia bebês presentes, pois Paulo e Silas prega
ram o evangelho "a todos os que estavam em sua casa" (v. 32) e
"to da a sua casa" creu (v . 34) e foram , de pois, batizad os.
Não é possível pregar o evangelho aos bebês, nem mesmo
por aqueles que os batizam.

Equívocos Herdados do Catolicismo


Os primeiros reformadores, como M artinho Luter o, haviam
sido cat óli cos e , infeli zmente, retive ram alguns d og m as d o cato
licismo, dentre os quais a regeneração batismal e o batismo in
fantil. Esses erros são ainda hoje sustentados por algumas deno
minações pro testantes. Ess a que stão é bas tante séria: se o batis 
mo é essencial para a salvação, então rejeitar esse evangelho é o
mesmo que ser condenado; mas se a salvação existir só pela fé
em Crist o, então acrescentar o batismo com o um a condição pa ra
a salvaç ão é o me sm o que rej eit ar o verd ade iro eva ngelho e des se
modo ser condenado por toda a eternidade.
A Bíblia declara que é errado ensinar a salvação pela fé em
Cristo acrescentando a lgo mai s , com o g ua rd ar a lei juda ica (At 15.24).
E vange l ho q u e Salva

Paulo amaldiçoou (anatematizou) os que ensinavam esse falso


evangelho que condena a alma (G11.8,9). Um evangelho da sal
vação por intermédio de Cristo é igualmente falso.
Paulo não conseguia se lembrar quais foram os crentes de
Corinto que ele batizara e sentia-se grato porque o número era
ba sta nte d im inu to (1 Co 1.14-16) — um a ati tud e estra nha , se o ba 
tismo fosse essencial para a salvação! Paulo, mesmo sem tê-los
batizados, declarou que era seu pai na fé : "Porq ue eu, pelo evan
gelho, vos gerei em Jesus Cristo" (1 Co 4.15). Portanto, eles foram
salv os por m eio da pregaç ão d e Paulo e sem q ue este os batiz asse.

Textos que Provam a Regeneração Batismal


E o que dizer de Marcos 16.16: "Quem crer e for batizado
será salvo; mas quem não crer será condenado"? Todos os que
crêem no evangelho são salvos, portanto, obviamente, todos os
que crêem e são batizados são salvos. Entretanto, isso não quer
dizer q ue o batism o salve ou que seja essenci al para a sal vação .
Inúm eros versíc ulos declaram qu e a sal vação vem p or m eio da fé
no evangelh o, sem qua lquer menção ao bati smo: "A prouv e a Deus
salvar os crentes pela loucura da pregação" (1 Co 1.21; grifos do
au tor ). Veja ta m bém Joã o 3.16,18,36; 5.24; Ato s 10.43; 13.38; 16.31;
Romanos 1.16; 3.28; 4.24; 5.1; 1 Coríntios 15.1-4; Efésios 2.8; etc
N enhum desses versículos diz q ueclaro,
o batism o salva.
A Bíblia certamente deixaria se esse fosse o caso, que
crer em Cristo sem o batismo não seria suficiente para se obter
salvação, mas nenhum versículo diz issol Ao contrár io, temos exem 
plos dos q ue crêem e foram salv os sem o batismo, como o ladrão
da cruz e os santos do An tigo Testamen to (Enoque, Abraã o, José,
Daniel e todos os outros) , que desco nhec iam o batismo.
No entanto, P edro di sse : "Com o um a verdade ira /zgwr a, ago
ra vos s alva , bati smo, não do d espoja me nto da im und ícia da car

ne,
pelamas
ressdaurre
indagação
içã o de de umaCris
Jesus boato"
consciência para
(1 Pe 3.21; com
grifo doDeus,
autor). Essa
afir mação é similar à declar ação de P aulo que diz que fomos se
pultad os com Crist o no batismo e , por meio disso, mo rrem os para
o pec ado — embora n ão estejamos literalmente mortos para o pe-
342

cado. Pedro não está dizendo que o ato físico do batismo nos
sal va, co mo tam bém Paulo não est á dizen do que morrem os lit e
ralmente para o pecado. O batismo nas águas não tem esse po
der. É uma figura ou simbolização do batismo esp iritual e m Cris

to, efetuado
o sem pre nopelo
céu eEspírito Santo
pod e ser e que
vivido foif estabelecido
pela é enq uan topara todoos aqui
estam
na terra.
Algo bastante significativo é que Cristo nunca batizou nin
guém (Jo 4.2) — o que seria bastante estranho, se o batismo sal
vass e. O Sal vador do m un do tev e de deliberada me nte evita r ba
tizar para deixar cl aro que o batism o não faz parte d a sal vaçã o. E
verd ade , Crist o disse que é preciso nascer de novo “da água e do
Espírito" (Jo 3.5; grifo do autor) para ser salvo, mas seria ilegíti
m o pre ssu po r que essa " águ a" seja literal e signifi que bati smo.

Água e a Palavra
Jes us est ava falando com Nicodemos, um rabi no, para q uem
"água" não significaria batismo (algo desconhecido na lei judai
ca), mas o cerimonial de limpeza de um leproso ou alguém que
tivesse sido maculado (Êx 30—40; Lv 13—15; etc.). E foi exata
m ente isso que Cristo quis di zer . Sua morte torna ria possível san
tificar e purificar [a Igreja] "com a lavagem da água, pela pala
vra " (Ef 5.26). Cristo di sse: "Vós j á estais limpo s pe la pa lav ra que
vos tenho falado" (Jo 15.3).
Assim com o Cristo, Paulo un iu águ a e Espírito pa ra se ref erir à
"lavagem da regeneração" e vinculá-la à "renovação do Espírito
Santo" (Tt 3.5). Nas cem os de no vo pelo Espírito Santo e pela P ala
vra ou o evangelho de Deus, que algumas vezes é chamado de
"ág ua" e m razão de seu pode r de puri ficação. Conforme Pedro dis
se: " Sen do d e nov o g era do s [...] pela p al av ra d e D eu s" (1 Pe 1.23).
Obviamente, foi essa figura do Antigo Testamento que
Pedro, em seu sermão no dia de Pentecostes, invocou para sua
audiên cia j udaica: "A rrepende i-vos, e cada u m de vós s eja ba ti
zado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados" (At
2.38). Nos muitos outros textos, aqui apresentados, fica claro
que Pedro não estava dizendo que o batismo salva, mas que
E vange l ho q u e S alva

ofe rec ia um cerimonial de limpeza, alg o que se aplicava unica 


m ente a seus ouv intes j ude us. Ser batiza do era ser identifi cado
diante dos j ud eu s fanáti cos de Jerusalém com esse odioso Jesu s
Cri sto. M uitas vezes, o preço do batism o era a pe rda da família
e dos amigos, assim como corria-se o risco de perder a vida,
como ainda acontece em Israe l e em países muç ulm anos. A que 
les, em tais culturas, que temem assumir publicamente sua fé,
até nos dias atuais, não são considerados verdadeiros crentes.
Portanto, na época e naquela cultura, para u m jude u ser batiza
do signifi cava em certo sen tido la var os peca do s (At 2 2.16), con 
forme Ananias disse a Saulo.
O "evangelho de Cristo, portanto, é o poder de Deus para
salvação de to do a que le que crê" (Rm 1 .16). Ess e evang elho co n
forme Paulo o preg ou exig ia f é no sangue de Crist o de rram ado
na cruz por nossos pecados. Não há menção sobre o batismo.
Ass im, pregar a regeneração é pregar um falso evangelh o, e Pa u
lo am aldiçoo u aqueles qu e assim fizeram. A diferença entre ess es
dois evangelhos tem conseqüências eternas.
Portant o, o bat ismo não tem importância? Na verd ade, tem
sim. E uma atitude de obediência a Cristo que assim ordenou à
igreja. O batismo, d e fato , é o tes tem un ho pú blico d e noss a fé em
Cristo, e a expressão de nosso desejo de permitir que a vida
ressurrecta de Crist o sej a man ifestada em nós.
Sustenta-nos, Ó Virgem Maria, em nossa jornada de fé
e obtém para nós a graça da salvação eterna.
— P apa João P a u lo II , e m " T h e H o l y F a t h e r s p r a y e r f o r th e M a r i a n Y e a r " ("Oração
do Santo Padre para o Ano de Maria")1
O ensiname nto da igreja é de que, em mom ento algum, saber ei como
será meu futuro eterno. Posso es perar, o rar, fazer o melhor que pu de r —,
mas ainda assim não sei. O Papa João Paulo II não sabe absolutam ente se
ele irá par a o céu, nem a mad re Tereza de Calcutá o sab e...
— J o hn C a r d in a l 0 ' C o n n o r , n o v a io r q u in o , no The Ne w York Times2

Eu diss e a Je sus que se eu não fosse para o céu por qualq uer outro
motivo, iri a dev ido a to das as viagens e publicidade, pois elas me

purificam,
realmenteepron
me sacrifica
ta para m, e me odeixam
ir para céu.
— m a d r e Tere za de C a l c u tá , n o C a fé da M a n h ã de O r aç ão N a c i o n a l de W a s h i n g t o n ,
D . C ., e m 3 de fe v e r e ir o de 1994.

Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para
que creiais no nome do Filho de Deus.
— 1 João 5 .1 3
i :r t i :z a
DA SALVAÇÃO

Como Combatemos D úvid as a Respeito


de nossa Salvação?

Questão: Sou um crist ão renascido que re cebeu a Crist o como


Salvador há mais de vinte anos. Naquela época, eu literalmente
deixei Cristo tocar m eu cora ção e m ud ar m inha vi da. No entanto,
há m omentos em que tenho de lutar co m dúvidas, pois não me
sinto correto para com o Senhor. Sei todos os versículos do evan
gelho e acredito neles, mas tenho a impressão de que há algo
faltando. Você pode me ajudar?
R e sp o s ta :Pode haver m uitas razões pa ra ess e sentimento de
não "sentir-se correto para com o Senhor". Uma criança que,
secretamente, faz algo que seus pais não aprovam, não se sente
correta s obre i sso. Porém, iss o não m ud a o fato de continu ar sen 
do fil ho del es, em bora saiba que se o s pais soube ssem o que está

fazendo,
sobre nós.ficaria m d esa pon tado s com el e. É claro , Deus sabe tud o
Você vive um a v ida carnal con sum indo est e breve período de
tempo que lhe foi concedido nesta terra em busca de ambições e
praze res vãos, e esquece ndo-se de que este temp o é muito curto e
316

a eternida de é para sempre? Em seu coração você s abe que o pro 


ble ma é a desobe diênc ia e a negl igência. Além desses mo tivos, a f é
de uma pessoa pode diminuir quando negligencia a Palavra de
Deus, a oração e a com unh ão reg ular com o utros cren tes.
Nossa confiança em Deus e nosso relacionamento com Ele
começam com a Palavra, nutrindo-nos dela e apoiando-nos em
sua prom essa. Você pod e até fazer i sso e ainda ter dúv idas, pois
não tem uma base sólida o bastante para confiar na Palavra de
Deus . Um a das melhores maneiras de restaurar sua conf ian ça na
Palavra é mediante o estudo das profecias. O cumprimento das
profe cias forn ece evidência tangível e prática que comprova , sem
a menor sombra dúvida, que a Bíblia é inspirada em Deus e que
podemos confiar em tudo que ela diz.
A convicção da fé repousa sobre a verdade do evangelho e
na da o torna tão ce rto qua nto o cum prim en to das profec ias a res
peito da vida, morte e ressurreição de Jesus. Em relação a isso,
você precisa fundamentar-se totalmente na Palavra de Deus e
depois con tar as boas nova s e com partilhar as inevit áveis provas
com os outros . A melhor ma neira de fortalecer sua fé é contar aos
outros por que voc ê cr ê e estar si nceramente em pen had o em ga
nh ar outras pessoas pa ra Cri sto.
A ferramenta fund am enta l que os cri stã os pr imitivos usava m
pa ra pre ga r o evang elho e ram as pro feci as. Hoje pr ecisamos fazer
a mesm a co isa. Paulo podia entrar em um a sin agoga, l er no Anti
go Testament o profe cias que prom etiam a vinda do Messias e de 
pois lh es mostrar que, na verdade , ela s já haviam sido cump ridas
na v ida, mo rte e ressur reição de Jesus de Nazaré. Se os jude us fos
sem honestos, não teriam outra escolha além de acreditar que Je
sus era o Messi as que e sperava m. Eis aqui a m ane ira como Lucas ,
que a com panh ou Paulo em suas viage ns, regi stra um típ ico i nci 
dente ocorrido em um a das muitas cidades que visitar am:
E, passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a
Tess alônic a, onde havia u m a sinagoga de judeu s. E Paul o, como
tinha po r costume, fo i ter com el es e, por três s ábado s, d ispu tou
com el es s obres a s Escrit uras, exp ond o e de m on stra nd o que con 
vinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. E este
Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo (At 17.1-3).
C krteza d a S alvação
347

Não Há ne nh um a Certez a Inte rna do Espírito Sa nto ?

A co nvicç ão da fé dos cri stãos está restri ta ao c um 


Questão:
primento de profecias que é demonstrado por meio de fatos
verifi cáveis da história, arque olog ia e ciênc ia ou, de q ua lqu er for
ma, há u m a confirmação espiritual? E a respeito de experiências
espirituais? Não há nenhuma certeza intrínseca em relação ao
Espírito Santo?

R e s p o s ta :
"De sorte que a fé é pelo ouvir [...] a palavra de
Deus" (Rm 10.17). Por um lado, a Palavra de Deus sustenta-se
em si mesma e não precisa de confirmação externa, pois ela "é
viva e e ficaz, e mais p ene trante do q ue q ualq uer esp ad a [...] e é
apta pa ra discernir o s pen sam ento s e intenções do coração" (Hb
4.12). Por outro lado, D eus nos d eu confirmação externa, po rta n
to, a Palavra de D eus se prov a para nós de d uas maneira s: pelo
persuasivo e convincente poder do Espírito Santo, que inspira e
fal a ao nosso coração por m eio de s ua Palavra, e pela co nfirma
ção disponível de ver ificaçõ es externas realizadas pela arque olo
gia, históri a e ciê ncia. Q ua nd o tu do está em total concordância,
temos fu nda m ento inabalável para a cert eza absol uta .
E claro, que a confirmaçã o extern a não é essencial, poi s, mes 
mo sem ela, o Espírito Santo fala poderosamente aos corações
que querem escutar: "O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). Portanto, convic
ções subj eti vas pod em ser engan osas. Considere as multidões que
já seguiram a liderança errada, foram desviadas pelo que p ensa
ram ser a "li derança do Espírit o Santo ", e isso apag ou os pe ns a
men tos que anelavam ou troux e algum a ou tra desi lus ão.
Por parte do Espírito Santo não há imperfeição, mas apenas
de nossa parte. De qualqu er man eira, é útil t er algum a confirma
ção inde pen den te. A fragilidade hu m an a nos deixa suje ito s à fal 
sidade de nosso coração: "Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, es
qu ad rin ho o coraç ão... " (Jr 17.9,10) Precisamo s estar em gu ar da e
orar como Davi:
348
Aborreço-os com ódio completo; tenho-os p or inimigo s.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu cor ação; prova-me e
conhece os me us pen same ntos. E vê s e há em mim algum
cam inho m au e guia-m e pelo cam inho etern o (SI 139.23,24).

Além disso, podemos ficar confusos diante de evidências ar


queológicas e hi stóri cas que con tradig am a Bíblia se tivermos ap e
nas o que pen sam os ser a cert eza interna do Espíri to Santo. Con tu
do, l embre- se de qu e os esforços hum ano s pa ra col her dados, por
interm édio da pesq uisa arqueoló gica, hist órica e ci entífica estão su 
jeitos ao erro. Não p odemos deixar de lado nossa confiança na Pala
vra de Deus, mesm o qu and o os críticos afirmam ha ver evidên cias
contraditórias. Eles estavam errados todas as vezes que contesta
ram o que a Bíb lia afir mava. É útil, de qua lque r ma neira, conhecer
as evidências queprincipalmente
concentramo-nos dão sustentação
em àtaisBíblia. Por essa
afirmações nesterazão,
volume.

O Conh ecimen to que Es tá além da Compreensão


Todavia, há um conhecimento que vai além do intelecto e da
capacidade de compreensão do ser humano. Paulo orava pelos
crent es em Ef eso para que pud ess em "conhecer o am or de Cri sto ,
que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a
ple nitud e d e D eus" (Ef 3.19; gr ifo do autor). Exist em a bu nda nte s
confirmações do Espírito Santo, as quais estão disponíveis para
todo crent e, remo vem toda dú vid a possível e capacitam o cr ent e
para, sem suporte extern o, passar a men sagem de Deus com cer 
teza convincente.
As maiores experiências de vida estão todas além de nos
sa fini ta com preensão. O am or não pod e ser expli cado ou an a
li sado. Como tam bém não o pod em se r a belez a, a bo nd ade ou
o júbilo. Uma pessoa pode ter doutorado em todos os assun
to s ofereci dos pelas unive rsida de s terrenas e não ser capaz de
explicar por que o pôr-do-sol é bonito. Mesmo uma simples
criança pod e ex ultar com o júbil o e a prim orosa beleza da cri
ação de Deus.
O me sm o acontece com o conhecer a Deus. O salmista com 
pa ra seu des ejo de conhecer a Deus com a sede por água de um
O rteza d a S alvac Ao 349
cervo perseguido pelo caçador (SI 42.1). Paulo clamou: "Para
conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de
suas aflições, sendo feito conforme a sua morte" (Fp 3.10). Essa
pod eria ser a paixão de nosso cora ção . H á alg o que pod eria ser
mais desejável?
Tal conhecimento de Deus e a certeza da salvação vão além
da com preensão int elect ual e não pod em ser abalados por arg u
mentos int ele ctu ais , não imp orta o quan to apa rentem ente sejam
convincentes. Jesus disse: "E a vida eterna é esta: que conheçam
a ti só po r único D eus ve rdad eiro e a Jes us Cris to, a que m envias-
te" (Jo 17.3). Deus disse que vamos encontrá-lo (i.e., ter aquele
conhecimento íntimo dEle que está além do intelecto e só pode
ser experim entado n o coração p elo Espír ito San to) q uan do o bu s
carm os com to do o noss o coração (Jr 29.13). Ele pr om ete u pre m i
ar com o conhecimento íntimo dEle, aquele que "creia que ele
existe" (Hb 11.6). Gaste tem po com Ele em oraçã o e com sua Pa
lavra, e seu conhecimento e amor por Ele crescerão, assim como a
certeza do seu am or e da orientação sobre E le.

E a Respeito do Purgatório?
Questão: Recentemente, ouvi de católicos alguns dos mais
persuasivos argumentos sobre o purgatório. O texto de 1 Corín-
tios 3.12-15 ensina que os crentes, depois de mortos, devem ser
que im ado s para ser purificados. Hebr eus 12.14 declara que de
vemos seguir "a san tificaçã o, sem a q ual ningu ém verá o Se nhor" .
Eles não estão dizendo que deve mo s nos tornar totalmente puros
para entrar no céu? O mesmo padrão parece ser requerido na
afi rmação : " Bem -aven turados os limpo s de cora ção, po rqu e el es
verã o a Deu s" (Mt 5.8). Min ha ce rteza da salvação fo i abalada . O
que q uere m dizer essas Escrit uras?

R eas pe or seflet
rom an ta : eOo purgatório
fa to de queénão
umaháinvenção dasalvação
certeza da igreja católica
no cato
licismo. S e ex ist isse, a i grej a ab an do na ria essa concepção. N a v er
dade, o católico que ousa acreditar na inequívoca promessa de
Cristo de que a vida eterna é um dom de sua graça e que nada
32 0
temos que fazer de nossa parte será anatematizado. O Concilio
de Trento dec reto u (e o Concili o Vati cano I I pro pô s novam ente):
Que se ja anatem atizado aquele que disser que depois do re
cebimento da graça da justificação, para cada pecador arrepen
dido, a culpa est á tão redimid a e a dívid a de pun ição eterna tão
apagada, que não perdura nenhuma dívida de punição tempo
ral para ser cumprida, quer neste mundo quer no purgatório,
antes de o s portões do cé u se abr irem .'

Em contraste, consideremos o ensinamento da Bíblia junta


mente com o senso comum. E bastante óbvio que mesmo se um
lugar como o purgatório existisse nenhum fogo literal poderia
purific ar a alm a e o espírito. Além disso, é a obra do crente (a qua l
ele construiu fundamentado em sua fé em Cristo), não o crente
em si mesm o, que seria testad o pelo fog o:
E, se alguém sobre este fundamento fo rm ar um edifício de
ouro, prata, pe dra s precio sas, madeira, feno , palha, a obra de cada
um se man ifestará; [...] pelo fogo será descoberta; e o f ogo pro va 
rá qual seja a obra de cada um (1 Co 3.12,13; grifo do autor).

Paulo não está falando literalmente de fogo, como também


não está falando de m ade ira e our o. El e está, obviam ente, falan
do por metáfor as, cham ando algumas obras de m adeira, de f eno
ededeprpalh
ata eade
(ospequais
dra ssão consum(as idos
preciosas quaispelo
sãofopurificada
go), e outras de fo
s pelo ouro,
go).
Não há nada aqui (ou em qualquer outro lugar das Escrituras)
que sustente a afir mação cat ólica de que as chamas de um pu rg a
tór io i maginário pu rgu em o indivíduo que assim ex pia seus pe 
cados. Paulo trata unicamente das obras que foram feitas por
Cristo e de qual prêmio, se ho uv er algum , será recebido por ela s.

A Questão dos Galardõe s


Em Apoc alipse 22.12, Cristo diz: "E eis que cedo ve nho, e o
meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua
obra". Aqui a en trad a no céu não é a questão, mas sim o galardão
que cad a crist ão receberá no céu por suas obras n a terra, as coro 
as que lançarem os aos pés do nosso Senhor que nos redim iu (Ap
C erteza d a S alvacâo 324
4.10). Paulo exp lica: "Po rqu e todo s dev em os co mp arece r [no céu]
ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
que tiver fei to [i .e., obras] po r meio d o corpo, o u bem ou m al" (2
Co 5.10; grifo do autor).
E possível que alguém esfrie em seu amor por Cristo e viva
para si mesmo, em vez de viver por Ele e no serviço dEle pelos
outros. T al carnalidad e causa a per da da coroa ou coroas ganhas
previame nte, não da sal vaç ão: "Gu arda o que ten s, para que nin
gu ém tom e a tua coroa" (Ap 3 .11). A salvação a pe nas é alcançada
pela graça. Portanto, o galardão recebido é baseado nas obras,
que serão testadas em relação à qualidade mostrada no julga
mento comandado por Cristo.
Paulo compara a vida cristã com uma corrida por um prê
mio: "El es [atl etas ] o fazem p ar a alcanç ar um a coroa corruptíve l,
nós,
ch amporé
ou asmconvers
, um a incões
orru ptíve
q ue fez l"
de (1
suaCos9.25; grifo
coroas do autor).
de regozijo ( Pau lo
Fp 4.1;
1 Ts 2.20). Tam bém há outr as coroas p ar a ser conq uistada s: "De s
de agora, a coroa da justiça me está guardada" (2 Tm 4.8);
"Alcançareis a incorruptível coroa de glória" (1 Pe 5.4); "Sê fiel
até à morte , e dar-te-ei a coroa d a v ida " (Ap 2 .10).

Purificação apenas pelo Sangue Derramado de Cristo


Mateus 5.8 e Hebreus 12.14 declaram claramente que não
pod em os alcança r a santidad e ou a pure za pessoais que nos qua 
lificam para estar na presença de D eus por nosso próprio esfo r
ço. O Senhor nos purifi ca de nossos pecad os, não po r interm édio
de noss o sofri mento aqui nem em u m purgatório imaginár io, mas
por m eio da fé em Cristo e de seu sang ue q ue fo i derra m ad o por
nossa redenção : "... ha ve nd o feit o po r si m esm o a puri ficação dos
nosso s peca dos..." (Hb 1. 3)
Com o El e po de nos pu rificar para o céu? Ao pag ar a penali
dade por noss os pecado s com o derr am am ento de seu sangue e
perdoando-nos pela sua graça. Não há outra maneira de purifi
car o crente.
João lembra-nos que "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho,
nos purifica de todo pecado" (1 Jo 1.7). Está escrito que os
322
redimidos, duran te todo o período de gra nde tribul ação, "lava
ram as suas ve stes e as bran que aram no sangu e do Cordeiro [Cris
to]" (Ap 7.14; grifo do autor). Não há referência na Bíblia, aqui
ou em o utra passa gem , de que a puri ficação ocorreu em tal l ugar

chamado purgatório
se pelo sangue oumdeado
derra qualquer outra maneira que não fos
por Cristo.

Sem o Derramamento de San gue não Há Remissão


Est á cl aro que a remissão do pec ado não p od eria ocorr er no
purgatório, mesmo que esse lugar existisse. Não há sangue der
ram ad o no purg atório e, porta nto, o pecado não é r em ido lá . Ine
quivocamente, Deus declara: "... sem derramamento de sangue
não há rem issão" (Hb 9 .22). Além dis so, o san gue de rram ad o deve
ser
que prove
torna niente do sacr
impossível paraifíci o perfeitame
o pecador nte puderoseus
purificar-se e sem pecado, o
peca
dos por m eio de seu pró prio sacr ifício no pu rgatório ou em qua l
quer outro lugar.
A Bíblia assegura-nos que Cristo é o "Cordeiro de Deus" (Jo
1.29,36) "imaculado e incontaminado" (1 Pe 1.19; veja também
Ex 12.5; Ez 46.13). Apenas pelo derramamento de seu sangue,
pod em os ser purificados de nossos pecad os. P edro decla rou : "Por
que tam bém Crist o pade ce u u m a vez pelos pecados, [Ele] o justo
pelos injustos [nós], para levar-nos a Deus [não ao purgatório]"
(1 Pe 3.18; grifos do autor).
A fal sa doutrin a do p urg atório m an tém os cat ólico s em cati
veiro no qual dependem da igreja e dos rituais dela, em vez de
ser dep en de ntes d e Cri sto para a sal vação . Em conseqüência dis
so, o católico não tem certeza se alcançará o céu, pois a igreja
cat ólica roman a nunc a pô de declarar quantas missas pelo s m or
tos dev em ser ditas a fi m de que sejam l ibertados do purgatório.
Se a morte de Cristo não é suficiente para isso, quem pode afir
m ar que a repr esentação dela real izada na mis sa, me smo u m in
finit o núm ero de vezes , condu zirá a lguém p ara o céu?
Na verdad e, há um a defici ênci a decisiva na missa . Ela é cha
m ad a de "um a não sang renta" p erpetuaçã o do sacrifício de Cri sto
na cruz . Ap ena s esse fato já lhe tir a q ualq uer eficácia. O pop ular
Catecismo de Baltimore nega a suficiência do sacrifício de Cristo,
C ert e za da S alyac Ao 32 3
de 2 mil anos atrás, como um evento passado completo, quando
afirma: "N a missa, Cristo c ontin ua a oferecer-s e ao Pa i, como Ele o
fez na c ru z"4, ma s de um a "m ane ira não-sang renta cuj a manifes
tação é feita pelo pão e pelo vinho".5O Vaticano II declarou:
A Eucaristi a está acim a de q ua lqu er o utro sacri fício. El a é o
sacrifício [pelo qual] o homem e o mundo são restaurados para
Deus... [e] sendo um sacrifício verdadeiro traz em si a restaura
ção pa ra De us.6 [Nel a], nos so Sen hor é imolado.. . [e] Cristo pe r
petua de uma maneira não-sangrenta o sacrifício oferecido na
cruz [gri fos do au tor ].7

O calvár io era um a cena m uito sang renta. Ele s não expli cam
como poderia haver u m a repet ição ou conti nuação não sangren 
ta diss o. Além do mais, como j á com entam os, a Bí blia cl arame nte

diz queos]"
pecad "sem(Hb
derramamento deautor).
9 .22; gr ifo do sangueCo
nãontud
há remissão
o, a missa[dos"não san 
grenta" é o meio do catoli cismo para pr ove r a r emissão do s peca
dos aos seus seguidores — remissão essa que Cristo já realizou
na cruz e que, portanto, não é necessária para aqueles que a al
can çara m e con fiaram nE le pa ra a salvação. A Bíblia diz:
E, to m an do o cáli ce [...] dize ndo : [...] Po rq ue isto é o m eu
sangue, o sangue d o Nov o Testament o, que é de rra m ad o [na cruz ]
por muitos, pa ra remissão [puri ficaçã o] do s peca dos (Mt 26.27,28;

grifos do autor).
A este [Cr isto] dão t este m un ho tod os os profetas, de que to 
dos os que nele crêem receber ão [como um do m d a graça de Deu s]
o pe rd ão [puri ficação] dos pe cad os pelo se u nom e (At 1 0.43; gri
fo do autor).

Fica claro que a missa "não sangrenta" não tem valor para
limp ar os pecados. C omo tam bém que a missa não é necess ária .
O sacrifício de Cristo na cruz, que foi completo na época, pagou
todas as pena s po r nossos pecados. Cri sto , antes de entreg ar seu
espírito ao Pai, da cruz, clamou em triunfo: "Está consumado"
(Jo 19.30). Também sabemos que Cristo, tendo feito a purificação
ou purgação de noss os pecados, ascendeu aos c éus onde "está à
324

direita de Deus" (Rm 8.34; Ef 1.20; Hb 1.13; 12.2) e "já não morre"
(Rm 6 .9). A purificação de no ssos p eca dos foi realizad a p or C ris
to de uma vez por todas .

Uma Contradição-chave
Ao contrário d a Bíblia, o catolici smo afirma q ue apes ar de Cris
to ter sofrido a punição eterna pelos pecados, devemos pessoal
me nte sofre r a punição temporal para nos tom arm os sufici ente mente
puros para entrar no céu.s Não apenas a doutrina do purgatório
contradiz a B íblia, mas há tam bém um a óbvia contradição no pró
prio dogma. Eles dizem que a morte de Crist o não pode nos pu ri
ficar, pois a purificação, que é essencial para a admissão no céu,
requer que nós pessoalmente soframos por nossos pecados.
Também ensinam que, após nossa morte, a celebração de
missas, a recitação de rosários, as boas obras e o sofrimento dos
vivos em nosso favor (co mo os estigmas de Cristo do p ad re Pio )
e outros meios de obediência à igreja, podem reduzir ou mesmo
eliminar inteiramente o sofrimento no purgatório. Na verdade,
"Nossa Senhora do Monte Carme l" pessoalmente prom eteu sal 
var do purg atório e conduz ir para o céu t odos aqueles que (te n
do sat isf eit o outras determ inada s condiç ões) tivess em mo rrido
usa nd o seu esca pulár io.
Po rtan to, o católico f iel, afi nal, não p recisa sofrer pessoalmente !
Eis aqui uma contradição tão séria que solapa toda a doutrina
do purgatório. Surpreendentemente, o que a morte redentora
de Cristo na cruz não pôde realizar, a repetição de missas ou
rosári os, a penit ência, as boas obras , et c., sup osta m en te po de m
efetuar ao l ivrar aqueles que est ão no purgató rio da nec essidade
do sofrimento.
A Palavra de Deus , em abenç oado contraste para aqueles que
acred itam nela, dá-nos absoluta certeza de que o sangu e de Jes us
Cristo "nos purifica de todo pecado" (1 Jo 1.7; grifo do autor).
Não é necess ári a, nem poss íve l, mais nen hu m a pur ifica ção. N os
sa cer teza está em D eus, em sua P alavra e em sua prom essa, não
em alguma igreja ou sistema religioso, não importa quão antigo
ou preva lente seja.
C ert ez a l i a S alyai Cv 325

Jesus Morreu Espiritualmente?


Ou vi dizer que Je sus não apenas m orreu fisica men
Questão:
te, mas que seu Espírito também morreu. Como isso é possível?
Isso parece com a doutrina de que a "alma adormece". Se o ho

mem,
pa ra oque
céu,é como
mortalseria
, possui um que
possível a almao imortal
Espír itoedeumCristo
espírmorresse?
ito que i rá
Posso entende r como seu corpo hu m an o podia morre r, mas se Cris
to é Deus, que é espírito, como Ele poderia morrer? A Trindade
estava separada? Se o Espírito de Deus morreu, quem estava no
com ando do universo enq uanto D eus estava morto? Ess a quest ão
abala min ha confian ça na Bíblia e em minha sal vaçã o.
A incerteza surge por causa de vários ma
R e sp o s ta : l enten di
dos . Primeiro, o ensin am ento acima fo i con fun dido com o pen sa 
men to here ge de H agin, Copeland e outros "mestres da Palavra
de Fé", a saber, que nossa redenção foi alcançada pelo fato de
Crist o ter sido tortur ado , no inferno, por Satan ás. N ão é iss o que
se pre tend e d izer qu an do sérios mestres da Bíb lia dizem que J e
sus morreu "espiritualmente".
A Bíblia diz que Ele pr ov ou "a m orte p or to do s" (Hb 2 .9). Tudo
o que merecemos, Ele sofreu, o que deve incluir a morte de seu
corpo humano, alma e espírito. Não, Deus Pai e o Espírito Santo
não morreram; Cristo m orre u po r nossos pecados. Então, a Trinda
de estava
ma do em separada?
agonia: "Deus Não, Deus
meu, é um.
Deus meu,Aporinda
queque
me Jesusdesamparas-
tenha cla 
te?" (SI 22.1; Mt 27.46; Mc 15.34). O qu e isso p oder ia significar?
Aqui nos defrontamos com um mistério que está além de
nossa compreensão. Como podem os en tender a afi rmação de que
ao "Senhor Javé agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando
a sua alm a se pu ser p or expiação d o pe cad o" (Is 53.10; grif o do
autor)? Apenas sabemos e acreditamos que a penalidade com
pleta exigida pela infinita justiça de Deus contra o peca do foi paga
por C rist o na cruz, e de que "A quele [Cristo] que não conheceu
peca do, o fez pec ado po r nós; pa ra que, nel e, fôssemos fei tos jus
tiça de Deus" (2 Co 5.21; grifo do autor). Cristo foi punido por
Deus como se Ele mesm o foss e pecador, po r is so, pelo do m gra
tuito da graça dEl e, pod em os ser salv os e t er vida eter na.
326
O que Significa Morrer?
Há duas concepções errôneas: (1) de que a morte significa a
cessação da existência consciente, e (2) que apenas o corpo mor
re. Nós somos corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Essa
confusão surge porque, ao contrário dos ensinamentos de que a
"alma adormece", a alma e o espírito permanecem conscientes
após a morte física.
Jesu s disse ao ladrão na cru z: "Em v erd ad e te digo que hoj e
estará s comigo no Paraíso " (Lc 23.43) — um a afirm ação q ue não
teria sentido se nenhum deles fosse estar consciente. Jesus disse
que o hom em rico est ava conscient e do torm ento no inferno, en
quanto' no paraíso (para onde a alma e o espírito de Jesus e do
ladrão convertido foram após a morte) Abraão e Lázaro, o men
digo, (e, por implicação, todos os outros) estavam em consciente
esta do de be m -av en tura nç a (Lc 16.19-31). A alm a e o espírito dos
que estão no inferno e no paraíso estão conscientes, apesar da
mo rte fí sica e do corpo estar se dete rioran do no túmulo.
A Bíblia claramente ensina que o corpo, a alma e o espírito
morrem. A morte espiritual acontece primeiro, enquanto ainda
estamos em nosso corpo físico. Na verdade, nascemos mortos
espiritualmente enquanto a morte física está em progresso em
nosso corpo desde o momento de nosso nascimento, fato que a
ciê nci a méd ica recon hece, mas n ão c onsegue expl icar. Ad ão m or
reu espiritualmente (i.e., em sua alma e espírito) no exato mo
m en to em qu e com eu o fr uto da á rvore proibi da: "... porque, no
dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.17). Seu
corpo, no entanto, não estava m orto — ainda. Portanto, el e esta
va morto espiritualmente, como também todos seus descenden
tes desde o mo m ento do nasci mento. Mesmo antes de no sso cor 
po morrer estamos espiritualmente mortos em transgressão e
pecado (Ef 2.1; Cl 2.13).

Morte Espiritual e Vida Nova


Entre tanto, Cristo , o "se gu nd o ho m em " (1 Co 15 .47), nã o es
tava espiritua lme nte m orto antes de sua m orte na cru z. El e era o
Chrthza da Sa lyaca o 327

únic o hom em na ter ra, desde A dão e Ev a, que estava espirit ual
me nte viv o; portanto , apen as Ele po deria morrer. Assim, é óbvio
que El e, como parte da pe nalidad e pelos pecados, deveria expe
rimen tar a mo rte espirit ual aca rretada pelo pecad o.
Ess es mesm os versí culo s dizem que qu ando, p or meio d a fé
em Cri sto,
de nosso renascemos,
corpo não m som os ressuscitados.
uda , portanto, Decer to,ados
somos ressuscit a condição
espiri
tualmente e, por meio disso, restituídos à comunhão com Deus.
A mo rte fí sica que j á est á em an da m en to em n osso corpo, entre
tant o, não é eliminada nem mesm o reverti da.
A alma e o espírito dos cristãos, com a morte do corpo, são
levados para o céu: "... antes, deixar este c orpo, par a ha bitar no
Senhor" (2 Co 5.8). No arrebatamento, o corpo é ressuscitado e
reunido à alma e ao espírito, que estavam com Cristo no céu e
os quais Deus "tomará a trazer com ele" (1 Ts 4.14). O corpo
dos qu e estão vi vos na ressurr eição é instantaneam ente trans
formado e levado ao céu com aqueles que foram ressuscitados
dos m ortos :
Eis aqui vos digo um mis tér io: N a verd ade, ne m todos do r
miremos, mas todos seremos transformados, num mome nto, num
abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; p orq ue a trombe-
ta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Porque convém que isto que é corruptível se re
vista da inc orrup tibilidade e que isto que é mortal se revi sta da
imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorrup tibilidade, e i sto que é mortal se revestir da imo rtalida
de, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a
morte na vitória (1 Co 15.51-54).

A "S egunda Mor te"


A Bíblia diz: "... a alma [o termo hebreu nephesh usado no
Antigo Testamento para designar alma] que pecar, essa morre
rá" (Ez 18.4,20; grifo do autor). Isso quer dizer: (1) que as almas
mo rrem , e (2) ao pec ado r est á reserva da um a m orte pior do que
aquela que já veio para a raça de Adão. Embora o homem já
esteja morto em alma e espírito e esteja morrendo em corpo, a
consuma ção do julgamen to de D eus ainda est á à fre nte do perdi-
32 8
do. O lugar que não é f eito para o hom em , mas p ara o "diabo e
seus anjos" (Mt 25.41) é chamado de segunda morte e de lago
de fogo. Nele será lançado "aquele que não foi achado escrito
no livro da vida" (Ap 20.15).
Cristo, como o representante que morreu em nosso lugar,
suportou a completa e infinita penalidade que o julgamento de
Deus exigiu para o pecado, inclusive a segunda morte. Ele não
estava perpetuamente separado de Deus; porém, sendo infinito
— um a vez que El e é Deus e homem — pod ia sup ortar naquelas
poucas horas a plenitude d a pen alidade na cruz .
Como Deus pode ria morrer? A morte é a separação de Deu s,
portanto, a questão também poderia ser: "Como Deus poderia
ser separad o dEle e aban don ado p or Deus?" Apesar dis so est ar
acima de nossa compreensão, acreditamos que em decorrência
do fato de que Cristo suportou a terrível e eterna separação que
nós merecíamos foi que Ele clamou: "Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?" (SI 22.1; Mt 27.46).
Apesar de não podermos explicar isso, é certo que Ele pro
vo u " a mo rte po r todo s" (Hb 2 .9). Iss o só po de signifi car que El e
experimentou o total horror e a separação eterna de Deus que
aprisionarão , por to da a eternidade , aqueles qu e rejeit am a Cr isto.
Portanto, a morte de Cristo por nós deveria incluir também a
morte (sepa ração de Deus ) do espíri to hum ano. Não po deríamo s

ser s alvos
pron sem contra
unc iada e sse pag
nósam en topecado
pelo completo,
nã opois
seriaa cumprida.
tot al penalid ade

Alg un s Cris tãos não Ganham com pletam ente o C éu ?


Questão: Jes us alert ou que m uitos dos que p ensa vam ser fi
lhos d e De us " ser ão lan ça dos na s trev as ext eriores " (Mt 8.12; 22.13;
25.30). De fato, Mateus 24.50,51 diz que "virá o senhor daquele
[mau] serv o [...], separá-lo-á, e des tinará a sua part e com os hip ó
cri tas ; ali hav erá p ran to e ranger de dentes". Ess es "servos" car
nais são cr istão s que d eve m ficar em u m pátio externo do céu por
um tempo, enq uanto os cri stã os mais espi rit uais vão diretam en
te para a presença de Deus? Como posso estar seguro de que
ser ei levado da m orte (ou do arrebatamento) diretamente para a
presença de Deus?
C erteza d a S alvacâo 32 9
R e sp o sta : A garant
ia de salva ção não dep ende das boas obras
do crent e, ma s da obra com pleta de Crist o na cr uz. A pessoa é
um a coisa ou outra, cris tão ou não-cr istão, sal vo ou perd ido. Não
há duas categorias de cristãos, uma mais baixa dos que têm de
passar algum tempo em um estado int ermediári o de lament ação ,
e de lamúria, e de ranger de de ntes (como o pu rga tório d os cató
licos) antes d e ser adm itidos no céu. Essa idéia não é enco ntrada
na Bíb lia. Lu cas 12.46 usa o term o "infiéis", em lu gar do term o
"hipócritas", utilizado em Mateus 24.51.
E evidente que aqui as palavras de Crist o têm um dup lo sen
tido que po de tanto ser aplicado aos jude us quan to aos g ent ios.
Os descendentes consangüíneos de Abraão são, pelo nascimen
to, potencialmente filhos do reino davídico e, portanto, podem
ser chamado s de "servos" , algo que não é verdadeiro em rel açã o
aos gen tios. No entanto, a menos que tenha m o mesm o rela cio 
nam en to com Deus, med iante a f é em Crist o, es ses desce nde ntes
de Abraão se perderã o pa ra sempre.
Cristo alertou que o pranto e o ranger de dentes seriam a
lamentação e a agonia do condenado. Tem os um exemplo dessa
lam úria na pa rte do relat o, em Lucas 16, em que o hom em rico vê
a distância Abraão e Lázaro em bem-aventurança enquanto ele
está em tormento. Fica claro por estas palavras de Cristo, que
aqueles que foram lançados em "trevas exter ior es" não são, nem
nunca for am, verdade iros cre nte s (ainda que até tenham se apre
sentado como líderes cristãos):
Mu itos me dirão n aqu ele Dia : Senhor , Senho r, não profeti
zamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos de
mônios? E , em teu nome, não fizemos m uitas m aravilhas? E , en 
tão, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de
mim , vós qu e pratica is a iniqü ida de (Mt 7 .22,23).

Jesus Desceu até o Inferno?


Li sua objeção ao ensin am ent o de que Jesus fo i tor
Questão:
turado no inferno por Satanás. Contudo, o Credo dos Apóstolos
diz que Jesus "desceu ao inferno". Jesus desceu ao inferno ou
não? Pesquisei e pesquise i as Escrit uras, e pe rgun tei a inúmeros
pastores sobre isso e ainda não recebi uma resposta satisfatória.
R e s p os ta : Pri meir o, o assi m c ham ado "Credo dos A pósto los"
tem um nom e inapropriado. Não há regis tro de que o mesm o se
quer tenha sido composto ou recitado por algum dos apóstolos.
Mesm o que tives se exist ido, o que o catol ici smo cham a de "tra di
ção apostólica", não haveria maneira de se ter certeza sobre isso
por meio de seguir o pass ado dos após tol os. Não havia g ravado r
naquela época e isso não faz parte dos registros escritos, como as
Epístolas fazem. Mesmo as enciclopédias católicas admitem que
esse credo não pro vé m dos apóstolo s, mas é um a falsificação que
foi compos ta em algu m mo mento do sécul o IV.

No Antigo Testamento, a palavra hebraica sheol, que signi


fica o lugar dos m ortos, é algum as vezes trad uz ida p or "inferno"
e, outras veze s, simplesmente po r "s epultura" . As palavras uti
lizadas no Novo Testamento que podem ser comparadas a es
sas são hades ou geena, o luga r dos que m orreram . Jes us, a o con
tar o destino do homem rico "no Hades [inferno], ergueu os
olhos, estando em tormentos" (Lc 16.23; grifo do autor) e de
Lázar o, o mend igo, ensinou antes da cruz que havia doi s com 
parti m entos no sheol ou hades: um para os perdidos (inferno) e
outro para o salvo, este conhecido como "seio de Abraão" (Lc
16.22) ou "paraíso".
Foi para ess e último local me ncion ado que Cristo fo i quan do
morreu, como aconteceu também com ladrão crédulo que foi
crucif icado com E le, a quem Jesu s garantiu: "Em ve rda de te di go
que hoje estarás c omigo no Para íso" (Lc 23.43). Confo rme a p ro 
fecia, lá Ele pe rm an ec eu "trê s d ias e três noite s" (Jn 1.17; Mt 12.40).
Sem dúvida , du rante esse tempo, El e declaro u aos redimidos as
boas novas de que sua morte na cruz pagara a penalidade total
po r seus pecados.
Os que est avam no lugar destinado aos condenad os podia m
ou vir as pal av ra s d e Jesus (vej a Lc 16.23-31); e, inclusive, Ele dir i
giu alg um as palav ras especificamente a e les. Portanto, Pedro es
crev eu: "N o qua l tamb ém foi e preg ou aos espírit os [do s mortos]
C f . rteza da S aiaac Ao 334

em pris ão [inf erno] , os qua is em ou tro tem po fo ram rebelde s, [ ...]


nos dias de Noé [...]" (1 Pe 3.19,20; grifo do autor).
Jesus, após sua ressurreição, levou a alma e o espírito dos
redim idos p ara o céu: "Su bindo ao alt o, levou cativo o cat ivei ro"
(Ef 4.8; cf. SI 68.18).
Desde a ressurreição de Cristo, a alma e o espírito dos
redimidos partem log o após sua m orte para estar com E le: "A n
tes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2 Co 5.8). A
partir desse m om ento Ele os conduzirá para reunir seus corpos
ressuscitados ao arrebatamento dos santificados (1 Ts 4.13-18).
Tod a a Palavra de Deus, nesse assun to como e m outros, se aj usta
perfeitam ente e asseg ura aos crédulos a salvação et erna.

As Boas Obras São Essenciais para a Salvação?


Tiago dec laro u qu e fé sem o bra s é mor ta (Tg 2.20,26).
Questão:
Paulo escreveu: "Operai a vossa salvação com temor e tremor"
(Fp 2.12). Po rtanto, po de m os concluir que as boas obras são n e
cessárias para a salvação? E também não estaríamos em uma
posição perigosa se não reconhecêssemos que as boas obras são
essenci ais pa ra a salvaçã o? Cristo sempre afirma que se não pe r
doam os os outros não pode m os esperar que Deus nos perdoe. O
que p od e ser dito sobre is so?
R e s p o s ta :
Se as boas ob ras fosse m essenciais par a a salvação,
então deveríamos ter alguns padrões para essas obras. O evan
gelho deve ria especi fic ar qua ntas b oas obras são necessárias e de
que tipo. Onde se encontra tal ensinamento? Em lugar algum.
Não há menção a boas obras no "evangelho [...] pelo qual tam
bé m sois salvos" (1 Co 15 .1-4). N a ve rd ad e, Pau lo arg um en ta que
"o ho m em é justificado pe la fé , sem as obras da lei" (Rm 3 .28), e
nos lembra que " não pelas obras de just iça que houv éssem os fei 
to, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou" (Tt 3.5).
Tod avi a, todas as re ligiões do m un do são fundam entada s em
obr as. A idéia de que p ara ser sal vo devem os corresponde r a um
certo padrão de obras é fundamentado no paganismo. De algu
ma maneira, os deuses devem ser apaziguados pelo esforço ou
sacrifício do ser humano. Essa idéia é inata em todas as pessoas:
"Deus, se o Senho r me tirar dess a situa ção difícil, então farei isso
ou aquilo pelo Senhor!" Obviamente, Tiago, sob a inspiração do
Espírito Santo, não está ensinando isso.
A men talida de de obra-para-salvaçã o caract eriza todos os cul
tos. Na verdade, mesmo os ateus justificam sua rejeição em rela
ção ao cristianismo com base nisso. Roberto Inger soll, famoso ateu,
sarcasti camente, queixou-se contra o evan gelho da graça de Deus:
Eles [cr istãos] d izem que u ma crenç a verd ade ira é necessári a
pa ra a sal vação. Não d izem que se v ocê comportar-se, conseguirá
alcançá-la; não dizem que se você pagar suas dívidas, amar sua
esposa e seus filhos, for bom com seus amigos e vizinhos e com
seu país [como o s ateus são] , cons egu irá alcançá -la. Iss o não o tor
nará bom; você precisa acreditar em uma determinada coisa.
Você pode ser instantaneamen te perdoado , não imp orta quão
mau você se ja ne m quão b om você s eja, mas se f racassar em acre
ditar em alg o que nã o pod e entender, no dia do jul gamento, nes
se mom ento, não restará alternativa par a você a não ser a con de
nação, e todos os anj os gritarão: "Aleluia".

Apenas o cristianismo rejeita essa ilusão universal. Já vimos


que gua rdar perfeit amente a le i no futuro não p ode compensar o
fato de não a ter cumprido no passado. Como Paulo afirmou:
"Por is so, nen hu m a carne será justi ficada dian te dele pelas obras
da lei, porq ue p ela lei vem o conhecim ento d o p eca do" (Rm 3.20).
Porta nto fi ca c laro que nã o pod em os ser salvo s pelas boas obras .

Esclarecendo a Mensagem de Tiago


Tiago não afirmo u que somos salvos pelas obras, mas que a fé
professada que n ão está evidenciada pelas obras est á m orta e não
pode salvar: "Se alguém disser que tem fé" (Tg 2.14; grifo do au
tor). Tiamas
lábios, go nos
não alerta de que eéde
pelo coração, vã que
a meseranão
confissão de féviver
pretendemos feita pelos
de aco rdo com o que professam os, então nossa fé não é genuína.
Tiago criticava a falsa fé. Ele não sugeriu que somos salvos
pelas obr as ou estari a contradizend o inúm eras outras passagens
da Bíblia que, de maneira inequívoca, afirmam o contrário. Por
exemplo, conforme já mencionado, "pelas obras da lei, porque
pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3.20).
A questão em Tiago não é como ser salvo, mas refere-se às
boas obras que acompanham a salvação e demonstram que al
gu ém já está sal vo. Tia go fala das obras que e merg em da fé e que
dem onstra m que a pessoa tem f é ver dadeira. El e não disse que o
homem é justificado pelas obras sem fé. Paulo, contudo, afirma
claramente que o hom em é jus tif icado pela f é inde pen den tem en
te de su as ob ras na lei.
Tiago disse: "Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te
mostrarei a minha fé pelas minhas obras" (Tg 2.18). A fé é que
salva, não as obras. Ape nas a fé just ifica a pessoa, não o fazer obr as.
Algu ns defensores d e que as boas obras são necessárias con
denam a adição do "apenas", porém se as Escrituras afirmam
que o ho m em é justif icado pela fé sem as obras da lei, então ele é
ju stificado apenas pela fé.
Em 1 Coríntios 3.15, conforme já citamos, está escrito que m es 
mo se toda a obra de u m hom em é destruída, el e mesm o é s alvo.
Isso é a justificação apenas pela fé, sem que seja necessária ne
nhuma obra para demonstrá-la. Tiago fala do ponto de vista do
ser hum ano. Não po dem os conhecer o cor açã o, port anto, de ve
mos guiar-nos pelas obras. Entretanto, Deus conhece o coração
do home m e nã o se base ia em nenhu m a obra para que tenha a
demonstração da fé de uma pessoa.
Portanto, observe q ue pa ra a salvação de alguém , não se a fir 
ma: "A obra para sua salvação". Na verdade, devemos concreti
zar, em nossa vida, a salvação que já temos em nosso coração.
Paulo não disse, nem por um momento, que devemos realizar
obras para nossa salvação.
Tudo que foi dito acima não signi fica que um conve rtido po de
viver da m aneira que lhe agrad ar e ainda estar s eguro da bênção
de Deus em sua vida. As boas obras são o resultado de nossa
salva ção, e não o meio pa ra obtê- la; e devem ser motivad as antes
pelo amor que sentimos por nosso Salvador, do que como um
meio para se obter a sal vação. Paul o, de man eira apr opria da, co m
pa rou a fé e as obras qu an do escreveu :
33U

Porq ue pela graça sois salvos, por me io da fé; e isso não vem
de vó s; é dom de Deus. Não vem da s obras , para que n ingu ém se
glor ie. Porqu e som os feitura sua, criado s em Cristo Jesus para as
boas obras , as qu ais Deus preparo u pa ra que and ássemo s nela s
(Ef 2.8-10).

Qu anto ao pe rdo ar os outros, Cr isto não estabeleceu os cr ité


rio s para ser sal vo; Ele est á nos d an do um exem plo prático para
atestar se somos genuinamente seus. Ele afirmou que a pessoa
que ve rdade irame nte recebe u a graça de Deus será benevolente
com os outros . Ele nos d esafiou a exa minar a fé que de claramos
ter. Como posso esperar que Deus me perdoe se eu não perdôo
os outros?
Há pessoas que c lamam ser cri stãs apes ar de, por anos a f io,
nutrir animosidade contra outras pessoas em razão de ofensas
que alegam ter sido feitas a elas. Cristo, nessa passagem e em
outras, afirma que essa pessoa precisa se arrepender e permitir
que o amor de Deus produza em seu coração o mesmo perdão
que Crist o lhe ofer eceu, ou, cas o contrário, deve adm itir que ja
mais foi salva.
Por que Crer?
1Los An ge le s Times,25 de junho de 1978, parte IV, pp. 1-6.
2Har pers, fevereiro de 1985, pp. 49,50.

3Do ug las D ew ar e L. M. D avies, "Science an d th e BBC", em


The Nineteenth Centu ry and After, abril de 1943, p.167.
4De um a e ntrevista d a AP co rres pon den te George W . Cornall ,
citação do Times-Advocate, Escondido, Califórnia, 10 de de
zembro de 1982, pp. A 10,11.

Capítulo 1 - Evidência, Razão e F é


d ita d o em Samue l P. Putnam, 400 Years ofTree Thought, (NY:
1894), p. 56.
2Ibid., p. 120.
3Cita do e m Josh M cDow ell, Evidence That Demands a Verdict,
(C am pus Cr usa de , 1972), p. 136.
4. Paul E. Little, Kno w W hy You Believe (Scripture Press, 1967),
p. 53.
?Gord on Allport, "The Roots of Religion", Pastoral Psychology,
abril de 1954, p. 20.
6Sir James Jeans, The Mysterious Universe (The MacMillan
Company, 1929), p. 140.
7Pa ulo Yonggi Ch o, The Fourth Dimension (Logos, 1979), p.
44; Paul Yonggi Cho, The Fourth Dimension, Vol. II (Bridge
Publishing, 1983), pp. 25-28, 68.
336 Ey D:r

8Sir Jo hn Eccles, com D anie l N. Ro bins on, The Wonder ofBeing


Human — Our B rain & O nr M in d (N ew Science Librarv, 1985),
p. 54.
qErw in Schroedinger, citado em Quantum Questions: Mi/stical
Writings oftíie World's Great Pln/sicists, ed. Ken Wilbur (New
Science Library, 1984), pp. 81-83.
10S. Ma xw ell C oder e Geo rg e F. Ho we, The Bible, Science and
Creation (Moody Press, 1965), p. 39.

Capítulo 2 - Quem É Deus?


:Carl Sagan, Cosmos (Randon House, 1980), p. 243.
2Pu tna m , 400 Years, p. 64.

3Veja H unt,p.A424.
Da ve 1994),
Publishers, Woman Rides the Beast (Harvest House

4Vatican Council 11, The Conciliar and Post Conciliar Do cu me nts ,


General Editor Austin Flanery, O. P. (Costello Publishing
Company, 1988, edição revisada), p. 367.
5Will D ura nt, The St ory o f Civil izatio n: The Ag e ofFaith , Vol. IV
(Simon and Schuster, 1950), p. 163.
6Ibid, p. 163.
7Ibid, p. 163.
8M ary L ong, "Visions of a Ne w Faith", em Science Digest,
novembro de 1981, p. 39.
9Herbert Scholssberg, Idols for Destruc tion (Thomas Nelson,
1983), p. 171.
10Eccle s e R ob inso n, Wonder, p. 61.
nSamue l P. Pu tnam , 400 Years ofFreethought (The Truth Seeker
Com pany , N ova Iorque, 1894), fr ontisp ício.
12Putnam, 400 Years, p. 13.

Capítulo 3 - A Bíblia É Confiável?


'John Lea, The Greatest Book in the World, conforme citado em
Frank M oriso n, Who Moved the Stone? (Londres, Fabe r e Faber,
1958), p. 15.
N ota? 33 7
2Josh McD ow ell, Evidence that Demands a Verdict (Campus
C ru sa de for Chris t, 19 72), p. 19.
3A braha m Rabinovich, "In pu rsu it of history", no The
Jerusalem Post In ternatio nal Edition, fim de semana de 25 de
novembro de 1995, pp. 18,19.
4Ra bin ov ich , Hi sto ry, pp. 18,19.
5Be rna rd Ra mm , Protestant Christian Evidences (Mood y Press ,
1953), pp. 230,231.
6F. F. Bruce,The Books and the Parchments (Flem ing H. Revell ,
1963), p. 178.
7J. H ar ol d Gr een lee, Introdution to N e w Testa men t Textual
Criticism (William B. Eerdmans, 1964), p. 15.
8Irw in H. L inton, A Lawye r Examine s the Bible (W. A. Wilde
Company, 1943), p. 31.
9Linton, Lawy er, p. 46,47.
luSir Ar thu r Stan ley E ddin gton , The Natu re oft he Physi cal World
(MacMillan, 1929), citado em Quantum Question: Mystical
Writings ofthe World's Great Physicists, ed. Ken Wilbur (New
Science Library, 1984), p. 5.
nPutnam, 400 Years, p. 101.
12Wilbur M. Smith, Therefore Stand: Christian Apologetics (Baker
Book House, 1965), pp. 425, 584.
13Pro fess or T ho mas A rn old , Sermo ns on the Christian Life (Lon
dres, 1859), p. 324.

Capítulo 4 - Há Contradições na Bíblia?


'Cita do em Joh n W. Lea , The Greatest Book in The World (Fila
délfia), pp. 17,18.
2Los An ge le s T imes, 28 de janeiro de 1989.
3Jo hn Elde r, Prophets, Idols and Diggers (Bobbs-Merrill, 1960),
p. 160.
4Will Durant, The History of Civilization: Caesar and Christ
(Simon and Schuster, 1944), Vol. III, p. 231.
5Linton, Lawyer, p. 89.
6William Paley, Horae Paulinae, como citado e m Linton, Lawyer,
p. 88.

Capítulo 5 - De sa fio s à Fé
JR. A. Torrev, D ifficulties in the Bible: A lleged Errors and
Contradictions (Moody Press, data não informada), pp. 9,10.
2Larry W hitham , "Book backs th eor y Jesu s visited ín dia
before pu blic life", no Washington Tim es, T I de novem bro de
1987, p. E6.
3Torrey, Difficulties, pp. 14-16.

Capítulo 6 - Evidências de Aut entici dade e Inspira ção


lCollier's Encyclopedia (F. P. Collier & Son Corporation, 1959),
Vol.10, p. 155.
2M ark H opk ins, Evidences, citado em Linto n, Lawyer, pp. 165-
169.
3Trad uzido p or Willia m Wh iston (srcinariam ente pu blica
do em 1737), The Life and Works ofFlavius Josephus (The John
C. Winston Company, Filadélfia, 1957), p. 535.
4Whis ton , Josephus, p. 598.
5Thom as H artwe ll Ho rne, Intr od uctio n to the Holy Scriptures ,
citado por Hopkins em Evidences e citado por Linton,
Lawyer s, p. 235.
6H op kin s em Evidences e citado por Linto n, Lawyers, p. 164.
7Ibid, p. 164.
8Ci tad o em Linton, Lawyers, p. 164.
9Sim on Gr een leaf , The Testimony ofthe Evangelists, p. 31.
10Linton, Lawyers, p. 231.

Capí tul o 7 - E quan to à Oração?


:A. E. C. Brooks, compilador, Answers to Prayer from George
Muller's Narratives (Moody Press , não data do, brochura), p. 10.
N otas 33.9
2Brooks, Answers, na folha de rosto.
3Rob er t Schülle r, Peace of M in d Through Possibil ity T hinkin g
(Spire Books, 1977), p. 14.
4Rob ert Schü ller , "Poss ibility Thinking: Goals", em fita da
Am way Corpor ati on.
5Pet er Kree ft, Bookstore Journal, fevereiro de 1992, p. 30.
6N R I Trumpet, outubro de 1993, p. 14.
7Cathechism o ft h e Cath olic Church (Libreria Editrice Vaticana,
1994), par. 971, p. 253; Austin Flannery, O. P., ed., Vatican
Council II (Costello Publish ing , 1988, edição revisa da), p. 421.
8St. Alp ho ns us de Li guori, The Glories ofMary (Redemptorist
Fathers, 1931), pp. 82,83, 94,160,169,170.
9Official Edition, Devotions in Honor o fo ur Moth er o f Perpetuai
Help (Liguori Publications, não datado), pp. 46,47.

Capítulo 8 - E quanto ao Mal, Sa tanás e os Dem ônio s?


'Charles F. Pfeiffer, The Dead Sea Scrolls anã the Bible
(We athervan e Boo ks, 19 69), na sobrecapa .
2M anly P. Ha ll, The Se cret Teac hings of A ll Ages: A n Encyclop edic
Ou tlin e o f Masonic, Hermetic, Qabbal isti c and Rosicrucian
Symbolical Philosophy (The Philosophical Research Society,
Inc., Los A nge les , C A 90027,1969), 16a edi ção , p. CXVIII.
3C. S. Lewis, The Screwtape Letters (Fleming H. Revell, 1976),
prefácio.
4Eccles e Robinson, Wonder, p. 54.
5Edd ing ton , N ature, p. 345.
6C. S. Lewis, They Ask ed for a Paper (Lo ndres , 1962), pp. 164,165.
7Cit ad o em H er be rt Benson, M. D. , com William Proctor, Your
M a xim um M in d (Random House, 1987), p. 46.
8"Ge oCo nve rsation" , en trevista com o Dr. Robert J astr ow, em
Geo, fevereiro de 1982, p. 14.
9C. G. Jung, Memories , Dre ams , Reflections (Pantheon Books,
1963), p. 183.
340

10C. G. Jung, Collected Letters, Vol. I (Prínceton Uníversitv


Press, 1973), p. 43.
nCitado em Harold Sherman, Yoit Mysterious Power of ESP
(Nova Iorque, 1969), p. 120.
12M. Scott Peck, People oft he Lie (Simon & Schuster, 1983), pp.
184,188.
13Peck, People, p. 196.
14Eddington, Natu re, pp. 258, 259.
15Hall, Secret Teachings, pp. LXXXVII-LXXXVIII
16R. A. Torrey,Difficulties in the Bible (Moody Press, não data
do), p. 53.

Capít ulo 9 - E quanto ao So fri ment o e o Inferno?


'Putnam, 400 Years, pp. 389,390.
2Ellul, op. cit., p. 60.
3Ibid.
4Linton, Lawyer, p. 122.
5Pu tna m , 400 Years, pp. 389,390.
6Linton, Lawyer, p. 122.
7Percy Bysshe Shel ley, de u m a ca rta escrita na dé ca da d e 1920
pa ra L ord Ellenborough em favor de D. J. Eaton preso po r p u 
blicar o livro de Paine, Age of Reason, citado em Putnam, 400
Years, p. 341.

Capítul o 10 - Um "Arrebatamento" e uma "Segunda


Vinda"?
1Chalceá on repor t, julho de 1988, p. 1.

Capítulo 1 1 - Evangelho q ue Salv a


'Simon Greenleaf, Testiniony of the Evangelists (Baker Book
House), introdução.
2Fr. William J. Cogan, ,4 BRI EF C A T E C H IS M FOR ADULTS:
A Complete Handbook on how to Be a Good Catholic, p. 49.
Ne

:'Jo seph A. Seiss, The Gospel in the Stars, p. 13.


4Seiss, Gospel, p. 15.
?Ellul, Humil iati on, p. vii
bVatican Counc il II, Do cu me nt s, Vol. 1, pp. 102,103.

7Vatican Counc il II, Do cu me nt s,Vol. 1, pp. 1.


8Vatican Counc il II, Do cu me nt s,Vol. 1, pp. 103.
gCo ride n, Green , Heinstsc hel, Eds., Code of Canon Law, p. 646.
wVatican Council II, Documents, Vol. 1, pp. 103.
11John A. H ardon, S. J., Pocket Catholic Dictionary (Ima ge Books ,
Double-day, 1985), p. 248.
12Ken ne th C op elan d, Believers Voice ofVictory, sete mb ro d e 1991.
l3Handbook o f Medicai Et hic sfo r Nur ses, Physicians, and Priests

(The Catholic Truth Society, Montreal, 1943), pp. 224-229.


I4Schroeder, Canons and Decrees, pp. 33, 53.
l5Vatican Council II, Documents, Vol. 1, pp. 412.
lbVatican Council II, Documents, Vol. 1, pp. 365.
,7Catechism of the Catholic Church, pp. 224, 320.
lsTrent, op. cit., pp. 22, 23, 54.
iqCoriden, Green, Heintschel, Code o f Canon Law, pp. 122, 614.

Capít ulo 12 - Certeza da Salvação


í s s a é a penú ltima sentença da oraç ão of icial do Papa Jo ão
Pau lo II pa ra o ano d e M aria, 19 88. Toda a oração é dirig ida
a Maria e ped e-lh e qu e faça o que el a teria de ser Deus p ar a
po de r rea lizar . Por exemplo: "Pa ra a Senhora, Mãe da fam í
lia hu m an a e das nações , confidentem ente confiamos toda a
humanidade com esperanças e medos. Não deixe que se
apagu e a luz da sabedoria verdadeira. Guie seus pas sos no
caminho da paz. Possibilite que todos nós encontremos a
Deus..."
-The New York Times, 1 de fevereiro de 1990, pp. Al, B4.
'Schroeder, Canons, op. cit., Can. 30, p. 46.
342
4The New Saint Joseph Baltimore Catechism, nr. 2 (Xova Iorque:
Catholic Book Publishing Co., 1969), p. 171. Veja também o
novo Catechism ofthe Catholic Clmrch un iver sal, pp. 284-304.
5Balti more Cat echis m, p. 168, veja tam bé m V aticano II e o no vo

catecismo universal.
6Vatican Council II, Documents, Vol. 2, p. 75.
7Vatican Council II, Documents, Vol. 1, pp. 102,103.
8Vatican Council II, Documents, Vol. 2, p. 63; o novo catecismo,
etc.
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DA Ff
Cr is t ã
Por que Deus permite o sofrimen to e o mal?
Como explicar todas as "contradições" existentes na Bíblia?
Algumas pessoas estão pre destin adas a ir para-o in ferno?
Em Defesa da Fé Cristã trata de assuntos espinhosos sobre os quais todos,

cristãos e não-cristãos, indagam-se. Alguns deles incluem:


• Por que um Deus misericordioso puniria as pessoas
que jamais escutaram ja la r de Cristo?
• Como re spon der aos ataques contra Deus e a Bíblia?
• Como especificar qual a diferença existente entre
ás obras d e Deus e as de Satanás ?
O amplo espectro de perguntas o guiará em uma exploração empolgante
sobre as verdade s bíblicas. À medida que as respostas são desveladas,
você obterá uma compreensão mais profunda de quem Deus ép-de como
filé trabalha. A constatação da incr ível am plitu de de diretrizes na Palavra
de Deus fortalecerá sua fé e o ajudará a viver de acordo com sua verdade.

Dave Huç t t’ autor e pales tranté reconhecido internaciona lmente. .


Escrevtm-rhais de 20 livros nas áreas de estudos bíblicos e apologética,
e o conjunto de sua obra já vendeu mais
de 3 milhões de cópias. Sua publicação mensal, The Berean Cnll
(O climmulo bereano),ak^ffiçíTmais de 50 mil leitores^

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